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Resumo
Educação Infantil tomou maiores proporções nas últimas décadas em termo de qualidade e
quantidade no Brasil. O estudo tem como objetivo analisar o processo de ensino-aprendizagem
nas aulas de Educação Física na Educação Infantil em uma escola, situada em um município do
interior do interior do Ceará. O estudo é de caráter exploratório, descritivo, de natureza qualitativa,
tendo como principal característica a observação. A mostra foi construída por 40 alunos da
Educação Infantil (20 do infantil IV e 20 do infantil V), respectivamente, crianças de 4 e 5 anos de
idade, sendo 20 do sexo masculino e 20 feminino. As aulas foram observadas durante 8 meses,
mediante 8 horas semanais e sempre pelo período da manhã. Observou-se o desenvolvimento de
atividades que contemplam diferentes ritmos corporais, psicomotoras e atividades da expressão
corporal da criança, em como atividades estimuladoras de percepções de espaço e de tempo.
Com os resultados aqui descritos e discutidos, acredita-se ocasionar reflexões e, por
consequência, novas ações docentes e maiores ações interventivas nos meio educacional.
Introdução
O acesso à educação no que diz respeito às crianças com idade inferior a sete anos tomou
maiores proporções nas últimas décadas do século XX, tanto em termos quantitativos, ou seja,
números de matrículas em creches e pré-escolas, quanto qualitativos, em relação à melhoria da
estrutura e do ensino das instituições educacionais. Tais mudanças têm fortes influências da
urbanização, do crescimento econômico e financeiro, bem como do ingresso das mulheres no
mercado de trabalho (CAMPOS et al., 2011; KRAMER; NUNES; CORSINO, 2011).
Com isso, é importante destacar as abordagens pedagógicas construtivista, psicomotora e
a desenvolvimentista, nas quais exerceram/exercem influências nas práticas pedagógicas na
Educação Infantil, sendo estas, relevantes na aquisição de novas habilidades e competências,
tanto cognitivas quanto motoras (MARTINS, 2015).
1
Dessa forma, a Educação Física escolar nesse nível de ensino tem recebido mais atenção
das políticas públicas educacionais e da comunidade escolar (MARTINS; SCOTTÁ; MELLO,
2016), obtendo mais reconhecimento das esferas políticas e sociais em relação as suas
contribuições no desenvolvimento físico, cognitivo e socioafetivo das crianças.
Contudo, A Educação Física sempre foi alvo de discussão sobre as suas possíveis
contribuições na Educação Básica (OLIVEIRA; MARTINS; PIMENTEL, 2013; CARVALHO et al.,
2015), se estendendo mais ainda quando o assunto é Educação Infantil. Desse modo, buscar na
realidade como acontece e quais os desafios da docência ao atuar nesse nível de ensino é de
suma importância para novas tomadas de decisões.
Diante do exposto, o trabalho tem como objetivo analisar o processo de ensino-
aprendizagem nas aulas de Educação Física na Educação Infantil em uma escola privada do
interior do Ceará.
Metodologia
Resultados e Discussão
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A partir das observações constatamos o desenvolvimento de atividades que contemplam
diferentes ritmos corporais, brincadeiras/brinquedos cantados e ritmados e conhecimento sobre o
corpo. Observou-se também que as atividades mais vivenciadas são de pinturas (desenvolvendo
habilidades motoras finas) e jogos de construções (estimulando a percepção de formas e
tamanhos). Ainda foi verificado que os conteúdos são trabalhados de forma lúdica, sendo os
jogos, esportes e brincadeiras recreativas as atividades preferidas das crianças. Segundo Leal et
al. (2015). Tem-se aumentado a procura por atividades que possibilita ganhos significativos no
desenvolvimento corporal e nas habilidades motoras.
Segundo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998), o
profissional de Educação Física deve oportunizar as crianças vivências capaz de ampliar as
possibilidades de movimentos, bem como desenvolver capacidades físicas, como força,
velocidade, resistência e flexibilidade. Por fim, adequar-se continuamente da sua imagem
corporal.
Em consonância com os nossos resultados, Mariano e Altmann (2016) ao observarem
crianças em um município da Região Metropolitana de Campinas-SP, constataram que há
vivências de atividades que promovem experiências corporais, sem a predominância de filas,
contribuindo para não estereotipagem de meninos versus meninas. Esta temática encontra-se em
discussão na literatura atual (PEREIRA, OLIVEIRA, 2016; FINCO 2016).
Contudo, atividades como pinturas, recortes e colagens são elementos bastante
enriquecedores no desenvolvimento das crianças, sendo de autovalor na aquisição de novas
habilidades. Vale ressaltar que estas atividades são vivenciadas na realidade estudada.
Corroborando com os achados, Raniro e Sigolo (2014) ao revelarem proposições de 15 (quinze)
crianças de Ensino Fundamental e Infantil, evidenciou que as atividades de desenho seguido de
pintura, fazem presentes nas atividades didático-pedagógicas.
Por conseguinte, brinquedos e crianças são dois termos indissociáveis (ou deveria ser).
Portanto, a construção de brinquedos, assim como foi evidenciado nas turmas observadas, é
importante para que o aluno participe da própria estrutura de aprendizagem, quer seja motora
e/ou cognitiva. No que se refere às habilidades motoras, Brito, Citadella e Ferreira (2015) ao
proporcionarem experiências com materiais alternativos (jornais, garrafas pet e caixas de
papelão) concluíram que a construção e utilização dos mesmos, contribuem para aplicação de
diferentes atividades que estimulam o desenvolvimento motor.
Dessa forma, recursos didáticos como brinquedos, jogos e outros implementos pedagógicos
nem sempre atendem a necessidade dos professores e alunos de creches e pré-escolas, assim
como foi constatado nos achados desse estudo. Em contrapartida, Brandão, Trevelin e Pissaia
(2016) ao identificarem situações de diferentes unidades escolares que atendem esse nível de
ensino no município de Matão-SP, concluíram que há uma boa estrutura física e diversidades de
materiais. .
3
Conclusão
Referências
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Disponível
em:<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-
publicacaooriginal-144468-pl.html>. Acesso em: 29 de julho de 2017.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
KRAMER. S.; NUNES, M. F. R.; CORSINO, P. Infância e crianças de 6 anos: desafios das
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LEAL, H. L.; CRUZ, F. N. I.; SILVA NETO, L. V.; PONTES JUNIOR, J. A. F. Benefícios da
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2015.
WOODWARD, BJ.; PAPILE ,L.A.; LOWE, J.R.; LAADT ,V.L.;SHAFFER ,M.L.; MONTMAN,R.; et
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neurodevelopmental follow-up of extremely low birth weight infants. J Perinatol, v. 31, n.10,p.641-
646, 2011.
Agradecimentos
Agradecemos ao Centro Universitário Católica de Quixadá-CE.