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As aparições de Nossa Senhora em Zeitun, no

Cairo, são as manifestações públicas mais


marcantes. Ocorridas de 1968 a 1970, milhões
foram testemunhas, pessoalmente, através de
fotografias ou imagens transmitidas pela
televisão.

Tal fenômeno se deu sobre uma pequena Igreja


Ortodoxa Copta, construída para celebrar a
região do Egito em que Ela veio morar com
José e o Menino Jesus, fugindo de Herodes. A
primeira aparição se deu na noite do dia 2 de
abril de 1968.

Durante mais de um ano, Nossa Senhora


apareceu de diversas formas sobre as
cúpulas da Igreja. As aparições duravam
poucos minutos ou até nove horas, algumas
vezes acompanhadas de corpos celestes
com formato de pomba, que se moviam
rapidamente. Outras vezes, Ela vinha
acompanhada por Jesus, ou carregando o
Menino Jesus no colo. Também foi vista
rezando, de joelhos.

Entre os milhares de egípcios e estrangeiros que testemunharam as aparições,


havia ortodoxos, católicos, protestantes, muçulmanos, judeus e pessoas não
religiosas.

Muçulmanos que viram as aparições, recitaram do Corão: "Maria, Deus vos


escolheu. E vos purificou; Ele vos escolheu. Entre todas as mulheres."

Muitos doentes foram curados e cegos recuperaram a visão; também houve


grande número de descrentes convertidos.

Padre Henry Ayrout, reitor do Colégio da Sagrada Família (jesuíta) no Cairo,


também declarou sua aceitação das milagrosas aparições da Virgem Maria,
dizendo que, sejam católicos ou ortodoxos, somos todos Seus filhos e Ela nos
ama a todos igualmente — e Suas aparições
na Igreja Ortodoxa Copta de Zeitun assim o
confirma. O Reverendo Ibrahim Said, chefe
dos Ministros Protestantes Evangélicos no
Egito na época das aparições, afirmou que as
aparições eram verdadeiras.

Freiras católicas da ordem do Sagrado


Coração também testemunharam as
aparições e enviaram um relatório detalhado
ao Vaticano. Na noite do dia 28 de abril de
1968, um enviado do Vaticano chegou, viu as
aparições e enviou seu relatório a Sua
Santidade o Papa Paulo VI de Roma.

A primeira página do jornal egípcio Al-Akhbar,


de número 4946, veiculado no dia 5 de maio
de 1968 (domingo), trazia o seguinte
destaque na página de capa:

"Um pronunciamento oficial do Papa [ortodoxo] Kyrillos VI declara: A


Virgem apareceu na Igreja de Zeitun. O pronunciamento diz: Centenas de
cidadãos de várias religiões e seitas afirmaram sem dúvida alguma
terem visto a Virgem, e todos eles concordam na mesma descrição das
aparições. A Virgem apareceu em várias noites e diferentes formas,
movendo-se e andando, olhando para os espectadores, abençoando-os e
curando-os."

Embora tais fatos tenham sido tão maravilhosos, o


desinteresse da mídia e a indiferença deste mundo fizeram
com que pouquíssimas pessoas fora do Egito soubessem
destas extraordinárias aparições.

Recentemente, em 1983, a aparição de uma mulher vestida


de luz foi vista na Igreja de São Daiman em Shoubra, um
subúrbio do Cairo. Também como em Zeitun, a mulher foi
vista por centenas, banhada em luz, andando sobre a igreja
em aparições que duraram até cinco horas. Em 1987, uma
comissão concluiu sobre essas aparições:

"Demos graças a Deus por esta bênção ao povo do Egito, e pela repetição
deste fenômeno. (...) Deus salve nosso país. Rezemos para que Ele guie o
Egito e todos os seus filhos a pleno êxito. Que este fenômeno seja uma
garantia de bem-estar para eles e para todas as nações."
O Milagre que o mundo esqueceu
Escrito por Elbson

36 anos já se passaram desde que a Virgem Santa apareceu numa capela


ortodoxa, na capital de um pais governado por um líder comunista à beira
de uma guerra civil entre cristãos e muçulmanos. Na época, esse magnífico
fato foi abafado de todas as formas possíveis, tanto pela comunidade
islâmica local, quanto pelo governo, ainda assim houve uma pequena
repercussão internacional. O mundo convulsionava ante a guerra fria, e a
perseguição aos cristãos nos países muçulmanos pouco divergia dos dias
atuais. Quase quatro décadas se passaram, mas a história daquelas
aparições magníficas ainda vale a pena ser sempre recontada.

Egito, 1968. Enquanto todo o mundo está hipnotizado pela queda


do colosso americano no Vietnã, ou aterorizado pela guerra fria, protestos nas
grandes capitais do planeta, guerras no Oriente, enfim, um ambiente histórico que
pouco divergia do atual. Os olhos do mundo não estavam voltados para o provável
banho de sangue que ocorreria no Egito, ou para a relevância e influência que as
perseguições muçulmanas contra cristãos teriam no futuro da humanidade, em
questão, os dias atuais.

Pouco menos de um ano depois da derrota do Egito na Guerra dos Seis Dias contra
Israel, as tensões naquele país eram muitas, e a insatisfação da população se
refletia no separatismo e no terrorismo interno, além do recrudescimento do
fanatismo islâmico. Um conflito religioso entre cristãos de várias denominações e
muçulmanos, sugeria a preocupação por um genocídio ou uma guerra civil sem
precedentes. Igrejas eram invadidas ou apedrejadas, residências de famílias cristãs
eram marcadas com uma cruz vermelha - um sinal de intimidação. Jovens católicos
ou ortodoxos eram presos e torturados até que renegassem a fé cristã. Enfim
paz parecia possível apenas a custa de um milagre, e ele aconteceu.

Naquele contexto de desolação para os cristãos, a Mãe de Deus começou a


aparecer para milhares de pessoas, em uma igreja coopta construída para
relembrar a provável passagem da Sagrada Família por aquela região quando em
fuga de Herodes. Era Abril de 1968. Começavam as aparições da Virgem Maria no
Egito, a mais vista de todos os tempos e a única até os dias atuais a ser
documentada fotograficamente.

Tudo começou quando o arquediácono daquela igreja, Youssef Kamell visualizou


uma jovem no domo da capela junto à cruz, no primeiro momento, pensando
tratar-se de uma tentativa de suicídio, começou a apontar e gritar em direção à
jovem. "Mas uma luz estranha a envolvia" - declarou Kemell mais tarde. Várias
pessoas se acumularam diante da Igreja, quando por perto passava um grupo de
cristãos, que vendo aquela jovem cercada de tanta luz gritaram: "É Maria! É a Mãe
de Deus!", e correram para diante do templo. Naquele momento Ela flutuou até a
parte central acima do pórtico do templo, virou-se na direção deles, sorriu
lindamente e os abençoou. A virgem permaneceu silenciosa, por vezes voltava a
face para os céus, e outros momentos dirigia seu olhar a algum dos presentes,
demonstrando escutar as preces emocionadas. Em outros momentos
caminhava sem que tocasse a laje do templo. Pombas luminosas voavam entre os
presentes e pelos céus formando uma cruz. Uma fragrância deliciosa foi sentida por
todos os presentes, e não tardou a que uma grande multidão se formasse diante do
templo. Essa primeira aparição durou duas horas.
Não tardou até que toda a cidade ficasse
sabendo do fato, rádios cristãs anunciavam o
milagre, ao passo que a imprensa local o
tratou com indiferença. Na noite que se seguiu
à primeira aparição, uma imensa multidão se
postou diante do templo. As ruas em redor
ficaram tomadas, quase toda a comunidade cristã local estava presente, alem de
centenas de muçulmanos - o que despertou grande preocupação por parte das
autoridades policiais. E mais uma vez Ela apareceu cercada de luz. O que se viu foi
uma comoção generalizada. Alguns choravam copiosamente ante a visão da Virgem
Santa, outros ficaram paralisados, outros ainda, caíam de joelhos em sonoras
preces. E mesmo entre os muçulmanos presentes as reações não foram diferentes.

Nas semanas seguintes o local se transformou num lugar de peregrinação. Quase


todos os dias a Virgem se fazia presente. Muitos levavam seus doentes, entre os
quais, vários encontraram a cura de seus males. Um perfume inexplicável tomava
conta do ambiente, e mesmo ao longe se podia sentir, mesmo com vento forte.
Todas as atenções do Cairo se voltaram para as aparições da Virgem. O fenômeno
passou a ser noticiado em todo o país e no exterior.

A polícia local e o serviço secreto egípcio empenharam-se em investigar o fenômeno. No início


acreditava-se tratar de uma projeção ou de uma encenação. Todo o templo foi varrido
minuciosamente e todos os prédios próximos investigados. A cobertura da Igreja foi ocupada
por policiais, bem como todos os prédios próximos, e ainda assim a Virgem continuava a
aparecer. Nada foi encontrado. Não se conhecia na época qualquer tipo de dispositivo que
"produzisse" fenômeno similar e com tamanha perfeição. Especialistas foram convocados de
várias partes do mundo, e não houve explicação possível diante da constatação visível do
fato. Não havia dúvidas, o que ali acontecia era real, sobrenatural e inexplicável
cientificamente. O efeito era inteligente, logo, a causa era inteligente, mas inexplicável à luz da
ciência.

O mais impressionante é que a aparição gerava luz física, podia ser captada pelas câmeras, as
pessoas sentiam odores perfumados e delineavam feições lindíssimas, maior ainda o fato de
milhares de pessoas terem o consenso muito claro do que viam, todos enxergava uma mesma
coisa, não era sugestão ou hipnose. Ainda assim seria impossível hipnotizar ou sugerir milhares
de pessoas diferentes. Era consensual, a Virgem era vista por todos.

As aparições duravam de alguns minutos até horas. Uma das aparições durou nove
horas. Kyrillos VI, o patriarca Ortodoxo, formou uma comissão para investigar as
aparições. Vários comissários diferentes fizeram constar em seus relatórios os
mesmos fatos: observaram plumagens de fumaça púrpura e uma deliciosa
fragrância que enchia todo o ambiente na hora das aparições, e a figura de uma
mulher cercada por um globo muito luminoso de luz, acompanhada por pombas
luminosas que apareciam e desapareciam junto com a "mulher luminosa".

Ela foi vista por mais


de um milhão de
pessoas. Católicos,
ortodoxos, protestantes, muçulmanos,
milhares de crentes e não-crentes
experimentaram as aparições, dessa vez não
eram santos ou confidentes, mas gente do
povo, milhares de pessoas, e não houve
teoria que explicasse o que ocorria aos olhos
de todos que quisessem ou não ver a verdade
dos fatos, Maria realmente aparecia. E as
aparições eram transmitidas via radiodifusão
ou pela TV egípcia. As aparições foram
fotografadas por centenas de fotógrafos
diferentes e foi pessoalmente testemunhada
pelo presidente egípcio Abdul Nasser,
um comunista declarado, que não teceu
qualquer comentário público.

As aparições duraram dois anos com numerosas curas registradas por vários
profissionais médicos e cientistas. O que estava acontecendo era real, doentes, seja
cristãos ou muçulmanos receberam a cura, cegos recuperavam a vista, coxos
andavam, ateus eram convertidos, milhares de curas do corpo e da alma, além do
efeito mais magnífico, o conflito entre cristãos e muçulmanos cessou. Jamais a
história registrou fato semelhante, tendo em vista ainda seu caráter ecumênico (na
mais responsável acepção do termo). Ali se confirmava a cerdade de que Maria é
Mãe amorosa de todos os homens.

Grupos de muçulmanos que assistiam às aparições cantavam do Alcorão: " Maria,


Deus te escolheu. E purificou-te; Ele escolheu-te acima de todas as mulheres ". Por
várias vezes, tanto cristãos quanto muçulmanos cantavam juntos as mesmas
canções. Era um espetáculo de fé de rara beleza.

O Patriarca coopta local, Kyrillos VI, anunciou um ano depois das aparições que ele
não tinha nenhuma dúvida que a Mãe de Deus estava aparecendo para milhões de
pessoas sobre o teto da Igreja em Zeitun.

"Investigações oficiais foram levadas a cabo, e como resultado foi considerado um


fato inegável: A Virgem Maria tem aparecido na Igreja Católica Ortodoxa Coopta
de Zeitun em um corpo luminoso, claro e com feições definidas, visto na parte
frontal (do templo) por todos os presentes da igreja, seja cristãos ou muçulmanos
" - Relatório do Departamento Geral de Informações de zeitun, Egito
1968.

As aparições duraram entre 1968 e 1970 quase diariamente. A Virgem era vista
cercada por pombas de luz e uma fumaça fulgurante. Ela andava naturalmente
como que flutuasse sobre o teto da Igreja, se curvava diante da cruz, abençoava a
todos os presentes, se prostrava com as mãos postas para o céu e seu
aparecimento era sempre acompanhado por pombas que muitas vezes formavam
cruzes nos céus. Em Zeitun não houve espaço para o ceticismo. Em raros
momentos os sinais de Deus foram tão universais e avassaladores. As aparições em
Zeitun foram indubitáveis, e não houve cético ou descrente que a tenha
presenciado e permanecido insensível à sua veracidade.
As aparições da Virgem em Zeitun foram as maiores de todos os tempos em
número de testemunhas, mais de 1 milhão de pessoas. Até hoje não há paralelo na
história das aparições que se possa comparar às aparições no Egito. Pelos frutos se
conhece a boa árvore, além das numerosas conversões e curas, Nossa Senhora
conseguiu pacificar dois grupos religiosos quase em guerra sem a necessidade de
nenhuma mensagem específica, bastou a sua presença para que tanto muçulmanos
quanto cristãos observassem que aquilo que aparentemente os separava, se vista
sob a ótica do amor era justamente o que os unia, a fé.

É dificil mensurar a amplitude que um fenômeno similar, se ocorrido nos dias de hoje,
teria sobre o mundo. Os recursos de mídia são os mercados que mais crescem em todo o
mundo desde a década de 90, e não é dificil imaginar que um evento de tamanho vulto seria
massificado de forma geométrica em questão de horas, e muito mais gente conheceria tais
aparições. Ou, talvez interpretando a realidade com mais frieza, aconteceria o mesmo que
ocorreu quase quatro décadas atrás - a violência, a sensualidade, a desordem moral e social
ocupariam bem mais as pautas de uma mídia desinteressada das coisas de Deus. E esse
magnífico fato histórico e místico seria um pedaço da história humana que muito habitualmente
a mundo trataria de esquecer, pois Deus, desde muito, é relegado ao esquecimento em nossa
história.

Elbson do Carmo

Para saber mais: http://www.zeitun-eg.org/

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