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CDP 400 – CAPÍTULO 4 – COMUNICAÇÃO


TOKEN PASSING
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS LTDA
4- Comunicação TOKEN PASSING

No CDP 400 podemos fazer a troca de informações entre diversas


cartões CPU’s ( SCCPU - do PHC 300 e SCCPU2 – PHC 400 ) .
O sistema de comunicação empregado no CDP 400 é o TOKEN
PASSING ( Passagem de Bastão ), onde é montado uma estrutura Hierárquica na
qual define-se um total de até 8 (oito) mestres , ou seja temos uma rede de
comunicação multi-mestre.

O Token Passing define-se como uma técnica de controle do tráfico das


informações na qual somente disponibiliza informações na rede, quem detiver a
posse do Token ( bastão).
O bastão circula na rede dentro de uma estrutura ciclica unidirecional nos
moldes de uma topologia de rede em barramento , que evita a possibilidade de
conflito no que diz respeito à posse do Token. Trocando em miúdos um nó só
comunica quando detém o bastão, e este fica sob sua guarda por um determinado
tempo evitando assim que haja a colisão de informações de mestres diferentes.
Em tal sistema de comunicação somente um nó tem a permissão de
comunicar na rede por vez , e quando isto ocorre tem-se o modelo estabelecido
denominado MESTRE / ESCRAVO porem temporário retornado ao Token Passing
a seguir par que haja a passagem do bastão.
Como dito anteriormente o bastão cada ora fica com um nó e a este da-
se o nome de “ Mestre” e os demais nós serão seus “ Escravos” , ou seja , somente
o Mestre poderá disponibilizar informações na rede e os demais as utilizarão se
assim o desejarem.
O bastão trafega na rede de forma itinerante e a regras desse tráfego é o
que passaremos a mostrar.
Podemos ter como Mestre as seguintes entidades :
 SCCPU (PHC 300)
 SCCPU2 (PHC 400)
 SISTEMA SUPERVISÓRIO ( SCADA)
 FERSOFT
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TOKEN PASSING
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A identificação de cada mestre é feita pelo endereçamento que cada um
recebe na rede e este por sua vez abrange a faixa que vai do endereço 00 ao 07
(perfazendo um total de 08 mestres).
No caso específico dos SCCPU2 o endereçamento é feito no próprio
cartão conforme mostrado no capítulo deste manual sobre tal cartão.
Quando vamos utilizar o sistema Token Passing de comunicação ( o
outro meio é o Master Slave ) devemos na Mother Board do Rack principal nos
atentarmos para alguns Jumpers :

 JP1 = Ajusta a velocidade de comunicação do sistema :


- Jump feito velocidade igual a 38400
- Jump desfeito velocidade igual a 57600

 JP2 = Ajusta o sistema de comunicação :


- Jump feito sistema TOKEN PASSING
- Jump desfeito sistema MASTER SLAVE

 JP3 = Coloca na linha de comunicação um resistor de terminação:


- Jump feito temos o resistor de terminação na linha RS485
- Jump desfeito não temos o resistor de terminação na linha
RS485.

Sempre que estamos trabalhando com Token Passing aconselha-se a


colocar os endereços mais baixo nos SCCPU2 . Nos SCCPU2 temos somente o
ajuste de seu endereço e não do endereço para o qual ele enviará o Token (Next).
Portanto vale dizer que um SCCPU2 com endereço 00 envia o bastão para o de
endereço 01 e assim sucessivamente.
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No exemplo acima podemos observar que o FERSOFT é o endereço 2 e
passará o bastão par o 00 (que provavelmente é um SCCPU2).
Caso na passagem do bastão para o endereço seguinte este não seja
encontrado o atual detentor dele fará algumas tentativa e o passará ao seguinte
( por exemplo do 00 para o 02 ).
Aconselha-se a colocação dos SCADAS , bem como que do FERSOFT
no final da rede TOKEN PASSING quando que o ultimo deverá retornar ao inicio da
rede que com certeza será um SCCPU2.
Abaixo ilustramos um exemplo de como utilizar o Token Passing

SCCPU2 SCCPU2 SCCPU2 SCADA FERSOFT

IADRS=00 IADRS=01 IADRS=02 IADRS=03 IADRS=04


NEXT NEXT NEXT NEXT

NEXT

Podemos observar na figura acima que o primeiro SCCPU2 envia ao


segundo que por sua vez envia ao terceiro que envia ao SCADA que envia ao
FERSOFT que finalmente envia ( retorna) o Token ao primeiro SCCPU2. Caso
algum deles sair de comunicação o Token será enviado ao imediatamente seguinte.

NOTA : O Token não precisa necessariamente ser enviado ao endereço


seguinte, se este não necessitar dele este pode ser enviado a qualquer outro.

No sistema de comunicação FERTRON temos o padrão RS485 como


meio físico e, portanto, necessita de interface RS232(padrão PCs) para RS485.
Utiliza frame de 8 bits, 1 bit de stop, 1 bit de start, paridade par e não necessita de
controle de fluxo. Pode ser configurado para baud rates de até 57600 bauds ( 57.6
Kbps).

RESUMO:

Master: Inicia toda e qualquer comunicação. Lê e escreve dados em


slaves
Slave: Apenas responde as solicitações do master
Multimaster ( token pass ): Até 8 masters dividem entre si o tempo de
acesso à linha serial. Cada master só poderá atuar na linha se estiver com o token.
O token fica continuamente circulando entre os masters.
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Parâmetros de Ajuste Avançado do Token Passing no FERSOFT e


no SCADA:

No FERSOFT

No SCADA ( drive OPC)


Station Iadr (Estação): Endereço da estação na linha
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Next station (próxima Estação): Endereço da estação para qual o


token será passado

Message Timeout: Tempo máximo para uma mensagem ser


completada com sucesso (default = 70ms)

Pass Token Timeout: Tempo máximo para tentar passar token para
próxima estação. Se a estação não receber a notificação que a outra estação
recebeu o token, ela tenta passar o token para a estação seguinte (default 50ms)

Use Token Time: Tempo que a estação vai usar antes de passar o
token. durante este tempo a estação age como master da linha serial (default
200ms).

Token Timeout Constant: Esta é a expressão para o token timeout. O


tempo máximo que uma estação fica esperando por um token. Passado este tempo
a estação age como master, como se tivesse recebido um token (default =1000ms
+ (Station Iadr * Token Timeout Multiplier 200ms)).

Retries (Retentativas): Número de vezes que se deve tentar novamente


uma mensagem com erro (default =3).

Delay Time: Tempo que uma mensagem apresenta erro mesmo com
“retries” tentativas. Um tempo de “delay time” é esperado antes que a mensagem
seja tentada novamente (default = 1s).

CONEXÃO DA COMUNICAÇÃO

Um sucesso na conexão indica que a porta selecionada existe na


configuração do Windows e que não está sendo usada. No FERSOFT E nos
SCADAS se não houver sucesso na conexão não haverá transmissão nem
recepção de mensagens.
Faz parte de uma boa conexão do sistema de comunicação a forma de
ligação entre os diversos Devices e o sistema de aterramento , isto pode ser melhor
visto no capítulo GERAL deste manual onde são mostrados diversos esquemas de
ligação , interligação e de aterramento.
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Conexão no FERSOFT

Conexão no DRIVE OPC


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TOKEN PASSING
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Quando desejamos fazer o envio dado um dado presente em uma
determinada SCCPU2 devemos proceder da seguinte forma:
Os dados a serem transmitido do SCCPU2 de origem devem ser
armazenados (STORE ) em um conjunto de 8 Auxiliares que se inicia a partir do
A230 indo até o A237.
Os dados são enviados em pacotes (contendo os dados dos 8 auxiliares
acima ) e sempre são transmitidos no SCCP2 seguinte , ou seja , se as informações
deverão ser enviados a um SCCPU2 que não está hierarquicamente no endereço
imediatamente superior a este , os dados devem ser remanejados nesta 2ª
SCCPU2 e retransmitido à seguinte até chegar ao seu destino final.
Ao fazermos a transferencia de dados de um SCCPU2 para outro
devemos informar no de origem o endereço do SCCPU2 de destino e isto se faz
através do A238 onde colocamos tal endereço.
Como os dados são enviados em um pacote de 8 auxiliares , devemos
também informar no SCCPU2 de origem o nº do auxiliar no SCCPU2 de destino a
partir do qual os dados serão armazenados e isto é feito através do A239 .
.
No exemplo abaixo isto fica melhor entendido.

Como pode ser visto no exemplo acima os dados serão enviados para o
SCCU2 de endereço 01 ( ver: A238) e estes dados serão armazenados neste 2º
SCCPU2 a partir do auxiliar A200 indo até o A207 ( ver: A239).

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