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1.

Sistema Sensorial
O sistema sensorial integra uma parte do sistema nervoso e é formado por um conjunto
de órgãos que apresentam receptores sensoriais capazes de identificar e transmitir
estímulos.

Portanto, a função desse sistema é captar estímulos, tanto do ambiente externo quanto
do próprio corpo, e converter em impulsos elétricos que são encaminhados para o
sistema nervoso central. Essas informações são interpretadas e transformadas em
sensações, como resposta após o processamento dos estímulos recebidos.

São exemplos de tipos de estímulos captados pelo sistema sensorial: toque, pressão,
temperatura, substâncias químicas, luz e dor.

Órgãos e sentidos do sistema sensorial

Os órgãos sensoriais pele, língua, olhos, nariz e ouvido são responsáveis,


respectivamente, pelos sentidos sensoriais tato, paladar, visão, olfato e audição.

Os olhos e a visão

Os olhos são órgãos responsáveis pelo sentido da visão através da recepção de estímulos
luminosos.

Os olhos recebem a luz e as informações são processadas na retina, onde se localiza os


fotorreceptores cones, que interpretam cores e tonalidades, e os bastonetes que são
sensíveis à intensidade da luz e permite enxergamos com baixa luminosidade. O nervo
óptico transmite as informações ao cérebro, que processa a imagem que vemos.

A pele e o tato

A pele é o maior órgão do corpo humano e responsável principalmente pelo sentido do


tato através da recepção dos estímulos táteis.

Existem corpúsculos nervosos na derme, camada inferior à epiderme, que identifica a


temperatura (termorreceptores), toque e pressão (mecanorrepectores) e dor
(nocirreceptores).

Alguns receptores e sensações específicas identificadas na pele são:

 Receptores de Meissner: captação de toques leves

 Discos de Merkel: sensibilidade tátil e de pressão

 Receptores de Krause: captação de frio

 Receptores de Ruffini: captação de calor

 Receptores de Vater Pacini: identificam estímulos vibratórios

 Terminação nervosa livre: captam estímulos mecânicos, térmicos e dolorosos.


O nariz e o olfato

O nariz é responsável pelo sentido do olfato através da recepção dos estímulos olfativos
e através disso podemos perceber e distinguir os odores.

As células quimiorreceptoras localizadas no epitélio olfativo são capazes de identificar


as substâncias químicas presentes no ambiente. A umidade dentro do nariz é necessária
para dissolver essas partículas.

O órgão receptor do olfato pode variar de acordo com a espécie. Insetos, por exemplo,
utilizam suas antenas para captar os estímulos.

A língua e o paladar

A língua é responsável pelo sentido paladar ou gustação através da recepção dos


estímulos que nos fazem diferenciar os sabores.

As células quimiorreceptoras estão presentes nas papilas gustativas e identificam o


sabor doce, salgado, azedo, amargo e umami. O olfato também é fundamental para a
percepção dos sabores, assim como a saliva que dissolve as substâncias e a temperatura.

A água, por exemplo, é considerada uma substância insípida, pois não desencadeia
nenhuma sensação no paladar.

O ouvido e a audição

O ouvido é responsável pelo sentido da audição através da recepção dos estímulos


sonoros.

O som é convertido em estímulos que serão encaminhados ao sistema nervoso central.


As ondas sonoras fazem com que os cílios das células ciliadas no ouvido interno vibrem
e pelo nervo auditivo encaminhem as informações para o cérebro.

Como funciona o sistema sensorial?

O sistema nervoso central é formado pela medula espinhal e o encéfalo, este último
recebe as informações captadas de receptores nos órgãos sensoriais.

Os receptores podem ser formados por terminações nervosas dos neurônios, células do
sistema nervoso, ou por células epiteliais especializadas e são classificados em três
tipos:

 Exteroceptores: captam estímulos externos ao corpo, como frio, calor e pressão.

 Interoceptores: captam estímulos internos do corpo, como pH, pressão arterial e


osmótica.

 Propioceptores: estão localizados nos músculos, ligamentos, articulações e tendões,


permitindo assim perceber a posição.

Nos animais, os estímulos que serão transformados em sinais neurais são captados por
receptores, que quanto ao tipo de estímulo podem ser:
 Mecanorreceptores: ativados por estímulos mecânicos, como a pressão e tato.

 Termorreceptores: ativados pela variação de temperatura.

 Quimiorreceptores: ativados por substâncias químicas.

 Fotorreceptores: ativados pela luz.

 Nocirreceptores: ativados pela dor.

2. Sistema Esquelético
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e
tendões.

O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os
órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o
movimento.

Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento


de sais minerais, como o cálcio.

O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se
regenerar quando sofre uma fratura.
Estrutura dos Ossos

Estrutura de um osso longo


A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo,
adiposo, cartilaginoso e sanguíneo), além do tecido nervoso.

Os ossos longos são formados por diversas camadas, veja no quadro abaixo:

Camada do
Descrição
osso

É a mais externa, sendo uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que
Periósteo envolve o osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se
inserem os músculos e tendões.

O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão
Osso
resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam
compacto
nervos e vasos. Entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.

Osso o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa
esponjoso estrutura está presente e pode conter medula óssea.

Canal
é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.
medular

Medula A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos
óssea deixa de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.
Divisão do esqueleto

Principais ossos do esqueleto humano

O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas. Eles
podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares.

Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido em
axial e apendicular.

Esqueleto Axial

Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média,
que é o eixo vertical do corpo.

Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são:

 a cabeça (crânio e ossos da face)

 a coluna vertebral e as vértebras


 o tórax (costelas e esterno)

 o osso hioide.

Crânio e Ossos da Face

Os ossos do crânio têm a função de proteger o cérebro

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos
que compõem o ouvido interno.

O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem


movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do
sentido.
Coluna Vertebral

A coluna vertebral é constituída por diversas vértebras

A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a
coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os
choques durante os movimentos.

Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas. Veja no


quadro abaixo como elas estão agrupadas:

Vértebras Características

São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis)


Cervicais
favorecem os movimentos do crânio.

Torácicas ou
São 12 e articulam-se com as costelas.
dorsais

Lombares Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso.

Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento e fundem-se


Sacro mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura
pélvica.
Vértebras Características

São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um


Cóccix
osso único no início da idade adulta.

Tórax

O tórax possui flexibilidade que ajuda no processo de respiração

O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos
intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração.
As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior.

Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao


esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se entre si, e os dois últimos pares (flutuantes)
não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio
de cartilagem.
Osso hioide

O osso hioide está localizado no pescoço

O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da
língua e do pescoço.

Esqueleto Apendicular

O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem aos ossos


dos membros superiores e inferiores.

Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as
chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações.
Cintura Escapular

A cintura escapular é composta por dois ossos

A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas.

A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a


escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do
ombro).
Membros Superiores

O úmero é o osso mais longo do braço

Os membros superiores corresponde aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso
mais longo do braço. Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também
com a ulna, osso chato e bem fino.

Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14).
Cintura Pélvica

A cintura pélvica é diferente nas mulheres e nos homens

A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo
ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro.

A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é
mais larga, menos profunda e com a cavidade maior. É essa formação que permite a
abertura da pélvis no momento do parto para a passagem do bebê.
Membros Inferiores

Os ossos dos membros inferiores atuam na locomoção

Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e


movimentação. Para isso, eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio.

Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros inferiores:

Ossos do membro
Características
inferior

É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arrendondada para encaixar na


Fêmur
pelve.

Patela É um osso sesamoide, articulado com o fêmur.

Tíbia Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo.

Fíbula É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé.

Ossos do pé Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges (14).
Ossificação e Remodelação Óssea

Estágios da ossificação

O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e
termina no início da vida adulta. No entanto, o osso sofre continuamente um processo
de remodelação, onde parte do tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado.

No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz


cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem.

As células jovens, denominadas osteoblastos, agem produzindo colágeno e na


mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz
cartilaginosa.

No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais que aprisionam os
osteoblastos na matriz óssea. Essa ação transforma os osteoblastos em osteócitos, que
são essas células presentes no osso já formado.

Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido
ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o
canal o medular.
Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência,
eles podem se romper.

As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam
repetidamente no local. Outra situação que pode causar fraturas é por doença, como é o
caso da osteoporose, condição em que o osso sofre desmineralização perdendo cálcio
para o sangue.

Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue,


morrem células e a matriz óssea é destruída.

Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de células precursoras


das células ósseas originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo
ósseo.

Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do


tempo, o calo será substituído pelo osso esponjoso e, mais tarde pelo osso compacto,
reconstituindo o tecido como era antes.
3. Sistema Muscular
O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano.

Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de


permitir a contração e produção de movimentos.

As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se
encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação solicitada.

Principais músculos que compõem o sistema muscular

Funções do Sistema Muscular

O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo
humano. Veja a seguir quais são essas funções:

 Estabilidade corporal;

 Produção de movimentos;

 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);

 Preenchimento do corpo (sustentação);

 Auxílio nos fluxos sanguíneos.


Grupos Musculares

O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em


conjunto com ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos
movimentos.

Eles são agrupados da seguinte forma: músculos da cabeça e do pescoço, músculos do


tórax e abdômen, músculos dos membros superiores e músculos dos membros
inferiores.

Conheça sobre cada um desses grupos a seguir.

Músculos da Cabeça e do Pescoço

Músculos da cabeça e o pescoço

O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos


músculos que ajudam a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a
cabeça erguida.

Veja no quadro abaixo como alguns dos principais músculos deste grupo atuam:

Músculo Ação

Frontal Mastigar ou morder.

Masseter Movimentam as mandíbulas.


Músculo Ação

Esternocleidomastoideo Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás.

Músculos do Tórax e do Abdômen

Principais músculos das costas e tórax

Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de


se curvar e ceder ao próprio peso, entre outros movimentos.

No quadro abaixo estão alguns dos músculos deste grupo e como eles atuam no nosso
corpo:

Músculo Ação

Peitoral e Deltoide Levantar peso.

Intercostais Atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até os pulmões.

Oblíquo Inclina o tórax para a frente.

Músculos dos Membros Superiores


Principais músculos do antebraço

Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem
flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.

Alguns exemplos desses músculos e suas respectivas ações estão descritas do quadro
abaixo:

Músculo Ação

Bíceps Está ligado aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar.

Oponente do polegar Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do antebraço e da mão

Curto adutor Movimento para fora do polegar.


Músculos dos Membros Inferiores

Principais músculos do membro inferior

Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos
das pernas, podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.

Veja no quadro abaixo alguns músculos deste grupo:

Músculo Ação

É o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e gira o


Costureiro (ou sartório)
quadril. Trata-se do músculo das costureiras, por isso o nome.

Flexores dorsais Fazem os dedos do pé levantarem.

Tendão de Aquiles É o tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo.

Sóleo, plantar delgado e São músculos flexores plantares responsáveis pelo movimento das
gastrocnêmio bailarinas de ficar na ponta dos pés.

Tipos de Músculos

Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são


classificados em três tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.

Conheça mais detalhes sobre cada um deles a seguir.


Músculo Liso ou Não estriado

O músculo liso está presente em diversos órgãos do corpo humano

Os músculos liso são aqueles que possuem contração involuntária.

Eles estão localizados nas estruturas ocas do corpo, ou seja, estômago, bexiga, útero,
intestino, além da pele e dos vasos sanguíneos.

Sua função assegura a movimentação dos órgãos internos.

Músculo Estriado Cardíaco

O músculo cardíaco está presente no coração

São músculos de contração involuntária e estão presentes no coração (miocárdio).

Esses músculos asseguram os vigorosos batimentos cardíacos.


Músculo Estriado Esquelético

Os músculos estriados são contraídos de forma voluntária

São músculos de contração voluntária, ou seja, os movimentos são controlados pela


vontade do ser humano.

Eles estão conectados com os ossos e cartilagens e, através das contrações, permitem os
movimentos, as posições corporais, além de estabilizarem as articulações do organismo.

4. Sistema Digestivo, Sistema Digestório


O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho
Digestivo. Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano.

A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento, que


tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes.

Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.


Órgãos do corpo humano relacionado ao sistema digestório

Componentes do Sistema Digestório

O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em duas partes.

Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo
digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde
aos órgãos anexos.

Veja no quadro abaixo os órgãos que compõem cada parte do Sistema Digestório.

Partes Descrição

Tubo digestório alto Boca, faringe e esôfago.

Tubo digestório
Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
médio
Partes Descrição

Tubo digestório Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva
baixo sigmoide e o reto).

Órgãos anexos Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.

A seguir estão apresentadas mais informações e detalhes sobre cada um dos


componentes do Sistema Digestório.

Tubo Digestório Alto

Órgãos e anexos do trato digestório alto

O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.

Conheça a seguir mais detalhes sobre cada um desses órgãos.


Boca

A boca é o local onde inicia o sistema digestório

A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma
cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida
pelas glândulas salivares.

Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da


digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua.

Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é


amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o
transformando em moléculas menores de maltose.
Faringe

A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório.

A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do


istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago.

Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é
um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório.

No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o


alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o
esôfago.

A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que
fecha o orifício de comunicação com a laringe.
Esôfago

Movimento peristálticos do esôfago

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo.

É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos


peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em
direção ao estômago.

Tubo Digestório Médio

O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno
e íleo).

Conheça sobre cada um deles a seguir.


Estômago

Anatomia do estômago sadio e de um estômago com úlcera

O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela
digestão das proteínas.

A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração,
separada dele somente pelo diafragma.

Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte
mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região
estreita, recebe o nome de "piloro".

O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido


clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza
proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa,
composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões do
suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um
desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o
surgimento de feridas (úlcera gástrica).

A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um


hormônio, a gastrina.

A gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que moléculas de


proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina
quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas menores. Estas
são as proteoses e peptonas.

Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo, o
estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha,
permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao
intestino delgado.

Intestino delgado

Órgãos anexos que participam do processo digestivo no intestino

O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras
projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de
segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a
glicose, aminoácidos, glicerol, etc.

O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.

O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do


estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.

Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e
armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que
emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.

Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele
contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma
favorece a neutralização do quimo.

Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e


gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do
bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo
digestivo.

Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos,
sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta
pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso.

Tubo Digestório Baixo

O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes
componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o
reto.

Intestino grosso

O intestino grosso é o último órgão que atua no sistema digestório

O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de


absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de
armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos.

Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente,
transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.

No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo


o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao
descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas,
preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por
onde são eliminadas as fezes.

Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso


secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.

Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo,
passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa
fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a
formação das fezes.

5. Sistema Respiratório
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio
do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.

Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias
respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.

Órgãos que compõem o Sistema Respiratório

Funções do Sistema Respiratório

Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo.


Conheça a seguir as funções desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.
Troca gasosa

Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos,


ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões.

É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos
músculos respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de
estímulos e comandos emitidos pelo Sistema Nervoso Central.

Equilíbrio ácido-base

O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.

Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por
enviar informações para os controladores da respiração.

Produção de sons

A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos
músculos que trabalham na respiração.

São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.

Defesa pulmonar

Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as impurezas contidas no ambiente


atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável.

Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de


defesa, que por sua vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos.

Conheça a seguir quais são os órgãos do Sistema Respiratório e como eles atuam no
nosso corpo.
Órgãos do Sistema Respiratório

Diversos órgãos atuam no Sistema Respiratório

Cavidades Nasais

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por
um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.

No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo
impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que
umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar,
portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.

Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na


extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são
musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe

A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a
epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição.

Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.

Traqueia

A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis
cartilaginosos que a mantêm aberta.

Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e
filtrado.
Brônquios

A traqueia, o brônquio, os bronquíolos e os alvéolos desempenham importantes funções

Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados também por anéis


cartilaginosos.

Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que
se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos.

Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a árvore brônquica.

Pulmões
Detalhes dos Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos e das trocas gasosas

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na


caixa torácica. Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através
da respiração.

Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente,
cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de
cacho de uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares.

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas


gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às
membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem
finos, os capilares.

Doenças do Sistema Respiratório

Os pulmões podem ser atacados por diversas doenças, as quais pode ser infecciosas ou
alérgicas.
Doenças infecciosas do Sistema Respiratório

As doenças infecciosas são resultado de uma inflamação em determinados órgãos. Elas


são provocadas por microrganismos, tais como vírus, bactérias, entre outros parasitas.

O processo infeccioso também pode ser desencadeado por substâncias tóxicas, como a
fumaça tóxica do cigarro, é o que acontece no enfisema, doença degenerativa crônica,
geralmente desencadeada pelo tabagismo.

Dentre as doenças infecciosas mais conhecidas destacam-se: gripe, resfriado,


tuberculose, pneumonia e enfisema pulmonar.

Doenças alérgicas dos Sistema Respiratório

O sistema respiratório é também atacado por doenças alérgicas, que resultam da


hipersensibilidade do organismo a determinado agente: poeira, medicamentos,
cosméticos, pólen etc.

Como exemplo de doenças alérgicas, destacam-se: rinite, bronquite e asma.

Curiosidade sobre o Sistema Respiratório

Nenhum Sistema do nosso organismo atua sozinho. Em situações de perigo, por


exemplo, o Sistema Respiratório e o Sistema Nervoso atuam em conjunto.

Em situações de perigo, nosso corpo reage de diferentes formas, uma delas é a


respiração acelerada. Isso acontece porque o organismo tem necessidade de captar mais
oxigênio.

O sistema nervoso simpático libera adrenalina e noradrenalina e, em paralelo, acontece


a produção de hormônios pela hipófise, causando essas sensações e reações no corpo.

Resumo do Sistema Respiratório

Veja no mapa mental abaixo um resumo com os órgãos do Sistema Respiratório.


Resumo sobre os órgãos que compõem o Sistema Respiratório.

6. Sistema Circulatório
O sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é
responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo.

A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o


sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa
duas vezes pelo coração.

Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. Vamos


conhecer um pouco mais sobre cada um deles:

Pequena circulação

A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue


percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração.

Esquema da pequena
circulação
Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que
se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão
esquerdo.

Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e
absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao
coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

Grande circulação

A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração


até as demais células do corpo e vice-versa.

No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o
ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por
transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo.

Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as
trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue
venoso.

Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito
pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.

Componentes

O sistema circulatório é constituído pelos seguintes componentes:

Sangue

O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela


corrente sanguínea que o oxigênio e nutrientes chegam até as células.

Desse modo, ele retira dos tecidos as sobras das atividades celulares, como o gás
carbônico produzido na respiração celular e conduz os hormônios pelo organismo.

Coração

O coração é um órgão muscular, que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões.


Funciona como uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue
arterial para as diversas partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue
venoso para os pulmões.

O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração


ou sístole e relaxamento ou diástole.

As principais estruturas do coração são:

 Pericárdio: membrana que reveste o exterior do coração.

 Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração.


 Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, responsável pelas
contrações do coração.

 Átrios ou aurículas: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração.

 Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração.

 Válvula tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito.

 Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo


esquerdo.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o corpo,
por onde circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se
ramificam formado os capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o


sangue para as outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido
muscular e elástico, que suporta a pressão do sangue.

O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões


através das artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é
bombeado do coração para os tecidos do corpo através da artéria aorta.

As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se
ramificam ainda mais, originando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos
tecidos do corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias.

A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico.
Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões
para o coração.

Capilares

Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório.


Suas paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de
substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue
de volta para o coração.

Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla
rede de vasos sanguíneos, bombeados pelo coração.

Tipos

O sistema circulatório é classificado em dois tipos:


 Sistema circulatório aberto ou lacunar: O líquido circulante (hemolinfa) percorre
cavidades e lacunas dos tecidos, estando em contato direto com as células. Nesse caso,
não há vasos sanguíneos. Presente em alguns invertebrados.

 Sistema circulatório fechado: O sangue circula dentro de vasos, de onde percorre todo o
corpo. É um processo mais eficiente do que a circulação aberta, por acontecer de forma
mais rápida. Ocorre em anelídeos, cefalópodes e todos os vertebrados.

Sistema circulatório dos demais vertebrados

Os animais vertebrados tem um coração que bombeia o sangue para os vasos


sanguíneos, que se ramificam formando uma ampla rede de vasos muito finos. Essa rica
vascularização favorece as trocas gasosas e de nutrientes.

O coração musculoso apresenta dois tipos de câmaras intercomunicadas: o átrio ou


aurícula, que recebe o sangue trazido pelas veias, e o ventrículo, que recebe sangue do
átrio e o bombeia para as artérias. O sangue passa de uma cavidade a outra através de
valvas cardíacas.

Ilustração do coração dos vertebrados,


mostrando as separações dos átrios e ventrículos

Aves e mamíferos

Nas aves e mamíferos o coração possui quatro câmaras, sendo dois átrios e dois
ventrículos, completamente separados.

A circulação sanguínea é assim separada da circulação arterial, não havendo nenhuma


mistura do sangue venoso com o arterial. É uma circulação muito eficiente.

Répteis

Os répteis, em sua maioria, possuem um coração com três câmaras. O ventrículo é


parcialmente dividido, há mistura do sangue, mas em menor quantidade.

Nos répteis crocodilianos a divisão dos ventrículos é completa e a circulação é mais


complexa.

Anfíbios

Nos anfíbios há três câmaras no coração: dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso
entra pelo átrio direito e o sangue arterial pelo esquerdo, em seguida passam para o
ventrículo, onde ocorre a mistura dos dois tipos de sangue.
Peixes

Nos peixes, o coração tem apenas duas câmaras, um átrio e um ventrículo. O sangue
venoso entra pelo átrio passa ao ventrículo e dali é bombeado para as brânquias, onde
será oxigenado.

Sistema circulatório dos invertebrados

Alguns filos de animais invertebrados possuem um sistema circulatório fechado com


um "coração" rudimentar que ajuda a bombear o líquido sanguíneo e vasos ramificados
que o fazem chegar às diversas partes do corpo. Enquanto que em outros o sistema é
aberto ou ausente.

Abaixo estão alguns exemplos:

Moluscos

Os moluscos possuem um sistema circulatório simples. Em algumas classes é fechado


com um “coração”, situado dentro da cavidade pericárdica, que bombeia o líquido
sanguíneo (hemolinfa), fazendo-o circular das artérias às diversas partes do corpo.

Em outros, o sistema circulatório é aberto, com o líquido sanguíneo passando das


artérias para cavidades entre os tecidos denominadas hemocelas. A hemolinfa possui o
pigmento hemocianina, semelhante à hemoglobina que faz o transporte das substâncias.

Anelídeos

O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, com vários "corações" na parte anterior
do corpo, que são vasos cujas paredes musculosas bombeiam o líquido sanguíneo. Há
um pigmento semelhante à hemoglobina, mas que não está dentro de células e sim
dissolvido no líquido sanguíneo.

Artrópodes

Possuem um coração tubular dorsal dividido internamente em câmaras com válvulas


que as separam, chamadas de óstios. Alguns insetos tem corações acessórios.

7. Sistema Urinário
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação
da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.

O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois
ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados
um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato
semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as
vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam
pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma
estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

Detalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.

Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron, que é


formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.

Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela
dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que
formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo
renal.

Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam
a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos
túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e
amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as
fases de formação da urina dentro no néfron.
Vias Urinárias

As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.


Bexiga Urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do
abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga
recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos
300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema
nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.

Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a


uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai,
empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A
capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina


dos rins para a bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina
mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina
mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.
Sistema Urinário Masculino

Anatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que
conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do
esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e
membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício
uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis.
Sistema Urinário Feminino

Anatomia feminina mostrando órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício


externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm.
Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de
infecções urinárias nas mulheres.

Doenças do Sistema Urinário

Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias
(ureteres, bexiga e uretra).

Doenças Renais

Nefrite

A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a
superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias
tóxicas, como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores,
redução da produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.
Hipertensão Arterial e Problemas Renais

Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se


acumulam no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem
renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de
doenças renais.

Infecções Bacterianas

Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio
da uretra causando infecção bacteriana.

Doenças nas Vias Urinárias

Cálculos Renais

Esquema da formação e localização de um cálculo no rim.

Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos
rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta
concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no
caso a urina).
Cistite

A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na


uretra no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.

Uretite

A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente
junto com a cistite.

8. Sistema Reprodutor Masculino


O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos.

Eles passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja,


quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.

Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

Anatomia do sistema reprodutor masculino

Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: uretra, pênis, vesícula
seminal, próstata, canais deferentes, epidídimo e testículos.

Conheça abaixo mais sobre cada um desses órgãos.


Testículos

Anatomia interna do testículo

Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na
estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos
seminíferos".

Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas)


masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios.

O processo de formação dos espermatozoides é denominado de espermatogênese.

O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características


sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
Epidídimos

Epidídimo

Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a


superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides são
armazenados.
Canal Deferente

Canal deferente

O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele passa pelas
pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade
abdominal, circunda a base da bexiga e alarga-se formando uma ampola.

Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que


nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.

O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o


“esperma” ou “sêmen”.
Vesícula Seminal

Vesícula seminal

A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua
função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a
ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.

O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina durante a relação


sexual, evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos.
Próstata

Próstata

A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido prostático",
uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.
Uretra

Uretra

A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor.
Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da
glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a a urina.

Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças
à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.
Pênis

Pênis

O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e
esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen
(função reprodutora).

O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche


de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato
sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen).

A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual.
Ela pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga
está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.

Doenças do Sistema Reprodutor Masculino

O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40


anos.

Os sintomas mais comuns são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para
urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a
bexiga após urinar, presença de sangue na urina, entre outros.

Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos, sendo que
o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor.

Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico


especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos).
9. Sistema Reprodutor Feminino
O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o sistema
responsável pela reprodução humana.

Ele cumpre diversos papéis importantes:

 produz os gametas femininos (óvulos);

 fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;

 permite a implantação de embrião;

 oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;

 executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele completa sua
formação.

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino

O sistema reprodutor feminino é composto por diferentes órgãos

O sistema reprodutor feminino é formado pelos seguintes órgãos: ovários, tubas


uterinas, útero e vagina.
Ovários

A ovulação é o momento que o ovário liberar os óvulos produzidos

Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento. Eles
são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais da mulher, o progesterona e o
estrogênio. Nos ovários também são armazenadas as células sexuais femininas, os
óvulos.

Assim, durante a fase fértil da mulher, aproximadamente uma vez por mês, um dos
ovários lança um óvulo na tuba uterina: é a chamada ovulação.
Tubas Uterinas

A tuba uterina representa o caminho percorrido pelo óvulo fecundado até chegar no
útero

Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que unem
os ovários ao útero. A partir disso, o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra na tuba.

Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto,


que se encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo ser.
Útero

O útero é o órgão que acomoda o embrião

O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma


semelhante a uma pera. Sua principal função é acomodar o feto até o nascimento do
bebê.

Na gravidez ele se expande, acomodando o embrião que se desenvolve até o


nascimento. A mucosa uterina é chamada de endométrio, que passa por um processo de
descamação durante o período da menstruação.
Vagina

A vagina é o órgão que desenvolve diversas funções no sistema reprodutor feminino

A vagina é o órgão sexual feminino e atua como o canal que faz a comunicação do útero
com o meio excretor. Ela possui aproximadamente 8 cm de comprimento e 2,5 cm de
diâmetro.

Suas paredes são franjadas e com glândulas secretoras de muco. Suas funções estão
relacionadas à passagem do sangue durante a menstruação, a penetração do pênis
durante a relação sexual e o principal canal do parte, sendo este local por onde sai o
bebê.

9. Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual refere-se ao período entre o primeiro dia da menstruação e o
primeiro da menstruação seguinte.

Durante o período do ciclo menstrual, o corpo passa por mudanças que o preparam para
uma possível gravidez.

A primeira menstruação é chamada de menarca e nos dois ou três primeiros anos é


normal que os ciclos sejam um pouco irregulares. Com o tempo, tornam-se mais
regulares e tendem a estabilizar até chegar aos 40-45 anos.

A partir desta idade, os ciclos tornam-se novamente irregulares até a fase da menopausa,
quando a mulher deixa de menstruar.
Menstruação

A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que
a mulher atinge sua maturidade e já pode engravidar.

Ela corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da


descamação da mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos
sanguíneos. Ela ocorre quando não há fecundação do óvulo.

Fases do ciclo menstrual

Existem duas fases principais do ciclo menstrual que diferem entre si, a fase folicular e
a fase lútea. Ainda pode-se reconhecer uma terceira fase, a ovulatória, caracterizada
pelo momento da ovulação.

Fases do ciclo menstrual


A duração do ciclo menstrual é em torno de 28 dias, embora existam ciclos mais curtos
de 21 dias e mais longos de até 35 dias, também considerados normais.

1. Fase Folicular

A primeira fase é denominada fase folicular, que dura aproximadamente 14 dias,


variando de 9 a 23 dias. Esta fase recebe este nome porque os folículos ovarianos estão
em processo de desenvolvimento.

Mas, o que são os folículos ovarianos? Eles são encontrados nos ovários e abrigam os
óvulos imaturos que serão liberados gradativamente ao longo da vida reprodutiva da
mulher.

A fase folicular começa no primeiro dia de sangramento até a liberação do óvulo, a fase
de ovulação. A menstruação, período de sangramento, dura em média 5 dias, embora
possa oscilar entre 3 a 7 dias.

Nos primeiros dias da fase folicular ocorre grande produção do hormônio FSH (folículo
estimulante), responsável por estimular os ovários a produzir óvulos maduros.

Com o amadurecimento dos folículos, também há alta produção do hormônio


estrogênio, resultando no espessamento do endométrio e formação de vasos, condições
que tornam o útero preparado para receber o óvulo fecundado e iniciar a gravidez.

Ao final da fase, o principal folículo continua seu desenvolvimento e crescimento,


secretando estrogênio cada vez mais rápido, levando ao pico de estradiol por volta do
décimo dia.

Em geral, o principal folículo continua seu desenvolvimento e aumenta de tamanho. A


secreção de estrogênio continua elevada, garantindo que o óvulo está em condições de
ser liberado.
Outra característica é a mudança que ocorre no muco no colo uterino, o qual se torna
fino e aquoso. Todas essas alterações consistem na preparação do útero para a possível
chegada dos espermatozoides e consequente fecundação.

2. Fase Ovulatória

A fase ovulatória consiste na liberação do óvulo maduro e em condições de ser


fecundado, o qual segue para as trompas de Falópio ou tubas uterinas e se encaminha
para o útero. Esse processo consiste na ovulação.

O dia da ovulação varia conforme a duração do ciclo. Em muitos casos, ela ocorre
no 14º dia do ciclo. Porém, isso não é uma regra e a maioria das mulheres ovulam em
dias diferentes do ciclo.

O óvulo possui um curto período de vida, em torno de 24 horas. Para que a gravidez
ocorra é preciso manter relações sexuais no período fértil da mulher. Já os
espermatozoides podem permanecer viáveis por até 5 dias no corpo feminino.

Por esse motivo, deve-se considerar que relações sexuais sem o uso de métodos
contraceptivos e até 5 dias antes da ovulação possam resultar em gravidez.

3. Fase Lútea ou Luteínica

A fase lútea começa com a formação do corpo lúteo, ela compreende o período desde a
ovulação até ao primeiro dia da próxima menstruação.
A formação do corpo lúteo ou corpo amarelo ocorre após a ovulação devido a
transformação das paredes dos folículos ovarianos que se transformam em uma
estrutura secretora do hormônio progesterona, o mais ativo nessa fase.

Em geral, a fase lútea dura em torno de 12 a 16 dias. O corpo lúteo pode se degradar ou
mantém-se ativo, indicando uma possível gravidez.

A progesterona promove um maior revestimento do endométrio, preparando o útero


para receber o óvulo fecundado e fixação do zigoto.

Se de fato ocorrer a nidação, inicia a produção de hCG (Gonadotrofina Coriônica


Humana), conhecido como o hormônio da gravidez, mantendo o corpo lúteo ativo.

Se não ocorrer a fecundação, o corpo lúteo se degenera e inicia-se um novo ciclo com a
vinda da menstruação.

Calendário Menstrual

O calendário menstrual ou tabelinha é um método utilizado para prever o dia provável


da ovulação, ou seja, o período mais fértil da mulher.

Por exemplo, se o ciclo menstrual for de 28 dias, a ovulação ocorre no 14º dia após o
primeiro dia de sangramento.

Porém, considerando o tempo de vida dos espermatozoides é necessário considerar


alguns dias antes da ovulação como de alta probabilidade para o risco de gravidez.

Deve-se evitar relações sexuais cinco dias antes e cinco dias depois do provável dia da
ovulação. Nos demais dias do ciclo, as chances de engravidar são menores.

Cabe ressaltar que esse método não é seguro para evitar uma gravidez indesejada e
também não previne contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
10. Sistema Imunológico
O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de elementos
existentes no corpo humano.

Esses elementos interagem entre si e têm como objetivo defender o corpo contra
doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.

O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou uma barreira
que nos protege de seres indesejáveis, os antígenos, que tentam invadir o nosso corpo.
Assim, representa a defesa do corpo humano.

Resposta Imune

Tipos de respostas imunes do organismo

O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta


imune.

Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a adquirida,
adaptativa ou específica. Conheça sobre cada tipo de resposta imune nas explicações
abaixo.

Imunidade inata, natural ou não específica

A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade
já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.

Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.

Barreira Ação no organismo


Barreira Ação no organismo

Pele É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos.

Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e em alguns


Cílios
casos até pequenos insetos.

Lágrima Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de infecções.

E um fluído produzido pelo organismo que tem a função de impedir que microrganismos
Muco
entrem no sistema respiratório, por exemplo.

Atuam na coagulação do sangue que, diante de um ferimento, por exemplo, elas


Plaquetas
produzem uma rede de fios para impedir a passagem das hemácias reter o sangue.

Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a proteger contra
Saliva
vírus que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e digestivo.

Suco É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos alimentos.
gástrico Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de microrganismos.

Suor Possui ácidos graxos que ajudam a pele a impedir a entrada de fungos pela pele.

A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos,


neutrófilos e macrófagos, que está descrita logo abaixo.

Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores


inflamatórios e ativação de proteínas.

Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em


ação.

Imunidade adquirida, adaptativa ou específica

A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e


vacinas.

Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer


evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema
específico.

Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.

Existem dois tipos de imunidade adquirida:


 Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos
B.

 Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.

Células e órgãos

O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que
são divididos da seguinte forma:

Tipos de células e órgãos do sistema imunológico

Conheça abaixo detalhes como cada uma dessas células e órgãos atuam na defesa do
organismo.

Células

As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.

Leucócitos

Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e


linfonodos. Eles têm a função de produzir anticorpos para proteger o organismo contra
os patógenos.

Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo.

São leucócitos:

 Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.

 Eosinófilos: agem contra parasitas.


 Basófilos: relacionado com as alergias.

 Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.

 Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.

Linfócitos

Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo


reconhecimento e destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus.

Existem os linfócitos B e linfócitos T.

Macrófagos

Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar
partículas, como restos celulares, ou microrganismos.

Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.

Órgãos

Órgãos do
sistema imunológico

Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários primários e


secundários.
Órgãos do sistema imunológico

Órgãos imunitários primários

Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:

 Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos
elementos figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.

 Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função é o promover


o desenvolvimento dos linfócitos T.

Órgãos imunitários secundários

Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:

 Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no


trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da
linfa.

 Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose,
destroem partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células
sanguíneas mortas.

 Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.

 Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos.

 Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.

Sistema imunológico baixo

Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, ele diminui a sua


capacidade de defender o nosso corpo.
Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças, tais como amigdalites ou
estomatites, candidíase, infecções na pele, otites, herpes, gripes e resfriados.

Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa imunidade, é


preciso atenção especial com a alimentação. Algumas frutas ajudam no aumento da
imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que são frutas cítricas. A ingestão de ômega
3 também é um aliado para o sistema imunológico.

É importante, ainda, praticar exercícios, beber água e tomar sol com moderação.

11. Sistema Linfático


O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é constituído pelos
nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por
transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório.

Além disso, ele possui outras funções como a proteção de células imunes, pois atua
junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema linfático está na
absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.
Formação do sistema linfático

Como funciona o Sistema Linfático?

Para desempenhar sua função de eliminar as impurezas do nosso corpo, o sistema


linfático trabalha junto com o sistema imunológico.

O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. É


dessa forma que ele consegue alcançar todas as parte do corpo para filtrar o líquido
tissular que nutriu, oxigenou os capilares sanguíneos e saiu levando gás carbônio e
excreções.
Vasos linfáticos

Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a


linfa se movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos
movimentos dos músculos para pressionar o líquido.

É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos que o fluído é


transportado para os vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no
ducto linfático direito e no ducto torácico, percorrendo assim para o resto do corpo.
Componentes do Sistema Linfático

Componentes do sistema linfático

O sistema linfático é formado por diferentes componente e órgãos. Veja a seguir quais
são e como cada um deles atua no organismo.

Linfonodos
Os linfonodos (gânglios linfáticos) são chamados de nódulos linfáticos. Eles são
pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e
na virilha.

Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis
por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. Além disso eles também atuam na
defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.

Linfa
A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos
vasos linfáticos. Porém, ele não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto
esbranquiçado e leitoso.

Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e
fígado. Seu transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional),
filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
Vasos linfáticos

Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas
que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o
refluxo.

Eles atuam no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e
transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.

Baço

Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do


diafragma e atrás do estômago.

Ele é responsável pela defesa do organismo e exerce as seguintes funções: produção de


anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e
liberação de hormônios.

Timo

O timo é um órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração.

Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos


(linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo.

É curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.

Tonsilas palatinas

Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como


amídalas ou amígdalas palatinas.

Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo,
principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo
visto que produzem linfócitos.

Algumas Doenças do Sistema Linfático

Elefantíase

A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infecciosa” e corresponde à


inflamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex).

Seu nome está associado com a retenção de líquido ou o inchaço dos membros, fazendo
com que as pernas dos doentes tenham aspecto de elefante.

Linfedema

Caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao


inchaço excessivo dos membros.
Curiosidades sobre o sistema linfático

 Outras doenças associadas ao sistema linfático são a celulite (acúmulo de gordura),


amenizada com o tratamento da drenagem linfática; a íngua (inchaço dos gânglios
linfáticos) e alguns tipos de câncer (linfoma), por exemplo o câncer de mama.

 No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.

12. Sistema Endócrino


O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos
hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo
sobre os quais atuam.

Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso
corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz
a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do


corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e
as glândulas sexuais.
Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos
hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.

É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de


outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.

O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a


falta provoca o nanismo.

Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que


permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina).
Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a


velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no
crescimento e no ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo:


o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a
pessoa emagrece por gastar mais energia.

Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue


circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço
no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).

O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim,


o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração
bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos
energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não
tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que


produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no
sangue.

A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os
músculos se contraiam violentamente.

Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com
tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio
para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do
organismo do recém-nascido contra infecções.

Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência,


quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções
reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio


que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:

 Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços,


aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;

 Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais


energia para as células;
 Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue
para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados
de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon)


produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha
importante papel na digestão.

A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de
energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.

A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo


excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).

O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas


horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode
ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao
desmaio.

Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do
glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue
normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema


reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise.


Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos
produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento
das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos
etc.

Teste seus conhecimentos com exercícios sobre o sistema endócrino.

13. Sistema Nervoso


O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.

É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de


captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los".

Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de


movimentos, sensações ou constatações.
Nervos que compõem o sistema nervoso

O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso


central e sistema nervoso periférico

Sistema Nervoso Central

O Sistema Nervoso Central (SNC) é responsável por receber e transmitir informações


para todo o organismo. Podemos defini-lo com a central de comando que coordena as
atividades do corpo.

O Sistema Nervoso apresenta diversas divisões. Anatomicamente, é dividido em:

 Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinhal;

 Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos
órgãos do corpo.
Anatomia do Sistema Nervoso Central

O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinhal. Podemos


dizer que ele localiza-se dentro do esqueleto axial, mesmo que alguns nervos penetrem
no crânio ou na coluna vertebral.

O Sistema Nervoso Central é protegido por partes ósseas. O encéfalo é resguardado pelo
crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral.

Anatomia do Sistema Nervoso Central

Encéfalo

O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Ele possui em torno de
35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg.

Cérebro

O cérebro é a porção mais maciça e o principal órgão do Sistema Nervoso. Ele é


responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas
como a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala.

Ele é formado por duas metades, os hemisférios direito e esquerdo, separados por uma
fissura longitudinal. Os dois hemisférios compreendem o telencéfalo.
Eles trabalham em conjunto, porém, existem algumas funções específicas para cada um
dos hemisférios. O hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério
esquerdo controla o lado direito.

O fluxo sanguíneo no cérebro é bastante elevado, superado apenas pelos rins e coração.

Cerebelo

O cerebelo ou metencéfalo representa 10% do volume do encéfalo. Ele é relacionado


com a manutenção do equilíbrio corporal, controle do tônus muscular e aprendizagem
motora.

Assim, como ocorre no cérebro, o cerebelo possui dois hemisférios separados por uma
faixa estreita, o vérmis.

Tronco Encefálico

O tronco encefálico é constituído pelo mesencéfalo, ponte e bulbo.

O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico, localiza-se entre a ponte e o


cérebro. A ponte localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. No bulbo, a parte inferior
liga-se a medula espinhal e a superior com a ponte.

Medula Espinhal

A medula espinhal é a parte mais alongada do sistema nervoso central. É caracterizada


por um cordão cilíndrico, composto de células nervosas, localizado no canal interno das
vértebras da coluna vertebral.

A função da medula espinhal é estabelecer a comunicação entre o corpo e o sistema


nervoso. Ela também coordena os reflexos, ocasiões em que o corpo necessita de uma
resposta rápida.

É a partir da medula espinhal que originam-se os 31 pares de nervos espinhais. Eles


conectam a medula espinhal as células sensoriais e diversos músculos pelo corpo.

Meninges

Todo o Sistema Nervoso Central é revestido por três membranas que o isolam e
protegem, as meninges.

As meninges são:

 Dura-máter: É a mais externa, sendo espessa e resistente. Formada por tecido conjuntivo
rico em fibras colágenas. A sua porção mais externa fica em contato com os ossos.

 Aracnoide: É a membrana intermediária, entre a dura-máter e a pia-máter. Sua estrutura


parece uma teia de aranha, por isso o seu nome.

 Pia-máter: É a mais interna e delicada, em contato direto com o SNC.


A aracnoide e a pia-máter são separadas pelo líquido cefalorraquidiano ou liquor. Ele
confere proteção mecânica e amortecimento de choques aos órgãos do Sistema Nervoso
Central. Ainda oferece nutrientes ao cérebro.

Sistema Nervoso Periférico

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e gânglios nervosos.

Sua função é ligar o Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso
realizar o transporte de informações.

Ele é uma das divisões do Sistema Nervoso, que anatomicamente, é dividido em:

 Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinhal;

 Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos
órgãos do corpo.

Componentes do Sistema Nervoso Periférico

Sistema Nervoso Central e Periférico

O SNP é constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o
SNC as partes do corpo.

Veja a seguir como cada um desses componentes atua no corpo humano.


Nervos

Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.


Eles são responsáveis por fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela
transmissão dos impulsos nervosos.

Os nervos apresentam a seguinte divisão:

 Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, são os que fazem conexão com a medula
espinhal. Estes nervos são responsáveis por inervar o tronco, os membros e algumas
regiões específicas da cabeça.

 Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o encéfalo.
São estes nervos que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço.

Os nervos apresentam os seguintes tipos:

 Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia da corpo para o sistema


nervoso central. Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz, por
exemplo.

 Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos
ou glândulas.

 Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos
raquidianos.

Gânglios

Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora do sistema nervoso


central, espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma estrutura esférica.

Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso


Periférico.
Resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso Periférico
Divisões do Sistema Nervoso Periférico

O Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático desempenham diversas atividades

O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, de acordo


com sua atuação.

 Sistema Nervoso Somático: regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade,
ou seja, ações voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.

 Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central.
Geralmente, exerce o controle de atividades de independem da nossa vontade, ou seja,
ações involuntárias como as atividades realizadas pelos órgãos internos. Atua sob a
musculatura lisa e cardíaca

O Sistema Nervoso Autônomo tem como função regular as atividades orgânicas,


garantindo a homeostase do organismo. Ele apresenta duas subdivisões:

 Sistema Nervoso Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos; é formado pelos
nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais neurotransmissores
liberados são a noradrenalina e a adrenalina.

 Sistema Nervoso Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos; é formado


pelos nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal
neurotransmissor liberado é a acetilcolina.
Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre a divisão do Sistema Nervoso
Periférico.

Resumo sobre as divisões do Sistema Nervoso Periférico

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