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140 Anos

dos irmãos no Brasil


Jabesmar A. Guimarães

É com imensa alegria e, com sen- batizar, celebrar a ceia do Senhor etc.,
timento de profunda gratidão a Deus, mantendo, desse modo, a equivocada
que lançamos a Bíblia comemorativa distinção entre clero e leigos, ordenados
com Hinos e Cânticos em virtude do e não ordenados.
aniversário de 140 anos do início do Já estava no início do século XIX e,
trabalho dos irmãos no Brasil. Como no Reino Unido, a Igreja da Inglaterra,
herdeiros do que nomeio Reforma Ecle- bem como as igrejas dissidentes man-
siástica, que sucedeu a Reforma Pro- tinham algumas tradições da Reforma,
testante, expressamos nossa adoração mas caíram em um formalismo frio e en-
a Deus por nos dar o privilégio de vi- gessado. Os sermões eram lidos do púl-
venciar essa data histórica. pito, e eram formais, frios e sem vida.
Os acontecimentos que desen- Foram surgindo práticas estranhas às
cadearam o início do que viria a ser Escrituras, sendo uma delas, por exem-
chamado de “Movimento dos Irmãos plo, o aluguel de bancos do salão de
Unidos” deram-se de forma despreten- cultos para as famílias mais abastadas,
siosa por volta de 1825 na cidade de Du- com o propósito de angariar recursos
blin (Irlanda). A cristandade havia sido para o salário dos “sacerdotes”.
presenteada com o resgate de doutrinas Foi nesse contexto de apatia e for-
fundamentais da Fé cristã proporciona- malismo religioso que alguns cristãos
do pela Reforma Protestante. Sem dúvi- das várias denominações (sendo que
das, os reformadores foram verdadeiros boa parte deles pertenciam à alta socie-
heróis que ariscaram suas vidas para fir- dade britânica), começaram a reunir-se
mar as verdades que haviam descoberto em suas casas para o livre estudo das
nas Escrituras, contudo, esses não se Escrituras redescobrindo Suas verdades.
ocuparam em promover, de forma mais Uma dessas verdades redescobertas
profunda, uma reforma na eclesiologia e foi a de que não há nenhuma distin-
mantiveram, em grande parte, a mesma ção entre os salvos, bem como não há
estrutura da Igreja Católica e, em gran- nenhuma necessidade de um sacerdote
de medida, o clericalismo. ordenado por homens, uma vez que to-
Nas igrejas reformadas foi eliminada dos os crentes são sacerdotes. Dentre os
a figura do Papa, porém, em nível hie- vários desdobramentos desse princípio,
rárquico, no lugar dos padres ficaram chegaram à conclusão de que todos os
os pastores, aos quais foram atribuídos cristãos podem reunir-se livremente, em
certos poderes e funções que somente nome do Senhor Jesus, para o estudo da
eles podiam exercer, tais como: pregar, Palavra, para a oração e para “partir o
2 140 Anos dos irmãos no Brasil
pão”, sem a necessidade de um pastor anos - Lord Congleton), Edward Cronin
ordenado para presidir a reunião e aben- (médico), George Müller (27 anos - fun-
çoar os elementos. dador dos orfanatos), Francis Hutchin-
No início, eles encontravam-se ape- son (27 anos), William Stokes (20 anos),
nas para o estudo das Sagradas Escritu- Hudson Taylor etc.4
ras e para a oração, mas permaneciam em Groves escreveu: “Não tenho dú-
suas respectivas denominações. “Nessa vidas que está em conformidade com
ocasião, “cristãos dissidentes” (batistas, a vontade de Deus nos reunirmos em
metodistas etc.) tornaram-se amarga- simplicidade, como os discípulos, não
mente divididos. Eles atacavam os cató- almejando nenhum púlpito ou cargo,
licos romanos, anglicanos e dirigiam sua mas certos de que o Senhor nos edifi-
mais cáustica linguagem uns aos outros.1 cará juntos, como lhe aprouver e usará
Nesta desesperada e oportuna situa- um de entre nós.”5 Ele afirmava: “Ser sua
ção apareceram os “Irmãos.”2 “Eles sig- compreensão, do estudo das Escrituras,
nificativamente alteraram não somente que crentes, reunindo-se como discípu-
suas próprias igrejas, mas também cau- los de Cristo, estão livres para partir o
saram impacto profundo em grupos de pão juntos; e, em qualquer dia, como os
cristãos por toda parte.”3 Nesse contex- apóstolos fizeram, relembrarem a morte
to e época, houve a necessidade do des- do Senhor obedecendo ao seu manda-
ligamento do “Movimento dos Irmãos” do.”6 O pensamento de Groves norteou
dos demais círculos eclesiásticos para aquele que viria a ser mundialmente co-
dar início a sua autonomia. Foi Antony nhecido como Movimento dos Irmãos.
Norris Groves quem, por assim dizer, No primeiro periódico dos irmãos se lê:
deu o “pontapé” inicial para a criação “A Igreja não consiste em ritos ou ceri-
deste importante movimento que, em mônias, mas onde dois ou três se reu-
pouco tempo, se espalhou pelos países nirem no nome do Senhor Jesus, ali Ele
da Europa e de outros continentes, in- está no meio deles, ali é um refúgio para
cluindo o Brasil. o mais fraco do seu povo.”7
Colaboraram para o início do movi- Quanto a oposição da maioria da cris-
mento dos irmãos homens como: An- tandade a pregação de leigos sem uma
thony Norris Groves (30 anos - dentista), ordenação Darby escreveu: “A questão
John Nelson Darby (26 anos - advogado), não é se todos os “leigos” estão individual-
B. W. Newton (25 anos), Robert C. Cha- mente qualificados; mas se como leigos
pman (29 anos), Henri Craik (27 anos estão desqualificados se não tiverem sido
- erudito), John Gifford Bellet (30 anos ordenados...,” 8 “O que afirmo é que eles
- advogado), John Versey Parnell (25 têm o direito; pois assim se fazia nas Es-
1 Conard, Willian W. Family Matters (em Português: O Movimento dos Irmãos, publicado por Jabesmar A. Guimarães), p 14
2 “Irmãos” é o termo usado da mesma forma por Groves, Darby, Wigram, Chapman e outros; não se refere a uma denominação, mas a igrejas
que mantêm comunhão espiritual baseada em valores bíblicos comuns.
3 Conard, Willian W. Family Matters (Em Português: O Movimento dos Irmãos, publicado por Jabesmar A. Guimarães), p 14
4 Devido a dificuldades de obtenção de dados, nem sempre foi possível dar os mesmos detalhes sobre todas as pessoas citadas nesse parágrafo.
5 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, p. 25
6 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, p. 18
7 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, pp. 38, 39
8 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 91
3
crituras e a sua atividade é justificada ali plo pode ser visto na seguinte passagem
e Deus os abençoou. ...supondo, é claro, da vida de Robert Chapman: “A um ir-
que realmente estejam qualificados por mão que o visitou e que o aconselhou
Deus; pois a questão não é de “compe- a estabelecer a regra restrita que só era
tência para agir”, mas de “direito a agir permitido participar da Ceia do Senhor
se for competente”. Não é que qualquer quem houvesse sido batizado por imer-
homem tenha o direito de falar, mas que são, Chapman respondeu que “de forma
ninguém era impedido por ser leigo. Se alguma forçaria a consciência de seus
os homens não tivessem o dom de pre- irmãos e irmãs, e que continuaria seu
gar, é claro que deveriam ficar calados.”9 trabalho instruindo-os pacientemen-
“A primeira pregação do evange- te segundo a Palavra”. Chapman era
lho que o Senhor abençoou..., foi feita imersionista, mas não batizava em poço
por leigos; ou melhor, a igreja primitiva ou batistério, só realizava batismos em
não conhecia tal diferença. Não havia rios. Há outros exemplos, mas creio que
entrado em suas mentes que aque- esse seja suficiente para entendermos
les que conheciam a glória de Cristo o motivo de existirem, no Brasil, igrejas
não pudessem falar dela onde e como dos “irmãos” que adotam duas práticas
Deus os capacitasse. Ali todos os cris- diferentes de batizar os convertidos.
tãos pregavam – “iam por toda a parte Mc Nair foi o missionário pioneiro
anunciando a palavra” (At 8.4).10 Rogo a que plantou muitas igrejas no Brasil e
qualquer pessoa que apresente alguma batizava derramando água na cabeça
passagem das Escrituras que, de manei- (prática trazida por ele do Reino Unido),
ra expressa ou em princípio, proíba os consequentemente, as primeiras igrejas
“leigos” de pregar ou que exija uma orde- adotavam essa forma. Depois, chega-
nação episcopal ou outra ordenação se- ram outros missionários de convicção
melhante para esse propósito...11 Insistir diferente (também trazida do Reino
em uma cerimônia pela qual alguém te- Unido) que plantaram várias igrejas as
nha de passar antes de ser ministro de quais adotam a imersão. É possível as-
Cristo é o grande erro da cristandade.”12 sim entender o motivo de termos essa
Mais tarde C. H. Mackintosh escreveu: divergência em alguns estados do Brasil.
“Derrubemos a ordenação e o clero se Em Portugal, preguei em uma igreja dos
converte em homens como os demais.”13 irmãos na qual foram batizadas duas ir-
Tendo vindo das várias denomina- mãs com o derramamento de água nas
ções do Reino Unido, os “Irmãos” eram suas cabeças. Já tive o privilégio de pre-
tolerantes com algumas práticas “herda- senciar pessoas sendo batizadas dessas
das” delas, desde que, é claro, não fos- duas formas, mas em todas elas algo
sem práticas claramente antibíblicas. fundamental aconteceu: as pessoas fo-
Assim havia alguma flexibilidade quanto ram batizadas em nome do Pai, do Filho
a horários, forma de culto etc. Um exem- e do Espírito Santo.
9 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 92
10 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 93
11 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 94
12 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 95
13 Miller, Andrew. “Os Irmãos” (Como são chamados), p. 94
O movimento dos irmãos
no Brasil
O início de nossa história no Brasil Fluminense e transmitia aos mesmos
tem relação com dois servos de Deus: o seu novo entendimento alinhado às
o Sr. Richard Holden e o médico mis- convicções dos irmãos. Isso os influen-
sionário escocês, o Dr. Robert Reid ciou e, entre o final de junho e início
Kalley. Kalley foi o missionário pioneiro de julho de 1878, cerca de seis irmãos
do protestantismo de missão no terri- deixaram a Igreja Evangélica Fluminense
tório brasileiro. Chegou aqui em 1855, e passaram a reunir-se nos moldes dos
juntamente com sua esposa Sara Poul- Irmãos na casa de João Antônio de Me-
ton Kalley. Começou a evangelizar na nezes. São eles: Daniel Faria, João Faria,
cidade do Rio de Janeiro e, em julho de João Milan, Antônio Milan, João Quin-
1858, fundou a Igreja Evangélica, que tino e J.F. Barbosa. Quanto ao Sr. Hol-
em 1863 passou a denominar-se Igreja den, consta que, posteriormente, ele foi
Evangélica Fluminense. para Portugal onde, em 1877, inaugurou
Em 1865, Robert Kalley convidou a primeira casa de oração na Travessa
para ser seu co-pastor o Sr. Richard da Fábrica das Sedas em Lisboa. Assim,
Holden, que atuava no Brasil como a primeira reunião de um grupo dos Ir-
representante da Sociedade Bíblica mãos no Brasil se deu, provavelmente,
Britânica. Por muito tempo Holden co- no domingo de 7 de julho de 1878.
laborou com o pastoreio da Igreja Evan- De início reuniram-se em um grupo
gélica Fluminense (local onde era muito de 6 (seis) e, logo depois, chegaram a
querido), contudo, após o contato com reunir-se em um grupo de 26 (vinte e
John Nelson Darby e outros expoentes seis). Houve certa dose de exagero e
do Movimento dos Irmãos, aos poucos provocação por parte dos que se des-
foi assimilando aqueles princípios sur- ligaram da Igreja Fluminense, mas de-
gidos no Reino Unido. Tempos depois, pois esses reconheceram o erro e a paz
as diferenças com o Dr. Kalley foram se voltou a reinar entre os dois grupos. A
intensificando e levaram Holden a de- este respeito o Dr. João Gomes da Ro-
cidir desligar-se do pastorado da Igreja cha escreveu: “Cremos que deixaram
Fluminense, pois queria passar a viver de ser exclusivistas e fazem parte da
segundo o seu novo entendimento. família de Cristo e das Igrejas de Deus
Em julho de 1871, o Sr. Richard Hol- que existem no Brasil e em Portugal
den embarcou para a Inglaterra sem a e em todo o mundo (1 Ts 2.14). Esta
certeza de que voltaria ao Brasil. Poste- passou a ser a conduta dos Irmãos
riormente, em uma carta enviada ao Dr. no Brasil: tolerância, compreensão e
Kalley, datada de dezembro de 1871, o um relacionamento fraternal com os
Sr. Holden informou que não retornaria outros grupos evangélicos.”14 Este foi
ao seu ministério na Igreja Fluminense. o ideal dos que, pelas suas convic-
Holden continuou a corresponder-se ções, terminaram desencadeando o
com os amigos da Igreja Evangélica movimento dos “irmãos”. Como disse
14 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, p. 108
O movimento dos irmãos no Brasil 5
Groves: “Eu entendo que devemos ter foram abertas duas localidades, sendo
participação com a assembleia em que elas: Santa Rita e Pessegueiros.
há o doce sabor de Cristo, onde nossas O irmão José Ferreira da Silva Bar-
almas são edificadas, onde o Senhor bosa que se uniu ao grupo dos Irmãos
está presente com aqueles que mi- em 5 de setembro de 1879 fundou as
nistram, e com aqueles que ouvem. O igrejas de Vera Cruz, Fazenda Maravi-
ideal dos pioneiros do “movimento” era lha, Fazenda do Carvão, Pedras Ruivas,
olhar a Igreja acima das divisões e de- Quissamã, Boa Vista, Sertão dos Coen-
nominações criadas pelo homem. Mais tros, Batatal, Arcozelo etc., e batizou
tarde é que alguns passaram a fazer mais de 800 pessoas.
restrições, a serem sectários, a serem O registro que temos do primeiro
exclusivistas.”15 A igreja local que se trabalho em São Paulo relata ter sido
reúne à Rua São Carlos, 104, Estácio, iniciado por Guilherme Douglin, um
na cidade do Rio de Janeiro, que é a crente vindo de Barbados. Quando o
continuidade daquele primeiro grupo, missionário Stuart Edmund Mc Nair
nunca deixou de existir e está comple- chegou ao Brasil, em 1896, Douglin já se
tando 140 anos. reunia com os irmãos do Rio de Janei-
Em 10 de julho de 1879, um ano ro, mas, posteriormente mudou-se para
após a formação da primeira igreja local Piracicaba no estado de São Paulo. Mc
dos irmãos, o Sr. Richard Holden voltou Nair conta que ele e os irmãos Guilher-
ao Rio de Janeiro para visitá-los. Perma- me Douglin e Antônio Martins (um lute-
neceu com eles por quatro meses e par- rano suíço) começaram o trabalho em
tiu para Lisboa em 18 de novembro do Piracicaba e, daquelas reuniões, nasceu
mesmo ano para nunca mais retornar a primeira igreja dos Irmãos naquela ci-
ao solo brasileiro. O grupo de irmãos dade em 1900, mas a Casa de Oração
permaneceu firme e passou a evangeli- foi oficialmente fundada em 1931.
zar. Eles reuniram em vários lugares até Consta nos registros que o irmão Mc
se estabelecerem definitivamente na Nair acompanhou o irmão Guilherme
Rua São Carlos, em um imóvel compra- Douglin na sua mudança para Piraci-
do e adaptado para as reuniões, o qual caba, voltando lá outras vezes, quan-
ainda é utilizado até a presente data. do juntamente com os irmãos Antônio
O ardor evangelístico daqueles pio- Martins e Guilherme Douglin, cooperava
neiros, aprendido com o irmão Kalley, na evangelização de cidades da região,
os levou a abrir assembleias na região iniciando uma igreja local em Santa
serrana do Rio de Janeiro tais como Bárbara.
Paracambi, Mendes, Paty do Alferes, Falta espaço para darmos maiores
Vassouras, subindo também para Pe- detalhes a respeito do avanço do tra-
trópolis, Teresópolis e São José do Rio balho dos irmãos naqueles primeiros
Preto. Continuaram nas circunvizi- anos, por isso o faremos resumidamen-
nhanças de Paty do Alferes: Sertão dos te. No início do século XX já existia uma
Coentros, Rio Pardo, Vera Cruz, Ma- assembleia dos Irmãos em Carangola
ravilha, Arcozelo etc. Em Teresópolis, (MG). Em 1901, as famílias de José Belo
15 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, p. 119
6 140 Anos dos irmãos no Brasil
e D. Maria e a família da viúva Ade- Pedro J. F. Rezende, convertido em
laide Tavares Belo, com os respectivos Carangola, dedicou toda a sua vida cris-
filhos, mudaram-se para o município tã ao trabalho de evangelização e visi-
de Carangola. Pelo testemunho dessas tação às igrejas da zona de Carangola e
famílias muitos se converteram, inclu- Rio Doce. Esse sentiu o desejo de levar
sive vários fazendeiros. Dessa forma, o Evangelho à sua terra de nascença, o
o trabalho estendeu-se para o Arraial Campo de Minas, e ali teve abundante
de Maranhão, Furriel, Conceição do êxito estendendo o trabalho dos Irmãos
Carangola, Varginha, Papagaio, Ponte para a zona de Conselheiro Lafaiete,
Alta, Alvorada etc. Essas congregações Cristiano Ottoni etc.
recebiam as visitas dos irmãos do Rio de “Partindo de Carangola, os Irmãos,
Janeiro, dentre os quais: João Quintino, durante as três primeiras décadas do
Daniel Faria, Augusto Pinho, Mc Nair, século XX, foram se mudando e esten-
George Howes e outros. dendo seu trabalho para Vitória (ES),
Em 1909, as famílias Belo e outros Norte do Espírito Santo, Governador
crentes da região de Carangola foram Valadares, Belo Horizonte, alcançando
se mudando para os arredores de Mu- também os arredores de São Paulo e
tum, Aimorés e Baixo Guandu, indo pos- o Norte do Paraná, formando novas
teriormente para o lado norte do Rio igrejas nessas regiões. Também foram
Doce. Cada residência era um ponto de formadas igrejas no Mato Grosso e
pregação do evangelho e assim foram Rondônia.” 17
se formando novas igrejas. Em 1969, ao Atualmente há igrejas do contexto
lembrar-se daquela época o irmão Juve- dos irmãos em quase todos os estados
nal Belo disse: “É maravilhoso pensar brasileiros, excetuando-se Sergipe, Ala-
nas dificuldades e grandes sacrifícios goas, Maranhão e Roraima, sendo que
daqueles tempos. Quem poderá analisar a maioria absoluta delas está na Região
a grande transformação para o que se Sudeste. Uma das características do
vê hoje? Aquele que começou essa gran- trabalho dos Irmãos no Brasil é que a
de obra abençoada em Carangola em maioria dos locais de culto é denomina-
mil novecentos e um (1901), pelos seus do Casa de Oração da Igreja Cristã ou
servos, é quem tem abençoado e a feito da Igreja Cristã Evangélica, portanto, o
prosperar, a confirmará e a aperfeiçoa- termo “casa de oração” remete apenas
rá. Toda a Glória seja dada a Deus por ao local das reuniões e não ao nome da
Seu Filho Jesus Cristo. Amém!”16 igreja.

16 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, pp. 132, 133


17 Informações retiradas de Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, p. 146
O primeiro missionário estrangeiro
dos irmãos no Brasil
Era maio de 1896, quase 18 anos com meio século de serviço evangélico
após o início do trabalho dos Irmãos no Brasil e em Portugal, escreveu:
no Brasil, quando o Sr. Stuart Edmund 1) O método “cada crente um obreiro”
Mc Nair (1867-1959) pisou pela primei- é a melhor maneira de espalhar o
ra vez em solo brasileiro. Mc Nair conta evangelho e promover a vida espi-
que, por volta de 1888, em Dublin, teve ritual dos crentes.
a oportunidade de conhecer o grande 2) O progresso e aumento de um tra-
ensinador bíblico C. H. Mackintosh. balho não precisa depender de aju-
Disse que, devido ao seu amor frater- da financeira do exterior.
nal, este irmão era notável. Em uma 3) Não é suficiente evitar o nome de
de suas visitas a Mackintosh, Mc Nair sectário, mas havemos de fugir do es-
comentou ter a impressão de que Deus pírito sectário também. Nosso amor
o chamava para servi-lo na América do fraternal deve abraçar todos os cren-
Sul. Ali mesmo, na saída de casa, Mac- tes na nossa localidade, tanto os que
kintosh pôs as mãos sobre a cabeça do têm como os que não têm nome par-
jovem Mc Nair e impetrou a bênção de tidário; pois o inimigo há de procurar
Deus sobre seu futuro na América do semear o sectarismo mesmo no meio
Sul. Mc Nair foi um incansável evange- daqueles que pregam contra ele. La-
lista e viajou muito a cavalo para pre- mento ter visto alguns lugares onde
gar o evangelho. Percorria regiões do outrora recebiam todo crente de vida
estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, irrepreensível, um novo espírito sec-
Espírito Santo, chegando a pregar em tário que quer recusar a comunhão
Recife. Mc Nair fundou várias igrejas fraternal àqueles que não concor-
e, dentre elas, podemos citar a de São dam com um parecer particular sobre
Domingos, município de Brejetuba (ES) certas doutrinas sem importância
iniciada em 1901. fundamental, ou que não tenha sido
Nos lugares em que residia, Mc Nair rebatizado depois de crente. Creio
organizava escolas bíblicas para a ins- que a propaganda do batismo, que
trução de moços crentes. Com o intui- tanto tem dividido a Igreja de Deus,
to de melhor prepará-los, dava cursos deve ser deixada a compreensão in-
que duravam pequenos períodos, indo dividual, visto que a Escritura nunca
de um (01) a cinco (05) meses. Quan- liga o batismo com a igreja.
do a idade não mais permitia viagens 4) Nossos irmãos que estão no deno-
exaustivas, em 1933, mudou-se para minacionalismo nos são tão neces-
Teresópolis (RJ), lugar onde montou sários e podem ser tão queridos
uma editora à qual dedicava todo o como qualquer outro; visto que a
seu tempo. Ali foram impressos vários coisa mais importante em cada cren-
livros os quais estão listados no final te não é a sua atitude eclesiástica,
dessa seção. mas “a medida da sua fé” - à medida
Próximo do fim da sua vida, Mc que ele enxerga o invisível (Rm 12.3;
Nair, para expressar o que aprendera Hb 11.27).
8 140 Anos dos irmãos no Brasil
O segredo de viver em harmonia do-se assim a medida da pessoa
com todos encontrei-o em Fp 4.8: pela cabeça. Porém acho mais acen-
“... se há alguma virtude e se há al- tuado apreciá-la “conforme a medi-
gum louvor, nisso pensai”. O segre- da da fé que Deus repartiu a cada
do é procurar ver em cada um, tudo um” (Rm 12.3). Não me interessa
que haja do verdadeiro, do hones- tanto saber se fulano é instruído
to, do puro e do amável, evitando ou ignorante, se ele é ortodoxo ou
ao máximo uma preocupação com heterodoxo, se ele entende de ba-
o que seja menos louvável. tismo, mas procuro saber em que
5) Também me foi de muito proveito 1 medida as coisas invisíveis da vida
Ts 5.18: “Em tudo dai graças”. Esta cristã são para ele atualidades que
exortação, sendo obedecida cons- dão cor e caráter à sua vida.
tantemente, torna-se um hábito e Do coronel Jacob, que foi meu ami-
abençoa a vida. go, protetor, exemplo, enfim, tudo que
6) Tenho visto ser muito frequente um pai pode ser, ouvi: “Convém acom-
pensar nos outros crentes segundo panhar tudo que seja de Cristo em qual-
a inteligência de cada um, tornan- quer um, e nada que não seja de Cristo”.

Cronologia do movimento
dos irmãos no Brasil
nos primeiros anos
Julho de 1878 – Primeira reunião de um grupo dos Irmãos.
Julho de 1879 – Richard Holden volta ao Rio para visitar a congregação
dos Irmãos.
1881 – F. S. Arnot viaja para a África.
Janeiro de 1886 – Aos 58 anos falece, em Lisboa, Richard Holden.
1896 – Chegada do missionário Stuart Edmund Mc Nair, no mês
de maio, dezoito anos após o surgimento do primeiro grupo
dos Irmãos no Brasil.
1898 – Chegada do missionário George Howes.
1901 – Início do trabalho dos Irmãos na região de Carangola (MG).
1907 – Mc Nair vai para a Inglaterra e depois vai para Portugal
evangelizar os estudantes em Coimbra.
1913 – Mc Nair volta para o Brasil e vai residir em Carangola (MG).
1914 – Inaugurada em Conceição de Carangola (MG) a primeira
Casa de Oração construída especificamente para local
de reunião dos irmãos.
Cronologia do movimento dos irmãos no Brasil 9
1923 – Em 16 de Dezembro a assembleia dos Irmãos no Rio
de Janeiro reúne-se pela primeira vez à Rua São Carlos,
36 (hoje 104).
1924 – Publicação das primeiras revistas com lições para a escola
dominical.
1927 – Impresso o Boletim Evangélico (órgão de ensino e notícias
dos trabalhos dos Irmãos no Brasil).
1933 – Fundada por Mc Nair a Casa Editora Evangélica localizada
em Teresópolis (RJ).

Na Casa Editora Evangélica foram Empregado Crente (folheto), Palestras


impressos: A Bíblia Explicada, A vida com os Meninos, Pequeno Dicionário
Cristã, Álbum de Reminiscências, Mais Bíblico, Para a nossa Consolação (de
Reminiscências, Aula Noturna Cristã, Carlota Mc Nair), além de folhetos e
Biblioteca Evangélica, Cartas Ocasio- tratados da série SWM (Sociedade
nais, Catecismo Rimado, Como Ensinar Para a Distribuição das Escrituras) de
Obediência às Crianças, Consultório Londres. Em Inglês: A Christian An-
Espiritual, Leni e seus Filhos, O Bole- thology, The Browns in Brazil e Round
tim Evangélico, O Cristão em Casa, O South America on The Kings Business.

Alguns distintivos históricos


das Igrejas dos irmãos
ao longo dos anos são:
• Igrejas locais autônomas;
• Liderança masculina composta por presbíteros;
• Ministério da palavra aberto aos membros com capacidade para tal;
• Não divisão dos crentes entre Clero e Leigos;
• Celebração da ceia do Senhor todos os domingos;
• Celebração da ceia sem a necessidade de um “sacerdote” para abençoar os
emblemas;
• Uso de cobertura (véu) pelas irmãs nas reuniões da igreja local;
• Crença na plena e total inspiração divina da Bíblia;
• Crença no sacerdócio universal de todos os salvos (cada um atuando den-
tro do seu dom espiritual);
• Linha escatológica Dispensacionalista;
• Linha doutrinária não pentecostal;
• Crença na volta iminente de Cristo para arrebatar a Sua igreja;
• Expansão através da abertura de pontos de pregação e congregações.
10 140 Anos dos irmãos no Brasil
“O Historiador F. Roy Coad refere-se a quatro liberdades dos Irmãos Abertos.
Elas merecem nossa reflexão e consideração:
• A liberdade da Palavra de Deus em meu pensamento.
• A liberdade do Cristo Senhor em meu viver.
• A liberdade do Espírito Santo na minha adoração e serviço.
• A liberdade de todo Corpo de Cristo em minha comunhão.”18

Conclusão
Passados 140 anos, temos cerca para levar adiante a tocha do Evange-
de 700 igrejas dos Irmãos Abertos no lho de Cristo. Oxalá o Senhor inflame
Brasil. Olhando para o avivamento que os nossos corações com a mesma cha-
produziu a rápida expansão do nosso ma com a qual inflamou os crentes dos
trabalho no Brasil nos primeiros anos, primeiros anos no Brasil e assim, impul-
devemos rogar ao Senhor que traga so- sionados pelo Seu Espírito, possamos
bre o nosso movimento um reavivamen- ser instrumentos da expansão do Seu
to que desperte cada crente a dispor-se trabalho na nossa pátria e além dela.

Bibliografia
As Igrejas no Mundo: Um estudo das Confissões Cristãs. Hermelink, Jan.
Editora Sinodal. São Leopoldo - RS, 1981.
Opções Contemporâneas na Escatologia. Erickson, Millard J.
Traduzido por Gordon Chown. Edições Vida Nova. São Paulo, 1982.
Enciclopédia Britânica. 23 vols. Editada por John V. Dodge.
Willian Benton Publisher. Chicago, 1964.
Enciclopédia Histórico Teológica. 3 vols. Editada por Walter A. Elwell.
Traduzida por Gordon Chown. Edições Vida Nova. São Paulo, junho de 1988.
Jornada no Império: Vida e Obra do Dr. Kalley no Brasil. Editora Fiel.
São José dos Campos - SP, 2006
Os Irmãos. Silas G. Filgueiras, Publicação própria, 1991.
“Os Irmãos” (Como são chamados). Andrew Miller.
Depósito de Literatura Cristã. Diadema - SP, 2005.
O Movimento dos Irmãos (Family Matters). Willian W. Conard,
publicado por Jabesmar A. Guimarães, 2004.
Álbum de Reminiscências. Por S. E. Mc Nair, 1953.
Mais Reminiscências. Por S. E. Mc Nair, 1954.
O Colosso - Português

18 Conard, Willian W. Family Matters (Em Português: O Movimento dos Irmãos, publicado por Jabesmar A. Guimarães), p 101
Missionários estrangeiros
que vieram trabalhar no Brasil

É impossível listar todos os que, se- do, houve homens e mulheres que, aten-
gundo os propósitos de Deus, fizeram dendo ao chamado do Senhor, deixaram
parte da nossa história no Brasil ao suas pátrias, suas igrejas, seus empre-
longo desses 140 anos, tanto brasilei- gos, suas famílias e seus amigos para O
ros, quanto estrangeiros. É incontável servirem na nossa pátria.
o número de servos e servas do Senhor A escassez de registros históricos
que se dedicaram com afinco para que dificulta muito a coleta de dados com
essa obra fosse levada adiante. Aque- exatidão. Na lista abaixo, aparecem os
les homens e mulheres nos legaram um nomes dos que conseguimos localizar
tesouro espiritual incomensurável. Na nos registros históricos, mas é possível
verdade, houve homens, como o irmão e provável que existam outros. Ao men-
Edward Percy Ellis, que muito contri- cioná-los não queremos passar a ideia
buíram com o evangelho no Brasil, mas de que sejam melhores que os outros
que vieram ao país como profissionais. cristãos, mas registrar o nosso reconhe-
Sobre o irmão E.P. Ellis lemos: “O Sr. El- cimento por terem deixado seus países,
lis foi usado nas mãos de Deus como suas famílias, seus amigos etc., para
importante instrumento para o progres- cooperar com a obra de Deus no Bra-
so espiritual do grupo. O seu ensino e sil. Por duas vezes o apóstolo Paulo nos
prática da Palavra levava os crentes a exorta a honrar e reconhecer o esfor-
ocuparem-se com a Pessoa do Senhor ço de alguns irmãos (Cf. Fp 2.29; 1 Co
Jesus e a ter uma visão de um Cristo 16.18), portanto é esse o nosso intuito.
vivo... Profundamente devotado ao Caso alguém tenha ficado fora des-
Senhor Jesus, muito ajudou os crentes a sa lista humana e falível, o que importa
conhecer e experimentar em suas vidas sobretudo é que no céu há uma lista
as maravilhas do amor de Cristo. Por na qual estão listados todos aqueles
iniciativa do Sr. E.P. Ellis organizou-se cuja motivação foi realmente servir ao
a Escola Dominical, os trabalhos com Senhor e, no final de contas, é essa a
a mocidade, e a publicação das “Lições que verdadeiramente importa. Segue o
para a Escola Dominical”, que tão gran- nosso reconhecimento aos missioná-
de auxílio tem sido para a instrução dos rios estrangeiros, alguns do quais ain-
crentes durante tantos anos.”19 Contu- da estão entre nós.

1. Albert Clayton - 1968 (UK)


2. Albert Graves - Ann Graves - 1965 (USA)
3. Albert Henry Storrie - Doris Storrie - 1923 (UK)
4. Alexander Simpson - Janet (Nettie) Simpson - 1938 (UK)
5. Alfred Louis Eglington - Ivy Mary Eglinton (UK)
6. Allan Charnley Bull - Maria do Carmo Bull - 1934 (NZL e BR)
19 Filgueiras, Silas G. Os Irmãos, pp. 124, 125
12 140 Anos dos irmãos no Brasil
7. Allan Smith - Maud Martin (UK)
8. Andrew David Renshaw - Allison Joy Renshaw - 1992 (UK)
9. Andrew Gillespie - 1988
10. Anni Elizabeth Kaser - 1979 (DE)
11. Brian Goodwin - Gwen Goodwin - 1967 (NZL)
12. Charlotte Emily Wainewright McNair - 1919 (UK)
13. Chistopher Angus - Judith Angus - 1988
14. Christina Russel McSorley - 1960 (UK)
15. Clifford Begs - Shirley Beggs - 1976 (USA)
16. David William Mills - Eva Mills (UK)
17. Dean Phillips - Ester Dantas Phillips (USA e BR)
18. Desmond Auckland - Suzana Auckland- 1987 (NZL)
19. Dominic Lipsi - Margery Lipsi - 1947 (USA)
20. Donald Monteith - Vera Monteith - 1927 (AU)
21. Donald Grant Heffernan - Nilva Heffernan - 1982 (NZL e BR)
22. Donald Richard De Weese - Helen De Weese- 1955 (USA)
23. Donald Threadgold - Audrey Chapman Threadgold- 1960 (UK)
24. Dorli Schnitzler - 1967 - (DE)
25. Edward Hollywell - Mabel Hollywell - 1925 (UK)
26. Elsie Ainsworth - 1934 - (UK)
27. Enid Netherton - 1963 (UK)
28. Eric Eglington - Mary Eglinton - 1903 (UK)
29. Eric Schorken - Sandra Schorken - 1988 - (USA)
30. Ernest Stanley Hughes - Jessie (Eileen) Hughes - 1948 (UK)
31. Ernst Churupp - 1959 (DE)
32. Floyd Edgar Pierce Jr. e Hellen Letitia Pierce - 1961 (USA)
33. Francis Burdet - 1975 (NZL)
34. Frederick William Smith - Kate Ellen Allard 1925 - (UK)
35. Fritz Scharf - Grisela Scharf - 1959 - (DE)
36. Garry Lee Monaghan - Guiomar Monaghan (NZL e BR)
37. Gary James Bryar - Louise Lipsi Briar - 1965 (AU e USA)
38. Gavin Levi Aitken - Margaret Aitken (in memorian) - Eleni Vassão - 1966
(USA e BR)
39. Gavin Michael Petersen - Janet Elizabeth Petersen - 1994 (AU)
40. George Howes - 1898 (UK)
41. George Samuel Orr - Martha Orr - 1947 (UK)
42. Graeme Laurier Nicholson - Joan Isabel Nicholson - 1982 (NZL)
43. Hanny Gyger (CH)
44. Hans Herbert Urbat - Christel Urbat - 1955 (DE)
45. Harold St John - Ella St. John - 1917 (UK)
46. Henry (Harry) Robert Reid - Jean Elizabeth Reid - 1968 (UK)
47. Henry Howard -1927 (UK)
48. Henry King - Lilian Ferguson - 1932 (UK)
140 Anos dos irmãos no Brasil 13
49. Henry M. Wilson - Elizabeth Wilson - 1952 (UK)
50. Herbert Somers Dalling - Eileen (Irene) Baker - 1937 (UK)
51. Horst (Orestes) e Annette Stute - 1963 (DE)
52. Hugo Heinrich Eckstein - 1970 (DE)
53. Irmgard Hanel - 1977 (DE)
54. Ivy Ainsworth - 1934 (UK)
55. James Armstrong - Joy Armstrong - 1998 (UK)
56. James Ashley Nichols - Margaret Frances Davis Nichols - 1963 (USA)
57. James Cowan Mcfarlane Jardine - Carmem Jardine - 1974 (UK e BR)
58. James Dickie Crawford - Jenny Crawford - 1952 (UK)
59. James McCabe - May McCabe - 1907 (UK)
60. Janet Goodine - 1975
61. Jeffrey Arnold Watson - Mary Watson (in memorian) - Denise Reder
Watson - 1982 (UK e BR)
62. John Fritzche - 1974 (DE)
63. John McCann - Kathleen McCann - 1948 (UK)
64. John McCann - Christine McCann - 1987 (UK)
65. John Lindsay McCullogh (UK)
66. John McClelland - Louise McClelland - 1948 (CA)
67. John Merson - 1987 (UK)
68. John Murray - Elizabeth Hulton - 1927 (UK)
69. John Roderick Davies - 1932 (UK)
70. John William Axford - Claudete Axford - 1974 (UK e BR)
71. Judy Stevens - 1980 (NZL)
72. Kenneth Jones e Dorothy Jones - 1947 (UK)
73. Kim Sung Joon - Yoo Jae Sun - 1969 (KR)
74. Leonard Kitchener Nye - Amanda Irene Nye - 1939 (UK)
75. Lindsay Carswell - Beth Carswell - 1992 (UK)
76. Manfred Kern - Barbara Kern - 1964 (DE)
77. Manfred Huncke - 1970 (DE)
78. Mark Procopio - Lori Procopio - 2008 (USA)
79. Markus Georg Koschmieder - Esair R. Koschmieder - 1985 (DE e BR)
80. Martin F. Snow - Joana Snow - 1969 (NZL)
81. Mary Douglas Meek - 1963 (UK)
82. Mary Netherton - 1948 (UK)
83. Noel Braddock - Kathy Braddock - 1975 (NZL)
84. Philipi Edward Tate - Una Mary Durrant Tate
85. Phyllis Mary Dunning - 1965 (UK)
86. Richard Dawson Jones - Mary Ellen Jones - 1925 (UK)
87. Richard Cape - Ella Cape - 1967 (USA)
88. Richard Holden - 1828 (UK)
89. Robert (BOB) Edward Glasgow - Heather (Flora) Glasgow- 1970 (AU)
90. Ronald David Stark - Ruth Stark - 1989
14 140 Anos dos irmãos no Brasil
91. Ronald Ernest Watterson - Janeta Watterson - 1960 (UK)
92. Samuel Rutherford Davison - Ana Davison - 1983 (UK)
93. Samuel W. Curran - Eleanor May Curran - 1958 (UK)
94. Simon John Quelch - Judith Quelch - 1995 (UK)
95. Stephan Fox - 1975
96. Stuart Edmund McNair - 1896 (UK)
97. Terry Blackman - Dorothy Blackman- 1988 (UK)
98. Theodor Hahlen - Katarina Hahlen - 1970 (CH)
99. Thomas H. Mathews - Dorothy Mathews -1967 (UK)
100. Thomas Meekin - 1980 (UK)
101. Thomas Moses - Winnie Moses - 1935 (UK)
102. Tom W. Wright - 1974 (UK)
103. Walter Alexander - Elizabeth J. C. Alexander - 1974 (UK)
104. Warren Jay Brown - Linda Louise Brown - 1990 (USA)
105. Wilfred Glenn - Kathleen Glenn - 1970 (UK)
106. William (Guilherme) Maxwell - Elizabeth (Leila) Maxwell - 1938 (UK)
107. William Anglin - 1926 (UK)
108. William Arthur Wood - Margaret Wood - 1930 (UK)
109. William Craig Holden - Margaret Ethel Holden - 1992 (UK)
110. William James Giles - 1949 (UK)
111. William John Goldsmith - Laura Goldsmith - 1929 (UK e BR)

Obs.: No caso de casais, há o nome do marido seguido do nome da esposa.


Quando possível, indicamos a data da chegada ao Brasil e o país de origem dos
missionários, mas nem sempre foi possível obter esses dados com exatidão.

Nacionalidades:
AU = Austrália
CA = Canadá
CH = Suíça
DE = Alemanha
KR = Coreia do Sul
NZL = Nova Zelândia
UK = Reino Unido
USA = Estados Unidos

Créditos:
Capa: Jabesmar A. Guimarães.
Logomarca 140 Anos: Fabrício Cortes Teixeira.
Correção e revisão: Inglyde Jeane da Silva Vieira: Graduada em Letras e Mestre
em Linguagem e Tecnologia.
Idealizada por: Jabesmar A. Guimarães.
Galeria de fotos

Escola Bíblica

Stuart Edmund McNair

Casa de Oração na Fazenda da Pedra em


Purilândia – RJ (1920)
Casa de Oração em Muriaé – MG (1918)

Casa de Oração em Divisório anos 20

Casa de Oração à Rua São Carlos – RJ (1927)


16 Galeria de fotos

Casa de Oração em Corrego Fundo – MG Igreja em Conceição do Carangola - 1950

Casa de Oração em Divino –MG


Igreja em Conceição do Carangola - 1950

1ª Reunião de 7 de Setembro (1953)


Casa de Oração à Rua São Carlos – RJ Irmãos da igreja em Guararema – ES
(1956)

A SBB exime-se de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo suplementar ao texto bíblico na presente edição de afinidade.

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