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FACULDADE ENTRE RIOS DO PIAUI- FAERPI

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

ANA PAULA DE ARAUJO CAVALCANTE

DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SEUS REFLEXOS NO PROCESSO DE ENSINO


E APRENDIZAGEM

Teresina-PI

2019
ANA PAULA DE ARAUJO CAVALCANTE

DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SEUS REFLEXOS NO PROCESSO DE ENSINO


E APRENDIZAGEM

Artigo apresentado a faculdade


Entre Rios Do Piauí – FAERPI como
obtenção de título do curso de licenciatura
plena em pedagogia.
Sob a orientação do professor
especialista Areolino Viera de Albuquerque
Junior.

Teresina-PI

2019
RESUMO:

Esse artigo trata da discriminação racial e seus reflexos no processo de ensino


e aprendizagem, que tem a simples finalidade de observar as influências que a
discriminação causam nas crianças, adolescente e até mesmo em adultos e
como isso afeta as suas vidas tanto no pessoal, como no profissional e de
como o preconceito abala a sua auto estima, tornando-se uma imagem
negativa que certamente será levada por toda uma vida. No fato da criança por
ser ainda muito pequena, quando ela inicia-se na escola, a visão de se
mesma pode mudar para melhor ou para pior, tudo vai depender de que
maneira está diferença vai ser trabalhada. Se a questão da tolerância e
respeito a todos os indivíduos forem bem explicadas, e de uma forma que
mostrem que todos são iguais perante a leis dos homens e ao mesmo tempo
ao olhos de Deus, só que também são completamente diferentes entre si,
fenótipo e cultura, e que todos tem os mesmos deveres e direitos, e que de um
termina onde começa o do outro, possivelmente o país seria um lugar bem
melhor para se viver. Este trabalho trata também, quais seriam as melhores
opções sobre como enfrentar esses obstáculos que são criados pela
intolerância e a discriminação e de como os educadores junto com os
educandos podem modificar o pensamento escravista. O artigo procurar
responder algumas perguntas que sempre estiveram na mente humana
relacionada a discriminação, constatar que evasão escolar é maior entre os
negros devido a discriminação racial, comparar que o grau de analfabetismo é
maior em relação a outros grupos e observar de que maneira a discriminação
afeta a vida do indivíduo de modo geral. Este trabalho conta com pesquisa
tanto bibliográfica, quanto a de campo desenvolvida em uma escola municipal
na cidade de Parnaíba de séries inicias de 1° ao 5° ano do ensino fundamental
e EJA noturno, sendo realizada na turma do 2° ano da mesma, no horário da
manhã, tendo em vista esclarecer o questionamento já mencionado no inicio
desde artigo. Além de conter essas informações, o trabalho também mostrar
entrevistas de docentes e discentes tanto da instituição como de outras, tudo
para tornar o assunto o mais claro possível.

Palavras chaves: Discriminação racial, Aprendizagem e Educação.


SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO......................................................................................6

2-DESENVOLVIMENTO..........................................................................10

3-PALAVRAS FINAIS.............................................................................16

4-REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO.......................................................18
1- INTRODUÇÃO

O presente artigo busca responder algumas perguntas simples em


relação a discriminação racial, melhor dizendo, talvez não seja tão simples
assim acha as respostas para o questionamento trazido por está pesquisar.
Este trabalho não irá mostra como esse problema pode e vão ser resolvido, ele
não traz a fórmula mágica para acabar de vez com esse problema, a sua
principal função é analisar a influência da discriminação racial no processo de
ensino e aprendizagem, além de constatar que a evasão escolar é maior entre
os negros, devido a discriminação racial e comparar que o grau de
analfabetismo é maior em relação a outros grupos e por fim observar de que
forma a discriminação racial afeta a vida do indivíduo, tanto no pessoal como
no seu profissional e também no emocional.
Este artigo é uma nota, diante de um mundo cheio de discriminação,
talvez outro grito de socorro para a sociedade. A definição do dicionário para a
discriminação racial é a seguinte, ato ou efeito de discriminar. Tratamento
preconceituoso dado a certas categorias sociais, raciais, e etc. Eliminação de
todos os sinais que entram num circuito, exceto daqueles que tem uma
determinada características de fase, de frequência ou de amplitude. Contudo
como discriminar outras pessoas baseando-se nas aparências físicas de
alguém, se todos são completamente diferentes uns dos outros e ao mesmo
tempo iguais, detendo os mesmo diretos e deveres.
E como essa discriminação reflete no processo de ensino e
aprendizagem de quem sofre e já sofreu com isso. Agressão essa que é
presenciada não só nas escolas, como em casa e em toda a sociedade em
geral. Cabe aos educadores transformar essa realidade, a única forma para
que isso aconteça é através da educação, como Gandhi já disse seja a
mudança que quer ver no mundo. Claro que essa não será uma batalha
simples e nem fácil, contudo começando logo o país não ficar preso na
ignorância, mesmo sendo um país formado por médicos, advogados entre
outras profissões. Ignorância essa não é sobre o analfabetismo que
desconhece as letras e de números, não sabendo escrever os seus nomes ou
fazer cálculos simples, mas sobre o analfabetismo de como tratar os outros
como iguais.
Pessoas eram e ainda são vendidas como escravos, a cor da pele conta
muito, a forma de como será tratado pela sociedade, tudo vai depender da cor,
se é alguém de pele clara será certamente bem tratada, e as portas das
oportunidades se abriram, a probabilidade de ser bem sucedida é grande,
contudo se essa pessoa for de pele escura, for alguém de cor, será tratada de
forma diferente, de uma maneira ruim, principalmente se for negro e a sua
classe social for a mais baixa. Porém o professor deve resgatar os assuntos de
pontos culturais, incluindo a história da África no currículo de maneira positiva,
cultura que vem sendo esquecidos a cada dia, isso para alguns educadores e
para a sociedade vem passando despercebido, principalmente quando se vivi
em uma sociedade preconceituosa e racista que não ver a discriminação, pois
vive uma falsa democracia.
O trabalho de resgatar a cultura é dever para o pedagogo que deve
trabalhar além dos limites escolares, ultrapassando a sala de aula, indo além
das matérias obrigatórias, eles devem passar a ensinar a conviver em
sociedade e aceitar os outros como iguais. Valorizando os indivíduos e os seus
pontos fortes e todo o diferencial que existe no Brasil. O preconceito está por aí
só que de forma mascarada, de maneira sutil quase não se percebe, mas ela
está bem na frente da sociedade que se nega ou melhor continua fingindo não
ver.
O Brasil é um dos país mais rico em diversidade tanto na gastronomia,
quanto cultural e até mesmo religiosa, apesar de tantas variedades, de ser um
lugar com pessoas vindas de diversos locais do mundo, ainda sim, é cheio de
preconceito. E essas ações discriminatórias não levam a nada, tudo que vem
da discriminação é dor, sofrimento, desprezo, solidão e mas dor, tanto física
como também emocional, levando as pessoas que passaram por essa
experiência dramática e bastante dolorosa a cessação de ser menor, de se
sentir inferior ao outro, até mesmo levando a acreditar que o sua existência é
desnecessária e que todos estariam melhor sem sua presença.

Se o ser humano no início de vida é uma tábua rasa como afirmam


alguns pesquisadores e todo o ser ainda esta para se formar, com uma vida de
discriminação tornará essa pessoa, alguém que se verá de maneira
inadequada por ser diferente ou por ter sido tratada de forma diferente das
demais. E se também a mente do ser só está realmente formada com a
personalidade com os dezoito anos, como essa pessoa que enfrentou uma vida
inteira de preconceito está? Como é a auto-estima? A própria visão dela
mesma será uma imagem positiva ou negativa?

Ter uma auto-estima, uma imagem positiva de se mesma é fundamental


para o bem estar em todas as áreas da vida. Mas se essa pessoa é
constantemente agredida emocionalmente e fisicamente, dificilmente ela terá
uma boa imagem de se mesma e não conseguirá ver-se como alguém que tem
potencial para conseguir realizar os seus planos e nem ao menos sonhar.

Assim como acontece com alguém que é muito elogiado que pensará
que os elogios são sem valores. Como visto tudo que é exagerado não faz
bem para a saúde, críticas e elogios demais estragam as pessoas, então
imagine as criticas vindos desde muito cedo, na infância só por causa da cor da
pele, alguém ser rotulado pela sua aparecia, pelos seus cabelos, nariz ou boca
e não pelo seu real valor. Imagine essa agressão vinda de um desconhecido,
isso causa muita dor, agora imagine essa mesma situação vinda de alguém
que deveria proteger, cuidar e ate mesmo amar, só que a realidade não é bem
assim. Algumas vezes quem deveria ser um protetor é exatamente que pratica
o racismo é aquele que causa mas dor.

A discriminação em geral causa consequências, não só a racial


influência de forma negativa e aparente no processo educacional dos
indivíduos impedindo-os de alcançar um rendimento escolar satisfatório e
também levando-os a frustração na vida escolar, profissional e em sociedade.
No final o que sobra desses alunos e somente um local vazio dentro da
instituição de ensino, uma carteira vazia dentro da sala de aula.

Para entender melhor a discriminação é preciso conhecer um pouco da


história de como milhares de homens e mulheres, até mesmo crianças livres
passaram a ser escravos, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Muito
antes de serem traficados para outros lugares do globo terrestre, as pessoas já
eram escravizadas. Para alguns era uma maneira de garantir que a sua família
teria tudo de que precisa para sobreviver, para outros era uma forma de pagar
as suas dividas, assim enquanto elas trabalhassem estaria tudo bem, a
escravidão era uma forma de aumentar o número de trabalhadores e não
existia qualquer relação com a cor da pele dos indivíduos, eles eram tratados
como se fossem apenas negócios, como simples mercadorias.
Só algum tempo depois com a chegada dos portugueses foi que o povo
africano passou a ser escravizados, a história disse que a causa de
começarem a usar os negros como escravos seria por que os índios
conhecedores da terra onde habitavam, ou seja o Brasil não aceitavam essa
ideia de passarem de homens livres para cativos e sempre que podiam fugiam.
Assim os portugueses precisavam que alguns tipos de trabalho fossem
desenvolvidos por subalternos sobrando assim para os negros que
desconheciam a nova terra, a principal atividade desenvolvida por eles eram
para trabalharem nas lavouras.
Os negros que foram trazidos da África para serem escravizados vieram
ao Brasil em embarcações que recebiam o nome de navios negreiros, era uma
longa viagem e por isso quase a metade deles morriam antes de chegar,
devido as condições desumana que eles eram submetidos nessa longa
jornada, pois o local que estavam era escuro e cheio de ratos, um ambiente
sujo e sem ventilação e um grande números de pessoa que seriam
escravizados por gerações, nesse ambiente a proliferação de doenças é
bastante comum. A grande maioria dos negros que vinham do continente
Africano para o Brasil eram trazido de Angola e da Nigéria.
No ano de 2014 no Rio de Janeiro nas olimpíadas para ser mas
específico. O cais Valongo um marco na história do Brasil e símbolo
significativo do escravismo Brasileiro, observação dada por alguns autores e
pela UNESCO. Ele também recepcionou a chegada da imperatriz Teresa
Cristina noiva de dom Pedro II, passando a ser conhecido como o cais da
imperatriz. Primeira foi utilizado para traficar milhares de negros para serem
escravos, vindos principalmente da angola e da Nigéria como já mencionado
no início desse artigo.
Lembrando que o primeiro estado do Brasil a abolir a escravidão, foi o
Ceará, todavia depois de mas de um século ainda é vista de forma aberta a
discriminação, mas como o brasileiro tem sempre um jeitinho de comente
essas agressões e dizem que é apenas uma brincadeira. Como o uso de
apelidos ofensivos usando pela grande maioria da população que vão desde
negrinho até macaco entre muitos outros. Até hoje depois do fim do apartheid
a África do sul ainda sofre com os reflexos desta discriminação.
2- DESENVOLVIMENTO

O Brasil é um país que comemora as diferenças, mas não as aceitas,


quer ser algo que não é, com vergonha de mostra o seu lado real que é
preconceituoso. A sociedade continua vivendo uma mentira, alguns se sentem
no direito de tratar os outros de forma inferiores.

(...) O racismo é uma ilusão de superioridade. O racista se


acha superior aquele a quem se compara. Ele nasceu para
mandar e o outro, visto como inferior a ele para obedecer. O
racista, então, é antes de tudo é uma expressão de desprezo por
uma pessoa. As vezes não por causa de das características, mas
por aquela pessoa pertence a outro grupo. (Lopes, 2007. p.19-20).

As pessoas são diferentes uma das outras, como culturas, etnias,


religiões e até mesmo sotaques distintos pertencendo ao mesmo país. O Brasil
é um exemplo disso, ele é rico em diversidades, tanto cultural e religiosos, mas
não as compreende, cabe aos educadores e futuros educadores mudar,
transformar essa realidade, valorizar mas a pluralidade cultural desse país e de
muitos outros. Levando para dentro da sala de aula uma discussão sobre os
principais problemas sociais e quais as possíveis mudanças para a melhor
convivência em sociedade.
Petronilha B. G. e Silva disse que o racismo afasta as crianças da
escola, ela também afirmação que o racismo não é exclusividade dos negros,
mas de todos os brasileiros, tem de repensar as ações antes de tentar
fortalecer a identidade das crianças negras. Os pais não falam ao filhos para
discriminar os outros por causa da cor da pele, porém como se trata os seus
empregados influência na educação. Se eles usam piadas, ditados de
estereótipos racistas também mostra como as crianças trataram os seus
empregados e colegas de trabalho e de classe no futuro tudo por terem uma
cor de pele e classe social diferente.
As escolas estão ficando cada vez mas vazias por causa de como os
alunos se tratam, formando grupos não por ter assuntos em comum, mas por
terem preconceitos em comum. E os que sofrem como isso se isolam, se
distanciam e como isso acabam se tornando um incômodo para ela mesmo e
para os outros, isso é o pensamento que os controla, por fim depois de muito
insultos e dor saem de uma vez da escola.
Como Silva já disse deve-se mudar a maneira como tratar os outros, não
apenas os negros, mas todos. Também existe educadores preconceituosos
que afirmam que os negros são burros e por isso, por causa da cor da pele,
eles não aprendem e portanto não podem estar junto da maioria, ainda mas se
eles além de negros forem também pobres, os discriminados são os
verdadeiros culpados da situação que vivem, esse é o sentimentos que muitos
carregam.
Assim as crianças que não conseguem aprender já estão afetadas,
sendo uma consequência da discriminação, levado a associar-se com coisas
maus para a sua aparência. Está tudo ligado as emoções e razões, elas andam
juntas, não se separaram, conclui-se então que eles não são apto para o
aprendizado o convívio em sociedade, pessoas que não tem vez, direitos,
razão e tão pouco sentimentos.
A pedagoga Cavalleiro realizou uma pesquisa onde mostra que
crianças brancas recebem mais amor, atenção e afeto do que as negras, isso
incluem país e parentes. Este estudo é notável e por isso que para alguns
educadores os brancos tem mais possibilidade e oportunidades na vida do que
os negros, tanto que são usados métodos diferentes para ensinar as crianças
quando estão com dificuldades, forma essa que não é vista com a criança de
cor, quando essa apresenta dificuldades é logo rotulada de burra, incapaz e
preguiçosa, não há nenhum estimou para mudar esse quadro e os culpados
são a família, a economia e a sua condição tanto social, como também a
econômica.
Há também a falta de material adequado que não trás nenhum apoio
para a luta contra a discriminação, pelo contrário isso só piora ainda mas a
situação, os únicos conteúdos encontrados nos livros didáticos em sua maioria
são de assuntos que desvalorizam os negros e mostram apenas a escravidão
que eles sofreram, desta forma as crianças acabam se sentido sem valor
algum e tendo a sua imagem distorcida e associada ao fracasso que ao menor
sinal de dificuldade optam por abandonar a escola privando-se de qualquer
chance de um futuro melhor.
No Paraná, o governo desenvolveu uma campanha, onde mostra dois
grupos de pessoas fazendo as mesmas atividades, e outros dois para analisar
as fotografias, o resultado foi que nas fotos onde as pessoas que estavam
praticando as atividades eram brancas, as respostas eram de forma positiva
pelo simples fato de serem todas brancas tanto os entrevistados, quanto os
entrevistadores.
A primeira fotografia era de um homem correndo, ele com certeza
estava atrasado ou seria um atleta o grupo respondeu, a segunda mulher
vendo roupas estaria comprando ou poderia ser design, a terceira homem de
terno, um executivo ou advogado, uma mulher grafitando certamente uma
artista e que os seus desenhos eram uma arte que todos deveriam apreciar. No
outro grupo com fotografias, contendo as mesmas ações, só que com pessoas
de cor, as repostas em nada se pareciam com as primeiras que eram
afirmações positivas.
O outro grupos começou com um homem negro correndo, as repostas
eram diretas e até mesmo bastantes frias, ele seria um ladrão, fugitivo, a
mulher na loja de roupas deveria ser a vendedora ou costureira, o homem de
terno é um segurança de shopping ou motorista particular de um homem de cor
branca sem a menor sombra de dúvida, a mulher que na outra foto era uma
artista, nesta não passava de uma pichadora, criminosa que poderia está na
prisão deixar de estragar as belezas da cidade e que pessoas como ela não
tem a menor noção de estética ou beleza. Na sociedade ainda existem
assassinatos por causa do preconceito e do fato de não aceitaram a diferenças
dos indivíduos.
Contudo hoje as pessoas falam abertamente nas escolas e nas ruas
sobre o tema, sim, ainda é um assunto delicado, algum tempo atrás
discriminação racial não estava em pauta nas instituições de ensino,
dificilmente teria um debate sobre o assunto e também alguns se posicionaram
contra alegando não conhecer o fato ou não serem preconceituosos. Quando
questionados da forma como tratam os outros, por causa da cor, a resposta da
grande maioria por mas triste que seja, é direta e rude, os negros não tem
alma e nem sentimentos, eles não se importam. Com respostas dessas, surgi
ainda mas perguntas que dificulta para se ter respostas para esclarecer o por
que de todo esse desprezo e ódio com o próximo.
De todas as dificuldades enfrentadas pelas redes de ensino talvez essa
seja a maior, por muitas vezes não conta com a participação dos familiares no
âmbito escolar. Ela ultrapassa a falta de merendas, localização inadequada,
falta de infraestrutura, também de matérias e de suporte de apoio. Deve-se
cuidar das crianças hoje para no futuro, para elas terem oportunidades iguais e
se sentirem apoiadas desde o inicio. Mudando assim a sua auto imagem de
negativa para uma positiva.
A evasão escolar devido a discriminação racial é algo real, concreto,
comprovado nas pesquisas tanto de campo quanto nas bibliográficas, em
entrevistas e observações realizadas para este trabalho, cerca de 80% a 89%
já pensaram em sai da escola ou conhecem alguém que já pensou em faze-lo,
70% afirmam que a discriminação afeta a vida acadêmica, alguns usaram
desculpas que não conversem ninguém, nem a eles mesmo, outros
complementaram a sua resposta com coisas do tipo, que na família são pobres
e eles precisavam contribuiu para com a renda familiar, ou simplesmente não
tem cabeça para os estudos. Então vendo por esse lado, o melhor e sai da
escola e começar logo no mercado de trabalho.
Todavia no mercado de trabalho, assim como no ambiente escolar existe
discriminação racial só que as leis são um pouco respeitadas. É o chamado
racismo institucional quando acontece no local de trabalho, o empregador tem
responsabilidade total das ações feitas pelos trabalhadores no seu local de
trabalho. Tanto a empresa quanto o funcionário que cometeu o crime terão que
pagar, a pena pode ser em anos de prisão, como convertidas em cestas
básicas, além de multas.
Mas o foco deste artigo não é sobre o racismo institucional, mas o que
acorrer nas escolas e as suas consequências para o futuro dos envolvidos,
contudo os de forma direta no assunto em questão. Essa agressão pode levar
a uma deficiência na vida e tudo isso por que algumas pessoas se acham
melhores que as outras. Esses pensamentos fazem lembrar de situação onde
pode ser observadas a discriminação racial quase em sua totalidade.
Quando os entrevistadas foram indagados sobre determinados temas,
quase se percebe nos seus olhos a frase mas famosa de todos os tempos
sobre o assunto, mesmo os que não são conhecedores da citação.
(...) eu tenho um sonho, que os negros e brancos andassem em
irmandade e sentassem-se na mesma mesa em paz, (Martim
Luther King, 1963. p.191).
Sim, esse é o sonho que muitos almejam um dia conseguir, para alguns
e só um sonho, talvez até mesmo louco, para outros é possível e para os mais
céticos é realmente impossível. Mas de uma coisa se tem a certeza a mudança
tem de começar hoje, agora, não se pode esperar para o amanhã, por que ele
pode não mas chegar, crianças são assassinadas brutalmente devido a cor da
pele, crença religiosa e tantos outros motivos banais. Tem toda a razão quando
se afirmam que as crianças não nascem discriminando alguém, mas elas
aprendem a faze-lo com grande maestria que em alguns caso chega a dá
medo.
Essa pesquisa já relatou um pouco da chegada dos negros e o seu
fatídico destino que esperava por eles ao desembarcarem no Brasil. Depois de
anos após o fim da escravidão, eles ainda eram tratados como se nada tivesse
mudado. Não podiam se sentarem nos bancos da frente nos ônibus, também
não entravam pela frente, eram ofendidos fisicamente e verbalmente todos os
dias e a todo o momento. A as crianças que eles cuidavam ao cresceram os
tratava do mesmo modo que os seus país no passado, algumas dessas ações
ainda acontecem até hoje.
O mundo ainda enfrenta os seus demônios, eles continuam soltos
fazendo e espalhando o mal e acabando com o futuro, as guerras sem motivos,
nenhum além de poder e mas poder, a pobreza e a miséria causada em parte
pelas guerras e por fim, mas de igual importância a discriminação racial. Que
leva não só a chance de mudar para melhor como qualquer sonho. Agressões
físicas ônibus sendo apedrejados e queimados só por que transportam
pessoas negras, grupos sendo agredidos com pedaços de madeiras ao saírem
dos ônibus pelo simples fato de lutarem por seus direitos e sonhos realidades
não tão distantes, acontecimentos de um passado muito próximo dos dias
atuais.
Existem marcas que vão além das visíveis na pele, essas estão em
lugares mas difíceis de cuidar e são mas profundas, algumas vem de anos de
humilhações, de palavras que rasgaram mas que milhares de adagas.
Situações como são bons nos esportes, por que corriam da polícia; bandos de
macacos quando não fazem sujeira na entrada, fazem na saída; Deus deu
cores diferentes para serem tratados de formas diferentes; outros reforçam não
terem preconceito, mas usam frases como estas, não tenho preconceito, só
não os quero na minha casa, nem namorando a minha filha; e os arrastões não
tem brancos, somente os negros estão envolvidos, porque são todos
criminosos, simples assim a cor não nega. Essas são só algumas que
intensificam a veracidade e gravidade do problema.
Mas ainda há tempo para mudar as mentes das crianças, o futuro não
está perdido, enquanto houver pessoas para lutarem por igualdade e respeito,
há tempo. A oportunidade bate na porta todos os dias, a chance de fazer a
diferença e ser a real mudança no mundo acontece a todo o momento, acabe
só a sociedade se achar, nesse louco mundo e praticar o que ela defende. Está
na hora das leis serem realmente aplicadas como a lei áurea que disse que
todos os homens são livres que foi assinada em 1888, mas até hoje é não é
comprida, mesmo depois de um séculos ter se passado.
Como a que dá direito à todas as crianças terem educação, isso está
assegurando na declaração dos direitos universais e no estatuto da criança e
do adolescente independente de raça, religião, cor ou sexo. Outra lei que é
descumprida é a de n° 10.639 que torna obrigatório o ensino da história e da
cultura afro-brasileira desde 2003, nas escolas públicas de educação básica,
mesmo depois de 15 anos, ela ainda está na lista das leis que existem, porém
não funcionam. Há tempo educadores que por mas que tentem não
conseguem fazer o assunto entrar dentro do seu currículo. E como isso só
quem perde são os alunos.
As crianças não sabem da importância de algumas figuras históricas que
acabaram sendo esquecidas. Aqualtune era princesa guerreira em defensa de
seu país, acabou sendo escrava, fugiu para o quilombo dos palmares, levando
vários escravos. A figuras de maior importância entre muitas para a história,
símbolo de resistência e força de um povo que não se permitia ser
escravizados e nem mas humilhados por causa da cor da sua pele, Zumbi dos
Palomares, nasceu livre e depois se tornou escravo.
Dandora esposa de Zumbi preferiu se suicidar para não ter o mesmo
destino trágico do marido e de Teresa de Benguela rainha do Quilombo de
Quariterê, no Mato Grosso, ambos foram decapitados e tiveram as cabeças
expostas em praça pública para servirem de exemplos para outros que
ousassem tentar fazer o mesmo. O dia 25 de junho que é celebrado o dia da
mulher negra no Brasil é exatamente o mesmo dia que Teresa de Benguela foi
morta.
Está parte da história está se perdendo, para que isso não aconteça, o
professor tem de fazer o seu dever que é mostrar para as crianças como a
história é rica, valorizado a cultura e a história afro. Os negros eram e são
muito mas que a penas escravos, eles são iguais as brancos. Só que alguns, a
maioria eles tem nível de escolaridade e salários menores se comparados a
outros grupos.
São mas vezes confundidos com criminosos, também tem o nível mais
alto de homicídios, incluindo a taxa elevado de crimes não resolvidos. Paulo
Freire disse que mudar é difícil, mas não é impossível, pequenas ações podem
e mudam o futuro. Elas podem vir através do conhecimento passado de
professor para aluno e mesmo ao contrário. Por que só desta maneira é
possível evoluir e transformar.
Longfellow disse neste mundo, um homem deve ser uma bigorna ou um
martelo, os homens são mais fortes fisicamente e mentalmente, pode não ser
isso que o autor quis dizer como essa afirmação, porém ela cabe exatamente
na discussão do tema aqui abordado, mas de fato o ser humano é muito mas
forte do que se pode pensar, o homem tem o poder de se reinventar e
transformar suas ações negativas em aprendizagem mudando não só o seu eu
como também a sociedade inteira através de observações. Ele não desiste,
insisti e no fim vence, só que as vezes isso demora um pouco mas do que o
esperado. Mas assim é o brasileiro um verdadeiro lutador.

3- PALAVRAS FINAIS:
Várias pesquisas mostram como o preconceito realmente afeta todas as
áreas da vida de alguém que sofre dessa agressão, não importa por quanto
tempo ou qual o nível de intolerância ela foi submetida. O que é relevante será
a maneira como ela se ver e como se verá de agora em diante. Diversas ações
são levantadas contra a discriminação racial, só que por algum motivo não são
levadas ao ponto de fazerem uma real mudança nas vidas das meninas e
meninos e adolescentes que precisam ver isso acontecer.

No Brasil tem leis e vários projetos que lutam contra a discriminação


racial e o preconceito, além de movimentos que defendem a causa negra,
porém ainda falta mas fiscalização para que as leis sejam todas compridas,
como vista neste artigo algumas leis que tinham tudo para da certo, mas não
deram.

Tem de se observar que á vinte anos o tema discriminação racial nem se


quer era mencionado em sala de aula, os professores não sabiam como agir
diante desta situação. Os discentes e docentes entrevistados falaram de forma
aberta sobre os obstáculos na escola e dos professores e todos eles
concordaram que falta muito para o país deixar o seu pensamento escravista e
passar a ter uma visão mas democrática. Onde todos terão os seus direitos
respeitados.

Do que adianta investir milhões em educação, em programas


educacionais se também não se desenvolver normas e programas que
valorizem mas a diversidade, tanto cultural quanto religiosas, entre várias
outras. A falta de matérias que mostrem os negros em outras posições, além
das de pessoas cativas, eles foram escravizados, não eram e nem são
escravos, homem nenhum nasceu para isso, todos são livre e de iguais direitos
e deveres.
As leis existem, agora só precisam faze-las valer. Elas são uma
conquista que demorou muito tempo para acontecer e precisou de muitas lutas
e várias vidas foram pedidas para que se conseguir terem os seus direitos
respeitados. Mas a luta ainda não acabou, muitas outras viram. E o educador
tem papel importante nas batalhas contra a discriminação racial.
Essa luta já começou a séculos, mas só agora ela tem voz e seguidores
para tomar a frente e marchar na busca de um país e de um mundo melhor
para todos independente de cor, religião e cultura. Pois a estrada é longa e o
fado é bastante pesado para só alguns carregarem. O futuro a começa com
pequenas atitudes de amor, amizade e acima de tudo respeito.
4- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

 12 ANOS de escravidão. Direção: Steve McQueen. Produção: Brad


Pett, Dede Gardner intérpretes: Chiwetel Ejiofor, Michael
Fassbender,Benedict Cumberbatch roteiro: Jonh Ridley, summit
entertainment. 2013.134min.cor link: https://www.google.com/url?
sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.youtube.com/watch%3Fv
%3DVZcJA7DxyGA&ved=2ahUKEwik4veHvd7fAhWMjpAKHRW2BJUQ
twIwG3oECAIQAQ&usg=AOvVaw1hgmQeCPTY9sVxEf7XZCb3 .
acesso em: agosto de 2018

 BEZERRA, Juliana, Personalidade negras brasileiras. Tida matéria.


Conteúdos escolares.2018 . disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.to
damateria.com.br/personalidades-negras-brasileiras/amp/
&ved=2ahUKEwi3lfrsxd7fAhUGC5AKHR4UDuoQFjAAegQIAhAB&usg=
AOvVaw22mnXggHdxKEhpLo1h-YdP&ampcf=1

 Discriminação racial. Monografias do Brasil escola. 2018. Disponível


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https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.mon
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In: GOMES, R., org. Saúde do homem em debate [online]. Rio de
Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2011, pp. 129-144. ISBN 978-85-7541-364-
7. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

 Racismo. O impacto do racismo na infância. UNICEF. Brasília, 2010.


Disponível em: http//:www.unicef.org.br. acesso em: 15 de set. de
2018.

 RODRIGUES, Luciana. Herança africana um patrimônio cultural da


humanidade no Brasil. Biblioo: cultura informacional. 2017.
Disponível em: https://www.google.com/url?
sa=t&source=web&rct=j&url=http://biblioo.info/heranca-africana-um-
patrimonio-cultural-da-humanidade-no-brasil/
&ved=2ahUKEwjJxcirwN7fAhWDhZAKHdBcBesQFjAAegQIAhAB&usg
=AOvVaw2xfT5vGEWM9fMGFVvU5IcS Acesso em: agosto de 2018.

 Teste de imagem – vídeo: contra racismo. disponível em:


https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.yout
ube.com/watch%3Fv
%3DJtLaI_jcoDQ&ved=2ahUKEwjU2b2Nxd7fAhWKkZAKHb4SDhYQw
qsBMAB6BAgKEAU&usg=AOvVaw3qn8AFo9x_Kj27u4Bx-7-L. Acesso
em: agosto de 2018.

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