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Avaliação de medidores magnéticos Krohne

Medidores Compactos com Conversor IFC300

Modelos : Optiflux 1300C


Optiflux 2300C
Optiflux 4300C
Optiflux 5300C

Medidores em processo.

1 – Verificar se há mensagens de falhas no display página 3


Se o ícone de Falhas estiver aceso, significa que há mensagens na página 3 do Display .

Ativar a tecla para cima até acessar a página de mensagens

As mensagens aparecem em grupos e com letras de indicação:

I = Informação
F = Falha: Impacta na operação
S= Especificação: Impacta no valor

Exemplo:

I Falha de Alimentação
F Falha de Aplicação
F Circuito A aberto
.
.

1
Principais Mensagens e seus significados:

Mensagem Significado Efeito Solução Gravidade


Falha de Alimentação Informação; significa que A totalização foi interrompida Pode ser apagada no Não impede a medição
houve queda de energia. durante a ausência de energia menu Configuração
rápida.
Circuito A aberto A saída de corrente Não haverá transmissão do Conectar os cabos ou Não impede a medição
valor de vazão via saída 4 a desativar em
(A; A+) está ativada,
20mA HARDWARE
mas os cabos não
estão conectados ou
foram cortados.
Temperatura de Informação: o valor Alarme de temperatura . Se o alarme for falso . Não impede a medição
Temperatura acima de 200ºC ou Recalibrar a
Bobina estimado de
alarme falso. temperatura de bobina
temperatura está em C1.1.8
acima do esperado.
DC Offset O sinal/ligação nos Alteração dos valores de Verificar Cabo DS NÂO HÁ MEDIÇÃO
velocidade
terminais 1, 2 e 3 não
está correto.
Tubo Vazio Tubo está sem fluido A condutividade medida Verificar processo. NÂO HÁ MEDIÇÃO
Condutividade baixa Ver NOTA de
está abaixo do limite.
Cabo DS desconectado APLICAÇÃO anexa
Ruido de Eletrodos Significa que o nível Quanto maior o ruido, Verificar processo. Valores muito altos
Ver NOTA de
de ruido está acima maior a dificuldade de indicam inadequação.
APLICAÇÃO anexa
do limite configurado. medição correta da
Velocidade.
Sobrefaixa A Saída de corrente O valor de saída não Verificar Range Não há transmissão
acima de 20mA corresponde à vazão real. do valor medido
Sobrefaixa D Saída de pulsos com Pulsos encavalados. Verificar Impossível totalizar
frequência acima do configuração de remotamente via
limite configurado pulso/frequência saída D.
Falha de dispositivo Falha de Hardware Valores ou saídas Carregar Config Se problema persistir.
alterados/ zerados de Fábrica em Substituir IFC300
C5.6.3 e
reconfigurar.

2 – Verificar a Configuração do conversor

Para verificar a configuração do conversor é preciso entrar no MENU DE CONFIGURAÇÃO

Ativar e segurar a tecla > por 3 segundos e soltar .

O menu de configuração é divido em


A – Config. Rápida
B : Testes
C : Config. Completa
D : Serviço

Após segurar por 3 segundos vai aparecer o menu A


Os submenus são indicados por números .
Esses índices de submenus aparecem no display na faixa azul .

2
No exemplo acima indica: Configuração Completa C 5.6.6

Verificar os itens de Configuração mais importantes:

Índice Parâmetro Recomendação Informações adicionais


C1.1.1 Calibração de Zero Valor deve ser abaixo de 0,0030 m/s Ver Nota de aplicação anexa
C1.1.2 Diâmetro Verificar plaqueta do sensor
C1.1.3 Seleção GK ou GKL Selecionar GK + GKL Seleciona o tipo de constante a ser usada
C1.1.4 Valor GK Verificar plaqueta do sensor Constante de calibração – Alta corrente bobina
C1.1.5 Valor GKL Verificar plaqueta do sensor Constante de calibração – Baixa corrente bobina
C1.1.8 Calibração da Fazer se erro: Temperatura A temperatura estimada precisa ser corrigida.
Temperatura de Bobina
de bobina, acusado. Isso não afeta a medição de vazão
C1.1.13 Frequência de Campo Verificar plaqueta do sensor Pode ser 1/6 ou 1/18... etc definida em fábrica.
C1.1.14 Estabilização Standard (Automático) Em manual, exige cálculo. Não mudar.
C1.1.17 Resistencia da bobina Mede a resistência da bobina Valor deve estar entre 60 e 120 Ohms

3- Resolução de problemas

Medição de vazão instável com muita oscilação

-Falta aterramento de medição na tubulação ou anéis.


-Juntas deslocadas / Presença de ar no fluido / Cavitação
-Conexões elétricas erradas
-Medidores remotos com Caixa de Conexões infiltrada.
- Parâmetro “Time constant” (Constante de tempo) com valor menor que 5s
-Frequência de campo muito alta. Verificar na etiqueta do sensor.
-Seleção de Estabilização:
C1.1.14 ( IFC300 )
deve estar: STANDARD (salvo aplicações especiais)

Medição de vazão incoerente

-Medidor medindo com alta instabilidade, porém uma constante de tempo muito alta (acima de 15s) .
Configurar a constante de tempo entre 5 e 10s .
Se a medição ficar instável, verificar o item “Medição Instável”
- Incrustação no interior do tubo sensor (condutividade muito abaixo do esperado)
Remover o sensor e efetuar limpeza.
-Configuração do conversor divergente em relação aos dados do tubo sensor
Verificar parâmetros de diâmetro e constante de calibração (GK/GKL) na etiqueta do sensor .
-Conversor com desvio de zero causado por calibração indevida do zero .
O valor do zero do instrumento é mostrado em C1.1.1 e não deve estar configurado com valor superior a 0,03m/s ( negativo
ou positivo)
Efetuar calibração de zero com o fluxo parado e tubo completamente cheio :

3
O valor encontrado deve ser menor que 0,03m/s ( neg ou pos.)
Se não for possível fazer a calibração com o fluxo zero , usar valor default = 0,00000m/s.

Indicação de vazão sem a passagem de fluído

-Tubulação não se encontra totalmente cheia e função TUBO VAZIO não ativada corretamente.
Se o tubo estiver vazio, ativar a função TUBO VAZIO F para que as saídas e display fiquem em zero.
-Conversor com desvio de zero ( refazer
Efetuar calibração de zero com o fluxo parado e tubo completamente cheio.
-Tubo sensor, cabos ou caixa de bornes com baixa isolação

Ativar e verificar os ruídos de eletrodo com vazão próxima do normal do processo.


Ver nota de aplicação com explicação detalhada , anexa:

Ruídos De Eletrodo
Em caso de ruídos muito elevados, a sua causa deve ser pesquisada buscando as fontes básicas de perturbação, como:
• Juntas mal colocadas (turbulência)
• Bolhas de gás (interferência do campo magnético)
• Cavitação (interferência do campo magnético)
• Sólidos suspensos (interferência do campo magnético)
• Condutividade muito baixa (transferência de cargas estáticas / SNR baixo)
• Comprimento reto insuficiente. (turbulência)
• Falta de aterramento de referência
• Frequência de campo incorreta (alta) (ruído da bobina se estabelecendo por muito tempo)
• Eletrodos encobertos (SNR baixo)
• Reações químicas em andamento (interferência de cargas elétricas)

A ativação da medição de Ruído de Eletrodos deve ser feita no menu : Auto Testes

Item C1.3.13 – Ruídos de Eletrodos – ATIVADO – sair e salvar


Item C1.3.14 – Limite para alarme – ajustar o valor de ruído desejado para que o ALARME de RUÍDO DE ELETRODO
apareça na lista de FALHAS ( display 3 ) Default = 0,1m/s
Item C1.3.15 – se a medição de ruídos estiver ativada e SALVA , é possível ver o nível de ruído atual nesse item .

Recomendações :
A qualidade da medição está intimamente associada a esse indicador .
Sugerimos que o valor do ruído seja mostrado na pag 1 do display .

Ruído de eletrodos na linha 2 do display 1

C1.3.13 = ATIVADO
C1.3.17= Diagnostico = RUIDO DE ELETRODOS
C5.3.1 = Formato Display 1 = DUAS LINHAS
C5.3.8 = Medição Linha 3 = VALOR DE DIAGNÓSTICO
C5.3.9= Casas decimais = x.xxx
Sair e Salvar

4
Nesse caso, Ruído de Eletrodos no display 1, com duas linhas.

Velocidade m/s Ruído com instalação ok (m/s) Ruido com 2% bolhas (m/s) Ruido com Turbulência (m/s)
0 0,015 0,015 0,015
1,0 Até 0,020 0,1 a 0,3 0,1 a 0,3
3,0 Até 0,060 0,5 a 1 1 a 1,5
4,0 Até 0,150 1,5 a 2 1,5 a 2

Filtros de Ruído de Eletrodo

O uso de filtros só é recomendado em processos ruidosos por natureza e não por problemas de instalação ou
processo.

C1.2.3 Constante de Tempo (DO FILTRO) = 5s (inicialmente) – vai de 0 a 10s


C1.2.7 – LIGAR
C1.2.8 Nível de ruído = colocar o valor lido em C1.3.15 multiplicado por 2
C1.2.9 Supressão = 5 (inicialmente) 1 a 10
Sair e Salvar

Após aplicação dos filtros, a indicação de ruídos NÃO SERÁ ALTERADA.


O que muda é o comportamento da velocidade e consequentemente, da vazão.

4- Verificação da isolação das bobinas

Para avaliar apenas o sensor é possível fazer um teste de isolação entre as bobinas e carcaça e cabos de bobinas.

a-Desconectar os cabos de sinal e bobinas do Conversor IFC300


b-Deixar os cabos ligados ao sensor.
c-Nas pontas que estavam no Conversor, medir a resistência de bobina (preto) (fio Branco /fio Verde) com um multímetro.
d-A resistência deve estar entre 60 ohms e 120 ohms.
e-Com um megômetro (500V ou mais) medir a isolação do fio branco para a malha do cabo.

Conclusão:
Se o valor for inferior a 100 M ohms, significa que houve infiltração na caixa de conexões ou mesmo da câmara de bobinas
ou que o cabo está com baixa isolação.
Nesse caso, retirar o cabo e refazer a medida de isolação diretamente no sensor, entre o terminal 7 e carcaça do sensor.
Verificar se a placa está seca e limpa.
Constatada baixa isolação na câmara de bobinas, o sensor precisará ser enviado à fábrica para reparo.

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Verificação do sensor fora do processo

5- Verificação da isolação dos Eletrodos

Para realizar esse teste, o sensor deve estar seco e limpo internamente (eletrodos)

a-Desconectar os cabos de sinal e bobinas do Conversor IFC300


b-Deixar os cabos ligados ao sensor.
c-Nas pontas do cabo CINZA que estavam no Conversor, com um megômetro (500V ou mais) medir a isolação entre fio
branco / malha) e depois do fio vermelho / malha.
Ambos devem apresentar valores superiores a 100 M ohms .

Conclusão:
Se o valor for inferior a 100 M ohms, significa que houve infiltração na caixa de conexões ou mesmo da câmara de
eletrodos ou que o cabo está com baixa isolação.
Nesse caso, retirar o cabo e refazer a medida de isolação diretamente no sensor, entre o terminal 2 e 1 depois entre 3 e 1.
Verificar se a placa está seca e limpa.
Constatada baixa isolação de eletrodos, o sensor precisará ser enviado à fábrica para reparo.

1- Malha referência (carcaça)


2- Eletrodo 1
3- Eletrodo 2
4- Não conectado

7- Extremidade 1 Bobina
8- Extremidade 2 Bobina
9 - Meio (Center Tap ) Bobina

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Anexos :

7
NOTA DE APLICAÇÃO -02/20

Ativação da função TUBO VAZIO nos conversores Krohne IFC 300 e IFC100

Nesses modelos a função Tubo Vazio não vem ativada de fábrica.

 A detecção de Tubo Vazio é feita pela monitoração da condutividade medida pelo conversor .
 Quando o sensor ( tubo) fica vazio ( fluido abaixo dos eletrodos) a condutividade medida cai
drasticamente .
 Essa condição é utilizada para disparar um alarme de Falha e o comportamento do conversor pode ser
programado conforme desejado.
 Detecção:
 A ativação da função Tubo Vazio é feita no menu AUTO TESTES ( C1.3)
 Entrar no menu de programação segurando a tecla da esquerda por 3 segundos
 No display aparece: Config Rápida A ( posição 2 no desenho)


 Mudar para Config Completa C
 Submenu : Config Completa /Auto teste/ tubo vazio => C1.3.1
 Opções em C1.3.1
 CONDUTIVIDADE => Apenas faz a medição da condutividade
 Cond+Tubo Vazio [S] => mede condutividade, dá o alarme, mas não altera a saída
 Cond+Tubo Vazio [F]=> mede condutividade, dá alarme e zera o display e saída de corrente
 Escolher a função desejada, sair e salvar
 Retornar ao menu de programação
 C1.3.2 => mostra a condutividade atual. (apenas para ter uma referência do valor medido atualmente)
 C1.3.3=> define o valor mínimo de condutividade abaixo do qual a função é ativada. (padrão
=20uS/Cm)
 Esse valor pode ser configurado como 50% do valor da condutividade indicada quando o tubo está cheio
 Sair e salvar.
 Sempre que a condutividade medida estiver abaixo do valor configurado em C1.3.3 , a mensagem :
 F Tubo Vazio estará presente no display de mensagens e o sinal de alarme (triângulo +!) no display .
 O modo TUBO VAZIO F faz com que a indicação e a saída de corrente fiquem em estado de vazão =0.
 A mensagem TUBO VAZIO aparece no display de falhas
 A alteração se torna ativa apenas após sair e SALVAR

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Diagnósticos dos medidores de vazão Eletromagnéticos Optiflux
IFC300 IFC100 IFC050

Ruído de Eletrodos.
O sinal em potencial elétrico (Volts) gerado pela passagem de um fluido condutor no campo magnético é proporcional à
sua velocidade.
Esse sinal de tensão induzida com bases conhecidas nas leis de Faraday pode sofrer interferências, podendo causar
incertezas na medição.
A essa interferência chamamos de Ruídos pois é uma componente aleatória que se soma ao sinal teórico puro.

Exemplos de medição de ruídos e diagnóstico

Medição ideal com instalação perfeita

FIG 1

Como o valor do ruído interfere na velocidade medida , ele é indicado em m/s .


A FIG 1 mostra a velocidade instantânea em azul e o ruído de eletrodos em vermelho .
Uma velocidade media de 2,7m/s e um ruído médio de 0,02 m/s
A relação Ruido / Sinal fica = 0,02/2,7 = 0,0074 ou 0,74%
Note-se que a velocidade não está submetida a nenhum filtro .

Gráficos obtidos com interface GDC -PLUS USB Krohne com software xFC DataLogger

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Turbulência excessiva

FIG 2

A FIG 2 mostra a velocidade instantânea em azul e o ruído de eletrodos em vermelho .


Uma velocidade média de 5,5m/s e um ruído médio de 0,2 m/s
A relação Ruído / Sinal fica = 0,2/5,5 = 0,036 ou 3,6%
O gráfico acima foi obtido de um medidor Optiflux 6000 instalado há 5 DN da saída da bomba!
Pelas condições de processo e resultados de mistura, estima-se que o erro na medição de volume era próximo de 2% com
esse nível de ruído .

Após a correção da posição do medidor o resultado é um ruído relativo < 1% , condição similar ao laboratório de vazão.

Sucção de ar pela bomba

A entrada de ar pela sucção da bomba gera ruídos da ordem de 1m/s ou 2 m/s!


O efeito da interferência pode ser visto no trend de velocidade , porém é pouco visível no trend de saída de corrente devido
ao filtro Constante de Tempo = 10s normalmente aplicado. Relação de ruídos de 100% a 200% !! Erro estimado >10%
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Presença de sólidos em polpa

Na medição com sólidos, onde o ruído não pode ser eliminado, aplicar filtros à variável principal (velocidade) é uma boa
solução. Nesse caso, após a aplicação dos filtros, a medição ficou estável o suficiente para interagir com um sistema de
controle de fluxo no modo automático. Controle de gramatura.
Fluido : Polpa de celulose 4% de consistência - Fibra curta - Eletrodos padrão em HC (não LOW NOISE)
Taxa de ruído 18% - Filtros aplicados para obter uma medição de velocidade estável.
Obs: O uso de eletrodos especiais de baixo ruído ( LOW NOISE ) pode reduzir o ruído em 60% ou mais.
Recomendado quando a consistência é 10% ou mais.

Conclusão:
A análise do nível de ruído e seu formato pode indicar algumas fontes básicas de perturbação, como:
• Juntas mal colocadas (turbulência)
• Bolhas de gás (interferência do campo magnético)
• Cavitação (interferência do campo magnético)
• Sólidos suspensos (interferência do campo magnético)
• Condutividade muito baixa (transferência de cargas estáticas / SNR baixo)
• Comprimento reto insuficiente. (turbulência)
• Falta de aterramento de referência
• Frequência de campo incorreta (alta) (ruído da bobina se estabelecendo por muito tempo)
• Eletrodos encobertos (SNR baixo)
• Reações químicas em andamento (interferência de cargas elétricas)
A ativação da medição de Ruído de Eletrodos deve ser feita no menu : Auto Testes

Item C1.3.13 – Ruídos de Eletrodos – ATIVADO – sair e salvar


Item C1.3.14 – Limite para alarme – ajustar o valor de ruído desejado para que o ALARME de RUÍDO DE ELETRODO
apareça na lista de FALHAS ( display 3 ) Default = 0,1m/s
Item C1.3.15 – se a medição de ruídos estiver ativada e SALVA , é possível ver o nível de ruído atual nesse item .

Recomendações :
A qualidade da medição está intimamente associada a esse indicador .
Sugerimos que o valor do ruído seja mostrado na pag 2 do display .

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Sugestão de configuração: ( IFC300 e IFC 100 )

Ruído de eletrodos na linha 3 do display 2

C1.3.13 = ATIVADO
C1.3.17= Diagnostico = RUIDO DE ELETRODOS
C5.4.1 = Formato Display 2 = TRÊS LINHAS
C5.4.10 = Medição Linha 3 = VALOR DE DIAGNÓSTICO
C5.4.11= Casas decimais = x.xxx
Sair e Salvar

Nesse caso, Ruído de Eletrodos no display 1, com duas linhas.

Filtros de Ruído de Eletrodo


O uso de filtros só é recomendado em processos ruidosos por natureza e não por problemas de instalação ou processo.

C1.2.3 Constante de Tempo ( DO FILTRO ) = 5s ( inicialmente) – vai de 0 a 10s


C1.2.7 – LIGAR
C1.2.8 Nível de ruído = colocar o valor lido em C1.3.15 multiplicado por 2
C1.2.9 Supressão = 5 ( inicialmente) 1 a 10
Sair e Salvar

Após aplicação dos filtros, a indicação de ruídos NÃO SERÁ ALTERADA.


O que muda é o comportamento da velocidade e consequentemente, da vazão.
Observar se o ajuste feito teve o efeito desejado ou se algum parâmetro deve ser revisado.
Valores demasiadamente altos de filtro tendem a deixar a medição muito lenta.
No gráfico abaixo pode-se observar um exemplo da ação do Filtro .

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Avaliação do Ruído de Eletrodos no IFC050

O IFC050 foi projetado para aplicações simples como água e esgoto e não possui o indicador direto de ruído .
Porém, o ruído equivalente pode ser calculado avaliando a variação da velocidade sem filtros.

Pico superior de velocidade= 5,35m/s ( essa avaliação pode ser feita via display )
Pico inferior de velocidade = 4,85m/s
Pico a pico = 5,35-4,85 = 0,5m/s
Ruído médio = 0,5 /2 = 0,25 m/s
Velocidade média (5,35+4,85)/2 = 5,1m/s
Ruído relativo: 0,25/5,1 = 0,049 ou 4,9%
Níveis de ruído esperados em função do problema .
Fluido: Água

Velocidade m/s Ruído instalação ok (m/s) Ruido 2% bolhas (m/s) Ruido Turbulência (m/s)
0 0,015 0,015 0,015
1,0 Até 0,020 0,1 a 0,3 0,1 a 0,3
3,0 Até 0,060 0,5 a 1 1 a 1,5
4,0 Até 0,150 1,5 a 2 1,5 a 2

Esses valores servem apenas como uma referência e podem variar de acordo com o DN e tipo de revestimento modelo de
sensor e tipo de conversor .

J. C. Ribeiro
Engenharia de aplicação Krohne - Conaut

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Notas de aplicação 033/19
Compensação de zero

Medidores Magnéticos de vazão

É normal que um sensor apresente um pequeno offset de zero. Isso ocorre por fatores construtivos embora, nos últimos
anos, esse efeito tenha sido minimizado.

Para visualizar os valores de flutuação de zero USADO AQUI APENAS PARA DEMONSTRAÇÃO:

1- O medidor deve estar totalmente preenchido por fluido e com as válvulas fechadas, de tal forma a garantir que não
exista fluxo ou mesmo instabilidades que possam criar falsas leituras de zero.
2- Em temperaturas altas, é possível que o processo de convecção dentro do tubo atrapalhe um pouco a verificação.
3- Retirando-se todos os cortes de vazão baixa e constantes de tempo será possível ver no display pequenas variações
de indicação da velocidade
4- Para que os valores esperados sejam de fácil interpretação, a sugestão é sempre observar a Velocidade em m/s com
4 casas decimais ou em mm/s com uma casa decimal.
5- Os valores observados antes da compensação normalmente apresentam um valor oscilante similar ao gráfico
abaixo.

No exemplo , foi usado um sensor Waterflux 3000 que normalmente apresenta baixíssima oscilação e baixo
desvio de zero .

Valores normais de desvio médio são de 3 a 8 mm/s negativo ou positivos , dependendo do modelo e do diâmetro

Para a compensação automática , não há necessidade de alterar os valos default de Corte de vazão Baixa ou de
Constantes de tempo. ( isso foi feito , no exemplo acima ,apenas para possibilitar a visualização em display )

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Calibração Automática de zero C1.1.1

A compensação será feita no valor médio dessa oscilação usando o recurso de Calibração Automática conforme abaixo :

Ao selecionar a função Calibração Automática de Zero , o seguinte processo tem início :

1- Durante aproximadamente 30 segundos o medidor avalia a oscilação e calcula o seu valor médio
2- O valor é apresentado no display em m/s
3- Ao verificar que o valor é coerente , pode-se então salvar o valor calculado com a tecla de confirmação ( tecla 2 )
4- A partir desse momento o valor médio medido será somado com sinal invertido ao valor de velocidade médio pelo conversor
, compensando o erro médio de zero .

Após salvar o valor de compensação , a figura ficaria conforme acima , com a oscilação em torno do zero

Compensação de Zero como diagnóstico

O conceito importante sobre essa função é que , como o valor em si normalmente é muito pequeno , o efeito dessa
calibração não tem grande influencia na medição .
Porém , se a instalação elétrica estiver com algum problema de mau contato, interferências externas como
proteção catódica , baixa isolação de bobinas ou eletrodos ou mesmo na ausência de aterramento de referência ,
o valor médio de oscilação medido pode ficar muito acima do esperado , não devendo ser aceito como plausível .
Outro fator que deve ser observado é a sua repetibilidade . Se o valor for alto como 10 mm por exemplo , deve-se
refazer o teste e verificar os valores várias vezes , pois podem ser variados , indicando uma situação anormal .
Este conceito é análogo para medidores das linhas Optimass e Optissonic.- vide manuais.

J C Ribeiro –Engenharia de Aplicação Krohne – Conaut Abril/2019

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