Eletronica Basica - 2020

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TREINAMENTOS DE CAPACITAÇÃO
ELETRÔNICA BÁSICA E ANÁLISE DE
CIRCUITOS
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Professor Bruno Mendes www.telecelula.com.br
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◼ O sistema de unidades que utilizamos é o sistema internacional
de unidades, normalmente referido como sistema padrão SI.
Tal sistema é composto pelas unidades básicas metro (m),
quilograma (Kg), segundo (s), ampère (A), Kelvin (K) e candela.
Este sistema está definido em todo texto de física moderna,
portanto não tenho a pretensão de redefini-lo aqui.
◼ Os prefixos que são empregados no SI são mostrados na tabela
do próximo slide. Repare no relacionamento decimal entre
eles. Esses prefixos serão empregados no decorrer do nosso
estudo.
Prefixo Símbolo Potência base 10 Equivalente decimal
tera T 10¹² 1.000.000.000.000
giga G 10⁹ 1.000.000.000
mega M 10⁶ 1.000.000
quilo K 10³ 1.000
10⁰ 1
mili m 10¯³ 0,001
micro u 10¯⁶ 0,000001
nano n 10¯⁹ 0,00000001
Pico p 10¯¹² 0,000000000001
A quantidade mais elementar na análise de circuitos elétricos é a
carga elétrica (Q). No sistema métrico, a carga é medida em coulombs
(C). A carga em um elétron é negativa e igual em magnitude a 1,602 x
10¯¹⁹ C. No entanto, nosso interesse em um elétron está concentrado
em seu movimento, desde que carga em movimento resulte em
transferência de energia. Tais situações em que o movimento está
confinado a um caminho fechado são de particular interesse para nós.
• O Elétron é a carga Negativa (-).
• O Próton é a carga Positiva (+).
• O Nêutron, é a carga neutra (não

possui polaridade).
i(t)= dq(t) ╱d(t)
Onde i e q representam corrente elétrica e carga elétrica,

respectivamente.
▪Quando o movimento dos ▪Quando o movimento dos
Elétrons é Caótico, a corrente Elétrons é Ordenado, a corrente
elétrica é nula. elétrica não é nula.
▪Apesar de sabermos que o fluxo de corrente em condutores metálicos é
resultante da movimentação de elétrons, o fluxo convencional de corrente,
que é universalmente adotado, representa a movimentação de cargas
positivos.
▪ Sentido eletrônico - O sentido real ou sentido eletrônico da corrente
elétrica ocorre do negativo para o positivo.
▪Sentido convencional - Por convenção, utiliza-se que o sentido do fluxo
da corrente elétrica ocorre do positivo para o negativo.
Teremos fluxo de corrente elétrica somente quando tivermos diferença
de potencial elétrico, pois o movimento dos elétrons será ordenado por
essa diferença de potencial.
A partir da analise das condições em que ocorre o fluxo de corrente,
podemos concluir que, para que tenhamos fluxo de corrente é necessário
a aplicação de uma diferença de potencial no corpo ou elemento pelo
qual desejamos que ocorra movimento de elétrons.
A diferença de potencial (d.d.p) também denominada de tensão (V) é
uma grandeza física que está intimamente ligada ao conceito de corrente
elétrica.
Inicialmente devemos lembrar a definição de corrente elétrica. Corrente
elétrica é o fluxo ou movimento de partículas carregadas em um
condutor de forma ordenada. Porém para “existir” corrente elétrica
entre dois pontos deve-se haver uma diferença de potencial
elétrica entre os mesmos dois pontos.
Para entendermos a d.d.p, relembremos o seguinte: todo corpo que está
eletrizado, recebeu ou cedeu elétrons. Como a carga de um elétron é
representada por (-) o corpo que recebeu elétrons fica carregado
negativamente (denominado de íon negativo ou ânion), já o corpo que
cedeu elétrons ou perdeu fica carregado positivamente, pois o mesmo
tem falta de elétrons, denominado de íon positivo ou cátion. Portanto
esse desequilíbrio de cargas entre dois corpos revela que ambos têm um
potencial elétrico diferente, ou seja, existe uma diferença de potencial
elétrica.
Então consideremos um dispositivo capaz de manter uma diferença de
potencial entre dois corpos. Esses “dispositivos” são denominados de
geradores, ao qual comumente podemos associar a uma simples bateria.
Por exemplo, de acordo com a animação do próximo slide a bateria
mantém entre seus terminais + e – uma diferença de potencial elétrico
V= V(+) –V(-). Quando ligamos os terminais desse gerador a um condutor
(fio de cobre) ao filamento da lâmpada, a mesma se acende, pois ocorre
um movimento de cargas elétrica no condutor (corrente elétrica).
A diferença de potencial é uma grandeza física expressa no SI por V(volts)
CORRENTE ALTERNADA E
CORRENTE CONTÍNUA
▪Existem dois tipos de corrente que

encontramos com frequência em nossa
vida, corrente alternada (AC – alternating
currenti) e corrente contínua (DC – direct
current).
A corrente contínua (DC ou CC) é a corrente que passa através de um
condutor ou de um circuito somente num sentido. A razão dessa
corrente unidirecional se deve ao fato das fontes de tensão , como as
pilhas e as baterias, manterem a mesma polaridade da tensão de
saída. A tensão fornecida por essas fontes é chamada de tensão de
Corrente Contínua.
Uma fonte de tensão Alternada (AC ou CA) inverte ou alterna
periodicamente a sua polaridade. Consequentemente, o sentido da
Corrente Alternada resultante também é invertido periodicamente.
Corrente alternada é comumente encontrada em toda nossa casa, está
presente nas tomadas das casas brasileiras com frequências de 50Hz e
60Hz e é utilizada para fazer funcionar o motor de nossa geladeira,
chuveiro elétrico, cafeteiras.
A resistência elétrica é definida como a capacidade que um corpo tem de
opor-se à passagem da corrente elétrica. A unidade de medida da
resistência no SI é o Ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão George
Simon Ohm, e representa a razão volt/Ampére.
Quando um condutor é submetido a uma diferença de potencial, ele passa a
ser percorrido por uma corrente elétrica, que é constituída pelo movimento
de elétrons livres no interior do condutor. Quando esses elétrons livres
entram em movimento, começam a colidir entre si e com os átomos do
condutor. Quanto maior o número de colisões, maior a dificuldade
encontrada pela corrente elétrica em “atravessar” o condutor. Essa
dificuldade de movimento das cargas é que caracteriza a resistência elétrica.
A resistência elétrica de um material é a medida da oposição que ele
oferece à passagem da corrente elétrica.
Vários aparelhos da nossa casa têm seu funcionamento baseado no uso de
resistência elétrica por meio de pequenos dispositivos chamados
resistores, que têm como função transformar energia elétrica em energia
térmica. Alguns aparelhos domésticos que utilizam os resistores são o
chuveiro, o ferro de passar, o secador de cabelo, forno elétrico,
churrasqueira elétrica, entre outros.
Já vimos que a resistência elétrica está relacionada com o choque entre os
átomos e elétrons em movimento no interior dos condutores. Esse choque
provoca o aumento da temperatura no condutor, caracterizando um
fenômeno chamado Efeito Joule, que serve como base para o
funcionamento dos resistores.
Os resistores são elementos que apresentam resistência à passagem
de eletricidade. Podem ter uma resistência fixa ou variável. A
resistência elétrica é medida em ohms.
Chama-se de Resistência a oposição à passagem de corrente
elétrica. Quanto maior a resistência, menor é a corrente elétrica que
passa num condutor e vice-versa.
A simbologia do resistor pode ser dada de duas formas, tanto como um
“retângulo”, que é utilizada pela ABNT ou um “zig-zag”.
Apesar da maioria de a maioria nós ter um conceito intuitivo do
que significa um circuito, iremos nos referir a um circuito elétrico
simplesmente como uma interconexão de componentes elétricos.
Um circuito elétrico se divide em no mínimo quatro partes: uma fonte de
força Tensão, condutores, uma carga e instrumentos de controle.
A fonte de tensão é a bateria, os condutores são os fios que ligam os
componentes do circuito entre si e conduz à corrente, a lâmpada é a carga
que vai utilizar a energia elétrica para realizar trabalho (iluminar, aquecer).
O dispositivo usado para
controlar é a chave, que tem
a função de cessar o fluxo
dos elétrons dentro do
circuito.
Um circuito é chamado de
aberto ou incompleto se
houver uma interrupção no
circuito que impeça a corrente
de completar o seu percurso.
Um circuito fechado ou
completo consiste num
percurso sem interrupção para
a corrente; saindo da fonte de
tensão, passando pela carga, e
voltando à fonte.
O curto circuito, “curto” é qualquer parte do circuito que apresente
resistência extremamente baixa em relação à alimentação e crie um
caminho alternativo para a corrente, fazendo com que o mesmo
apresente funcionamento anômalo (baixa resistência = livre fluxo de
elétrons). Como consequência, uma corrente extremamente alta passará
nesta parte, provocando um curto no circuito.
Suponha que um fio condutor na ponta a na figura entre em contato

acidentalmente com o ponto b.
Praticamente toda a corrente irá passar por esse caminho. Como a
resistência do curto-circuito é praticamente zero, a corrente que irá fluir
pelo ponto a – b, será igual a máxima corrente que a fonte de alimentação
(bateria) poderá fornecer, ocasionando grande fluxo de elétrons e grande
dissipação térmica.
O curto circuito indica um grave erro no circuito elétrico e deve ser evitado
ao máximo, energizar o circuito elétrico nestas condições.
Durante a análise dos circuitos eletrônicos é muito importante sempre
tomar como referência o fluxo da corrente elétrica para a perfeita
compreensão do funcionamento do equipamento, portanto vamos tomar
como referência o sentido da corrente I.
LEI DE OHM
No inicio do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854)

descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores.
A primeira lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de
potencial e a corrente elétrica em um condutor é igual a resistência
elétrica desse condutor. Vale salientar que a explicação foi desenvolvida
tendo como base um condutor de resistência constante. É por isso que
condutores desse tipo são chamados de condutores ôhmicos.
R = U/I
Onde: R – Resistência elétrica
U – Tensão
I – Corrente elétrica
Considere um fio feito de material condutor. As
extremidades desse fio, são ligadas aos polos de uma
pilha, como mostra a figura. Desse modo, a pilha
estabelece uma diferença de potencial no fio condutor
e, consequentemente, uma corrente elétrica. Para se
determinar o valor da corrente elétrica, coloca-se em
série no circuito um amperímetro e, em paralelo, um
voltímetro que permitirá a leitura da tensão.
Com o circuito montado e funcionando, fazemos as medições de tensão e
corrente através dos aparelhos instalados. Agora imagine que a diferença
de potencial da pilha seja dobrada (podemos fazer isso ligando uma
segunda pilha em série com a primeira). Como resultado dessa alteração,
o voltímetro marcará o dobro da tensão anterior, e o amperímetro
marcará o dobro de corrente elétrica. Se triplicarmos a diferença de
potencial, triplicaremos a corrente elétrica. Isso quer dizer que a razão
entre a diferença de potencial e a corrente elétrica tem um valor
constante.
Se colocarmos a corrente elétrica (i) em evidência, podemos observar que,
quanto maior o valor de R, menor será a corrente elétrica. Essa constante
mostra a resistência que o material oferece à passagem de corrente elétrica.
A unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional está exposta na
relação a seguir:
R = volt/ampère = ohm Ω
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• O Próton é a carga Positiva (+).

• O Nêutron, é a carga neutra (não

Onde i e q representam corrente elétrica e carga elétrica,

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