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INSTITUTO MISSÃO DA PAZ

SEMINARIO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA EVANGÉLICA CULTURAL

PR. WASHINGTON ALBERNAZ (D.D)

Veredito: ossuário do irmão de Jesus é verdadeiro

Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros


de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de
Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os
dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o
engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por
antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da
existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de
Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão
física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido
popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada
em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Em dezembro de
2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio.
No mês passado, porém, o juiz Aharon Far¬kash, responsável por julgar a
suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou
com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou
que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente
provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”,
questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116
sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de
depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo


Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso
caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do
primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São
Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma
idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm
dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado,
quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em
Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro


ao justificar que a frase escrita nele em aramaico seria forjada. Depois,
mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava
impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.

A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da


pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o
nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para
essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e
diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop¬star
naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de
cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes
de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da
escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal
israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar
uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que
envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea,
especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos
confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso,
não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2
milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para
vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira
vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra
sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente
de Jesus, o fascínio só deve aumentar.

(IstoÉ)

Nota: Na verdade, esse assunto deveria ser capa da IstoÉ, mas preferiram
falar sobre “sedução”. Estaria a mídia tão seduzida pelo
naturalismo/secularismo que prefere não destacar matérias que confirmam
fatos relacionados com o cristianismo? Isso mereceria também reportagem de
capa na Superinteressante ou na Veja, não acha? É esperar para ver...[MB]

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Postado por Michelson às 4:09 PM

Israelenses descobrem camarote do rei Herodes

Foi divulgado nesta quarta-feira (15), pelo jornal The Jerusalem Post, que
arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram o camarote
do teatro do rei Herodes (aproximadamente 73 a.C.-1 a.C.). As escavações
revelaram o teatro em 2008. Construída durante um período de luxo, a peça
mede cerca de oito metros e ficava na parte superior da edificação. O Museu
de Israel planeja abrir os sítios arqueológicos para a visita em 2011. O espaço
provavelmente recebia hóspedes do rei, seus amigos e familiares. Ao menos os
que ainda estavam vivos: Herodes assassinou membros de sua família,
massacrou rabinos e, mesmo cercado de bajuladores, dificilmente tinha algum
amigo verdadeiro.

(Folha.com)
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Postado por Michelson às 7:58 PM

Templo com mais de 3 mil anos é descoberto na Jordânia

A localização de um templo moabita de 3 mil anos


foi anunciada hoje pelo Departamento de Antiguidades jordaniano, que
classificou a descoberta como uma das mais importantes da Idade do Ferro
(que se estendeu de 1.500 a 27 a.C.). No templo de três andares e cuja
construção acredita-se tenha ocorrido entre o período 1.200 e 600 a.C. foram
encontradas mais de 300 peças. A análise indica que existe a possibilidade de
a construção fazer parte de um centro político e religioso do reino de Moabe,
como detalhou o diretor do departamento jordaniano, Ziad Saad. Em
comunicado divulgado hoje, Saad sustenta que a descoberta foi feita no mês
passado por uma equipe do Departamento de Antiguidades jordaniana e a
universidade La Sierra, dos Estados Unidos.

Entre as peças destaque para uma estátua com cabeça de touro do deus
moabita, além de recipientes, lâmpadas e altares de rituais religiosos. A
descoberta ocorreu próximo à cidade de Dhiban, a 50 quilômetros ao sul de
Amã. "A Idade de Ferro foi um grande e importante período histórico e
político no qual reinos fortes alcançaram inúmeros avanços tecnológicos",
disse o diretor do Departamento de Antiguidades.

Acredita-se que os moabitas eram tribos pertencentes aos cacaneus que se


estabeleceram na margem do rio Jordão no século 14 a.C. Seu reino chegou
ao fim com a invasão persa, por volta do século 7 a.C.

(UOL)
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Postado por Michelson às 2:43 PM

Aqueduto do século 14 é descoberto em Jerusalém

Arquéologos anunciaram nesta terça-feira (11) a


descoberta de uma aqueduto do século 14 que forneceu água para Jerusalém
por quase 600 anos. Diferentemente de outras descobertas, porém, os
arqueólogos nesse caso já sabiam onde o aqueduto se encontrava. Fotografias
do século 19 mostravam que o aqueduto era usado na cidade, na época sob
comando otomano. A foto também possuía uma inscrição datando a obra,
construída em 1320. O aqueduto foi descoberto durante reparos no sistema de
águas da cidade. Obras públicas em Jerusalém (e outras cidades antigas) são
executadas sob supervisão de arqueólogos e outros profissionais. O objetivo é
evitar que potenciais achados sejam destruídos no processo de modernização.
A equipe encontrou duas das novas seções de uma ponte de cerca de 3 metros
de altura na parte oeste da Cidade Velha de Jerusalém.

Embora os arqueólogos já soubessem que o aqueduto estava lá, essa é a


primeira vez que eles puderam visualizar diretamente o engenhoso sistema,
usado por séculos para combater a gravidade e transportar água a longas
distâncias.

Nos tempos bíblicos, o crescimento da populaçao de Jerusalém levou os


líderes locais a buscar fontes de água em locais cada vez mais distantes. Uma
fonte de água foi encontrada próximo a Belém, seguindo uma rota tortuosa
distante 22 quilômetros. O aqueduto encontrado hoje em Jerusalém segue a
mesma rota do primeiro aqueduto construído na região, há 2.000 anos.

(Folha Online)
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Postado por Michelson às 4:29 PM

Moisés escreveu mesmo o Pentateuco?


Até pouco tempo atrás, afirmava-se que a invenção do alfabeto teria ocorrido
pelos séculos 12 ou 11 a.C., sendo esse argumento apresentado para “provar”
que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco (os cinco primeiros livros da
Bíblia), visto que em seu tempo não haviam ainda inventado a arte de
escrever. No entanto, escavações arqueológicas nas ruínas da cidade de Ur, na
antiga Caldeia, têm comprovado que ela era uma metrópole altamente
civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura, escrita,
Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em
Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500
a.C.).

Estudiosos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o


Pentateuco. O grande arqueólogo William F. Albright datou essa escrita de
início do século 15 a.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa
escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de
escrever seus livros (Êx 17:14). Veja o que disse Merryl Unger sobre a escrita
do Antigo Testamento: “A coisa importante é que Deus tinha uma língua
alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil
e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do
Egito.”

Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido
realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de
Moisés, e se as escritas anteriores – hieroglífica e cuneiforme – foram
decifradas apenas no século 19, como poderia Moisés ter escrito aqueles
livros? Se o tivesse feito, só poderia usar os hieróglifos, escrita na qual a Bíblia
diz que Moisés era perito (At 7:22). Nesse caso, o Antigo Testamento teria
ficado desconhecido até o século 19, quando o francês Champollion decifrou a
antiga escrita egípcia. Acontece que, no princípio do século 20, nos anos 1904
e 1905, escavações na península do Sinai levaram à descoberta de uma escrita
muito mais simples que a hieroglífica – e era alfabética! Com essa descoberta,
a origem do alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus
antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de Moisés e
antes dele.

Portanto, foram esses antepassados dos fenícios que simplificaram a escrita. E


passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que
representam sons ao invés de sinais que representam ideias. Moisés, vivendo
40 anos na região de Mídia, onde essa escrita era conhecida, viu nela a escrita
do futuro, e passou a usá-la por duas grandes razões: (1) a impressão
grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se
compunha de apenas 22 sinais bastante simples comparados com os
ideográficos que aprendera nas escolas do Egito; e (2) a compreensão de que
estava escrevendo para seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos
habitantes da terra em que estava vivendo, e que não eram versados em
hieróglifos por causa de sua condição de escravos.*

(Michelson Borges, jornalista e mestrando em teologia pelo Unasp)

(*) De acordo com Siegfried Schwantes, Ph.D em línguas semíticas pela Johns
Hopkins University, o vocabulário da última parte do livro de Gênesis e do
livro de Êxodo evidencia a influência da língua egípcia sobre o hebraico. A
palavra para “linho fino”, por exemplo (Gn 41:42), é shesh, e curiosamente
em egípcio é shash. Outro exemplo é a palavra “selo” (Gn 38:18, 25). Na
forma hebraica é hotam, enquanto seu equivalente egípcio é htm. Um último
exemplo (para ficar apenas com três) é o vocábulo hebraico taba’at, cujo
significado é “anel” ou “sinete”, e parece ser derivado do termo egípcio db’t.
“É uma palavra rara e denota familiaridade do autor com o meio egípcio”,
escreveu Schwantes em seu livro Arqueologia (São Paulo: IAE, 1988), p. 28.
Estudos mais amplos nessa área têm sido produzidos por James Hoffmeier, do
Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos.
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Postado por Michelson às 4:44 AM

Moedas do tempo de José?

Recebi este e-mail dias atrás: “Caro, Michelson, fiquei


sabendo há pouco tempo de duas descobertas importantes sobre a Bíblia, que
são o Palácio de Davi e as supostas moedas do Egito com o nome do imperador
José gravadas nelas, que seriam uma verdadeira ‘bomba atômica’ nas
alegações de Israel Finkelstein, que poderiam ir para o espaço de vez. Você
poderia me dizer se essas descobertas foram confirmadas de fato?”

O fato de nesta semana eu estar aqui no Unasp cursando Arqueologia Bíblica


com o meu orientador de mestrado, o Dr. Rodrigo Silva, veio a calhar. Falei
com ele sobre esses achados e ele fez uma rápida pesquisa, chegando às
seguintes conclusões, as quais resolvemos partilhar com você, leitor deste
blog, e, quem sabe, ajudar a impedir que sejam espalhadas inverdades que
apenas denigrem a reputação dos seguidores e pregadores da Bíblia:

1. A descoberta do Palácio de Davi é fato. O jornal Folha de S. Paulo, em sua


edição de 06/08/05, traz a seguinte notícia: “Uma arqueóloga israelense diz
ter descoberto em Jerusalém Oriental o lendário palácio do rei bíblico Davi...
A descoberta é rara e importante: um grande edifício público do século 10
a.C., junto com fragmentos de cerâmica da época de Davi e Salomão e um
sinete (usado para carimbar documentos) que pertenceu a um funcionário
mencionado no livro do profeta Jeremias. A descoberta provavelmente vai se
tornar mais um argumento numa das maiores controvérsias da arqueologia
bíblica.”

2. Já as tais moedas com o rosto e o nome de José são, na verdade, um


grande mal-entendido. A informação proveio do jornal egípcio Al-Ahram, via
site Memri. Outro site que repercutiu o assunto foi o Urban Christian News.
Este até publicou uma foto, dando uma tremenda “barrigada” jornalística. As
moedas da imagem são, na verdade, gregas e trazem a inscrição “Basileos
Ptolomaios”. Nada de hieróglifos. Detalhe: José viveu por volta do ano 1850
a.C., enquanto Ptolomeu viveu no terceiro século a.C.

3. No tempo de José não havia moedas. As fotos


do site árabe são escaravelhos entalhados em alabastro e em pedra, e
definitivamente não se trata de moedas. A moeda foi inventada no 8º século
a.C. pelos lídios. Ademais, onde estão o rosto e o nome de José nesses
artefatos?

4. José não era faraó. Como teria uma moeda esculpida com seu nome e
rosto? (Além do que, por ser judeu, não consentiria como esse tipo de
homenagem pictográfica.)

5. O Dr. Sa’id Mahammad Thabet, que é muçulmano, parece mais é querer


provar a exatidão do Alcorão, que na Sura 12:20 diz que os irmãos de José o
“venderam por um preço baixo, um número de moedas de prata”. Muito
material do Alcorão é “emprestado” da Bíblia, que é bem mais antiga que o
livro sagrado dos islâmicos. O que ocorre neste caso específico é uma
corruptela da tradução mal feita do texto bíblico de Gênesis 37:38:
“Passando, pois, os mercadores midianitas, os irmãos de José, alçando-o da
cisterna, venderam-no por vinte ciclos de prata aos ismaelitas, os quais o
levaram para o Egito” (Almeida Contemporânea). A versão Almeida Revista e
Atualizada traz a palavra “moedas” em lugar de “ciclos”. Ocorre que o
original hebraico traz apenas “vinte de prata”. A palavra shekels (= peças,
pedaços, peso ou ciclos) foi um acréscimo posterior ao texto original. O
Alcorão, baseado numa tradução bíblica imprecisa, colocou “moedas”.

6. O que Thabet faz é tentar “salvar” o texto corânico, indo na contramão de


outros estudiosos, ao afirmar que há textos da 3ª, da 6ª e da 12ª dinastias que
mencionam moedas. Só que ele usa a palavra deben, que, à semelhança de
shekel, era também usada para se referir à medida de peso (como o futuro
talento) e pesava 21 gramas.

Fica aqui, mais uma vez, a advertência para que não espalhemos informações
imprecisas (e/ou até inverídicas) por aí. O leitor fez bem em me enviar o e-
mail em busca de mais informações. Presta-se um grande desserviço quando
se usam boatos infundados para tentar validar a Bíblia. Com isso, cristãos
conseguem o efeito contrário e dão ainda mais munição para os críticos de
plantão.[MB]

Leia também: “Especulações arqueológicas” e “Boataria internética”


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Postado por Michelson às 3:20 PM

Arqueólogos adventistas são destaque na IstoÉ

A revista IstoÉ desta semana traz matéria sobre o


trabalho de arqueólogos brasileiros, dois dos quais adventistas: os doutores
Rodrigo Silva e Jorge Fabbro. Leia aqui alguns trechos da reportagem: "Fazia
40 graus à sombra, debaixo de uma tela de plástico perfurada em Monte Sião,
Jerusalém. Corria o último mês de julho e cerca de 50 titulados acadêmicos
de diferentes partes do mundo distribuíam picaretadas nessa porção de terra
sagrada, onde ficava a residência de Caifás, o sumo sacerdote que presidiu os
dois julgamentos de Jesus Cristo. Todos haviam trocado de bom grado o ar-
condicionado de suas salas nas universidades para suar sob o sol escaldante da
cidade santa, em busca de tesouros históricos.

No meio dessa turma um brasileiro, professor de arqueologia, com um chapéu


à Indiana Jones na cabeça, lutava contra uma tendinite no braço esquerdo
provocada por uma inflamação na coluna cervical. Aos 54 anos, o paulista
Jorge Fabbro, teólogo com mestrado em arqueologia pela Andrews University
(EUA), não queria abandonar a terceira expedição da qual participava em
Israel. Além de atender às preces do professor Fabbro, Deus deu o ar da graça
a todos os seus colegas de empreitada.

A escavação da qual participavam resultou em uma das maiores descobertas


da arqueologia bíblica deste ano: uma taça de pedra, datada do século I d.C.,
na qual estão escritas dez linhas, possivelmente em aramaico ou em hebraico.
Trata-se de um código secreto, ainda misterioso, formado por algumas letras
redigidas de cabeça para baixo e frases de trás para a frente. Uma relíquia do
tipo, suspeitam os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte que
capitaneavam a missão, pode ter sido usada por Jesus para se lavar
ritualmente antes da última ceia.

Não existe na história de Israel nenhum vaso ritual com inscrição tão extensa
quanto este. "Infelizmente não fui eu quem deu a picaretada para tirá-lo do
chão", lamenta-se, em um primeiro momento, o professor Fabbro. "Mas o
prazer de tocar em um objeto que ninguém tinha visto em dois mil anos é
indescritível."

Saciar o espírito aventureiro, próprio do herói da série "Indiana Jones", e


contribuir com a ciência motivam alguns arqueólogos brasileiros a deixar de
lado os livros e o conforto do lar para, no Exterior, sujar as mãos de terra em
busca de objetos raros. Não é tarefa fácil. Em 2007, o professor mineiro
Rodrigo Pereira da Silva, especialista em arqueologia pela Universidade
Hebraica de Jerusalém, escavou na Jordânia.

Como os trabalhos em sítios arqueológicos começam cedo por causa do calor,


passou um mês acordando às 4h da manhã. Com um turbante na cabeça e
munido de trena, pá, picareta, colher de pedreiro, vassoura e pincel, ele dava
expediente em uma camada de terra do período persa datada do século VI
a.C. até a hora do café, às 8h.

Duas horas e meia mais tarde, Silva, que leciona no Centro Universitário
Adventista de São Paulo (Unasp), almoçava no alojamento próximo dali, onde
ele e outros colegas dormiam. À tarde, o sol castigava e não havia escavação.
A labuta, porém, não parava. Com um balde de água e escova de dente, os
pesquisadores tinham de lavar os achados.

Com algumas poucas mudanças, esse foi o ritual de Silva, 39 anos, nas seis
expedições que constam de seu currículo. "É um trabalho gostoso, no qual não
existe a síndrome da segunda-feira", afirma o professor, que descobriu uma
estatueta datada entre 10 mil a.C. e 5 mil a.C., hoje exposta no museu de
Shaar ha Golan, em Israel.

Empoeirar-se em terras sagradas do Oriente Médio - o professor Fabbro conta


que a cada dois dias de trabalho joga-se fora uma camiseta e uma calça -
custa caro e, na maioria dos casos, é bancado pelo próprio acadêmico. Silva
desembolsou cerca de R$ 10 mil na missão da Jordânia. Fabbro, que se
inscreveu e foi selecionado pela Universidade da Carolina do Norte, contou
com o patrocínio de R$ 20 mil da Universidade Santo Amaro (Unisa), na qual
leciona, para passar seis semanas em Jerusalém. (...)

"[O] arqueólogo Fabbro, que chegou a escavar com caças israelenses


sobrevoando sua cabeça, brinca ao citar a maior das aventuras dessa profissão
fascinante: 'Dividir o quarto com colegas. Até Ph.D. ronca!'"

Jorge Fabbro. Idade: 54 anos. Formação: teólogo e


advogado, mestre em arqueologia pela Andrews University (EUA). Expedições:
Israel (nas cidades de Tel Dor, Megiddo e Jerusalém). Descobertas: taça de
pedra com uma inscrição de dez linhas usada por sacerdotes do primeiro
século do cristianismo. É o vaso ritual que apresenta a inscrição mais extensa
da história de Israel. Escama de bronze de 700 a .C. que fazia parte da
couraça de um guerreiro.
Rodrigo da Silva. Idade: 39 anos. Formação: teólogo,
filósofo e doutor em teologia bíblica. Fez pós-doutorado em arqueologia na
Andrews University (EUA), além de cursos de arqueologia na Universidade
Hebraica de Jerusalém. Expedições: escavações em Israel, Jordânia, Sudão e
Espanha. Descobertas: uma estatueta do período neolítico, datada entre
10000 a. C. e 5000 a. C., hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel,
e três moedas gregas raras.
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Postado por Michelson às 4:39 AM

A alegria perdida

Será que o relato de Gênesis oferece coordenadas geográficas suficientes para


identificarmos a localização do jardim do Éden? Acompanhe a leitura do texto
de Gênesis 2:9-14: "E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore
agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e
a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar
o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. O nome do primeiro
é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro
dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica. E o nome do segundo
rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio
é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o
Eufrates."

Apesar de o texto ter sido escrito muito tempo depois do evento que está
sendo narrado, seu autor, muito provavelmente Moisés, oferece ao leitor as
coordenadas geográficas dos seus dias. Se por um lado qualquer aluno de 7ª
série é capaz de identificar no mapa a localização dos rios Tigre e Eufrates,
na Mesopotâmia, por outro, eruditos bíblicos têm gastado anos de pesquisa
em busca da localização dos rios Pisom e Giom.

A respeito do primeiro rio, a passagem bíblica afirma que ele rodeava a terra
de Havilá, onde havia muito ouro. De acordo com Nahum Sarna, respeitado
erudito do Antigo Testamento, existem duas possíveis localidades para
identificarmos como Havilá: Arábia e Núbia, já que o nome desse país em
egípcio antigo (neb) significa ouro. Porém, diversos outros textos bíblicos que
mencionam Havilá (Gn 10:7, 29; 25:18; 1Sm 15:7; 1Cr 1:9, 23) sugerem que a
localidade ficava na região da Arábia. De acordo com Gordon J. Wenham,
autor do comentário de Gênesis da série Word Biblical Commentary,
"certamente Arábia era uma fonte de ouro na antiguidade".

Quanto ao rio Giom, as Escrituras afirmam que ele rodeava a terra de Cuxe.
Ora, algumas passagens bíblicas (Is 20:3, 5; Jr 46:9[1]) sugerem que esse é o
antigo nome da Etiópia.

Juntando as informações que obtivemos do texto bíblico, podemos supor que


o jardim do Éden compreendia uma região desde o rio Tigre na Mesopotâmia
indo até a Etiópia, próximo do Egito. É interessante notarmos que quando fez
aliança com Abrão, em Gênesis 15, o Senhor prometeu dar a ele e a
descendência dele a terra que abrangia desde "o rio do Egito até ao grande rio
Eufrates" (v. 18). Seria mera coincidência o fato de Deus oferecer aos
descendentes de Abraão a mesma região que anteriormente poderia ter sido o
local do jardim do Éden? Creio que não.

Há uma interessante lição para cada um de nós a respeito do Éden. A


etimologia da palavra "Éden" tem sido alvo de calorosas discussões entre os
especialistas em línguas semíticas. A opinião mais aceita até o momento é
aquela que defende que Éden é um cognato das línguas semíticas ocidentais
tais como o ugarítico, siríaco e o aramaico, cujo significado é "prazer, deleite,
alegria". Foi exatamente isso que Deus ofereceu para o ser humano na criação
e é exatamente isso que o ser humano perdeu graças ao pecado. Isso foi uma
realidade no passado e, infelizmente, é uma realidade em nossos dias.

(Luiz Gustavo Assis, formado em Teologia pelo Unasp, atualmente exerce a


função de capelão do Colégio Adventista de Esteio, RS)
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Postado por Michelson às 4:02 AM

DOMINGO, AGOSTO 23, 2009

Judeus “babilonizados”
Em janeiro de 2008, a arqueóloga Eilat Mazar, da
Hebrew University, em Jerusalém, anunciou a descoberta de mais um objeto
envolvendo personagens bíblicos. Trata-se de um anel ou sinete utilizado pela
família Temech ou Tama. Se você conhece um pouco da história bíblica deve
se lembrar de alguns personagens que receberam um sinete em momentos
importantes, como José, no Egito, e o filho pródigo, quando encontrou o pai.
Diversos sinetes de personagens bíblicos foram encontrados nas últimas três
décadas. A família Tama é mencionada no livro de Neemias, capítulo 7, verso
55. Mas quem eram eles? Qual a importância deles para a história bíblica? O
texto abaixo procura responder essas perguntas.

De acordo com o mesmo livro de Neemias, no capítulo 7, verso 6, eles faziam


parte do grupo de judeus que estava voltando da cidade de Babilônia, onde
eles haviam ficado por 70 anos. Lá, o antigo povo de Deus teve contato com
uma cultura totalmente diferente daquela que lemos nas Escrituras. Ao invés
de adorarem ao Criador, Babel estava impregnada de adoração a criaturas.

No sinete dessa família, que estava deixando Babilônia e retornando para


Jerusalém, duas pessoas estão diante de um altar com as mãos erguidas, um
costume comum para expressar reverência, no Antigo Oriente Médio. Acima
deles pode se ver o que está sendo adorado: o deus babilônico Sin, o deus lua,
filho dos deuses Enlil e Ninlil, de acordo com a mitologia mesopotâmica. Há
algumas evidências que sugerem um reavivamento do culto ao deus Sin, em
Babilônia, no período em que os judeus estiveram lá.

Há uma poderosa lição para cada um de nós nesse achado arqueológico. Este
mundo, que se parece muito com uma Babilônia moderna, oferece
constantemente uma vida de pecado e desobediência a Deus e à Sua Palavra.
Somos “judeus” saindo deste antro de perdição e indo para a Nova Jerusalém,
o local que Deus preparou para Seus filhos. E, assim como os membros da
família Tama, queremos ir para Jerusalém com hábitos contrários ao caráter
de Deus! Soa irônico.

Creio que o conselho do autor de Hebreus seja válido nesta hora:


“Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hebreus
12:1). Que você e eu não sejamos membros da família Tama, no dia do
encontro com Cristo.

Luiz Gustavo Assis é formado em Teologia e atua como Capelão no Colégio


Adventista de Esteio, RS.
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Postado por Michelson às 5:54 AM

O ossuário do irmão de Jesus e o silêncio da mídia


Quando descobrem um fóssil duvidoso tido por algum
especialista como "elo perdido" ou coisa que o valha, a mídia geralmente faz
aquele estardalhaço. Por que, então, silenciaram sobre a primeira descoberta
arqueológica referente a Jesus e Sua família? O ossuário (urna funerária, foto
abaixo) de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico "Tiago, filho
de José, irmão de Jesus" (Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua). Oculto por
séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás por um colecionador judeu
que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado
estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na
língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi
submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado
autêntico. Segundo o jornal The New York Times, "essa descoberta pode
muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus".

Estou lendo o ótimo livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.), que
trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel
Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben
Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre
Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em
epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto. Hershel conduz a
história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta
e as reações a ela, afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o
Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José
e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revista Time, trata-se de "uma
história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo",
talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e
antirreligiosa.
O livro é bom, o achado é tão tremendo quanto o dos Manuscritos do Mar
Morto (na década de 1940), e eu estou fazendo minha parte, divulgando-o
aqui. Vale a pena ler!

Michelson Borges

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Postado por Michelson às 5:27 PM

A primeira Páscoa
Quando eu era criança (e isso não faz muito
tempo), meu avô Roberto promovia uma caça ao tesouro por ocasião da
Páscoa. Lembro-me de uma ocasião em que, após seguir cada uma das pistas,
precisei cavar para encontrar o tão desejado ovo de chocolate. Quem sabe
tenha sido a partir daquele momento que passei a ter interesse em
escavações arqueológicas!

Da mesma forma, gostaria de “escavar” a história da primeira Páscoa, a saída


dos israelitas do Egito. O êxodo seria apenas uma invenção literária para o
orgulho nacional hebreu? De que tipo de evidências arqueológicas dispomos
quando tratamos sobre esse tópico?

Gostaria de apresentar três categorias de evidências neste breve artigo: (1)


literária; (2) documentação egípcia; e (3) o orgulho nacional egípcio.

Sobre a primeira, a evidência literária, é inegável que o autor da história do


êxodo (e também do Pentateuco) tinha um amplo conhecimento da língua
egípcia. Palavras como cesto, linho fino, selo, arca, entre outras, são
claramente de origem egípcia. Durante um curso de egiptologia na USP,
apresentei esse argumento para o professor da disciplina. Apesar de negar a
historicidade da história dos israelitas no país dos faraós, ele se mostrou
bastante surpreso em saber do uso de termos egípcios na narrativa bíblica.

O mesmo poderia ser dito sobre os nomes de alguns israelitas, que são
puramente egípcios. Merari, Finéias e Moisés são apenas alguns exemplos. O
nome do “herói” hebreu é o exemplo mais conhecido. Moisés vem do verbo
egípcio ms-n (a pronúncia aproximada seria algo como mase-n), que significa
“nascido de”. Esse é um verbo muito utilizado no nome de outros faraós:
Ramsés, Ahmose, Thutmose, etc.

Nossa segunda classe de evidências é a da documentação egípcia. Apesar de


não dispormos de informações explicitas da presença israelita no Egito (isso
será explicado no próximo tópico), podemos utilizar um documento egípcio
que sugere um colorido autêntico para a história bíblica. Trata-se da Estela do
Faraó Merneptah, filho do grande Ramsés II. Nesse documento comemorativo,
o nome Israel é mencionado juntamente com outras várias cidades
importantes de Canaã. O texto sugere que o povo de Israel já estava na “terra
prometida” em meados de 1200 a.C., a data do documento. Um dos grandes
defensores dessa afirmação é o renomado egiptólogo Kenneth Kitchen, da
Universidade de Liverpool, na Inglaterra.

Por último, gostaria de mencionar algo curioso sobre o orgulho nacional


egípcio. Para muitas pessoas, a ausência de evidências arqueológicas da
estada dos israelitas no Egito traz certo desconforto. Mas note algo
interessante: os egípcios dificilmente admitiam uma derrota. Por ocasião da
famosa batalha de Kadesh (Síria), por volta de 1300 a.C., os egípcios a
registraram como uma vitória. Por outro lado, seus oponentes hititas também
deram-na como vencida! Ninguém sabe quem foi o vencedor da batalha de
Kadesh. Sendo assim, dificilmente encontraremos um documento egípcio que
mencione um grupo de escravos saindo da potência mais poderosa do mundo,
naquela época, deixando-a totalmente arrasada por pragas enviadas por sua
Divindade! Os egípcios não admitiam derrotas.

Mesmo diante desse quadro, as poucas informações que temos sugerem um


pano de fundo autêntico para o evento que deu origem a uma das principais
festividades religiosas do judaísmo e do cristianismo.

Luiz Gustavo Assis


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Postado por Michelson às 5:26 PM

Uma ironia da Arqueologia Bíblica

Uma das maiores ironias no mundo acadêmico é


saber que os piores inimigos da Bíblia não são ateus, evolucionistas ou
agnósticos, mas sim teólogos bíblicos que lecionam Antigo e Novo Testamento
em universidades nos Estados Unidos e Europa. Esse é caso de Philip Davies,
da Universidade Sheffield, na Inglaterra. Para ele, Davi não é mais histórico
do que o Rei Artur e os cavaleiros da távola redonda; em outras palavras,
folclore britânico. Essa é a opinião dele na obra In the Search of 'Ancient'
Israel (Em busca do 'antigo' Israel), publicada em 1992. Seu argumento,
porém, era baseado no silêncio de fontes históricas fora da Bíblia que
mencionassem o famoso rei israelita. Um argumento, diga-se de passagem,
muito perigoso para qualquer acadêmico.

Ironicamente, um ano após Davies publicar sua obra, a equipe de Avraham


Biran, arqueólogo do Hebrew Union College, em Jerusalém, encontrou em Tel
Dan, no norte de Israel, o fragmento de uma estela (pedra) contendo o
registro histórico de um guerra entre os reis da Síria, Israel e Judá. Nesse
documento, o reino de Israel é chamado "Casa de Israel", enquanto o reino de
Judá é chamado de "Casa de Davi" (na quinta linha de baixo para cima, na
foto)!

Ao anunciar a descoberta, a Biblical Archeology Review destinou mais de 15


páginas para falar a respeito do assunto, escritas pelo próprio Dr. Biran.
Poucas edições depois, foi a vez de Philip Davies contra-atacar. Segundo ele,
o documento arqueológico poderia ser uma fraude. O que Davies se esqueceu
foi que o artefato não foi comprado de nenhum comerciante palestino ou
judeu, mas foi desenterrado pela auxiliar de campo Gila Cook.

Outro argumento utilizado pelo acadêmico de Sheffiled é a tradução da


expressão aramaica BYTDWD como "Casa de Davi". Ele notou que todas as
palavras do texto estão separadas por um ponto, mas nessa expressão não há
ponto algum. Sendo assim, a tradução "Casa de Davi" estaria sendo forçada.
Porém, ele só se esqueceu do que os linguistas já sabiam: que quando há
junção de um substantivo (BYT - casa) e um nome próprio (DWD - Davi), não
se utiliza nenhum ponto na separação. Esse era um costume comum entre
assírios, babilônicos e arameus (e a estela foi escrita em aramaico) no registro
de um texto.

Para Kenneth Kitchen, uma das maiores autoridades em estudos orientais da


atualidade, a descoberta é tremenda. De acordo com ele, a expressão "Casa
de..." refere-se ao fundador da determinada dinastia, sendo atestada em todo
o Antigo Oriente Médio. Estaria esse documento mencionando o rei Davi, autor
do famoso Salmo 23? As evidências sugerem que sim. Bastou apenas um ano
para uma descoberta arqueológica desmoronar a pesquisa de Philip Davies!
Isso sim é ironia.

Tive a oportunidade de ver essa peça em exposição no dia 24 de agosto do ano


passado, no Masp, em São Paulo. Fiquei por aproximadamente cinco minutos
observando cada detalhe do artefato e relembrando as diversas histórias desse
personagem chamado Davi. Eu já conhecia a história do achado e o seu valor
para o cristão no século 21, mas mesmo assim foi uma experiência poderosa,
uma vez que a história bíblica pôde transpor milênios e ganhar um colorido
mais acentuado através de um artefato de quase três mil anos!

(Luiz Gustavo Assis, Outra Leitura)


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Postado por Michelson às 2:00 PM

A historicidade confiável do livro de Daniel

Há pelo menos três bons motivos para


acreditarmos que o livro de Daniel é confiável do ponto de vista histórico e
que de fato foi escrito no 6º século antes de Cristo:

1) A arqueologia tem reconstruído as informações históricas do livro de


Daniel.

a) Toda a história desse profeta hebreu se passa na cidade de Babilônia. Os


críticos da Bíblia afirmavam que se Babilônia realmente houvesse existido,
não passaria de um pequeno clã. A arqueologia demonstrou o oposto. Os
resultados dos estudos do arqueólogo alemão Robert Koldewey, feitos entre
1899 e 1917, provaram que Babilônia era um grande centro econômico e
político no Antigo Oriente Médio na metade do 1º milênio a.C. (600 a.C.).

b) Outro ponto de questionamento era sobre a existência ou não de


Nabucodonosor, rei de Babilônia na época do profeta Daniel. Mais uma vez a
arqueologia resolveu a questão trazendo à luz muitos tabletes que foram
encontrados nas ruínas escavadas por Koldewey com o nome Nabu-Kudurru-
Usur, ou seja, Nabucodonosor! Não é incrível como um tablete de 2.600 anos
consegue esmiuçar teorias fundamentadas no silêncio?

c) Assim como a opinião dos críticos teve que ser radicalmente mudada a
respeito de Babilônia e de Nabucodonosor, o mesmo aconteceu com Belsazar,
o último rei da Babilônia. Críticos modernos não concordavam com essa
informação. Novamente a arqueologia refutou essa opinião. Vários tabletes
cuneiformes confirmam que Nabonido, o último rei de Babilônia, deixou seu
filho Bel-Shar-Usur (Belsazar) cuidando do Império enquanto ele estava em
Temã, na Arábia. Você pode confirmar em Daniel 5:7 que Belsazar ofereceu
para Daniel o terceiro lugar no reino, já que o pai, Nabonido, era o primeiro e
ele, Belsazar, o segundo.

d) Até os amigos de Daniel estão documentados nos tabletes cuneiformes da


antiga Babilônia. Foi descoberto um prisma de argila, publicado em 1931,
contendo o nome dos oficiais de Nabucodonosor. Três nomes nos interessam:
Hanunu (Hananias), Ardi-Nabu (Abed Nego) e Mushallim-Marduk (Mesaque).
Incrível! Os mesmos nomes dos companheiros de Daniel mencionados nos
capítulos 1, 2 e 3 de seu livro! Um grande defensor dessa associação é o
adventista e especialista em estudos orientais William Shea, em seu artigo:
“Daniel 3: Extra-biblical texts and the convocation on the plain of Dura”,
AUSS 20:1 [Spring, 1982] 29-52. Hoje esse artefato encontra-se no Museu de
Istambul, na Turquia.
Resumindo: as informações históricas do livro de Daniel são confirmadas pela
arqueologia bíblica.

2) Por muitos anos os defensores da composição do livro de Daniel no 2º


século a.C. se valeram das palavras gregas do capítulo 3 para “confirmar”
a autoria da obra no período helenístico. Essa opinião apresenta dois
problemas sérios:

a) Há ampla documentação do relacionamento entre os gregos e os impérios


da Mesopotâmia antes mesmo do 6º século a.C. Nos registros do rei assírio
Sargão II, por exemplo, fala-se sobre cativos da região da Macedônia (Cicília,
Lídia, Ionia e Chipre). Se os judeus em Babilônia eram solicitados para tocar
canções judaicas (Salmo 137:3), por que não imaginar o mesmo com os
gregos? Um poeta grego chamado Alcaeus de Lesbos (600 a.C.) menciona que
seu irmão Antimenidas estava servindo no exército de Babilônia. Logo, não
nos deve causar espanto algum o fato de termos na orquestra babilônica
instrumentos gregos.

b) Se o livro de Daniel foi escrito durante o período de dominação grega sobre


os judeus, por que há apenas três palavras gregas ao longo de todo o livro? Por
que não há costumes helenísticos em nenhum dos incidentes do livro numa
época em que os judeus eram fortemente influenciados pelos filósofos da
Grécia? Esse fato parece negar uma data no 2º século a.C.

Resumindo: o fato de existirem palavras gregas no terceiro capítulo de Daniel


não prova sua composição no 2º século a.C., pelo contrário, intercâmbio
cultural entre Babilônia e Grécia era comum antes mesmo do 6º século a.C.

3) Daniel foi escrito em dois idiomas: hebraico (1:1-2:4 e 8:1-12:13) e


aramaico (2:4b-7:28).

Diversos nomes no estudo do aramaico bíblico (Kenneth Kitchen, Gleason


Archer Jr, Franz Rosenthal, por exemplo) afirmam que o aramaico usado por
Daniel difere em muito do aramaico utilizado nos Manuscritos do Mar Morto
que datam do 2º século a.C. Para Archer Jr., a morfologia, o vocabulário e a
sintaxe do aramaico do livro de Daniel são bem mais antigos do que os textos
encontrados no deserto da Judéia. Não só isso, mas que o tipo da língua que
Daniel utilizou para escrever era o mesmo utilizado nas “cortes” por volta do
7º século a.C.

Resumindo: o aramaico utilizado por Daniel corresponde justamente àquele


utilizado em meados no 6º século a.C. nas cortes reais.

Qual a relevância dessas informações para um leitor da Bíblia no século 21?


Gostaria de destacar dois pontos para responder esta questão:

1) Como foi demonstrado acima, Daniel escreveu seu livro muito antes do
cumprimento de suas profecias. Logo, isso nos mostra a Soberania e
Autoridade de Deus sobre a história da civilização. Se Deus é capaz de
comandar o futuro, Ele é a única resposta para os problemas da humanidade.

2) A inspiração das Escrituras. O livro de Daniel se mostrou confiável no ponto


de vista histórico e, consequentemente, profético. Essa é a realidade com
toda a Bíblia, que graças a descobertas de cidades, personagens e inscrições,
mostra-se verdadeira para o ser humano.

O livro de Daniel, longe de ser uma fraude, é um relato fidedigno. Ao


escavarmos profundamente as Escrituras e estudarmos a História, podemos
perceber que a Bíblia é um documento histórico confiável.

Luiz Gustavo Assis é formado em Teologia e atua como Capelão no Colégio


Adventista de Esteio, RS.
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Postado por Michelson às 3:37 AM

O endereço do Mestre

Para muitas pessoas, a narrativa evangélica da vida


de Jesus não passa de ficção. Contudo, uma rápida pesquisa sobre os achados
arqueológicos relacionados com o Novo Testamento revelará o contrário:
cremos em uma história real! A partir de agora, vamos examinar algumas
informações bíblicas à luz das descobertas em Cafarnaum, o “endereço” do
Mestre.

O nome Cafarnaum pode significar tanto “vila da consolação” como “vila de


Naum”, um antigo profeta hebreu cujo livro faz parte do Antigo Testamento.
Essa última opção é apoiada por uma tradição judaica que afirma que o
túmulo do profeta está enterrado ali. A cidade foi descoberta por um
arqueólogo norte-americano chamado Edward Robinson, em 1852, mas
somente foi escavada por uma equipe liderada por Charles Wilson em 1865 e
1866. Foi ali que Jesus dedicou a maior parte do Seu ministério, realizando
milagres (Mt 9:18-26; Mc 5:21-43; Lc 8:40-56), bem como ensinando na
sinagoga local (Mc 1:21; 3:1-5; Lc 4:31; Jo 6:59).
Um dos achados mais fascinantes de Cafarnaum é a da possível casa de Pedro.
Foi por volta de 1968 que dois outros arqueólogos, G. Orfali e A. Gassi,
encontraram a estrutura de uma igreja que datava do 5º século. O
surpreendente foi que logo abaixo dessa construção eles também encontraram
os alicerces de uma casa repleta de objetos de pesca que datava da época de
Jesus e Seus discípulos. Para completar a informação, um documento
chamado Itinerarium, escrito por Egéria, no 4º século, afirma que a “casa do
príncipe dos apóstolos foi transformada em igreja; contudo, as paredes da
casa ainda estão de pé como eram originalmente”.

Outra descoberta marcante em Cafanaum foram os restos da sinagoga, local


de reuniões religiosas dos judeus, do 1º século. Durante os anos de 1905 até
1926, seus restos foram preservados e restaurados por especialistas alemães e
franciscanos. Até então, todas as construções apontavam para uma construção
do 3º ou 4º século. No entanto, em 1968, as pesquisas posteriores revelaram
os restos de uma estrutura. E em 1981, um largo piso de basalto foi
encontrado repleto de cerâmicas (potes, vasos, copos, etc.) do 1º século, a
época de Cristo. Sem dúvida, esses eram os escombros daquela sinagoga
frequentada por Jesus, como mencionado nas Escrituras Sagradas!

Mais importante do que as informações arqueológicas é o que tudo isso


representa. Foi nessa mesma sinagoga que Jesus declarou: “Eu sou o pão vivo
que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (João 6:51).
Mesmo com a poeira acumulada ao longo dos séculos em Cafarnaum, ainda
somos capazes de ouvir o convite do Mestre querendo saciar nossa fome.

(Luiz Gustavo Assis é formado em Teologia e atua como Capelão no Colégio


Adventista de Esteio, RS)
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Postado por Michelson às 3:34 AM

Desenterrando um império (parte 3)

No artigo anterior, descrevemos como ocorreu uma


importante descoberta na antiga Hattusas, a capital dos hititas. Antigos
tratados (alianças) entre reis de importantes povos no Antigo Oriente Médio
(AOM) são importantes na compreensão do ambiente político dessa região.

As principais formas de tratados do AOM eram: (1) de paridade, envolvendo


pessoas do mesmo nível social; (2) concessão real, em que o rei concede a seu
súdito alguns benefícios mediante serviços fiéis que o agradaram; e (3)
suserano-vassalo, em que o rei que tinha total soberania exigia plena
submissão e lealdade do vassalo, que em troca recebia proteção e ajuda
militar. O tratado envolvendo Ramsés II e Hatusillis III encaixa-se nessa
terceira categoria.

A estrutura dos tratados hititas e o Pentateuco

Os tratados imperiais hititas do 14º e 13º séculos a.C. apresentam uma


estrutura elaborada em seis seções: título ou preâmbulo, prólogo histórico,
estipulações, o depósito do tratado, a invocação das testemunhas, as
maldições e as bênçãos.
George Mendenhall, importante erudito do Antigo Testamento no século
passado, foi o primeiro a perceber a semelhança entre a estrutura dos
tratados hititas e as alianças de Deus e Israel em Êxodo 20-31; 34-35 e
Levítico 11-25. Neste caso, a evidência externa sugere que a melhor data para
a composição do Pentateuco é por volta da metade do 2º milênio a.C. (Ca.
1400 a.C.).

A seguir, cada uma das partes desta estrutura será mostrada juntamente com
o seu correspondente bíblico:

1) Título ou preâmbulo. Identifica o autor (suserano) do tratado. Em Êxodo


20:1, lemos: “Deus falou todas estas palavras...”

2) Prólogo histórico. O suserano declara os seus benefícios em favor do


vassalo, demonstrando assim sua misericórdia e poder. Em Êxodo 20:2, Deus
Se identifica como “o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa
da servidão”.

3) Estipulações. Esta parte envolve a declaração dos deveres impostos sobre o


vassalo como aquele que deve total lealdade ao suserano. A continuação do
texto de Êxodo 20, os versos 3-17, apresenta os dez mandamentos como
estipulações, e os capítulos seguintes (21-23 e 25-31) registram outras
regulamentações mais detalhadas para reger a vida social. Além destas, há
também instruções quanto a provisão para a casa (tabernáculo) do Suserano
(Êx 35).

4) Depósito do tratado. O documento deveria ser bem guardado para ser lido
novamente em outras ocasiões. A “Arca da Aliança” era assim chamada por
conter em seu interior as estipulações de Deus para Seu povo (Êx 25:16).

5) Testemunhas. Os deuses das nações envolvidas eram invocados como


testemunhas daquilo que havia sido dito. Há também o caso de elementos da
natureza como pedras, vento, sol, lua e estrelas que eram tidos como
testemunhas em algumas ocasiões. O correspondente bíblico desta porção
parece ser Êxodo 24:4-8, onde Moisés levanta um altar com 12 pedras,
representando as 12 tribos de Israel, para cumprir o papel de testemunhas
mudas.

6) Bênçãos e maldições. Isto é, aquilo que o suserano faria caso seu vassalo
fosse fiel ou não. Em Levítico 26, temos referências a bênçãos (pela
obediência) e maldições (pela desobediência).

A evidência dessa estrutura em outras partes do Pentateuco

Essa mesma estrutura pode ser encontrada em outros lugares do Antigo


Testamento. Em Deuteronômio 1:1-5, por exemplo, temos o título ou
preâmbulo, e o prólogo histórico em 1:6-3:29. Logo após, então, temos as
estipulações: (1) os dez mandamentos (5:7:21); (2) outras ordenanças mais
extensas (6-11); e (3) regulamentações mais específicas (12-26). O documento
da aliança sendo depositado no Santuário (31:9-13). Os céus e a terra sendo
chamados de testemunhas (31:28) e, finalmente, as bênçãos (28:1-14) e as
maldições (28:15-68) encerrando o livro.

Avaliação da evidência

A composição do Pentateuco é situada por alguns como tendo ocorrido no


período do cativeiro babilônico (Ca. 600 a.C.), ou no período persa (Ca. 500
a.C.), ou até no período grego (Ca. 300 a.C.). O problema com esse tipo de
argumentação é que a estrutura das alianças da metade do 1º milênio a.C.
sofreu drásticas modificações. No período assírio (Ca. 700 a.C.), por exemplo,
o tratado suserano-vassalo era composto de quatro partes na seguinte ordem:
preâmbulo, testemunhas, estipulações e maldições.

Uma vez que as alianças do Pentateuco possuem a mesma estrutura dos textos
hititas do 14º e 13º século a.C., parece mais razoável aceitarmos que a data
da composição do texto bíblico seja a mesma de tais tratados e não depois,
como os críticos afirmam.

Nossos créditos de excelente estdo vão para Luiz Gustavo Assis é formado em
Teologia e atua como Capelão no Colégio Adventista de Esteio, RS. (Todos os
direitos reservados)

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