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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

FACULDADE DE ENFERMAGEM – FAEN


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM – DEN
CURSO DE ENFERMAGEM

ALEX RIQUELME DE ALMEIDA BARRETO

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: O PEQUENO PRÍNCIPE

MOSSORÓ
2022
ALEX RIQUELME DE ALMEIDA BARRETO

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: O PEQUENO PRÍNCIPE

Resenha crítica do livro “O pequeno príncipe” de


Antoine de Saint-Exupéry, para fins avaliativos da
3º unidade, pertencendo ao componente curricular
Conhecimento Científicos: Leituras e Técnicas, da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Docente: Amélia Carolina Lopes Fernandes.

MOSSORÓ
2022
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DA OBRA .......................................................................................... 4
1.1. DIGESTO ................................................................................................................................ 4
2. CREDENCIAIS DO AUTOR ............................................................................................. 5
3. ANÁLISE CRÍTICA ........................................................................................................... 6
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 7
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1. APRESENTAÇÃO DA OBRA
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Escala, 1º ed. Brasil. 2015.

1.1. DIGESTO
O livro é narrado pelo piloto, o próprio autor que é o personagem principal. Dessa forma,
a história começa com o piloto contando que quando era criança viu em um livro uma figura
onde uma jiboia engole um elefante. Ele então desenhou o elefante dentro da jiboia, porém ao
mostrar aos adultos seu desenho, achavam que era um chapéu e aconselhavam que ele deixasse
de lado a ideia dos desenhos e se dedicasse a algo como história, gramática ou geografia. Dessa
forma, ele para de desenhar e ao crescer procura uma profissão que lhe transforma em piloto de
avião.
Ele relata que um dia pilotando o seu avião, acontece um pane, o que o faz cair no
deserto do Saara. Lá sozinho, ele adormece e ao acordar ouvindo uma voz, vê um garotinho ao
seu lado lhe pedindo para desenhar um carneiro. O piloto disse ao garoto que não sabia
desenhar, já que fazia anos que fora desencorajado, mas o menino apenas lhe pedia para
desenhar um carneiro. Mesmo sem nunca ter desenhado um, ele desenha, mas não agrada o
menino, depois desenha mais algumas vezes, até que por fim faz uma caixa e diz que o carneiro
que o menino queria estava dentro e assim o jovenzinho fica satisfeito.
A partir desse momento, os dois começam a conversar e se tornam amigos. O piloto
descobre que o Pequeno Príncipe, como ele o chama, na verdade vem de um planeta, o asteroide
B612 onde ele diz que é um lugar muito pequeno, pouco maior que uma casa, e que há uma
rosa, três vulcões inativos e baobás, por isso que ele precisava do carneiro, para que comesse
os baobás.
Sendo assim, o Pequeno Príncipe começa a narrar suas aventuras desde quando saiu de
sua casa, por causa da rosa que era sua grande amiga, mas também bastante vaidosa e orgulhosa.
E o Pequeno Príncipe era apaixonado por ela. Durante suas aventuras, o Pequeno Príncipe
conheceu um rei, que não dava nenhuma ordem, por não ter ninguém para fazê-lo e mandava
em coisas que aconteceriam mesmo sem que ele mandasse. Conheceu um bêbado, que dizia
que bebia para esquecer a vergonha de ser um bêbado. Encontrou com o acendedor de lampiões
que ficava o tempo todo acendendo e apagando os lampiões.
O jovem também conhece um cara vaidoso, um homem de negócios, a raposa e o
geógrafo. O vaidoso mora sozinho em seu planeta e ao conhecer o Pequeno Príncipe quer que
ele o elogie. A raposa é uma personagem que surge de repente na história e estabelece uma
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amizade com o Pequeno Príncipe, assim ela ensina lições importantes para ele. O geógrafo é
responsável por transmitir informações aos aventureiros e foi quem disse para o Pequeno
Príncipe ir para o planeta Terra. O homem de negócios quer se apossar de todas as estrelas
porque acha que assim fica mais rico.
Quando chega no planeta Terra, o Pequeno Príncipe se encontra com uma serpente, ele
diz que o deserto é um lugar bem solitário, a cobra, misteriosa, responde a ele que entre os
homens também há solidão, ela completa dizendo que é tão poderosa quanto o dedo de um rei,
e que pode devolver a terra de onde veio, aquele que ela tocar e lhe promete enviá-lo para seu
planeta, através de uma picada.
Conforme vai narrando as suas aventuras, o Pequeno Príncipe diz que os adultos não
entendem o mundo das crianças. Dessa forma, o piloto vai aprendendo a dar valor às pequenas
coisas da vida, pois os adultos começam a perder a essência de admirar um pôr de sol e o
florescer de uma flor, por causa da correria do dia a dia.
Por fim, no oitavo dia que estava no deserto, a água que o piloto tinha acaba. Por isso,
ele sai junto com o Pequeno Príncipe para caminhar em busca de um poço. Sendo assim, eles
encontram um poço que coincidentemente fica próximo do local onde o Pequeno Príncipe
chegou à Terra.
No entanto, o piloto fica triste ao saber que o jovenzinho precisará ir embora, pois já
tinha se afeiçoado pelo pequeno, mas o menino lhe tranquiliza dizendo que não sofrerá. Então,
os dois vão para o local onde o garoto chegou na Terra e a serpente o morde. O jovenzinho
então cai no chão imóvel e no dia seguinte o piloto não o encontra mais na areia.

2. CREDENCIAIS DO AUTOR
Antoine de Saint-Exupéry foi escritor, aviador e jornalista. Nasceu em Lyon, na França,
em 29 de junho de 1900, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie
Foscolombe. Quando tinha quatro anos, o pai faleceu e a mãe assumiu a educação dos cinco
filhos.
Até o início da Primeira Grande Guerra, em 1914, a família viveu com uma tia, em um
castelo, numa região de florestas e lago, próxima de um aeroporto. Um dia, um piloto o
convidou para um passeio de avião, que ficaria para sempre na sua memória.
Saint-Exupéry foi uma criança sensível e exigente, que criou e imaginou histórias para
vencer a solidão. A família o incentivou a escrever. Sua mãe ensinou-lhe desenho e música. Em
1922, já era piloto militar. Em 1926, foi admitido na Aéropostale, correio postal aéreo francês.
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Foi pioneiro da divisão comercial e estabeleceu várias rotas entre a Europa, a África e a América
do Sul. Ele se dedicou à literatura e à aviação.
Escreveu os livros: O Aviador – 1926; Correio do Sul – 1929; Voo Noturno – 1931;
Terra dos Homens – 1939; Piloto de Guerra – 1942; O Pequeno Príncipe – 1943; Carta a um
Refém – 1943/44.
Na noite de 31 de julho de 1944, ele partiu de uma base aérea na Córsega e não retornou.
Seu corpo nunca foi encontrado.

3. ANÁLISE CRÍTICA
Existem várias formas de ver o mundo, cada forma é particular do indivíduo. Nos
relacionamentos, normalmente, com pessoas que vê o mundo de uma maneira parecida com a
nossa, mas com quem tem uma visão diferente, tentamos convencê-lo que o nosso jeito de ver
o mundo é o melhor, é o correto.
É o que ocorre no início do livro, o narrador-personagem, um garoto, mostra o seu
desenho de uma cobra comendo um elefante, os adultos dizem que é um chapéu considerando
apenas seu ponto de vista. De tanto dizerem que aquilo não poderia ser uma cobra comendo um
elefante, ele aceitou que é um chapéu, mesmo não sendo.
A criança vê o mundo de uma forma mais abstrata do que o adulto. Mas se todos os
adultos já foram crianças, para onde foi essa abstração que havia neles? É provável que tenha
sido consumida, com várias pessoas dizendo que aquilo não seria possível.
Portanto, a obra faz uma crítica as linguagens dos adultos. Os personagens, encontrados
cada um seu planeta, têm grandes dificuldades de entender o pequeno mundo em que vivem e,
principalmente, de se comunicarem, estando condicionados a repetirem suas ações dia após dia.
O pensamento crítico fica distante, e somente o pequeno príncipe, em sua sublime sabedoria
infantil, foi capaz de olhar além do seu mundinho para buscar algo maior que ter ou poder.
Os personagens que aparecem ao longo da história são um claro reflexo de aspectos da
sociedade. O homem de negócios por exemplo, que conta as estrelas e considera-se dono delas,
dessa forma ele é a representação do próprio capitalismo. O acendedor de lampiões é o
trabalhador, que cumpre sua função sem mais saber para que serve, sua importância e se
satisfaz. Temos também a figura do bêbado, que é caracterizado pela tristeza, melancolia e
solidão. O vaidoso é a personificação da vaidade, onde sua felicidade está condicionada a
opinião de terceiros. A rosa representa o amor platônico na amizade, que por vezes, é causador
de grandes dores. A raposa traz o simbolismo da amizade e a importância de cativar aqueles
que estão próximos a nós.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, concluísse que a obra, definitivamente, não é somente para crianças. Com a
leitura evidencia-se a importância do autor para compreender determinados aspectos da vida
adulta, que corriqueiramente são esquecidos em meio a rotina acelerada. Saint-Exupéry
escancara as fragilidades humanas e mostra que a mais simples visão de uma criança é a o
caminho para uma vida onde a linguagem e a comunicação são condicionantes do viver bem e
constituir-se em sociedade.
O autor em sua famosa frase diz, “nós somos responsáveis por aquilo que cativamos”,
evidenciando a importância da amizade, de cativar as pessoas as quais nos relacionamos e,
sobretudo, da responsabilidade que assumimos quando estamos nessa posição em relação ao
outro.

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