PPGT1

Lógica e Algoritmos
Prof Ricardo P. Schefer

01/03/2018 Prof Ricardo P. Schefer 1

 "A lógica é apenas o princípio da
sabedoria, e não o seu fim"
Spock

01/03/2018 Prof Ricardo P. Schefer 2

 Lógica

• “Lógica é a coerência de raciocínio, de ideias”

• “Lógica é a sequência coerente, regular e necessária de
acontecimentos, de coisas”
Dicionário Aurélio

01/03/2018 Prof Ricardo P. Schefer 3

 Tente!
Mova 2 palitos e forme 6 triângulos. O peixinho da figura está nadando para a
esquerda.
Mova três palitos para que ele nade no
sentido contrário.

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 Lógica, Exemplos
1. O número 3 é menor que o número 5.
O número 7 é maior que o número 5.
Logo, o número 3 é menor que os números 5 e 7.

2. Quando chove, não é preciso regar as plantas do jardim.

Hoje choveu.
Logo, hoje não é preciso regar as plantas do jardim.

3. O Brasil fica na América do Sul.

A América do Sul fica no continente americano.
Logo, os brasileiros são americanos.
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 Sequência de Ações
• Utiliza-se a lógica para ordenar e corrigir pensamentos ou ações voltados para a solução
de problemas.
• Observe o exemplo a seguir. Em qual das duas sequências seria possível retirar dinheiro?
Sequência 1 Sequência 2
1. Sair do Banco 1. Entrar no Banco
2. Aguardar a vez de ser atendido 2. Procurar a fila do caixa
3. Entrar na fila do caixa 3. Entrar na fila do caixa
4. Digitar a senha 4. Aguardar a vez de ser atendido
5. Entrar no Banco 5. Entregar o cartão eletrônico ao funcionário que
6. Informar o valor a ser retirado atende no caixa.
7. Procurar a fila do caixa 6. Informar o valor a ser retirado
8. Pegar o comprovante de saque, o cartão e o dinheiro. 7. Digitar a senha
9. Entregar o cartão eletrônico ao funcionário que atende 8. Pegar o comprovante de saque, o cartão e o dinheiro.
no caixa. 9. Conferir o valor em dinheiro.
10. Conferir o valor em dinheiro. 10. Sair do Banco

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 Algoritmo
• Um algoritmo é formalmente uma sequência finita de passos que levam a
execução de uma tarefa.
• No exemplo anterior a Sequência 2 é um algoritmo para realizar saque no banco.
• Outro exemplo: Colocar um carro para funcionar.
Início
O algoritmo é sempre
Entrar no carro
delimitado por Início e
Ajustar o banco e os espelhos retrovisores
Fim.
Colocar o cinto de segurança.
Colocar o câmbio em ponto morto.
Ligar o carro
Colocar o carro em primeira marcha
Pisar no acelerador Exercício 1: Faça um
Soltar o freio de mão algoritmo para Trocar um
Soltar a embreagem devagar Pneu do carro.
Fim

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 Exercício: Canibais e Jesuítas
• Descreva passo a passo os procedimentos necessários para passar os 3
canibais e os 3 jesuítas da margem A para a margem B do rio, e vice-e-
versa, obedecendo às seguintes regras:
• No barco só cabem duas pessoas;
• Sempre terá que voltar alguém para buscar os demais;
• O número de canibais nunca poderá ser superior ao de jesuítas em qualquer
uma das margens (considerando-se quem está no barco também).

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 Solução: Canibais e Jesuítas

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 Torre de Hanoi
Descreva detalhadamente os procedimentos necessários para passar os 3 discos do
Pino 1 para um dos outros Pinos, obedecendo às seguintes regras:
• Mover somente um disco por vez;
• Nunca poderá ficar um disco maior sobre um menor.

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 Solução: Torre de Hanoi

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 Exercícios
1. Depois de doar um quarto de sua mesada ao irmão, e ganhar mais cinco reais,
ele ficou com 20 reais. Qual era o valor de sua mesada?
a) 10 reais
b) 30 reais.
c) 20 reais.
d) 35 reais.
e) 25 reais.

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 Lógica da Argumentação
• Silogismos: A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio
para convencer alguém de alguma coisa.

Aristóteles (384-322 AC) definiu o silogismo como uma série de palavras em que
sendo admitidas certas cosias, delas resultará necessariamente alguma outra, pela
simples razão de se terem admitido aquelas. O silogismo, de modo geral, consta de
duas proposições denominadas premissas, das quais se tira uma terceira que é a
conclusão. A conclusão pode ser uma proposição verdadeira, sem que o silogismo
seja válido; as premissas podem ser falsas (uma ou as duas) e o silogismo válido.
Quando o silogismo não é valido, dizemos que é uma falácia ou sofisma. O que
estudaremos é a forma de se raciocinar, se o raciocínio está correto.

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 Exemplo
a) (premissa 1): Hoje está quente ou está frio.
(premissa 2): Hoje não está quente.
(conclusão): Hoje está frio.

b) (premissa 1): 2 + 3 = 5
(premissa 2): 5 = 4 + 1
(conclusão): 2 + 3 = 4 + 1

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 Exercícios
• 1. (CIRINO 1984) Verifique se os silogismos seguintes são válidos ou
sofismas:
a) Todos os franceses são europeus.
Descartes era francês.
Logo, Descartes era europeu.

b) Nenhum agricultor é rico.

Todos os ricos são saudáveis.
Logo, nenhum agricultor é saudável.

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 Exercícios
2. Quatro casais reúnem-se para jogar gamão. Como há apenas um tabuleiro, eles
combinam que:
a) nenhuma pessoa pode jogar duas partidas seguidas;
b) marido e esposa não jogam entre si.
Na primeira partida, Maria joga contra João. Na segunda. Tereza joga contra o
marido de Joana. Na terceira, a esposa de João joga contra o marido de Tereza. Na
quarta, Maria joga contra Paulo. E na quinta, a esposa de Carlos joga contra João. A
esposa de Ivan e o marido de Lila são, respectivamente:
a)Joana e Carlos.
b)Maria e João. Fonte:
c)Tereza e Paulo. http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/30
-questoes-de-raciocinio-logico-para-
d)Maria e Ivan. concurseiros

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 Solução Questão 2
Na primeira partida, Maria
Jogada Jogadora Oponente Deduções: joga contra João.
1ª. Maria X João Logo, Maria não é esposa de
João.

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 Solução Questão 2
Na segunda. Tereza joga contra o
Jogada Jogadora Oponente Deduções: marido de Joana.
1ª. Maria X João Maria não é esposa de João.

2ª. Tereza X Marido de Joana Logo, Joana também não é esposa de João, pois João
não pode jogar 2 vezes seguidas (regra [a]).

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 Solução Questão 2
Na terceira, a esposa de João joga
Jogada Jogadora Oponente Deduções: contra o marido de Tereza.
1ª. Maria X João Maria não é esposa de João.

2ª. Tereza X Marido de Joana Joana também não é esposa de João.

3ª. Esposa de João X Marido de Tereza

Logo, a esposa de João não pode ser Tereza, por 2 motivos:

1-Tereza não pode jogar 2 vezes seguidas [a].
2-Tereza não poderia jogar contra o próprio marido [b].
Como João não é casado nem com Maria, nem com Joana e nem com Tereza, só
pode ser casado com Lila.

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 Solução Questão 2
Na quarta, Maria joga contra
Jogada Jogadora Oponente Deduções: Paulo.
1ª. Maria X João Maria não é esposa de João.

2ª. Tereza X Marido de Joana Joana também não é esposa de João.

3ª. Esposa de João X Marido de Tereza João é casado com Lila.

4ª. Maria X Paulo

Logo, Paulo não é marido de Maria [b], não é marido de Tereza [a]
e não é marido de Lila [3], então só pode ser casado com Joana.

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 Solução Questão 2
E na quinta, a esposa de Carlos
Jogada Jogadora Oponente Deduções: joga contra João.
1ª. Maria X João Maria não é esposa de João.

2ª. Tereza X Marido de Joana Joana também não é esposa de João.

3ª. Esposa de João X Marido de Tereza João é casado com Lila.

4ª. Maria X Paulo Paulo é marido de Joana.

5ª. Esposa de Carlos X João

Logo, Maria não é casada com Carlos [a], então só pode ser esposa de Ivan. A
esposa de Ivan e o marido de Lila são, respectivamente: Maria [5] e João [3].
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 (FCC - 2004 - Analista Judiciário - TRT)
A figura mostra a localização dos apartamentos de um edifício de três pavimentos que
tem apenas alguns deles ocupados. Sabe-se que:
- Maria não tem vizinhos no seu andar, e seu apartamento localiza-se o mais a leste
possível;
- Taís mora no mesmo andar de Renato, e dois apartamentos a separam do dele;
- Renato mora em um apartamento no segundo andar exatamente abaixo do de
Maria;
- Paulo e Guilherme moram no andar mais baixo, não são vizinhos e não moram
abaixo de um apartamento ocupado.
- No segundo andar estão ocupados apenas dois apartamentos.

Se Guilherme mora a) 1 ou 3
a sudoeste de Tais, b) 1 ou 4
o apartamento de c) 3 ou 4
Paulo pode ser: d) 3 ou 5
e) 4 ou 5
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 Argumentos envolvendo Verdades e Mentiras
• Em várias questões de lógica é comum aparecerem argumentos com
premissas verdadeiras ou falsas, bem como conclusões verdadeiras
ou falsas. Deve-se começar a análise pelas afirmativas que carreguem
mais informações. Em cada problema, você deverá interpretar e fazer
uma análise lógica das situações, identificando possíveis contradições
para, no fim, apresentar uma resposta coerente.

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 Exemplo 1
Um crime foi cometido por uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos:
André, Bernardo, Caio, Daniel e Edu. Perguntados sobre quem era o culpado
cada um deles afirmou:
-André: “Sou inocente” 18
-Bernardo: “Caio é o culpado”
-Caio: “Edu é o culpado”
-Daniel: “André disse a verdade”
-Edu: “Bernardo mentiu”
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros
disseram a verdade, pode-se concluir que o culpado é?
01/03/2018 Prof Ricardo P. Schefer 24
 Solução
Primeiramente, temos como informação que apenas um mentiu e que os outros quatro falaram a
verdade.
Ao ler as afirmações vemos que duas são contraditórias: Caio e Edu não
podem ser culpados ao mesmo tempo, pois apenas uma pessoa cometeu o crime.
Assim, ou Bernardo está mentindo ou Caio, e os outro falam a verdade.
Podemos então assinalar V (verdadeiro) ou F(falso) nas afirmações:

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 Solução
Analisando a 1ª Opção:
André: “Sou inocente” (V) ok!
Bernardo: “Caio é o culpado” (V) ok!
Caio: “Edu é o culpado” (F) ok!
Daniel: “André disse a verdade” (V) ok!
Edu: “Bernardo mentiu” (V) Não é possível, pois já concluímos que
Bernardo falou a verdade.

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 Solução
Analisando a 2ª Opção:
André: “Sou inocente” (V) ok!
Bernardo: “Caio é o culpado” (F) ok!
Caio: “Edu é o culpado” (V) ok!
Daniel: “André disse a verdade” (V) ok!
Edu: “Bernardo mentiu” (V) ok!
Como não houve nenhuma contradição, concluímos que Bernardo
realmente mentiu, então Caio não é o culpado e Edu é o culpado.

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 Sucessões ou sequências
Abaixo serão apresentadas várias sucessões numéricas obedecendo a certa
lógica quantitativa. Observe a sucessão e tente descobrir a lei que norteia a
sua construção para assim escrever o próximo elemento da sucessão:

a) 1, 3, 5, 7, ___

b) 2, 7, 12, 17, 22, 27, ____

c) 0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, ____

d) 0, 4, 16, 36, 64, ____

e) 1, 1, 2, 3, 5, 8, ____

01/03/2018 Prof Ricardo P. Schefer 28

 Números Figurados
1. Considere os números escritos nos pequenos triângulos das pontas
da figura estrelada ao lado e determine o valor de “x”.

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 Números Figurados
2. Observe a sequência abaixo e determine o próximo número:

16, 15, 13, 12, 10, 9, ....

3. (SERATES 1997) Qual o valor de x na sucessão 1, 2, 6, 39, x?

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4. (PHILLIPS 2010) Mesmo trabalhando, Gabriel sempre gosta de criar,
durante o expediente, algum problema de lógica e matemática para
desenvolver o seu raciocínio. Como recepcionista de um Hotel, um de
seus passatempos favoritos é reorganizar o quadro de chaves na
sequência mostrada na figura abaixo.
Dessa vez, ele pediu ao seu colega Marcos para decifrar a sequência.
Ajude o Marcos com a tarefa, substituindo os pontos de interrogação
por números?

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 Bibliografia

• XAVIER, Gley Fabiano Cardoso. Lógica de Programação. São Paulo: Senac, 2007.

• Luciano, Francisco Veríssimo. Apostila lógica de programação – IFSP- Campus São Paulo.

• http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/30-questoes-de-raciocinio-logico-para-
concurseiros.

• http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317141310
.pdf

• Raciocínio Lógico, Uma contribuição para a organização do pensamento.

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