7º ano um bom início de dia na capital paraense.

De lá,
caminha-se menos de dez minutos até a Praça
Dom Frei Caetano Brandão, onde estão o Museu
Leia o texto abaixo para responder as questões de Arte Sacra, o Forte do Presépio, a Casa das
de 1 a 5. Onze Janelas e a Catedral da Sé.
CIDADES
Em seguida, visitar a Estação das Docas permite
Belém uma refeição no estrelado Lá em Casa e um
População: 1.425.922 hab sorvete de sabor regional na Cairu. Outra
DDD: 91 atração é o Theatro da Paz, erguido em 1878,
Estado: Pará na Praça da República. Finalize com o jantar no
Distância de outras cidades: Marabá: 568 km; São Luís: 806
km; Altamira: 829 km; Teresina: 923 km; Brasília: 2159 km;
estrelado Remanso do Bosque.
São Paulo: 2968 km; Rio de Janeiro: 3267 km; Manaus: 5434
km

Belém, a capital paraense, é maravilhosa em

todos os detalhes: há mangueiras enormes
espalhadas pela cidade, bares gostosos,
gastronomia exótica e pessoas muito
acolhedoras.

Como circular
Quem se hospeda na região central,
formada pelos bairros Cidade Velha e Reduto,
tem mais facilidade para visitar, a pé ou com
transporte público, as principais atrações de
Belém.

Os corredores formados pelas avenidas

Certas coisas não falham na capital paraense.
Fazem parte da rotina o calor sem trégua,
a chuva ao fim da tarde, o vaivém dos barcos na
Baía do Guajará, as ruas sombreadas pelas
mangueiras e a beleza de construções erguidas
entre os séculos 17 e 19.
Concentradas no Centro, as edificações
históricas são fruto da conquista da foz do
Rio Amazonas e, posteriormente, da bonança
ocasionada pelo Ciclo da Borracha. Porém,
tradições à parte, uma nova Belém se faz sentir.
Presidente Vargas e Nazaré são importantes se
for utilizar ônibus, e com ele fica fácil chegar a
todos os cantos da cidade.
Comida típica
Açaí: maior produtor nacional de açaí (são 109
mil toneladas anuais, segundo o IBGE/2011,
50,7% da produção do país), o Pará é também
um consumidor voraz do alimento. Aqui, no
entanto, é raro que a fruta de coloração roxa e
sabor amargo seja adoçada antes de ingerida,
como em outros lugares do país.

No restaurante Remanso do Bosque, os jovens Na receita mais tradicional, o caldo do açaí,

irmãos Thiago e Felipe Castanho trazem à mesa engrossado com farinha de tapioca, é servido
a efervescência de novos ou esquecidos como acompanhamento para peixes, camarão
ingredientes regionais, muito além do tucupi. seco e carnes. Outra maneira de tomá-lo é
misturando-o a farinha-d’água e gelo – neste
Na música, artistas como Gaby Amarantos, caso, tolera-se a adição de açúcar.
Joelma e Felipe Cordeiro reverberam os ritmos Tradicionalmente, bandeiras ou lanternas
da cena belenense pelo país. Por fim, os vermelhas penduradas na porta
grafites coordenados por Drika Chagas, dos estabelecimentos indicam que há venda da
na Cidade Velha, tingem de vida um bairro que fruta no local.
não pode ser esquecido. Onde tomar: Point do Açaí. Sorvetes com a
fruta podem ser provados na Cairu e na Ice
Um dia perfeito em Belém Bode.
O movimento no Ver-o-Peso começa na
madrugada, e um passeio pelo famoso mercado é Tacacá: se tem uma coisa que não muda em
Belém é a chuva, que cai todo fim de tarde.
Depois dela, a tradição é tomar um tacacá nas
esquinas da cidade.
Sempre quente, esse caldo inspirado na cultura
indígena é servido por tacacazeiras em uma
cuia, e tem como principais ingredientes goma
de mandioca, camarão seco, tucupi, jambu –
erva que causa uma leve sensação de dormência
na boca – e pimenta-de-cheiro.
Onde comer: Tacacá da Dona Maria, Tacacá
da Elaine, Tacacá do Renato e Tacacá da
Jurídica
Tucupi: o líquido amarelo é a maior estrela da
culinária paraense. Extraído da raiz da
mandioca-brava, precisa ser fervido antes do
consumo, com o objetivo de eliminar o ácido
cianídrico presente no caldo. Há relatos de que
os índios foram os primeiros a utilizar o tucupi,
na função de um conservante para suas caças.
Hoje, o caldo de sabor ácido é quase onipresente
nos restaurantes de Belém, onde é encontrado
em receitas com pato e peixes regionais.
As folhas da mandioca-brava moídas (maniva)
também são usadas em outro famoso prato
regional, a maniçoba. A receita leva os mesmos
pertences suínos da feijoada, mas o caldo
espesso da maniva substitui o feijão.
Onde comer: nos restaurantes Lá em Casa e Na
Telha. Várias casas de cozinha variada também
preparam receitas com tucupi.
Melhor época para visitar Belém
Entre dezembro e maio, as chuvas costumam ser
intensas. Quem visita a cidade em outubro, mês
do Círio de Nazaré, deve fazer reserva
com antecedência para garantir hospedagem –
Belém recebe mais de 2 milhões de turistas
durante o evento religioso.
Por Renata Helena Rodrigues
41) Sobre o texto lido, é correto afirmar:
a) Trata-se de um texto publicitário, pois divulga
a culinária de Belém, a fim de convencer as
pessoas a visitarem o local.
b) O texto é uma notícia, pois traz um assunto
atual, que se baseia no fato de as pessoas
viajarem mais em determinada época do ano.
c) O texto lido é uma reportagem de viagem,
pois descreve um local turístico, dando
informação às pessoas que pretendem visitá-lo.
d) Trata-se de um diário, pois contém uma data
específica e relata acontecimentos de um dia na
vida de uma pessoa.
e) É possível que se trate do trecho de uma
autobiografia, na qual o autor descreve o local
onde vivia.
42) Acerca da linguagem utilizada no texto,
analise as afirmativas:
I. O texto foi escrito em 3ª pessoa, o que o torna
impessoal.
II. O texto utiliza, em alguns momentos, relato
em 1ª pessoa, para expor opinião do autor sobre
determinados locais.
III. O texto utiliza predominantemente o
presente do indicativo, pois há muita descrição,
principalmente de locais e alimentação da
cidade.
IV. Predomina neste relato a linguagem formal,
visto que é uma publicação voltada ao público
adulto de classe social alta.
São corretas:
a) I e II
d) II e IV
b) I, II e III
e) I, III e IV
c) I e III
43) No trecho “Sempre quente, esse caldo inspirado
na cultura indígena é servido por tacacazeiras em
uma cuia, e tem como principais ingredientes goma
de mandioca, camarão seco, tucupi, jambu – erva que
causa uma leve sensação de dormência na boca – e
pimenta-de-cheiro” podemos dizer que há
presença de:
a) Variação linguística geográfica, pois são
utilizados termos típicos de determinada
regional do país.
b) Variação linguística geográfica, pois são
utilizados termos que refletem o vocabulário
típico de determinada faixa etária.
c) Variação linguística histórica, pois são
utilizados termos que já estão em desuso nos
tempos atuais.
d) Variação linguística histórica, pois são
utilizados termos que refletem parte da história
de nosso país.
e) Variação linguística social, pois são utilizados
termos típicos de uma classe social com menor
escolarização.
44) Analise a charge abaixo para responder à
questão:
 linguagem não verbal é a linguagem
predominante.
e) São gêneros textuais distintos visto que a
charge é argumentativa e não apresenta
continuidade narrativa como no gênero tirinha.

As questões de 46 a 50 referem-se ao livro

“Meu Pé de Laranja-Lima”.
46) Tendo em conta a vida de Zezé, classifique
as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou
falsas (F):
( ) Zezé e Luís brincavam frequentemente no
Jardim Zoológico da cidade.
Disponível em http://dukechargista.com.br/
( ) A pantera negra de Zezé era, na verdade,
As charges utilizam os recursos do desenho e do
uma galinha preta.
humor para tecer algum tipo de crítica a
diversas situações do cotidiano. Sobre a charge ( ) Zezé entrou na escola quando tinha cinco
do chargista Duke, analise as seguintes anos.
afirmações: ( ) «Apanhar morcego» significava ir à caça de
I. Através da expressão do torcedor no primeiro sugadores de sangue.
quadrinho, podemos notar que ele se encontra ( ) Luís era o irmão mais querido de Zezé, tanto
entusiasmado com a realização da Copa do que era chamado de Rei.
Mundo de 2014 no Brasil; ( ) Zezé era descendente de índios pela parte do
II. Através da gradação na mudança de expressão pai.
do torcedor, podemos perceber que ele possui A ordem correta é:
uma visão crítica sobre a realização da Copa no a) F, V, F, F, V, F
Brasil; b) F, F, V, V, F, V
III. Não podemos afirmar que exista qualquer c) V, V, V, F, V, F
tipo de comentário crítico nas entrelinhas da d) F, V, V, F, V, V
charge, pois essa tem apenas a função de e) F, V,V, F,V, F
divertir o leitor;
IV. Podemos inferir que o entusiasmo inicial pela
realização dos jogos no Brasil foi substituído por 47) Relembrando a relação de Zezé com o
uma postura pessimista por parte da personagem Português, numere as sequências segundo a
retratada. ordem temporal dos acontecimentos:
São verdadeiras: ( ) O Português leva Zezé à farmácia para que o
a) I e III. menino seja tratado.
b) I, IV e III. d) I, II e IV. ( ) Zezé decide ir pendurado na parte de trás
c) II e IV. e) I e II. do carro do Português.
( ) Zezé e Portuga tornam-se amigos
45) Sobre as charges e tirinhas, é incorreto
inseparáveis. ( ) O Português apanha Zezé e,
afirmar:
furioso, dá-lhe uma palmada.
a) As charges são poderosos veículos de
( ) O Português vê Zezé machucado a caminho
comunicação, constituindo um gênero que alia a
força das palavras a imagens, bom humor e da escola e dá-lhe uma carona.
crítica. ( ) Zezé tenta roubar goiabas e, ao fugir, fere o
b) No Brasil, a charge é comumente utilizada pé num caco de vidro.
com a intenção de tecer críticas políticas e ( ) Para alívio de Zezé, o Português desaparece
sociais, sempre preservando como traço uns dias.
predominante o humor.
c) Assim como nas charges, as tirinhas A ordem correta é:
apresentam uma linguagem permeada pelo bom a) 6, 1, 7, 2, 5, 4, 3.
humor, aliando a linguagem verbal e não verbal b) 6, 3, 7, 2, 5, 4, 1.
para a construção de sentidos do texto. c) 7, 1, 6, 2, 5, 4, 3.
d) As charges e as tirinhas não podem ser d) 7, 1, 6, 2, 5, 3, 4.
consideradas como gêneros textuais, visto que a
e) 6, 1, 7, 5, 2, 4, 3.
48) Sobre os irmãos de Zezé, é correto afirmar
que:
a) O irmão mais novo, Luís, era também
considerado muito “arteiro” e por isso mesmo
estava sempre envolvido nas brincadeiras de
Zezé, sendo considerado um reflexo do
protagonista, mostrando seu lado mais
desafiador.
b) Totoca, o irmão mais velho, sempre cuidava
de Zezé com muito carinho, sendo mais tão
gentil e carinhoso como o pai. Pode-se inclusive
afirmar que Totoca exerce mais o papel paterno
que o próprio pai.
c) Observa-se que na obra a figura da mãe
biológica é pouco significativa na narrativa da
personagem, com pouca participação. A figura
materna passa a ser dividida em dois extremos
por suas irmãs: Jandira, a mãe autoritária,
tirana e repressora, e Glória, carinhosamente
chamada de Godóia, a mãe angelical e
compreensiva.
d) Zezé é o irmão mais novo, por isso é tratado
como um príncipe e são feitas todas as suas
vontades, o que o leva a desenvolver um
temperamento de desobediência e provocação.
e) Zezé só se dá bem com seu irmão mais novo,
Luís, pois é o único que não quer lhe impor
regras e limites. Com Luís, Zezé pode sentir-se
mais adulto e desenvolver sua precocidade,
característica que mostra-se marcante em sua
personalidade, no decorrer da narrativa.
Leia a resenha abaixo e responda as questões 49
e 50:
SÉRGIO RIZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA
20/04/2013 00h01
O livro "Meu Pé de Laranja-Lima" foi publicado
em 1968, mas até hoje é lido em diversos países.
Traduzido para mais de 50 idiomas, é o maior
sucesso na carreira do escritor José Mauro de
Vasconcelos.
Um dos motivos que leva tanta gente a gostar do
livro são as emoções que ele desperta: é fácil se
identificar com o sofrimento do menino Zezé, o
personagem principal.
Outro personagem importante do livro é o
Portuga, um comerciante que faz Zezé se sentir
querido pela primeira vez na vida.
José Mauro disse que escreveu o livro inteiro em
apenas 12 dias. "Porém, estava dentro de mim
fazia 20 anos", explicou.
No filme que entrou em cartaz, Zezé é
interpretado por José Guilherme Ávila na
infância e por Caco Ciocler quando fica adulto.
A primeira versão do livro para o cinema foi
lançada em 1970 e fez sucesso na época.
No mesmo ano, foi feita também a primeira
adaptação para telenovela. A autora, Ivani
Ribeiro (1916-1995), foi uma das mais
importantes escritoras de telenovelas do Brasil.
Depois, houve mais duas adaptações, na rede
Bandeirantes, também em forma de telenovela,
em 1980 e 1998.
49) É correto afirmar que o texto lido ressalta a
importância desta obra, tendo como foco
mostrar que:
a) Foi traduzida em mais 50 idiomas.
b) Foi escrita em apenas 12 dias.
c) Desperta emoções em quem a lê.
d) Recebeu diversas adaptações para cinema e
TV.
e) Até hoje é lido em diversos países.
50) Ao justificar por que o livro foi escrito em
apenas 12 dias, o autor dá indícios de tratar-se
de uma obra autobiográfica. São outros 3
indícios deste fato:
a) A dedicatória que é feita, entre outros, para
alguns de seus irmãos, o nome do protagonista
sendo um possível apelido do escritor, o capítulo
final com tom de uma carta pessoal e com
coincidência de datas reais.
b) A narrativa em 1ª pessoa, a veracidade no
nome dos lugares mencionados, a ordem
cronológica dos acontecimentos.
c) O uso de discursos diretos, o detalhamento da
descrição dos personagens, a citação de um
acidente que de fato ocorreu naquela época e
foi noticiado em diversos jornais.
d) A clareza com que se mostra que as conversas
com o pé de laranja eram apenas parte da
imaginação do menino, o detalhamento na
descrição do cotidiano familiar e a rapidez com
que foi escrito o livro.
e) A verossimilhança presente em toda a
narrativa, a linguagem informal utilizada, que
retrata com fidelidade o estilo da família de
Zezé e a narrativa em 3ª pessoa.
8º ano
Entrevista exclusiva com Christian
Figueiredo, o Lokão dos milhões de
seguidores.
Por Reportagem
12/02/2017 17:21
Christian Figueiredo / Foto: Arquivo Pessoal
“E aí, meus lokões e lokonas desse Brasil, tudo
bem com vocês?”
Mesmo que você não seja alguém que
acompanhe muitos canais de youtube, não seja fã
desta nova febre que tomou o Brasil, com certeza
já deve ter ouvido falar de Christian Figueiredo.
Aos 21 anos, tem a impressionante marca de 13
milhões de seguidores em suas redes sociais, seus
vídeos somam mais de 900 milhões de
visualizações, vendeu, até agora, 500 mil
exemplares de seus livros lançados, estreou um
filme baseado em sua vida no começo de janeiro
deste ano, já teve quadro no Fantástico (TV
Globo), diversas participações no Pânico na Band
e em programas do SBT. Christian também é um
rosto comum em campanhas publicitárias de
várias marcas nacionais.
Jovem, centrado, humilde e com os pés no chão,
o “lokão”, como é chamado pelos seus fãs, volta
pela terceira vez a Ribeirão Preto, agora, com a
sua peça de teatro, “Eu Fico Loko”, mesmo nome
do canal, dos 03 livros lançados e de seu filme.
Christian falou com exclusividade ao Em Ribeirão
e conta algumas curiosidades, planos e convida
você para assistir sua peça, no próximo dia 19 de
fevereiro no Teatro Pedro II.
Você era um adolescente quando montou o
canal no Youtube, agora é um jovem adulto e
o Eu Fico Loko é direcionado para o público
adolescente. Você vai continuar abordando
temas para este público ou acredita estar na
hora de buscar um público mais adulto?
Sempre penso nisso. Por enquanto eu ainda vivo
no mundo dos jovens, adolescentes, frequento os
mesmos lugares então estou sempre ligado no
que está acontecendo. Acho que uma hora vou
mudar o foco dos vídeos até por que vai chegar
um ponto que eu não terei argumentos
compatíveis com os jovens que vão me assistir,
mas quando isso “acabar” terei que mudar meu
foco.
Em seus eventos você ganha muitos presentes,
quais são mais constantes e o que faz com
todos?
De chocolates e pipocas de micro-ondas
(principalmente sabor manteiga de cinema rs) a
camisetas e perfumes. Também ganho muitas
cartinhas, cartaz. Faço questão de guardar tudo,
levar para meu apartamento e meu escritório.
Procuro olhar tudo e curtir este carinho que
recebo em contato com o público.
Acha que está contribuindo para o crescimento
do Youtube brasileiro?
Acredito que todos os youtubers de certa forma
estão, o youtube no Brasil cresceu muito de uns
tempos para cá e a cada dia surgem novos vlogs,
grupos de esquetes, curtas, música, games, enfim,
a cada novo integrante de conteúdo no youtube
brasileiro, posso dizer que ele cresce.
Existe uma receita para o sucesso?
Nunca tive uma receita, algo que eu possa dizer
que coloque em prática e no fim dá certo. Tudo
aconteceu de repente e foi rolando, até que deu
certo e o hobby virou trabalho.
Qual dica você pode dar para os adolescentes
de Ribeirão e região que querem vencer na
vida?
Que tem que acreditar mesmo. Eu nunca fui o
adolescente que se dava bem, que as garotas
gostavam. Eu tinha um sonho, um hobby, gostava
de me comunicar, de gravar, e eu apostei naquilo.
Agora virou o meu trabalho e aquilo abriu muitas
portas pra muita coisa que eu faço hoje em dia.
Com 03 livros publicados, milhões de
seguidores, sucesso na TV e um filme sobre a
sua vida, o que mais o Chris espera daqui para
frente?
Agora vou focar na parte artística, viver um pouco
o teatro e continuar criando pra internet.
A fama traz muita visibilidade. Com isso, fica
difícil ter uma vida normal? Como você faz
curtir um final de semana? Pegar um cinema?
Sair com os amigos?
Nunca me privei de rolês e programas com
amigos, a galera vir falar comigo é consequência
do que faço então nunca me incomodei.
Agora você está solteiro, aborda temas mais
adultos nos vídeos de maneira mais
descontraída, muitas fãs já tentaram invadir
seu hotel?
rsrsrs já!
O que você gostaria de dizer para os seus fãs
de Ribeirão?
Espero que curtam meu show ai em Ribeirão!!!
Você está vindo para Ribeirão pela terceira
vez, a primeira com sua peça. O que seus fãs
vão ver no dia 19?
Uma peça divertida, descontraída e com o clima
dos vídeos. O legal é que traz os pais e os filhos
para o meu mundo, vai ser show!
Vamos para uma rapidinha? PING PONG com
Cristina Figueiredo
Nome: Christian Figueiredo de Caldas.
Apelido: Chris.
Onde nasceu: Blumenau-SC.
Onde mora: São Paulo – SP.
Idade: 21.
Altura: 1.81m.
Peso: 69.
Signo: Gêmeos (6 de junho).
Prato preferido: comida japonesa.
Bebida preferida: refrigerante.
Mania: limpeza.
Qualidade: organização.
Defeito: sou sistemático.
O que mais chama a atenção em uma mulher: o
sorriso.
Esporte que pratica: fazia luta, mas parei.
Ritual de beleza: sou vaidoso com o rosto. Uso
bases por causa das olheiras.
Parte do corpo de que gosta mais: os olhos.
Perfume: Paco Rabane Invictus.
Filme: Horror em Amityville (adoro terror)
Música: pop
Uma alegria: dar certo no que estou fazendo.
Um lugar inesquecível: Porto Seguro – BA.
Lazer: pedir uma pizza e ver um filme tranquilo
em casa.
Melhor presente: ganhar massagem
41) Sobre o texto lido é correto afirmar que:
a) É uma entrevista com um famoso youtuber
que tem como temática principal sua vida e
carreira e uma apresentação que ele fará na
cidade sede do jornal onde foi publicada a
entrevista.
b) É uma biografia do youtuber Christian
Figueiredo, dando informações relevantes sobre
sua vida, sua carreira e seus gostos pessoais.
c) É uma entrevista que tem como temática
principal o fato de Christian Figueiredo ter a
necessidade de mudar a abordagem de seu canal
no youtube, considerando que não é mais um
adolescente.
d) É uma resenha da apresentação feita pelo
youtuber Christian Figueiredo, onde faz ao vivo
algumas das dinâmicas que costuma trazer em
seu canal.
e) É um relato de memória, onde Christian
Figueiredo narra fatos de seu passado.
42) Sobre o tipo de linguagem utilizada na
entrevista, considere as afirmativas:
I. Há muitos trechos com linguagem formal, o
que é comum a esse gênero textual.
II. Há predomínio de linguagem informal e
muitas gírias, considerando-se quem é o
entrevistado.
III. O entrevistador refere-se ao entrevistado
utilizando um pronome de tratamento formal,
adequado à situação de comunicação.
IV. Utiliza-se, nas respostas, a primeira pessoa
do discurso, pois o entrevistado relata fatos de
sua própria vida.
São corretas:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) II e III
d) I e IV
e) II e IV
43) Em todos os trechos abaixo, podemos
classificar o sujeito como “elíptico”, exceto em:
a) Nunca me privei de rolês e programas com
amigos.
b) Tudo aconteceu de repente e foi rolando, até
que deu certo e o hobby virou trabalho.
c) Aos 21 anos, tem a impressionante marca de
13 milhões de seguidores em suas redes sociais.
d) Nunca tive uma receita, algo que eu possa
dizer que coloque em prática e no fim dá certo.
e) Agora vou focar na parte artística, viver um
pouco o teatro e continuar criando pra internet.
 saga do habitante do asteroide B-612. E não se
44) Sobre o período “Agora você está solteiro” preocupe: aqui, não há nenhum "spoiler" ou fato
revelador sobre a trama, ok?
é correto afirmar que:
a) Há presença de verbo transitivo direto.
Um "background" de peso
b) Há presença de verbo intransitivo.
c) Há presença de verbo de ligação.
O escritor francês — e também piloto de avião —
d) Há presença de verbo transitivo indireto. Antoine de Saint-Exupéry não decidiu criar uma
e) Trata-se de uma frase sem presença de verbo. pérola da literatura infanto-juvenil assim, "do
nada". Aos 21 anos, depois de passar por uma
carreira universitária malsucedida, Saint-Exupéry
45) Sobre a colocação pronominal utilizada no
foi parar no exército francês. E foi lá que seus
seguinte trecho “Nunca me privei de rolês e
talentos como piloto foram desenvolvidos.
programas com amigos, a galera vir falar comigo
é consequência do que faço então nunca me Ao transitar entre exercício militar, empregos
incomodei” podemos afirmar: diversos e trabalhos variados como aviador, o
a) Foi utilizada próclise, que é o adequado a francês produziu histórias que fizeram bastante
este caso, por haver presença de uma palavra sucesso mesmo antes do lançamento do livro do
atrativa. principezinho. O clássico "Voo Noturno", lançado
b) Foi utilizada ênclise, que é o adequado a este em 1931, ganhou uma série de prêmios e, depois
caso. de uma aterrissagem forçada no deserto da
c) Foi utilizada mesóclise, que é o adequado a Líbia, o autor escreveu "Terra dos Homens"
este caso. (1939): um best-seller ainda mais premiado e
d) Foi utilizada próclise, somente por tratar-se que figurou entre os mais vendidos do jornal The
de um período informal. New York Times por 5 meses.
e) Foi utilizada a ênclise, por haver presença de
uma palavra atrativa. Então chega a Segunda Guerra Mundial, e o autor
se vê exilado para a América do Norte,
Leia o texto abaixo e relacione-o ao livro “O "aterrissando" na cidade de Nova York. Em 1940,
Pequeno Príncipe” para responder as questões Saint-Exupéry literalmente escapou de sua nação
de 46 a 50. (que acabava de passar pela tenebrosa Batalha
"Tu te tornas da França, ou Queda da França) com sua mulher,
eternamente a escritora e artista salvadorenha Consuelo
responsável por Suncin.
aquilo que cativas".
Se você ainda não Mas o aristocrata não passou por uma estadia
conhece essa pérola confortável nos EUA. De qualquer forma, em
da cultura mundial, meio a uma série de dilemas pessoais,
não perca tempo e infortúnios no casamento e problemas de saúde,
dê um jeito de ler o Saint-Exupéry usou sua própria experiência de
clássico "O Pequeno vida para chegar à ideia de narrar a saga de um
Príncipe", livro que pequeno príncipe extraterrestre e iniciou uma
definitivamente sequência de simples, mas belíssimas
impactou a vida de ilustrações.
milhares de pessoas
ao redor do globo. A maravilhosa obra de
Antoine de Saint-Exupéry marca 75 anos de
existência em 2018, e eu (Ricardo Fadel, fã do
principezinho) faço questão de contar para você
um pouco sobre o autor e algumas repercussões
geradas pelo livro.

Mais uma vez: se você ainda não leu esse

clássico, corra atrás e faça esse favor a si
mesmo... Até porque este artigo pode não ser
tão significativo se você ainda não conhece a
Em um artigo feito ao The New York Times em
2000, a biógrafa Stacy Schiff relata que há uma
conexão emocional e direta entre o autor
expatriado e o príncipe extraterrestre. Schiff
comenta que "os dois permanecem entrelaçados,
juntos, gêmeos inocentes que caíram do céu".
Desde o começo da ideia do livro, Saint-Exupéry
já sabia que iria "atuar" como narrador de uma
história com um jovem príncipe, repleto de
inocência e sabedoria. Surgiram alguns conceitos
de personagens que hoje não figuram no livro,
mas o enredo, como um todo, não passou por
grandes transformações de direcionamento. Por
fim, "O Pequeno Príncipe" criou forma e foi
finalmente publicado em 1943 (1945 na França).
Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe
de Saint-Exupéry deixou o planeta Terra — e foi
se juntar ao principezinho — ainda jovem, aos 44
anos. O francês acabou retornando à Europa
após 25 meses de exílio e, durante uma missão
militar em 1944, Saint-Exupéry partiu de uma
base aérea na Córsega e nunca mais voltou.
Forte impacto no mundo do entretenimento
É inegável que o enredo do livro — publicado em
mais de 220 idiomas e dialetos — é atemporal, e
muitas das mensagens de amor
companheirismo foram tão marcantes que
pessoas de todos os credos e situações sociais se
veem identificadas com o que é relatado por
Saint-Exupéry. Muitas pessoas e experts em
literatura inclusive já estão realizando eventos
(pelas mídias sociais, por exemplo) para
comemorar os 75 anos da fábula e discutir
diferentes passagens e acontecimentos.
Quanto ao impacto gerado em outros ramos do
entretenimento, "O Pequeno Príncipe" despontou
na forma de:
 Um filme musical (1974, com Bob Fosse e
Gene Wilder);
 Um parque temático na Coreia do Sul;
 Um museu no Japão;
 Uma boutique na França;
 Um longa-metragem animado (2015,
dirigido por Mark Osborne, o mesmo de
"Kung Fu Panda"; confira o trailer
abaixo);
 E até mesmo sequências ao livro original
(uma delas escrita por uma sobrinha de
Saint-Exupéry).
No Brasil, você pode encontrar até mesmo uma
avenida que carrega o nome do livro: a Avenida
Pequeno Príncipe, em Florianópolis, visto que
Saint-Exupéry passou pela cidade durante sua
carreira de aviador. Além disso, algumas peças
de teatro, baseadas no livro, já apareceram em
São Paulo e em outras grandes cidades do
planeta.
Se você ainda não leu o livro, pela terceira vez
eis o pedido: faça-o! Se você já conhece a saga
do principezinho, bem... Fica a dica de dar
aquela relembrada ao tirar o livro da estante e
mergulhar novamente nessa bela história que,
apesar de ser apresentada como infanto-juvenil,
passa lindas mensagens a pessoas de todas as
idades, não é mesmo?
46) O texto afirma que Antoine de Saint-Exupéry
narrou no livro “O Pequeno Príncipe” sua própria
experiência. As 2 características ou ações do
narrador do livro que são coincidentes com a
vida do autor são:
a) O fato de cultivar rosas e de gostar de
astronomia.
b) Ser aviador e ter habilidade com desenho.
c) Ser francês e ter sido exilado.
d) Gostar de falar sobre amizade e amor.
e) Ter passado por muitos dilemas pessoais e ser
solitário.
e
47) Com base no enredo do livro, a afirmação “é
inegável que o enredo do livro — publicado em
mais de 220 idiomas e dialetos — é atemporal”.
Pode ser melhor justificada pelo fato de:
a) O livro não se passar em local e tempo
determinados.
b) O livro trazer personagens que são comuns em
diversos contos e fábulas.
c) A temática do livro ser permeada por lições
que refletem sentimentos e valores básicos dos
seres humanos.
d) O livro tratar de astronomia, que é um
assunto normalmente atrativo para a maioria das
pessoas.
e) O livro falar sobre aviação, que uma temática
que costuma despertar muito interesse,
independente da época.
48) Apesar das perceptíveis semelhanças do
autor com o narrador da história, “a biógrafa
Stacy Schiff relata que há uma conexão
emocional e direta entre o autor expatriado e o
príncipe extraterrestre”. Que semelhança é
essa?
a) Ambos sentem que não pertencem ao
lugar onde estão, pois estão longe de sua
terra.
 b) Os dois gostam de cultivar rosas e se
preocupam com o bem-estar das pessoas.
c) Os dois são grandes desenhistas e
escritores.
d) Tanto Saint-Exupéry quanto o Pequeno
Príncipe são, na realidade, personagens
fictícios.
e) Ambos fizeram viagens para fora do
planeta Terra.
49) Relacione os personagens ,de acordo com
suas características:
a) “Quando acordei hoje de manhã, eu sabia
quem eu era, mas acho que já mudei
muitas vezes desde então.”
b) “Palavras são, na minha não tão humilde
opinião, nossa inesgotável fonte de
magia. Capazes de ferir e de curar.”
c) “Alguns infinitos são maiores que outros”
d) “As pessoas são solitárias porque
constroem muros ao invés de pontes.”
e) “Que ninguém se engane, só consigo a
simplicidade através de muito trabalho.”

1-rei
2-vaidoso
3-bêbado
4-empresário
5-acendedor de lampiões
6-geógrafo
7-raposa

( ) sabia toda a teoria, mas não saía de sua

mesa para explorar suas descobertas, achava
que isso era trabalho para outra pessoa.

( ) pensa que todos são seus súditos e tem que

obedecê-los ,mas dá ordens que se pode
obedecer, pois sabe que cada um só oferece o
que pode.

( ) ensina que é preciso tempo para cativar um

amigo.

( ) é muito ocupado e não tem tempo para

aproveitar o que conquista.

( ) escapa da realidade, mas não consegue se

livrar da vergonha de ser como é.

( ) passa o dia trabalhando, sem questionar

isso, apenas obedece as ordens.

( ) passa o tempo preocupado consigo mesmo,

querendo receber elogios.

A ordem correta é:

a) 5, 1, 7, 4, 2, 6, 3
b) 6, 1, 7, 4, 2, 5, 3
c) 1, 6, 7,4, 2, 5, 3
d) 6, 4, 7, 1, 2, 5, 3
e) 4, 1, 7, 6, 2, 5, 3

50) O livro “O Pequeno Príncipe” traz citações

que se tornaram clássicas. A citação que
pertence a este livro e que é uma boa tradução
da temática deste livro é:
9º ano
41) (Enem – 2009)
Gênero dramático é aquele em que o artista usa
como intermediária entre si e o público a
representação. A palavra vem do grego drao
(fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é,
pois, uma composição literária destinada à
apresentação por atores em um palco, atuando
e dialogando entre si. O texto dramático é
complementado pela atuação dos atores no
espetáculo teatral e possui uma estrutura
específica, caracterizada: 1) pela presença de
personagens que devem estar ligados com lógica
uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática
(trama, enredo), que é o conjunto de atos
dramáticos, maneiras de ser e de agir das
personagens encadeadas à unidade do efeito e
segundo uma ordem composta de exposição,
conflito, complicação, clímax e desfecho; 3)
pela situação ou ambiente, que é o conjunto de
circunstâncias físicas, sociais, espirituais em
que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a
ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor,
ou sua interpretação real por meio da
representação.
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1973. (Adaptado.)
Considerando o texto e analisando os elementos
que constituem um espetáculo teatral, conclui-
se que:
a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se
como um fenômeno de ordem individual, pois
não é possível sua concepção de forma coletiva.
b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é
concebido e construído pelo cenógrafo de modo
autônomo e independente do tema da peça e do
trabalho interpretativo dos atores.
c) o texto cênico pode originar-se dos mais
variados gêneros textuais, como contos, lendas,
romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e
fragmentos textuais, entre outros.
d) o corpo do ator na cena tem pouca
importância na comunicação teatral, visto que o
mais importante é a expressão verbal, base da
comunicação cênica em toda a trajetória do
teatro até os dias atuais.
e) a iluminação e o som de um espetáculo
cênico independem do processo de
produção/recepção do espetáculo teatral, já
que se trata de linguagens artísticas diferentes,
agregadas posteriormente à cena teatral.
42) Leia o texto e responda.
Querido diário
Hoje topei com alguns conhecidos meus
Me dão bom-dia, cheios de carinho
Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho
[…]
Hoje o inimigo veio me espreitar
Armou tocaia lá na curva do rio
Trouxe um porrete a mó de me quebrar
Mas eu não quebro porque sou macio, viu
HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2013
Uma característica do gênero diário que
aparece na letra da canção de Chico Buarque é
o(a)
a) diálogo com interlocutores próximos.
b) recorrência de verbos no infinitivo.
c) predominância de tom poético.
d) uso de rimas na composição.
e) narrativa autorreflexiva.
Leia o texto abaixo para responder às questões
de 43 a 45:
Capítulo XII
Partimos com o tempo encoberto, mas estável.
Não teríamos de nos preocupar nem com calores
cansativos nem com chuvas desastrosas. Um
tempo próprio para o turismo. O prazer de
galopar por um país desconhecido deixava-me
de bom humor naquele início de aventura.
Sentia toda a felicidade, todo o prazer e
liberdade de um excursionista. Começava a
gostar da viagem. “Afinal, o que estou
arriscando?”, dizia-me. “Viajar por um país dos
mais curiosos, escalar uma montanha bastante
notável, na pior das hipóteses, descer ao fundo
de uma cratera extinta! [...] Quanto à
existência de uma galeria que acaba no centro
do globo, pura imaginação! Pura
impossibilidade! Vou tratar, então, de
aproveitar o que a expedição tem de bom sem
maiores problemas”. Quando concluí esse
raciocínio, já havíamos saído de Reykjavik. Hans
caminhava à frente num passo rápido, igual e
constante.
Os dois cavalos carregados com nossas bagagens
seguiam-no sem que fosse necessário conduzi-
los. Eu e meu tio íamos atrás sem nos sairmos
muito mal em nossos animais pequenos, mas
vigorosos.
A Islândia é uma das maiores ilhas da Europa.
Estende-se por mil e quatrocentas milhas e só
conta com sessenta mil habitantes. Os
geógrafos dividiram-na em quatro quartos, e
tínhamos de atravessar quase obliquamente o
que tem o nome de região de quarto do
Sudvesterfjordhur. Ao deixarmos Reykjavik,
Hans seguira imediatamente para a beira do
mar. Atravessávamos magras pastagens que
faziam o maior esforço para ser verdes; tinham
maior facilidade em ser amarelas. Os cimos
rugosos das massas traquíticas apareciam no
horizonte entre as brumas do leste, e por
momentos algumas placas de neve,
concentrando a luz difusa, resplandeciam nas
inclinações dos cumes afastados.
Alguns picos, mais ousados, perfuravam as
nuvens cinzentas e reapareciam acima dos
vapores moventes como escolhos que emergiam
em pleno céu. Muitas vezes essas cadeias de
rochas áridas lançavam uma de suas pontas ao
mar e cortavam as pastagens; mas sempre havia
lugar suficiente para passar. Além disso, nossos
cavalos escolhiam instintivamente os lugares
propícios sem nunca diminuir a marcha. Meu tio
nem tinha o consolo de excitar sua montaria
com a voz ou com o chicote; não lhe era
permitido ser impaciente. Não podia evitar
sorrir ao vê-lo tão alto em seu cavalinho, e,
como suas pernas compridas roçavam o chão,
parecia um centauro de seis pés. [...] (VERNE,
Júlio, Viagem ao Centro da Terra)
43) Considere as afirmativas:
I – O texto lido pertence ao gênero Relato de
Viagens.
II – O bom-humor descrito pelo autor no
primeiro parágrafo deve-se ao fato de que o tio
o acompanharia nesta aventura.
III – A linguagem do texto é predominantemente
formal, descritiva e literária.
IV – No último parágrafo, o narrador revela-se
pessimista perante alguns contratempos da
viagem.
Estão corretas as afirmações:
a) I, II e IV
b) I, III e IV
c) I e II
d) I e III
e) Todas
44) Assinale a alternativa em que o período
contém uma oração adjetiva restritiva.
a) Partimos com o tempo encoberto, mas
estável.
b) Quando concluí esse raciocínio, já havíamos
saído de Reykjavik.
c) Atravessávamos magras pastagens que faziam
o maior esforço para ser verdes; tinham maior
facilidade em ser amarelas.
d) Os cimos rugosos das massas traquíticas
apareciam no horizonte entre as brumas do
leste, e por momentos algumas placas de neve,
concentrando a luz difusa, resplandeciam nas
inclinações dos cumes afastados.
e) Alguns picos, mais ousados, perfuravam as
nuvens cinzentas e reapareciam acima dos
vapores moventes como escolhos que emergiam
em pleno céu.
45) Sobre as formas verbais utilizadas no texto,
podemos afirmar que, predominantemente:
a) Utiliza-se o presente do indicativo nas
descrições de lugares e o pretérito perfeito do
subjuntivo nos trechos narrativos.
b) Utiliza-se o pretérito perfeito e imperfeito do
indicativo nas descrições de lugares e o
presente do subjuntivo nos trechos narrativos.
c) Utiliza-se o infinitivo nas descrições de
lugares e o pretérito perfeito e imperfeito do
indicativo nos trechos narrativos.
d) Utiliza-se o presente do indicativo nas
descrições de lugares e o pretérito perfeito e
imperfeito do indicativo nos trechos narrativos.
e) Utiliza-se o presente do subjuntivo nas
descrições de lugares e o pretérito perfeito e
imperfeito do indicativo nos trechos narrativos.
As questões de 46 a 50 referem-se ao livro
“Vidas Secas” de Graciliano Ramos.
46) Baleia queria dormir. Acordaria feliz num
mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de
Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se
espojariam com ela, rolariam com ela num pátio
enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria
todo cheio de preás, gordos, enormes.
Sobre o texto acima, é correto afirmar que:
a) há marcas próprias do chamado discurso
direto através do qual são reproduzidas as falas
das personagens.
b) o narrador é observador, pois conta a história
de fora dela, na terceira pessoa, sem participar
das ações, como quem observou objetivamente
os acontecimentos.
c) quem conta a história é uma das personagens,
que tem uma relação íntima com as outras
personagens, e, por isso, a maneira de contar é
fortemente marcada por características
subjetivas, emocionais.
d) evidencia-se um conflito entre a protagonista
Baleia e o antagonista Fabiano, pois este impede
que a cadela possa caçar os preás.
e) o narrador é onisciente, isto é, geralmente
ele narra a história na terceira pessoa, sabe tudo
sobre o enredo e sobre as personagens, inclusive
sobre suas emoções, pensamentos mais íntimos,
às vezes, até dimensões inconscientes.
47) Analise as afirmações abaixo.
I. "Será um romance? É antes uma série de
quadros, de gravuras em madeira, talhadas com
precisão e firmeza."
II. "Construído como uma longa narrativa oral, o
romance tem como personagem-narrador
Riobaldo, um velho fazendeiro, que já foi
homem de letras e de armas e que vive às
margens do rio São Francisco."
III. "Com a análise psicológica do universo mental
das personagens, que expõe por meio do
discurso indireto livre, o narrador nos vai
decifrando a sua humanidade embotada,
confundida com a paisagem áspera do sertão,
neste romance que transcende o regionalismo e
seu contexto específico."
IV. "Emprestando dinheiro a juros, negociando
de arma engatilhada no sertão, passando fome e
sede, [o protagonista] consegue acumular algum
capital e com ele volta para a sua terra, no
município de Viçosa, Alagoas, onde ficava a
propriedade."
V. "O tema do poema é o itinerário do retirante
nordestino, que parte do sertão paraibano em
direção ao litoral, em busca de sobrevivência,
devido à seca e às precárias, senão
insustentáveis, condições de vida da maioria da
população.
Todas as afirmações que se referem à obra Vidas
Secas, de Graciliano Ramos, estão relacionadas
em:
a) I – III
d) II - III – IV
b) II - IV – V
e) I - II - IV
c) III – V
Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas
Secas e responda as questões 8 e 9.
Vivia longe dos homens, só se dava bem com
animais. Os seus pés duros quebravam espinhos
e não sentiam a quentura da terra. Montado
confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E
falava uma linguagem cantada, monossilábica e
gutural, que o companheiro entendia. A pé, não
se aguentava bem. Pendia para um lado, para o
outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes,
utilizava nas relações com as pessoas a mesma
língua com que se dirigia aos brutos –
exclamações, onomatopeias. Na verdade, falava
pouco. Admira as palavras compridas e difíceis
da gente da cidade, tentava reproduzir algumas
em vão, mas sabia que elas eram inúteis e
talvez perigosas.
48) O texto, no seu conjunto, enfatiza:
a) A pobreza física do personagem.
b) A falta de escolaridade do personagem.
c) A miséria moral do personagem.
d) A identificação do personagem com o mundo
animal.
e) A insegurança do personagem em relação a
outras pessoas.
49) No texto, a referência aos pés:
a) Constitui um jogo de contrastes entre o
mundo cultural e o mundo físico do
personagem.
b) Acentua a rudeza do personagem, em nível
físico.
c) Justifica-se como preparação para o fato de
que o personagem não estava preparado para
caminhada.
d) Serve para demonstrar a capacidade de
pensar do personagem.
50) A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha
emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos,
as costelas avultavam num fundo róseo, onde
manchas escuras supuravam e sangravam,
cobertas de moscas. As chagas da boca e a
inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e
a bebida.
Por isso Fabiano imaginara que ela
estivesse com um princípio de hidrofobia e
amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos
de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal
a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-
se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos
sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda
pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas,
semelhante a uma cauda de cascavel.
Então Fabiano resolveu matá-la. [...]
Sinhá Vitória fechou-se na camarinha,
rebocando os meninos assustados, que
adivinhavam desgraça e não se cansavam de
repetir a mesma pergunta: — Vão bulir com a
Baleia?
[...]
Ela era como uma pessoa da família:
brincavam juntos os três, para bem dizer não se
diferençavam, rebolavam na areia do rio e no
estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o
chiqueiro das cabras.
Quiseram mexer na taramela e abrir a
porta, mas sinhá Vitória levou-os para a cama de
varas, deitou-os e esforçou-se por tapar-lhes os
ouvidos: prendeu a cabeça do mais velho entre
as coxas e espalmou as mãos nas orelhas do
segundo. Como os pequenos resistissem,
aperreou-se e tratou de subjugá-los,
resmungando com energia.
Ela também tinha o coração pesado, mas
resignava-se: naturalmente a decisão de Fabiano
era necessária e justa. Pobre da Baleia.
[...]
Na luta que travou para segurar de novo
o filho rebelde, zangou-se de verdade.
Safadinho. Atirou um cocorote ao crânio
enrolado na coberta vermelha e na saia de
ramagens.
Pouco a pouco a cólera diminuiu, e Sinhá
Vitória, embalando as crianças, enjoou-se da
cadela achacada, gargarejou muxoxos e nomes
feios. Bicho nojento, babão.
Inconveniência deixar cachorro doido
solto em casa. Mas compreendia que estava
sendo severa demais, achava difícil Baleia
endoidecer e lamentava que o marido não
houvesse esperado mais um dia para ver se
realmente a execução era indispensável.

Sobre o fragmento, contextualizado na obra, é

correto afirmar:
(01) O primeiro e o segundo parágrafos contêm
argumentos que justificam a decisão a ser
tomada em relação a Baleia.
(02) Fabiano demonstra cuidados com Baleia,
apesar de ser o seu algoz.
(04) O comportamento de sinhá Vitória
caracteriza-a como a mãe protetora, zelosa do
bem-estar de seus filhos.
(08) O poder de decisão do chefe de família no
ambiente rural fica evidente no texto.
(16) Sinhá Vitória, ao aceitar passivamente a
decisão do marido no que se refere a Baleia,
demonstra ser indiferente ao animal e
preocupar-se exclusivamente com seus filhos.
(32) A decisão de matar Baleia deixa patente o
temperamento agressivo de Fabiano.
(64) A palavra “Mas”, no último parágrafo,
antecede uma explicação do conflito entre razão
e emoção vivido por sinhá Vitória.
A soma das respostas corretas é:
a) 15
b) 75
c) 78
d) 79
e) 83