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Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. Somente o registro do
estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que
venham a induzir a erro ou confusão.
Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que
haja votado em cada um deles.
Os órgãos provisórios dos diretórios municipais provisórios terão a vigência de até
8(oito) anos e mesmo após ultrapassado esse prazo o CNPJ não poderá ser
imediatamente cancelado.
Se modificar o estatuto do partido e se modificar o programa do partido terá que
ser feito um novo registro do partido político, seja no cartório, seja no TSE.
A relação de cada partido com a justiça eleitoral é feita através de delegados. Cada
partido político acaba inscrevendo delegados junto ao TSE, junto ao TRE e também junto
à Junta Eleitoral.
Os delegados credenciados pelo órgão de direção nacional representam o partido
perante quaisquer Tribunais ou Juízes Eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais,
somente perante o Tribunal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado,
do Distrito Federal ou Território Federal; e os credenciados pelo órgão municipal, perante
o Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição.
Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as casas legislativas para as
quais tenha elegido representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos
Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por cento dos votos apurados, não
computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados,
com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles.
O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
• nome, denominação abreviada e o estabelecimento da sede no território nacional;
• filiação e desligamento de seus membros;
• direitos e deveres dos filiados;
• modo como se organiza e administra, com a definição de sua estrutura geral e
identificação, composição e competências dos órgãos partidários nos níveis municipal,
estadual e nacional, duração dos mandatos e processo de eleição dos seus membros;
• fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e
aplicação das penalidades, assegurado amplo direito de defesa;
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Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
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Desde que em pleno gozo de direitos políticos, salvo exceções, qualquer eleitor
poderá filiar-se a um partido político. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e
coligações autonomia para definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e
executá-lo em qualquer dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei.
O cancelamento da filiação ocorre na hipótese de morte, perda de direitos políticos
e expulsão.
Após deferida a filiação, o partido político informará ao TSE o nome do filiado.
Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o atendimento das
regras estatutárias do partido. Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a
Justiça Eleitoral deverá intimar pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe ciência da
saída do seu filiado, a partir do que passarão a ser contados os prazos para ajuizamento
das ações cabíveis.
Para se desfiliar, o filiado deverá informar o órgão municipal do seu partido, ou seja,
o diretório municipal do partido, e também o juiz da zona eleitoral a qual ele esteja
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vinculado.
Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao juiz eleitoral da zona em que for inscrito. Decorridos dois dias da data da
entrega da comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos.
Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo
a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.
A Justiça Eleitoral disponibilizará eletronicamente aos órgãos nacional e estaduais
dos partidos políticos, conforme sua circunscrição eleitoral, acesso a todas as
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral, incluídas as relacionadas a
seu nome completo, sexo, número do título de eleitor e de inscrição no Cadastro de
Pessoa Física (CPF), endereço, telefones, entre outras.
A receita dos partidos políticos consiste em doação de pessoas físicas; venda ou
locação de bens; sobra de campanha; e as verbas do fundo partidário.
O partido político, através de seus órgãos nacionais, regionais e municipais, deve
manter escrituração contábil, de forma a permitir o conhecimento da origem de suas
receitas e a destinação de suas despesas. Pessoas jurídicas, no Brasil, não podem mais
fazer doações a partidos políticos.
É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através
de publicidade de qualquer espécie, procedente de: entidade ou governo estrangeiros;
entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, ressalvadas as dotações
referidas no art. 38 desta lei e as proveniente do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha; entidade de classe ou sindical; e, pessoas físicas que exerçam função ou cargo
público de livre nomeação e exoneração, ou cargo ou emprego público temporário,
ressalvados os filiados a partido político.
O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil
do exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte. O balanço contábil do órgão
nacional será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o dos órgãos estaduais aos Tribunais
Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes Eleitorais.
Caso o partido político receba de fonte vedada, terá que transferir o valor para o
Tesouro Nacional, se não ficará dois meses sem receber o fundo partidário. A
desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o
impeça de participar do pleito eleitoral.
As decisões da Justiça Eleitoral nos processos de prestação de contas não ensejam,
ainda que desaprovadas as contas, a inscrição dos dirigentes partidários no Cadastro
Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
Sistema eleitoral é a forma que é encontrada para escolher uma candidatura. No
Brasil, há duas formas para escolher a candidatura: sistema eleitoral majoritário e sistema
eleitoral proporcional. Segundo o sistema eleitoral majoritário, dado um número de
candidatos, aquele que obtiver o maior número de votos válidos em um pleito eleitoral
estará eleito. O Brasil tem sistema majoritário para eleições para: presidente da
república; governador; senador; e, prefeito.
No sistema eleitoral proporcional, a performance do partido torna-se algo
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publicar no Diário Oficial da União. Atualmente, as coligações são validas somente para
eleições majoritárias.
É a direção nacional do partido político que estabelecerá as diretrizes da coligação.
Se essa diretriz for desrespeitada por um órgão de direção inferior, a direção nacional
poderá declarar nula a coligação.
Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no
total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher,
salvo: nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a
Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação poderá
registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de
até 200% (duzentos por cento) das respectivas vagas; nos Municípios de até cem mil
eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar candidatos no total de até 200%
(duzentos por cento) do número de lugares a preencher.
Cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% de
candidaturas para cada sexo. São as chamadas quotas de gênero. Não há quota racial
prevista nesse tema.
Os partidos e coligações solicitarão à justiça eleitoral o registro de seus candidatos
até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. Na
hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes
poderão fazê-lo perante a justiça eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela justiça eleitoral.
As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as
alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação
partidária.
O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu
nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de
três opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido
ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua
identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando
em que ordem de preferência deseja registrar-se.
A justiça eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por
determinada opção de nome por ele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor.
A justiça eleitoral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com
nome de candidato a eleição majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo
mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.
É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado
inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver
seu registro indeferido ou cancelado. A escolha do substituto far-se-á na forma
estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser
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