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Vista aérea do Monte do Templo, cercado por muralhas na Cidade Velha de Jerusalém.
(Foto: Godot13/Andrew Shiva/Wikipedia)
Os judeus também reforçam que ali foi construído o Templo de Salomão e o Templo de
Herodes, que tem como único vestígio o famoso Muro das Lamentações. Mas para os
muçulmanos, o lugar se chama Esplanada das Mesquitas, sendo o terceiro lugar mais
sagrado do islamismo depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.
De acordo com o rabino Yehuda Glick, que também é membro do parlamento de Israel
(Knesset), a polícia raramente interfere na oração silenciosa feita por judeus e cristãos,
“a menos que o Waqf afirme que há alguma ofensa”. “Antes, o Waqf jordaniano era
muito rigoroso. Eles seguiam cada visitante e vigiavam seus lábios para garantir que não
estavam orando”, explicou ao Breaking Israel News.
Moshe Dayan no Monte do Templo, no dia 7 de junho de 1967. (Foto: Ilan Bruner/GPO)
Dayan decidiu que aos judeus seria permitido visitar, mas não fazer orações, tomando
como base a lei religiosa judaica que defende que os judeus não deveriam colocar os pés
no cume do Monte por medo de profanar o espaço mais sagrado do templo, o Santo dos
Santos.
A partir de então, ficou acertado que Israel seria responsável pela segurança em todo o
perímetro do local, enquanto o Waqf de Jerusalém seria responsável pelo que acontece
dentro do complexo.
Hoje, o Waqf de Jerusalém controla não apenas o Monte do Templo, mas também
escolas, orfanatos, bibliotecas, museus islâmicos, mesquitas, tribunais da Sharia e
propriedades residenciais e comerciais em toda Jerusalém.
O pesquisador Joshua Wander também classifica esse acontecimento como “uma das
maiores tragédias da história judaica”, de acordo com o Breaking Israel News.
Pedido de mudanças
Turistas do mundo inteiro visitam o Monte do Templo, em Jerusalém. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
Da mesma forma, o rabino Glick afirma que a oração deveria ser permitida para
qualquer pessoa, com base no trecho bíblico de Isaías 56:7, que diz: “A minha casa será
chamada casa de oração para todos os povos”.
Wander também acredita que o ambiente político está maduro, já que “Trump nos deu
uma janela de oportunidade” que o governo de Israel deve aproveitar. “Estamos vivendo
milagres com as profecias se desdobrando diante de nossos olhos. Não vai demorar
muito mais até atingirmos nossos objetivos”, argumenta.