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IDENTIFICAÇAO DAS LAGARTAS (LEPIDOPTERA) MAIS COMUNS

-
NOS CACAUAIS DA AMAZONIA BRASILEIRA

ANA MARIA CRISTINA DE MELLO MENDES


E ngenheiro Agrônomo

Or i e ntad o r: Dr. ROBERTO ANTONIO ZUCCHI

Dissertação apresentada à Escola


Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", da Universidade de são
Paulo, para obtenção do título
de Mestre em Ciências Biológicas.
Área de Concentração: Entarologia.

PIRACICABA
• Estado de São Paulo-Brasil
Junho, 1983
j_j

A meus pais, Benedito Maria e


Maria Antonieta, pelo exemplo e
educação que me deram

MEU AGRADECIMENTO

A meu esposo Antonio Carlos,


A meus filhos Ana Flávia, Antonio
Carlos e José Mário,
E â minha irmã Luiza

DEDICO
ii:i.

AG RAD EC I MENTOS

Ao Prof. Dr. Roberto Antonio Zucchi, pela orientação, amizade


e es timulas recebidos.

Ao meu esposo EngQ AgrY MS Antonio Carlos de B. Mendes,Pesqui


.sador Adjunto da CEPLAC-DEPEA, pela orientação, compreensão
e est1mulos recebidos.
Ao Prof. Dr. Sinval Silve1ra Neto, pelo seu talento como pro­
fessor, amizade e estimu.los recebidos.

A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira- CEPLAC,


Departamento Especial da Amazonia-DEPEA, pelas facilida -
des concedidas para a execução e elaboração da pesquisa.

Ao Dr. Victor Osmar Becker, ào Centro de Pesquisa Agropecuãria


dos Cerrados da EMBRAPA e Dr. Douglas Ferguson, cto IIBIII -
Beltsvil1e Agricultural Research Center, USDA, pela colab�
ração prestada na identificação dos lepidÕpteros coletados.

Ao Dr. José Henrique Guimarães, do Museu de Zoologia da USP,


e Dr. Luiz De Santis, do Museo de La Plata, pela identifica­
ção dos inimigos naturais.

Aos professores do Departamento de Entomologia da Escola Supe­


rior de Agricultura Luiz de Queiroz, pelos ensinamentos re­
cebidos.

Ao Eng9 Agr9 Dr. Teklu Andebrhan, Pesquisador Adjunto da


CEPLAC-DEPEA, pelo aux1lio na confecção do "Summary".
iv

A Auxiliar de Laboratõrio Luzia Nazare Melo e Tec. Agric�


la Williams Matos, da CEPLAC-DEPEA, pelo apoio prestado
nos serviços de laboratõrio e coleta de material.

A Srta. Irece Silva pelos serviços de datilografia.

A Todos que, direta ou indiretamente, deram o seu �apoio


para a efetivação deste trabalho.
V

INDÍCE

PAG,

RESUMO , , , , , , , , , , , , , , •••• , , , , • , • , , • , • , , , , , , , , , , , •• , , , , , vii


Su MMAR y 1 111 111 11 l11 1 t 11 11111 1 11 1 1 lI I 1 11 11111 t 111 1 11 111
ix

1. INTRODUÇAO 11. 111 1 1. l.111.11.1111' 1 l.1 1 11 1. t t 11 1 •••1 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ' l .. l i . "l ' .l 1 ' ."." " • • 1 .. l i 3

2 ,l, LEPIDOPTEROS Assoe IADOS A CACAUI CULTURA 1•1 ' 1.1 3

2. 2 IDENTIFICAÇÃO DE LAGARTAS DE L EPIDÓPTEROS •


1 1 , • , 5

3. METODOLOGIA ....... •�• ........... ,,,__,., ......... ,. .. . ...... 7


3111 COLETA DE EXEMPLARES 1 11. 111 ••1 •••••11.' 1 111 ••1 7

3 12 1 IDENTIF !CAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS EXEMPLARES 1.1 1 7


3 13, ESTUDO MORFOLÔGICO • 11,1 1 111.1 1.11,11111, , 1,,., 8

3 14 1 ILUSTRAÇÕES •1 l1 1•1 •1• 11 1••11•• 111 1 1•••111 •111 • 8

315. ABREVIATURAS USADAS 111,,11,,, 1 ,1••1•••11,,,,11 9

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4 ,11 ESPÉCIES CONSTATADAS NAS REGIÕES , , , 111 1111,111 11

412, CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS DAS

ESPECIES MAIS FREQUENTES ,, 1 liIli Ili 11Ili.11111 14

4131 FAMILIA NOCTUIDAE 11 111 1 1 l 111 t 1 1 111 1l l l Il 1 11111 14


4.3.1. Chave para id entificação das lagartas

mais f'reqüentes . • ..... . . . .... . . ....... . 17

4.3.2. Descrição das lagartas mais freqüentes.. 18


4.3.2. l. Spodoptera androgea (Cramer) .. 18
Vl

4.3.2.2. Spodoptera latifascia (Walker). 23


4.3.2.3� Euclystes plusioides (WalkerL.. 27
4.3.2. 4. ,Diopa s p - .••.••••• •• • •• • • •• • • 0 •
33
4.3.2.5. Hemeroblemma numeria (Drury)... 38
4.3.2.6. Pseudoplusia includens (Wàlker). 44

414, FAMÍLIA 0EC0PH0RIDAE. 1 • • •• 1 1 1 1 . 1 1 ••• ' 1 ' • • • 1 1 1 1 50


4.4.1. Chave para identificação das lagartas... 50
4.4.2. Descrição das lagartas mais freqüentes 50
4.4.2. 1. Cerconota dimorpha Duckworth•. 50
4.4.2.2. Zetesima baliandra (Meyrick)... 55

415. FAMÍLIA PYRALIDAE • • 1 • • • • •• •• • • 1 • •• • 1 1 , 1 1 • 1 1 , . , 60


4.5.l. Sylepta prorogata Hampson 60

4.6, FAMILIA ARCTIIDAE ••••••••••••••••••••••••••••• 66


4.6.1. Hipercompe sp. 66

5, CONCLUSÕES ••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••• 70

6, LITERATURA CITADA •••••••••••••••••••••••••••••••••• 7�

7 APÊNDICE .
l 1 • 1 1 l 1 1 1 1 1 l 1 • 1 1 • 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t 1 1 l 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 f 1 8j
7 .1. GLOSSÃRI0 , , , , 1 1 1 • 1 1 1 • , • 1 1 , , , , , , 1 , , , 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 84
7 .2. HOSPEDEIROS DAS LAGARTAS MAIS !=REQUENTES , • , , , ,- 88
7.3. F IGU RA DOS ADULTOS • , , • , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , 90
\'::. =

IDENTIFJCACAO DAS LAGARTAS (LÉPIDOPTERA) MAIS COMUNS


NOS CACAUAlS DA AMAZONIA BRASILEIRA

ANA MARIA CRISTINA DE MELLO MENDES


- autora -

PROF, DR, ROBERTO ANTONIO ZUCCHJ


- orientador -

RESUMO
-
Neste trabalho sao relacionadas 23 espec1es
de Lepidoptera, coletadas em folhas e frutos de cacaueiro no
campo e viveiro, das principais regiões produtoras da Amazônia
Brasileira. Destas, foi possível destacar dez espec1es mais
freqüentes e elaborar chaves dicotômicas para separação de
suas lagartas a nível de família e espécie.
São apresentaàas as descrições e ilustrações
das lagartas, a companhadas de informações sobre a importância
das espécies, distribuição geogrãfica, inimigos naturais e
plantas hospedeiras.
As lagartas mais comumente encontradas nos
cacau ais da regi ão Amazônica, por ordem de f reqüencí a, foram:
Eu e l y s te s plu sioides ( W al ker ) , Diopa s p . , Syl e pta p Poro gata
Hampson, Cerconota dimorpha Duckworth, Zetesima baliandra (Mer
rick), Hemeroblemma numeria (Drury), Hipercompe sp., Pseu�o
plusia includens (Walker), Spodoptera a ndrogea (Cramer) e S.
latifascia (vJal ker).
- .
,n.s espec1es mais prejudiciais ao
cacaueiro
- . -
na reg1ao sao: E. pZusioides ., C. dimorpha e S. prorogata.
Das espec1es coletadas, B. numer1.,a (Drury),
E. leontia (Walker), Bipercompe sp., Monodes agrotina GueneE: ,
Phobetron sp., Sibine sp., S. androgea(Cramer), S. latifascia
(Walker), s. eridania (Cramer), ThecZa sp. e Z. b aZiandra (Mer
rick) foram aquelas constatadas pela primeira vez na região •
sendo S. androgea, Diopa sp., E. plusioides� B. numeria� Z.
baZiandra e S. prorogata, lagartas descritas pela primeira vez.
1X

IDENTIFICATION OF THE MOST COMMON CATERPILLARS (LEPIDOPTERA)


ASSOCIATED WITH CACAO IN THE BRASILIAN AMAZON

ANA MARIA CRISTINA DE MELLO MENDES


- author -

PROF, DR, ROB�RTO ANTONIO ZUCCHI


- adviser -

SUMMARY

ln this paper 23 species of Lepido ptera, collected


from leaves and pods of �acao in the field and nursery, from the
principal cacao producing regions of Brasilian Amazon are listed.
The species were most frequent and dichotomous key at the level
of family and species is elaborated.
Illustrated descriptions of the caterpillars
including information on the importance of the species
geographical distribuition, natural enemies and host-plants are
included.

The most common caterpi 1lars in order of frequency


w ere: Euclystes plusioides (Walker), Diopa sp., Sylepta proroga­
ta Hampso n, Cerconota dimorpha Duckworth, Zetesima baliandra(Mey
rick), Hemeroblemma n umeria (Drury), Hipercompe sp., Pseudoplu -
sia includens (Walker), ôpodoptera androgea lCramer) and S. lati
fascia (Walker).
X

lhe most destructive caterpillars to cacao were E.


plusioides, C. dimorpha and S. prorogata.

Spécies wich were collected for the first time in


the region were H. numeria (Drury), H. leontia (Walker), Hipercom
pe sp., Monodes agrotina Guenee, Phobetron sp., Sibine sp., S. an
drogea (Cramer)� S. latifascia (Walker), S. eridania (Cramer)
Thecla sp. and Z. baliandra(Meyrick).
The caterpillars S. androgea, Diopa sp., E. plusi -
oides, H. numeria, Z. baliandra anct·s. prorogata were descr1bed
for the first time.
1. INTRODUCAO

A politica nacional com relação ã lavoura ca­


caueira e incentivada pelo Programa de Expansão da Cacauicul
tura Nacional - PROCACAU (CEPLAC, 1977), cujo objetivo prin­
cipal e garantir para o Brasil o primeiro lugar na produção
do cacau.
Atualmente, a produção nacional concentra-se
quase que em sua totalidade no Estado da Bahia, contribuindo
a Região Amazônica com pouco mais de 2%. Entretanto, com a
expansão da cacauicultura gerada pelo PROCACAU, cuja meta
para a Amazônia e implantar, ate 1986, 160 mil hectares de la
vouras, essa participação serã mais representativa com uma
produção de 192 mil toneladas de cacau, cerca de 27% da pro­
dução brasileira (CEPLAC, 1978).
A expansao de plantios,em substituição ãs fl�
restas primitivas tropicais umidas, acarretam futuros probl�
mas, principalmente ligados a insetos, os quais, em determi­
nadas condições favorãveis, contribuem de maneira represent!
tiva no decréscimo da produtividade.
Os cacauais da Região Amazônica jâ ocupam uma
area de 80 mil hectares, concentrados em cerca de 80% nos Es
z

tados de Rondônia e Parã (CEPLAC, 1981) e naturalmente, come


çam a se evidenciar de maneira representativa a ocorrência de
pragas ameaçando o sucesso do P rograma na Região.
Dentre os insetos nocivos ao cacaueiro nesses
pÕlos, encontram-se as lagartas de lepidõpteros, que apesar do
grande numero de espécies, poucas são aquelas consideradas de
importância econômica. Todavia, dada a diversidade de espécies,
hã sempre uma ameaça em que seus níveis populacionais em deter
minadas condições favorãveis, atinjam o nivel de dano econômi
co, tornando-se assim, serias pragas sob o ponto de vista eco
n ômico.
O presente trabalho tem como objetivo principal
fornecer elementos para a identificação das principais esp�
cies de 1epidÕpteros que ocorrem nos cacaueiros dos Estados do
Parã, Rondônia, Amazonas e Maranhão, baseada na caracterização
morfolÕgica de suas _lagartas. Alem disso, apresenta informa
ções sobre a importância das espécies, distribuição geogrãfica
inimigos naturais e plantas hospedeiras. Trata-se pois de uma
contribuição bãsica e indispensãvel ã identificação das esp�
cies e a realização de futuros estudos com este grupo.
3

. 2. REVISAO DE LITERATURA

2. 1 · LEPIDÓPTEROS ASSOCIADOS A CACAUICULTURA

Os lepidÕpteros constituem um dos mais abun­


dantes e diversificados grupos de insetos da entomofauna do
cacaueiro, sendo referidos ate 1972, 318 especies distribuí­
das em 39 familias nos diversos países produtores (ENTWISTLE,
1972).
Registros sobre lepidÕpteros atacando a cult�
ra na Jt.sia, podem ser observados nos trabalhos de MILLER (1941),
ANÕNIMO (1956), THOMAS (1960), WARDOJO (1980) e WOOD (1980).
Para a Ãfrica, AL IBERT (1951 ) relacionou 4 0
especies alimentando-se do cacaueiro, tendo posteriormente
SMITH (1965) expandido esse n�mero para mais de 17 0 especie�
Destas, Earias bip Zaga ( Hal ker) e Characoma stictigrapta Ham.E_
son têm-se evidenciado ultimamente como pragas de importân­
cia econ5mica naquele continente (AKOTOYE e KUMAR, 1976; AKO
TOYE, 1979; L AVABRE, 1979).
Em Trinidad, KIRKPATRICK (1953) assinalou 43
especies, apresentando suas descrições e inimigos naturais.
FRANCO (1958) elaborou um catãlogo das princi­
pais pragas do cacaueiro na Colômbia, relacionando os lepidÕf
teros: Callicore sp., Sibine nesea (Stoll-Cramer), Sylepta
prorogata' Hamps., Agrotis ypsilon (Huf.) e Stenoma sp. Nas re
giões de Santander e Antiõquia; MONCAYO (1958) incluiu Cano-
pia sp., Prodenia ornithogalli (Guen.) e ocorrendo com maior
freqüência, lagartas de Geometridae não determinadas.
VAN DINTHER (1960) apresentou as pragas das
plantas cultivadas no Suriname, dentre as quais insetos da
ordem Lepidoptera em cacaueiros.
S MEE (1963) descreveu os hãbitos e o controle
de 4 espécies atacando a cultura n?- Papua - Nova Guine. Post�
riormente, DUNT (1967) destacou como principais Achea janatal.,
Tiracola plagiata (Walk) e Ectropis bhurmita (Walk), tendo BA
KER (1976) e BAILEY e 0 1 SULLIVAN (1978) evidenciado o ataque
de Crytophlebia encarpa (Meyrick) e Pansepta teleturga Mey­
rick, respectivamente.
Segundo SANCHEZ e REYES (1979), as espécies de
maior ocorrência na Venezuela são Sylepta prorogata H amps.,
Cerconota carbonifer Busk e as brocas Carmenta theobromae,Gy�
nandrosoma aurantianum Lima,1937 e Synantedon sp.

N a Costa Rica, SAUNDERS (1979) constatou a pr�


sença de vãrias espécies de lepidÕpteros em cacaueiros, refe ­
rindo como principais Marmara sp., Ceranota sp., Lygropia pa­
raxalis (Druce), Spodoptera spp. e Catephoides zuelana (Schs.).

A literatura brasileira relaciona cerca de 15


especies de lepidÕpteros associados ao cacaueiro na Bahia e
Espirito Santo {BONDAR, 1924; BONDAR, 1939; SILVA, 1944; SIL­
VA, 1956; SILVA et alii, 1968). Entre elas, Stenoma decora Zel­
ler, Hemeroblemma mexicana (Guen.) e Sylepta prorogata Hamps.,
são as de maior ocorrência nas lavouras ( SILVA, 1944; ABREU,
1968). A primeira e considerada uma das mais serias pragas em
Colatina, Espirito Santo (VENTOCILLA, 1968; SMITH , 1972) e sua
5

biologia foi recentemente estudada por BENTON (1980).


No litoral do Estado de São Paulo sao citadas
. em associação com a cultura, CaraZes astur (Cr.) e SyZepta pr�
rogata Hamps (BOVI et aZii, 1977).

Para a Amazônia as informações são escassas.


Uma das primeiras citações da ocorrência de lepidõpteros noci
vos ao cacaueiro nessa região, foi feita por VENTO CILLA (1975),
ao constatar a presença de Oiketicus kirbyi (Lands-Guild} e 1�
gartas do tipo mede-palmo 11 na região de Ouro Preto, Rondônia,
11

sem mencionar as espécies. Posteriormente, COSTA (1977) menci�


nou como pragas no Estado do Parã, HemerobZemma mexicana
(Guen.) e Sylepta prorogata Hamps.
Baseados em levantamentos realizados nos diver
sos pólos cacaueiros da Amazônia, MENDES et aZii (1979) assina
laram como insetos nocivos, as lagartas EucZystes pZusioides
(Walker), Diopa sp., PseudopZusia incZudens (Walker), Cercono
ta sp. e Sylepta prorogata Hamps., alem de OxyptiZus sp., esp�
cie também constatada por SILVA (1980).

2.2. IDENTIFICAÇAO DE LAGARTAS DE LEPIDOPTEROS

A identificação das formas imaturas de insetos


ê bastante importante nas ãreas de entomologia econômica e sis
temãtica.
Muitas das espécies de importância econômica
causam maiores prejuízos em culturas, durante seus estãgios
larvais.
Segundo EMDEN (1957), os caracteres larvais sao
fontes valiosas para identificação, classificação e estudos fi
logeneticos de espécies que muitas vezes são difíceis de serem
identificadas em outras fases tais como ovo e pupa, bem como
na fase adulta, embora estes também tenham elevada significação
em muitos casos. Para este autor, a fase larval e a Gnica for
6

ma imatura completa e organizada, alem de ter excelente impo�


tância prãtica e teõrica para a taxonomia.
Os estudos referentes a ,identificação de laga�
tas de lepidÕpteros associados a culturas no Brasil, são escas
sos. Diversos aspectos morfolõgicos de insetos desse grupo f�
ram assinalados por COSTA LIMA (1945 e 1949) e SILTA e HEINRICH
(1946), tendo estes últimos autores caracterizado a lagarta de
Stenoma decora Zeller, dando ênfase ã quetotaxia dos segmentos
do corpo e disposição dos ganchos, ocelos e puncturas. BAST OS
(1975) mencionou a descrição de algumas lagartas pragas no
Cearã, baseando-se na coloração das mesmas; DIAS (1978a, 1978b,
1979a, 1979b e 1981) estudou a morfologia de vãrias espécies
sem importância agrícola no Estado de São Paulo e CRUZ (1981)
estudou, ao nível de familia, lagartas do Rio Grande do Sul.
Em outros países, inúmeras pesquisas têm sido
realizadas, sendo os trabalhos de FRACKER (1915) e PETERSON
(1962) duas das maiores contribuições a respeito do assunto. A
lém destes, destacam-se ainda os estudos de GARDENER (1945,
1946 e 1947), EICHLIN (1975), BROWN e DEWHURST (1975), ANGULO
e WEIGERT (1975), LEVY e HABECK (1976) e EICHLIN e CUNNINGHAN
(1978) para a identificação de formas imaturas de Noctuidae
e os trabalhos relacionados com lagartas de importância agríc�
la, de OKUMURA (1962) e CAPPS (1968) para o algodoeiro, SMITH
(1965) para o cacaueiro, OKUMURA (1974) para o tomateiro e
BRENIERE (1976) para o arroz.
?

3, �ETODOLOGI.L\
3.1 · COLETA DE EXEMPLARES

Estudaram-se lagartas coletadas manual e peri�


dicamente em folhas e frutos de cacaueiros no campo e viveiro,
provenientes das regiões de Belém, Benevides, Castanhal, Tome­
Açu, Rodovia Transamazônica (Estado do Para), Ouro Preto D'Oes
te (Estado de Rondônia), Manaus (Estado do Amazonas) e Santa
Inês (Estado do Maranhão). A localidade de procedência para ca
da espécie acha-se no item "Material Examinado 11 estando
, os
exemplares depositados na Divisão de Entomologia (DIENT) da
CEPLAC - DEPEA, em Belém, Para.
A freqüência das espécies foi calculada através
da porcentagem de lagartas de uma espécie em relação a o total
de lagartas coletadas.

3·2• IDENTI FICAÇAO E CONSERVAÇAO DOS


EXEMPLARES

Parte das lagartas coletadas foram criadas no


Laboratõrio da Divisão de ·Entomologia da CEPLAC/DEPEA, para a
constatação de inimigos naturais e emergência dos adultos, os
quais foram encaminhados a especialistas para identificação es
8

pec"ifica. Os demais exemplares após constatação de estarem no


ultimo Tnstar larval, foram mortos em solução de KAAD para ·fi
xação e conservados em frascos etiquetados contendo ãlcool a
70%.

-
3.3. ESTUDOS MORFOLOGICOS

As técnicas adotadas foram baseadas em ANGULO e


WEIGERT (1975). Os exemplares eram colocados em posição late
ral direita numa placa de Petri, sob microscõpio estereoscõpj_
co Carl Zeiss e com aux"ilio de bisturi e estiletes, procedia­
-se o corte medio lateral direi to. Para eliminar os conteúdos
internos do corpo e clarificar o material, submetia-se o mesmo
a aquecimento durante 5 a 10 minutos em solução de KOH a 10%.
O exame das cerdas cefãlicas e das peças bucais era realizado
apõs a separação da região cefãlica do resto do corpo com auxf
lio de dois estiletes, separando-se ainda os apêndices bucais
(mand"ibulas e maxilas) em lâmina, colocando-se uma gota de glj_
cerina sobre o material.
Para o estudo das cerdas do corpo, utilizou-se a
cut1cula clarificada, examinando-se o protõrax, metatõrax e
primeiro ao nono segmentos abdominais numa placa de Petri, sob
o microscõpio estereoscõpico.

3. 4. I LUSTRAÇOES

As figuras apresentadas para ilustrar as princj_


pais caracter1sticas morfológicas e estudo de quetotaxia, fo
ram efetuadas em câmara clara Carl Zeiss adaptada ao microscõ
pico estereoscópico, estando a cabeça das lagartas sempre vol
tada para a esquerda. A nomenclatura das cerdas foi baseada em
HEINRICH (1916).
3.5. ABREVIATURAS USADAS

Ad - Cerda anterodorsal
adf - Ãrea adfrontal
Adf - Cerda adfrontal
Adfa - Punctura ou poro adfrontal
AI - _Primeiro segmento do abdômen
AII - Segundo segmento do abdômen
AIII - Terceiro segmento do abdômen
AIV - Quarto segmento do abdômen
AV - ·Quinto segmento do abdômen
AVI - Sexto segmento do abdômen
AVII - Setimo segmento do abdômen
AVJII - Oitavo segmento do abdômen
AIX - Nono segmento do abdômen
AX - Décimo segmento do abdômen
CEBEL - Campo Experimental de Belem
CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
cex - Cerda extra
clp - Clípeo
DEPEA - Departamento Especial da Amazônia
DIENT - Divisão de Entomologia
ep - Epicrâneo
Ep - Cerda epistomal = Cerda clipeal
_ESEOP - Estação Experimental de Ouro Preto
fpa - Falsa perna abdominal
Fr - Cerda frontal
fr - Fronte
Fra - Puntura frontal ou poro frontal
Ll - Cerda lateral
O - Cerda ocelar
oc - Ocelos
Pd - Cerda posterodorsal
Pd2a - Poro posterodorsal ou punctu ra posterodorsal
pt - Perna torãcica
sep - Sutura epicranial
SO - Cerda subocelar
1O

tbs - Tuberculo secundãrio


Ia, Ib, Ic - Cerdas torãcicas
IIa, IIb, IIc - Cerdas torãcicas
III, IV, V, VI, VII, VIII - Cerdas corporais do tõrax e abdômen
l, 2, 3, 4, 5, 6 - Distribuição dos ocelos na ãrea ocelar
1 1

4. RESULTADOS E DISCUSSAO
4.1. ESPECIES CONSTATADAS NAS REGIOES

No período de novembro de 1978 a aqosto de 1980,


coletou-se um total de 2.974 exemplares distribuídos entre 23
especies e 11 familiasº As especies coletadas, suas fa�ilias e
freqüência acham-se relacionadas na Tabela I.
Das lagartas coletadas, foi possível relacionar
10 espécies mais freqüentes, distribuídas em 4 famílias e ela
borar chaves para identificã-las.
As diferenças morfolÕúicas que caracterizavam C!
da especie isoladamente, fora� evidenciadas com base nas res
pectivas descrições e com o auxílio dos esquemas representatj_
vos.
As especies mais frequentes foram as seguintes:

Familia Arctiidae
Subfamília: Arctiinae
Hipercompe sp.
12

Familia: Noctui dae


. Subfamilia: Nocttiinae
Spodoptera Zatifaecia (Walker)

Spodoptera androgea (Cramer)

. Subfarn!lia: Ophiderinae
Diopa sp.

E uc Zystes p l u s i oides ( Wa 1 ke r )
Hemeroblemma numeria. (Drury)

. Subfamília: Plusiinae
Pseudop lusia i ncludens (Walker)

Fam"ilia: Oecophoridae
Subfamília: Stenomatinae
Cer conota dimorpha Duckworth

Zetesima baliandra (Meyrick)

Familia: Pyralidae
. Subfamilia:Pyraustinae
Syl8pta prcrogata Hampson.
13

Tabela 1 - Freqüência das espécies de lagartas (lepidoptera)


coletadas em cacaueiros das regiões dos Estados do
Parã, Amazonas, Rondônia e Maranhão.

NQ DE
E S P E C I E S FAMTLIA FREQÜtNCIA
INDIVTDUOS

Euclystes plusioides (Walker) Noctuidae 771 25,92


Diopa sp. Noctuida� 511 17.18
Sylepta prorogata Hampson Pyralidae 336 11 . 30
Cerconota dimorpha Duckworth Oecophoridae 332 11 •l6
Zetesima baliandra (Meyrick) Oecophoridae 268 -g, 01
Hemeroblemma numeria (Drury) Noctuidae 205 6,90
Hipercompe sp. Arctiidae 147 4,94
Pseudoplusia includens(Walker) Noctuidae 132 4,44
Spodoptera androgea (Cramer) Noctuidae 90 3,03
Spodoptera latifascia (Walker) Noctuidae 71 2,39
Oxyptilus sp. Pterophoridae 18 0,60
Hemeroblemma leontia (Walker) Noctuidae 12 0,40
Thecla sp. Lycaenidae 12 0,40
Sibine sp. Eucleidae 10 0,34
Marmara sp. Lithocolletidae 10 0�34
Oiketicus sp. Psychidae 9 0,30
sp. indet. Megalopygidae 8 0,27
sp. indet. Danaidae 6 0,20
Spodoptera eridania (Cramer) Noctuidae 6 0,20
Monodes agrotina Guenee Noctuidae 6 0,20
Oiketicus kirbyi (Lands-Guild.) Psychi dae 6 0,20
Phobetron sp. Eucleidae 5 0,17
sp. indet. Eucleidae 3 O, 1 O
14

-
4.2. CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS F AMILIAS
..
DAS ESPECIES MAIS FREQUEN T ES

1 Presença de verruca, grupo VI do abdômen com vãrias cer


das (Fig. 1) ................................. ·ARCTIIDAE

l' Ausência de verruca; grupo VI do abdômen unisetoso (Fig.


2) . . . . . • • . . . . . . • . . . . . . • . • . . . . . . . . . . • • . . . . • . . . • . • . • • • • 2

2(1') Colchetes nas falsas pernas uniordinal, arranjados em me


sosserie homÕidea (Fig. 5); grupo VI do meso e metatõrax
unissetoso ou bissetoso (Fig. 8) ............. NOCTUIDAE

21 Colchetes nas falsas pernas triordinal arranjados em cír


culo completo (Fig. 3) ou mesopenelipse (Fig. 4) nunca
em mesosserie ........................................ 3

3(2 1 ) Colchetes em mesopenelipse, grupo preespiracular bisset�


so no protõrax {Fig. 6) ...................... PYRALIDAE

3' Colchetes em circulo completo; grupo preespiracular tri�


setoso no protõrax em distinta ãrea esclerosada (Fig. 7)
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com vârias cerdas
unissetoso.
(ARCTI IDAE),

Fig.3- Colchetes triordi­ Fig.4- Colchetes triardi


nal arranjados em nal arranjados em
circulo completo mesopenelipse (py
(OECOPHOR1DAE), RALIDAE),

Fig.5- Colchetes uniordinal ar­


ranjados em mesoss�rie
homÕidea (NOCTUIDAE),
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Fig.6- Grupo preespiracular Fig.7- Grupo preespiracular do


do protõrax bísscto­ protõrax trissetoso(oE­
so lPYRALIDAE), COPHOR IDAE).

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Fig.8- Grupo VI do meso e metatõrax unisse­
toso (A) e bissetoso (B) com listras
longitudinais e transversais no cor­
po (NOCTUIDAE)
1 7

4.3. FAMILIA NOCTUIDADE

4.3.1. Chave p ara identificação da s lagai


tas mais freqüentes.

l Presença de vãrias cerdas extras no escudo protorãcico ;


ausência de cerda VIII no protõrax (Fig. 11-A) .•
· .· ......
· .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Spodoptera androgea

11 Ausência de vãrias cerdas extras no escudo protorãtico ;


presença de cerda VIII no protõrax (Fig. 15-A) ......... 2

2(1 1 )Presença de cerdas extras nos segmentos AI a AVI (Fig.


16) ............................... Spodoptera Zatifascia

21 Ausência de cerdas extras nos segmentos AI a AVI .... 3

3 (2 1 }Grupo VI d o metatõrax bissetoso (Fig. 19-8)..............


...............•...............•.....•....Euclystes plusioides

3 1
Grupo V I do metatõrax unissetoso (Fig. 23-8) ........... 4

4(3 1 )Presença de falsas p ernas no AIII (Fig. 24) .. . . . Diopa sp.

4' Ausência ou vesfígios de falsas percnas no AIII ........ 5

5(4')Cerda II do segmento AVIII situado em uma protuberância


caracter'ística (Fig. 28) ........... ,Heméroblemma númeria

51 Cerda II do segmento AVIII não situado em uma protuberâ�


eia caracteristica (Fig. 3 2) ..... Pseudoplusia includens
18

4.3.2. Descrição das lagartas mais freqüe.!:!_


tes .

4.3.2.1. Spodoptera androgea (Cramer, 1782)


(Fig. 9)

Descrição: Coloração marrom com manchas escuras na parte post!


rior dos segmentos abdominais. Quando completamente desenvolvi
da, apresenta 45mm de comprimento, possuindo cerdas espalhadas
por todo o corpo sem formar tufos.
Cabeça (Fig. 10-A e 10-B) medindo 3mm de larg�
ra e de cor marrom; fronte com um par de cerdas frontais Fr-1
acima dos poros frontais Fra; altura da fronte aproximadamente
igual ao comprimento da sutura epicraneal; ãpice da fronte nao
atingindo uma linha imaginãria traçada entre Adf-2; ocelo 2
aproximadamente eqüidistante de ocelo l e ocelo 3; ocelo 6 me
nor que os demais; presença de tubêrculos secundãrios na re
gião cefãlica posterior e cerdas extras entre estes e a cerda
Pd-2. Mand1bula (Fig. 10-C) com dentes distais distintos e sem
dentes internos (retinaculum). Espinarete (Fig. 10-D) mais lon
go do que largo com pequena projeção apical.
Tõrax apresentando o protõrax (Fig. 11-A) com
cerdas extras prÕximas as cerdas Ib e lia; c�rda extra entre
as cerdas Ib e Ic; grupo preespiracular bissetoso; cerda Ib em
frente a IIa; espirãculos brilhantes. Meso e metatõrax (Fig.
11-B) com as cerdas Ia e Ib em uma distinta mancha de colora
ção escura; cerda extra entre as cerdas III e VI; cerda VIII
presente, prÕxima as pernas mesotorãcicas e metatorãcicas.
Abdômen (Fig. 12) com cerda extra presente nos
segmentos AI e AII, entre as cerdas I e II; cerda IIIa prese!!_
te em todos os segmentos, exceto em AIX, em frente ao espirãc�
lo de forma ovõide; grupo VII bissetoso nos segmentos AI, AII
e AVII, unissetoso no seomento AVIII e ausente nos de
l9

mais; falsas pernas presentes nos segmentos AIII, AIV, AV, AVI
e AX, terminando em ganchos uniordinal arranjados em mesosse
•rie homõidea.

..-
Fig. 9 - Lagarta de Spodoptera androgea (Cramer)
no ultimo instar.

Material Examinado: BRASIL. Pará, Km 97 da Rodovia Transamazô


nia, X-1979 (A.e.Mendes), 3 exs., Castanhal, V-VI-1978 (A.C.
Mendes), 7 exs., Rondônia, Ouro Preto D'Oeste, Gleba 14 Lote
20, VII-1979 (A.C.Mendes), 2 exs.

Distribuição Geográfica: BARBADOS; BRASIL (Pará� Rondônia), CQ


LÕMBIA, COSTA RICA, CUBA, EQUADOR, GRANADA, GUADALUPE, GUATEM�
LA, HAITI, HONDURAS, JAMAICA, �ARTINICA, NICARAGUA, PANAMÃ, PE
RU, PORTO RICO, REPDBLICA DOMINICANA, SURINAME, TRINIDAD e VE
NEZUELA.
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Fig.10- Spoàopte1�a androgea (Cramer) - A: cabeça em vista


frontal; E: cabeça em vista lateral; C: mandíbula
(vista externa e interna); D: espinarete.
21

Hospedeiros: Gossypium herbaceum, Ipomoea batatas, Musa sp., Sol�


naceae, Theobroma cacao (KIRPATRICK, 1953) e Zea mays ( VAN
DINTHER, 1960).

Inimigos Naturais: de 90 exemplares coletados, apenas um enco�


trava-se parasitado por Winthemia sp. (Diptera, Tachinidae).

Comentários: A espécie foi referida por KIRKPATRICK (1953) at�


cando cacaueiros e outras culturas durante a estação seca em
Trinidad e citada por VAN DINTHER (1960) como praga ocasional
de milho na região de Paramaribo, Suriname.
Segundo TODO e POOLE (1980) s. androgea (Cramer)
e cte ocorrência pouco comum nas Americas do Sul e Central, po­
rém, freqüente nas Antilhas.
Caracteriza-se por apresentar na area subdorsal
do mesotõrax, metatõrax e primeiro ao oitavo segmentos abdomi
nais, um par de manchas triangulares escuras.

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ptera androgea (Cramer)
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totaxia dos segm ent os abdominais de Spodoptera androgea (CramerJ


Fig.12 - Que

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23

4.3.2.2. Spodoptera latifascia (Walker,


1856) (Fig. 13).

Descrição: A lagarta e
de coloração e tamanho idênticos a s.
androgea (Cramer), apresentando as seguintes caracteristicas:
cabeça (Fig. 14-A e 14-B) medindo 3mm de largura e de cor mar
rom amarelada; fronte com um par de cerdas frontais Fr-1 e sem
poros frontais; altura da fronte duas vezes maior que o comprl
mento da sutura epicraneal; epicrâneo com dois pares de cerdas
Pd-1 e Pd-2, estando Pd-1 em uma distinta mancha de coloração
marrom amarelada; ocelo 6 menor que os demais. Mandibula (Fig.
14-C) com dentes distais distintos e sem retinaculum. Espinar�
te mais longo do que largo com uma acentuada projeção apical
(Fig. 14-D).
Tõrax com o protõrax (Fig. 15-A) sem cerdas ex
tras no escudo protorãcico; grupo preespiracular bissetoso ;
cerdas Ia e IIa bastante equidistantes; cerda VIII presente.
Mesotõrax e metatõrax (Fig. 15-B) com a cerda Ib
situada em um pinãculo entre as cerdas Ia e IIa; cerda VIII pr�
sente.
Abdômen (Fig. 16) com cerdas extras nos segme�
AI a AVI; cerda IIIa presente nos segmentos AIII a AVIII, um
pouco acima do espirãculo; grupo VII b issetoso nos segmentos
AI e AII e unissetoso nos demais segmentos; falsas pernas pr�
sentes nos segmentos AIII a AVI e AX, terminando em ganchos u
niordinal arranjados em mesosserie homõidea.
24

Fig. 13 - Lagarta de Spodoptera latifascia


(Walker) no ultim o instar.

Material Examinado: BRASIL. Pará, Km 97 da Rodovia. Transamaz6


nica, X-1979 (A.C.Mendes), 9 exs., Castanhal, V-VI -1978 (A.C.
Mendes), 5 exs. Rond6nia, Ouro Preto d'Oeste, Gleba 14 lote 2�
V-1978 (A.e.Mendes), 6 exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Distrito Federal, Minas Ge


rais, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo) ESTADOS UNI
DOS DA AMtRI CA e TRINIDAD.
25

1
1mm

e o
1mm

Fig.14- Spodopte�a latifascia(Walker) - A: cabeça em vista


frontal; B: c2beça em vista lateral; C: mandíbula
(vista externa e interna); D: espinarete.
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Fig.15- Quetotaxia do protorax (A) e metatorax (B) de Spodoptera


latifascia (Walker).

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Fig.16- Quetotaxia dos segmentos do abdome de Spodoptera latifascia


(Walker).
27

Hospedeiros: Allium cepa, Capsic um annuum, Gossypium herbaceu�


Lycopersicum esculentum (SILVA et alii, 1968), GLycine max
(CORREA, 1975), Ricinus communis ( GALLO et alii , 1978), Ipomq_
ea batatas (FAGNANI et alii, 1980), Eucalyptus {SANTOS et alii,
1980) e Theobroma cacao {KIRKPÁTRICK , 1953).

Inimigos Naturais: Rhogas sp. (Braconidae) (SAUER, 1946), Pa


telloa rusti (Aldrich) (Tachinidae), Campoletis grioti (Ichne�
monidae) (CORREA, 1975).

Comentários: A especie foi observada alimentando-se de folhas


novas de ramos ortotrõpicos (chupões) do cacaueiro, sendo este
comportamento também observado por KIRKPATRICK (1953).
LEVY e HABECK (1976) caracterizaram S. latifascia
(Walker) das demais especies do gênero, por possuir uma mancha
semicircular escura na parte subdorsal do mesotõrax e outra
triangular no oitavo segmento abdominal.

4.3 .2.3. Euclystes plusioides (Walker,


1857) (Fig. 17)

Descrição: Coloração marrom claro com listras


longitudinais
mais escuras distribuídas por todo o corpo� Apresenta 44mm de
comprimento e cutícula com cerdas localizadas em pinãculos o u
calazas d e cor laranja.
Cabeça (Fig. 18-A e 18 - B) medindo 2,8mm de larg�
ra e coloração laranja; fronte com um par de, cerdas Fr-1; alt u
ra da fronte aproximadamente igual a sutura epicraneal; epicrâ
neo com manchas pretas; cerdas Ad-1, Ad-2 e Ad-3 formando uma
linha reta; ocelos localizados na gena, estando o ocelo l �r�
28

ximo ao ocelo 2º Lateralmente ao epicrâneo, encontram-se as


cerdas Li, ocelares 01, 02, o 3 e subocelares so 1, S02 e so 3
ce rda O l be m maior q u e, · O 2 e O 3 . � andi b ula (F i q • l 8 - C ) com r eti
nacuZ.um. Espinarete sem projeção apical (Fig. 1.8-0).

Tõrax apresentando o prot6rax (Fig. 19-A) com PQ


ros extras situados no escudo protorãcico; grupo prees�racular
bissetoso localizado em um pinãculo; cerda VIII presente. MeSQ
tõrax e metatõrax (Fig. l9�B) com cerdas Ia, Ib, IIb e III si
tuadas separadamente em um pinãculo; cerdas IV e V juntas; cer
da VIII presenteº
Abdômen (Fiq. 20) desprovido de falsas pernas nos
segmentos AI, AII e AIX; falsas pernas dos segmentos AIII e AIV
menos desenvolvidas do que as demais; falsas pernas com colch�
tes uniordinal em mesosserie homõidea; cerdas I, II, III e IIIa
situadas em calaza nos segmentos AVII, AVIII e AIX; grupo VII
trissetoso nos segmentos AI e AII, unissetoso em AVII a AIX e
ausente nos demaisº

Fig. 17 - Lagarta de EucZ.ystes pZ.usioides


(Walker) no ultimo instar.
29

1mm B
A

1mm

Fig. 18 - Euclystes plusioides (Walker) - A: cabeça em vista


frontal; B: cabeça em vista lateral; C: mandibula
(vista externa e interna); D: espinarete.
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Fig. 19 - Quetotaxia do protorax (A) e metatorax Cs)de Euclystes


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Fig.20 - Quetotaxia dos segmentos abdominais de Euclystes


plusioides (Walker).
32

Material Examinado: Brasil. Pará, Castanhal, Faz. Yamaguchi ,


V-VI-1978 (A.C.Mendes), 8 exs., Tome-Açu, V-VII-1978 (A.C. Me�
des), 4 exs., Belem, CEBEL, V-1980 (W.Matos), 5 exs., Amazona�
Manaus, Km 30 da Rodovia Manaus-Itacoatiara, VIII-1g79 (A.C.
Mendes), 5 exs. , Rondônia, Ou ro P reto d Oeste, ESEO P , V-1979 ,
I

(A.C.Mendes), 3 exs., Maranhão, Sta. Inês, V-1980 (A.C.Mendes),


3 exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Amazonas, Maranhão, Pará, Ron


dônia).

Hospedeiro: Theobroma cacao.

Inimigos Naturais: Us inimigos naturais constatados foram um


nematõide indeterminado e os dipteros Calocarcelia aurocephala
Thompson, Lespesia affinis (Townsend e Tapajohoughia sp. (T�
chínidae), referidos por GUIMARAES (1977), como parasites dos
lepídÕpteros Ammalo insulata (Walker) em Trinidad, Thyrintef
ra arnobia (Cramer) e Sarsina violascens (Herrích-Schaffer) no
Brasil, respectivamente.

Comentários: Alimenta-se de renovos, folhas novas e frutos do


cacaueiro, sendo a lagarta de maior frequência e nocividade na
região. Em Rondônia, grandes populações da especie foram obse�
vadas durante a floração e formação dos frutos, que ocorrem em
maior grau, nos meses de novembro a janeiro.
As falsas pernas pouco desenvolvidas no terceiro
e quarto segmentos abdominais de E. plusioides (Walker), lhe
condiciona movimentar-se "medindo oalmos 11

33

4 • 3. 2. 4. Di opa s p . ( F i g . 2 1 )

Descrição: Lagarta com 29 a 30mm de comprimento no Ultimo ins


tar, apresentando cor preta com manchas amarelas na porção dor
sal do tõrax e listras transversais no abdômen nas cores laran
ja e azul nos três primeiros segmentos e amarela nos últimos .
A epiderme e lisa com cerdas que não formam tufos.
Cabeça (Fig. 22-A e 22-B) de cor preta-acizent�
da, medindo cerca de 2mm de largura; fronte de forma triang�
lar com manchas mais escuras na porção próxima ã ãrea adfrontal
e a sutura epicraneal; altura da fronte com o mesmo comprhento
da sutura epicraneal; ãrea adfrontal com dois pares de cerdas
e um par de poros Adf-a; epicrâneo com vãrias cerdas e em vis
ta frontal com um par de poros posterodorsais Pdla. Ocelos si
tuados em uma mancha de coloração escura, o 6 menor que os de
mais. Mandibula (Fig. 22-C) sem retinaculum. Espinarete along�
do (Fig. 22-D).
Tõrax com o par de espirãculos ovõides do prot�
rax (Fig. 23-A) mais largos que os espirãculos abdominais; gr�
po preespiracular consistindo de duas cerdas localizadas em um
pinãculo; cerda VIII presente nos três segmentos torãcicos. Mt
sotõrax e metatõrax (Fig. 23 -B) com cerdas localizadas em dis
tinto pinãculo.
Abdômen (Fig. 24) com cerda extra ausente em to
dos os segmentos; cerda IIIa ausente nos segmentos AIX e AX e
presente nos demais; grupo VII trissetoso nos segmentos AI e
AII� bissetoso no AVII, unissetoso no AVIII e AIX e ausente
nos demais segmentos; cerda I em calaza nos segmentos AVII,
AVIII e AIX; falsas pernsas presentes nos segmentos AIII a AVI
e AX, sendo as dos segmentos AIII e AIV menos desenvolvidas
que as demais; ganchos uni ordinal arranjados em mesosserie ho
môidea.
34

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..1

Fig. 21 - Lagarta de Diopa sp. no ultimo instar.

Material, Examinado: BRASIL. Pará, Castanhal, Km 92 da Rodovia


BR-316, X-1978 (A.M.C.Mendes), 12 exs., Belém, CEBEL, V-1980
(W.Matos), 14 exs. Amazonaq _, Manaus, Km 30 da Rodovia Manaus-It�
coatiara, VIII-1979 (A.C.Mendes), 3 exs. Rondônia, Ariquemes ,
Faz. José Alves, VIII-1979 (A.C.Mendes), 6 exs. Maranhão, Sta.
Inês, V-1980 (A.e.Mendes), 3 exs.

Dis tribu.1.ç;ão Geográfica: BRASIL (Amazonas ., Maranhão ., Pará ., Ron


dônia).
35

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Fig.22 - Diopa sp. - A: cabeça em vista frontal; B: cabeça


em vista lateral; C: mandíbula (vista externa e
interna); D: espinarete.
3 6.

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38

Hospedeiro: Theob roma cacao.

Inimigos Naturais: Constatou-se o parasitismo da espêcie por


Apanteles sp. (Braconidae) e por Nematoda n. det.

Comentários: De acordo com o Dr. VICTOR BECKER (comunicação pe�


soal), trata-se de uma espécie bastante prõxima a Diopa corone
Schaus, provavelmente nova, cujo gênero inclui muitas espêcies
e de biologia desconhecida.
Ocorre com bastante frequência em folhas novas
de cacaueiros no campo e viveiro, tendo-se constatado surtos
em outubro/78, em lavouras da região de Castanhal-Pa.
A coloração do corpo da lagarta Diopa sp. ê bas
tante característica, podendo ser utilizada como meio auxiliar
para sua separação das demais especies.

4.3.2.5. Hemeroblemma numeria (Drury,


1884) (Fig. 25)

Descrição: Coloração marrom com manchas mais escuras distribui


das em todo o corpo e na cabeça. Mede 60mm de comprimento.
Cabeça (Figs. 26-A e 26-8) com 3mm de largura;
fronte com um par de cerdas frontais Frl, situadas acima dos
poros frontais Fra; altura da fronte menor que o comprimento da
sutura epicraneal; epicrâneo com inumeras manchas escuras e sem
poros posterodorsais; ocelo 2 equidistante do ocelo 1 e do oce
lo 3; ocelos 5 e 6 prõximos e em tamanho menor que os demais.
Mand1bula (Fig. 26-C) com dentes distais e com retinaculum Es
pinarete (Fig. 26-C) curto e sem projeção apical.
Tõrax apresentanto o protõrax (Fig. 27-A) com
varias cerdas; grupo preespiracular bissetoso; cerda IV do gr�
po preespiracular mais delgada e menor que as demais; cerda ex
/ 39

tra presente entre as cerdas Ia e Ib e entre Ia e IIa; grupo VI


situado em uma distinta mancha de coloração escura, cerda VIII
presente. Mesotõrax e metatõrax (Fig. 27-B) com as cerdas Ib,
III e VII presas isoladamente a um pinãculo; cerda VIII prese�
te nos três segmentos protorãcicos. Espirãculo ovÕide.
Abdômen (Fig. 28) com cerda extra ausente entre
as cerdas I e II de todos os segmentos; grupo VII ausente nos
segmentos AIV a AVIII, trissetoso nos segmentos AI, AII e AIII
e unissetoso nos segmentos AIX e AX; cerdas IIIa, IV, V e VI
prõximas ao espirãculo de forma ovõide, nos segmentos AI, AII
e AVIII; presença de um tubêrculo no AVIII, estando inserida ao
mesmo, a cerda II; falsas pernas presentes nos segmentos AIV ,
AV, AVI.e AX com ganchos uniordinal arranjados em mesosserie
homÕidea.

Fig. 25 - Lagarta de Hemeroblemma numeria


(Drury) no ultimo instar.
4U

Material Examinado: BRASIL. Pará, Castanhal, Km 92 da Rodovia


BR-316, X-1978 (A.M.e.Mendes), 6 exs., Km 97 da Rodovia Transa
mazônica, X-1979 (e.R. BieELLI), 2 exs., Amazonas, Manaus Km-3O
da Rodovia Manaus-Itacoatiara, VIII-1979 (A.e.Mendes), 4 exs.,
Rondônia, Ouro Preto d'Oeste, E SEOP, V-1979 (A.e.Mendes), 11
exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Amazonas > Pará > Rondônia).

Hospedeiro: Theobroma cacao

Inimigos Naturais: Não constatou-se inimigos naturais para a


especie no decorrer da pesquisa.

Comentários: H. numeria (Drury) alimenta-se de f olhas novas e


do pericarpo de frutos novos do cacaueiro, 1ocomovendo-se "me
dindo palmos".
Em Trinidad, KIRKPATRie (1953) assinalou a oco�
rência das especies H. rengus (Poey) e H. leontia (Stoll), se
parando as lagartas, pela presença de uma mancha amarela na ma�
gem anterior dorsal do segundo segmento abdominal em H. rengus
(Poey).
Na Amazônia, constatou-se a ocorrência de H.
leontia (Stoll), porem com baixa frequência.

Não se evidenciou a presença de H. mexicana(Gu�


nee), espêcie comum nas lavouras da Bahia e Espírito Santo
(SILVA, 1944; ABREU, 1968), embora citada por COSTA (1977) co
mo praga no Estado do Parã.
41

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frontal; B: cabeça em vista lateral; C: mand!bula
(vista externa e interna); D: espinarete.
42

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Hemeroblemma numeria (Drury).
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44

4.3.2.6. Pseudoplusia includens (Walker,


1857) (Figº 29)

Descrição: Coloração verde com uma listra médio-dorsal branca


e listras brancas situadas ventralmente ao tubérculo das cer
das I e II e dorsalmente aos espirãculos. Apresenta no ultimo
instar larval, 29-32mm de comprimento.
Cabeça (Figs. 30- A e 30-B) medindo 2 ,3mm de lar
gura, cor verde com uma linha escura prõxima aos ocelos. Fron
te com um par de cerdas frontais Fr 1 situadas acima dos poros
frontais Fra; altura da fronte maior que o comprimento da sutu
ra epicranea 1; ãrea a d fronta 1 com os d ois pares de cerdas Adf-1
e Ad f- 2; epicrâneo com manchas escuras esparsas em vista fron
tal, apresentando as cerdas Pd-1, Pd-2 e poros Pd- 2a situados
em uma distinta mancha lateralmente a cerda L- 1, que por sua
vez, localiza-se em uma pequena mancha escura. Os ocelos enco�
tram-se acima de uma linha escura presente na gena; oc.elo 3
mais prõximo do ocelo 4 que do ocelo 2; ocelos 5 e 6 prõximos
entre si; ocelo 1 maior que os demais. Mandibula (Fig. 30-C)
com dentes distais distintos. Espinarete (Fig. 30-D) estreito
e pouco alongado.
Tõrax com protõrax (Fig. 31-A) sem cerdas extras
no escudo protorãcico; grupo preespiracular unissetoso; espirI
culo eliptico, branco com os bordos castanhos. Todas as cerdas
do protõrax acham-se localizadas em pinãculo de cor negra; ce�
da VIII presente ventralmente as pernas protorãcicas. Mesotõ
rax e metatõrax (Fig. 31-B) com Ia e IIb situadas em pinãculo
de cor escura; cerda IIIa aasente; cerda VIII presente.
Abdômen (Fig. 32) com falsas pernas presentes so
mente no AV, AVI e AX; cerda extra ausente em todos os segme�
tos; cerda IIIa ausente; espirãculo do AVIII maior que os de
mais; grupo VII bissetoso nos segmentos AI e AII, unissetoso
45

em AIII, AIV, AVII e AVIII, e ausente nos demais segmentos; fal


sas pernas com ganchos uniordinal arranjados em mesosserie ho
. moidea.

Fig. 29 - Largarta de Pseupoplusia includens


(Walker) no ultimo instar.

Material Examinado: BRASIL, Pará, Castanhal, X-1978 (A.C.M.Me�


des), 12 exs., Belem, CEBEL, V-1979 (A.M.C.Mendes), 14 exs.
Amazonas, Manaus, Rodovia Manaus-Itacoatiara Km 30, VIII- 1979
(A.C.Mendes), 2 exs., Rondônia, Ouro Preto d'Oeste, ESEOP, VII
-1979 (A.e.Mendes), ll exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Alagoas, Amazonas, Minas Ge


rais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeir�
Rondônia, são Paulo), CANADA, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA e MEXI
co.
46

Hospedeiros: Ageratum conyzoides > Andropogon schoenanthus> Beta


vulgaris esculenta > Beta vulgaris cicla > Brassica oleracea ac�
phala, Brassica oleracea capitata > Desmodium pabulare, Gossu_
pium herbaceum, Lactuca sativa > Linum usitatissimum, Lycopersf
cum esculentum, Nicotiana sp.> N. affinis > N. sanderae > Ocimum
basilicum > Phaseolus vulgaris, Pisum sativus, Salvia hispanic�
S. splendens, Solanum tuberosum, Spinacia oleracea, Tragia in
cana (SILVA et alii, 1968), Glycine max (CORREIA, 1975; GALLO
et alii, 1978), espêcie polifaga (EICHLIN, 1975; EICHLIN e
CUNNI NGHA N, 19 78 ), He lianthus deb ilis (MARTI NE L LI et alii, l98 3)
e Theobroma cacao.

Inimigos Naturais: Varia ruralis (Fallên) (Tachinidae) (SAUER,


1946; GUIMARAES, 1977), Litomastrix truncatellus (Dalm.) (Ency.!:_
tidae), Meteorus sp. (Braconidae), Gravenhorstiini (Ichneumoni
dae) (CORREA, 1975) e Euphorocera floridensis Towsend (Tachini
dae) (MENDES et ali1:, 1979).

Comentários: A espécie ocorre em folhas novas de cacaueiro no


campo e viveiro.
ANGULO e WEIGERT (1975) descreveram e elabora
ram chaves para identificação das formas imaturas de P. inclu
dens (Walker), separando sua lagarta de outros noctuídeos
por apresentar tr�s pares de falsas pernas e espinarete largo
na base e afilado para o ap,ce.
EICHLIN 'e CUNNINGHAN (1969 e 1978) e EICHLIN
(1975) caracterizaram a lagarta por apresentar a hipofaringe
com radulÕide composto de 10 espinhos.
Como as especies anteriores, mo,1imenta-se "me
dindo palmos", dai a sua denominação vulgar de lagarta ''falsa­
-medideira'.'
47

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Fig.30 - Pseudoplusia incLudens(Walker) - A: cabeça em vista fron­


tal; B: cabeça em vista lateral; C: mandíbula (vista ex­
terna e interna); D: espinarete.
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Fig.31 - Quetotaxia do protorax (A) e metat;rax (B) de Pseudoplusia


includens (Walker).
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incZudens (Walker).
50

4.4. FAMILIA OECOPHORIDAE


4.4.l. Chave para identificação das laga�
tas.

l. Presença de manchas escuras em toda a cabeça (Figs. 34-A e


B); mandíbulas sem dentes distais distintos (Fig. 34-C)
grupo VII presente em todos os segmentos abdominais (Fig.
36); cerdas IV, V e VI reunidas em uma mancha escura no
AIX (Fig. 36) ......................... Cerconota dimorpha

l'. Ausência de manchas escuras em toda a cabeça (Figs. 39-A e


B); mandíbulas com dentes distais distintos (Fig. 39-C)
grupo VII ausente nos segmentos AIII a AVI (Fig. 41); so
ment e as cerdas IV e V reunidas em uma mancha escura no
AIX (Fig. 41) ......................... Zetesima baliandra

4.4.2 . Descrição das laqartas mais freqUe�


tes.
4.4.2.1. C erconota d�morpha Duckworth,
1962 (Fig. 33).

Descrição:, Coloração marrom amarelada co.m ,tubérculos


de cor
marrom escuro, maiores na porção dorso-lateral do tõrax e dími
nuindo gradativamente nos segmentos abdominais. Cutícula com
cerdas que nao formam tufos.
Cabeça (Figs. 34-A e 34-B) com 2 ,2 mm de largura
com manchas escuras no epicrâneo; fronte sem ooros frontais;
cerdas frontais pr�ximas entre sí; altura da fronte com tama
nho aproximadamente igual ao comprimento da sutura clipeal; ã
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51

pice da fronte atingindo uma linha imaginãria traçada entre


Adf-2; ãrea adfrontal sem p oros; ocelo 1 em tamanho maior que
os d ema is , est an do os ocel os 3 e 4 c ont 1 g u os . M and , bu l a ( F ig
34-C) sem dentes distais distintos. Espinarete (Fig. 34-D) cur
to.

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cu lar trissetoso, situado em uma mancha escura distinta; grupo
VI bissetoso; cerda VIII ausente; espirãcu lo eliptico de cor
escura. Mesotõrax e metatõrax (Fig. 35-B) com as cerdas Ia e
Ib, II a e IIb e IV e V agru.padas em distintas manchas escuras;
cerda VIII ausente.

Abdômen (Fig. 36) com o grupo VII bissetoso nos


segmentos AI , AII, AVII e AVIII, trissetoso no AIII'aAVI e unisseto
so no AIX; cerdas IV, V e VI reunidas em uma mancha escura no
AIX; falsas pernas presentes nos segmentos AIII a AVI e AX
terminando em colchetes triordinal arranjados em c1rculo com
pl eto.

Fig . 3 3 - Lagarta de Cerconota dimorpha D uc k w o rth no


ultimo instar.
52

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frontali B: cabeça em vista lateral; C: mandibula
(vista externa e interna); D: espinarete.
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Fio.35 - Quetotaxia do protõrax (A) e metatõrax (B) de Cer


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�ig.36 - Quetotaxia dos segmentos abdominais de Cerconota


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54

Material Examinado: BRASIL. Pará, Belem, CEBEL XI-1978 (A.M.C.


Mendes), 4 exs., Castanhal, Km 92 da Rodovia BR-316, X-1978
(A.M.C.Mendes), 3 exs., Tome-Açu, Quatro-Bocas, X-1978 (A.C.
Mendes, 12 exs. Amazonas , Manaus, Km-30 da Rodovia Manaus-Ita
coatiara, VIII-1979 (A.C.Mendes), 2 exs. Rondônia, Ouro Preto
d'Oeste, ESEOP, V-1979 (A.e.Mendes), l ex. Maranhão, Sta. Inês,
V-1980 (A.C.Mendes), 2 exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Amazonas, Maranhão, Pará, Ron


dônia).

Hosp edeiro: Theobroma cacao

Inimigos Natura is: Sp ilochalcis sp. (Chalcididade) e Hemisturmia


carcelioides Towsend (Tachinidae), sendo este ultimo, referido
por GUIMARAES (1977) como parasito de Hylesia sp. e Hyperchiria
incisa Walker em S. Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente.

Comentários: Especie de grande freqüência na região, com sur


tos registrados em 1979, que possibilitaram a GARCIA e MENDES
(1980) demonstrar a eficacia de inseticidas no controle da mes
ma.
Na reg1ao de Belêm, Para, as maiores populações
de e. dimorp ha D uckworth, foram observadas nos meses de menor
precipitação pluviométrica, normalmente de julho a outubro. A
presenta habito noturno, escondendo-se durante o dia, em tü
neis construídos com fios de seda e fezes entre duas ou mais
folhas presas entre si (Fig. 37).
A especie foi descrita no Equador p or DUCKWORTH
/ 55

(1962), como uma das principais pragas do cacaueiro naquele


pais.
Na Venezuela, SANCHES e REYES (1979) assinalaram a
ocorrência de e. carbonifer (Busk), causando danos semelhantes
aos cacaueiroso

Fig. 37 - Caracteristicas do ataque de Cerconota


dimorpha Duckworth.

4.4.2.2º Zetesima baliandra (Meyrick


1965) (Fig. 38).

Descriçao: C oloraçâo marrom,medindo 15mm de comprimento no fil


timo instar larval. Cutícula brilhante com cerdas que não for
mam tufos.
Cabeça (Figs. 39-A e 39-B) medindo l ,7mm de lar
gura com uma mancha escura na região parietal; fronte sem PQ
/ 56

ros frontais com as cerdas Fr-1 aproximadas; altura da fronte


�om tamanho tr�s vezes maior que o comprimento da sutura epl
craneal; ãrea adfrontal com um par de poros Adf-a; epicr�neo
sem manchas escuras e poros posterodorsais em vista frontal; o
celos l e 2 localizados prõximos a uma mancha escura; ocelos 3
e 4 prõximos entre si. Mandíbula (Fig. 39-C) com dentes agudos
distintosº Espinarete curto (Fig. 39-D).
Tõrax a presentando o protõrax (Fig. 40-A) com gr�
po preespiracular trissetoso situado em uma mancha mais escura
que a coloração do corpo; grupo VI bissetoso; cerda VIII pr�
sente; espirãculo escuro e de forma ovõide. Mesotõrax e Metatõ
rax (Fig. 40-B) com as cerdas Ia, Ib, IIa, IIb isoladas em man
chas distintas; cerda VIII p resenteº
Abdômen (Fig. 41) com grupo VII unissetoso nos
segmentos AI, AII, AVII, AVIII e AIX; falsas pernas presentes
nos segmentos AIII a AVI e AX com colchetes triordinal arranja
dos em círculo completo.

Fig. 38 - Lagarta de Zetesima baliandra(Mayrick)


no ultimo instar.
57

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frontal; B: cabeça em vista lateral; C: mandíbula
(vista externa. e vista interna); D: espinarete.
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1978, 7 exs., Benevides, Faz. Serpa1, IX-1978 (A.M.C.Mendes) ,
6 exs., Km-97 da Rodovia Transamazônia, X-1979 (C.R.Bicel.l.i.) ,
5 exs., Amazonas, Manaus, Rodovia Manaus-Itacoatiara Km-30
VIII-1979 (A.e.Mendes), 2 exs. Rondônia, Ouro Preto d'Oeste
V-1979 (A.C.Mendes), 3 exs. Maranhão, Sta. Inês, V-1980 (A.C.
Mendes), 6 exs.

Distribuição Geográfica: BRASIL (Amazonas > Maranhão > Pará > Ron
dônia), GUIANA, GUIANA FRANCESA, PERU e SURINAME.

Hospedeiro: Theobroma cac ao.

Inimigos Naturais: Ptilobaptus sp. (Ichneumonidae)

Coment ários: Espécie comum em toda a Regiio Amazônica, atacan


do folhas maduras de cacaueíros no campo. As lagartas vivem em
colônias protegidas entre duas folhas coladas entre si, com
fios de seda tecidos pelas mesmas. Durante o desenvolvimento
larval, alimentam-se da epiderme das folhas (Fig. 42) e ê con
siderada por CLARKE (1954) e ENTWISTLE (1972), como uma das
mais serias pragas do cacaueiro no Peru.
[
! 60

Fig º 42 - Características do dano de Zetesima ba


liandra (Mayrick) em folhas de cacauei
ro.

-
4.5. FAMILIA PYRALIDAE

4.5.l. Sylepta prorogata Hampson, 1912


(Fig. 43)

Descrição: Coloração verde brilhante medindo cerca de 20mm de


comprimento quando completamente desenvolvida.
Cabeça (Figs. 44-A e 44-B) amarela com 1,8mm de
largura; fronte sem poros frontais; altura da fronte duas ve
zes maior que o comprimento da sutura epicraneal; cerdas ante
/,' 61
I

rodorsais Ad-1, A d-2 e Ad-3 formando um ângulo reto; ocelos l,


2 e 3 maiores que os demais. Mandibulas (Fig. 44-C) com cinco
dentes distintos e sem retinaculum. Espinarete (Fig. 44-0) cur
to e delgado com uma pequena projeção.
Torax: protorax (Fig. 45-A) com o grupo preespl
racular bissetoso localizado em um pequeno pinãculo; grupo VI
bissetoso; espirãculo circular. Mesotõrax e metatõrax (Fig.45-
-B)com as cerdas IIa e IIb, bem como IV e V agrupadas em dis
tintas areas esclerozadas; cerda VIII presente.
Abdômen (Fig. 46) com a cerda II mais prõxima da
I do que da III em todos os segmentos; cerdas IV e V situadas
em uma pinãcula; grupo VII bissetoso nos segmentos AI e AII
unissetoso em AVII, AVIII e AIX e ausente nos demais. Espirãc�
los circulares, com o localizado no AVIII em tamanho maior que
os demais. Falsas pernas presentes nos segmentos AIII a AVI e
AX, terminando em colchetes triordinal arranjados em mesopen�
li pse.

Fig. 43 - Lagarta de Sylepta prorogata Hampson ,


no ultimo instar.
62

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tal; B: cabeça em vista lateral; C: mandlbula (vis­
ta· externa e interna); D: espinare�e.
63

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Fig.4� - Quetotaxia do prot5rax (A) e metat�rax (B) de S�le­


pta prorogata Hampson.
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65

Material Examinado: BRASIL. Pará, Castanhal, Km-92 da BR-316 ,


X-1978 (A.M.C.Mendes), 6 exs., Km-97 da Rodovia Transamazônica,
X-1979 (A.C.Mendes), 4 exs. Amazonas, Manaus, Km-30 da Rodovia
Manaus-Itacoatiara, VIII-1979 (A.C.Mendes), 3 exs. Rondônia
Ouro Preto d'Oeste, Gleba 14, lote 20, V-1979 (F.O.Silva), 4
exs. Maranhão, Sta. Inês, V-1980 (A.C.Mendes), 2 exs.

Distribuião Geográfica: BRASIL (A mazonas ., Bahia., Esp-Írito Sa!!._


to ., Maranhão., Pará., Rondônia., São Paul o), COLOMBIA, TRINIDAD e
VENEZUELA.

Hospedeiro: Theohroma cacao.

Inimigos Natuais: Na Bahia as lagartas sao parasitadas por


Leurus caeruliventris (Cresson) (Ichneumonidae), Perilampus sp.
(Perilampidae) e Microplitis sp. (Braconidade) (FERRAZ et alii.,
1980). Na Amazônia, de lagartas provenientes de Casto.nha1, Re
gião Bragantina, no Estado do Parã, constatou-se os parasitas:
Spilochalcis sp.; Ceratosmicra sp. (Chalcididae) e uma especie
de Nematoda indeterminada.

Comentários: Lagarta conhecida vulgarmente como "enrola folha'',


de grande frequência nos cacauais da Amazônia. Apresenta hãbi
tos noturnos, localizando-se durante o dia, escondida em do
bras das folhas novas construídas com fios de seda. Alimenta­
-se do limbo dessas folhas no campo e no viveiro, reduzindo a
ãrea foliar e consequentemente a capacidade fotossintêtica das
plantas.
66

Surtos das lagartas tem sido observados nos p�


ríodos de lançamento de folhas novas do cacaueiro. Para S. Pau
lo, ARAI et aZii (1983) constataram níveis de ataques ã cultu
ra de atê 70%º

4°6° FAMILIA ARCTIIDAE

4.6.l. Hipercompe sp. (Fig. 47)

Descrição: Coloração marrom com 45 a 50mm de comprimento no ul


timo instar larval e cutícula com inúmeras cerdas em verruca.
Cabeça (Figs. 48-A e 48-B) medindo 3,5mm de lar
gura com presença de cerdas secundarias; fronte com cerdas ex
tras, alem das cerdas frontais Fr-1; altura da fronte igual ao
comprimento da sutura epicraneal; area adfrontal com varias
cerdas alem das Adf-1 e Adf-2; poros adfrontais ausentes; epi
crâneo com vãrias cerdas em vista frontal; ocelo l em tamanho
menor que os demais. Mandíbula (Fig. 48-C) com quatro dentes
distintos e sem retinacuium. Espinarete (Fig. 48-D) longo e
afilado na porção distal.
Tõrax: protõrax (Fig. 49-A) com verruca preespl
racular constituída por varias cerdas plumosas; espirãculo pr�
torãcico elíptico, ligeiramente mais largo que os espirãculos
abdominais; cada metade do protõrax com três verrucas; escudo
protorãcico com vãrias cerdas, representando Ia, Ib, IIa e Ilb,
estando as duas ultimas distintas. Mesotõrax e metatõrax (Fig.
49-B) com quatro verrucas separadas, formando uma linha reta ;
cerdas IV e V em urna única verru ca.
Abdômen (Fig. 50) apresentando em cada metade dos
segmentos AI, AII, AVII e AVIII, oito verrucas, sendo os se1
I 67

mentos AIII a AVI, constituidos por seis verrucas e o AIX por


cinco verrucas; cerda IV formando verruca prõxima aos espirãc�
los abdominais de todos os segmentos; esoirãculos elípticos ,
sendo o do AVIII maior que os demais.

.
l ,•

Fig. 47 - Lagarta de Hipercompe sp. no ultimo


instar.

Material Examinado: BRASIL. Pará, Castanhal, Faz. Sipobrãs


VIII-1980 (A.M.C.Mendes), 5 exs., Belém, CEBEL, V-1980 (W.
Matos), 4 exs.

Distribuição Geográf1:ca: BRASIL (Pará).

Hospedeiro: Theobràma cacao.

• 4
68

Inimigos Na�uais: O �nico inimigo natural constatado para a


regi�o foi o parasito Calocarcelia aurocephala Tompson (Tachl_
nidae).

Comentários: As 1agartas alimentam-se de folhas novas d os ra


mos ortotrõpicos (chupões) no c ampo e de plantas no viveiro
retardando o desenvolvimento das mudas.
Para os cacauais de Trínidad, KIRKPATRICK(l953)
assinalou a presença de H. muzina (Oberth). No Brasil, SILVA
et alii (1968) fizeram referência a oito espécies do g enero em
plantas silvestres e cultivadas, sem contudo mencionar o ca
caueiro como hospedeiro e regiões da Amazônia como locais de
- .
ocorrenc1a.
Diferencia-se facilmente das demais especies p�
lo aspecto característico do corpo, formado por cerdas em ver
ruca.

A B

Fig.49 - Quetotaxia do protórax (A) e metatõrax (B} de Biperco'.!!_


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70

5. CONCLUSÕES

- As especies de Lepidoptera mais comumente en


contradas nos cacauais da região amazônica, em ordem de fre
quencia, são: EucZystes pZusioi des (Walker), Diopa sp., SyZep_
ta prorogata Hampson, Cerconota dimorpha Duckworth, Zetesima
baZiandra (Meyrick), HemerobZemm a numeria (Drury), Hipercompe
sp., PseudopZusia incZudens (Walker), Spodoptera androgea (Cr�
mer) e s. Zatifascia (Wal ker);
- As espécies Cerconota dimorpha Duckworth e Ze
tesima baZiandra Meyrick, ocorrem apenas no campo, enquanto as
demais podem atacar o cacaueiro tanto no campo, como no vivei
ro;
- As especies mais prejudiciais ao cacaueiro na
região sao: EucZystes pZusioides (Walker), Cerconota dimorpha
Duckworth e SyZepta prorogata Hampson;
- As espécies Cerconota dimorpha Duckworth e Ze
tesima baZiandra (Meyrick) alimentam-se de folhas maduras d o ca
caueiro, enquanto Diopa sp., SyZepta prorogata Hampson e Eu
71

clystes plusioides (Walker) alimentam-se de folhas novas, es


tendendo ainda, esta ultima, o ataque aos frutos novos de ca
cau;
- As especies Cerconota dimorpha Duckworth, Ze
tesima baliandra (Meyrick) e Sylepta prorogata Hampson podem
ser facilmente separadas das demais especies, pelas caracterís
ticas de ataque na cultura;
- HemerobZ.emma numeria (Drury), H. Z.eontia (Wa..l_
ker), Hipercompe sp., Monodes agrotina Guenee, Phobetron sp.,
Sibine sp., Spodoptera androgea (Cramer), S. Zatifascia (Wa..l_
Ker) S. eridania (Cramer), Theela sp. e Zetesima baliandra
(Meyrick), foram espécies constatadas pela primeira vez em ca
caueiros na região;
- S. androgea (Cramer), Diopa sp., Euelystes
plusioides (Walker), Hemeroblemma numeria (Drury), Cereonota
dimorpha Duckworth, Zetesima baliandra (Meyrick) e Sylepta pr�
rogata Hampson são lagartas descritas pela primeira vez.
7'2.

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83

7. APÊNDICE
84

7 ,1.
-
GLOSSAR 10

Abaixo relaciona-se a maioria dos termos utili


zados no presente trabalho, os quais foram explicitados util�
zando-se de PETERSON (1962), CARVALHO et alii (1977), MARANHÃO
(1978} e CRUZ (1981).

ABDÕMEN: Terceira reg1ao do corpo dos insetos, caracterizada


pela nitidez de segmentação, presença de falsas pernas
nas lagartas e ausência de apêndices locomotores nos adul
tos.

�REA ADFRONTAL: Um par de escleritos obliquos na cabeça das la


gartas.

BIORDINAL: Ganchos de dois tamanhos arranjados de forma alter


nada em uma Única fileira.

BISSETOSO: Que possui duas cerdas.

CALAZA: Pequena saliência mais ou menos esclerotizada da cut1


cula, possuindo quase sempre uma cerda, ou no rnãximo, qu�
tro.

CERDA: Projeção esclerotizada em forma de pelo, que reveste o


corpo dos insetos.

CERDA: EXTRA: Cerdas sem designação prõpria e posição definida.

CERDA FRONTAL: Cerdas localizadas na fronte dos insetos, acima


das antenas.
g5

CL1PEO: E sclerito da parte inferior da face, entre a fronte e


o lãbio.

COLCHETES: Elementos esclerotizados localizados na planta ou


sola das falsas pernas das lagartas; comumente denomina
dos de ganchos.

EPICR�NEO: Região da cabeça situada entre os olhos e a fronte


dos insetos; parte superior da cabeça, da face ate o pe�
coço nos Lepidoptera.

ESCLERITO: Placas esclerotizadas da parte do corpo, com forma


e função defini das, separadas entre si por linhas chama
das suturas,ou por ãreas membranosas.

ESPINARETE: Porção do 1ãbio localizado na parte livre, em re1�


ção a hipofaringe, através do qual e expelido o fio de se
da das lagartas.

ESPIRÃCULO: Abertura traqueal externa dos insetos; presentes


no p rotõrax e no primeiro ao oitavo segmentos do abdômen;
vestigical ou ausentes nas formas aquãticas.

FALSAS PERNAS: Protuberâncias carnosas não segmentadas dispo�


tas na face ventral do abdômen.

FRONTE: Parte da cabeça limitada pelas suturas frontal e cli


pe al

GANCHOS: Designação comum para colchetes.

GRUPO PREESPIRACULAR: Grupo formado por uma, duas ou três cer


das, localizado no protõrax, mesotõrax, metatõrax e abdô
men das lagartas; grupo importante no protõrax, para iden
tificação de famílias.
86

GRUPO VII: Grupo formado por uma cerda no protõrax, mesotõrax


e metatõrax ou uma a três cerdas no abdômen das lagartas.

HIPOFARINGE: Porção sensorial e mediana da face dorsal do lã


bio inferior dos insetos; estrutura mediana das peças bu
cais que aparecem pós-oralmente e na frente do lãbio infe
rior.

MAND1BULA: Apêndice do aparelho bucal dos insetos mastigadores;


um dos pares anteriores d as peças bucais, normalmente as
mais desenvolvidas.

MESOTÕRAX: Segundo segmento do tõrax dos insetos onde se encon


tra o segundo par de pernas e nos adultos alados, o prl
meiro par de asas.

METATÕRAX: Terceiro segmento do tõrax dos insetos on de se inse


rem o terceiro par de pernas e nos adultos alados, o se
gundo par de asas.

MESOPNEL1PSE: Quando a serie de ganchos e continua para o lado


da linha media do corpo.

MESOSSERIE HOMÕIDEA: Fila ou serie de ganchos de igual tamanho


mais ou menos reta, encurvada ou até angular, disposta m�
is prÕximo da linha media do�corpo que da margem lateral.

MESOSStRIE HETERÕIDEA: Quando a posição central da serie e for


mada por ganchos bem desenvolvidos e as extremidades por
ganchos muito p�quenos ou r udimentares.

MULTIORDINAL: Ganchos de mais de três tamanhos arranjados em


uma Única serie.
87 ,1

OCELO: Olho simples dos insetos; nas lagartas sao em numero de


seis, situados na base da mandibula.

PINÃCULO: Pequena ãrea esclerotizada da cutícula, achatada ou


levemente elevada, provida de uma ou ate quatro cerdas.

PORO: Qualquer orif1cio, abertura ou intersticio minimo.

PROTÕRAX: Primeiro segmento t orãcico, onde acha-se inserido o


primeiro par de pernas; parte anterior do tõrax.

QUETOTAXIA: Arranjo, disposição e nomenclatura das cerdas de


uma determinada região do exoesqueleto dos art rõpodes.

RADULÕIDE: Processo membranoso mõvel, provido de espinhos, lo


calizado na hipofaringe.

RETINACULUM: ApÕfise mediana da face interna da mandibula.

SUTURA CLIPEAL: Sulco externo semelhante a uma linha, localiza


da na cabeça dos insetos, entre a fronte e o clipeo.

SUTURA EPICRANEAL: r a que compreende as suturas coronal e


f ro nta1, fo rmando um Y i n ve r tid o, do ve r tex ate a s utu ra
clipea1.

TRIORDINAL: Ganchos de três tamanhos, dentro da mesma série ou


fila, com suas bases alinhadas.

TRISSETOSO: Que possui três cerdas.

TUBtRCULO: Saliência arredondada

TUBtRCULO SECUNDÃRIO: Saliência arredondada sem localização de


finida.
0�IORDINAL: Ganchos de um s6 tamanho arranjados em uma Gnica
serie; ãs vezes diminuindo gradativamente, ã medida que
se aproximam das extremidade s da série.

U N I S SETOSO : Que p os sui um a ce r da .

VERRUCA: Tufo de finas cerdas orientadas para direções diver


sas, inseridas em uma elevação cuticular.

VERTICE: Ponto culminante da cabeça, normalmente entre os o


lhos c ompostos e a sutura occipita1.

7,2, HOSPEDEIROS DAS LAGARTAS MAIS FREQUENTES

Nome C1en1:ífico Nome vulgar

Ageratum �onyzoides erva de São João


Andropogon schoenanthus erva cidreira
A 7, l,'.um cepa c ebola
Heta vulgaris cicla acelga
B. vulgaris esculenta beterraba
Brassica oleracea aeephaía couve
B. oleracea capitata couve f1 or
Capsicum annuum pimentão
Desmodium pubulare feijoeiro-de-boi
Eucalyptus s p. eucalipto
GTycine max soja
Gossypium herbaceum algodoeiro
Helianthus debilis girassol
Ipomoea batat;as oatata doce
o9

Lactuca sat1-vo. alface


Linum usi�at�ss�mum linho
Lycopersicum e sculentum tomateiro
Musa sp. bananeira
LVicotiana aff inis fumo
N. sanaerae
o
fumo
1vicot1'.ana s p. fumo
Ocimum basilicum manqericão
Phaseoius vulgaris feijoeiro comum
Pisum sativus ervilha
Ricinus communis mamoneira
Sa ívia hispanico. sal via
S. sp lendens sa1via
Solanum tuberosum batatinha
Spinacia oleracea espinafre
Theobroma cacao cacaueiro
Tragia incana urtiga branca do agreste
Zea mays mi 1 ho
/
I
9u

7,3, FIGURAS DOS ADULTOS

Fig. 51 - Spodoptera androgea (Cramer, 1782) Ô

li 111q111111rrq11111\lll\\ll\ \ 1
7 8 9 1 lo 1 1
1
Fig. 52 - Spodoptera latifascia (Walker, 1856) Q
91

Fig. 53 - Euclystes plusioides (Walker, ·1857)

1 1
Fig. 54 - Diopa sp.
f
I

Fig. 55 - Hemeroblemma numeria (Drury, 1884)

Fig. 56 - Pseudoplusia i�cludens (Walker, 1857)


93

F i g . 5 7 - Ce r e o no ta d i mor p h a lJ u e k w o r t h , l 9 6 _2 Ô Q

1 Cn'\

Fig. 58 - Zetesima baliandra (Meyrick, 1965)


/
94

Fig. 59 - Sylepta prorogata Hampson, 1912

Fig. 60 - Hipercompe sp. 2.

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