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MODERNISMO NO MÉXICO

Luís Barragán

Beatriz Milani
Gabrielly Capelett
Wellerson Cardoso
Um Panorama Continental
O movimento modernista é aquele que misturou as caracteristicas internacionais com aspectos da
cultura local
Essa arquitetura foi amplamente divulgada no cenário internacional, fazendo com que ocorresse o
reconhecimento dos arquitetos que criaram grandes obras em debate com arquitetos internacionais
Essa divulgação ocorreu devido dois fatores: o fortalecimento da critica das artes e da arquitetura nos
EUA provocada pelo enfraquecimento do mercado da arte na Europa, que havia sido devastada pelas
Grandes Guerras; e a vontade dos norte-americanos em se afirmarem como centro do mercado das
artes e, conseqüentemente, da critica internacional.
Em 1920, Nova York recebeu muitos artistas que saíram da Europa, fazendo com que fosse construído
o MoMA (Museu de Arte Moderna) e o Guggenheim Art Museum (1939)
MÉXICO
A construção da identidade nacional no México
remonta às profundas transformações na
organização social, política, econômica e cultural
do país consequentes da revolução social que
explode nos anos 1910.

Com a revolução foi despertada uma consciência


social que, correspondente à renovação estrutural
por excelência da própria revolução, empreendeu
intensamente o compromisso de fazer do México
uma nova nação moderna.

Quinze anos após o fim da Revolução Mexicana


em 1917, os endossos do governo para
programas federais de habitação, educação e
construção de cuidados de saúde começaram.
MÉXICO

A arquitetura moderna no México apresenta alguns


paralelos notáveis ​com a arquitetura norte-americana e
europeia, mas sua trajetória destaca várias características
únicas, que desafiaram as definições existentes da
arquitetura moderna

Durante o período pós-revolucionário, a idealização dos


indígenas e dos tradicionais simbolizou tentativas de se
chegar ao passado e recuperar o que se perdera na
corrida para a modernização.

Funcionalismo, expressionismo e outras escolas deixaram


sua marca em um grande número de trabalhos nos quais
elementos estilísticos mexicanos foram combinados com
técnicas européias e norte-americanas.
MÉXICO

Os anos 1930 marcam o êxito de uma arquitetura


extremamente radical e objetiva, o regionalismo
arquitetônico ganha acentuado impulso estatal no
governo de Cárdenas, sendo posteriormente consumado
na experiência da Cidade Universitária da Cidade do
México (UNAM) nos anos 1950.

A Cidade Universitária, sob a coordenação de Mario


Pani e de Enrique del Moral, “foi um campo de provas
inigualável para o que ia ser o exemplo mais ajustado e
evidente da arquitetura nacional mexicana”
MÉXICO

O campo da arquitetura moderna mexicana adquire


formas e complexidades próprias, disputando sua
hegemonia no âmbito nacional e alcançando projeção
internacional. A preocupação em construir a nação
moderna coincide com a tarefa primordial do Estado
revolucionário e pósrevolucionário

Podemos identificar como ponto culminante dessa


trajetória o marco do desenvolvimentismo dos anos
1950, quando é construída a Cidade Universitária e os
grandes conjuntos habitacionais, que por sua vez
sintetizam expressões que vão do radicalismo ao
regionalismo, em arquiteturas extensivamente
rememoradas pelos meios de circulação internacional.
MÉXICO

A integração das artes adquire no meio cultural


mexicano, desde o empreendimento cultural de
Vasconcelos até o modernismo arquitetônico dos anos
1950. Se o muralismo serviu extensivamente ao projeto
educativo da segunda década do século, essa
oficialização assentou uma nova tradição, a relação da
arquitetura com a arte mural, que se projetará em larga
escala no advento da Cidade Universitária e nos
multifamiliares de Mario Pani
Luis Barragán
Foi um dos arquitetos mexicanos mais importantes do século XX e o único de
sua nacionalidade a obter um Prêmio Pritzker em 1980 (segundo ano do
prêmio).

Barragán atuou com uma arquitetura única, distinta, que remete tanto a
ideologia do Movimento Modernista Europeu, como ao regionalismo tradicional
mexicano. Essa mescla concebida cria uma arquitetura singular, de beleza e
emoção, permitindo o estranhamento, a reflexão e a contemplação de todo
conjunto de obra desse “arquiteto”.
Luis Barragán
Luis Barragán nasceu em 1902, em Guadalajara, no México, e, anos mais tarde,
se formou engenheiro na mesma cidade. Após sua graduação. Em suas viagens
para a Espanha e para França, foi quando começou a ter contato com figuras
que seriam muito influentes em sua obra.

Com seus conhecimentos apurados, Luis Barragán passou a trabalhar como


arquiteto em Guadalajara, entre 1927 e 1936, e depois se mudou para a Cidade
do México, onde trabalhou e viveu até o fim de sua vida, em 1988.
Luis Barragán e o Movimento Modernista

Luis Barragán se tornou muito influenciado pelo movimento modernista


europeu após ir a algumas palestras de Le Corbusier. As casas e
edifícios criados por Barragán, após seu retorno ao México, apresentam
a típica linha leve e limpa do modernismo. Suas obras são marcadas por
ângulos e formas retas, bem como por cores vibrantes.

Luis Barragán foi um entre os diversos arquitetos que seguia fez parte
do movimento modernista ao criar seus projetos à base de linhas retas
e simples. Apesar do modernismo na arquitetura não ter uma
característica única à todos as criações desse movimento, a ideia é que
suas imagens deveriam ir em sentido contrário ao tradicional, criando
uma imagem totalmente nova ao estilo, mesmo que com inspirações
em criações antigas.
Casa Giliardi
Casa Giliardi

A Casa Gilardi foi o último projeto


do arquiteto Luis Barragán. Quando
foi solicitado por Pancho Gilardi
para fazer a casa, Barragán já
estava aposentado e negou o
pedido. Porém, ao visitar o terreno,
se encantou por uma árvore
Jacarandá.
"Não cortem esta árvore, porque a
casa crescerá ao seu redor".

https://carollobato.com/para-os-apaixonados-por-arquitetura-profissionais-do-progetta-studio-
indicam-cinco-lugares-imperdiveis-para-visitar-no-mexico/
Casa Giliardi
cores
As cores vibrantes da casa têm inspiração no
trabalho do artista e amigo de Barragán
“Chucho Reyes tinha um excelente olho para
a cor. Ele dedicou sua vida a coisas belas. Ele
não entendia as plantas baixas, mas me
ajudou com as cores. A cor dos mercados
mexicanos... a cor dos doces mexicanos... dos
doces... a beleza de um galo. Nós colocamos
as cores para a casa de Gilardi pintando
grandes pedaços de papelão em minha casa,
reposicionando-os um após o outro nas
paredes, movendo-os, brincando com eles até
decidirmos as cores exatas.”
https://z-upload.facebook.com/E55encial/photos/pcb.858840131662744/858839018329522/?
type=3&theater
Casa Giliardi funcionalidade

A casa possui dois volumes principais.


A parte da frente abriga os quartos e
garagem, e a parte de trás é a sala de
estar, cozinha e piscina.
As duas são ligadas por um corredor
que atravessa o pátio central da casa.
O lote tem uma configuração estreita e
longitudinal, e a implantação da casa
aproveitou o terreno de muro a muro.
Como é costume em casas tradicionais
mexicanas, a casa é quase
completamente fechada para o exterior
por questões de segurança. https://view.genial.ly/60735e5ba9a8540d23891a14/horizontal-infographic-review-analisis-funcional-casa-gilardi
Casa Giliardi funcionalidade

https://es.wikiarquitectura.com/edificio/casa-gilardi/
Casa Giliardi

O corredor que liga a piscina e a sala de jantar


do resto da casa é um dos pontos que mais
chama atenção na casa. Segundo o próprio
Barragán, o amarelo representa a
espiritualidade. O corredor é uma espécie de
altar da casa, que a leva para a piscina.
Pancho Giliardi, o dono da casa, deu completa
liberdade para Luís Barragán experimentar
com as cores no projeto. O amarelo das
paredes e teto é acentuado pelas janelas
verticais ritmadas que trazem ao ambiente uma
iluminação etérea.
https://stickel.com.br/atc/uploads/gi4.jpg
Casa Giliardi

A área da piscina é, de fato, o coração da casa.


Barragán criou um delicado jogo de luzes que é
a alma do ambiente.
No cômodo existe apenas uma mesa de jantar
e a piscina. A parede vermelha que corta a sala
na metade e atravessa a piscina destoa do
clima tranquilo do resto do ambiente, ficando a
margem do equilíbrio visual do ambiente mas
não ultrapassando-o.

https://stickel.com.br/atc/uploads/gi5.jpg
Capela das Capuchinhas
Capela das Capuchinhas

O projeto de reforma e ampliação do Convento


e Capela das Capuchinhas Sacramentárias tem
a assinatura de Luís Barragán. O arquiteto não
só fez o projeto de graça como financiou
algumas partes da obra.

A localização da capela passa quase


despercebida com sua fachada simples, mas
ela é considerada patrimônio mundial pela
UNESCO.

https://images.adsttc.com/media/images/50a3/69a0/b3fc/4b4e/c200/0250/slideshow/1.jpg?1375806876
Capela das Capuchinhas

Barragán era profundamente


devoto da igreja católica, e
projetou a capela colocando sua
fé em cada detalhe. Conhecido
por manipular a luz e cores em
seus projetos, a capela não foi
diferente. O uso de materiais
naturais da região e forte
influência da cultura mexicana
também caracterizam o trabalho.

https://i.pinimg.com/564x/b5/5b/58/b55b588879fd692937d3a74fe38e565e.jpg
https://www.jornada.com.mx/2017/12/27/fotos/a02n1cul-1.jpg
Capela das Capuchinhas

A planta baixa da capela é predominantemente vertical, e isso foi


necessário para o melhor aproveitamento espacial possível

Capela das Capuchinhas

Visão do pátio interno da


construção e entrada
principál para a capela.
Nota-se como Barragán
utiliza do elemento
vazado e cor amarela
como antecipação do que
há por vir na parte inteior
da capela. Em vários de
seus projetos, a cor
amarela é usada para
remeter a espiritualidade.
Capela das Capuchinhas

Detalhe do vidro que ilumina a


cruz pirncipal da capela.

Nota-se como o arquiteto ocultou a janela


da perspectiva principal de dentro da
capela, Só é possível vê-lo quando você se
aproxima da cruz
Diferente da tipologia classica de capela, a
cruz não fica no centro do altar e sim a sua
esquerda.

TORRES DE LA CIUDAD SATÉLITE

A ideia inicial era 7 torres com a mais alta medindo 200


metros de altura, porém devido a cortes no orçamento
foram realizadas 5 torres, sendo a mais alta com 50
metros e a mais baixa com 30.

As torres foram pensadas principalmente para que o


espectador visse elas na velocidade do carro, já que elas
estão entre largas rodovias. Como elas tem uma base
triangular, de longe na estrada elas parecem planos
dispostos verticalmente, e apenas ao se aproximar o
espectador consegue perceber a tridimensionalidade
delas.
Referências
https://www.archdaily.com.br/br/783505/em-foco-luis-barragan
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Barrag%C3%A1n
https://decortips.com/pt/casas/arquitetura-mexicana-colorida-e-luminosa/
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/09/album/1420827999_617401.html
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura-mexicana/

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