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Remessas de Fauna e Flora

Magnus Roberto de Mello Pereira


TÍTULO

DIFUSÃO E POPULARIZAÇÃO DE ACERVOS DOCUMENTAIS REFERENTES À


PRODUÇÃO DE CIÊNCIA NO BRASIL COLÔNIA

DURAÇÃO

30 Meses

COORDENADOR

Magnus Roberto de Mello Pereira

PALABRAS CHAVES

Viajantes naturalistas luso-brasileiros do século XVIII


História das ciências naturais
Viagens Filosóficas
Memorialismo Científico

JUSTIFICATIVA

O presente projeto tem por objetivo viabilizar a continuidade das pesquisas e do processo de
localização, recolha e organização sistemática das obras e documentação conexa dos cientistas
luso-brasileiros do final do século XVIII e início do século XIX, no qual estamos envolvido há
alguns anos.
É pouco
Apenas o caso exemplar de Alexandre Rodrigues Ferreira

As etapas anteriores tiveram por objeto a pesquisa histórica básica e a constituição de acervo
temático com vistas a provocar um incremento na produção sobre o tema entre os alunos e
professores da UFPr, o que foi totalmente atingido. As atividades até agora desenvolvidas
contaram com o apoio do CNPq e da Fundación Carolina.
Na nova etapa, que ora esta sendo proposta, pretende-se que o esforço empreendido transforme-
se em um instrumento de difusão e popularização da Ciência no Brasil, através da elaboração de
alguns produtos. O principal deles é dar início de uma iniciativa editorial que publique
sistematicamente as fontes históricas legadas por essa geração de intelectuais brasileiros.
Parte-se da constatação de que há um desconhecimento geral da presença luso-brasileira no
processo da constituição das ciências naturais no período estudado. Este desconhecimento é
partilhado inclusive pela maioria dos historiadores e, mais grave ainda, pelo corpo científico do
país em geral. Uma parte substancial da nossa produção sobre história da ciência é produzida por
estudiosos oriundos das mais diversas áreas, os quais, quando buscam historiar as suas
disciplinas, tendem a considerar apenas aquilo que foi gerado nos países que são ou foram
potência econômicas e tecnológicas. Não que se tenha obrigatoriamente que se dar um cunho
nacional a este tipo de estudo. Todavia, tal como a questão tem sido tratada no Brasil, o que
temos por resultado é um sentimento generalizado de “não pertencimento”. Sentimo-nos apenas
como usuários da ciência, a qual foi, e continua sendo, toda produzida fora do país, salvo alguns
poucos e notáveis episódios de exceção: Santos Dumont, Oswaldo Cruz, Cezar Lattes, etc.
Assim, a história do conhecimento científico, em vez de tornar-se um instrumento de aproximação,
acaba por ser mais um reforço neste sentido de não pertencimento.
Dentro do recorte cronológico com o qual trabalhamos, esta abordagem tradicional
redunda em diversos mal-entendidos. A perspectiva historiográfica, amplamente disseminada, que
leva os estudiosos a eleger as viagens exploratórias do século XIX como ponto de partida das
iniciativas de caráter científico no Brasil levou o falecido historiador Francisco Moraes Paz a dizer
que “excluída a expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia (1783-92) e outras de
menor relevância”, a América portuguesa teria compartilhado do mesmo espírito científico da
Espanha, que autorizou missões científicas em seus territórios coloniais “unicamente após a
transferência da Corte para o Rio de Janeiro”. 1 Do período anterior, ele registraria as viagens de
Georg Marcgrave e Wilhelm Piso, que expedicionaram pelo Pernambuco holandês, deixando um
grande vazio a ocupar o tempo entre as explorações do governo Nassau e a vinda da missão
francesa, em 1816.
Paz não estava sozinho, pois fora do círculo restrito de historiadores especialistas esta
perspectiva é ainda muito presente. Mesmo quando se tratou de estudar as viagens científicas
realizadas pelo Brasil, os viajantes brasileiros foram deixados de lado. Note-se, por exemplo, que
o sempre citado dossiê Brasil dos Viajantes, publicado pela REVISTA USP, tinha por objetivo
primário “debater sob prisma interdisciplinar a construção de imagens do Brasil e da América por
artistas, cronistas e cientistas estrangeiros que percorreram o continente desde o século XVI”. 2
O objetivo não se realizou de todo, pois Alexandre Rodrigues Ferreira mais uma vez infiltrou-se e
foi abordado em alguns dos textos da coletânea. Apenas ele, a solitária excessão. O registro do
trabalho dos demais viajantes brasileiros do setecentos, protagonistas das primeiras investigações
científicas nos territórios do Brasil e de outras regiões do Império português, pertence àquela
página da historiografia que apenas começa a receber os primeiros esboços. Em seu lugar,
sobejam as referências aos viajantes estrangeiros do século XVI e àqueles que vieram a partir da
chegada da corte ao Brasil.
O sucesso historiográfico desses viajantes europeus pode ser atribuir a duas causas
principais. A primeira diz respeito à própria natureza de seus textos. Eles foram produzidos já no
romantismo e eram, em sua maioria, obras literárias completas, que davam vazão à excitação
com o exótico, voltadas ao grande público de países cujos mercados conseguiam manter e
estimular tal produção. No caso dos brasileiros, temos antes, o texto fragmentário e mais seco da
produção iluminista, voltado para públicos acadêmicos restritos e, na maioria das vezes, para a
burocracia estatal. O resultado desta diferença é um impacto geral muito desigual entre os leitores
especializados e, mais ainda, entre o grande público.
O segundo fator a explicar a notável disparidade de impacto historiográfico, é um
fenômeno conjuntural que se deve à importante coleção sobre os viajantes estrangeiros
oitocentistas editada em parceria pela Edusp e Editora Itatiaia, nos anos 1970. A difusão destas
fontes tornou-as acessíveis a um grande número de pesquisadores e estudantes, induzindo a
elaboração de centenas de monografias, dissertações e teses. Dar início a uma coleção
semelhante, reunindo a produção textual dos luso-brasileiros que precederam os viajantes
estrangeiros, é um objetivo simples, mas nada modesto, considerando o tamanho e a dispersão
do acervo a ser compulsado e o impacto que os resultados poderão vir a ter em nossa

1
PAZ, Francisco de M. Na poética da história; Realização da utopia nacional oitocentista. Curitiba : Editora da UFPR, 1996.
2
REVISTA USP, Dossiê Brasil dos viajantes. n.30, 1996. p.10.
historiografia. No entanto, o que se busca não é simplesmente o impacto historiográfico mas uma
mudança mais geral de posicionamento teórico que, por sua vez, possa resultar na quebra deste
sentimento de impertinência que mencionamos.
Por último, é preciso lembrar que somos conscientes de que o principal resultado que está
sendo proposto é a elaboração de um conjunto de produtos – livros – sem nenhum apelo imediato
para grandes públicos. No entanto, é uma ação de base de suma importância. Os integrantes das
gerações mais recentes de historiadores costumam ser pouco afeitos e pouco direcionadas ao
manuscrito. Os estudiosos de diversas disciplinas, delas oriundos, quase nunca detém os
conhecimentos metodológicos e teóricos dos historiadores. Além disto, a tarefa do estudo e da
transcrição de fontes primária é uma tarefa árdua e árida, o que levou que mais recentemente
fosse priorizada a edição de material iconográfico, de efeito publicitário e apelo mais fácil. No
entanto, se continuarmos neste caminho estaremos condenados a continuar a trabalhar e a
repisar um mesmo conjunto de fontes impressas, muitas delas transcritas à partir de cópias
manuscritas de originais de arquivos portugueses feitas no século XIX.3

INSTITUIÇÕES EXECUTORAS

Universidade Federal do Paraná

Departamento de História
CEDOPE – Centro de Documentação e Pesquisa de História
dos Domínios Portugueses
Rua General Carneiro, 460, 6° andar
80060-150 – Curitiba – Paraná
(41)3360-5074 (41)3026-7059

Universidade Estadual de Ponta Grossa


Departamento de História

EQUIPE

Coordenador: Prof. Dr. Magnus Roberto de Mello Pereira – UFPr


Rua Ivo Leão, 711, ap. 801 – Centro Cívico
80530-105 Curitiba Paraná
(41)3026-7059 / (41)3360-5074
magnus@ufpr.br

Equipe: Prof. Dr. Cláudio Denipoti – Universidade Estadual de Ponta Grossa


Profª Drª Andrea Doré - UFPr
Prof. Dr. José Roberto Braga Portella – UFPr
Um Professor da área de Comunicação Social a incluir na equipe
Um Professor da área de Design a incluir na equipe

Equipe Complementar:
Drª Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz – UFPr – Historiadora e Jornalista
3
Isto é verdade, inclusive, para a obra de Alexandre Rodrigues Ferreira. Parte substancial de seus textos continua inédita e muitos dos
que foram transcritos e publicados são reedições, algumas modernizadas e outras facsimilares, das edições oitocentistas da Revista
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
com experiência em textos para rádio e TV
Rosângela Maria Ferreira dos Santos - Especialista em Paleografia
Alunos de graduação e pós-graduação em História, Comunicação Social
e Design
Bolsistas: Dois bolsistas da área de comunicação social (vídeo)
OBJETIVOS

Objetivo Geral
• Difusão da produção científica luso-brasileira do Iluminismo, através da criação de uma coleção
bibliográfica de fontes primárias.
• Popularização da produção científica luso-brasileira do Iluminismo, através de exposição, vídeo
e site na Internet.

Objetivos Específicos
• Contribuir para a alteração do paradigma historiográfico dominante sobre a participação luso-
brasileira na constituição das ciências naturais
• Elaborar revisão teórica, através da escrita de artigos e outros textos, com base na
documentação e na historiografia brasileira e portuguesa sobre a temática, com vistas à
construção da figura do colono-viajante-naturalista-ilustrado.
• Organizar publicação comentada das fontes como forma de estimular a produção teórica sobre o
tema.
• Desenvolver ações de popularização da produção científica luso-brasileira do Iluminismo entre
públicos escolares.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O projeto será desenvolvido por equipe integrante do CEDOPE – Centro de Documentação


Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, com larga experiência no trato com a
documentação histórica nacional e internacional referente ao tema. Trata-se de um Grupo de
Pesquisa reconhecido pela Universidade e Cadastrado pelo CNPq. Foi citado nominalmente no
relatório de avaliação do Programa de Pós-graduação em História da UFPR, elaborado pela
CAPES, como uma das causas que levaram ao aumento do conceito atribuído de 4 para 5. Nos
últimos anos foi contemplado com apoio institucional em 1 edital universal do CNPq e em 1 edital
internacional da Fundación Carolina, da Espanha. Assim, a equipe é reconhecida nacional e
internacionalmente e domina todos os procedimentos metodológicos inerentes à proposta, os
quais, resumidamente são:

1. Pesquisa documental que vem sendo desenvolvida nos seguintes arquivos

Brasil
Arquivo Nacional do Rio de Janeiro
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Arquivo Público do Ceará
Arquivo Público do Pará

Portugal
Arquivo Histórico Ultramarino
Biblioteca Nacional de Lisboa
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Biblioteca de Évora
Biblioteca Municipal do Porto
Biblioteca da Ajuda
Academia de Ciências de Lisboa
Museu de História da Ciência da Universidade de Lisboa
Instituto de Geografia de Lisboa

2. Reprodução de Fontes
Os procedimentos adotados dependem do arquivo. Alguns deles têm permitido que os
pesquisadores façam fotografia digital da documentação de seu acervo, o que simplifica e barateia
o processo. Outros arquivos possuem serviços internos de reprodução de fontes, cobrando pelos
serviços de duplicação digital ou em microfilme.

3. Transcrição Paleográfica
Técnica padrão utilizada pelo CEDOPE que, há alguns anos, vem formando a mão-de-obra
necessária. Temos promovido diversos cursos com vistas a atender aos alunos de nossos cursos
de graduação, mestrado e doutorado em História. Além disto, formamos especialistas para
arquivos e instituições estaduais e municipais de pesquisa. Nosso propósito é utilizar tanto a
capacidade interna – professores e alunos – quanto a de ex-alunos que serão especialmente
contratados para a atividade.

4. Estudo, Organização e Editoração de Fontes


Trata-se de um conjunto básico de procedimentos que caracterizam o metier do historiador. No
nosso caso, serão conduzidos pelos professores e alunos de pós-graduação integrados ao
projeto.

5. Elaboração de Vídeos Documentários


Mais do que os resultados imediatos – diga-se os vídeos que pretendemos elaborar – o que se
pretende é que os integrantes da equipe, alunos e professores, sejam estimulados a
desenvolverem capacidade técnica para o uso de outras linguagens que não a do texto escrito.
Trata-se de uma atividade piloto que se Para tanto, a proposta busca criar uma equipe
interdisciplinar que envolva professores e alunos de outras áreas além da história

6. Sítio na Internet
Ampliação de site já existente, com vistas a um aumento da oferta de conteúdos

INSTALAÇÕES E ACERVO

As atividades propostas serão desenvolvidas no interior do CEDOPE, Centro de


Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, do Departamento de História
da UFPR. Este centro e referências recebeu apoio de diversas instituições de fomento nacionais e
internacionais e esta perfeitamente equipado para desenvolver suas atividades fim. Não temos a
intenção e sermos um arquivo de originais e nos dedicamos a constituir acervos especializados
através de microfilmagem e cópias digitais. O CEDOPE dispõe hoje de um riquíssimo acervo de,
fotocópias, microfilmes e imagens digitalizadas de documentação sobre cientistas e viajantes luso-
brasileiros do final do século XVIII e início do XIX. Este acervo é, provavelmente, um dos mais
completos existente entre as universidades brasileiras. O material disponível tem origem em
diversos arquivos portugueses, como o Arquivo Histórico Ultramarino, Biblioteca Nacional de
Lisboa, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Museu da Ajuda, Museu Bocage, Biblioteca
Municipal do Porto e de Évora, Academia das Ciências de Lisboa, Casa da Moeda de Portugal,
além de documentação de arquivos das ilhas atlânticas: Açores e Madeira. Temos ainda alguma
material proveniente de arquivos de Cabo Verde e de Goa. No Brasil, a nossa documentação é
oriunda da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, Arquivo Público de São Paulo
e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 4 Pretendemos dar início a pesquisas nos demais
arquivos públicos estaduais. Seu conteúdo básico é composto pela correspondência oficial, pelas
memórias científicas e acadêmicas e pelos relatos de viagem desses autores do final do século
XVIII e início do XIX. Existem, também, cópias das instruções de viagem elaboradas por Vandelli,
pela Academia de Ciência de Lisboa, além de outras menos conhecidas. Os documentos
reproduzidos cobrem a atuação dos cientistas luso-brasileiros no conjunto do Império Colonial
Português, de Portugal ao Brasil, da África à Ásia.
A recolha de todo este material foi feita por diversos integrantes de nosso Centro de Estudos
durante pesquisas realizadas em arquivos do Brasil, da Europa, da África e da Ásia. Estas viagens
de investigação foram feitas com apoio do CNPq, da CAPES e da FUNDACIÓN CAROLINA, da
Espanha.

RESULTADOS ESPERADOS

1. Publicação digital e/ou das listas de fauna e flora enviadas ao Jardim Botânico e Museu de
história Natural da Ajuda, e a outras instituições congêneres da Europa, por naturalistas luso-
brasileiros na conjuntura final do período colonial.

ORÇAMENTO

Coleção “Memória da Ciência no Brasil Colônia”


Considerada no conjunto, a coleção terá cerca de 2500 páginas impressas, divididas em 9
volumes.
Tiragem de 1000 exemplares cada

Serviços de criação de capas, diagramação,


aquisição de direitos sobre imagens, etc – R$ 5.000,00
Serviços de transcrição e revisão – R$ 10.000,00
Serviços de impressão – R$ 30.000,00

Exposição “Memória da Ciência no Brasil Colônia”


Serviços de design gráfico, aquisição de direitos sobre imagens, etc – R$ 5.000,00
Serviços de impressão de cartazes – R$ 10.000,00

Vídeos “Memória da Ciência no Brasil Colônia”


Aquisição de Câmara semi-profissional – R$ 12.000,00
Complementos – tripé e iluminação – R$ 2.000,00
Computador com grande HD para funcionar como ilha de edição – R$ 3.500,00

Bolsas
2 bolsas Apoio Técnico em Extensão no País ATP-A - R$ 483,01
Pessoal auxiliar na área de Vídeo

2 X 30 X R$ 483,01 = R$ 28.980,60

4
É bom que se esclareça que, sobre o tema em questão, a maior parte da documentação disponível nesses arquivos brasileiros são
cópias manuscritas feitas no século XIX à parir dos originais existentes em Portugal, dos quais temos microfilmes.
Orçamento consolidado

1 Capital - Material Permanente – Equipamentos 17.500,00


2 Custeio - Contratação de serviços de terceiros – PF e PJ 60.000,00
3 Bolsas 28.980,60
TOTAL 106.408,60

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES E METAS DE ACOMPANHAMENTO

1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 3º SEMESTRE 4º SEMESTRE 5º SEMESTRE


Levantamento 25% 50% 75% 100%
de fontes
Transcrição 25% 50% 75% 100%
Análise e 25% 50% 75% 100%
organização
Editoração 25% 50% 100%
Documentários 25% 50% 75% 100%
Site na Internet 50% 75% 100%

CRONOGRAMA FINANCEIRO

1º Ano 2º Ano 3º Ano TOTAL


Capital 17.500,00 17.500,00
Custeio 20.000,00 20.000,00 20.000,00 60.000,00
Bolsas 11.592,24 11.592,24 5.796,12 28.980,60
49.092,24 31.592,24 25.796,12 106.408,60

APRESENTAÇÃO DO TEMA

No século XVIII, cresce em Portugal, assim como nos demais países da Europa, o
interesse pelas viagens de cunho científico. Tornou-se paradigmático o modelo, estabelecido por
Lineu, de enviar naturalistas-viajantes aos quatro cantos do mundo, os quais lhe enviavam
exemplares de “curiosidades da natureza” para a constituição de um museu de história natural e
jardim botânico, no qual eram estudados e classificados. 5 Logo, as principais potências européias
iriam criar os seu centros de estudo e espalhar emissários pelo mundo. 6
Portugal não ficaria alheio ao processo e, um pouco tardiamente, também entraria nesta
“corrida científica”. Estrategicamente, o governo português procurou colocar a ciência a serviço do
reconhecimento das potencialidades econômicas dos seus territórios coloniais e, com esse intuito,
patrocina uma série de expedições exploratórias aos quatro cantos do Império. Muitos dos

5
UEBERSCHLAG, Georges. Les disciples de Linne: voyageurs, savants et penseurs. In: ACTES DU COLOQUE INTERNATIONAL
DES LUMIERES; organisé par L’Université Lilloise des Lettres, Sciences Humaines et Arts du 16 au 19 octobre 1973. Lille: Publications
de L’Université de Lille III, 1977. v.1. p.137-151.
6
Sobre a experiência inglesa ver a sempre citada coletânea MILLER, David Philip e REILL, Peter Hanns. (orgs.) Visions of Empire,
voyages, botany, and representations of nature. Cambridge: Cambridge University Press,1996.
protagonistas dessas viagens do século das Luzes foram recrutados junto à intelectualidade
acadêmica de Coimbra, da qual faz parte um número não desprezível de naturalistas brasileiros.
Um certo modismo acadêmico tem trazido à cena da historiografia recente o viajante como
motivo de investigação. É de se observar, entretanto, que o tema tem sido mais caro a autores
estrangeiros, notadamente os de origem francesa e inglesa. Quanto à produção nacional,
concentra-se nos viajantes estrangeiros que por aqui passaram no século XIX. Excluído o caso de
Alexandre Rodrigues Ferreira, que foi alvo de diversos estudos, a grande maioria dos cientistas
que atuaram no Brasil é praticamente desconhecida por nossa historiografia. Em esquecimento
ainda maior ficaram aqueles que atuaram nas colônias outras colônias portuguesas.7
Portugal utilizou a estratégia de impedir a criação de universidades no Brasil, como forma
de atrair a elite colonial brasileira ao seu projeto imperial. Assim, de um lado, tinha-mos uma
camada abastada perfeitamente adaptada à vida na colônia e com recursos suficientes para
buscar na metrópole a educação de nível superior de que a colônia era carente. De outro, os
administradores de um imenso Império em crise que, temendo perder seus domínios no ultramar,
utiliza uma estratégia de ‘parceria’ com a elite colonial, integrando-a nas missões de
reconhecimento e governação.
A grande maioria daqueles brasileiros que se tornariam viajantes naturalistas fez seus
estudos na Coimbra Reformada, já que é a partir do projeto de modernização do ensino em
Portugal que se inicia o interesse pelas viagens de cunho científico. Na listagem de estudantes
brasileiros em Coimbra entre 1772 e 1872, elaborada por Francisco de Morais, constam 1242
nomes, muitos deles optando pela formação em filosofia ou em matemática, cursos que
habilitavam em ciências naturais (zoologia, botânica e geologia) e em topografia e astronomia.8
Nosso principal propósito é resgatar o viajante naturalista brasileiro setecentista do relativo
anonimato historiográfico em que se encontra e inserir seu nome no vasto rol de viajantes que
percorreram as terras dos impérios coloniais entre os séculos XVIII e XIX. O segundo, é
reconhecer na coleção de relatos desses viajantes a unicidade suficiente para tomá-la como corpo
documental passível de análise sistemática. Por fim, conhecer e dar a conhecer o vasto acervo
das narrativas por eles produzidas.

O ESTADO DA QUESTÃO

A política científica portuguesa do iluminismo pode ser dividida em duas etapas. A


primeira, realizada ainda no ministério de Martinho de Mello e Castro e de Domingos Vandelli, foi
caracterizada pela realização de viagens filosóficas de longa duração, com intuito de realizar
grandes recolhas de “produtos da natureza”. Paralelamente, alguns governadores de capitanias
organizaram, por iniciativa própria, expedições de menor porte em suas jurisdições. Trata-se de
um período em que predominou o colecionismo. O material recolhido era encaminhado à Ajuda,
onde deveria ser organizado e classificado pelo método de Lineu. 9 A segunda etapa, já no
consulado de Souza Coutinho, é caracterizada pelo aproveitamento do pessoal que estava em
campo, exercendo outras funções, para a realização de missões científicas. Nesta fase, muitos
militares e funcionários judiciários e burocráticos foram recrutados para o grande projeto de
recolha de produtos naturais. Outros ex-coimbrões, de volta ao espaço colonial, mesmo estando
fora do aparato de estado, passaram a ser comissionados por Souza Coutinho para a participação
em missões específicas, seja a realização de pequenas expedições, seja a elaboração de
experimentos. Coutinho também se cercou, em Lisboa, de um grande número de intelectuais luso-
brasileiros. Uma das características de seu período foi a importância dada ao texto científico – as
memórias e relações – o que não ocorria com Melo e Castro. 10

7
PEREIRA, Magnus R. de M. e CRUZ, Ana Lúcia R. B. Brasileiros a serviço do Império; a África vista por naturais do Brasil, no século
XVIII. REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA, Coimbra, v.33, 1999. p.153-190.
8
MORAIS, Francisco de. Estudantes brasileiros na Universidade de Coimbra. ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL, v.62, 1940. p.137-
335.
9
Aparentemente, este tratamento acabou não ocorrendo e o material permaneceu encaixotado por anos seguidos.
Sobre as grandes expedições científicas organizadas por Domingos Vandelli e Martinho de
Mello e Castro, existe apenas uma obra dedicada a estudá-las em conjunto. Nela, é destacada a
atuação de três brasileiros: Alexandre Rodrigues Ferreira, Manuel Galvão da Silva e Joaquim José
da Silva. Significativamente, o autor, Joel Willian Simon, é americano. 11 . Já, sobre o período
Souza Coutinho, o principal estudioso é Oswaldo Munteal Filho, que é responsável por uma
imensa bibliografia sobre o tema.12 Além deste autor, existem outros estudiosos que buscam
caracterizar ou acompanhar em conjunto a atuação dos diversos acadêmico luso-brasileiros
envolvidos.13
As autoridades portuguesas demonstravam preferência por indicar os brasileiros que se
formaram em Filosofia e Matemática para as expedições Philosophicas enviadas aos quatro
cantos do império colonial. Kenneth R. Maxwell tenta explicar esta preferência mostrando que não
teria nada de fortuita. Algumas revoltas coloniais já haviam sinalizado sobre os desejos de
independência.14 Assim, os brasileiros ex-alunos de Vandelli, estariam inscritos na política de
cooptação das elites coloniais, idealizadas pelos Ministros do Ultramar.
O sucesso desta política pode ser percebido quanto notamos que, num curto período de 20
anos, vamos encontrar Alexandre R. Ferreira atuando na Amazônia; Joaquim Vellozo de Miranda
e José Vieira Couto, em Minas Gerais; José Mariano da Conceição Vellozo, no Rio de Janeiro;
José de Sá Bethencourt e Manuel Arruda da Câmara, no sertão nordestino; João da Silva Feijó,
em Cabo Verde e depois no Ceará; Joaquim José da Silva, em Angola; Manuel Galvão da Silva,
na Índia e depois em Moçambique; Hipólito Pereira, nos Estados Unidos, México e Canadá,
apenas para citar alguns desses estudiosos brasileiros, a enviar exemplares botânicos, zoológico
e mineralógicos para Vandelli em Lisboa. Sem esquecer que, dali, muita coisa seguia para a
Suécia, onde Lineu centralizava as recolhas dessa grande aventura exploratória e classificatória.
Existem alguns artigos clássicos em nossa historiografia a chamar a atenção sobre a
amplitude deste fenômeno.15 Apesar disto, o tema das viagens científicas luso-brasileiras não
seduziu nossos historiadores, que preferiram concentrar-se nos viajantes europeu que circularam
pelo país, no século XIX. Apenas na última década, percebe-se um aumento de interesse pelo
tema, tanto no Brasil como em Portugal. O exclusivismo do estudo dos viajantes europeus que por
aqui passaram, tão característico da historiografia das décadas de 1970 e 1980, passa, a partir de
meados da década de 1990, a dar algum espaço aos luso-brasileiros ilustrados. O fenômeno é
perceptível tanto através da constituição de novos grupos de pesquisa quanto pela difusão da
temática entre os pesquisadores de instituições consolidadas.
No Rio de Janeiro, alguns estudiosos ligados à Casa de Oswaldo Cruz vêm transitando da
temática dos viajantes europeus do século XIX para a dos cientistas luso brasileiros do período
colonial, desenvolvendo interessantes abordagens.16 Ainda no mesmo estado, temos o trabalho
pioneiro do prof. Ronald Raminelli referente à viagem filosófica de Alexandre Rodrigues

10
Ver PEREIRA, Magnus R. de M.. Um jovem naturalista num ninho de cobras, a trajetória de João da silva Feijó em Cabo Verde em
finais do século XVIII. HISTÓRIA QUESTÕES E DEBATES, n.36, 2002. p.29-60.
11
SIMON, Willian Joel. Scientific expeditions in the portuguese overseas territories. 1783-1808. Lisboa: Instituto de Investigação
Tropical, 1983.
12
Ver, especialmente, sua tese de doutorado: MUNTEAL FILHO, Oswaldo. Uma sinfonia para o novo mundo: a Academia Real das
Ciências de Lisboa e os caminhos da Ilustração luso-brasileira na crise do Antigo Sistema Colonial. Rio de Janeiro: Departamento de
História da UFRJ ( Tese de Doutorado ), 1998. Os demais trabalhos do autor podem ser vistos na bibliografia.
13
Ver, por exemplo, SILVA, M. B. Nizza da. A cultura luso-brasileira: da reforma da Universidade à Independência do Brasil. Lisboa:
Editorial Estampa, 1999. e _____. O pensamento científico no Brasil na segunda metade do século XVIII. CIÊNCIA E CULTURA, v.40,
n.9,1988. p.859-868.
14
MAXWELL, Kenneth R. The generation of the 1790s and the idea of Luso-Brazilian Empire. In: DAURIL, Alden. Colonial roots of
modern Brazil. Berkley: University of California Press, 1973. p.107-144.
15
DIAS, Maria Odila da Silva. Aspectos da ilustração no Brasil. RIHGB, v.278, 1968. p.105-70. MOTA, Carlos Guilherme. Atitudes de
inovação no Brasil. 1789-1801. Lisboa: Livros Horizonte, 1972. NOVAIS, Fernando A. O reformismo ilustrado luso-brasileiro: alguns
aspectos. REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA, n.7, 1984. p.105-118.
16
KURY, Lorelai. Homens da ciência no Brasil: impérios coloniais e circulação de informações (1780-1810). HISTÓRIA, CIÊNCIAS,
SAÚDE, v.8.(suplemento), 2001. _____. Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentistas: experiência, relato e imagem. HISTÓRIA,
CIÊNCIAS, SAÚDE, v.11.(suplemento 1), 2004. WEGNER, Robert. Livros do Arco do Cego no Brasil colonial. HISTÓRIA, CIÊNCIAS,
SAÚDE, v.11.(suplemento 1), 2004.
Ferreira,.17 Devemos, também, mencionar a produção de Carlos Filgueiras, da UFRJ, sobre a
história da química.18
Em São Paulo, no Instituto de Geociências da Unicamp, os pesquisadores que se dedicam
espacialmente à história da geologia têm uma atitude militante de defesa e propagação de seus
temas de estudo, participado ativamente de eventos científicos em diversos países.19 Muitos dos
ex-alunos, oriundos daquele programa de pós-graduação, acabaram por dar continuidade ao
estudo de sua temática em outras instituições de ensino superior.20 Já na capital paulista, a
temática é explorada por diversos pesquisadores reunidos no Centro Simão Mathias de Estudos
em História da Ciência, da PUC/SP, sob a orientação de Ana Maria Alfonso-Goldfarb.21 No que diz
respeito à história das ciências naturais em geral sobressai o trabalho de Maria E. B PRESTES. 22
Especificamente em relação à história da química notabilizam-se as pesquisas da profª Márcia
FERRAZ.23
Outro viés importante da questão têm sido tematizado em São Paulo por um conjunto de
pesquisadores influenciados pelo prof. István Jancsó. Trata-se do estudo do vínculo destas elites
intelectuais com a questão da formação da identidade nacional. Neste grupo, pode-se incluir,
entre outros, os professores João Paulo Pimenta, Íris Kantor e Iara Schiavinatto.24
Fora do eixo Rio-São Paulo, devemos mencionar a produção do CEDOPE, em Curitiba, na
qual eu e alguns orientandos estamos envolvidos. 25 Por último, é preciso incluir neste
levantamento, o trabalho da profª Maria de Fátima COSTA, da UFMT, que tem dedicado atenção
ao estudo da ação dos integrantes das expedições que estiveram em Mato Grosso e da
iconografia resultante das missões exploratórias em geral.26
Em Portugal, apenas recentemente, houve uma retomada do estudo da história das ex-
colônias .27 Todavia, até onde consigo alcançar, existem apenas dois pesquisadores que têm se
dedicado ao tema das viagens científicas do período. São eles Ângela Domingues 28, do IICT, que
vem estudando basicamente a viagem filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira, e Miguel Faria,
especialista na iconografia do período 29 Além deles, existe um conjunto de estudiosos que se

17
RAMINELLI, Ronald. Viagens e inventários. História, questões e debates, Curitiba, v. 17, n. 32, p. 27-46, 2000. _____. Do
conhecimento físico e moral dos povos: iconografia e taxionomia na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. HISTÓRIA,
CIÊNCIAS, SAÚDE, v.8.(suplemento), 2001. p.969-992. _____. Ciência e colonização; Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues
Ferreira. TEMPO, v.3, n.6., 1998. p.157-182. )
18
FILGUEIRAS, Carlos A. A química de José Bonifácio. QUÍMICA NOVA, n.9, out.1986. p.263-8. ______. João Manso Pereira,
químico empírico do Brasil colonial. QUÍMICA NOVA, n.16, 1993. p.155-160.
19
Ver, por exemplo, na bibliografia a produção de Silva FIGUERÔA e de M. Margarete LOPES.
20
Em especial Clarete P. SILVA e Alex VARELA, que se especializaram respectivamente em João da Silva Feijó e na produção
científica de José Bonifácio de Andrada.
21
ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria ; FERRAZ, M. H. M. . A recepção da Química moderna no Brasil. Quipu Revista Latinoamericana
de Historia de Las Ciencias y La Tecnología, México, DF, v. 7, n. 1, p. 73-91, 1990.
22
PRESTES, Maria Elice Brzezinski. A investigação da natureza no Brasil colônia. São Paulo: Annablume, 2000.Ver na bibliografia
outros textos de sua autoria.
23
Sua principal obra de divulgação é FERRAZ, Márcia Helena Mendes. As ciências em Portugal e no Brasil (1772-1822); o texto
conflituoso da química. São Paulo: Educ, 1997. Ver na bibliografia a sua extensa produção sobre o tema.
24
JANCSO, István. (Org.). Brasil: Formação do Estado e da Nação. São Paulo, 2003.
JANCSO, István e PIMENTA, João Paulo G. Peças de um mosaico; ou apontamentos para a emergência da identidade nacional
brasileira. REVISTA DE HISTÓRIA DAS IDÉIAS, v.21, 2000. p.398-440.
25
PEREIRA, Magnus R. de M. e CRUZ, Ana Lúcia R. B. Brasileiros a serviço do Império; a África vista por naturais do Brasil, no século
XVIII. REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA, Coimbra, v.33, 1999. p.153-190. PEREIRA, Magnus R. de M.. Um jovem naturalista
num ninho de cobras, a trajetória de João da silva Feijó em Cabo Verde em finais do século XVIII. HISTÓRIA QUESTÕES E
DEBATES, n.36, 2002. p.29-60. _____. Verdades por mim vistas e observadas, oxalá foram fábulas sonhadas. Cientistas brasileiros do
setecentos, uma leitura auto-etnográfica. Curitiba: UFPR, 2004. (tese de doutorado policopiada)
26
COSTA, Maria de Fátima. História de um país inexistente; o pantanal entre os séculos XVI e XVIII. São Paulo: Livraria Kosmos
Editora, 1999. _____. Alexandre Rodrigues Ferreira e a capitania de Mato Grosso: imagens do interior. HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE,
v.8.(suplemento), 2001. p.993-1014.
27
DOMINGUES, Ângela. Viagens de exploração geográfica na amazónia em finais do século XVIII; política, ciência e aventura.
Funchal: Centro de Estudos de História do Atlântico, 1991. _____. Para um melhor conhecimento dos domínios coloniais: a
constituição de redes de informaçã no Império português em finais do Setecentos. HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE, v.8.(suplemento),
2001. p.823-838.
28
Sua principal obra na área é DOMINGUES, Ângela. Viagens de exploração geográfica na amazónia em finais do século XVIII;
política, ciência e aventura. Funchal: Centro de Estudos de História do Atlântico, 1991.
29
FARIA, Miguel Figueira. A imagem útil. Lisboa: Universidade Autônoma de Lisboa, 2001.
dedicam a temas afins, cujos estudos acabam por abordar a produção intelectual dos ilustrados
luso brasileiros do período. Na área de história do pensamento econômico, os professores José
Luís Cardoso e António Almodóvar investigam a difusão da economia política e a produção de
memórias econômicas, muitas delas de autoria de luso-brasileiros. 30 João Carlos Brigola, se
dedica ao estudo do colecionismo no século XVIII e Isabel Gouveia, à popularização das ciências
no período.31 Em todos esses casos a presença dos luso-brasileiros no ambiente científico
português torna-se evidente.
Apesar do crescimento do estudo da temática das viagens científicas e do memorialismo
acadêmico, tenho chamado a atenção para um detalhe que tem escapado à maior parte dos
autores. É o fato de que estes cientistas eram oriundos dos espaços coloniais. Isto pode, à
primeira vista, parecer apenas um detalhe desimportante. Todavia, tal detalhe tem conseqüências
metodológicas e epistemológicas que não podem ser deixadas de lado. Em primeiro lugar, é
preciso lembrar que o grosso da literatura sobre o tema foi produzido na França e nos países
anglo-saxões, os quais não conheceram o fenômeno do colono viajante. Nesta literatura, a
exploração científica da natureza aparece em mão única: o viajante europeu em terras até então
“desconhecidas”. Este acabou sendo o pressuposto metodológico de fundo para quase toda a
historiografia sobre viagens. Mais recentemente, difundiram-se nesses países correntes
revisionistas, quase sempre com vínculo políticos com as ditas “minorias”. 32 Outros núcleos de
estudos revisionistas são as áreas de lingüística e de estudos literários. 33 A antropologia também
produziu importantes estudos de revisão sobre encontros civilizacionais e a “descoberta do
outro”.34
Contudo, nem sequer essas vertentes revisionistas conseguem dar conta da singularidade
das questões que tratamos. Assim, autores representativos desses vieses analíticos como Pratt,
Todorov ou Sahlins podem apontar algumas correções de caminhos mas não dão conta da
complexidade de nossa problemática. Eles simplesmente não conseguem se afastar dos
referenciais teóricos ingleses e franceses. Sabemos nós que portugueses e espanhóis haviam
“inventado o mundo” desde o século XVI. Ao menos parte significativa desse mundo que os
naturalistas franceses e ingleses estão visitando e divulgando nos séculos XVIII e XIX. Quando
eles viajavam pelo “desconhecido”, freqüentemente estavam fazendo incursões pelas colônias e
ex-colônias “do outro”, no caso espanholas e portuguesas. Este simples fato escapa a tais
autores que, apesar de se proporem a revisões, continuam a pensar que a América Latina era
praticamente desconhecida até 1850. Desconhecida para quem? É a pergunta que não tem sido
feita.
Ao desconsiderar a experiência portuguesa, automaticamente, a literatura inglesa e
francesa ignora a ação dos naturalistas nascidos no Brasil. Ou seja, enquanto tivemos J. Cook e
Bougainville travando seu primeiro contato com os desconhecidos “mares do sul”, e mesmo um
Mungo Park, na última década do século XVIII, adentrando o território africano, viajantes
brasileiros estavam fazendo viagens filosóficas pela sua terra natal e esquadrinham, como
naturalistas, o continente africano, onde a administração portuguesa já se encontrava
secularmente assentada.35 Uma porção expressiva do mundo que será visitado por esses
representantes do iluminismo e, mais tarde, pelos cientistas do romantismo europeu, já fora
intelectualmente elaborada por gerações de estudiosos oriundos das elites coloniais locais, muitos
deles mestiços.

30
Ver, em especial, ALMODOVAR, António. A institucionalização da economia política clássica. Porto: Edições Afrontamento, 1995. e
CARDOSO, José Luís. O pensamento económico em Portugal nos finais do século XVIII, 1780-1808. Lisboa: Editorial Estampa, 1989.
31
BRIGOLA, João Carlos Pires. Colecções, Gabinetes e Museus em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
2003. GOUVEIA, Isabel de Barros Amaral Marques. Fantasia, ciência e espetáculo em Portugal no século XVIII. Coimbra: Universidade
de Coimbra, 2000. s.p.
32
PRATT, Mary Louise. Os olhos do império; relatos de viagem e transculturação. Bauru: Edusc, 1999.
33
TODOROV, Tzvetan. As morais da história. Lisboa: Publicações Europa-América, s.d.
34
SAHLINS, Marshall. Ilhas da História, Rio de Janeiro, Zahar, 1988.
35
Não há, portanto, em suas narrativas, o estranhamento que aparece nos relatos europeus.
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