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Roteiro para bate-papo: História de vida

Bom dia a todos(as), para os que não me conhece me chamo Letícia, sou mulher com
deficiência física (Poliomielite), no senso comum conhecida como paralisia infantil.
Ou seja, a minha vida inteira convivi com a minha deficiência física e muito bem por
sinal e isto eu agradeço a importância do papel da FAMÍLIA, e da ESCOLA em toda
minha trajetória.
“Eu sempre me vi como uma pessoa normal”, porque tanto minha família quanto a
escola sempre me trataram assim... com um:
- Olhar Inclusivo, ou seja, um olhar para além da deficiência, enxergando não só as
minhas dificuldades, mas as NS possibilidades de participar junto aos outros.
- Caém cidade Atemporal em relação a inclusão... e foi a partir daí que a educação,
para mim, passou a ser uma porta que poderia me tornar e me levar para onde eu
quisesse e daí mergulhei.
- Lógico que não negamos as dificuldades existentes, e são muitas, na qual deve
sempre respeitar as limitações de cada um.
-É importante falar que estas dificuldades, não partem apenas da pessoa com
deficiência, mas principalmente do olhar da sociedade, construída através de barreiras
ATITUDINAL e CAPACITISTAS.
E para que a inclusão realmente aconteça é necessário descontruirmos muitos
conceitos errados sobre “Deficiência”. (que podem serem trabalhados já na educação
infantil)
- O primeiro dele é deixar de olhar a deficiência como doença, até porque o conceito
sobre doença vai muito além de uma deficiência. (exemplificar contando um caso)
- É passarmos a entender cada vez mais a deficiência como uma característica de cada
sujeito e que sim, precisa de um maior cuidado, sendo assim quanto mais o estado
investe e amplia políticas públicas voltadas para a acessibilidade urbana, escolar e
pedagógica inclusiva, mais a sociedade torna-se capaz de assistir tais características.
(como defende a antropóloga Debora Diniz).

HISTÓRIA PROFISSIONAL – ASCENÇÃO


Quero deixar claro também, que na minha trajetória de vida passei por muitas dessas
barreiras, fui muitas vezes colocada como coitadinha (pelo outro), principalmente
daqueles que ainda coloca a deficiência dentro do campo de coitadismo no qual
incapacita o sujeito cada vez mais.
Mas confesso também que “Nunca deixei que crenças limitantes do outro me afetasse,
ou me paralisasse”.
Tanto que sempre busquei, e logo após um ano do falecimento da minha mãe fui
selecionada através do Enem para o curso de graduação em Licenciatura da Ciências da
Computação pelo IF Baiano de Senhor do Bonfim.
Lembro que foi grande o alarde familiar ao anunciar que iria, mesmo sem conhecer
ngm, fui mesmo assim e confesso que foi o meu divisor de água na minha vida, passei a
encarar as dificuldades como desafios e aprendizados que só me fortalecia.
Depois de conclui-lo aumentou mais ainda o desejo de realizar o meu verdadeiro
sonho que era fazer psicologia, no entanto isto exigiria muito mais de mim pois teria
que ir para bem mais longe, ao invés de medo isto me revigorava...
E é isto hoje não sou apenas uma mulher com deficiência física, sou uma mulher com
deficiência física
Graduada em Licenciatura da Ciências e Computação pelo Instituto Federal Baiano do
Campus Senhor do Bonfim.
E também
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba, com experiencia na área
para atendimentos clinico – pela Clínica escola de Psicologia da UFPB, com ênfase na
ACP (abordagem centrada na pessoa de Carls Rogers), no qual fundamenta o “Sentido
da Vida”.
Como também
- Com experiencia na área da Psicologia Educacional – pelo IFPB, com atendimentos
aos alunos voltado para o estudo psicossociais do sujeito e sua relação com os
processos educacionais.
E como sou movida por desafios: Como diz Jean Paul Sartre: “Viver é isto; ficar o tempo
todo se equilibrando entre escolhas e consequências”

Atualmente me tornei Pós Graduanda numa área de grande interesse meu, que é a
área da Educação Especial no curso “intervenção ABA para Autismo e Deficiência
Intelectual”. Através da Faculdade Unopar- polo Caém.

E assim finalizo minha fala dizendo que não existe dificuldades que nos paralise,
quando temos um ambiente fértil que desde cedo nos potencializa e nos inclui. E nesse
requisito a educação de caem está de parabéns, por ser pioneira.
Muito obrigada!

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