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História de azulejaria
O azulejo de fachada da Igreja dos Congregados e de Santo Ildefonso
Joana de Matos Raínho
2022/2023
Índice
Resumo 1
Introdução 1
Metodologia e fontes 2
Azulejo em Portugal: azulejo de fachada3
Padrões e técnicas decorativas azulejares 3
Jorge Colaço 3
1. Igreja de Santo António dos Congregados 6
1.1. Contexto histórico 6
1.2. Análise artística do azulejo 6
1.3. Leitura iconográfica e iconológica 6
2. Igreja de Santo Ildefonso 6
2.1. Contexto histórico 6
2.2. Análise artística do azulejo 6
2.3. Síntese iconográfica e iconológica 6
Exemplo de obra azulejar de Colaço: Palácio Hotel Buçaco em Luso 6
Conclusão 6
Bibliografia 6
Anexos 6
Resumo
O trabalho vai incidir na comparação de duas igrejas, a Igreja dos Congregados e
a Igreja de Santo Ildefonso, no qual o foco vai ser o azulejo na fachada e a sua
importância na sociedade a nível artístico, histórico e social. O percurso do estudo e
levantamento de fontes bibliográficas como suporte para a analise e descrição da
fachada das igrejas em estudo. O programa iconográfico e iconológico de cada igreja e
o seu contexto histórico. A vida, o papel do artista, a sua perspetiva artística noutros
edifícios e a sua influência na cidade e na produção azulejar. A evolução das fábricas de
produção de azulejo nomeadamente em Lisboa. Outras obras do autor que serviam de
marco de inspiração para os edifícios em estudo. A Estação de São Bento como grande
marco de produção azulejar e o impacto que provocou nas fábricas e na sociedade. O
Palácio de Buçaco como exemplo de um painel azulejar figurativo em grandes
superfícies. As semelhanças encontradas em ambas as igrejas e as fontes de inspiração
para o seu trabalho azulejar. A passagem do azulejo de revestimento interior para o
exterior dando destaque à rua e à cidade, como afirmação de identidade. A importância
do reconhecimento da fachada no espaço publico a nível de decoração e ornamental
com presença de temáticas religiosas e alegorias. A ligação entre a arquitetura e azulejo,
marcando a evolução da cidade e a distinção de tipologias, técnicas e padrões dos
azulejos existentes na fachada. A riqueza e a qualidade da pintura e desenho no azulejo e
os métodos e estratégias encontradas para executar na composição das fachadas dos
edifícios de modo a manter o seu equilíbrio e dinamismo. O apelo à população para a
preservação e restauro de património, sensibilizando a proteger para as gerações futuras
poderem usufruir e promover para a evolução a nível artístico e histórico.
Metodologia e fontes
O percurso começou pelo levantamento bibliográfico e fotográfico dos objetos em
estudo. No local em questão procedeu se ao registo fotográfico das várias perspetivas
focando essencialmente no azulejo predominante nas fachadas. Fui a um museu que
existia dentro da igreja onde encontrei partes do azulejo de fachada em estudo no qual
serviu para fundamentar mais o conteúdo a nível iconográfico. Alguns nomes que se
destacam são: Fausto Martins, Alexandrino Brochado e José Meco. A leitura de duas
teses, uma sobre o azulejo de fachada na freguesia de Santo Ildefonso e outra sobre o
artista das obras azulejares em estudo a nível da sua interpretação e técnicas realizadas
pelo mesmo. De recurso bibliográfico, a leitura do livro “Azulejaria Portuense” de
Fausto Martins para compreender a relação e a importância que a arte azulejar tem na
cidade do Porto, como também o estudo das igrejas azulejadas existentes no Porto e as
suas diferenças e semelhanças entre elas com o auxílio da obra de Alexandrino
Brochado, “O Porto e as suas igrejas azulejadas”. Para uma abordagem mais geral de
conhecimento azulejar em Portugal, o recurso do livro “O azulejo em Portugal” de José
Meco. Entre outras obras mencionadas na bibliografia que sustentam no estudo
profundo de cada igreja.
Jorge Colaço
Jorge Rey Colaço foi pintor, ceramista e conhecido por ser um intelectual
português. Nasceu no Consulado de Portugal na cidade de Tânger em Marrocos,
estudou arte em Lisboa, Madrid e Paris. A Fabrica de Louça de Sacavém e a Fábrica de
Cerâmica Lusitânia de Lisboa e Coimbra foram os principais locais onde o pintor
trabalhou e confecionou muitas das suas obras até ao fim dos seus dias. Destacando-se,
nomeadamente, na colaboração na Fábrica de Cerâmica Lusitânia onde trabalhou nos
painéis de ambas as igrejas em estudo, a Igreja dos Congregados (1929) e a Igreja de
Santo Ildefonso (1932). Outras obras azulejares marcantes de Colaço são: a obra na
Estação de São Bento no Porto (1903), a obra que se encontra no Palácio Hotel do
Buçaco em Luso (1907), como também as obras das estações ferroviárias de Beja e
Évora. Na sua pintura é visível que o desenho prevalece de acordo com a pincelada,
demonstrando qualidade na sua expressão artística. O artista consegue aliar o azulejo à
arquitetura criando um conjunto capaz de representar as suas composições sem abdicar
do tipo de material ou suporte utilizado. É capaz de partir do seu conhecimento e
técnicas aprendidas para aplicar com originalidade.
A igreja de Santo Ildefonso pode estar na origem de uma ermida dedicada a Santo
Alifon e da Confraria do Senhor Jesus, do início do século XVI, em que apoia o culto
do Santíssimo Sacramento. Em 1724, o Santíssimo Sacramento foi transferido para a
Capela de Nossa Senhora da Batalha, de modo a reconstruir se o edifício religioso e as
obras duraram até 18 de julho de 1739, cuja data da atual igreja e entrada do Santíssimo
Sacramento. Ao longo de mais um século, foi necessário haver uma ampliação, criando
espaços e sendo financiada pela Confraria do Santíssimo Sacramento. A sua arquitetura
é da época barroca, sendo de carater original. A fachada manteve o seu esquema
arquitetónico barroco português em harmonia com o granito conjugado com os
entrepanos caiados de branco. O revestimento pensado para a fachada e as torres da
mesma foram 11.000 azulejos.
Jorge colaço realizou a sua obra no Palácio Hotel Buçaco em meados de 1904 e de
1906, tendo sido produzida na Fábrica de Sacavém. A galeria do palacete é coberta por
um teto apainelado sobre friso de azulejos com policromia e o muro é revestido por
painéis de azulejos figurativos de temas históricos. No interior junto à escada tem uma
parede revestida com painéis de azulejos figurativos azuis e brancos também de
temática histórica. Por exemplo painéis figurativos com a representação de episódios de
“Os Lusíadas” de Gil Vicente ou no interior do vestíbulo painéis em monocromia de
azul em fundo branco com cercadura de friso azul escuro com motivos ornamentais e
vegetalistas de tons dourados.
Conclusão
Em suma, as igrejas em estudo são bastante semelhantes pelo facto de ter sido o
mesmo artista, Jorge Colaço que interveio e deu um novo dinamismo às suas fachadas.
A presença do azulejo azul com fundo branco, inspirado num dos seus primeiros
trabalhos, o revestimento azulejar da Estação de São Bento que foi o sucesso para a
evolução da produção azulejar. O recurso à cercadura como elemento para delimitar e
dar destaque às cenas apresentadas com singularidade cromática e tons de amarelo para
apelar ao observador. A própria localização de ambas as igrejas se situarem em Santo
Ildefonso. Jorge Colaço nas duas igrejas teve o desafio de trabalhar em faixas muito
estreitas da fachada e estava mais habituado a executar painéis de grande superfícies,
como o caso do Palácio de Buçaco ou mesmo a Estação de São Bento com temas
históricos. O desafio de representar temas religiosos e alegorias à eucaristia, sendo
obrigado a estudar e a ter conhecimento das obras religiosas de cada santo de cada
igreja.
Bibliografia levantada
Bibliografia consultada
Webgrafia: SIPA
Fotografias
Esperança/fé
Portal da igreja
Obras em exposição no museu dentro da Igreja de Santo Ildefonso
Amostra de azulejos com representações alusivas a Santo Ildefonso
Amostra de azulejos com representações alusivas a Santo Ildefonso
Amostra de azulejos com representações alusivas a Santo Ildefonso
Amostra de azulejos com representações alusivas a Santo Ildefonso
Exposição de amostras de azulejos da fachada da Igreja de Santo Ildefonso
Anexos