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COLÉGIO ALEXANDER FLEMING

Campo Grande, 18 de junho de 2020.


Aluna(o) ____________________________________________________________________
Profª Gyslaine Menezes da Silveira. 6º ano ___________
Valor: 2,0

PARADIDÁTICO “O PEQUENO PRÍNCIPE” - 2º BIMESTRE

Leia uma crítica do livro O Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry.

Antoine de Saint- Exupéry, escritor francês, publicou O Pequeno Príncipe em 1943, nos
Estados Unidos, quando era refugiado da 2ª Guerra Mundial. Foi também ilustrador e aviador. Assim
como na obra, seu avião sofreu uma
pane, em 1944, e caiu no mar
Mediterrâneo, mas ao contrário da
personagem, ele não se salvou.
Exupéry escreveu outras obras,
mas consagrou-se com essa narrativa
poética. Era um escritor de grande
percepção humana, sensível e
preocupado com os valores reais da
vida. Nesse livro, aos poucos, foi
elaborando sua visão de mundo como
narrador da história e mergulha no próprio inconsciente, para fazer o leitor refletir sobre os sonhos
da infância e os sentimentos que a humanidade deve nutrir.
A história começa com a pane de um pequeno avião que deixa o piloto preso no meio do
deserto do Saara. Após a primeira noite nas areias do deserto, o piloto acorda e vê uma criança, um
pequeno príncipe, que lhe faz este pedido: “Desenha-me um carneiro?” A narrativa se desenvolve a
partir desse encontro, repleta de indagações, aparentemente simples e ingênuas; mas, na verdade,
com conotações profundas. O príncipe o leva a uma jornada filosófica e poética através de planetas
onde vivem pessoas solitárias.
Trata-se do relato das fantasias e dos sonhos de uma criança imaginativa e pura, que vivia
num planeta bem pequeno onde havia três vulcões. Nesse lugar, vivia também uma rosa bastante
orgulhosa, que prejudicava a paz dos outros. Por isso o Pequeno Príncipe decide viajar e,
finalmente, chega a terra, onde encontra a raposa. Nos diálogos entre eles, o menino de cabelos
louros descobre o verdadeiro sentido da vida, isto é, o que se deve valorizar: o amor e a amizade.
A obra apresenta personagens com características bem simbólicas, que o Pequeno Príncipe
conhece durante sua viagem por outros planetas. Entre elas, a flor a qual amava acima de todos os
outros planetas, o rei que vivia sozinho, apesar de julgar todos como seus súditos; o contador que
se considerava sério, mas não entendia nem a geografia de seu próprio país; o bêbado que bebia
por ter vergonha de beber; o homem de negócios que possuía as estrelas contando-as várias vezes,
numa ambição inútil. E ainda outras personagens, como o vaidoso, o empresário, o acendedor de
lampiões, a serpente, o vendedor e a raposa. Todas têm algum ensinamento, bom ou mau, a
repassar ao Pequeno Príncipe, assim como ele transmite lições a cada uma das personagens.
Com as personagens, o autor mostra que os adultos se preocupam com as coisas inúteis e se
esquecem de valorizar o que é importante. Segundo a obra, é preciso reencontrar a criança que
existe em cada um de nós. Pois, quando a criança tem de assumir diversas funções no mundo dos
adultos, como um homem sério, de negócios, ou um sábio, ela deixa de existir, assim como nossos
melhores sonhos.
O livro resgata o mistério da infância e o retorno dos sonhos. De novo, ressurgem os
questionamentos, há o abandono do comodismo e a volta das recordações. Enfim, dá-se o
reencontro do homem com o menino, marcando o término da solidão e das escolhas equivocadas. O
livro aborda questões profundas de forma metafórica, por isso alguns críticos o consideram uma
fábula poética e enigmática.
O Pequeno Príncipe está entre as obras que podem modificar o pensamento das pessoas,
tornando-as seres melhores e mais felizes. E, dessa forma, transformar o mundo, fazendo-as
compreender que “só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.
Crítica escrita pela autora anônima
Antoine de Saint-Exupéry não sabia que, mais de cem anos depois de sua morte, seu nome
ainda estaria nas listas de livros mais vendidos de todo o mundo. Autor de “O Pequeno Príncipe”
tinha paixão por voar – e não apenas em suas histórias. Aviador profissional foi piloto na Segunda
Guerra Mundial. E, em 31 de julho de 1944, voou para nunca mais voltar. Nunca mais se teve
notícias do escritor aviador como mostra este trecho de Paris Ocupada, livro de Dan Franck que é,
na verdade, um grande relato sobre a vida intelectual e cultural de Paris sob a ocupação nazista:

“Em 31 de julho, voou da Córsega para a quinta missão. Às 8h45, o mecânico o ajudou a baixar o vidro
da cabine. Tirou os calços. A aeronave se dirigiu pesadamente para a extremidade da pista, depois alçou voo.
Direção: Lyon. Ele deveria voltar ao meio-dia. Ao meio-dia e meia, as equipes de resgate estavam na pista,
aguardando um ronco de motor, um rastro de fumaça negra. Ao meio-dia e quarenta e cinco, Antoine de Saint-
Exupéry ainda não tinha voltado. Sua presença não era constatada em nenhum radar. Exatamente à uma hora,
seus companheiros pensaram no pior: sabiam que o Lightning não tinha combustível para mais do que cinco
horas de voo. Às duas e meia, entenderam que o amigo não voltaria. O avião provavelmente havia
desaparecido no Mediterrâneo. Infelizmente, conhecemos a pessoa de Antoine de Saint-Exupèry, apenas
formalmente pelos relatos que acompanhamos e pela maravilhosa obra O Pequeno Príncipe”.

Leia o verbete de dicionário abaixo.

CATIVAR 1. Tornar (-se) cativo; prender(-se) física ou moralmente a; sujeitar(-se) <os primeiros
exploradores do Brasil cativaram índios e animais> <pretendia cativar a fé à razão> <cativou-se
à influência do mestre> 2. guardar em seu poder; reter, conservar <seus olhos cativavam a luz da
manhã> 3. obter a simpatia ou o amor de; seduzir; atrair <procurou cativar a tia com pequenos
favores> 4. ficar encantado com; enamorar-se, apaixonar-se <cativou-se da irmã do amigo>

HOUAISS, Dicionário eletrônico. (Adaptado.)


Item 01. O Pequeno Príncipe pergunta à raposa sobre o significado de “cativar”. Como resposta, ela
diz “criar laços”. Considerando os diversos significados apresentados no verbete, identifique aqueles
que se assemelham à resposta dada. (0.25)

(A) 1 e 3.
(B) 1 e 2.
(C) 2 e 4.
(D) 3 e 4.
(E) 2 e 3.

Item 02. No livro os adultos são criticados de acordo com a maneira de agir de certas personagens.
Quais são as coisas inúteis que as “pessoas grandes” se ocupam, muito bem representados pelos
planetas, esquecendo-se do essencial? (0.25)
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Item 03. Leia, reflita e explique:

A) Uma das frases seminais da obra de Saint-Exupéry, que quase todo mundo conhece, é que “só se
vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. (0,25)

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B) O que torna belo um deserto é saber que existe um poço em algum lugar dele. (0.25)

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Item 04. Como O Pequeno Príncipe é uma obra premiadíssima da literatura infantil no mundo
inteiro, há quem pense que o livro se restrinja a esse público. Mas na verdade, ele é adequado a
qualquer faixa etária. Depois da Bíblia Sagrada, é o segundo livro mais lido.
Imagine uma escola com muitos problemas comportamentais e que necessite trabalhar
construções de cidadania e valores com os alunos. Você indicará um livro para a construção: “O
Pequeno Príncipe”. Com base em sua leitura e na resenha crítica apresentada neste documento,
construa um artigo de opinião (apenas um parágrafo), defendendo a inserção do livro “O
Pequeno Príncipe” no currículo das escolas como suporte de construção de valores, cidadania e
reflexões diárias. Lembre-se de registrar situações que lhe chamaram a atenção, transformando-as
em argumentos como mudança de atitude e de valores. Destaque também que essa narrativa,
recheada de poesia, será eternizada no coração de quem a ler. Observe a ilustração abaixo com
alguns valores apresentados na obra e é sugestiva para os argumentos. O parágrafo poderá ter 5 a
6 linhas. (1.0).

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Bom trabalho!

Profª Gyslaine

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