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Série Kismet 03
A princesa fada Trista tinha o plano perfeito: convencer o rei Braedon de Greenbirde que sua irmã
Solara não pensava em casar-se com ele, por isso livraria Solara e assim permitiria que sua irmã se casasse
com o homem a quem realmente amava. Só que seu plano fracassou e o rei das fadas prometeu Trista a
Braedon no lugar de Solara. Braedon era frio e bárbaro, mas dentro de sua carapaça externa de indiferença
se esconde um homem cheio de paixão. Trista tem a intenção de romper sua capa protetora de gelo até
descobrir o calor dentro dele. Ela o fará escolher o amor ou não haverá casamento.
Braedon não se importa com qual irmã vai casar. Só precisa da união para unir suas terras e manter
Greenbriar a salvo dos magos. O amor não causa nada além de morte e angústia. Mas Trista causa
estragos em Greenbriar, seu espírito travesso causa um grande alvoroço já que exige sua atenção de forma
desconcertante. Braedon luta contra os desejos dentro dele, com medo de amar a fada que o atormenta
com sua magia sensual.
Mas Trista fez a vida voltar com energia a Greenbriar. E com a vida chega o amor, e com o amor, o
perigo.
Prólogo
Trista engoliu em seco e olhou boquiaberta o castelo de Braedon, rei de Greenbriar1. O sol
da tarde refletia brilhante na água do fosso.
Muito em breve, faria o que foi fazer ali. Dizer a ele que sua irmã Solara não se casaria
com ele. Uma vez que Solara fosse liberada de seu compromisso, Braedon também seria livre
para casar com quem quisesse. Com alguém que não fosse a irmã de Trista, que amava Roarke, a
mão direita de Garick e seu melhor amigo. Era Roarke a quem Solara estava destinada, não a este
rei do sul.
Olhou para Garick, seu cunhado. Sua irmã Noele foi muito sortuda ao se apaixonar por seu
prometido, o rei de Winterland, a terra do inverno. E agora Solara estava apaixonada pelo
protetor de Garick, Roarke.
Trista se asseguraria de que Solara fosse livre para escolher Roarke.
Achava absurdo e antiquado costume das princesas fadas serem obrigadas a se casar com
um rei. Por que não podiam escolher seus próprios companheiros? O que aconteceria se uma
delas fosse prometida a um rei que não a amava? Estariam condenadas a viver para sempre uma
vida miserável?
Não, isso nunca aconteceria a ela. Nem a Solara. Essa foi a razão pela qual escondeu o
bilhete de Solara dos outros. Todos acreditavam que Solara desapareceu, mas Solara só foi
pensar. Mas seu truque deu algum tempo para Solara, e a trouxe até ali como emissária de sua
irmã.
Ela falaria em nome de Solara e romperia aquele costume de casamentos forçados de uma
vez por todas. Seu pai se zangaria com ela, ao menos por um tempo. Mas no final aceitaria e seria
razoável. Todos precisavam ser razoáveis. Acaso não podiam ver o quanto Roarke e Solara
amavam um ao outro? Não era justo que sua irmã fosse obrigada a casar-se com um homem que
não amava.
Ninguém devia se casar sem estar apaixonado. Trista nunca o faria, não importa quem lhe
dissesse que tinha que fazê-lo. Encontraria um homem que fizesse seu coração cantar com amor
e seu corpo vibrar de desejo. Não um par selecionado por qualquer outro, mas alguém que ela
mesma escolhesse.
—Está perdida em seus pensamentos, filha — Seu pai disse, virando-se para olhá-la.
Trista conseguiu forçar um sorriso para seu pai. –Estou ansiosa para voltar a Winterland
para ver minhas irmãs.
Seu pai assentiu. —Muito em breve, pequena. Assim que entregarmos a mensagem do
atraso de Solara ao rei Braedon, voltaremos para Winterland, encontraremos Solara e a traremos
aqui, aonde pertence.
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Greenbriar significa Urzes verdes
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Suspirou aliviada quando ele deu permissão para continuar, assentiu com a cabeça e secou
o suor das palmas de suas mãos no vestido.
—Trista. — advertiu seu pai em voz baixa. Ela o ignorou.
“Pode fazer isto, Trista. Lembre-se, é por Solara.”
—Estou aqui para pedir liberdade para Solara. É meu direito como parente pedir a você
que escolha outra noiva e que Solara seja liberada de seu compromisso com você.
—Trista!
Estremeceu com o som da voz de trovão de seu pai, mas se recusou a virar-se e encará-lo
porque sabia que veria uma expressão de muita raiva em seu rosto.
Os lábios de Braedon se curvaram ligeiramente para cima no que só poderia ser descrito
como escárnio. Seria essa, possivelmente, sua forma de sorrir? Certamente as histórias sobre sua
personalidade mal-humorada não eram verdadeiras. Ninguém podia ter um humor tão azedo
como se comentava que o rei tinha.
Cruzou os braços e a olhou. –Então sua irmã não deseja casar comigo.
Não era pergunta, mas de qualquer forma respondeu. –Não, não deseja.
Garick a segurou pelo braço. —Trista, cale-se!
Mas Braedon ergueu uma mão. –Deixa-a falar livremente.
A mão que Garick tinha sobre seu braço desapareceu. Por um momento teve medo que
Garick fosse jogá-la sobre a garupa de seu cavalo e arrastá-la para fora do castelo. Sabia que ia ter
um grave problema com Garick e com seu pai quando se fossem, mas se isto funcionasse, sua irmã
estaria livre para escolher seu próprio marido. Correria o risco de ser punida para que Solara fosse
livre.
—Trista, me diga. Sua irmã a enviou aqui para me informar que não queria casar comigo?
Se dissesse a verdade, ele podia pedir que Solara dissesse as palavras diretamente. Trista
odiava mentir, mas era a única maneira. –Sim.
—Posso falar, Braedon?— interrompeu seu pai.
—Sim.
—É vital que se case com uma princesa D’Naath. Nossas terras são obrigadas a se unirem
pelo costume e pela lei, e isso só pode ser feito com o casamento de uma princesa das fadas e o
rei de Greenbriar. Ao nos unir, teremos força para enfrentar os exércitos dos magos que tentam
conquistar nossas terras. Peço a você que reconsidere esta loucura que partiu da minha filha e me
permita trazer Solara para você.
—Estou ciente do protocolo Fraynor. Também estou ciente que sua filha Solara tem todo
direito de pedir que a libere de nosso contrato matrimonial. E parece que exigiu esse direito
através de Trista. — Braedon esfregou o lábio inferior com o polegar. Trista se perguntou se ele
fazia isso enquanto pensava. Sua boca era generosa, e teve uma visão fugaz dela puxando seu
lábio com os dentes.
Consternada com direção de seus pensamentos, respirou fundo e obrigou sua mente a
afastar esses pensamentos.
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Capítulo 1
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Malditas fossem aquelas leis antiquadas! Por que não podia escolher?
Embora se tivesse que fazer uma escolha, ao menos na aparência, Braedon de Greenbriar
seria uma opção das mais atraentes. Embora tivesse se surpreendido ao descobrir que os
habitantes de Greenbriar eram humanos, não podia encontrar defeitos na aparência do rei. Seu
cabelo loiro-escuro, que o sol clareou, chegava até seus ombros, e se balançava com o vento que
parecia acariciá-lo. Usava uma barba muito curta que lhe dava a aparência de guerreiro feroz.
Seus olhos azuis brilhavam como o oceano turquesa do sul. Certamente, era um rosto muito
bonito para se contemplar.
Mas seria muito mais atraente se sorrisse, coisa que ela não viu ainda.
Por outro lado, ela o evitou por todos os meios possíveis durante o dia anterior, esperando
que ele não a procurasse.
Não o fez, passou todo seu tempo com Garick e seu pai. Eles a mandaram para o quarto e
foi obrigada a permanecer ali até que alguém a chamou para comer. Ninguém foi visitá-la,
ninguém dedicou um gesto de amizade ou uma saudação.
Era como se cada pessoa se ocupasse apenas de si mesmo. Até onde ela sabia, ali não
havia vida social.
Nunca sobreviveria naquele lugar.
—Vai ficar aí e morrer de insolação, ou irá para sombra da torre?
Ignorando o tom cortante da voz de Braedon, suspirou e disse – Acho que não tenho outra
escolha senão obedecer. — Quando ele se afastou e atravessou as portas internas, Trista o seguiu.
Uma vez dentro, a sombra maravilhosa que vinha das árvores altas ofereceu a ela uma
trégua do mormaço.
—Sempre faz tanto calor aqui?— perguntou, acelerando o passo para acompanhar o rei.
—Sim.
—Há lagos no bosque D’Naathian dentro dos limites de sua propriedade. Seu povo nada
neles?
—Não.
Bem, isso teria que mudar muito em breve. Sua pele delicada nunca sobreviveria a aquele
calor tão intenso sem uma refrigeração constante. –Eu me banharei lá.
Braedon parou tão repentinamente que Trista quase se chocou contra suas costas, mas
conseguiu parar a tempo. Virou o rosto para ela, franziu o cenho e se inclinou como se estivesse
falando com uma criança. Agora estavam quase nariz com nariz.
Estrelas! Era um homem muito bonito. Queixo quadrado, nariz grande e lábios que
imploravam para serem beijados. O corpo de Trista se aqueceu, e desta vez não foi pelo sol.
—Não se banhará lá.
Quando ele se virou e retomou seu caminho através do pátio interno, Trista se apressou
para voltar a seguir seu ritmo. —Por que não?
—Não é seguro.
—É claro que é seguro. É meu bosque.
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A torre de menagem, em arquitectura militar, é a estrutura central de um castelo medieval, definida como o seu
principal ponto de poder e último reduto de defesa, podendo em alguns casos servir de recinto habitacional do
castelo.
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Quando chegou ao seu escritório, suspirou, agradecido que a pedra mantivesse a torre
mais fria que sua face externa. O que não daria para poder banhar o corpo em um manancial
fresco do bosque.
Nadar nas águas do bosque, na realidade. Aquela garota era louca? Ninguém podia entrar
no bosque D’Naathian até depois de que ele e Trista casassem. A propriedade ainda não lhe
pertencia, mesmo que uma parte do bosque há muito se estendesse dentro das muralhas de
Greenbriar.
Não, ela não se banharia ali.
Seu pênis estremeceu e pulou para vida enquanto se permitia uns momentos para
imaginar uma visão de Trista nua e banhando-se em um dos mananciais das terras das fadas.
Ela tinha um corpo maduro, como se acabasse de alcançar sua condição de mulher. Curvas
em todos os lugares corretos, seios altos e cheios que se pressionavam contra sua roupa e quadris
feitos para que as mãos de um homem os agarrassem. Seus lábios eram cerejas maduras contra
sua pele pálida, deliciosa e exuberante e suplicavam para ter um pênis entre eles.
Sua ereção tremia agora completamente. Quanto tempo passou desde que apagou sua
luxúria entre as coxas de uma mulher?
Muito tempo. Esse era o problema, e um que pretendia corrigir em breve.
Depois, as imagens de fadas luxuriosas fugiriam de sua mente e não perderia mais tempo
pensando sobre isso.
Levava uma vida solitária e a preferia dessa maneira. Preocupava-se em proteger e
amparar o povo de Greenbriar. Não se queixavam de seu tratamento. Se não era amável e
delicado com eles, era porque assim tinha que ser. Aprenderam há muito tempo que ele não seria
esse tipo de rei.
Esse tipo de rei morreu no dia que os magos abateram seu pai. Seu pai desfrutava de
festas, jogos e se divertia com as pessoas do povoado. Não se encarregou dos seus guardas, não
fiscalizou seu treinamento. Viveu sua vida sob uma nuvem de negação, negando-se a acreditar
que os magos tinham força suficiente para invadir Greenbriar.
A arrogância de seu pai havia lhe custado a vida.
Perder a mãe pouco depois fez Braedon perceber que a única pessoa com quem podia
contar era com ele mesmo. O único com quem o povo de Greenbriar podia contar era ele.
Protegeria-os mantendo-se firme e concentrado na guerra, nos preparativos. Não na
frivolidade.
E nunca no amor.
Capítulo 2
Trista ficou na cozinha com Nadine, apesar do calor insuportável que emanava dos fornos.
Fez um meio intento de aprender a fiscalizar, na medida do possível, o funcionamento da cozinha
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e a preparação da comida.
Mas sua mente estava em outro lugar, elaborando um plano para voltar ao bosque.
Certamente seu pai entraria em razão rápido o suficiente, e perceberia a loucura de deixá-la com
Braedon. Seu pai a amava, sabia. Como sua mãe. Só estava tentando lhe dar uma lição ao deixá-
la com o rei Braedon. Mas desta vez não ia funcionar. Não aprenderia nenhuma lição nesse lugar.
E quando sua mãe soubesse o que seu pai fez, fá-lo-ia pagar no mesmíssimo inferno.
Simplesmente devia esperar até que seu pai voltasse para buscá-la. Enquanto esperava,
não havia razão para não ser cortês. Afinal, não foi educada para ser grosseira com as pessoas.
Infelizmente, parecia que não deram esse mesmo tipo de educação ao rei Braedon.
Quando acabaram na cozinha, Nadine a levou para a sala ensinando-a a organizar e colocar
as mesas para o jantar e depois a levou escada acima até os quartos.
—Mudamos suas coisas para seu novo quarto — disse Nadine por cima do ombro.
—Novo quarto?
—Sim, ao lado do de Braedon, é obvio.
Trista engoliu em seco. A ideia de dormir tão perto daquele pagão era mais do que podia
suportar. –O quarto em que fiquei ontem era mais que adequado.
Nadine balançou a cabeça quando chegaram ao topo da escada. –Não, não é adequado
para alguém que logo será rainha.
“Não nesta vida”. Mas seguiu adiante sem nenhum comentário enquanto Nadine
mostrava um quarto muito bonito a ela. Uma cama grande ocupava o centro de um espaço amplo
e acolhedor. Havia tapeçarias penduradas sobre as paredes e cortinas grossas cobrindo as janelas
altas. Havia uma lareira no meio das paredes de pedra e uma sala privada do outro lado. Muito
mais espaço do que necessitava.
—Farei Maita trazer suas roupas. Eu a ajudarei a se banhar e vestir.
—Sou perfeitamente capaz de me vestir e me banhar sozinha, Nadine. Tenho certeza que
Maita está tão ocupada quantos todos os outros aqui. Não preciso de uma criada pessoal.
Os olhos de Nadine, igual aos de seu sobrinho, brilhavam quando sorria. –Muito bem,
então. Gostaria de descansar um pouco?
Descansou o suficiente no dia anterior quando seu pai e Garick a deixaram sozinha. A
última coisa que queria agora era mais tempo para pensar em sua situação difícil. –Não, não
preciso descansar. Eu gostaria de conhecer todo mundo e ver o restante do castelo.
Nadine sorriu com alegria. –Maravilhoso — Ela a conduziu pelo longo corredor e desceram
as escadas até o salão principal. As gargalhadas de um menino e as risadinhas ecoavam na sala
vazia.
—Donny! Venha aqui!— gritou Nadine.
Um menino de não mais de oito ou nove anos saiu de baixo de longa mesa de cavalete e se
aproximou delas. Escondia as mãos atrás das costas. Parou na frente de Nadine e a olhou, com
um sorriso que misturava um pouco de inocência sedutora e diabólica ao mesmo tempo.
Havia algo no menino que o tornava familiar, mas Trista não conseguia dizer o que era.
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Uma mecha de cabelo preto caía por sua testa, e seus olhos entre verdes e azuis brilhavam com
malícia.
—O que tem atrás das costas?— perguntou Nadine.
O menino balançou a cabeça. –Nada.
Colocando as mãos sobre seus quadris amplos, Nadine se inclinou para frente. –Donny. O
que tem atrás das costas?
Com um suspiro exasperado, o menino tirou as mãos das costas e as mostrou. Os
pequenos punhos estavam cheios de barro e de pedrinhas, que transbordaram e caíam no chão.
—Está tentado atormentar Braedon, outra vez?— perguntou.
—Não, tia Nadine. Só estava construindo um castelo de barro.
—Na cadeira de Braedon. — acrescentou Nadine.
Uma alma gêmea, pensou Trista. Teve que esconder um sorriso atrás da mão.
—Vá lavar-se. Depois volte e limpe a desordem que deixou. Apresse-se, ante que ele
chegue e pegue você.
Donny moveu os olhos rapidamente e se foi correndo.
Nadine balançou a cabeça. –Ele tenta chamar a atenção do irmão por todos os caminhos
errados.
—Irmão? Donny é irmão de Braedon?
—Sim. Braedon não a apresentou ao Donny e Erin?
—Não, não o fez. Quem é Erin?
Nadine suspirou. –Sinto muito. Braedon se dedica quase que completamente a se
preparar para a guerra contra os magos. Não dispõe de muito tempo para se relacionar. Nem
sequer com seus próprios irmãos, eu temo. Erin é sua irmã. Tem quinze estações. Donny tem
oito.
Então Braedon tinha um irmão e uma irmã que não se incomodou de mencionar a ela. Não
que tivesse mencionado muito de qualquer outra coisa, de todos os modos.
—Ah, aqui está Erin.
Trista seguiu o olhar de Nadine e viu uma jovem caminhando em direção a elas. Era alta,
como o irmão, mas muito esbelta. Seus cabelos compridos eram uma mistura de castanho com
reflexos dourados. Sorria como o irmão Donny e não como o mal-humorado Braedon.
Erin pegou as mãos de Trista e as apertou. –Olá, você deve ser Trista. Sempre quis ter
uma irmã. Estou tão contente que Braedon vá se casar!
Trista sorriu ante o sincero tom de impaciência da menina. Só algumas estações mais
jovem que ela, Erin ainda estava começando a florescer como mulher.
—Olá, Erin. É um prazer conhecê-la.
Erin inclinou a cabeça e se inclinou para um lado, tentando, de forma muito óbvia, olhar
em torno de Trista. –É uma fada. Suas asas são muito bonitas.
—Pode voar?— acrescentou Donny enquanto descia as escadas e corria para elas,
lançando-se contra Erin e rodeando sua cintura com os braços.
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pessoas pareciam ter adotado. Apesar do sol brilhante sobre suas cabeças, era como se uma
nuvem espessa se abatesse sobre o castelo, afetando tudo o que estivesse dentro.
—Meu irmão precisa de uma esposa.
Trista engoliu em seco e se virou rapidamente para ver Erin de pé atrás dela. A garota era
tão leve que Trista não a ouviu se aproximar. —Por que diz isso?
—Ele precisa de amor. Muito amor. Mais do que nós podemos dar.
Seu coração doeu por aquela pobre garota que só queria ser amada pelo irmão. Como era
triste e incrivelmente irritante que Braedon não percebesse sua situação. –Tenho certeza que seu
irmão a ama muito.
Erin deu de ombros. –Não parece que ame ninguém. Não foi capaz desde que nossa mãe
morreu. Antes disso, era…
—Erin!
Uma vez mais, Trista pulou, desta vez ante a brutalidade de Braedon quando entrou na
sala. Caminhou rapidamente em direção as duas, com as sobrancelhas franzidas em um gesto de
aborrecimento.
A face cremosa de Erin se avermelhou quando olhou para o irmão.
—Faria bem a você enfiar a cabeça em seus próprios assuntos. Em outro lugar. — disse a
Erin.
Erin assentiu com a cabeça, deixou o queixo cair até o peito e saiu correndo, não sem que
antes Trista pudesse ver lágrimas caindo dos olhos da jovem.
Virou-se para Braedon assim que Erin desapareceu. —Como pode tratar sua irmã assim?
Ela o ama e se preocupa com você. Está cego?
—Mantenha-se afastada de assuntos dos quais não sabe nada, fada. E deixe de indagar
nos assuntos de minha família.
—Sua família. E não vou me tornar sua família? — Se ela se dignasse a casar com ele, é
claro. O que não faria.
—Isto é diferente. É uma estranha, fada, e não entende nossos costumes.
Trista colocou as mãos nos quadris e o olhou. —Então as fadas são estúpidas?
—Não disse isso. Manipulou minhas palavras à sua conveniência. Simplesmente não sabe
o que fazemos aqui.
—Parece-me que o que todo mundo faz aqui é se esconder. De você.
Braedon cruzou os braços. –Está aqui há um dia e, pelo que vejo, já fez uma ideia de tudo
o que acontece ao seu redor.
—Vi o suficiente para saber que todo mundo se esconde de sua raiva e de seu mau humor.
E que seu irmão e sua irmã só querem seu amor e sua atenção.
Braedon franziu o cenho, e um tique de fúria palpitou ao lado de sua boca. –Mantenha-se
fora de meu caminho, Trista. E deixe minha família em paz.
Com um rápido giro sobre seus calcanhares, afastou-se caminhando. Trista o seguiu,
decidida a não permitir que escapasse daquela vez. Não tinha acabado de falar com ele e, nesta
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Braedon suspirou aliviado enquanto se aproximava do salão. Passou uma manhã e uma
tarde feliz. Trista não o perseguiu nenhuma só vez. Talvez tivesse finalmente escutado seu
decreto e o deixaria em paz.
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A sala estava cheia com os habitantes do castelo, todos reunidos para o jantar. Viu sua tia
e foi em direção a ela.
Nenhum sinal da fada. Talvez Nadine a mantivesse trabalhando na cozinha. Riu disso,
supondo que ela não se preocupava com seus deveres na cozinha.
Não se importava. Encarregar-se do castelo significava fiscalizar todos os aspectos das
tarefas e atividades diárias. Às vezes, era necessário ajudar. Era bom que a fada aprendesse isso.
—Onde está minha noiva?— perguntou a tia.
—Não tenho nem ideia. — disse Nadine, ocupada dirigindo o pessoal que punha a comida
nas mesas.
—Não estava trabalhando com você?
Nadine levantou a vista e franziu o cenho. –Não, não a vi todo o dia. Supus que tinha
decidido passar algum tempo com ela.
Um tique de irritação começou a se formar perto de sua têmpora. —E por que ia eu
querer passar um tempo com ela? É tão irritante quanto uma criança caprichosa que não
conseguiu o que quer.
—Ela é uma garota muito jovem e despreparada, Braedon, em uma terra estranha com
pessoas que não conhece. Um pouco de amabilidade com ela não seria má ideia.
Seria para ele. Não tinha intenção de tratar Trista de forma diferente do restante das
pessoas do castelo.
Bem, se não estava com sua tia, então onde estava? Com seu irmão ou sua irmã, talvez?
Procurou no salão e viu seus irmãos na mesa principal no centro da sala. Não havia sinal de Trista.
Jantou enquanto meditava, esperando vê-la atravessar a sala mais tarde. Mas ela não se
apresentou, nem sequer quando, depois da hora da comida, limparam as mesas e muito dos
comensais se retiraram para dormir.
—Estou preocupada. — disse Nadine, captando sua atenção antes que ele partisse. Estive
com Erin no quarto de Trista e ela não estava lá.
Com certeza, ela não tinha saído do castelo sem permissão. Como poderia? As portas
estavam fechadas e bem vigiadas.
Ele se retiraria para seu quarto, mas sabia que sua tia não o deixaria em paz até que Trista
aparecesse. Com resignação disse – Sairei para procurá-la.
Nadine assentiu e ele abandonou a sala e se dirigiu às portas. Nenhum dos guardas
postados ali sabia onde ela estava, mas as pessoas mencionaram que a viram um momento antes
caminhando, seguindo o muro de pedra perto do bosque.
O bosque D’Naathian.
Sozinha.
Talvez sim, tivesse saído, afinal. Não estava dentro da segurança das muralhas, apesar de
uma porção do bosque estar dentro dos muros de Greenbriar. Era uma área proibida, sagrada
para as fadas do povo de D’Naath. Até seu casamento com a princesa fada, ninguém em
Greenbriar tinha a entrada permitida.
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No entanto algo o chamou quando alcançou o limite do bosque, sentindo o ar fresco e frio
que saiu de repente e tocou seu rosto. O doce aroma da vegetação o impulsionou a dar um passo
adiante.
Tinha um forte pressentimento que Trista podia estar no bosque, confiando que ninguém
iria atrás dela. Não o conhecia bem de forma alguma. Ele a advertiu que não fosse ali. Se a
encontrasse no bosque, ele a faria pagar.
Maldita fosse a proibição. Ia entrar. Fez um gesto aos guardas das portas, e ordenou a
eles que não permitissem que ninguém entrasse no bosque, mas se Trista saísse dali, retivessem-
na, amarrando-a se fosse necessário. Os dois guardas engoliram em seco e empalideceram, mas
assentiram com a cabeça.
Entrou no bosque com passos cautelosos. Suas botas faziam a folhas caídas e os galhos
rangerem. Aromas doces assaltaram seus sentidos e encontrou a si mesmo aspirando
profundamente o cheiro das flores. A calma se apoderou dele, um relaxamento diferente de tudo
o que sentiu durante anos.
Devia ser o alívio de escapar da temperatura elevada e da umidade que persistia apesar da
escuridão; o muro opressivo de calor que parecia nunca se dissipar. No bosque não existia.
Seguiu um caminho estreito que margeava um riacho sinuoso. Era como se a água fizesse
gestos para ele e continuou como se o guiasse um dos legendários lagos de cristal D’Naathian. Um
círculo muito denso de árvores de grande porte proporcionava privacidade. A lua brilhante sobre
sua cabeça se refletia diretamente na água turquesa e nas encostas das margens.
De pé ao lado da margem do lago estava Trista. O instinto o fez levar a mão à espada, com
a intenção de percorrer toda área para ter certeza que ela estava segura. Um breve momento de
observação cuidadosa indicou que ela estava completamente sozinha. Seus sentidos não
captaram sons nem cheiros de intrusos, e aquela parte do bosque provavelmente não tinha sido
invadida pelos magos. A magia das fadas era muito forte em D’Naath. Mesmo ele, um humano,
sentia seu poder naquele lugar. Unida à capacidade para a guerra de Greenbriar, seria um suicídio
para os magos aventurar-se tão dentro no bosque.
Exatamente igual para sua fada, quem obviamente tinha vontade de morrer, pois desafiou
suas ordens.
Começou a caminhar em direção a clareira para enfrentá-la, mas parou quando Trista
ergueu os braços para o céu. Os seios pressionados contra seu vestido, fazendo que uma porção
tentadora do busto se sobressaísse acima do tecido esticado. Prendeu a respiração, esperando
que os globos escapassem pela parte de cima do vestido.
Deixou a ponta da espada apontada para o chão e se manteve escondido, com a intenção
de ver o que Trista ia fazer. Obviamente, só estava se certificando que a área estava livre de
vagabundos que pudessem pegá-la de surpresa. Afinal, era sua noiva, assim era sua
responsabilidade velar por sua segurança. Não havia nenhum motivo ulterior para manter-se
escondido dela.
Ou havia?
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Negando-se com firmeza a voltar atrás, concentrou-se em Trista. Sua respiração paralisou
quando ela começou a desamarrar os laços de seu vestido e o tirou pelos ombros. Amassou o
tecido na frente do peito, fechou os olhos, e as asas desapareceram! Quando se virou durante um
momento, ele não viu nenhum sinal delas.
Interessante. Era evidente que ela tinha a habilidade de retraí-las. Pensou durante um
momento na logística daquilo, até que ela voltou a virar-se para ele, desta vez deixando o vestido
cair até a cintura.
Impressionado, seu olhar se fixou em seus seios altos e cheios e em seus mamilos túrgidos.
Sua boca encheu de água para saborear aquelas cerejas maduras, especialmente quando ela
passou a mão por cima dos mamilos e os esfregou com pontas dos polegares.
Por todos os Santos! Era linda, etérea sob a luz da lua. As partículas de ouro de sua pele
brilhavam e soltavam sua luz própria.
Se sua boca encheu de água com a visão de seus seios, sua garganta secou completamente
quando Trista deixou o vestido cair até os tornozelos e saiu dele.
Uma cintura muito fina se abria para uns quadris feitos para as mãos de um homem. Coxas
opulentas em pernas muito longas. Entre suas coxas havia alguns cachos pretos com mechas de
ouro que brilhavam a luz da lua. O pênis de Braedon se sacudiu contra a calça, tentando se
libertar enquanto seus testículos se contraíam em um nó doloroso.
A culpa o assaltou. Não era apropriado que espiasse Trista daquela maneira,
especialmente quando ela não tinha nem ideia de que estava sendo observada. Mas, por tudo o
que era sagrado, ela o tentava! Além disso, agora que estava nua, não podia permitir que ficasse
sem escolta no bosque. O que aconteceria se alguém chegasse e a forçasse?
Como ele, por exemplo. Murmurando uma maldição em voz baixa, agachou-se e passou a
mão por seu pênis rígido como se essa ação pudesse acalmar a sede de luxúria que crescia dentro
dele.
Não havia sentido uma onda de desejo como aquela em… nunca, na realidade. O sexo era,
geralmente, rápido, algo que oferecia liberação para uma tensão sempre crescente. Nunca tinha
tempo para deixar seus olhos vagarem sobre a tenra carne feminina embaixo dele, nunca viu uma
mulher nua e de pé diante dele. Em Greenbriar sempre havia mulheres mais que dispostas a
levantarem suas saias e permitir que ele saciasse a luxúria dentro de seus corpos macios sem
esperar, em troca, nada mais que algumas moedas.
Essas eram as mulheres que queria. Esse era o tipo de mulher que desejava. Não a fada
que estava diante dele que, apesar de suas curvas femininas, ainda carregava um rubor de
inocência advertindo para não tocar, não possuir, não pensar sequer em fazer as coisas que ele
pensava em fazer a ela, com ela e para ela.
Mas se fosse honesto consigo mesmo perceberia que só vê-la andando nas pontas dos pés
no lago cristalino, com seus mamilos maduros e enrugados devido à água fria, o fazia desejá-la
mais do que jamais desejou outra mulher.
Trista era perigosa para sua alma. Tentava-o como nenhuma outra mulher o fazia,
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
despertava desejos que permaneceram latentes nele desde dia em que foi coroado rei.
E apesar de tudo, ficou e viu como ela mergulhava na água e nadava tranquilamente de um
extremo a outro do lago. Flutuava de costas e seus seios se sobressaíam acima das ondas para
tentá-lo ainda mais.
Como se ele tivesse a capacidade de sentir-se ainda mais tentado!
Pouco depois, Trista saiu da lagoa, pequenas gotas cristalinas deslizavam por suas costas e
por suas nádegas, as pequenas manchas de seu corpo apareceram como um rio de ouro fundido
sobre sua pele. Passando os cabelos por cima do ombro, apertou-o para que o excesso de água
caísse enquanto se dirigia para a grossa linha de árvores no topo da colina. Ao chegar colocou a
mão entre os arbustos e tirou algo de um dos galhos e acariciou com os dedos a superfície suave e
escura de um objeto fino. Pareceu brilhar por alguns segundos e depois o brilho diminuiu. Os
lábios se curvaram em um sorriso sensual. Então se deitou sobre a relva suave da colina perto das
árvores e colocou o objeto sobre a relva. Em seguida colocou as mãos sobre os seios e começou a
apertá-los, unindo-os e tocado preguiçosamente os mamilos com os dedos.
Braedon se inclinou para frente como se assim pudesse ver mais de perto à bela ninfa de
tons dourados. Seu pênis palpitava, a dor da pressão do pênis contra as calças era insuportável.
Gotas de suor escorriam por sua testa, enquanto permanecia quieto como uma estátua, com
medo de que ao menor movimento a visão que tinha diante dele desaparecesse.
Trista jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, depois passou as duas mãos sobre as
costelas e continuou descendo, erguendo os quadris como se estivesse saudando a exploração de
seus dedos. Braedon prendeu a respiração no mesmo instante em que os dedos de Trista se
introduziram entre os cachos brilhantes do vértice de suas coxas. Acariciava-se e gemia, erguendo
novamente os quadris.
Os joelhos de Braedon se dobraram e ele teve que apoiar a mão contra o tronco de uma
árvore para se sustentar. Nunca viu uma mulher dar prazer a si mesma, desconhecia que essa
visão podia ser tão excitante. Passou a mão por seu pênis palpitante e percebeu que queria o
mesmo prazer que ela experimentava, precisava da liberação mais do que precisava respirar.
Liberou o pênis de sua calça muito apertada, rodeou-o com a mão e começou a esfregá-lo
lentamente da base até a ponta. O silêncio era fundamental porque não queria que nada
quebrasse aquele feitiço mágico. Engoliu o gemido de puro prazer enquanto via Trista mover os
dedos entre as dobras de sua boceta molhada. Imaginou-se penetrando com toda sua longitude,
profundamente, no interior de seu canal quente, dando prazer a si mesmo e a ela ao mesmo
tempo.
Era estranho que nunca antes pensasse no prazer de uma mulher; presumiu simplesmente
que as mulheres com quem se deitava se satisfaziam mais com as moedas que pagava a elas que
algo resultante do ato sexual. A maioria só fazia o mínimo necessário, permanecendo quieta
enquanto ele bombeava e liberava a tensão presa dentro dele. Nunca quis ficar ou saborear seu
tempo com elas mais do que elas mesmas o desejavam.
Mas estava claro que Trista desfrutava em se tocar. Movia-se lentamente, sem pressa
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
aparente para terminar. Imersa nos movimentos de sua mão, mordia o lábio inferior com os
dentes e deixou escapar um suave gemido que quase fez Braedon cair de joelhos. Seu pênis
sacudia contra sua mão e ele o segurou com força, obrigando à semente que ameaçava derramar-
se muito cedo a retroceder.
Braedon estava fascinado pelos movimentos de seus dedos ao longo de sua fenda.
Lentamente, os movimentos para frente e para trás foram substituídos por caminhos verticais ao
redor do pequeno casulo que se sobressaía de seu clitóris. O rei não pôde evitar o gemido que
escapou de seus lábios quando dois dedos desapareceram entre os grossos lábios da boceta,
especialmente quando ela elevou os quadris e deixou escapar uns gritinhos.
Estava fodendo a ela si mesma com os dedos, então abriu os olhos e procurou ao seu lado
na grama. Pegou a vara longa que tinha tirado antes de entre as árvores, acariciou-a com a mão
úmida antes de deslizá-la entre as pernas, lubrificado a extremidade da mesma com o creme de
sua vagina. Com uma estocada rápida, enfiou a vara dentro.
Por tudo o que era santo! Braedon suava por todos os poros ao mesmo tempo em que
aumentava o ritmo de sua mão ao longo de seu pênis rígido, imitando os movimentos da vara com
que Trista estava fodendo a si mesma. Devia ser o legendário bastão tubara do qual ouviu de
alguns de seus homens que tiveram experiências com fadas falar. Um bastão ou pau fino que se
encontrava somente no bosque das fadas; dizia-se que as mulheres fadas, especialmente as que
não tinham companheiro, usavam frequentemente a tubara para dar prazer a si mesmas.
Obviamente Trista conhecia a tubara. Utilizava-a como se estivesse familiarizada com seus
poderes mágicos de prazer, contraindo suas nádegas já contraídas enquanto as erguia e as deixava
cair uma e outra vez contra a grama. Enquanto isso, continuava bombeando com a vara
mergulhando-a profundamente dentro de sua vagina e retirando-a lentamente repetidas vezes.
Braedon rangeu os dentes, seu pênis pulsava contra sua mão enquanto ele imaginava o doce
abraço das paredes de Trista, como seria estar enterrado completamente dentro daquele calor
úmido, avançando e retirando-se contra o abraço de sua vagina.
Quando ela o retirava, o tubo estava coberto de umidade brilhante. Braedon não queria
nada mais nesse momento que atravessar correndo os arbustos e colocar-se entre as pernas de
sua fada para lamber a essência que fluía dela. Quando tivesse dado a Trista a liberação,
enterraria o pênis profundamente em sua caverna mágica até encontrar sua própria liberação.
Os gritos dela se tornaram mais fortes, seus movimentos, enquanto montava a tubara,
mais rápidos e duros, e começou a esfregar com a outra mão a pérola tenra de seu clitóris.
Braedon seguiu seu exemplo, cada músculo de seu corpo estava contraído pela tensão crescente
enquanto seu punho apertado se movia para frente e para trás ao longo de seu pênis. Seus
testículos tremeram e ficaram mais tensos, estavam preparados.
Quando Trista jogou a cabeça para trás e gritou, Braedon deixou fluir sua própria liberação
tremendo e derramando sua semente sobre as folhas caídas no chão do bosque. Continuou
bombeando enquanto Trista tremia atravessada por seu clímax até que, finalmente, seu corpo
parou de se mover.
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
Mal conseguia se mover, conseguiu atacar a calça, parando alguns segundos para observar
o movimento rítmico de subida e descida dos seios de Trista, enquanto sua respiração se
normalizava.
Já tinha se entretido o suficiente. Abalado por uma luxúria que o consumia
completamente e que fazia seu corpo gritar por afundar seu pênis com força e profundamente em
sua noiva, afastou-se rapidamente.
Antes de fazer exatamente o que seu desejo lhe dizia que fizesse. Felizmente, ela não o
viu, nunca saberia que ele capturou uma imagem de sua paixão.
A visão ficaria com ele até o dia de sua morte.
Trista sorriu quando Braedon começou a se afastar nas pontas dos pés.
Seu noivo não sabia que ela o viu. Seus sentidos de fada o detectaram muito antes que
aparecesse em sua linha de visão. Esperava uma batalha, esperava que fizesse cair uma tormenta
sobre ela e exigisse que voltasse para Greenbriar imediatamente. Quando se escondeu em vez de
aparecer, considerou enfrentá-lo, mas decidiu esperar e ver se tinha algo a dizer.
Aparentemente não, por isso fez exatamente o que foi fazer, banhar-se nas águas
cristalinas dos lagos D’Naathian. O bosque se estendia muito longe para caminhar ou ir voando de
volta para sua terra natal, mas ao menos ali se sentia perto de seu lar. O fato de Braedon ter
desafiado as leis e entrado no bosque para procurá-la a agradava e assombrava ao mesmo tempo.
Por que ele simplesmente não enviou seus guardas? Por que foi pessoalmente, e sozinho?
O mais provável era que foi porque se alguma fada o descobrisse no bosque, ele seria o
único castigado.
Embora quisesse pensar que foi atrás dela porque se preocupava. Tinha matado o tempo,
sem dúvida nenhuma, especialmente quando ela começou a se despir. Pensando que ele voaria
quando se despisse, surpreendeu-se e se excitou quando ele ficou. Depois, sua intenção inicial de
zangá-lo se converteu em uma feroz necessidade de dar prazer a si mesma, e talvez a ele também.
Seu desejo original foi nadar nos lagos, pensar em sua situação e voltar para castelo. Não
planejou se masturbar, mas a aparição repentina de Braedon a impulsionou até novas alturas de
desejo.
Talvez quisesse demonstrar a ele que não era apenas uma simples jovenzinha sem cérebro,
que era uma mulher totalmente desenvolvida. Uma mulher com desejos, necessidades e
perfeitamente capaz de satisfazer essas necessidades por conta própria.
Quando o viu desamarrar a calça e tirar o pênis, soube que apesar de sua insistência em
ser frio, distante e inacessível, debaixo da superfície do rei Braedon de Greenbriar havia um
homem muito apaixonado.
Talvez isto pudesse funcionar, apesar de tudo, especialmente agora que teve uma visão de
seu fogo. Trista sentiu seu olhar sobre ela todo o tempo, e este acentuou seu prazer. Tanto que,
na realidade, permitiu que escapasse um grito selvagem quando o clímax a alcançou. Foi tão
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Consequências
Série Kismet - 03
intenso, e sabia que era porque Braedon a olhava, porque Braedon obteve sua liberação ao
mesmo tempo. Seu ventre se contraiu em espasmos de desejo, precisando ter o pênis sólido de
seu noivo entre as pernas.
Mas ele se foi, mas não sem compartilhar um pouquinho de si mesmo com ela. E, na
realidade, essa revelação foi muito interessante. Agora era hora de voltar para o castelo e pensar
em tudo o que aprendeu.
Talvez amanhã fosse um dia muito diferente.
Capítulo 4
Trista se levantou e se espreguiçou, sorrindo ante a luz do sol que entrava torrencialmente
pelas janelas do quarto. Vestiu um vestido amarelo claro e permitiu que suas asas se estendessem
completamente através das fendas na parte de trás de seu vestido. Depois de apertar os cordões
de seu vestido na altura de seu estômago, derramou água sobre o rosto e trançou os cabelos,
preparada para enfrentar o dia. Embora no dia anterior, aquele quarto não a tivesse animado,
agora parecia mais brilhante, mais agradável e acolhedor. Até as tapeçarias pareciam mais
amistosas e cheias de cor.
Desceu as escadas correndo para procurar Braedon, esperando poder compartilhar
algumas palavras com ele durante o café da manhã. Teria sua atitude para com ela mudado
depois do que compartilharam no bosque no dia anterior?
Braedon estava sentado no meio da sala rodeado por seus homens. Claramente não era o
momento para falar com ele. Trista procurou Erin e Donny e os encontrou sentados em uma das
extremidades da mesa de Braedon. Deixou-se cair na cadeira ao lado e mergulhou na refeição
matinal. Estava morrendo de fome!
Não tinha dado mais de duas dentadas na sua comida quando olhou para cima e encontrou
Braedon de pé diante dela.
—O que está fazendo?— perguntou.
—Comendo. — Acaso não era óbvio?
—Levantou-se muito tarde para ajudar com a refeição da manhã. Que isso não volte a
acontecer.
A vergonha fez seu rosto arder enquanto sentia centenas de pares de olhos sobre ela. –
Não sabia de meus deveres.
—Se houvesse arrastado seu traseiro preguiçoso da cama cedo o suficiente para descer
para a sala e perguntar, talvez então soubesse o que é exigido você.
Aparentemente, os acontecimentos da noite anterior não mudaram nada. Em todo caso,
Braedon estava mais mal-humorado ainda que no dia anterior. Mortificada, Trista ficou de pé e
levantou a tigela, levou-a para cozinha, puxou a comida e jogou a tigela sobre o balcão de pedra.
Como ele se atrevia a envergonhá-la daquela maneira? Na frente do castelo todo, no
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Consequências
Série Kismet - 03
mínimo. O sacana! Bastardo arrogante! Já havia meio que decidido lançar um feitiço nele para
que saíssem verrugas em seu traseiro.
—Nunca mais se afastará de mim quando estiver no meio de uma conversa.
Trista virou-se e lhe deu um olhar venenoso, sem se importar que o pessoal da cozinha
ficasse boquiaberto olhando para os dois. –Nunca volte a me dar um sermão diante das pessoas
do castelo.
Braedon arqueou uma sobrancelha. –Falarei com você quando e onde quiser. Como
minha noiva, tem obrigações. É hora de começar a cumpri-las.
Trista cruzou os braços, decidida a afastar a dor que lhe causava a forma que ele a tratava.
–Não vou ficar aqui e não vou casar com você. Então não faz sentido para eu fazer outra coisa que
não seja esperar até que meu pai volte para me buscar.
—Seu pai não voltará, a não ser para assistir o casamento. Deveria tentar afastar esses
pensamentos de sua mente. Eu agora sou o responsável por seu bem-estar. Você responderá
somente ante mim.
A fúria ferveu dentro dela. –Minha obrigação é me casar com algum outro, não com você.
—Está louca, mulher? Acaso não entende que seu pai autorizou nosso casamento?
Desafiaria a lei de D’Naathian?
—Não desafio as leis. Simplesmente não me casarei com você.
—Está equivocada. Submeter-se-á as minhas regras e aos meus desejos.
—E se eu não fizer isso?
Seus lábios se curvaram em um sorriso zombeteiro. –Então arrastarei você até o meio do
pátio, a jogarei sobre meu joelho, despirei seu traseiro e baterei nele rigorosamente.
A ira se misturou ao desejo quando uma imagem da mão dele golpeando com força seu
traseiro nu teve o efeito contrário ao que ele pretendia. A excitação se retorceu como uma chama
de sensualidade profundamente em seu ventre. Descartou os pensamentos da surra e o que a
seguiria e permitiu que a indiferença assumisse o controle.
Riu dele. –Meu pai me ameaçou com isso muitas vezes e nunca se atreveu.
As sobrancelhas dele se uniram e seu rosto se contraiu. Trista notou que ele lutava para
manter o controle, já escasso e superficial, e achou isso bastante emocionante. Perguntou-se até
que ponto tinha que empurrá-lo ante que perdesse aquele controle. –Eu não sou seu pai. Não me
desafie, fada. Perderia.
—Farei o que quiser. — replicou ela, levantando o queixo, fazendo-o saber que nunca
receberia ordens de pessoas como ele.
—Então sofrerá as consequências. Só aviso uma vez.
Girou sobre seus calcanhares e saiu, deixando-a cozinhando a fogo lento e mais quente
que a sopa do meio-dia que estava fervendo no fogão ao seu lado. Perguntou-se se o calor era
devido ao aborrecimento ou a algo completamente diferente, e decidiu que era mais seguro
escolher a raiva como razão das chamas que a atravessavam.
Como ele se atrevia a tratá-la daquela maneira? Ela o faria pagar. De algum modo, ele
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Consequências
Série Kismet - 03
sofreria as consequências!
Duas horas depois já havia planejado. Nadine se encarregou de que ela assistisse a
preparação dos alimentos. Nunca antes tinha supervisionado ou trabalhado na cozinha; sentia-se
impotente e não sabia o que fazer. Felizmente, Nadine era muito paciente e a instruiu sobre como
que devia fiscalizar o pessoal da cozinha e as decisões que devia tomar para o planejamento das
refeições.
Já que ela também era obrigada a provar o que se cozinhava e a ajudar a servir a comida
aos homens, encarregou-se pessoalmente de servir Braedon, tentando reprimir o sorriso quando
colocou o prato com bastante guisado diante dele. Braedon arqueou uma sobrancelha ao ver seu
sorriso inocente, mas não disse nada. Trista se virou e continuou servindo as refeições aos
homens, escondeu o rosto quando ouviu o rugido ultrajado do rei.
—Está tentando me envenenar, mulher?— perguntou, cuspindo, com o rosto vermelho de
raiva.
Ah! Então a pimenta vermelha é um pouco picante. Bem, eu estou aprendendo.
Caminhou casualmente para sua cadeira, segurando as mãos atrás das costas e esperou que ele
bebesse uma jarra inteira de cerveja, sufocando-se e ofegando todo o tempo.
—Isto é horrível!— exclamou Braedon e se dirigiu aos seus homens que o olhavam com o
cenho franzido como se estivesse louco. —Como podem comer isto?
—Está muito bom, meu senhor. — exclamou o homem que estava ao seu lado, ao que
seguiram vários “sins” dos que estavam ao redor.
Braedon virou a cabeça e a olhou.
—Tem razão. — disse ela com voz doce. –A cozinha não é meu melhor talento. Só tentei
condimentar a sua de uma forma especial, já que queria agradá-lo. Sinto que não tenha gostado.
O rosto de Braedon adquiriu uma cor mais escura ainda do que tinha adquirido depois de
provar o guisado. –Trabalhará lá. — sussurrou com lágrimas nos olhos ao mesmo tempo em que
pegava sua jarra de cerveja, outra vez, e bebia todo seu conteúdo.
O coração de Trista se iluminou enquanto se afastava, sentia-se extremamente satisfeita
por haver demonstrado a ele exatamente quem sofreria as consequências. O resto do dia passou
rapidamente em companhia de Erin e Donny. Donny era um menino encantador, cheio de astúcia
e alegria de viver que admirava o irmão de forma muito óbvia. Falava constantemente em
Braedon e de como queria ser como ele quando crescesse. Erin era mais sensível, sempre
mergulhada em seus pensamentos e observando o que a rodeava com uma percepção aguçada
que dava mostra de uma maturidade superior aos de seus anos.
Mas a única coisa que notou acima de todas as demais, foi o quanto amavam Braedon,
apesar do fato dele passar pouco tempo com eles. Desculpavam-no por sua negligência afirmando
que governar Greenbriar era uma tarefa muito importante e como a carregava sobre seus ombros
para proteger ao povo.
Apesar de tudo, ele tinha uma família e precisava vê-los.
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Consequências
Série Kismet - 03
Quanto mais tempo passava com Erin, Donny e Nadine, mais sentia falta da sua própria
família. De certo modo, entendia os sentimentos de abandono de Erin e Donny. Como seu pai
pôde deixá-la com todos aqueles estranhos? E suas irmãs? Estariam bem? Sentiriam saudades?
O que aconteceu com Solara? Já teria voltado? Roarke e ela puderam se unir? Oh, esperava que
assim fosse! A felicidade de Solara era a única coisa que importava. Se sua irmã pudesse unir-se a
Roarke e ama-lo da forma que desejava, aquele pesadelo teria valido a pena.
E se Solara e Roarke não encontrassem a felicidade, ela algum dia saberia? Voltaria a ver
sua família algum dia, ou ficaria presa ali para sempre?
“Pare de pensar neles. Você enlouquecerá se permitir que sua mente divague por esses
lugares que só lhe trazem tristeza”. Apesar de poder ligar-se a suas irmãs através de seus poderes,
sabia que, naquele momento, só traria mais infelicidade, então se manteve isolada. Ainda não
estava preparada para encará-las. O que aconteceria se todas estivessem infelizes pelo que fez?
Às vezes agia antes de pensar. Seu coração acreditava que estava fazendo o correto, mas a
realidade nem sempre tomava o rumo que pretendia. Esperava que sua família não estivesse
infeliz por causa de suas ações.
Magia! Sentia saudades de todas, precisava do conselho de suas irmãs agora. Estava tão
sozinha.
Muito tempo depois do restante dos habitantes do castelo se retiraram para a noite,
continuava passeando pelos jardins externos próximos ao mar; sentou-se em um banco de
madeira atrás de uma moita de arbustos. O calor opressivo do dia não era insuportável à noite e a
brisa marítima refrescava sua pele quente.
Trista se virou para trás e pensou em tudo o que perderia se no fim fosse realmente
precisasse ficar ali. Embora tivesse desenvolvido um carinho imediato por Erin e Donny, não podia
se casar com um homem que não se importava com ela. Estava disposta a suportar muito em seu
papel como rainha, mas nunca sobreviveria a indiferença e ao abandono.
O silêncio se estabeleceu ao seu redor como um casaco contra os açoites da brisa,
envolvendo-a em sua mortalha de solidão. A única forma de voltar para casa e para sua família
era se assegurar de que Braedon não quisesse se casar com ela.
A julgar pela maneira como a tratava, mesmo depois de desfrutar observando-a na noite
anterior, não passaria muito tempo ante que a deixasse de lado e a enviasse de volta para seus
pais.
A ideia trouxe esperança e desespero, embora não soubesse porquê.
Braedon não esperava encontrar Trista sentada sozinha no escarpado àquela hora tão
tarde da noite, mas ali estava, novamente iluminada pela lua enquanto pensava. Era uma visão
com seu vestido logo amarelo claro, os joelhos contra o peito e o queixo apoiado nos joelhos.
Parecia perdida em seus pensamentos, mas o que realmente o deteve foi o olhar de
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Consequências
Série Kismet - 03
solidão, de isolamento em seu rosto; o brilho de lágrimas douradas que se acumulavam na borda
de seus olhos; e sentiu uma pontada de culpa apunhalando-o no centro de seu ser.
O que era ridículo. Por que tinha que se sentir culpado? Ele fazia o que era sua obrigação
para proteger seu povo. Não tinha tempo para atender a uma meio-mulher, meio-menina, sem
nenhum sentido de dever. Talvez a escolha da jovem fada como sua noiva fosse um erro. Podia
devolvê-la facilmente a sua família e solicitar que uma das irmãs fada mais velhas fosse entregue
como parte do contrato matrimonial e de união de terras.
No entanto, a ideia de trocar Trista por uma de suas irmãs o deixou frio. Com que rapidez
a pequena descarada se infiltrou em sua casa e em sua vida. Era desesperadora e acabava com
sua paciência, mas também acendia um fogo em seu sangue que nunca havia existido antes.
Devia se manter longe, muito longe de Trista. Mas seu corpo ignorou os avisos de sua
mente e se achou caminhando em direção a ela.
Ela o olhou, havia um receio em seu rosto que ele não gostou de ver.
—O que está fazendo aqui tão tarde?
—Pensando. — Virou a cabeça e secou as lágrimas que escorregavam por suas faces,
pensando, sem dúvida nenhuma, em esconder-se dele.
—Pense lá dentro. Não é seguro para você ficar aqui tão tarde.
Levantando o queixo, olhou-o. –Não sou uma menina e não serei tratada como uma
prisioneira. Farei o que quiser e irei aonde precisar ir.
Ela tinha que discutir tudo? —Não deveria estar vagando sozinha.
—Onde vivo, não tenho que me preocupar de vagar à noite sozinha pelos bosques.
Certamente estou suficientemente segura aqui, atrás das muralhas do castelo.
—Sabe perfeitamente que os magos podem nos atacar, apesar das muralhas.
—Não tenho medo dos magos.
—Deveria.
Riu. –Tenho uma magia tão poderosa quanto a deles. Posso me proteger.
Um martelo golpeava suas têmporas e inalou uma grande baforada de ar para acalmar a
dor em sua cabeça. –Sua magia não irá protegê-la. Eu, no entanto, posso. Agora volte para seu
quarto.
Inclinou-se e segurou seu pulso, puxando-a para colocá-la de pé. Suas mãos bateram
contra seu peito com um golpe surdo. –Você é humano e eu posso vencer você. Não tem poder
sobre mim, ou sobre os magos. Acredite, posso proteger a mim mesma melhor do que você pode
me proteger.
Mocinha insolente! Como se atrevia a insultar sua honra? Envolveu sua cintura com o
braço e a apertou com força contra ele, ignorando a sensação de seus seios macios pressionados
contra seu peito. Em um instante, a ponta afiada de sua espada apontava exatamente abaixo do
seio esquerdo de Trista.
—Se quisesse matar você, já estaria morta. Fada ou não, acabou de ser vencida por um
humano. Agora, me diga novamente como se protegeria dos magos se nem sequer pode
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Consequências
Série Kismet - 03
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Consequências
Série Kismet - 03
Moveu as mãos livremente sobre o corpo dele, do pescoço até os ombros, deslizou os
braços em torno de suas costas de forma a poder pressionar com mais força os seios contra a
rígida superfície de seu peito. Era possível arrastar alguém tão profundamente dentro dela, senti-
lo em sua alma? Não esperava este tipo de reação ao contato de Braedon e, apesar de tudo, era
tão bom, como se tivesse encontrado o lugar ao qual pertencia.
“Garota tola. Ele nem sequer quer se ocupa de você. Para ele tudo é dever e nada de amor.
Isto é sexo.”
Uma parte dela percebia as repercussões do que estava fazendo, mas não conseguia
impedir a si mesma de desejar Braedon naquele momento, mais do que podia evitar que a lua
brilhasse aquela noite. Uma necessidade que a consumia completamente tomou o controle e ela
não podia rejeitá-la.
Braedon afastou os lábios dos de Trista e os moveu para sua garganta, deslizando a língua
ao longo da coluna de seu pescoço. Pequenas espetadas se estenderam ao longo de sua pele,
concentrando-se em seu sexo e afligindo-a com uma dor que a fazia gemer e tremer.
Mas não era a única que tremia. Notou o tremor dos braços de Braedon, e se surpreendeu
ao descobrir que ele não estava tão pouco afetado quanto imaginava. Afastou-se e procurou seu
rosto. O calor intenso de seus olhos a abrasou.
—Quero estar dentro de você, fada— sussurrou com sua voz rouca e profunda.
As palavras de sua resposta não chegaram a sua boca, tão perdida estava em suas
sensações. Só foi capaz de assentir com a cabeça.
—Mas não aqui. Não quero ser incomodado e tampouco que ninguém nos interrompa.
Embainhe suas asas.
Obedeceu, imediatamente. Braedon correu para carregá-la nos braços e a levou através
dos jardins e do pátio, seus passos eram decididos e enérgicos. Trista sorriu quando ele disse
adeus aos guardas da porta que correram para ele. Pararam na hora e retornaram a seus postos.
Não a levou para fora do castelo. Foi para o bosque escuro, na terra D’Naathian, e tomou a
rota próxima ao lago que seguiram no dia anterior. Trista se mantinha apertada contra ele e
descansava a cabeça sobre seu ombro, sentindo-se segura e a vontade pela primeira vez desde
que chegou a Greenbriar.
E querida. A sensação de ter um homem que a queria era indescritível. Nunca tinha
esperado sentir desejo por seu noivo, especialmente levando em conta a forma que ele a tratava
normalmente. E ainda assim, notava uma corrente subjacente de igual necessidade em Braedon,
como se, geralmente, ele não permitisse que ninguém conseguisse se aproximar tanto dele.
Sentia-se estranhamente privilegiada por ele necessitar dela.
Chegaram aos lagos e ele a deixou em uma encosta muito próxima de onde ela esteve na
noite anterior. De pé diante dela, a ereção de Braedon era visível contra sua calça escura.
—Sabe por que eu a trouxe aqui?— perguntou.
Trista assentiu com a cabeça. –Sei que me viu ontem.
Braedon arqueou uma sobrancelha. —Sabia? E se tocou daquela forma para me entreter?
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Consequências
Série Kismet - 03
—Não. Fiz para me entreter. Saber que estava aqui foi um mero estímulo para meu
próprio prazer.
As chamas lamberam o sexo de Trista ao ver o olhar faminto de seu rosto.
—Surpreende-me, Trista. Às vezes é como uma menina mimada, no entanto em outras
age como uma mulher. Uma mulher muito desejável.
Trista ignorou a referência à menina mimada. A ideia de mantê-lo surpreso a intrigava.
Talvez fosse algo bom. –Sou quem sou, Braedon, e não vou me desculpar por isso. Simplesmente
sei o que quero e não tenho medo de pedir isso.
—Então peça.
Sabia o que ele queria que dissesse. Ele queria ouvir as palavras de sua boca e por tudo o
que era mágico, as diria. – Faça amor comigo.
Braedon se inclinou e a puxou até pô-la a de pé, esmagou a boca contra a dela, introduziu a
língua entre seus lábios entreabertos e a saboreou, possuiu, deixando-a atordoada com o desejo.
Uma mão a mantinha contra ele e a outra se movia sobre seu corpo, acariciando suas costas, os
quadris, movendo-se para sua caixa torácica e pousando sobre seu seio. Trista ofegou em sua
boca quando ele puxou o corpete de seu vestido e o baixou, expondo seus seios para seus dedos
inquisitivos.
Uma explosão de sensações golpeou suas vísceras quando ele encontrou seu mamilo e
começou a bater para frente e para trás nele com a ponta do dedo. Com gentileza, suavemente,
ele a enlouquecia. O casulo se enrijeceu e Trista empurrou o seio contra sua mão, exigindo a ele,
sem dizer uma palavra, mais da doce tortura.
No entanto ele se retirou, sua respiração se tornou ofegante. Atordoada, perguntou-se o
que tinha mudado.
Seu rosto estava contraído quase dolorosamente, as mãos fechadas em punhos apertados
enquanto as mantinha rígidas em suas costas.
O que era que estava errado?
—Dispa-se, minha fada. E faça isso rápido ou arrancarei a roupa de seu corpo. Não posso
esperar nem um segundo mais para sentir você nua contra mim.
Capítulo 5
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Consequências
Série Kismet - 03
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Consequências
Série Kismet - 03
o outro com a língua, olhando daquela vez como brotava duro, rígido e brilhante com a umidade.
Brilhos de pó de ouro encheram o ar a seu redor e procurou a resposta na cara da Trista.
—Quando estou excitada libero feromônios. Seu propósito é reter você sob meu feitiço —
disse com seu belo rosto adornado por um meio sorriso.
Capturado de verdade, e sem poder se controlar. Ele se ajoelhou e acariciou seus quadris,
desfrutando da sensação da pele sedosa contra suas mãos ásperas. Olhou para cima para
encontrar os olhos de Trista cravados nele, estudando seus movimentos. Ela conhecia aquela
forma de fazer o amor? Sabia como dar prazer a um homem com a boca? Seu pênis tremeu ante
a imagem de Trista envolvendo seus lábios em torno de seu pênis e chupando-o até que
explodisse.
Tinha muito que ensinar a ela sobre o ato sexual entre um homem e uma mulher. A ideia o
surpreendeu, já que há apenas um ou dois dias atrás estava convencido de que só a usaria para
gerar herdeiros. Agora queria passar um tempo com ela, ficar entre seus braços e dar prazer a ela
até que gritasse de êxtase na noite. Depois queria ensinar a ela a dar prazer a ele; passaria horas,
dias e meses desfrutando de seu corpo e ensinando-a as formas em que podia fazer o mesmo para
ele.
Negando-se a prestar atenção aos porquês daquela mudança em seu coração, concentrou-
se, em vez disso, nos tentadores cachos que surgiam entre as pernas dela.
—Abra as pernas, fada— ordenou. –Deixe-me ver sua boceta bonita.
Suas pernas tremiam quando as abriu, permitindo a ele a visão dos lábios grossos de sua
vulva e da doce pérola de seu prazer espreitando para fora de seu capuz cor rosa. A umidade
brilhava entre as dobras de seu sexo, atormentando-o com o aroma doce e almiscarado de sua
excitação. A fragrância inebriante era irresistível. Incapaz de esperar um momento mais, Braedon
se inclinou e pressionou o nariz contra seu monte, deixando que os cabelos sedosos fizessem
cócegas em seu rosto. Tão suave, seu cheiro era tão insuportavelmente excitante que tinha medo
de liberar-se e gozar naquela posição.
Movendo-se para baixo, deslizou a língua entre as dobras suaves, saboreando a primeira
amostra da mulher que logo seria sua rainha.
Trista estremeceu e procurou o apoio dos ombros de Braedon, sabendo que, se não se
apoiasse nele, certamente cairia no chão. Embora tivesse dado prazer a si mesma desde que teve
idade o suficiente para ter consciência de sua sexualidade incipiente, nunca antes foi tocada por
um homem, nunca havia sentido o delicioso e doloroso prazer daquele tipo de excitação.
E agora, ele estava entre suas pernas, saboreando sua essência e enlouquecendo-a com a
necessidade de explodir contra sua língua úmida e quente. Inclinou-se para frente, dando a ele
um melhor acesso a sua boceta tremente, e choramingou quando a língua dele passou sobre seu
clitóris.
Das pontas de seus dedos voavam faíscas enquanto seu pó de fadas brotava mais rápido,
envolvendo-os em feromônios afrodisíacos que os fazia procurar a liberação de forma ainda mais
premente.
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Consequências
Série Kismet - 03
—Por favor. — sussurrou, mas mordeu o lábio inferior para se calar. Não queria que nada
quebrasse o encanto daquele momento, que nada perturbasse o êxtase que flutuava fora de seu
alcance.
Braedon a atormentava, empurrando-a para trás quando ela ascendia e chegava muito
perto da borda, parecia saber quando estava preste a acabar. Sua língua era enlouquecedora,
deslizava sobre sua carne quente e a abrasava com seu fogo.
“Aí! Oh, justo aí!“ Era um mestre do prazer e ela uma mulher desesperada para aprender
tudo o que ele podia ensinar. Não tinha nem ideia de que a intimidade de um ato como aquele
podia levá-la ao limite da razão. Mas o vê-lo mover a língua sobre ela, sentir os estremecimentos
em seu corpo e saber que ele os causava era quase insuportável. As imagens daquela língua
atravessando como dardos sua carne feminina só aumentavam sua necessidade.
Agarrou-se ao ombro dele e se sustentou sobre ele quando as primeiras faíscas do
orgasmo arderam dentro dela. Quando a língua entrou em sua vagina, gritou e inundou o rosto de
Braedon com seus fluidos cremosos, incapaz de se controlar ante um clímax que parecia ser
eterno.
Um orgasmo podia enlouquecê-la? Nunca perdeu totalmente o controle de seus
pensamentos ou de seus atos quando gozava, mas ter Braedon ajoelhado na frente dela,
lambendo cada gota de sua liberação, deixava-a temporalmente sem sentidos e inconsciente do
mundo que a rodeava. Enquanto flutuava lentamente de volta à realidade, olhou para baixo para
encontrá-lo sentado sobre os calcanhares, olhando-a com um sorriso no rosto. Seu rosto estava
molhado com seus sucos e isso fez sua boceta tremer de prazer uma vez mais.
Seu coração se derreteu. Braedon era tão incrivelmente bonito quando sorria. Seus olhos
azuis brilhavam e uma covinha se formava em cada lado da boca. Só olhá-lo fazia seu desejo
despertar para uma nova vida.
—Isto foi apenas o começo, minha senhora — disse, ficando de pé e segurando-a. Temos
muito mais que fazer esta noite.
Trista soube nesse momento que daria tudo o que ele quisesse.
—Beije-me, fada — disse, e Trista liberou suas asas e as agitou até que seus olhos ficaram
no mesmo nível que os dele. Ao segurar seu rosto entre as mãos, maravilhou-se com a diferença
entre seus tamanhos, ele tão grande e ela tão pequena. Deixou que a ponta da língua se
projetasse de sua boca e da borda de seus lábios e provou a si mesma antes de deslizá-la dentro
da caverna cálida da boca de Braedon, enredando a língua com a dele, e esperando não ser
desajeitada em suas tentativas de excitá-lo.
Havia tantas coisas que não conhecia, incluindo os beijos. Não se atrevia a dizer a Braedon
que nunca beijou ninguém antes ou ele riria de sua falta de experiência. Mas quando ele a puxou
para baixo até que seus pés tocaram o chão e pressionou toda a longitude de seu corpo contra o
dela, pôde notar a evidência de sua excitação e a agradou saber que a desejava.
Talvez não fosse totalmente inepta. Embora fosse muito curiosa. Separou os lábios dos
dele e disse – Quero fazer o mesmo que me fez.
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Série Kismet - 03
Os olhos de Braedon escureceram, seus lábios se curvaram em um meio sorriso que a fez
umedecer novamente. –Se rodear meu pênis agora com esses lábios tão doces, pequena fada,
explodirei em sua boca.
Disse isso como um aviso, como se fosse algo que ela não fosse gostar. Mas, Oh, estava
equivocado. Porque a mesma coisa que acreditava que a deteria era o que, na verdade, desejava.
—Eu gostaria de saborear você até que explodisse em minha boca.
Pronunciando uma dura blasfêmia, arrastou-a contra o peito. –Deixaremos isso para outra
ocasião. Não posso esperar mais para me sentir dentro de sua boceta apertada. — Depois desta
declaração esmagou a boca contra a de Trista. Afundou os dedos em seus quadris e esfregou sua
ereção contra ela.
Uma necessidade deliciosa se retorcia em seu ventre, as chamas lambiam seu sexo a cada
golpe do pênis rígido contra ela. Como ele ainda estava vestido, a barreira entre eles parecia um
abismo intransponível. Sem quebrar o contato com seus lábios, Trista colocou a mão entre seus
corpos e começou a desamarrar os cordões de sua jaqueta, seus dedos tremiam enquanto a abria
e as mãos pousavam sobre sua carne.
Carne cálida. Carne ardente. Lisa, sem pelos, musculosa, sentia o batimento forte e
rítmico de seu coração contra a palma de sua mão. Sua pele estava quente ao toque, tanto
quanto a necessidade abrasadora entre suas pernas que ansiava o alívio que a acalmasse.
Mas havia muito mais dele para descobrir. Deslizou a jaqueta de seus ombros e seus dedos
viajaram sobre um abdômen plano que se gabava de seus músculos saliente. Ao perceber que
podia permanecer durante horas no abdômen plano e esculpido, obrigou-se a ir mais para baixo,
abrir a calça e seguir o rastro sedoso até o tesouro escondido.
Envolveu o pênis com uma mão enquanto puxava a calça com a outra. Ele riu contra sua
boca, um som baixo e rouco, e retirou suas mãos para terminar a tarefa por ela.
Com um suspiro muito audível, Trista deu um passo atrás para vê-lo completamente nu.
Realmente era perfeito, apesar das cicatrizes de batalha que cruzavam seu peito e braços. Fez
uma nota mental para beijar cada uma daquelas cicatrizes, mas isso teria que esperar até mais
tarde. A única coisa que importava agora era a sensação de urgência que enchia o ar entre eles.
Estremeceu pela perda do contato com o corpo dele e deu um passo em direção a ele, encantada
pelo modo possessivo com que a puxou para entre seus braços e a beijou com a respiração
entrecortada.
Arrastando-a com ele, ajoelhou-se e depois deitou sobre a grama, colocando-se de modo
que ficaram cara a cara. Trista apoiou a cabeça sobre o braço de Braedon e se perdeu na
profundidade de seus olhos azuis. Sua pele estremeceu quando ele acariciou com a mão seu
ombro e baixou primeiro pelo braço e depois por seus quadris. Serpenteando cada vez mais para
baixo, seus dedos se enredaram nos cachos de seu montículo antes de encontrar aquele lugar
entre suas pernas que a deixava louca de prazer.
Quando deslizou os dedos entre as dobras e inseriu suavemente dois deles em sua vagina,
arqueou-se sobre o chão e gritou, abrindo muito os olhos ante a sensação de carne verdadeira
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dentro dela. Trista usava a vara tubara para dar prazer a si mesma, mas nada era tão bom como a
sensação dos dedos de um homem dentro dela. Sua carne era quente e flexível à medida que se
movia dentro e fora dela, lentamente no início, para em seguida acelerar até alcançar o ritmo com
que esfregava a boceta contra sua mão.
Aquilo não era como dar prazer a si mesma. Ia mais além e permitia que um homem a
levasse cada vez muito perto do limite de seu orgasmo. Gemeu de verdade quando Braedon
retirou os dedos, e depois se sentiu perto de morrer quando ele deslizou aqueles dedos entre os
lábios para lamber seu creme.
Seu coração batia tão forte que tinha certeza que ele o ouvia, embora não fizesse menção
alguma. Não, parecia mais concentrado na expressão de seu rosto enquanto lambia os fluidos de
seus dedos.
—Você tem o gosto igual ao fruto doce das flores de sua terra — sussurrou, pressionando
os lábios contra os dela e permitindo que ela sentisse o gosto em sua boca de seus próprios sucos.
Braedon encaixou os lábios firmemente sobre os de Trista, girou sobre ela até colocá-la de costas
e abriu suas pernas com o joelho. Quando se colocou entre elas e percorreu com a cabeça de seu
pênis o sexo ardente da fada, esta gemeu, faminta por senti-lo profundamente cravado dentro
dela.
Não teve que esperar muito tempo para que ele manobrasse e posicionasse a cabeça do
pênis entre suas dobras, depois se apoiou sobre as mãos e capturou seu olhar com o dele.
—Agora é minha, fada. Não importa a razão, não importa o que aconteça, sempre será
minha. — Ele se introduziu nela com uma rápida estocada até que ficou enterrado nela até o
punho.
Seu pênis a enchia, estirando-a até que os fluidos derramaram de sua vagina e caíram por
suas nádegas. Oh, nunca antes sentiu nada tão maravilhosamente delirante. Aquela sensação de
ser possuída e reivindicada por Braedon era esmagadora. A intimidade da união era indescritível.
As sensações que provocou nela apenas por estar dentro dela eram mais do que jamais imaginou.
Viu acasalamentos entre fadas de seu reino antes, gostou de vê-los fazendo amor em
diferentes posições e de todas as maneiras possíveis, mas não tinha nem ideia de como seria a
sensação de ter um pênis grosso enterrado dentro dela, palpitando e estirando-a de uma maneira
tão docemente dolorosa que achou que podia gritar.
Mas havia algo mais naquela união que um mero prazer físico. Havia um vínculo
emocional que vinha com ele e para o qual não estava preparada, e sentiu que uma lágrima
escapava de seus olhos. Braedon se inclinou e beijou a lágrima na borda de seu olho.
—Eu a machuquei? — perguntou, com uma expressão de preocupação gravada em seu
rosto perfeito.
—Não. — disse Trista com um sorriso. –É tão parecido a algo mágico, que não tenho
palavras para descrever isso.
Braedon sorriu e levou os lábios até seus olhos para beijar cada uma de suas pálpebras
fechadas; depois sussurrou em seu ouvido.
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Capítulo 6
Braedon, sentado em uma cadeira em frente à lareira, bebia um licor forte que esperava
lhe concedesse, ao menos, algumas horas de sono ante que seus deveres o fizessem levantar em
poucas horas. Enfocou seus olhos na pesada porta do quarto como se olhá-la, pudesse fornecer as
respostas que procurava.
Precisava dormir. Era muito tarde, e sabia que sem o descanso adequado não poderia ser
um líder eficaz. Mas como dormir sabendo que a puta dormia, com toda tranquilidade, sem
dúvida nenhuma, no quarto contiguo ao seu?
Fazia dois dias desde a noite no bosque D’Naathian. Dois dias e ela agia como se não
tivesse acontecido nada entre eles. De fato, se pensou que transar com ela, melhoraria sua
disposição, estava mais que equivocado. Trista se comportava agora pior que antes, ignorando-o
completamente. Passava mais tempo com Erin e Donny que com ele.
Passou os dedos pelos cabelos. Por todos os Santos! Não era isso o que queria? Na
realidade, foi ele quem disse a ela que se mantivesse fora de seu caminho. Que ela não era nada
mais que a noiva necessária para o pacto e que não tinha outro papel para ela.
Se ao menos seu maldito pênis o escutasse. Mas não. Enrijecia cada vez que sentia o
cheiro dela, ou a via, ou mesmo quando estava no mesmo cômodo que ela. Algo bastante
irritante levando em conta que uma ereção nem sempre era oportuna, especialmente em um
lugar público. Embora seu pênis não parecesse se importar em levantar nos momentos mais
inadequados.
Como quando treinava com a guarda no pátio. Era realmente inoportuno ostentar uma
ereção quando estava se praticando com a espada com outro homem. Não era culpa dele que
Trista escolhesse aquele momento para passear com Donny atrás, rindo e pulando de forma que
seus seios quase saltavam para fora do decote de seu vestido. E estava errado, ou ela agora vestia
roupas mais reveladoras que antes?
Não tinha nem ideia do que causou seu comportamento arisco, mas estava cansado dela o
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ignorar ou, pior ainda, que o olhasse como se ele soubesse exatamente por que estava zangada.
As mulheres exigiam muito tempo para serem decifradas. Era uma das razões pela qual se
alegrava de não ter se casado antes. Supôs que podia aprender a ignorá-la com o tempo. Mas
não tinha certeza se seu desejo por ela diminuiria.
Dois dias sem fazer amor com ela e seus testículos gritavam como se os tivessem chutado.
Deitou-se na cama com o pênis apontando para as estrelas, mas nada do que podia fazer mitigaria
a incessante pulsação de necessidade por sua fada. Embora, na realidade, não houvesse nenhuma
razão pela qual tivesse que andar de joelhos em torno de sua noiva e ia resolver aquele assunto
com ela agora mesmo!
Caminhou até a porta que conectava seus quartos, e parou pensando se devia bater na
porta, mas decidiu girar a maçaneta e entrar. A fada aprenderia quem estava no comando do
castelo aquela mesma noite!
Abriu a porta como se estivesse sitiando o quarto. Em vez de gritar, ela o olhou. Com
calma. Não havia nada que desconcertasse à mulher? Se não a conhecesse melhor, juraria que
estava esperando por ele.
Estava sentada na cama com as asas retraídas. As janelas estavam abertas e a luz da lua
infiltrava-se atravessando o quarto, projetando sua luz sobre a cama. Não usava roupa de dormir
e a luz da lua incidia diretamente sobre seus mamilos, que se enrijeceram sob o olhar de Braedon.
—Você não bateu e não é bem-vindo em meu quarto. — disse ela.
Ele meio que esperava que gritasse em protesto, não que dirigisse a ele um olhar
desinteressado. Não fez nenhuma tentativa para se cobrir. Seu pênis registrou a nudez de Trista
com uma corrente de excitação, espasmos e um rápido enrijecimento contra sua calça. Ficou
parado na porta do quarto e bebeu de sua beleza até fartar-se. Certamente, era uma bruxa
fascinante. –Não vejo nenhuma necessidade de chamar já que sou seu noivo e posso entrar em
seus aposentos na hora que quiser.
Trista deu de ombros e voltou a se concentrar no trabalho de costura que tinha em seu
colo.
—O que está fazendo?
—Costurando.
—Posso ver? O que está costurando?
Ela deixou cair o tecido sobre o colo e ergueu os olhos para ele. —Está realmente
interessado ou quer falar comigo sobre algo em particular?
—Por que está tão zangada comigo?
—Por que se preocupa? Deixou bem claro no outro dia que não se importa comigo. Não
estive incomodando você, mas você está me incomodando. Agora, se não se importa, estou
ocupada. Boa noite, Braedon.
Tinha coragem de dispensá-lo? Cheio de raiva, entrou decidido no quarto, arrancou o
trabalho das mãos dela e a puxou para uma cadeira próxima. Ela arqueou uma sobrancelha e
entrelaçou as mãos. —Está com birra a esta hora?
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Por tudo o que era sagrado, era uma beleza muito sexy quando estava zangada. E em sua
postura atual sobre os joelhos, seus seios se balançavam para frente e para atrás, tentando-o e
enchendo sua boca de água. Sua irritação fugiu e sua mente e seu corpo se concentraram em
outras coisas, como em ficar atrás dela e empalá-la com seu pênis duro como aço.
Ficou de pé e disse — Meu pai morreu quando os magos nos invadiram de surpresa
durante uma festa de comemoração no castelo. Não houve tempo suficiente para reunir os
guardas para a ação e perdemos a muitos naquela noite.
—Oh! Eu sinto muito… — Os olhos de Trista se abriram totalmente quando o viu
desabotoar a calça. —O que… o que está fazendo, Braedon?
—Preciso de você, Trista. Meu pênis está duro e meus testículos doem. Senti sua falta.
Mas vou dizer o que quer saber. Minha mãe morreu pouco tempo depois de dar a luz ao Donny.
Não há muito mais o que dizer. A única família que tenho é formada por tia Nadine, Erin e Donny.
Depois que meu pai morreu, tornei-me rei e trabalhei duro para proteger o castelo.
Tirou o colete e deslizou a calça para baixo, mas quando ela se moveu para trocar suas
posições, ele disse – não se mova. Quero você exatamente assim.
Deu um passo para ela, a parte da frente de suas coxas roçou o colchão enquanto ele
segurava uma mecha de seus cabelos e a enrolou em torno de seus dedos. Trista jogou a cabeça
para trás para olhá-lo nos olhos, o desejo e a curiosidade se misturavam.
—Ponha seus doces lábios em torno de meu pênis, fada. Toque-me com sua boca.
Trista sabia que foi manipulada, que ele só disse o que ela já sabia sobre sua família, mas
seu desejo por ele superou seu desgosto por sua artimanha. Além disso, queria saboreá-lo desde
aquela noite no bosque em que a viu dando-se prazer. Talvez fosse ela quem o manipulou nessa
noite. Afinal, estava prestes a conseguir exatamente o que queria. Apesar de que, na realidade,
nem sequer deveria estar falando com ele.
Mas novamente, não estava falando exatamente com ele.
Braedon acariciou a parte de trás de sua cabeça e empurrou suavemente para frente para
dirigir seus lábios para a cabeça de seu pênis. –Chupe-me, minha fada. Estou pedindo para sentir
sua língua quente sobre meu pênis.
Como podia resistir a um pedido tão tentador? Inclinou-se para frente e abriu os lábios em
torno de sua cabeça acesa. Mais escura que o restante de seu pênis, parecia quase zangada. Uma
pequena gota de líquido perolado gotejou de sua ponta e deu uma pequena batida com a língua
sobre ela. Braedon sibilou em uma respiração profunda e ela viu seu rosto enquanto abria mais a
boca e tomava a cabeça de seu pênis dentro dela.
—Ah, doce fada. — disse, acariciando seus cabelos. – Sua boca é realmente mágica.
Seu pênis era quente e parte de seu sabor salgado se derramou sobre sua língua. A textura
de sua pele era cheia de pequenas cavidades e elevações, mas era suave e rígida ao mesmo
tempo. Que estranho e cativante. Trista moveu os lábios sobre ele, tomando mais de seu pênis
na boca, mantendo os lábios firmemente em torno de seu eixo e deleitando-se com os suaves
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pôde evitar gozar com ele, gemendo contra sua pélvis enquanto obtia seu próprio prazer. Antes
que Trista pudesse recuperar o fôlego, Braedon retirou o pênis de sua boca e a moveu para deitá-
la de costas sobre a cama, curvando-se sobre ela e colocando a boca sobre sua boceta ainda
dormente. Lambeu o creme de sua fenda, deslizando a língua dentro dela para beber seus sucos.
Ainda tremendo pela força de seu clímax inesperado, Trista só conseguiu ficar ali deitada,
hipnotizada pela visão do pênis de Braedon balançando acima dela. Seu sabor permanecia em
seus lábios e não conseguiu resistir a tomá-lo novamente em sua boca enquanto ele a agradava
com a dele. Em pouco tempo, ele estava rígido novamente e ela o chupava com entusiasmo,
desfrutando do duplo prazer de tê-lo em sua boca enquanto ele a agradava com a dele.
Percebeu que tinha muito que aprender sobre o prazer, este dar e receber com as bocas e
os genitais. Gostou muito daquela posição já que Braedon podia deslizar o pênis profundamente
dentro de sua garganta e, Oh, o que podia fazer a sua vagina com a língua! O homem com certeza
possuía poderes mágicos para um humano! Tinha uma língua muito longa e sabia exatamente o
que fazer para agradá-la.
—Estou agradando você, fada? – perguntou.
Trista ergueu a cabeça para encontrá-lo olhando-a por entre suas pernas. –Sim, Braedon.
Agrada-me muito. Por que pergunta? — E por que parou de fazer o que estava fazendo?
—Porque estava rindo dissimuladamente.
—Estava?
Braedon se moveu e se deitou ao lado dela, embora sua cabeça permanecesse perto da
boceta de Trista. –Sim, estava. Achou algo engraçado em meu pênis?
Seu sorriso disse a ela que ele estava brincando, um lado dele que nunca pensou em
experimentar. –Acho muito difícil achar seu glorioso pênis engraçado, Braedon. Só estava
desfrutando de todas estas novas posições e sensações. Por favor, não pare de fazer o que estava
fazendo.
—Refere-se a isso?— inclinou-se sobre ela e deferiu um forte golpe com a língua em sua
fenda.
Ela estremeceu, a sensação era quente e úmida. –Sim, a isso.
—E isto? Você gosta disto também?— deslizou dois dedos dentro de sua vagina, ao mesmo
tempo em que circulava com sua língua a pérola inchada que suplicava por sua atenção. Trista
esteve perto de cair da cama, sua boceta se fechou em torno dos dedos em um apertado abraço
que sentiu profundamente em seu ventre.
Depois disso, já não pôde falar enquanto ele chupava seu clitóris e fodia sua boceta com os
dedos até que seus fluidos escorreram por suas nádegas e pela mão de Braedon. Agora era ele
que tinha o controle e ela o cedeu de muito bom grado, erguendo os quadris enquanto ele
enterrava os dedos mais profundamente e aprisionava seus clitóris com a boca. Mas foi quando
ele mordiscou seu botão com os dentes que alcançou o clímax e gritou, depois colocou a mão
sobre a boca, temendo que os servos chegassem correndo para ver se precisava de ajuda.
Levou alguns minutos para recuperar os sentidos. Nesse tempo, Braedon a virou e se
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colocou em frente a ela. Trista não percebeu que ainda estava com a mão sobre a boca.
Suavemente, ele retirou sua mão. –Fada, não tem que tentar sufocar seus gritos. Ninguém
nos incomodará esta noite. Ninguém virá resgatá-la se gritar. E, — disse, com um brilho em seus
olhos — ainda não começou a gritar esta noite.
Capítulo 7
Os olhos de Trista se arregalaram com o sorriso sensual de Braedon. Para alguém que
normalmente parecia tão frio e insensível, seu toque e a maneira como a olhava aquecia o quarto
como um fogo crepitante no inverno. Seu corpo ardia de calor. Girou até ficar de lado e chegar
até ele, precisava aprender tudo o que pudesse antes que a ternura que ele exibia desaparecesse
e a deixasse com o homem frio que ela sabia que voltaria.
—Seu corpo é tão diferente do meu. Tão duro onde o meu é macio.
Ele riu, o som vibrou contra ela. —Isso espero. Isso é o que torna o sexo tão divertido.
Você é macia aqui, — disse, deslizando a mão entre suas pernas, — e eu sou duro. Você está
úmida e isso torna mais fácil para eu deslizar dentro de você.
Braedon levantou sua perna e a colocou em volta de seu quadril, colocando a cabeça de
seu pênis contra a entrada da boceta de Trista.
—Olhe para mim, Trista.
Afastando seu olhar do pênis desaparecendo entre suas pernas, Trista encontrou os olhos
dele, de um azul tão claro quanto às piscinas que rodeavam o castelo de sua a casa natal.
—Quero ver seus olhos quando colocar meu pênis dentro de sua boceta, — disse ele, sua
voz adquiriu uma qualidade rouca e sombria que a fez estremecer de necessidade.
Sua boceta se contraiu e a umidade aumentou ao mesmo tempo em que, com entusiasmo,
abria as pernas ainda mais para acomodar melhor seu pênis. Moveu-se contra ele, tomando mais
dele, mas não o suficiente. Isto não era saudável! —Braedon, por favor, — suplicou.
Ele permaneceu calmo e ela franziu o cenho. —Braedon.
—Sim, fada?
—O que está fazendo?
—Esperando que suplique novamente.
—Por quê?
—Porque eu gostei.
Trista deu uma tapa no ombro dele. —É um brincalhão terrível! — E gostava daquela
faceta dele, parte dela se entristecia porque nenhum dos habitantes de Greenbriar jamais
chegaria a vê-la. —Agora me dê esse pênis ou eu…
—Ou você o quê?
—Eu o transformarei em um sapo!
Braedon jogou a cabeça para trás e riu. —Um sapo não tem um pênis muito grande, minha
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senhora. E tenho sérias dúvidas que fique muito feliz com sua magia depois. — No entanto,
inclinou-se e pressionou os lábios contra os dela, deslizando a língua dentro de sua boca fazendo-a
esquecer de tudo a respeito de transformá-lo em sapo. Quando, uma vez mais, ela ficou sem
fôlego pela antecipação, jogou a cabeça para trás para procurar seu rosto, recuou seus quadris e
imediatamente mergulhou dentro de sua boceta, desta vez tirando seu fôlego e fazendo-a gritar
ao mesmo tempo.
—Ah! Isto é o que queria ver. Seus olhos arregalados e movendo-se como um rio de ouro
derretido. — Braedon voltou a mover-se contra ela em um ritmo suave, a pélvis se esfregando
contra o clitóris de Trista, suavemente no início, depois com mais força, ao mesmo tempo em que
adquiria um ritmo que logo a teve abraçando suas costas e mordendo seu ombro. Ele não
pareceu se importar já que gemia e mordia seu pescoço, parecendo ter sido capturado pela
mesma paixão. Não demorou muito tempo antes que ela sentisse a excitação familiar que
antecipava seu orgasmo.
Braedon a puxou para trás e a fez olhá-lo novamente. —Quero ver como goza, Trista.
Ela não podia. Era muito íntimo. Mas quando tentou descansar a cabeça sobre o ombro
de Braedon, ele não permitiu. Em vez disso, manteve a palma de sua mão entre os seios de Trista
e empurrou o pênis entre as pernas dela mais rápido e mais forte até que ela esqueceu
completamente de qualquer sentimento de timidez e se aferrou aos braços dele, observando a
forma em que as pupilas iam escondendo a cor de seus olhos, até que se dilataram mais quando
ele também alcançou o final. Braedon rugiu quando gozou dentro de Trista que gritou, daquela
vez sem se incomodar em se preocupar que alguém a ouvisse, porque não se importava se todos
os guardas de Braedon irrompessem no quarto nesse momento.
Ele a levou para um lugar mágico e no que a ela concernia, eram as duas únicas pessoas no
mundo naquele momento.
Ensopada pelos esforços de sua sessão amorosa, Trista desabou contra Braedon e o puxou
para ela, acariciando suas costas e nádegas durante alguns segundos. Acreditava que ele retiraria
a colcha e ficaria ali com ela, mas em vez disso, ele se levantou da cama quando recuperou o
fôlego e começou a se vestir. Ela se deitou e o olhou, sorrindo ante seu corpo musculoso e tenso,
perguntando-se se pediria que se mudasse logo para seu quarto. Fazia muito mais sentido que
pular de quarto em quarto todas as noites. Talvez ela devesse sugerir isso primeiro.
Havia muitas coisas que tinha que falar com ele, começando com seus planos de
casamento.
—Braedon?
—Sim
—Sobre nosso casamento…
—Isso será algo para você e Nadine organizarem. Não quero tomar parte em nenhuma
outra coisa que não seja aparecer, dizer meus votos e me deitar com você essa noite.
—Mas certamente você e eu falaremos…
Ele a cortou com um olhar severo, muito semelhante ao que tinha na outra noite no
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Consequências
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bosque. —Mulher, porque essa necessidade constante de falar sobre assuntos sem importância
depois do sexo? Acaso não tratei você como pediu? Não fiquei e a toquei? Isso não significa que
me transformarei em um bobo de sorriso tolo que manterá longas conversas sobre assuntos de
mulheres com você, nem agora nem nunca. Quando eu transar com você, você transara. Depois
não falaremos nem da família, nem de crianças, nem de qualquer outra coisa de natureza feminina
ou sem importância. Agora, desejo que passe uma boa noite.
Quando ele deu meia volta e foi para seu quarto, Trista só podia olhar para a porta
fechada, mantendo a boca aberta. Com toda certeza, estava noiva de um humano que tinha duas
personalidades distintas: uma calorosa e risonha para o sexo, a diversão e os jogos; a outra fria,
arrogante e mal-humorada de um monstro das profundezas do inferno que a fazia tremer de
aversão.
Girou sobre as costas e ficou olhando para o teto, pensando no mistério que era Braedon
de Greenbriar.
Se fosse se casar com ele, sua vida se desenvolveria de forma muito diferente da que tinha
imaginado.
Tinha sentimentos por ele? Às vezes sim, especialmente quando a tocava e fazia amor.
Mas outras vezes, quando não estava fazendo amor com ela, queria lançar um feitiço sobre ele e
transformá-lo em uma estátua de pedra que se emparelhasse com seu comportamento.
Ele a enfurecia, incomodava e a fazia querer pisar em seus pés com força e arremessar
objetos de um tamanho grande próximo de sua cabeça. Mas, ao mesmo tempo, queria
aconchegar-se contra ele e tocá-lo e beijá-lo em todos os lugares, depois implorar para que ele a
fizesse sentir as coisas que a fazia sentir, as coisas que fazia seus joelhos se dobrassem e que seu
interior se aquecesse como um dia de sol de verão.
Oh, como desejava que suas irmãs estivessem com ela! Sentia saudades delas e ansiava
por seus conselhos. Ali não havia ninguém com quem falar a respeito de seus sentimentos
confusos por Braedon.
Talvez, devesse procurar Nadine no dia seguinte e perguntar a ela sobre Braedon. A
mulher parecia conhecer bem o sobrinho e podia ser capaz de lhe oferecer algum conselho sobre
como lidar com a parte monstruosa do homem com quem poderia ser forçada a casar. Porque a
cada noite que passava parecia mais evidente que seu pai não viria resgatá-la.
E se assim fosse, e ela em efeito, tivesse que casar com Braedon, deveria saber como viver
com um homem a quem não entendia de forma alguma.
—Braedon precisa sentir que há ordem em sua vida, — explicou Nadine enquanto Trista a
ajudava com a comida do café da manhã. A cozinha estava transbordante de atividade e parecia
acalmar Trista mantendo sua mente ocupada enquanto aprendia como dirigir o pessoal em suas
tarefas. Além disso, Nadine lhe disse que seria seu dever como rainha fiscalizar as tarefas do
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dia-a-dia de Greenbriar. Até achava divertido. E Nadine, Erin e Donny a ajudavam. E pela primeira
vez desde que seu pai a abandonou sem pensar às portas do castelo, começou a sentir como se
pertencesse ali.
Agora, tinha que fazer que Braedon visse que ela pertencia a Greenbriar, e não só a sua
cama.
Dia após dia, começou a superar a relutância das pessoas do castelo; primeiro, mostrando
a eles que podia, realmente, trabalhar como sua rainha. Eles começaram a ir até ela por coisas
mundanas como disputas menores. Logo abriram suas mentes para a possibilidade de viver
novamente, de sorrir novamente, de celebrar novamente.
De ter um rei que voltasse a sorrir.
Como poderiam ir mais à frente do horror do que aconteceu com o pai de Braedon a
menos que o passado fosse revivido sem incidentes?
O dia seguinte seria o ponto de inflexão.
Esperava que Braedon a perdoasse.
Esperava que ficasse contente com ela pelo que estava prestes a fazer.
Esperava que compreendesse que estava fazendo aquilo porque se preocupava com ele
cada vez mais.
Se não, seu futuro em Greenbriar seria deprimente.
Capítulo 8
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Ela abriu os braços e sorriu para ele. —Estamos tendo uma festa.
—Por quê?
—Porque já era hora de ter uma em Greenbriar.
—Não autorizei nenhuma festa.
Apertando as mãos em suas costas, ela disse, — Pelo que me lembro, me informou que os
projetos desta natureza deviam ser feitos entre Nadine e eu. Então a organizamos.
—Não foi isto o que eu quis dizer!
—Sério? Como eu ia saber disso? — “Estou fazendo um bom trabalho controlando meu
temperamento” pensou Trista.
—Você sabia exatamente o que eu queria dizer! Droga!
Ele não parecia engraçado de forma alguma quando a olhava assim, especialmente porque
o sol não brilhava na escuridão da noite. —Não sabia de tal coisa, Braedon. Você, sem dúvida
nenhuma, está com sede. Que tal umas cervejas para você e seus guardas? Esteve treinando o
dia todo. E temos um festim de faisões e outros tipos de aves. Pão e queijo e…
—Pare de falar! Não posso pensar quando fala tanto!
Trista se lembraria disso para futuras discussões. Fez um sinal para um dos servos e a
mulher se adiantou com uma bandeja de cerveja. Trista pegou uma das jarras e a ofereceu a
Braedon. —Toma. Beba. Parece sedento.
Olhando-a, ele pegou a jarra que ela oferecia e bebeu a cerveja, depois devolveu a jarra
para a bandeja e imediatamente se apoderou de outra e fez o mesmo.
—Oh, estava sedento, — disse ela, esperando que ele bebesse várias outras seguidas.
—Esta festa acabou.
—Não, mal acabou de começar.
—As celebrações não são permitidas em Greenbriar.
Um murmúrio se formou por trás e ao redor deles. Uma multidão muito calada que
observou a discussão com absorto interesse. E justo ao lado dela estavam Erin e Donny.
—Braedon. Sei o que aconteceu na última vez que se realizou uma festa em Greenbriar.
Meu coração se parte por sua perda. Mas não tenha medo que todas as festas tenham o mesmo
resultado. Eu imploro, não faça isto. — Sussurrou o último de forma que só ele pudesse ouvir.
Ele abriu a boca para falar, mas em seu lugar a voz de Nadine soou ao seu lado.
—Dance com sua noiva, Braedon.
Braedon dirigiu o olhar para sua tia. —Perdão?
—Ouviu-me, filho. — Nadine sinalizou para os menestréis tocarem com um breve
movimento da mão. —Dance com sua futura rainha. Agora.
Embora Trista não tivesse passado muito tempo em Greenbriar, nunca ouviu o tom de voz
irado, seco e cortante que acabava de ouvir agora. Pelos olhos arregalados de Braedon, ele
também não.
Quando a música começou, Braedon colocou a jarra vazia sobre a bandeja e puxou Trista
até tê-la em seus braços. Certo, fez isso a contra gosto, seguindo a ordem de sua tia, franzindo o
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Série Kismet - 03
cenho para a anciã que mantinha um sorriso petulante e satisfeito no rosto. Ele continuou
franzindo o cenho para ela enquanto dançava com Trista no salão de baile, seguindo aos
menestréis até ali com a multidão atrás.
Trista não entendeu muito bem o que aconteceu entre Braedon e sua tia, mas achou que
foi algo monumental. Em todo caso, ela estava agradecida pela ordem de Nadine.
A festa começou de verdade.
Braedon soltava fogo pelas ventas em silêncio, ainda chocado pelo tom de voz de sua tia,
um tom que ela não havia usado desde que ele era um menino travesso. Não quis envergonhá-la
faltando-lhe com o respeito, mas mais tarde teria umas palavras com sua noiva.
—Não posso acreditar que tenha feito isto sem minha permissão.
—Só queria agradar você, Braedon, — disse, com a emoção e o medo do conflito em seus
olhos dourados. —Todos nós só queremos sua felicidade.
—Sou feliz com como são as coisas.
O sorriso de Trista não chegou aos seus olhos. —Não, não é. Está preso a dor do passado,
uma dor que tem você em suas garras e se recusar a ir. Nunca será feliz até que a deixe para trás.
—Não sabe nada do que está falando, Trista. Deixa-o estar.
—Sei mais do que pensa.
—Não estava aqui quando aconteceu, — disse, olhando por cima dela para os rostos
sorridentes, lembrando-se daquela noite tão longínqua quando houve uma festa parecida. Só que
então, sua mãe e seu pai estavam lá, rindo e dançando e desfrutando dos festejos da noite.
Até que os magos chegaram.
Depois só houve sangue e gritos, e espadas e luta. Depois houve raios brilhantes de dor e
seu pai deitado sobre o chão em uma poça de sangue.
Então a festa e o riso morreram, e nunca voltaram para Greenbriar.
—Quando se perde o objetivo, as pessoas morrem. É sempre melhor estar preparado.
—Ora. Você e sua guarda estão bem preparados. Pode relaxar um pouco. Agora todos os
castelos estão preparados para ataques dentro deles, Braedon. Além disso, agora você me tem e
tem a magia, — disse ela com uma piscadela e um sorriso.
Ele riu. —É uma menina e não sabe nada destas coisas. Não pode fazer nada para ajudar.
—Posso ajudar a lutar contra os magos. Meu povo fez isso antes. Minhas irmãs ajudam.
—Não pode me ajudar. Com esta festa ou com a guerra contra os magos. É uma
mulherzinha que não sabe nada da vida ou da dor.
O sorriso de Trista desapareceu. —E você é um idiota com o coração gelado que está cego
para aqueles que o amam. Poderia, ao menos, abrir um pouco os olhos e ver seu irmão e sua irmã
antes de perdê-los para sempre.
O que ela estava tentando dizer? —Então está dizendo que só eles me amam?
—Bem, não olhe para mim, porque nunca poderei amar um homem cujo coração está tão
fechado ao amor.
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Calou-se e se afastou dele. Pela primeira vez, Braedon percebeu que suas lágrimas eram
douradas. —Não sou uma menina, Braedon. Sou uma mulher com um coração de mulher e uma
dor de mulher. Por favor, não me diga que não sei o que significa sentir dor. Suas palavras me
cortam e me fazem sangrar. E doem. Por favor, desfrute da festa porque seu povo se esforçou
muito para reunir isso tudo. E olhe para seu irmão e sua irmã, ante que seja muito tarde para
você.
Antes que Braedon pudesse dizer algo, Trista se virou e desapareceu entre a multidão.
Começou a ir atrás dela, mas algo que ela disse o fez se virar e procurar entre as pessoas. Viu
Donny e Erin dançando e rindo com um bando de estranhos. A alegria deles atingiu seu coração.
Que se sentissem tão felizes sem ele o feriu. Surpreendentemente, feriu-o.
—Sim, ainda o amam.
Virou-se para encontrar Nadine junto dele. —Surpreende-me que sequer me conheçam.
—Você se surpreenderia com muitas coisas se apenas abrisse os olhos.
—Como o que?
—Que eu o amo, que Erin e Donny o amam.
Nadine o abraçou e apoiou a cabeça em seu ombro. —E que Trista o ama também.
—Eu não posso amar ninguém.
—E por quê? — perguntou ela.
—Porque devo me concentrar em proteger meu povo. O amor é… distração.
Nadine riu e beijou sua face, depois o obrigou a olhá-la. —Tolo. É hora de superar a perda
de seus pais. Sim, foi doloroso. Mas amar alguém nem sempre significa perdê-los. Você sempre
foi muito inteligente em assuntos militares. Agora, é hora de ser muito sábio e empregar a mesma
inteligência nas coisas do coração.
—Não tenho certeza do que quer dizer.
—Abra os olhos, Braedon. E mais importante, — disse, pondo a mão sobre seu peito, —
abra seu coração.
Sua tia apontou com a cabeça para o outro extremo do salão de baile e depois se afastou.
Ele olhou Erin e Donny, viu-os rindo e se divertindo com estranhos.
Estranhos. Não da família, não ele, e sim estranhos, dançando com sua irmã e brincando
com seu irmão caçula. Alguns de seus guardas estavam conversando com Donny. Donny os
olhava com admiração absoluta em seus olhos. Olhava sua equipe de combate e suas espadas
com grande respeito. Erin estava dançando alegremente com um jovem de uma boa família, os
pais do menino observavam de perto.
Braedon percebeu que não sabia nada de seu irmão nem de sua irmã, que não se implicou
nem em sua educação nem em suas vidas de nenhum modo.
Caminhando em direção a eles, parou na frente de Erin. O jovem com quem dançava
recuou afastando-se rapidamente, inclinando a cabeça. As bochechas de Erin ficaram vermelhas e
deixou cair o queixo até o peito.
Achava que ele ia repreendê-la por algo?
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Capítulo 9
Uma vez mais Trista estava no fresco e relaxante bosque de D’Naath, perguntando-se se
daquela vez deveria fazer a longa viagem de volta para seu castelo, apesar do fato que levaria
vários dias para chegar lá.
Seu pai lhe daria boas-vindas ou a enviaria de volta para Braedon? De algum modo sabia
que voltar para seu pai só teria como resultado que a enviasse de volta para Greenbriar.
De volta para Braedon.
Suspirou e sentou na grama, levantando a saia para acariciar com os pés a margem da
água. Levantou o olhar para a lua, desejando que proporcionasse respostas. Em vez disso, o astro
prateado devolveu o olhar sentenciosamente.
Ao que parecia não importava o que tentasse fazer, nunca seria capaz de agradar Braedon.
Ele achava que era imatura, insensata, uma menina.
Oh! Gostava de transar com ela, é obvio. Então pensava nela como uma mulher. Mas
quando chegava o momento de falar com ela, de tratá-la como sua rainha, ele a repreendia ou a
menosprezava. Mas não mais. Não podia viver com um homem que a tratasse assim. Não podia
submeter-se aos seus insultos constantes.
Já era hora de parar de se esconder no bosque e aceitar as coisas como eram. Este era o
castigo por sua estupidez, por tentar ajudar sua irmã. Agora, selou seu próprio destino e se
apaixonou por um homem que não a correspondia. Fez exatamente o que jurou não fazer.
Braedon não tinha outro sentimento por ela senão a luxúria. E a luxúria morria, como as folhas de
uma videira quando o inverno chega despreocupadamente e arranca a vida dela.
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Isso era o que faria com ela. Seu amor e felicidade murchariam e morreriam sob o sol
quente de Greenbriar e ela não podia fazer nada a respeito.
E não podia culpar ninguém exceto a si mesma, a sua própria loucura.
As lágrimas corriam por sua face e as limpou com força, se levantando e secando os pés na
grama macia. Era hora de parar de sentir pena de si mesma e agir como uma mulher madura. Ela
seria a rainha e amaria seu povo. Se Braedon não se preocupava nem amava seu irmão e a sua
irmã, então seria a mãe de ambos. Tinha muito amor para dar e receber, mesmo se o rei não
compartilhasse seu coração com ela.
—Trista.
Estava tão perdida em seus pensamentos que não o ouviu se aproximar, então deu um
pulo quando Braedon disse seu nome. Sua mão voou até seu peito para acalmar os batimentos de
seu coração. —Não o ouvi. Você me assustou!
Os lábios dele se curvaram. —Você? Uma fada mágica e não me ouviu me aproximar?
—Eu estava pensando.
—Estou vendo. — Enlaçou as mãos nas costas e caminhou para ela, tão bonito e
imponente enquanto se pavoneava ao longo das margens do riacho e parava na frente dela.
Pegou uma mecha do cabelo de Trista que descansava sobre o peito e o torceu entre seus dedos.
—O que está fazendo aqui, Braedon?
—Procuro minha noiva.
—Estava prestes a voltar para castelo.
—Quero falar com você. Farei isso aqui.
Ela esperou para ouvir o que ele tinha a dizer, certamente agora que estavam a sós,
brigaria com ela por causa da festa. Nada do que dissesse podia feri-la mais do que já fez.
—Estive observando você a semana passada.
Trista continuou esperando, mas ele não disse nada mais. —E?
—Aprendeu muito a respeito de suas obrigações.
—Sim, fiz isso.
—Fez… um trabalho adequado.
Ela bufou. Supôs que, vindo de Braedon, isso podia ser considerado como um elogio. —
Obrigado.
—No entanto…
Ah! Agora Trista sabia o que ia vir.
—Não pode organizar festas sem minha permissão. Isso não é permitido.
Fungou, virou a cabeça e olhou para o bosque, negando-se a deixar que ele visse as
lágrimas que se acumulavam em seus olhos.
—Portanto, vou ter que castigar você.
Jogando a cabeça para trás de uma sacudida para olhá-lo, seus olhos se dilataram. —O que
disse?
—Disse que terá que ser castigada por organizar a festa sem permissão.
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Como se atrevia? Castigá-la? Certamente não podia estar falando sério ao dizer que a
castigaria por organizar uma festa no castelo. Por que ele… — Braedon, o que está fazendo?
—Despindo-me.
Olhou-o confusa enquanto tirava as roupas, tomando seu tempo e sem fazer nenhum
esforço para explicar a ela por que tinha que estar nu para castigá-la. —Não acabou de dizer que
ia me castigar?
Ele sorriu. —Sim
—Então volto a perguntar, o que está fazendo?
—E eu respondo novamente. Despindo-me.
Nu, seu pênis já duro e magnificamente exposto à luz da lua, a boca de Trista se encheu de
água. Como podia estar tão furiosa e excitada ao mesmo tempo? Isto era ridículo! Odiava-o e o
queria com uma ferocidade que a aterrorizava. O homem estava a enlouquecendo!
—Tire a roupa, Trista, — ordenou Braedon.
—Não. — disse levantando o queixo.
—Eu disse “tire a roupa”. Tem que ser castigada.
—Não vou fazer o que disse. Isto é uma loucura.
—Faça isso ou eu mesmo a despirei.
O sexo de Trista inchou e umedeceu com o pensamento, a raiva e o desejo se misturaram e
a confundiram. O que estava acontecendo com ela? Manteve-se firme, negando-se a mudar de
opinião ou a fazer sua vontade.
Em um movimento rápido ele estava sobre ela. Puxando os laços de vestido e os abrindo.
Mas ela não lutou contra ele, não o ajudou de outra forma que não fosse retraindo as asas para
evitar que fossem danificadas. Em vez disso, manteve-se rígida enquanto ele retirava o vestido de
seu corpo. Cada vez que deslizava a mão sobre sua carne nua era como uma chama contra sua
pele.
Naquele momento, odiava Braedon tanto quanto o desejava. A confusão reinava dentro
dela e precisava do conselho de suas irmãs, aquelas emoções e sensações eram muito estranhas
para compreendê-las. Ele estava furioso com ela, mas de seu corpo partia uma ereção. Ela estava
furiosa com ele, mas sua boceta inchada e quente derramava creme de excitação que escorregava
por suas pernas. Como podia ser isto?
Braedon se sentou no tronco de uma árvore caída e colocou Trista sobre seu colo. Ela
lutou contra ele, sem nenhum resultado. Ele a manteve firmemente dentro de seu abraço. —Por
me desafiar, ouvirá o som dos açoites com os quais eu a ameacei e que deveria ter lhe dado há
muito tempo.
—Braedon, não fará tal coisa!
Mas antes que Trista pudesse acabar de falar, a mão dele fez contato contra a pele nua de
suas nádegas com um golpe retumbante. Ela gritou ao sentir a espetada quente e se sacudiu
contra as coxas dele. Braedon a mantinha no lugar apoiando uma mão contra suas costas, mas em
vez de açoitar novamente seu traseiro nu, esfregou o lugar onde deu a palmada para, em seguida,
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acariciar suas coxas, aproximando-se tanto de sua boceta quente quase a tocando.
Ele estava brincando?
Trista permaneceu imóvel, ao perceber que depois do incômodo primeiro açoite, os ternos
cuidados que ele deu não eram de foram alguma desagradáveis. Na realidade, eram muito, mas
que muito agradáveis.
Mas então a golpeou novamente, só que desta vez Trista percebeu algo. Suas palmadas
eram… boas. Estimulantes, na realidade, quando eram seguidas de uma terna carícia. Seu núcleo
se aqueceu e ela lambeu os lábios. Encontrou-se antecipando o momento em que a golpearia
novamente, o momento em que a acariciaria novamente, esperando que tocasse seu sexo, seu
clitóris, massageasse a dor que se formava entre suas pernas.
Começou a relaxar contra ele, movendo-se contra suas coxas. Gemia quando ele golpeava
suas nádegas, até mesmo as levantava durante a surra para gerar mais daquele calor feroz quando
sua mão fazia contato contra sua pele.
Estrelas, aquelas sensações eram incríveis!
—Acho que está desfrutando dessa surra, — brincou Braedon, com a voz baixa e sombria.
—Sim, — gemeu Trista, não se preocupando com mais nada que não implorar. —Por favor,
Braedon, mais.
Ele passou a mão suavemente sobre as nádegas dela antes de voltar a deixá-la cair com
força sobre um dos globos e deslizá-la entre as pernas dela para curvar a mão sobre seu montículo
úmido. Deu uma palmada em sua boceta, mas não tão forte como nas nádegas, e ela gritou ante a
sensação deliciosa. As faíscas voaram até seu núcleo e quase teve um orgasmo
Então retirou a mão, concentrando-se novamente nas palmadas duras de castigo sobre seu
traseiro. Oh! Doía. Mas também era incrivelmente erótico. E assim que Trista pensava que já não
podia suportar mais, assim que sentia a dor, ele parava de golpeá-la, massageando as áreas que
tinha batido, traçando círculos em sua carne tenra com carícias suaves.
Suas nádegas estavam em chamas, seu sexo necessitado. Abriu mais as pernas e bateu em
sua boceta novamente.
—É uma menina muito má, Trista. Ajoelhe-se e chupe meu pênis. — Ela a puxou para
levantá-la de seu colo e ela concordou de bom grado, engolindo avidamente seu pênis duro entre
seus lábios famintos. O próprio creme dele se derramava sobre sua língua enquanto o empurrava
em sua boca, segurando a parte de atrás de sua cabeça enquanto a alimentava.
Chupou-o com força, lambendo os sucos que ele dava, amando o sabor e a textura dele.
Mas até que isto, castigou-a, porque logo retirou o pênis de seus lábios e a colocou sobre seu colo
uma vez mais.
—Mais? — perguntou esfregando suavemente suas nádegas.
Sua boceta se contraía espasmodicamente. —Mais, — implorou.
A palmada foi bem-vinda. Não conhecia aquele prazer, mas, Oh, como o desfrutava! Abriu
as pernas novamente e gemeu quando Braedon golpeou seu sexo de novo, sentindo o calor e a
umidade de seus fluidos à medida que brotavam dela. Braedon a massageou ali, onde a dor era
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maior, levando-a mais perto do clímax que desejava, mas então retirou a mão para golpeá-la uma
vez mais, repetindo o processo várias vezes até que seu traseiro parecia que estava em chamas e
sua vagina começou a palpitar em uma cadência constante devido a sua necessidade.
Finalmente, Braedon parou de bater e se concentrou no sexo de Trista, dirigindo os dedos
para dentro dela, acariciando-a, recolhendo seus sucos para em seguida se retirar e cobrir seu
clitóris com seu próprio creme. Quando achou que não podia suportar mais, ele deslizou a mão
ao longo de sua fenda e entre os globos de suas nádegas até cobrir seu ânus.
—Tem um traseiro tão bonito, Trista, — murmurou, mantendo uma mão plantada
firmemente sobre a parte baixa de suas costas.
Ela se moveu contra ele, colocando o sexo contra sua coxa, qualquer coisa que fizesse seu
clitóris entrar em contato com a carne dele. Seu pênis rígido ficou apoiado contra o quadril dela,
mas ele ignorou suas súplicas silenciosas, em vez disso, lubrificava com os próprios sucos dela o
buraco apertado de seu traseiro. Trista nunca antes sentiu uma sensação tão incrível ali. Era
como magia! Tão intenso, uma sensação de necessitar algo mais. Gostava de sentir os dedos dele
fazendo círculos sobre a passagem apertada.
—Alguma vez penetrou a si mesma aqui atrás?
—Não.
—Eu vou fazer isso. Primeiro com meu dedo e depois com meu pênis.
Trista estremeceu ao pensar naquele pênis grosso dentro de seu ânus, perguntando-se se
iria doer. Ouviu falar de casais transando daquela maneira, mas nunca experimentou. Braedon
deslizou novamente os dedos em seus sucos e espalhou mais deles entre suas nádegas.
—Tão úmida e escorregadia aqui, tão quente. Será bom, minha doce fada, eu prometo. —
Moveu o dedo entre a umidade e em torno do botão apertado.
Estrelas, já era bom bem tê-lo atormentando-a ali atrás. Não esperava sentir tal prazer.
—Relaxe e desfrutará mais disso. Não machucarei você. Se o fizer, simplesmente me diga
que pare e o farei.
Ela acreditou nele e aliviou a tensão de seu corpo, fechando os olhos e se concentrando
uma vez mais em seu toque. Logo estava envolvida nas sensações das mãos dele sobre ela,
tocando seu clitóris, deslizando dentro de seu sexo, enquanto a outra mão fazia círculos em seu
ânus. Quando ele empurrou um dedo e atravessou com ele a tensa barreira, retesou-se, mas só
por um momento quando a dor aguda a surpreendeu, mas ela diminuiu rapidamente. Braedon
molhava o dedo em seus sucos com a outra mão, cobrindo-o e lubrificando-o, permitindo assim
que seu dedo deslizasse mais rapidamente dentro do apertado envoltório. Então manobrou a
outra mão para curvá-la sobre seu montículo e acariciar seu clitóris, fazendo-a esquecer de
qualquer tipo de dor.
Como podia sentir dor quando estava experimentando tão surpreendente prazer? Ergueu
os quadris enquanto ele esfregava com uma mão seu sexo e empurrava o dedo mais
profundamente dentro de seu ânus. A pressão acumulada a levou mais e mais perto até que não
conseguiu se conter.
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Consequências
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—Braedon!
Ele retirou parcialmente o dedo de seu ânus e voltou a enterrá-lo mais fundo enquanto ela
gritava, a beira de um orgasmo que desencadearia a magia dentro dela. Trista se aferrava à perna
de Braedon e gritava de prazer enquanto ele acariciava seu clitóris e deslizava os dedos de sua
outra mão em sua vagina, mantendo-a na mesma posição enquanto ela se balançava contra ele e
dava o sinal de partida para as sensações que ameaçavam fazê-la cair de seu colo. Estremeceu
contra ele e finalmente conseguiu manter o equilíbrio enquanto ele retirava as mãos e a levantava
de seu colo para, em seguida, deitá-la de costas sobre a grama macia enquanto ele limpava as
mãos na água.
Trista esperava que ele invadisse seu ânus com o pênis rígido e se preparou para isso,
tentando manter-se relaxada, mas sabendo que havia uma grande diferença entre um dedo e o
grosso pênis dele.
Mas ele não o fez. Em vez disso, inclinou-se sobre ela e capturou seus lábios com os dele,
puxando-os para trás e empurrando entre os seus e lambendo a ponta de sua língua.
Trista se comoveu ante sua ternura. Seus lábios se separaram e estendeu a mão para ele,
separando as pernas para acomodar seu peso enquanto ele se concentrava em sua parte superior
para possuir sua boca completamente. O calor explodiu dentro dela uma vez mais e agarrou os
cabelos deles com os dedos para aproximá-lo mais, precisando senti-lo totalmente contra ela.
Mas ele se retirou, deslizando por seu corpo para capturar um mamilo em sua boca,
esmagando-o contra o palato e a língua, chupando-o até que ela não pôde mais suportar a
deliciosa tortura e ergueu os quadris, desejando que ele enterrasse seu pênis dentro dela.
—Paciência, minha fada, — murmurou ele contra seu seio, olhando o mamilo que soltou
de sua boca.
Paciência? Ela não tinha paciência. Não quando ele passava a língua em torno do outro
mamilo e depois o capturava entre seus dentes para puxá-lo até que as fagulhas explodiam por
trás de seus olhos e ela gritava com o prazer que isso causava.
Quando a língua dele viajou sobre suas costelas e mais para baixo, a excitação floresceu
como a vegetação depois da primeira chuva da primavera, abrindo passagem das profundezas de
seu ser e cobrindo sua pele com um quente rubor. Ele embalou suas nádegas com as mãos e
ergueu a parte de baixo de seu corpo.
—Abra suas pernas para mim, Trista, — ordenou.
Ela o fez, abrindo-se para ele, ofereceria a ele tudo o que pedisse se tão somente a
possuísse uma vez mais.
Quando ele traçou círculos com a língua em torno de seus clitóris, deixou a cabeça cair
sobre a grama macia e suspirou de alegria. Ele deslizou a língua mais para baixo para capturar os
sucos de sua boceta e ela enrolou a grama em torno dos dedos, sentindo o calor escaldante que a
rodeava. Mas então seu mundo se despedaçou quando Braedon se moveu mais para baixo e
lambeu seu ânus com sua língua quente. Jogou a cabeça para trás e gritou, com os olhos
arregalados pelo choque.
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Consequências
Série Kismet - 03
—Braedon!
—Shh, relaxe, fada, — murmurou — porque quero provar você em todas as partes. Para
fazê-la minha em todas as partes. — Ele se deixou cair e começou a atormentar seu ânus com a
língua deslizando-a em torno da pequena abertura repetidas vezes até que ela pensou que
morreria de prazer. Deixou a cabeça cair e fechou os olhos, mordendo o lábio enquanto as novas
sensações a levavam para lugares onde nunca antes esteve. Ele invadiu o pequeno buraco com a
ponta da língua, fodendo seu traseiro como fez com o dedo, como logo faria com seu pênis. Trista
se balançou contra ele, aquelas sensações estranhas enviavam redemoinhos descontrolados. Não
queria que parassem, porque eram realmente mágicas.
Mas depois ficou fria quando ele se afastou e abriu os olhos para ver o que Braedon estava
fazendo. De joelhos entre suas pernas, colocava o pênis em sua fenda e deslizava dentro de sua
boceta.
Mágico. Seus músculos o agarravam enquanto ele empurrava dentro dela, dando boas-
vindas a ele, apertando-o enquanto ele se enterrava mais profundamente. Trista estremeceu e
gozou, gritando e agarrando os braços dele, o pó de ouro os rodeou enquanto ela saía de um
orgasmo forte e rápido. Braedon se moveu lentamente contra ela até que as ondas
desaparecerem, então, retirou-se deixando que os sucos escorressem de seu sexo para seu ânus,
cobrindo o pequeno buraco enquanto ele colocava a cabeça de seu pênis ali.
—Quero entrar em você aqui, meu amor. — disse ele.
Trista assentiu, ainda tremendo, ainda precisando se sentir parte dele. Braedon levantou
suas pernas e dobrou seus joelhos, depois os empurrou para trás, em direção a cabeça de Trista,
abrindo-a totalmente para ele enquanto empurrava contra seu ânus com a cabeça de seu pênis.
Braedon sorriu para ela, seus olhos azuis estavam tão escuros quanto uma tempestade no
calor do verão. O coração de Trista se encheu de amor por ele e estendeu a mão para tocar seu
peito, mesmo quando ele se inclinou sobre ela e empurrou e entrou nela atravessando a apertada
barreira. Ela ofegou e ele parou, depois desceu uma mão para molhar um dedo em seus fluidos e
acariciou seu clitóris. Logo, a dor desapareceu e tudo o que ela sentia era prazer. Prazer ardente
e abrasador e ela queria mais disso.
—Mais. — disse, e ele avançou mais, deslizando mais plenamente dentro dela, ainda
acariciando seu clitóris, levando-a ainda mais perto daquele lugar mágico novamente.
—Tão apertada. — disse ele, empurrando mais fundo até que ficou totalmente
embainhado dentro dela. Inclinou-se para trás e segurou seus joelhos. —Toque-se para mim
enquanto a fodo, Trista.
Trista estendeu a mão para baixo e encontrou o nó rígido, dando batidinhas nele com o
dedo, ela o viu arquear a testa enquanto o fazia.
—Isso me excita, — disse Braedon.
—Eu sei. — ela deu umas tapinhas na boceta e deslizou dois dedos dentro dela, sentindo o
pênis dentro de seu ânus. Fodeu a si mesma no mesmo ritmo das investidas dele em seu traseiro,
usando a outra mão para retorcer o clitóris. As sensações eram enlouquecedoras, como ser fodida
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
por mais de um homem. Logo não podia falar, só podia olhar para Braedon enquanto ele recuava
e empurrava para frente. Gotas de suor brotavam de sua testa, e as linhas de expressão a
sulcavam enquanto se concentrava em contemplar os movimentos das mãos de Trista enquanto
ela se masturbava com seus dedos entrando e saindo de sua boceta.
Ela notou a tensão aumentando em torno de seus dedos enquanto o clímax se aproximava.
Braedon bombeava com mais vigor e depois se introduziu até o fundo e estremeceu, rugindo
enquanto gozava. Ela gritou na noite e o pó dourado os cobriu enquanto o orgasmo de Trista
surgia dela em uma onda de magia avassaladora, levando os dois para flutuar longe do chão até
que ambos ficaram esgotados e um nos braços do outro.
Quando ela os levou ao solo novamente, Braedon se retirou, erguendo-a nos braços e
entrou com ela na água, onde a banhou ternamente e a levou de volta para a grama macia.
Trista esperava que ele se vestisse e voltasse para o castelo como sempre fazia, mas
daquela vez ele a tomou em seus braços e colocou sua cabeça sobre seus ombros, acariciando
suas costas. Surpresa por esta mudança nele, ele elevou o olhar para céu noturno e ficou olhando
as estrelas, com medo de se mover ou falar para que aquele momento mágico não se rompesse.
—Tenho muito a aprender sobre essas coisas de mulheres e como tratar você. Sei que
cometi erros.
Os olhos de Trista se arregalaram de espanto.
—Mas estou disposto a tentar.
Ela ergueu o tronco para ver a cara dele, segura de que o Braedon real foi substituído por
outra pessoa. —Você está bem?
Ele sorriu e a puxou para baixo para beijá-la.
Talvez aquele homem por quem estava se apaixonando não fosse um ogro, afinal.
Deixou a cabeça cair sobre o ombro dele mais uma vez e agradeceu as estrelas, cheia de
esperança, pela primeira vez, que, afinal, sua vida em Greenbriar poderia funcionar.
Capítulo 10
Braedon sabia desde o momento em que colocou o pé fora do bosque que algo não estava
certo. Várias dúzias de seus guardas estavam na entrada com os rostos sombrios.
—O que aconteceu? — perguntou.
—Magos, — disse Lavar. —Atacaram.
Maldição. —Baixas?
—Poucos guardas. Feridos, não mortos.
Mas havia mais e sabia. Sentiu o aperto da mão de Trista na sua. —Diga-me.
—Levaram seu irmão, meu rei.
Trista ofegou e gritou — Oh, não!
Donny. Durante um breve segundo Braedon fechou os olhos com força, depois os abriu e
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
Trista andava de um lado para o outro na grande sala, com suas vísceras se retorcendo
enquanto via Nadine balançar uma inconsolável Erin em seus braços. As lágrimas escorriam pelo
rosto da jovem, que ocasionalmente era vencida pelos soluços, só para parar e começar
novamente a chorar por seu irmão.
Oxalá pudesse fazer o mesmo, mas não permitiu a si mesma cair na autocompaixão.
Magoada além de sua capacidade para fazer outra coisa que não andar para frente e para atrás,
Trista se negava a derramar uma só lágrima pelas palavras de Braedon.
Como ele podia pensar que era culpa dela? Não sabia que os magos chegaram depois?
Acaso não reconhecia a coincidência de sua chegada e o ataque? Não foi a festa ou a atmosfera
relaxada o que originou o ataque dos magos. Era sua presença, sua magia, o que os fez aparecer.
Era a ela que queriam. Donny era a isca. Ela era o prêmio. Sentia sua atração, sua
chamada por ela, sua magia insidiosa e repugnante tentando abrir caminho para sua mente. Trista
sabia onde estavam e o que queriam.
Apesar de seu medo e inexperiência, tinha que fazer isso e tinha que fazê-lo sozinha,
sabendo que Braedon não acreditaria e não permitiria que ajudasse de maneira nenhuma.
Culpava-a por tudo aquilo e ela tinha que demonstrar a ele que podia ajudar.
Libertaria Donny e o devolveria para Braedon sua família e a paz de sua mente, mesmo que
isso custasse sua própria vida.
Fugir do castelo não era um problema já que agora estavam acostumados ao seu ir e vir ao
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Jaci Burton
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Série Kismet - 03
bosque. Além disso, todos estavam ocupados procurando Donny. E Braedon a evitava. Trista
esperaria um dia para se assegurar que ele não a procuraria, mas não tinha certeza se o fazia para
se certificar que não iria atrás dela ou para ver se o fazia. Ou porque tinha a vã esperança que o
fizesse.
Mas, é obvio, não o fez. Nem faria. Ele disse que não precisava nem queria sua ajuda. Até
mesmos as pessoas do castelo que começaram a se aproximar dela, a se tornarem suas amigas, se
afastaram dela. Uma vez mais, Greenbriar se transformou numa tumba de silêncio, um castelo de
gelo no coração das terras mais quentes do verão. As únicas que falavam com ela eram Nadine e
Erin, e as três passaram grande parte de seu tempo juntas consolando umas as outras. Seria
muito fácil escapar para fora na noite seguinte quando não houvesse ninguém.
Mas quando descia a escada encontrou-se com Erin.
—Erin, o que faz tão tarde?
—Não consegui dormir.
—Onde está Nadine?
—Em meu quarto. Roncando.
Erin esboçou um leve sorriso e Trista tentou o mesmo. —Tem que voltar para seu quarto
para o caso dela acordar, assim não se preocupará com onde está.
—Aonde vai, Trista?
—Dar um passeio.
Erin inclinou a cabeça e olhou para Trista. —Está completamente vestida e é meia-noite.
Está nos abandonando?
Erin era inteligente demais para ser tão jovem. —É obvio que não. Como você, estou com
problemas para dormir.
—Sinto falta de Donny. Ele nunca mais vai voltar para nós, não é verdade?
Trista sentou numa cadeira próxima e levou Erin para uma perto. —É obvio que voltará.
Eu farei que o faça.
Mal disse as palavras, arrependeu-se.
Os olhos de Erin se arregalaram. —Você fará isso? O trará de volta para nós? Como?
—Tentarei, Erin. Mas não deve dizer uma palavra a ninguém, especialmente para Braedon.
Ele não acredita que eu possa ajudar.
—Usará sua magia.
—Sim.
Erin ponderou por um momento. —É perigoso para você?
Trista acariciou a mão de Erin. —Ficarei bem. Agora vá para cama e prometo que me
esforçarei ao máximo para trazer Donny para casa com você.
Erin assentiu e as duas ficaram de pé, então a garota abraçou Trista. —Amo você, irmã.
Por favor, tome cuidado. Não quero perder você também.
Os olhos de Trista se encheram de lágrimas não derramadas. Assentiu e saiu correndo do
castelo.
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Jaci Burton
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Série Kismet - 03
Os guardas que vigiavam o castelo não prestaram atenção nela. Braedon e os outros
estavam fora procurando Donny. No lugar errado, é claro. Não que ele ouvisse o que ela tinha
tentado dizer, o que não fez.
Em vez disso, deslizou no bosque, deixando para trás o lago onde ela e Braedon
compartilharam o amor, desejando poder voltar atrás e compartilhar o calor e a paixão de seu
corpo novamente, desejando poder mudar de algum modo o que aconteceu.
Mas não podia mudar o que aconteceu com Donny. Só podia negociar com sua magia pela
segurança de Donny.
A magia era luz, risada e amor, nada que fosse precisar novamente quando seu coração era
uma pedra fria sem a confiança e o amor de Braedon. Quantas vezes precisava que esmagasse seu
coração antes de aceitar viver sua vida sem o calor e a paixão do amor?
Não, não precisava da magia em seu coração. Os magos podiam tê-la. E se perdesse a
vida, que assim fosse. Com gosto a daria para aqueles seres diabólicos se assim salvasse a vida do
menino inocente que tinha vindo a amar.
Porque daria todo amor que tinha a Donny e Erin. Não tinha nada para dar ao seu irmão.
Ele a feriu pela última vez e nunca mais permitiria que ele a ferisse novamente.
O bosque esfriava, os doces sons se apagavam e a maldade dos magos inundava seus
sentidos enquanto entrava entre o reino das fadas e o deles. Aquela era a área proibida onde
nunca esteve antes, onde a beleza de D’Naath mal se via na maldade devido à influência dos
magos, lugar escuro que ninguém controlava, mas que ambos cobiçavam.
Foi ali onde parou e chamou os magos, dizendo a eles que estava disposta a trocar sua
magia pela vida de Donny. Eles viriam. Não teria que esperar muito.
Voou para um galho de uma árvore e levou os joelhos até o peito, rodeando as pernas com
seus braços para se aquecer devido ao frio incomum.
Estéril, sem folhas, nada exuberante crescia nele. Só trocos por ramos que cortavam suas
pernas e seu traseiro. Nada de cantos de pássaros para entretê-la, nem nenhum murmúrio
tranquilizador de água correndo para dar prazer aos seus sentidos. Em vez disso, tudo o que
sentia estava morto por dentro e por fora.
Fechou os olhos e chamou os magos com sua mente.
Apesar do cansaço que sentia sobre ele, Braedon pretendia fazer apenas uma pausa para
ele e seus homens comerem antes de sair para procurar novamente por Donny, mas primeiro
tinha que pedir desculpas.
Enquanto procurava seu irmão, teve muito tempo para pensar em todos os
acontecimentos que tiveram lugar desde o dia em que Donny foi sequestrado. E uma das coisas
mais importantes foram suas acusações contra Trista.
Acusações inoportunas. Acusações cruéis. Uma vez mais feriu a pessoa que importava
mais para ele que qualquer outra. A única mulher a quem chegou a…
Amar.
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
Sim, por Deus, a amava. E precisava dela. Cavalgando e procurando na escuridão por seu
irmão, percebeu que queria voltar para casa e encontrá-la lá esperando por ele. Queria envolver-
se entre os braços dela e sentir sua força. E queria que o amasse tanto quanto ele a amava.
Mas como poderia fazer isso quando tudo o que ele fazia era feri-la? Desde o dia de sua
chegada, a insultou, a tratou como criança, fodendo-a como a uma mulher e então a repreendeu
por agir como uma. Era um milagre que ainda estivesse com ele.
Então, quando deu seu presente, um presente incrível, a culpou pelos magos sequestrarem
seu irmão, quando não foi culpa dela de forma alguma.
Ele tinha muito que expiar, para sua gente e especialmente para ela.
Se o perdoasse. Subiu as escadas e bateu na porta do quarto de Trista.
Não houve resposta. Girou o trinco e entrou, mas encontrou o quarto às escuras.
Talvez estivesse com Erin e Nadine, mas quando foi ao quarto de sua irmã, Nadine disse
que Trista não estava ali.
Onde podia estar?
Virou-se para ir embora, mas Erin o deteve.
—Ela foi buscar Donny de volta para casa.
Braedon congelou. — O quê?
—Ela me pediu para não dizer a você, mas foi tão mau com ela que acho que deve saber
disso. Deve dizer a ela que está arrependido.
—O que quer dizer com foi buscar Donny?
—Ela me disse que ia usar sua magia para trazê-lo para casa. Ela saiu mais cedo esta noite,
para ir atrás dele.
—Como? Aonde?
—Não sei.
Braedon abraçou Erin e a beijou na testa. —Obrigado. E tem razão. Devo uma desculpa a
ela. — Saiu correndo do quarto, gritando para seus guardas que pegassem suas armas e cavalos
com a intenção de violar o tratado com D’Naath.
Ela estava no bosque. Embora seus homens se sentissem incômodos ao entrar nas terras
mágicas de D’Naath, fariam o que ele pedisse.
O frescor do bosque deu boas-vindas e ele foi além do lago, lembrando da última vez que
ele e Trista compartilharam uma tarde lá, esperando que não fosse a última vez que a teve em
seus braços. Tinha que encontrá-la.
Fada tola. Por que saiu para procurar Donny por conta própria? Se sabia onde o
mantinham, por que não o procurou e disse?
Porque ele disse a ela que não estava interessado em sua magia e que a queria fora de seu
caminho. Disse que ela era a causa do desaparecimento de Donny. Disse muitas coisas, todas
cruéis e ofensivas.
Deus misericordioso, teria a chance de trazê-los de volta?
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
Trista sentia como se estivesse no galho há dias, quando eram apenas algumas horas. O
sol saiu e estava alto, no entanto os galhos mais altos ocultavam o sol.
Não que o sol fosse bem-vindo naquele lugar. Trista estava dormente, com frio e faminta,
embora receasse se mover desde que enviou sua mensagem.
Pelo menos os magos poderiam se apressar. Tinham que convocar uma reunião para
discutir sua oferta? É não podiam voar até lá com sua magia? Quão difícil podia ser? Talvez
acreditassem que era uma fada poderosa e que não podiam lutar com ela.
Bufou. Era evidente que estava começando a delirar e ter visões fantásticas. Não
obstante, enquanto pensava neles, sentiu que se aproximavam. De pé, estirou os membros e as
asas, deixou a árvore voando e aterrissou com o toque suave de uma folha caindo ao chão, então
avançou devagar para as planícies, conduzindo-os para onde os queria.
A última coisa que queria fazer era encontrá-los em seu território. Dirigiu-se para as
planícies do leste, de volta ao território neutro dos bosques de D’Naath, onde sua magia era mais
forte. Os magos podiam ficar relutantes a segui-la até ali, mas o fariam se o desejo por sua magia
fosse mais forte que sua relutância em entrar no bosque das fadas. Mal entrou nos limites da
terra D’Naathian, mas se manteve ali, esperando-os, sentindo sua proximidade. Suas mãos
pegajosas mergulhavam em sua mente, já tentando capturar sua magia e arrancá-la.
Mas Trista não se daria por vencida tão facilmente. Armou-se de coragem e manteve sua
magia bloqueada. Primeiro teriam que libertar Donny.
Depois disso, poderiam ter sua magia. O bosque mantinha seus poderes firmes enquanto
olhava para o céu acima de sua cabeça que escurecia a medida que eles se aproximavam. Como
um espesso enxame de insetos, voavam acima dela, para depois se lançarem ao chão, cercando-a
e cortando o ar com seu fedor maligno. O medo a asfixiava enquanto sentia a solidão. Seu
estômago se revolveu e teve medo de não ser capaz de lidar com tantos magos ao seu redor.
Ouviu histórias de magos, lutou com a mente na batalha contra eles quando sua irmã
Noele lutou contra eles em nome de Garick, seu marido, mas nunca os viu. Suas caras, magras e
esqueléticas, máscaras de ódio e cobiça, se aproximavam mais e mais, seus dedos ossudos se
estiravam para tocá-la. Negando-se a recuar um centímetro, manteve-se firme, com o queixo
erguido, decidida a não permitir que vissem seu horror.
—Onde está o menino? — perguntou, esperando que os magos não notassem o tremor de
sua voz.
—O menino está bem. — disse um que se adiantou, sua voz era suave e amável. Ele
achava que a tranquilizaria, mas ela o conhecia melhor.
—Liberte-o ou não cederei e perderão o que estão procurando. — Se tivessem que lutar
para conseguir o que queriam, parte de sua magia se perderia para eles e os magos sabiam. Mas
ainda assim, o mago tentou alcançá-la de forma que ela respirou fundo e lançou seus poderes na
direção dele. —Fora!
A mão do mago permaneceu imóvel no ar e ele recuou. —Muito bem. — Fez um sinal para
os outros que estavam atrás dele, estes se afastaram e ele chegou correndo através deles.
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Consequências
Série Kismet - 03
Trista o envolveu em seus braços, abraçando-o para mantê-lo junto a ela e lançou
rapidamente um feitiço de proteção ao redor dele.
—Donny, está bem?
—Sim, Trista. — disse, sua voz fina soou apagada contra o estômago da fada. —Os magos
fedem.
Trista sorriu. — Sim, eles fedem. Machucaram você?
—Não, mas não me deixaram voltar para casa. Quero ir para casa, Trista.
Os olhos de Trista se encheram de lágrimas. Lágrimas de raivas por aquelas criaturas vis
levarem um menino pequeno e o usarem como peão. —E voltará para casa muito em breve.
Fique atrás de mim, e assim que eu disser, pegue o caminho que está exatamente atrás de você.
Ele o levará direto ao castelo. Não pare. Corra e volte para casa, entendeu?
—Virá comigo?
Trista se agachou e o olhou, limpando a sujeira de suas faces. —Tenho que ficar aqui e
falar com os magos. Foram muito maus. Mas deve voltar para casa. Braedon e Erin e tia Nadine
estão muito preocupados com você e sentem sua falta.
Ele franziu o cenho e balançou a cabeça. —Eu quero que venha comigo, Trista.
—Não posso fazer isso, Donny. Tenho que ficar aqui e falar com eles. Por favor, faça o que
eu estou pedindo. É a única maneira. Fará isso por mim?
Donny baixou os olhos e assentiu. —Sim.
—Bom menino. — revolveu seus cabelos e o beijou na bochecha. —Diga ao seu irmão que
o amo e que lamento muito ter causado semelhante dor, mas agora tenho que ficar aqui e
enfrentar os magos. Você se lembrará de dizer essas coisas?
—Sim, Trista. Eu me lembrarei.
—Bom menino. Amo você. Diga a Erin que a amo também. Agora, vá.
Quando Donny começou a correr pelo caminho, Trista se virou para os magos, levantando
os braços. O céu se abriu e raios brilharam ao seu redor.
—Terão o que prometi, mas não antes do menino estar a salvo de volta ao seu povo. Até
então, ficarão aqui sob o poder da magia das fadas!
Um grito de indignação se estendeu em torno dela enquanto os magos rugiam e a rodeavam.
Sentia-os pressionando-a, entrando em sua mente para arrancar seus poderes. Sabia que não
poderia mantê-los afastados muito tempo antes que penetrassem em sua defesa, mas esperava
que fosse o tempo suficiente para que Donny fizesse seu caminho a salvo.
Já estava começando a se sentir fraca. Dessa vez as lágrimas caíram livremente, desejando
que aquilo pudesse acabar de forma diferente. Se tão somente Braedon e ela pudessem ter
encontrado um ponto de encontro e trabalhado juntos. Se tão somente permitisse que ela o
amasse.
Se somente…
O coração de Braedon retumbou em seu peito quando ouviu as palavras que Trista
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
transmitiu para Donny. Ele e seus guardas se aproximaram a cavalo, apeando de suas montarias e
avançando lentamente para os magos que a rodeavam. Assim que Donny saiu do caminho,
Braedon enviou dois de seus homens para interceptá-lo, pô-lo fora de perigo e levá-lo de volta ao
castelo. Agora vendo os magos que cercavam Trista, vendo o modo que ela lançava sua magia
contra eles, ficou impressionado por sua coragem, por sua disposição de se sacrificar para salvar
Donny.
Sentiu-se humilhado por sua coragem, dando-se conta do quanto a julgou mal. Ele a
considerava infantil e inexperiente, e agora percebia que era uma fada muito poderosa, cheia de
tanto amor e magia que ele nem sequer começava a entender. O amor não tornava ninguém mais
fraco. Fortalecia. O amor de Trista por ele e por Donny lhe dava forças para fazer o que estava
fazendo agora. Ele a subestimou o tempo todo e tinha muito que expiar.
Se tivesse uma chance.
Não! Ele a faria lhe dar a chance. Desembainhando a espada, deu sinal aos seus homens
para que atacassem os magos.
Se o amor dava força a ela, faria o mesmo por ele. Abrindo o coração, permitiu que seu
amor por Trista o preenchesse, tornasse-o mais poderoso. Ele a salvaria como ela salvou Donny.
Com o poder e a força de seu amor por ele.
Os olhos de Trista se arregalaram quando pressentiu sua presença. Se o que Braedon
suspeitava fosse verdade, ela o ouviria em sua mente.
“Mantenha-se firme e não deixe o muro mágico cair. Estou aqui para ajudar você, para
salvar você.”
“Não! Vá embora, Braedon. Seu irmão está a salvo. Assegure-se de que volte para o
castelo.”
“Já fiz isso. Tenha fé em mim, meu amor. Eu me ocuparei de você também.”
Trista fez uma pausa e balançou a cabeça. “Não é rival para estes magos, Braedon. Por
favor, vá embora ante que seja ferido.”
Ele sorriu para ela. “Sei que é mais poderosa que eu, um simples humano, minha fada. Mas
deve confiar que sei o que estou fazendo. Proteja você e a sua magia e me permita fazer o que
posso daqui.”
“Braedon, por favor.”
“Sempre tem que discutir, fada? Dificilmente este é o momento. Estou prestes a entrar em
batalha. Podemos fazer isto mais tarde.”
Trista sorriu para Braedon. Ele sorriu e levantou a espada atacando os magos com toda sua
força. Estes se afastaram de Trista e se engajaram na batalha com ele e seus guardas.
Seu fedor insuportável era como lixo apodrecendo em um dia quente e Braedon se viu
obrigado a fazer voltar a bílis que subia por sua garganta, defendendo-se dos raios de chamas
ardentes com sua espada. A magia dos magos podia ser poderosa, mas não era rival para sua
destreza com a espada. Esquivou-se facilmente apesar do grande número de magos que
avançavam para ele e seus homens. Aqueles magos eram preguiçosos, não tinham organização
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Consequências
Série Kismet - 03
nem plano de batalha, nem outra estratégia que não fosse avançar e atacar. Eram
desorganizados, emaranhados e desgrenhados, sem nenhum método de ataque que não fosse
lançar suas bolas de energia a alvos aleatórios. Enquanto isso, Braedon e seus homens os fatiava
confortavelmente, embora ainda estivessem em desvantagem numérica e mais magos chegassem
pelo ar, caindo sobre eles como uma tempestade repentina.
Embora as tropas de Braedon estivessem mais bem organizadas, temia que em breve
perdessem a batalha por uma simples questão de números.
“Tome minha força”, disse Trista. “Eles levarão minha magia se não o fizer. Eu posso dar
isso a você.”
“Não! Conserva-a para mantê-los afastados.”
“Perderá sem ela.”
“Trista, não!”
Mas ele já sentia que ia se tornando mais forte, sabia que ela estava transferindo seu
poder para ele e seus homens, podia sentir isso crescendo em seu interior. Correu para ela,
empurrando e ultrapassando os magos enquanto a magia de Trista lhe dava uma força igual a dos
magos. Raios de luz saíam da ponta de sua espada enquanto deslizava entre os magos que
tentavam detê-lo e impedir que alcançasse Trista. Conseguiu rodear a cintura dela com o braço no
momento exato em que ela desabava no chão. Seus olhos estavam fechados e seu rosto pálido
enquanto jazia inerte nos braços de Braedon enquanto ele lutava contra os magos que tinha
adiante.
Nem sequer precisava falar, transmitia mentalmente suas ordens aos guardas que estavam
ao seu lado e atrás dele e impediam que os magos ferissem Trista, porque sabia que ela ainda
conservava a chave de sua magia, sabia que o poder que ela deu só ajudaria temporariamente.
Nunca seriam capazes de escorraçar tantos senhores do mal que se reuniram para lutar.
Deviam querer a magia da fada tão avidamente que enviavam tantos dos seus para consegui-la.
Ele a protegeria tanto quanto pudesse ou morreria tentando.
—Amo você, Trista, — sussurrou, recusando-se a soltá-la, mesmo sabendo que podia lutar
melhor se não a carregasse. Mas não queria se arriscar a que um dos magos a separasse dele.
Mas então um trovão chegou do outro lado do bosque, um estourou que fez os galhos se
balançarem tão forte que até os magos ficaram quietos, seus olhos fundos se abriram mais com o
choque e o medo. Braedon prendeu a respiração, perguntando-se que tipo de mostro sairia, mas
depois expeliu o ar aliviado quando viu a guarda élfica, comandada por um guerreiro de aspecto
feroz com uma longa cabeleira escura e uma espada erguida acima da cabeça, enfrentando os
magos em uma violenta batalha que deu a Braedon e aos seus guardas força renovadas.
Agora os magos se viam superados em número. Embora continuassem a batalha, logo
começaram a fugir voando, deixando que seus gritos de ira ecoassem no céu noturno, até que o
bosque ficou vazio e o mal se dissipou, deixando somente a visão das estrelas e a lua sobre suas
cabeças.
Braedon baixou o olhar para Trista fechando os olhos e com sua vontade, transferiu a
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Jaci Burton
Consequências
Série Kismet - 03
magia de volta para ela. O alto e imponente líder elfo se aproximou e colocou a mão sobre a testa
de Trista.
—Trista. — ergueu os olhos para Braedon. —Sou Roarke, capitão da guarda de Garick, rei
de Winterland, que me confiou o reino de Boreas.
Braedon assentiu. —Tem minha gratidão. Você e sua gente são bem-vindos em
Greenbriar.
—Está ferida?
—Não sei. Ela me deu sua magia.
Roarke assentiu. —Sim. Sua irmã Solara fez o mesmo por mim recentemente em uma
batalha que lutei contra os magos. Solara sabe o que fazer. Ela está comigo, a salvo da luta, mas
perto. Vou procurá-la e me reunirei com você no castelo.
Solara. Sua ex-noiva. E Roarke, o macho elfo por quem Trista disse que Solara estava
apaixonada. Braedon assentiu e ergueu Trista e a montou em seu cavalo para galopar até o
castelo e esperar a chegada de Roarke e Solara.
Esperava que não fosse muito tarde para salvar a vida de Trista. Tinha muito que dizer à
mulher que amava.
Capítulo 11
Trista parecia muito longe, como se a realidade acabasse de escapar de suas mãos e tivesse
que se esforçar para alcançá-la. Ela lutava, ouvia as vozes de seus entes queridos animando-a a
voltar para eles.
—Trista, volte para nós, doce irmã.
Ouvia sua irmã Solara, sabia que era ela! Não podia estar sonhando, mas era como nadar
contra a corrente no forte oceano do norte. E estava cansada. Muito cansada.
—Minha fada.
E aquela… aquela era a voz de Braedon.
—Temos muito que falar e já dormiu bastante, preguiçosa. É hora de acordar.
Sua voz, tão profunda que penetrava em seus ossos e a fazia estremecer com a
necessidade de tocá-lo, de percorrer sua pele com a ponta dos dedos. Nadou com mais força,
fechando os olhos e se concentrando em sua magia para conseguir a força para chegar à costa.
De repente sentiu como se todas suas irmãs a rodeassem. Noele e as gêmeas, Elisa e Mina.
Sua magia a encheu e deu a força que necessitava para abrir os olhos.
No início só viu névoa e formas escuras, mas não sentiu medo. Só amor e magia. Sentiu
uma mão entre as suas e instintivamente soube que era sua irmã.
—Solara, — sussurrou.
—Sim, pequena descarada. Agora se concentre e volte completamente para mim. Como
posso gritar se está deitada na cama doente e quase morrendo?
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Consequências
Série Kismet - 03
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Consequências
Série Kismet - 03
castelo de Winterland para o casamento de Noele e Garick, as faíscas saltavam entre Roarke e
você. Foram destinados a ficarem juntos. Ninguém fecha os olhos para o destino.
—Papai me disse que Braedon a aceitou em meu lugar. Lamento saber que será obrigada a
se casar com ele em meu lugar.
—Ele não se casará comigo agora, não tem que se preocupar com que eu seja forçada a me
casar com ele.
O olhar penetrante de Solara era desconcertante e Trista baixou os olhos. Mas sua irmã
levantou seu queixo com a ponta de um dedo. —Trista, você se apaixonou por Braedon?
Trista piscou duas vezes para conter as lágrimas, mas não teve sucesso. Caíram por suas
bochechas e assentiu. —Sim. Eu me apaixonei por ele e fiz uma confusão horrível de toda esta
situação. — Contou a Solara o que fez, o que Braedon passou com sua família e os magos e o que
aconteceu com Donny depois da festa.
Solara ficou de pé e voou até a janela, abrindo-a para permitir que a luz do dia entrasse.
Trista olhou o sol quente que não combinava com seu humor sombrio.
—Dificilmente pode ser culpa sua que os magos decidissem levar Donny justo depois de
uma festa. Uma coisa nada tem que ver com a outra, especialmente quando era sua magia o que
procuravam. Com festa ou sem ela, eles o teriam sequestrado de todos os modos.
—Não faz diferença. Aconteceram muitas coisas entre nós para salvar agora nossa relação.
Tenho certeza que ele rescindirá seu compromisso de matrimônio.
Solara ofegou. —Não se atreverá a fazer isso. Perderia muito violando o pacto entre nosso
povo e o dele.
—Não acredito que ele se importe. Prefere seu isolamento. Não deveria ter intervindo,
embora me alegre de ter feito isso. Qualquer preço vale a pena para ver você tão feliz e
apaixonada. Será uma bela rainha, Solara.
Solara correu para seu lado, envolvendo-a mais uma vez em seus braços. —Lamento que
minha felicidade tenha um custo tão alto para você, minha doce irmã. Gostaria que houvesse algo
que pudesse fazer.
—Simplesmente estou pagando o preço de minha própria estupidez, — sussurrou Trista,
abraçando a irmã.
—Já veremos, — disse Solara. — Já veremos como acaba isto.
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Série Kismet - 03
Solara entrou na sala, que os dois estavam, de fato, destinados a ficar juntos.
—Solara, aconteceu algo de errado com você? — perguntou Roarke.
—Ele foi o que me aconteceu, — disse, apontando para Braedon. —Tem a intenção de
rescindir seu contrato de matrimônio com Trista.
Braedon se apoiou no canto da escrivaninha e cruzou de braços. —Tenho?
—Tem? — perguntou Roarke, arqueando uma sobrancelha. Quando Braedon deu de
ombros, Roarke assentiu. Não levaram muito tempo para imaginar de onde se originou aquela
conversa.
—Trista. — disseram ambos em uníssono.
—Sim, Trista, — admoestou Solara, olhando para Braedon. —Disse-me que planejava
voltar atrás no casamento.
—Não tenho intenção de fazer isso. Amo sua irmã.
—Bem, posso dizer para você agora mesmo que as fadas não vão tolerar… o quê?
Os lábios de Braedon se curvaram enquanto lutava para conter o riso. —Tenho toda a
intenção de me casar com sua irmã, Solara. Estou apaixonado por ela. Como é habitual, ela
colocou uma ideia ridícula na cabeça que foi produzida inteiramente por ela. Não disse nada para
dar a ela a impressão de que desejo mudar os termos de nosso compromisso.
—Oh! — Solara piscou, olhou para Roarke e novamente para Braedon. —Muito bem,
então. Agora que já me envergonhei o suficiente, peço permissão para deixá-los, ir para longe e
voar por cima do penhasco para minha morte. Bom dia.
Desta vez Braedon riu. Roarke agarrou Solara e a puxou para ele. —Grande drama, meu
amor. Apenas necessário. Se Braedon vai se casar com aquela louca, bem pode se acostumar a
isso. Especialmente se casando com Trista, que é tão propensa a deixar-se levar por fantasias
dramáticas, até mais que o restante de vocês.
—Eu não me deixo levar por fantasias dramáticas, obrigado. Acredito que vou deixar esse
tipo de coisas nas mãos de minha muito mais que capaz irmã. Minhas desculpas, Braedon, por
julgá-lo mau. É evidente que minha irmã precisa de uma boa coversa. Ou uma surra.
A ideia de bater nela novamente trouxe de volta imagens da noite em que Donny foi
sequestrado. Mas em vez de lembranças dolorosas, só pensou nas prazerosas. Aquelas dele e
Trista no lago do bosque, cada um desfrutando da paixão do outro.
Pretendia criar muito mais lembranças como aquelas, até que as más lembranças do
passado descansassem para sempre.
—Falarei com sua irmã esta noite e dissiparei seus temores. Ela interpretou mal minha
intenção de esperar para que se sentisse melhor para falar.
—Bem-vindo a nossa família, Braedon, — disse Solara, apoiando a testa na dele e tomando
suas mãos entre as dela. —Que a magia de todas as fadas esteja com você. Casando-se com
Trista, sinto que necessitará de toda que possa conseguir.
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Série Kismet - 03
Muito inquieta para permanecer na cama, Trista se levantou e se banhou, depois se vestiu
e começou a caminhar pelo quarto como um animal encurralado e incapaz de escapar. Passou
parte do dia com as visitas de Donny, Erin e Nadine, que estavam felizes de vê-la, e ela de vê-los,
mas retinha uma parte de sua alegria, sabendo que não seria capaz de celebrar totalmente com
eles, já que muito em breve abandonaria o castelo e retornaria para sua terra natal.
Deixaria Braedon. Não haveria felicidade, nem celebrações em Greenbriar como todo
mundo pensava.
Quanto antes tivesse sua discussão com Braedon, antes poderia afastá-lo de sua vida. O
que fosse que significasse. De qualquer forma, o que importava? Sem Braedon ao seu lado, o que
importava o que ocorresse a ela?
—Está tão nervosa quanto uma traça perto da chama, Trista.
Trista se virou e o encontrou de pé na porta de seu quarto. Alto, imponente e tão bonito
que teve que prender a respiração. Os cabelos foram penteados para longe de seu rosto, ainda
úmidos pelo banho. Seu rosto estava barbeado e seus olhos tão surpreendentemente azuis que
ela nunca se cansava de olhá-los.
Sentiria falta deles, mas nunca esqueceria sua cor única. Ele a perseguiria em sonhos o
resto de seus dias.
—Venha para meus aposentos, — ordenou, ficando de um lado e convidando-a a entrar.
Ela entrou em seu quarto e ele a conduziu diretamente para a área de descanso perto da lareira.
Retraindo as asas, Trista se sentou em uma cadeira e cruzou as mãos sobre o colo, com o coração
batendo tão forte que sentia que poderia deixá-la surda.
Apresse-se e diga as palavras, rogou em silêncio. Não podia suportar a espera.
—Tenho um assunto para tratar com você. —começou ele, caminhando de um lado para o
outro atrás da cadeira.
Trista não se virou para olhá-lo, incapaz de suportar vê-lo, sabendo que se fizesse isso
explodiria em lágrimas. —Sim, sei qual é.
—Então sabe do que preciso falar com você.
—Sim. — disse esperando que ele não notasse o sofrimento em sua voz.
—Durante as últimas semanas cheguei a várias conclusões sobre nosso compromisso. É
importante que um homem e uma mulher sejam… compatíveis. Que compartilhem os mesmos
gostos e que não gostem das mesmas coisas. Que compartilhem objetivos comuns. Obviamente
nosso início foi um pouco… incomum.
—Sim. — “Por favor, Braedon. Não prolongue isto. Meu coração estar doendo.”
—Portanto, enviei os guardas de Roarke para procurar sua família de forma que possamos
nos casar assim que seja possível.
—Entendo. É o melhor.
—Pensei que diria isso.
Suas palavras atravessaram a névoa de seu cérebro e se virou bruscamente para olhá-lo.
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Série Kismet - 03
—O que disse?
—Já me ouviu. — Ele arqueou uma sobrancelha e esboçou um sorriso.
—Você enviou… para procurar… casar-nos?
—Sim. Logo. Muito em breve. Encontro-me muito impaciente para esperar muito mais
tempo, Trista. Devo ter você como minha esposa e minha rainha assim que for possível.
—Braedon! — saltou por cima da cadeira para seus braços, envolvendo sua cintura com as
pernas.
A boca de Braedon reivindicou a de Trista com feroz possessividade antes que ela pudesse
pronunciar nada mais que seu nome. Mas naquele momento as palavras não eram necessárias, já
que dizia a ela com a boca e as mãos o que sentia por ela. Separou os lábios dela com a língua,
saqueando-os com os seus com impaciente insistência. Ela gemeu em sua boca, sentindo que
passou uma eternidade desde que esteve em seus braços, desde que provou a calidez dos lábios
de Braedon contra os seus.
O vestido se rasgou enquanto ele o puxava para afastá-lo e revelar seus seios, em seguida a
moveu de forma que sua parte baixa descansasse no encosto da poltrona. Ela a agarrou e se
inclinou para trás, permitindo o acesso aos seus seios. Braedon se inclinou e tomou um dos
botões na boca, chupando-o entre os lábios e golpeando-o com a língua até que ela gritou,
sentindo o calor entre as pernas, umedecendo-a e preparando-a para ele.
—Senti tantas saudades de você. Tenho muito a dizer, por isso me desculpe. Fui errado
com você em…
Trista colocou um dedo entre os lábios dele para silenciá-lo. —Desculpas aceitas. Saber
que me quer é mais que suficiente.
—Sinta o muito que a quero, fada. — colocou-se entre as pernas dela e se balançou contra
sua boceta, sua ereção quente, dura, esticando sua calça. Trista estremeceu, a sensação quase a
levando além do limite. Acariciou-o e percorreu com a mão toda a longitude dele.
—Preciso de você dentro de mim, Braedon. Por favor, não espere.
Sacudindo-se, abriu a calça, a empurrou para o chão e atormentou sua fenda com a cabeça
do pênis, cobrindo-o com uma camada de seu creme.
—Tão molhada. Senti sua falta. — Olhou-a. O olhar de Braedon era quente, intenso, os
olhos brilhavam como uma tempestade.
—Foda-me, Braedon. Depressa. Preciso de você dentro de mim.
Com um empurrão duro ele enterrou profundamente seu pênis. Ela gritou e ele agarrou
suas nádegas com as mãos, levantando-a até que sua cabeça descansou sobre seu ombro. Trista
se manteve agarrada a ele enquanto Braedon a erguia e deixava cair sobre seu pênis, marcando o
ritmo, puxando-a para cima para depois empurrá-la para frente até que ela gritou e chegou a seu
clímax.
—Sim, fada. Goze sobre meu pênis. Deixe-se sentir sua boceta quente me abraçando. —
exigiu, empurrando-a ainda mais alto, numa tensa espiral de necessidade de novo.
Braedon andou até a cama e a deitou sobre suas costas, sem parar nem uma vez seus
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poderosos ataques dentro e fora de sua boceta. Segurou suas pernas no alto e bombeou sem
parar, levando-a muito perto do limite uma vez mais.
—Amo você, Trista. É minha e sempre será. Nunca duvide de novo que pertence aqui,
comigo, ao meu lado. Esta noite dormirá em minha cama, junto de mim, onde ficará o resto de
nossas vidas.
Inclinou-se e a segurou mais perto, esfregando a pélvis contra a dela, tomando sua boca
em um beijo que era tenro e ao mesmo tempo cheio do fogo da paixão. Implacável, acariciou-a,
às vezes meigamente, outras com uma paixão violenta.
Oh! Como Trista sentiu saudades daquele contato, daquela fusão de espíritos. A expressão
no rosto dele enquanto a possuía rasgou sua alma. A emoção crua, nua que viu ali, o brilho de
emoção enquanto ele se movia contra ela, foi sua perdição.
—Goze para mim, fada. — disse novamente, daquela vez empurrando com força contra
ela, envolvendo-a em outro orgasmo ofuscante e tão intenso quanto o primeiro que a deixou
trêmula e chocada com o prazer. Ele estremeceu, gemeu e gozou dentro dela, arrastando-a com
ele em uma tormenta selvagem que a deixou sem fôlego e tremendo.
Quando acabou, ele se retirou dela, aproximou-a dele e a envolveu em seus braços. Trista
nunca se sentiu mais segura nem mais amada.
—Pensei que ia me deixar ir.
Braedon enrolou os dedos nos cabelos dela e puxou sua cabeça para trás de forma que ela
olhasse para seu rosto. —É minha, Trista. Desde a primeira vez que entrei em você, é minha.
Sempre será minha e o que é meu, eu conservo. Teve meu coração desde aquele momento,
mesmo quando eu não tinha me dado conta ainda.
—Não sabia disso.
Ele riu. —Nem eu. Meu coração era tão duro quanto minha cabeça, eu temo. Obrigado
por suavizar ambos com seu amor. — Levantou sua mão e beijou seus dedos. O coração de Trista
pulou ante o gesto de ternura.
—Além disso, pode estar esperando meu filho. Acha que eu a liberaria de nosso
compromisso sabendo que meu filho poderia estar crescendo dentro de você?
—Você fez isso antes.
—Acredita que eu faria isso?
—Sinto muito, Braedon. Nunca me desonraria desse modo. Não sei o que estava
pensando. Às vezes não penso de forma alguma. — Apoiou a cabeça contra o ombro dele,
sentindo-se culpada por sequer ter presumido que ele a trataria de semelhante forma.
—Não é de admirar que pense isso de mim. E não a culpo por pensar o pior. Não lhe dei
nenhuma razão para pensar que honraria nenhum juramento ou que a trataria com justiça.
Passarei toda a vida dando a você essas razões.
As lágrimas inundaram seus olhos e lutou contra elas com um sorriso. —Você não é o
único tolo às vezes. Eu também ajo antes de pensar e cometo erros estúpidos, Braedon.
Ele massageou suas costas. —Sim. É verdade que é um pouco travessa, Trista. Precisa
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Fim
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