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Modernismo – Geração de 22

Elizangela
Wilson Alves

Procure, no diagrama de letras, as palavras sublinhadas no texto.


A S D C V S E D A D I T N E D I R F G H A Á D C V B N A
P R I J N N B V C X S P P H P N B H P
R S N F G G B H Y T R E D F G H K L A L H A G B S A
G S D U V V C O T I D I A N A S Á A A Í D U V B E A
H F E V A N H J M K Á G I L B D N G L A N L D
O Z P S M E F G B L J R G H J M H I X I D E P H
G D E R Á V V H H J J M K U Y T C O E C F V M C
A S N F R H R V N H J H G Y U J A S W É G H I A
F S D F I H E K M M S D F A A D I G H S A
Ó J Ê A O D S R G E Q W D F G V B N M L K A S D E M
P B N H D V G F M G L K G N D J K L K
O D C V E K A A B A H J A K J H S A C E B N M M
R B I F A R T H J U N S D H H U V D G S R T Y A
T F A G N J A V B G M R U G V O R V T H Y N
N C C F D B R F C N B R F O M E X H D A F G H U
A D U V R R F G G I R G H A O I C D F I B H N E
C V L R A T G F G L T H A Á R C C V F R Y H J L
J K T V D C H J E G J P O H J J K Ç A T H W B
H J U H E E G E S C R I T A A S D G H J K D R V D A
D E R H Á O L Z S J K L D F A S C V D E R A G K O N
A S A C Ã V B F G V B A S D Á O B S D
P R L J N L I B E R D A D E F O R M A L H R H J Ã B W E
A S H F G F B N H P R H C D F B N H Ç S A I
A S D C Q H A S H C Q H A R L R
P R H J C X A E A F D R C X A J I S D A
A S J F D F D R D A G Í D F D G R S D U
A S H U V A F F H T X T V B S H C F E V
D F G V D L V G A C N E I C E G V E Z A S
H Z F S A A G H C A A W C F R H H D D N R
K D A R F V B G N I A A D A Q V B G N H E S D F
L S D F W S C C H M M D K Q I S C N H J D S R F
I S A F Q S D U F Ê K A N L Q S D E F G A J A C
S J J A X F R V L S L C D X F V V H D B D T
A B A H G T G O V O G O G H G V R D E R
R X G H G A N P V C R H G B N C E B F T
B C N B G V S A S X S D B G V B A S B F G G
U D E M E A I C H S
A F C Y T C L D F V
P Q W W Q V B G N A C I O N A L I S T A R T A S C V F R
Boa parte das propostas da primeira geração modernista foi
apresentada sob a forma de manifestos. O primeiro deles, Manifesto
Pau-brasil, foi lançado por Oswald de Andrade no dia 18 de março de
1924 nas páginas do Correio da Manhã. O ideal desse manifesto era
conciliar a cultura nativa e a cultura intelectual. O manifesto também
propunha “ver com olhos livres”, fazer uso da língua sem preconceitos e resgatar todas as
manifestações culturais, fossem da elite ou do povo.
Uma reação conservadora nasceu com o manifesto Nhengaçu verde-amarelo (também
Abaporu é uma das chamado de Manifesto do verde-amarelismo ou da Escola da anta), publicado em maio de
principais obras do
1929, que defendia um estado forte e centralizador e a adoção de um nacionalismo ufanista
período antropofágico
do movimento e primitivista. O grupo, do qual participavam Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo, escolheu
modernista no Brasil. a anta como seu símbolo, por esse animal ter sido um totem tupi.

Primeira Geração Modernista “Você é único quando pensa diferente.” Pág. 1


O Verde-amarelismo assumiu Projeto literário da Geração de 22
uma feição radical, pregando - Busca da identidade nacional;
ideias políticas reacionárias, - Abandono das perspectivas passadistas e liberdade
associadas ao integralismo do formal;
líder Plínio Salgado, uma - Aproximação entre fala e escrita na linguagem.
versão brasileira do fascismo.
Em 1928, Oswald de Andrade Principais poetas
lançou o Manifesto Mário de Andrade
Antropófago, em reação ao Com uma vida pacata,
nacionalismo ufanista do dedicada à música e à
grupo da Anta. A proposta, literatura, o grande desgosto
agora, tinha feição do poeta era constatar que a
O primeiro número
anarquista. geração modernista de que
trazia um editorial
manifesto que Vale-se da antropofagia participou foi relativamente
destacava seus como uma metáfora do que omissa no que dizia respeito à
objetivos: a busca do deveria ser culturalmente criação de uma arte
atual, o culto ao assimilado, digerido e socialmente engajada,
progresso, a superado para que se pragmática, capaz de contribuir para o aperfeiçoamento
incorporação de novas alcançasse uma verdadeira do ser humano.
formas artísticas, como independência cultural, Em Pauliceia Desvairada, Mário de Andrade
o cinema, e a afirmação Oswald defendia que, como apresenta a essência da sua poesia: arte + lirismo =
de que a arte não é uma antropófagos, os brasileiros poesia. Nos seus poemas, os versos livres exprimem
cópia da realidade. deveriam adotar uma postura sensações, ideias, momentos da vida. O desafio
crítica diante das influências enfrentado pelo poeta é o de conciliar os sinais
culturais europeias, “digerindo” o que interessasse e recolhidos da vida cotidiana e suas reflexões mais
eliminando o resto. Com essa proposta, afirmava uma íntimas.
postura nacionalista diferente de todas as anteriores,
que propunham eliminar tudo o que fosse estrangeiro Oswald de Andrade
para louvar os símbolos da nacionalidade. A obra de Oswald de Andrade
reúne todas as características que
Adeus às fórmulas literárias marcaram a produção literária do
A liberdade de criação deu identidade à produção período. Escreveu poesia,
dos primeiros modernistas. Ela se manifestou tanto na romance, teatro, crítica e, em
escolha de temas como no aspecto formal assumido todos os gêneros, deixou
pelo texto literário. Manuel Bandeira, em “Poética”, registrada a sua vocação para
resumiu de modo exemplar a nova perspectiva estética. transgredir, para quebrar as
Com os modernistas, a expressão poética alcançou expectativas e criar polêmica. Em
uma liberdade formal jamais vista: versos de todos os seus poemas, Oswald de Andrade afirma uma imagem
tamanhos, com rimas e sem rimas, estrofes com de Brasil marcada pelo humor, pela ironia e também por
diferentes números de versos, tudo era permitido. uma crítica profunda e um imenso amor ao país, como
Linguagem: o português brasileiro atesta o lirismo de muitos de seus versos. Uma visão
A nova postura nacionalista também se manifesta no crítica da história do Brasil se manifesta na releitura de
plano da linguagem. Mário de Andrade lidera a textos e eventos do período colonial do Brasil.
campanha pelo uso da língua “brasileira” nos textos Manuel Bandeira
literários. Por isso, opta por escrever algumas palavras Uma das inovações da obra de
de modo mais semelhante à forma como são faladas Manuel Bandeira é o uso que faz da
pelo povo, como milhor, si, pra, entre outras. linguagem na apresentação das
Além da aproximação entre fala e escrita, a situações cotidianas. A capacidade
linguagem da prosa modernista torna-se mais ágil. As de ver as cenas prosaicas, as
longas descrições românticas e realistas dão lugar a situações mais banais do dia a dia
cenas breves, curtas, que são apresentadas em rápida filtradas por lentes líricas, e de
sucessão, criando o efeito de fotogramas que ganham recriá-las poeticamente por meio
movimento quando montados em sequência. Os de uma linguagem simples são as
romances e contos, compostos de inúmeras cenas como características mais marcantes da
essas, lembram uma nova forma de expressão: o sua poesia.
cinema.

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