Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OMM
O Manual da Manutenção UOB
SUMARIO
1. OBJETIVO................................................................................................................................................................ 5
2. ABRANGÊNCIA / REVISÕES E CONTROLE.................................................................................................................. 5
2.1. ABRANGÊNCIA........................................................................................................................................... 5
2.2. CONTROLE DO MANUAL............................................................................................................................. 5
3. REFERÊNCIAS........................................................................................................................................................... 5
4. DEFINIÇÕES............................................................................................................................................................. 6
Definições dos principais termos utilizados no Processo Manutenção:..............................................................................6
5. EVOLUÇÃO HSTÓRICA DA MANUTENÇÃO................................................................................................................ 7
6. ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO NA GERDAU............................................................................................................ 8
6.1.1. Definição de Manutenção.....................................................................................................................................8
6.1.2. Curva PF.................................................................................................................................................................8
6.1.3. Curva de Falha (Ou Curva da Banheira)................................................................................................................9
6.1.4. Tradução do Avião da Qualidade na Manutenção.............................................................................................11
7. ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO OURO BRANCO:.................................................................................................... 12
7.1 RCM – Manutenção Centrada em Confiabilidade........................................................................................... 12
7.2 Treinamento das equipes.............................................................................................................................. 14
7.3 MANUTENÇÃO SENSITIVA............................................................................................................................. 16
7.3.1 Inspeções Sensitivas:...........................................................................................................................................16
7.3.2 Elaboração dos Roteiros Inspeções.....................................................................................................................16
7.3.3 Elaboração dos Planos de Inspeção....................................................................................................................17
7.3.4 Fluxo de Inspeção utilizando o meio Mobile:......................................................................................................18
7.3.5 Execução das Inspeções.......................................................................................................................................19
7.3.6 Entrega da Inspeção............................................................................................................................................19
7.4 PAPEL E RESPONSABILIDADE......................................................................................................................... 19
7.4.1 Engenharia de Manutenção................................................................................................................................20
7.4.2 Engenharia de Manutenção - Sistemas e Métodos.............................................................................................21
7.4.3 Engenharia de Manutenção - CMAG...................................................................................................................21
7.4.4 Função Execução.................................................................................................................................................22
7.1.1.1. Líder da Execução:.....................................................................................................................................................22
7.1.1.2. Execução ADM:......................................................................................................................................................... 22
7.1.1.3. Função Execução Turno:...........................................................................................................................................23
7.4.5 Função Inspeção..................................................................................................................................................24
7.4.6 Função Programação..........................................................................................................................................25
7.4.7 Função Preparador de Materiais.........................................................................................................................25
7.4.8 Função Coordenação da Equipe..........................................................................................................................26
7.4.9 Função Melhoria..................................................................................................................................................26
7.5 SISTEMATIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO............................................................................................................. 28
7.5.1 Controle Inicial.....................................................................................................................................................28
7.5.2 Dados Mestres.....................................................................................................................................................31
7.5.3 Locais de Instalação............................................................................................................................................31
7.1.1.4. Representação Esquemática:....................................................................................................................................31
7.1.1.5. Tabela de Código dos Sistemas Produtivos - UOB.....................................................................................................32
7.5.4 Classes >> Características >> Parâmetros da caraterística.................................................................................33
7.5.5 Centros de Trabalho............................................................................................................................................33
7.5.6 Grupos de Planejamento.....................................................................................................................................34
7.5.7 Lista de tarefas / Roteiros...................................................................................................................................34
7.5.8 Operações na Lista de Tarefas............................................................................................................................36
7.5.9 Planos de Manutenção........................................................................................................................................37
1. OBJETIVO
2.1.ABRANGÊNCIA
Este procedimento aplica-se a Gerdau Ouro Branco, abrangendo os documentos dos Sistemas de Gestão
de Manutenção.
2.2.CONTROLE DO MANUAL
A cada revisão, novos exemplares são enviados eletronicamente a todos os possuidores do Manual,
conforme lista de distribuição, os quais são responsáveis pela eliminação da cópia obsoleta e revisão dos
documentos correspondentes, quando aplicável.
3. REFERÊNCIAS
4. DEFINIÇÕES
Criar a base para o Gerenciamento da Rotina, garantindo a estabilidade dos resultados dos
Processos e o atendimento das necessidades das Partes Interessadas;
Termo Definição
Sistema ou equipamento que tenha uma função específica no processo e que seja necessário
Ativo
a gestão de seu ciclo de vida (um ativo está desvinculado dos níveis de local de instalação).
Tabela 1
Abaixo temos uma linha do tempo com um resumo da evolução histórica da manutenção, relacionando com os
principais eventos deste processo na Gerdau.
Figura 1
De uma forma geral nota-se que a manutenção da Gerdau tem evoluído, acompanhando as tendências do
processo, caminhando no sentido do CBM (manutenção baseada na condição), utilizando de soluções digitais
para potencializar os resultados, tendo em vista o futuro desenvolvimento da gestão de ativos.
Excelência Operacional
Engenharia de Confiabilidade
Gestão Estratégica
Gestão de Controle
Gestão Básica
Figura 2
baseadas no tempo (TBM), pois são elas que garantem as condições mínimas da função do ativo (limpeza,
lubrificação, alinhamento, tensionamento, etc...).
Depois, entre o ponto P (falha potencial) e o ponto F (falha funcional), temos os momentos mais adequados para
aplicarmos as técnicas preditivas e inspeções sensitivas (CBM), e em seguida as técnicas preventivas (TBM).
Estudos de manutenção tem demonstrado que, normalmente, a ocorrência de uma falha funcional inicia de uma
forma que não impacta no desempenho da função, ou seja, inicia através de uma anomalia e que também
denominamos de falhas potenciais. A grande tarefa da manutenção é a identificação das anomalias e a
adequada remoção do sintoma/causa fundamental.
Figura 4
Atividades não planejadas e corretivas são muito mais caras que atividades planejadas, como exemplificado na
Figura 4. Maiores benefícios podem ser obtidos se aplicarmos corretamente as técnicas (políticas) o quanto mais
“a esquerda” da curva PF. Porém também devemos considerar que o custo para aplicação dessas técnicas é
maior e, portanto, deverá ser considerado no momento da definição da técnica a ser utilizada. Observa-se que,
aplicando as técnicas adequadas e no momento correto, conseguimos identificar precocemente uma anomalia
(falha potencial) e tratá-la de forma a evitar uma falha funcional, o que é muito mais barato e rápido.
Curva de falha, também conhecida como curva da banheira é a curva que ilustra claramente o comportamento
característico de um ativo em relação à taxa de falhas no decorrer do tempo, observando todo seu ciclo de vida,
como indicado na Figura 5.
Todo ativo tende a falhar no período inicial e final do seu ciclo de vida. O período inicial onde a taxa de falhas é
decrescente é conhecido como mortalidade infantil. Neste período, as falhas ocorrem por erros no processo de
instalação do equipamento, desde a concepção, projeto, fabricação, montagem e testes, ou seja, em todas as
etapas do ciclo de implementação de um novo equipamento.
A maneira de se reduzir as falhas nesta fase é garantindo uma boa análise e acompanhamento durante a
implementação, desde a concepção do projeto, especificação, aquisição, fabricação, montagem e posta em
marcha. É o que chamamos de controle inicial.
O período final onde a taxa de falhas é crescente é conhecido como período de desgaste e deterioração dos
Ativos. Nesta fase, as falhas ocorrem por fadiga do componente, envelhecimento e desgaste generalizado que
exigem uma intervenção mais profunda de manutenção (grande reforma).
Trata-se do ciclo básico necessário para garantir a gestão da rotina no dia-a-dia e ter resultados estáveis:
Figura 6
Tais práticas somadas buscam garantir a estabilidade do processo, dentro do ciclo SDCA.
É suportado pela evolução contínua nos diferentes pilares que formam o processo de Manutenção.
Gestão Básica
Gestão de Controle
Gestão da Estratégia
Confiabilidade
Figura 7
A manutenção centrada em confiabilidade (RCM) tem por objetivo padronizar a definição ou atualização de uma
estratégia de manutenção para um determinando ativo físico.
RCM é uma metodologia originalmente nascida da aviação, onde tem seu escopo voltado a padronizar um
processo de manutenção desde de seu nascimento em 1978 até os dias atuais. Por John Moubray em seu livro
“RCM II” ele se refere ao RCM como uma mentalidade que direciona onde não é necessário somente realizar as
tarefas de manutenção determinadas para que se tenha resultado na estabilização do processo, e sim, realizar
as tarefas certas.
Figura 8
Figura 9
Os colaboradores que exercem as funções de manutenção deverão buscar capacitação nos itens
abaixo:
STAFF ELÉTRICA
COORDENADOR
MANUTENÇÃO
GERENTES DE
MECÂNICA
EQUIPES
STAFF
PMT_01M: Manutenção -
O
Conceitos
PMT_02M: Dados Mestres -
O
Completo
PMT_03M: Dados Mestres -
O
Visão Geral
PMT_04M: Manutenção
O
corretiva não planejada
STAFF ELÉTRICA
COORDENADOR
MANUTENÇÃO
GERENTES DE
MECÂNICA
EQUIPES
STAFF
Item Descrição EXECUÇÃO
/ INSPEÇÃO
PMT_05M: Manutenção
O
Periódica Completo
PMT_06M: Manutenção
O
Periódica - Visão Geral
PMT_07M: Corretiva planejada,
reparo de conjuntos e melhoria O
PMT_09M: Programação -
O
Completo
PMT_11M: Programação -
O
Visão Geral
PMT_14M: Relatórios (ECC/BI)
O
São inspeções realizadas que além do monitoramento dos dados Qualitativos, também possui referências
Quantitativas com grandezas, limites e parâmetros.
Ronda: São Ordens (ZM04) que são executadas com alta frequência (diariamente e/ou por turno) com foco em
identificar anomalias ou falhas aleatórias de Rápida Progressão/Frequência Elevada ou em função das
Características Operacionais que podem produzir danos acidentais a qualquer momento. Tipicamente realizadas
pelo Plantão ou Padrinhos.
Rota: São Ordens (ZM04) que são executadas com Frequências Menores que as Rondas (semanal, quinzenal,
mensal, etc...) voltados a identificar anomalias de Progressão Lenta ou onde é necessário Maior Especialização
no diagnóstico.
No caso das inspeções realizadas em áreas operacionais (exemplos: oficina de cilindros, oficina de segmentos e
moldes, oficina de setores, áreas de preservação metálicas e refratárias...) estas ordens são do tipo ZM10.
Para o caso específico de Inspeções Sensitivas (Rotas ou Rondas), é recomendado utilizar Chaves Modelo para
a construção dos roteiros.
A chave modelo é uma funcionalidade no SAP, que permite gravar um texto padrão e posteriormente associ- lo
às operações de listas de tarefas e de ordens de manutenção. Utilizamos esta funcionalidade para descrever o
quê deve ser avaliado no componente durante a inspeção física.
Esse material foi desenvolvido para facilitar a Padronização, o Registro no SAP e as posteriores Pesquisas.
Existe Chave Modelo para os principais Modos de Falha dos principais componentes e sistemas auxiliares
Mecânicos e Elétricos utilizados em nossa planta.
Estas devem ser utilizadas como Base para criação, porém devem ser realizados ajustes em função de cada
área/planta, pois podem haver Modos de Falha Específicos não mapeados.
Alguns exemplos:
- Componentes: Bomba hidráulica, redutor, cilindro pneumático, etc...
- Sistemas auxiliares: Refrigeração a água do motor, unidade de lubrificação automática, etc...
Seguem abaixo a figura 10, que mostram detalhes dos Roteiros de exemplos no SAP:
Figura 10
Estas chaves modelo estão consolidadas em arquivo único, disponível no Greendocs para futuras consultas e
revisões:
Figura 11
Após o estudo da Função do ativo, suas Falhas Funcionais e seus respectivos Modos de Falhas, conforme
comentado no tópico de RCM, é definida a Estratégia de manutenção do ativo, e assim, iniciada a construção
dos Planos de Manutenção no SAP, através do cadastro das listas de tarefas e Itens/Planos, com definição da
periodicidade, detalhes da execução e recursos necessários.
É igualmente importante consultar outras fontes de informação para a conclusão da lista de inspeções, tais
como, regulamentações por Norma, Diretrizes Corporativas, recomendações do GRO, dentre outros.
Figura 12
Todas as inspeções de manutenção possuem roteiros e planos cadastrados no SAP, tipo de ordem ZM04, e
acontecem conforme fluxo simplificado abaixo:
Figura 13
Para o desdobramento da estratégia da manutenção, cada uma das áreas e funções precisa cumprir suas
atividades e responsabilidades.
No processo de manutenção na Gerdau Ouro Branco o desdobramento na rotina está suportado pela
seguinte estrutura:
7.1.1.1.Líder da Execução:
13. Registrar e ou zelar pelo registro das informações relacionadas à execução da manutenção em
que sua equipe atuou;
14. Participar do tratamento de falhas de manutenção, em apoio ao inspetor, nos eventos em que
participou;
7.1.1.2.Execução ADM:
12. Contribuição técnica para a revisão dos desenhos, diagramas, padrões e softwares;
15. Fazer análise qualitativa do apontamento de paradas emergenciais de manutenção do seu turno;
12.Fazer e manter atualizado o inventario de bloqueio de fontes de energias de sua área de atuação;
15.Gestão do Backlog;
16.Gestão de terceiros;
1. Gestão das demandas de compras de materiais, serviços de oficina e spots indicados nas ordens de
manutenção;
4. Requisições de materiais não estocáveis planejados nas ordens, via carrinho de compra;
6. Realizar acompanhamento de status, das demandas de reparo de conjuntos da área, junto à oficina
e fornecedores;
9. Transporte de materiais e conjuntos (área > almoxarifado, oficina > área, área > oficina, área >
destinação de resíduos ou alienado);
10. Disponibilizar peças e conjuntos nas frentes de trabalho para execução das manutenções
planejadas;
11. Realizar conferências, inspeção e testes de simples complexidade nos conjuntos adquiridos ou
reparados;
12. Operar máquinas para carregar e descarregar peças e conjuntos, quando for inerente ao processo
a que atende;
13. Guarda ou devolução de materiais novos e estocáveis não utilizados, bem como o descarte dos
materiais não reaproveitáveis;
15. Abertura de BD’s (Boletim de Divergência) quando houver necessidade de devolução de materiais;
1. Gestão de Pessoas;
A função melhoria, representada pelo staff de apoio as áreas de manutenção, tem as seguintes atividades sob
sua responsabilidade:
1. Coordenar / efetuar as atividades do controle inicial para todos novos equipamentos e sistemas a
serem implantados na unidade de responsabilidade direta da área
16.Elaborar ou revisar análise crítica de GRO. Planejar, executar e/ou auxiliar na execução das ações
17.Elaborar, fazer análise crítica, identificar problemas crônicos, encaminhar soluções e divulgar perfil
de perdas
18.Realizar DTM
21.Tratar as falhas dos equipamentos de maior complexidade técnica ou por demanda do coordenador
e/ou inspetor
É o conjunto de ações conduzidas, desde a concepção até o start-up dos novos equipamentos, através de um
trabalho integrado entre equipes de Operação, Manutenção, Engenharia e Suprimentos, que contribuem para
otimizar a fase de montagem, start-up e desempenho dos equipamentos novos ao longo de seu ciclo de vida.
O principal objetivo do controle inicial é, atuando desde o início do projeto, tomar ações para diminuir a fase de
falhas iniciais (mortalidade infantil) e assim aumentar a disponibilidade e a vida dos novos ativos (curva da
banheira).
Principais tópicos que devem ser abordados no controle inicial:
Figura 14
Para a entrega de novos projetos elaborados pela Engenharia CAPEX ou Engenharia de Manutenção, a entrega
para a área deve seguir juntamente com a entrega da documentação técnica, estruturação da estratégia de
manutenção e sistema e capacitação para a área, conforme as responsabilidades descritas no formulário a
seguir:
Comentários:
Aprovador (Cliente):
Assinatura / NP / Data
Tabela 3
Figura 15
Legenda:
Onde:
(2) AAN - Sigla do Sistema Produtivo (Conforme item 9.9.3.2 deste manual).
(3) XXXX - Caracteres alfa ou numérico , representando a Unidade produtiva, setor ou grupo de
equipamentos.
(4) XXXXX - Caracteres alfa-numérico, alfa ou numérico , representando um equipamento ou partes dos
grandes equipamentos
(5) XXX - Caracteres alfa-numérico, alfa ou numérico , identificando a parte ou o sistema do equipamento
De acordo com o volume de dados, a alteração no SAP pode ser cadastrada de duas formas:
• Em massa, via Engenharia de manutenção, caso sejam muitos locais: utilizar os modelo disponível em
OB-FORM-612-001 para solicitar o preenchimento.
• Alteração individual podem ser realizadas via engenheiro de manutenção nas áreas.
Sistema
Área Código Área
Produtivo
AC1 Aciaria LG1 Logistica da Usina Ouro Branco
AF1 Alto Forno 1 LS1 Laminação Secundária
AF2 Alto Forno 2 OC2 Oficina de Cilindros da Lamin. de Planos
AM1 Administração de Materiais OF1 Oficinas de Manutenção Central Usina OB
AT1 Acabamento da Laminação de Tarugos PC1 Pátio de Carvão
CA1 Produção de Cal (Calcinação) PD1 Pátio de Distribuição Coque e Sinter PD1
CB1 Carboquímico 1 PE1 Laminação de Perfis
CB2 Carboquímico 2 PM1 Pátio de Minérios
CO1 Processo de Fabricação de Coque 1 RE1 Recebimento de Matérias-Primas
CO2 Processo de Fabricação de Coque 2 SI1 Processo de Fabricação de Sinter
ED1 Edificação da usina de Ouro Branco SI2 Processo de Fabricação de Sinter
FM1 Laminação de Fio-Máquina TQ1 Laminação de Tiras a Quente.
FP1 Fornos de Reaquecimento de Placas UT1 Utilidades Usina Ouro Branco
Exemplo real:
1411-AC1-MVAP-PR125-SIP-REDU
Nível 1 – 1411 – Ouro Branco
Nível 2 – AC1– Aciaria 1
Nível 3 – MVAP – Movimentação-Acabamento Placas-Aciaria
Nível 4 – PR125 – PR 125 Manuseio Placas - 60 ton Aciaria
Nível 5 – SIP – Içamento Principal
Nível 6 – REDU – Redutor Acionamento Içamento principal
Exemplo 1 :
O centro de trabalho define a equipe responsável (máquinas, pessoas, grupos de manutenção) por
executar a atividade, sendo usado para identificar indivíduos ou grupos de trabalho similares como habilidades e
custos associados. Cada centro de trabalho tem um dono específico, e este é responsável por gerenciar a
carteira de ordens dentro deste centro.
A Engenharia de Manutenção tem o papel de criar/manter os dados referentes ao centro de trabalho. O
código desta estrutura consistirá de até 8 caracteres e deve definir claramente a área e especialmente o grupo,
por exemplo;
O grupo de planejamento é a equipe responsável por planejar a atividade, sendo a estrutura formada por três
caracteres alfa-numéricos, iniciando pela letra Z.
Para garantir uma padronização mínima na criação dos roteiros/ planos deve-se adotar os seguintes critérios
para nomeação dos titulos dos planos.
Exemplos:
IM(1S) Ponte Rolante 202 --> Roteiro de Inspeção Mecânica, com frequência semanal, na ponte rolante 202:
20 20 anos
A Lista de Tarefas, deve descrever a lógica de realização da tarefa, enumerando as atividades e passo a passo
de execução de acordo com a sequência lógica de realização. Deve-se apontar o como fazer de cada atividade
descrita e a analisar os riscos de cada passo da tarefa.
Centro de
Chave
Operação Trabalho
Operação Categoria Descrição de
Obrigatória Responsável
Controle
Elaboração
A operação enumera e aponta a
necessidade de posicionamentos
de equipamentos, máquinas ou Centro de
recursos que serão utilizados na Trabalho
0010 SIM Posicionamento ZM06
execução da tarefa, antes de iniciar Responsável pela
as atividades. Caracteriza-se pelo Ordem
conjunto de atividades de
preparação à tarefa principal.
Centro de
trabalho
Enumerar e apontar pontos de
responsável pela
Bloqueios de bloqueios necessário com
0020 SIM execução do ZM06
Energia localizações (salas elétricas,
bloqueio e/ou
tubulações, etc).
Responsável pela
Ordem
A operação deve conter os riscos e
medidas preventivas relacionadas
Centro de
ao ambiente que a atividade estará
Análise de Risco Trabalho
0030 SIM inserida. Não será necessário que ZM06
- Cenário Responsável pela
estes riscos e medidas preventivas
Ordem
sejam repetidos em todas as outras
operações.
Centro de
Chave
Operação Trabalho
Operação Categoria Descrição de
Obrigatória Responsável
Controle
Elaboração
ser montado. A necessidade ou não
de bloqueio de energia para a
Andaime
atividade, deve ser descrita nesta
operação.
Descrição detalhada da atividade
contendo passo a passo da
Atribuir CT
Ordenação atividade e preferencialmente
responsável de
das atrelados ao 6° nível dos locais de
SIM Atividades cada operação de ZM04
operações instalação. Nota: As operações
execução e/ou
necessárias devem ter abertura suficiente para
disciplina
um bom planejamento e tempo
estimado de execução.
Descrição do passo a passo de Centro de
Desmontagem
UO-0020 N.A desmontagem atrelada à operação Trabalho ZM04
de Andaime
de montagem de andaime. Andaime
Operação descritiva para processo Centro de
Desbloqueio +
de desbloqueio descrito na Trabalho
UO-0010 SIM Testes ZM04
operação 0020 + Testes Responsável pela
Operacionais
Operacionais caso necessário Ordem
Descrever aceite de entrega das Centro de
atividades conforme operações. O Trabalho
Última Feedback da
tempo planejado será zerado e a Responsável pela
Operação SIM Atividade e ZM04
operação servirá para confirmação Ordem
(UO) Confirmação
das ordens. (Elaboração e
Confirmação)
Tabela 5
Os Planos de Manutenção devem ser elaborados seguindo Métodos Padronizados selecionados a partir das
indicações/boas práticas apresentados a seguir:
q Definição das Políticas de Manutenção : Em função dos Modos de Falha e do Método selecionado,
definição das melhores Políticas de Manutenção.
q Elaboração dos Roteiros: Criação dos Roteiros no SAP utilizando de “Chaves Modelo” para Inspeções
Sensitivas e Manual dos Equipamentos/Conhecimento das equipes para Preventiva/Preditiva.
q Elaboração dos Planos de Manutenção: Criação dos Planos de Manutenção com a definição dos
intervalos em função do Tempo ou Volume, baseado no histórico (perfil de perdas), modos de falha e
experiência das equipes.
q Treinamento: Treinamento dos mantenedores em caso de novas práticas e atividades de inspeção mais
complexas.
q Definição dos Itens de ControleDefinição dos itens de controle para avaliação do cumprimento de
execução dos Planos (Ordens).
q Gerenciamento de Dados Atualização permanente dos planos de Manutenção em função do Perfil de Perdas.
Figura 16
Onde :
Plano é descrição das tarefas de controle e manutenção a serem executadas nos objetos de manutenção. Os
planos de manutenção descrevem as datas e o escopo das tarefas. Pode-se criar planos de manutenção para os
objetos técnicos da empresa, assegurando um ótimo funcionamento dos objetos técnicos
Item de manutenção descreve quais tarefas de manutenção preventivas devem ser realizadas regularmente em
um objeto técnico ou grupo de objetos técnicos
Os roteiros PM descrevem a seqüência de atividades de manutenção individuais que devem ser executadas
repetidamente em uma empresa. Os roteiros são usados para padronizar essas seqüências de trabalho
periódicas e para planejá-las mais eficazmente.
Uma estratégia de manutenção define as regras para a seqüência de trabalho de manutenção regular. Ela
contém informações gerais de programação e pode, portanto, ser atribuída ao número de roteiros e planos de
manutenção desejado.
Para roteiros a serem aplicados em manutenção baseada nas condições onde é preciso coletar e
registrar a medição de alguma grandeza como por exemplo, temperatura; espessura e etc é necessário a criação
de pontos de medição.
Os pontos de medição do sistema descrevem as localizações físicas e/ou lógicas nas quais uma
condição é descrita por exemplo, a temperatura do líquido para refrigeração ou o número de rotações de um eixo
de rotor.
Em Manutenção, os pontos de medição localizam-se em objetos técnicos, ou seja, em equipamentos
ou locais de instalação.
As leituras de medição descrevem uma condição de um ponto de medição em um determinado
momento e representam os dados de movimento dos pontos de medição no sistema R/3 . Elas são
documentadas na forma de documentos de medição.
Em muitos casos, pode haver um valor ideal para um ponto de medição específico, para o qual o
dispositivo em questão é calibrado. Pode-se especificar essa leitura de medição como um valor fixado para o
ponto de medição.
O perfil de catálogo é um conjunto de informações, ordenadas por “componentes” e que permite que se
correlacione, de modo padronizado, com suas “partes do objeto” e por sua vez com seus respectivos “modos de
falha”. Por fim, também estão disponíveis todas as “causas dos modos de falha” e as respectivas “ações a
implementar”.
Desse modo, utilizando de forma correta este recurso, temos como potencial produto o perfil de perdas que tem
seu foco na análise detalhada das ocorrências/resultados, com o objetivo de gerar projetos e ações na busca
pela melhoria dos indicadores da manutenção.
Tabela 6
CÓDIGO CRIADO EM: PÁG.
MNU - MANUAL OB-MNU-612-001 17/12//2020 40/89
TÍTULO:
- Observa-se que as “partes de objeto” são específicas do “componente” (acoplamento, anel, bucha, etc...);
- Selecionando por exemplo “acoplamento”, vemos em seguida os “modos de falha” possíveis para esta “parte do
objeto” (desalinhamento, desbalanceamento, dimensão incorreta, etc...);
- Escolhendo “desbalanceamento” por exemplo, vemos a seguir as possíveis “causas de modo de falha”,
novamente voltadas ao “modo de falha” selecionado (afrouxamento, ajuste inadequado, colisão, etc...);
- Por último, se definirmos “afrouxamento” coma causa, temos as sugestões de “ações a implementar”
(ajustar/regular, montar, reapertar, etc...);
Importante, para que o perfil de catálogo seja habilitado, é necessária a criação de vínculo com o local de
instalação em função do “componente”. Na Figura 17, abixo, segue apresentação do campo SAP a ser
cadastrado através da transação IL01 ou IL02:
7.6 PR
O GR
A
Figura 17
M
AÇÃO DE MANUTENÇÃO
7.6.1 Planejamento
As Ordens Filhas devem ser planejadas preferencialmente pelos inspetores dos respectivos equipamentos,
definindo todos os Recursos necessários para a execução (mão de obra, materiais, ferramentas, equipamentos,
documentação, aspectos de segurança, etc...) com uma estimativa de tempo necessário por operação.
Ponto importante que deve ser considerado no planejamento é que as Ordens de Serviço sejam criadas de forma
detalhada, com a abertura em Operações que permitam uma boa análise de todos os recursos e tempos
necessários. Deve também contemplar todas as Preparações que podem ser feitas Antes da execução da
atividade principal.
A recomendação é pela utilização da ferramenta SAP Lista de Tarefas, que é um “padrão” de um Roteiro para
ordens ZM07.
Entendemos que mesmo este tipo de ordem é Cíclico, sendo então uma ótima oportunidade para garantir o
conhecimento em torno da atividade e facilitar o planejamento de novas Ordens.
7.6.2 Programação
Uma vez que as Ordens Filhas estejam devidamente Priorizadas e Planejadas, devem ser Programadas para a
Execução, considerando uma "janela" no mínimo Semanal. Outra recomendação é a correta utilização dos
Status SAP (XXX) para manter um bom fluxo das ordens.
Os Programadores devem fazer a distribuição das atividades de acordo com as devidas Especialidades e
Disponibilidades de tempo, alinhado as recomendações dos Inspetores. A validação da programação deve ser
feita junto aos Inspetores/Coordenadores das respectivas áreas, observando a Meta Percentual (%) de Tempo
Programado para cada colaborador (entre 80% a 90% do tempo disponível da equipe).
Recomenda-se também a programação dos Plantões Corretivos (entre 50% e 70% do tempo disponível),
mecânicos e elétricos, com foco em atividades de Menor Criticidade, dado a possibilidade da não realização em
função ao atendimento a Emergência.
Operações que devem ser executadas como “Atividades Externas” (antes da execução da tarefa principal).
Alguns exemplos de atividades externas:
A execução das atividades deve ser realizada conforme definido na Programação, registrando-se todos os
detalhes, inclusive notificando os Tempos Reais da Operação e os eventuais desvios ocorridos.
É fundamental que os executantes tenham, a sua disposição, no Local da execução da tarefa, o detalhamento
das Operações da Ordem de Serviço (impressa em papel ou em meio eletrônico).
Um dos pontos mais importantes do SPCM é o Check do Realizado, em uma Reunião Semanal com a
participação dos principais envolvidos no processo (Gestor da Manutenção, Engenharia de Manutenção,
Coordenador da Área e Programador), analisando os Indicadores e identificando todas as oportunidades de
melhorar a Eficiência e a Efetividade da Programação.
- % Programação por Equipes: Somatório das horas planejadas das ordens programadas da equipe do centro de
trabalho dividido pelo somatório das horas disponíveis.
*Horas disponíveis: Somatório das horas do turno de trabalho (todo o tempo de permanência), mais horas extras,
menos horário de refeição e indisponibilidades da equipe (conceito detalhado adiante).
- % Ordens atendidas Fora da Programação: Somatório das horas confirmadas em ordens não programadas
dividido pelo total das horas disponíveis;
tabela existente no SPCM) e horas extras da semana, dividido pelo total do tempo disponível na semana
(conforme Tabela 7);
- % Assertividade do Tempo Previsto x Realizado: Somatório das horas confirmadas dividido pelo somatório das
horas planejadas das ordens/operações encerradas;
- Dias de Backlog: Somatório das horas planejadas de todas as ordens abertas até o último dia da semana
anterior a reunião de check (tipicamente domingo até 23:59) dividido pela média diária de horas planejadas e
encerradas no mês atual (programadas e não programadas);
Tabela 7
Para completar o PDCA/SDCA, é necessário que todos os desvios e oportunidades de melhoria identificados
durante a execução do fluxo do SPCM sejam registrados em um Plano de Ação.
Ouro Branco possui um Plano Anual de Paradas Programadas, alinhado a todas as áreas. Este cronograma
deve contemplar:
q Paradas Preventivas;
q Grandes Paradas de Manutenção.
https://outlook.office.com/mail/group/gerdau.com.br/PlanoTrimestralePEX/files
Como forma de acompanhar e analisar o andamento da “Execução” das atividades na área, recomenda-se que
seja feito, uma vez ao ano, um Diagnóstico de Tempo Produtivo.
Produtivo
ou Tempo Referenci
CATEGORIAS OBS.
Improdutiv (Min) a
o
Trata-se de uma metodologia de Amostragem Estatística, onde as equipes são observadas na execução de
determinadas atividades ao longo de um dia típico de trabalho. Os resultados são apontados em um check-list
individual/nominal conforme Tabela 8.
Após esta análise, o resultado é consolidado apresentando os percentuais de Tempo Produtivo, Tempo
Improdutivo e Tempo Complementar, sendo este último “Dividido” conforme Figura 18. Este método foi
desenvolvido após anos de estudo e é uma forma “Gerdau” de medição.
A análise desses dados permite que seja identificado oportunidades de melhorias no sistema em geral de
Programação e Controle da Manutenção.
Observação: A qualidade da ordem é um item que impacta diretamente na produtividade das equipes.
Sempre é importante realizar esta avaliação em conunto, qualitativo e quantitativo.
Figura 18
Outra ferramenta disponível e recomendada a ser utilizada de forma Sistêmica pelas equipes de Manutenção é a
Avaliação Qualitativa da Manutenção (AQM). O objetivo é complementar o Diagnóstico do Tempo Produtivo, que
tem foco nos aspectos Quantitativos.
O principal objetivo da ferramenta é avaliar a Qualidade de execução das Intervenções de Manutenção afim de
identificar oportunidades de melhoria do Processo, principalmente no
Planejamento e Preparação das atividades.
- Planos de Manutenção programados Base Tempo, que poderiam ser Base Condição.
Esses são alguns exemplos comuns que, utilizando da AQM de forma Sistêmica e Contínua, podem facilmente
ser identificados e tratados. É recomendado que se tenha uma Agenda Anual, distribuindo essas avaliações
pelas equipes de Manutenção (Coordenadores, Staff e Programadores), com acompanhamento da execução e
gestão dos Planos de Ação gerados.
Para estabelecer a priorização das ordens na rotina de manutenção, foi desenhado método com o objetivo de
suportar a tomada de decisão, buscando o equilíbrio entre a demanda, gerada no planejamento e os recursos
disponíveis para execução, na etapa de programação da manutenção.
As informações necessárias para decidir quais as ordens devem ser priorizadas, se iniciam em nosso sistema
informatizado de gerenciamento de manutenção (CMMS).
Este método é um ponto de partida para a priorização, a ser usada como input nas reuniões de priorização entre
planejamento e programação.
Figura 19
7.1.1.6.Critérios e Níveis
Classificação da Lista de tarefa - Direcionada às atividades que existem como parte do plano de mitigação de
um grau de risco ou por diretriz de legislação ou norma regulamentadora. Classificado em:
q Grau de Risco - GR1 (20 - 25), GR2 (16 - 19), GR3 (7 - 15) e GR4 (1 - 6);
q Legislação e Normas - NR13, NR35.
Criticidade do local de instalação - Determina o impacto na segurança, qualidade, meio ambiente, produção
(interferência no processo) e mantenabilidade (retorno da função). Classificado nos 4º, 5º e 6º níveis em:
q A
q B
q C
q D
Tipo de Manutenção - indica a posição no estágio de evolução da falha potencial até a falha funcional (curva
PF).
Prioridade - Associada à condição atual do ativo, para o qual a ordem foi criada, e indica, de certa forma, a
velocidade de progressão da falha na curva PF. Classificado em:
Cada um destes critérios recebe uma pontuação pela classificação, que serão somadas, tendo assim, para cada
ordem, uma pontuação:
2, 5, 8 ou 10
NR13 8
Legislação e Normas
NR35 8
Leg. e Normas A 8
8 Criticidade do Local B 5
de Instalação C 2
D 1
Critic. LI
Tipo de Atividade 134 - Normas e padrões
7
regulatórios
1, 2, 5 ou 8 ZM03 lubrificação 7
1 ~6 1S - Uma semana 4
Prioridade da Ordem
2S - Duas semanas 3
1M - Um mês 2
Prioridade ORD
2M - Dois meses 1
2, 4 ou 6
04R e vida da ordem maior que 90 dias 6
Reprogramação e
∑
Tempo de Vida da 04RN - 2ª Reprogramação 4
Pontuação da Ordem Ordem
04RD - 1ª Reprogramação 2
Figura 20
Uma das fontes mais importantes para geração dos dados de nossos ativos/equipamentos são as ordens de
serviço de manutenção, que são geradas e gerenciadas no sistema SAP.
Para assertividade das informações e futuras análises, elas devem ser abertas (concebidas no sistema) da forma
correta. De uma forma geral:
As ordens devem ser aberta no último nível possível do local de instalação, sendo este
preferencialmente no 6º nível;
Especificamente os tipos de ordem ZM07 e ZM09 devem ser "ordens filhas”, com o correto
preenchimento do tipo de atividade em função de sua “ordem mãe” ou também conhecida como “ordem
superior”;
O perfil de catálogo (catálogo, componente, parte do objeto, modo de falha, causa da falha e ação a
implementar) corretamente preenchido;
Apropriação correta dos tempos das operações, não o tempo programado, mas sim o tempo real de
execução;
Alocações corretas do grupo de planejamento, centro de trabalho e condição da instalação devem ser
igualmente bem informados.
A correta alocação das Ordens de Manutenção é fundamental para o desenvolvimento da Gestão, visto que
todas as nossas atividades em campo estão vinculadas a este recurso.
A tabela descritiva a seguir, apresenta os tipos de Ordens de Manutenção utilizados, assim como suas
definições.
Tabela 9
Figura 21
CÓDIGO CRIADO EM: PÁG.
MNU - MANUAL OB-MNU-612-001 17/12//2020 52/89
TÍTULO:
É de importância Estratégica a correta alocação de ordens e atividades, pois cada ordem faz parte de um
Macroprocesso da Manutenção.
A partir desta visão, conseguimos tomar uma série de decisões quanto ao Processo Manter, como revisão de
planos, desenvolvimento de melhorias, consolidação da rotina, dentre outras.
Figura 22
Importante destacar que quando mencionado “Ordens Filhas”, nos referimos a ZM07/ZM09 oriundas das ordens
indicadas no fluxo acima descrito.
O Perfil de Perdas consiste na estratificação das Ocorrências do Processo Produtivo, com foco nos Problemas
Crônicos de Manutenção, por meio de Análises Gráficas, afim de identificar os principais Agentes Causadores de
desvios na Indisponibilidade, Interrupção e nos Custos de Manutenção.
A frequência de uso desta ferramenta Não é Alta, ou seja, não é um material a ser atualizado mensalmente, pois
não teremos uma base de dados suficiente para gerar conclusões. As análises devem ser de responsabilidade
da área de Melhorias, sob um Horizonte Semestral ou até mesmo Anual.
Seu produto são Projetos e Ações de Melhoria, que também podem remeter a ajustes na Estratégia de
Manutenção de determinado ativo. Seu detalhamento será em função da Disponibilidade de Dados, porém o
recomendável é que haja a estratificação a nível de Componente. Desta forma, fica ainda mais claro a
necessidade do correto apontamento das Ordens PM.
Os Indicadores de Manutenção podem ser divididos em dois grupos: Aqueles que são Estratégicos Para o
Negócio e os de Sustentação, voltados a rotina da Manutenção. Não faremos aqui um grande detalhamento de
cada um, pois temos documentos específicos com este objetivo, mas sim estabelecer uma Relação “Causal”, ou
seja, de que forma cada indicador Interage com nosso Processo.
7.1.1.7.Interrupção Corretiva de Manutenção, também conhecida como Paradas Não Programadas (%):
Indicador voltado a gestão da Performance Funcional das áreas produtivas, que junto com o Custo Total, são os
que possuem o maior Histórico na empresa. O foco é o acompanhamento dos eventos indesejáveis, paradas
abruptas do processo, que obviamente trazem Fortes Impactos no negócio.
Em uma Manutenção onde a estratégia que impera é a CBM, com o objetivo da Máxima Vida do ativo, a
Interrupção será uma constante, porém com o correto uso do Método e através dos ciclos de Melhoria Contínua,
teremos maior domínio sobre as “Curvas PF” e dos Modos de Falha, ficando eventualmente somente a mercê da
“Curva da Banheira”, dado o fim de vida do equipamento.
Um pouco diferente da Interrupção Corretiva, o foco da Indisponibilidade mira não somente a Performance
Funcional mas também a Performance da Manutenção, em função de medir também a Parara Programada de
Manutenção. Desta forma, conseguimos analisar todo o Impacto do Processo Manter no negócio, além de avaliar
o Equilíbrio entre as Estratégias Pró-ativas e as Reativas.
No entanto, é importante ter cuidado nas conclusões a partir somente deste indicador, pois em função de
Cenários do próprio negócio, uma Indisponibilidade Alta pode ser “Proposital”, em função do ajuste do Recurso
Humano, onde é necessária uma maior quantidade de horas para atender ao Plano de Manutenção. Uma
segunda análise é quanto a um Desequilíbrio entre a Parada Programada e a Não Programada, sendo esta uma
potencial causa de Instabilidade no processo.
Como já abordado ao início deste manual, nosso objetivo como processo é encontrar o Equilíbrio entre a
Performance do Ativo e o Custo de Manutenção investido. Sob este olhar, torna-se fundamental a gestão deste
indicador.
O Custo Total de Manutenção se divide em:
- Materiais de Manutenção;
- Grandes Manutenções;
- Manutenção Externa;
- Rateio de Manutenção;
- Pessoal de Manutenção;
- Outros Gastos de Manutenção.
A soma destes Grupos de Classe de Custo resulta no Custo Total de Manutenção em valores absolutos (R$).
Como a Maior Parcela do Custo é Variável (materiais e serviços) em função dos Volumes de Produção, a métrica
adequada é em função da Tonelada Entregue (R$/t), quando do valor fechado da Planta. Quando do valor
fechado da Área (Aciaria, Laminação, Trefila 2, etc...), deve ser utilizada a Tonelada Produzida (R$/t).
O período de medição típico é Mensal, porém é recomendável que a Gestão Seja Semanal, a nível de Classe de
Custo, que nada mais é que o desdobramento dos grupos. Neste momento é importante que participem o Ponto
Focal (função importante!) de custos de Manutenção, além do Gestor, Coordenadores de Rotina, a área de
Melhorias e eventualmente Padrinhos/Preparadores (afinal são responsáveis por compras/reservas), assim como
Multiplicadores de Custos, com olhos não só para o Realizado, mas também para o Compromisso.
OBZ (Orçamento Base Zero): Dado os desafios do negócio e a busca pela Competitividade, além da gestão do
custo em R$/t, também é responsabilidade da manutenção zelar pelo OBZ, que trás uma nova forma de
Planejamento e Acompanhamento dos resultados, assim como do RF (Rolling Forecast), em valores absolutos, a
partir de um limite anual que é definido em função de “Drivers”, que são direcionadores de Resultados de
Referência.
O Desafio do processo é a busca pelo Atendimento aos dois indicadores, tanto em R$/t quanto OBZ, garantindo
o Desempenho dos processos funcionais e a Segurança das pessoas.
Quanto aos indicadores de Sustentação, que buscam dar “Suficiência” aos três indicadores estratégicos, iremos
destacar abaixo aqueles que consideramos essenciais ao Processo Manter.
7.1.1.10.- TMEF/MTBF: Tempo Médio Entre Falhas/Mean Time Between Failure (Tempo)
Suporte ao Custo de Manutenção. Quanto menor, melhor. Recomendado atualização Mensal do resultado.
Calculado somente com os Materiais de Manutenção, que são aqueles que possuem Classe de Avaliação
iniciados por “B” (BXXX...). Impacto direto na Redução da Baixa 365 (baixa a custo de materiais estocados sem
movimentação por mais de 365 dias).
Suporte ao Custo de Manutenção. Quanto menor, melhor. Recomendado atualização Mensal do resultado.
Apresenta o “Giro do Estoque”, ou seja, reflexo direto do Planejamento e dos critérios de Estocagem de
Materiais.
A Avaliação de Maturidade de Manutenção (AMM) é a ferramenta desenvolvida para avaliar a Maturidade que se
encontra a Manutenção de uma determinada Usina ou Área.
A cada ano as práicas são revisadas, a fim de estarem alinhadas com os objetivos e o cenário do negócio, sendo
a versão atual sempre atualizada no Sistema de Controle de Documentos.
Na prática, a AMM é um formulário destinado a avaliar, de forma padronizada, todas as práticas e os principais
indicadores de Manutenção, a saber:
O resultado da avaliação é uma nota composta pela Média Ponderada das Práticas junto a Média do resultado
da avaliação dos Indicadores. A nota final considera um peso de 60% para a Práticas e 40% para os Indicadores.
Existem diferentes Pesos para cada Prática que poderá ser ajustado em função do Cenário do Negócio.
O resultado da Avaliação dos Indicadores é obtido pela média dos resultados das áreas avaliadas.
Para certificar-se e garantir que as recomendações feitas neste Manual são do conhecimento de todos e estão
sendo colocadas em prática, é sugerido que se faça uma vez ao ano a Avaliação da Maturidade da Manutenção.
Tabela 10
CÓDIGO CRIADO EM: PÁG.
MNU - MANUAL OB-MNU-612-001 17/12//2020 57/89
TÍTULO:
É sugerido que esta Avaliação seja feita com a participação de avaliadores de outra planta/grande área, para que
se tenha uma maior “Imparcialidade”, além de uma visão externa Qualificada.
As Oportunidades de Melhoria identificadas durante a avaliação devem fazer parte de um Plano de Ação a ser
acompanhado de forma Sistemática.
O check list de maturidade é um direcioamento do que buscamos em cada uma das práticas, embasada nas
melhores práticas em cada item. O check-list está disponível no Greendocs, na versão mais atualizada, no UOB-
CKL-612-001 - Avaliação de Maturidade de Manutenção.
É importante que, ao elaborarmos um Plano de Manutenção, seja considerado os Modos de Falha daquele
equipamento/componente. Isto pode ser feito em função do Histórico, Manual do Equipamento e Experiência das
equipes. Entendemos haver duas principais (mas não somente!) formas de análise: Pela sua Característica ou
através de um estudo qualitativo de MCC (Manutenção Centrada em Confiabilidade), utilizando-se de um FMEA.
Para cada modo de falha deverá ser atribuída uma Característica conforme descrição abaixo. Esta característica
ajuda a definir a Política a ser adotada.
Figura 23
Tabela 11
CÓDIGO CRIADO EM: PÁG.
MNU - MANUAL OB-MNU-612-001 17/12//2020 59/89
TÍTULO:
Tabela 12
Como podemos verificar na tabela 12, de acordo com a Característica do Modo de Falha, algumas técnicas são
mais adequadas.
Uma segunda forma de determinar as Políticas de Manutenção para um Ativo é através da Figura 20, onde
introduzimos o conceito do Necessário x Programado x Executado (Vide item SPCM), somado a uma Matriz de
tomada de decisão.
Em função da análise da matriz, na Tabela 13 temos a Recomendação da melhor estratégia a ser adotada.
Notem que neste critério há um grande foco para o Monitoramento Online.
Criticidade Complexidade Monitoramento Estratégia
B Baixa Inexistente Inspeção Sensitiva
A Baixa Inexistente Inspeção Sensitiva
B Média Inexistente Preditiva Offline/TBM
A Média Inexistente Preditiva Offline/TBM
B Alta Inexistente Monitoramento Online
A Alta Inexistente Monitoramento Online
B Baixa Parcial Inspeção Sensitiva
A Baixa Parcial Inspeção Sensitiva
B Média Parcial Monitoramento Online
A Média Parcial Monitoramento Online
B Alta Parcial Monitoramento Online
A Alta Parcial Monitoramento Online
B Baixa Completo Monitoramento Online
A Baixa Completo Monitoramento Online
B Média Completo Monitoramento Online
A Média Completo Monitoramento Online
B Alta This Completo
content is Internal. Monitoramento Online
A Alta Completo Monitoramento Online
CÓDIGO CRIADO EM: PÁG.
MNU - MANUAL OB-MNU-612-001 17/12//2020 60/89
TÍTULO:
Tabela 13
Por fim, o último Método indicado é também o mais completo, detalhado e sem dúvida o que tem o maior
potencial de resultados. Falamos do FMEA (Failure Mode and Effect Analysis). Esta ferramenta é utilizada a partir
de diversas “origens”, que vão deste o desenvolvimento de produtos até a MCC. Na Gerdau, observamos dois
pontos de partida para seu desenvolvimento. A frente Qualitativa da Confiabilidade e a Integridade Mecânica, um
dos pilares da Gestão de Ativos.
As Ordens Filhas devem ser planejadas preferencialmente pelos inspetores dos respectivos equipamentos,
definindo todos os Recursos necessários para a execução (mão de obra, materiais, ferramentas, equipamentos,
documentação, aspectos de segurança, etc...) com uma estimativa de tempo necessário por operação.
Ponto importante que deve ser considerado no planejamento é que as Ordens de Serviço sejam criadas de forma
detalhada, com a abertura em Operações que permitam uma boa análise de todos os recursos e tempos
necessários. Deve também contemplar todas as Preparações que podem ser feitas Antes da execução da
atividade principal.
A recomendação é pela utilização da ferramenta SAP Lista de Tarefas, que é um “padrão” de um Roteiro para
ordens ZM07. Entendemos que mesmo este tipo de ordem é Cíclico, sendo então uma ótima oportunidade para
garantir o conhecimento em torno da atividade e facilitar o planejamento de novas Ordens.
O processo básico do fluxo de informações da ordem de manutenção no SAP PM é descrito conforme figura
abaixo:
Figura 24
Rotina de Trabalho: atividades que são executadas enquanto o equipamento está em operação e/ou durante
as oportunidades geradas através de interrupções do processo. Exemplos:
- Atividades de tempo de execução provenientes dos planos de manutenção periódica com base no tempo ou
na condição.
- Manutenção em stand-by ou equipamentos reservas.
- Atividades de manutenção que podem ser realizadas em equipamentos que estiverem em operação ou em
tempo de inatividade planejado pela operação, tais como, troca de bitola, etc.
Paradas Programadas: São eventos periódicos, com uma duração menor que 48 horas em que as atividades
de manutenção são executadas.
7.10.2 Revisão
O SAP utiliza revisões para facilitar o processo de análise de perdas e gerenciamento de eventos. Revisões
fornecem um meio para o agrupamento das ordens com base em um evento de manutenção planejado.
Figura 25
Para registro do evento de manutenção (parada Programada ou reforma), o planejador irá criar uma nota de
parada no SAP. O código de revisão deve ser parte da descrição da nota de parada. Esta Nota irá registrar:
Figura 26
Gerenciamento de Riscos é uma abordagem contínua que ajuda a Identificar, Avaliar e Priorizar
os riscos da Instituição, de maneira Balanceada e Proativa, afim de proteger e aumentar a Lucratividade,
bem como melhorar a Proteção e Segurança dos seus negócios.
A definição da Criticidade dos Locais de Instalação deve seguir um “Método Padrão”, que deve
analisar Impacto e Probabilidade, resultando em 4 níveis (ABCD).
Já a dimensão “Probabilidade” deve avaliar a possibilidade de ocorrência dado o Histórico,
Manuais, Deterioração do Ativo, Indicadores, etc...e por fim, cabe uma avaliação em função do Mapa de
Processo e suas respectivas Variáveis Críticas, pois sendo esta impactada por um Ativo, é provável que sua
Criticidade seja elevada. A Matriz 4 x 4 que será apresentada mais a frente neste documento também é uma
ferramenta de análise a ser utilizada nesta avaliação.
A criticidade dos equipamentos deve ser Revisada periodicamente de forma Sistêmica de acordo
com definições da empresa, sendo a recomendação Mínima Anual ou conforme demanda de acordo com
eventuais Modificações do Cenário.
A criticidade das instalações de Ouro Branco, é definida pelo Código ABCD, que está fundamentado nos
seguintes fatores:
Segurança
Meio Ambiente
Qualidade
Retorno da Função
Interferência no Processo
Cada um destes fatores está divido em três níveis de impacto, que a perda da função provoca:
Grau 5;
Grau 3;
Grau 1.
GRAU 5 – Risco de acidente que possa causar lesões ou doenças sérias que levem à incapacidade permanente
ou perdas de vidas das pessoas;
GRAU 3 – Risco de acidente que possa causar lesões ou doenças sérias que levem à incapacidade temporária
das pessoas;
GRAU 1 – Risco de acidente que possa causar lesões ou doenças que não levem à incapacidade das pessoas.
GRAU 5 – Acidente ambiental cujos efeitos são irreversíveis e/ou causam danos à comunidade;
GRAU 3 – Acidente ambiental cujos efeitos são reversíveis no curto prazo e restritos as áreas internas da planta;
GRAU 1 – Acidente ambiental cujos efeitos são reversíveis no curto prazo e restritos à a área local.
GRAU 3 – A quebra/falha do equipamento não exige solução complexa, são necessários recursos externos, a
posição do equipamento dificulta o acesso, porém as medidas corretivas são exequíveis e o material
sobressalente custa menos de USD 50 mil;
GRAU 1 – A quebra/falha do equipamento é de fácil solução, não exige conhecimento especializado, a posição
do equipamento facilita o acesso e as medidas corretivas, o material sobressalente é de baixo custo e rápida
reposição.
7.1.1.18.Fator e Níve: Interferência no Processo - Efeito sobre a produção, dentro da esfera de produto
entregue da área (Exemplo: Sinter 1, Lingotamento de Placas, Laminação de Fio Máquina etc.).
GRAU 5 – A falha no equipamento provoca perda total da produção da área ou reduz o ritmo de produção mais
de 50%, por mais de 24hs. A falha provoca aumento em mais de 10% no custo por tonelada produzida;
GRAU 3 – A falha no equipamento provoca perda total da produção da área ou reduz o ritmo de produção mais
de 50%, por até 24hs.A falha provoca aumento em até 10% no custo por tonelada produzida;
GRAU 1 – A falha no equipamento não provoca perda total da produção da área ou reduz o ritmo de produção
em até 49%.
A classificação das instalações e/ou equipamentos é obtida através de sua avaliação, de acordo com os fatores
de impacto e respectivos níveis, aplicando-se o fluxograma a seguir:
Figura 27
Para executar a avaliação de criticidade, está disponível uma planilha auxiliar com as regras para a análise, na
pasta junto a este documento, denominada 'Avaliação de Criticidade de Locais de Instalação.xlsx'.
Perfil de catálogo - campo relacionado ao local de instalação que associa a árvore de 'Componente +
Parte do objeto + Modo de falha + Causa + Ação' de manutenção, sendo, portanto, aplicável aos 6º
níveis;
Especialidade - descrever a modalidade mais representativa do local (Exemplo: mecânica, elétrica,
instrumentação, automação, civil etc);
Função - Descrever a função principal com 'Verbo no infinitivo + complemento + especificação'. Exemplo:
Bombear água limpa a vazão de x m3/h e pressão de 13 kg. Aplicável a 4º, 5º e 6º níveis.
Ao preencher o grau de impacto de cada fator (Segurança, Meio Ambiente, Qualidade, Retorno da Função e
Interferência no Processo), será exibido qual o código de classificação A, B, C ou D, conforme algoritmo.
A criticidade deverá ser cadastrada no local de instalação no SAP e o arquivo utilizado para avaliação arquivado
no sistema Greendocs, em Documentos Genéricos, na pasta de manutenção da área, com o tipo REG - Registro
de Documentos.
O plano deve conter uma lista dos sistemas/equipamentos necessários em caso de Emergências
e a forma de “Controle” das Inspeções e Simulações necessárias (através do SAP PM). A tabela 14
exemplifica esta necessidade:
Tabela 14
A Gestão de Sobressalentes tem por objetivo garantir que as compras e peças reserva sejam na
Quantidade e Qualidade requeridas, dentro dos Prazos solicitados. Garante também a organização das
Listas Técnicas de todos os equipamentos, a relação das peças de estoque necessárias e a garantia de
Preservação da condição física durante o período de estocagem.
Figura 28
Figura 29
Este tipo de inspeção se caracteriza pelo alongamento Máximo da vida útil dos componentes inspecionados, com
garantias de Ausência de uma quebra.
Figura 30
Os Inspetores (coleta e análise) que realizam as Inspeções Preditivas, devem ser devidamente Capacitados e
Certificados nas técnicas aplicáveis.
As capacitações devem ser buscadas através do cronograma de treinamentos do ciclo vigente.
- Vibração;
- Termografia;
- Análise de Óleo (Lubrificante/Trafos);
- Ultrasom;
- LP.
Análise de Vibração: Coleta das características vibracionais, periódicas e/ou de forma contínua, em
equipamentos Rotativos, com Análise do Espectro, Range de Frequências e Amplitude, que nos permite
identificar anomalias das mais variadas origens, desde simples Desbalanceamentos até problemas em
Rolamentos e defeitos de características Elétricas. É utilizado em motores elétricos, ventiladores, bombas,
redutores, etc. Mesmo não sendo uma Inspeção Preditiva, como resultado da análise, podem ser necessários a
realização de Alinhamento (laser) e Balanceamento (dinâmico).
Termografia: A Inspeção Termográfica é uma técnica Não Destrutiva realizada para a medição de temperaturas
ou observação de padrões diferenciais de distribuição de Calor em um componente, equipamento ou processo.
Em Sistemas Elétricos se identificam pontos quentes em contatos, conexões, cabos, chaves, etc., e que se não
removidos podem gerar riscos de Incêndio. Inspeções em Equipamentos Revestidos com refratário podem
mostrar desgaste e fissuras. Inspeções Mecânicas também podem ser conduzidas em redutores, motores
elétricos, centrais de óleo e outros equipamentos, gerando potenciais anomalias relacionadas.
Análise de Óleo: A análise periódica de óleos é fundamental para a verificação das Condições Físico Químicas
do lubrificante, verificando também as condições do sistema no qual atua, mediante check de Contaminantes,
Resíduos e Gases contidos. Estes contaminantes podem mostrar evidências de Desgaste em componentes,
Falhas em sistemas de refrigeração/vedação, Degradação química e Sobre Temperatura. O foco desta análise
são centrais hidráulicas, redutores, mancais e transformadores.
Ultrassom
- LP: O ensaio por Líquido Penetrante é utilizado para detectar Descontinuidades Superficiais e que sejam
abertas, tais como trincas, poros, dobras, etc., podendo ser aplicado em todos os Materiais Sólidos e que não
sejam porosos ou com superfícies muito “grosseiras”.
A gestão das Anomalias encontradas nas Inspeções deve ser feita através de Ordens Filhas (ZM07/ZM09), que
devem ser abertas e enquadradas de acordo com a origem da mesma.
O SMDO é uma Plataforma de Soluções, com foco no Monitoramento da Condição dos Ativos.
Esta rede está em constante evolução em prol da máxima Disponibilidade, menor Custo e gestão dos Riscos de
nossas plantas.
Figura 31
Iniciamos a construção desta plataforma em 2016, com a chegada da primeira solução de Monitoramento Online
da Gerdau, o Smart Signal (GE).
Esta ferramenta utiliza de conceitos de Inteligência Artificial e Machine Learning para analisar as tendências de
inúmeras variáveis de um ativo, comparando este comportamento a um modelo, projetando desta forma com
grande antecedência eventuais anomalias.
Com o passar dos anos, outras soluções vieram a complementar nossas opções, como o Smart Observer (IFM),
System 1 (Bentley Nevada) e Aptitude Observer (SKF).
A seleção da melhor ferramenta irá depender de alguns fatores, como o Tipo do Equipamento, da Criticidade, do
Risco, do Budget, enfim, é necessária uma análise técnica para tal. Vale ressaltar que a chegada das soluções
online não indica o fim da Inspeção Offline, dado que os custos envolvidos são altos e muitas vezes não existe a
necessidade deste monitoramento permanente, em função das características dos Modos de Falha de cada
Ativo.
Alinhado a chegada do Smart Signal, introduzimos em 2016 o conceito da Torre de Controle, centralizando a
parcela analítica da solução em Ouro Branco, no CMAG (Centro de Monitoramento de Ativos Gerdau). Nesta
estrutura temos uma série de Especialistas que suportam a análise e fazem a interface com cada uma das
plantas monitoradas.
Figura 32
Porém o maior dos Pilares do SMDO é o I2Portal (Intelligence Interface Portal), que mais que uma ferramenta, é
um Conceito, que tem por objetivo fornecedor ao Mantenedor, seja na Inspeção ou na Execução, Todas as
informações necessárias para Potencializar a realização do seu trabalho.
O I2Portal se divide em diferentes frentes, sendo a principal sua versão Explorer, onde temos acesso a Árvore do
Processo, Variáveis em Tempo Real (com histórico e gráficos de tendência) e Documentos diversos (desenhos,
manuais, vídeos, etc...), além da possibilidade de gerar Alarmes/Notificações.
Figura 33
Figura 34
Outra frente importante do I2Portal é o Mobile, criado em 2019 com o objetivo de trazer Produtividade ao
processo, aliado a versão Explorer.
Somado a uma completa Integração SAP, temos uma ferramenta completa, dinâmica, Online/Offline, focado nas
reais necessidades dos Mantenedores ( ver detalhamento no item 6.2.1).
A gestão de serviços de terceiros segue as normas gerais de mobilização definidos pela área de suprimentos e
de contratos, representadas no UOB-PGG-080-001 - Gestão de Terceiros.
As solicitações dos serviços de manutenção terceirizados, devem seguir o mesmo fluxo de ordens de
Manutenção, assim como o padrão mínimo de ordens.
A última operação deve conter o padrão de feedback e deve ser assinado pelo recebedor do serviço, assim como
o mesmo é o responsável por confirmar a ordem no sistema antes de encerrar.
O tempo alocado (confirmado) não pode ser divergente do apontado no RDO (papel ou eletrônico).
De uma forma resumida o fluxo de planejamento de manutenção não se altera, sendo que existe uma interface a
mais, com a programação dos serviços contratados, conduzidas pelo progamador da área.
Figura 35
De acordo com o tipo de serviço, a ordem pode ter a necessidade de alguma informação específicas, sendo que
as informações mínimas necessárias variam para cada processo e devem ser consultadas com o respectivo
administrador de Contrato.
2.