Você está na página 1de 86

Professor: Sérgio Campos

ELETRICIDADE
SUMÁRIO

01- CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE 2

02- ESTRUTURA DA MATÉRIA 5

03- FORÇA ELÉTRICA - LEI DE COULOMB 6

04- CAMPO ELÉTRICO 9

05- ELETRODINÂMICA – CORRENTE ELÉTRICA 12

06- RESISTORES E LEIS DE OHM 17

07- REGRAS DOS DIVISORES DE TENSÃO E CORRENTE 39

08- ANÁLISE DE CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 44

09- TEOREMAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS 49

10- CAPACITORES 52

11- MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO 61

12- CIRCUITOS ELÉTRICOS DE CORRENTE ALTERNADA 67

13- RESUMO DE ELETRICIDADE 80

1
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
1 – CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

1.1- INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE

Uma grande quantidade de aparelhos e equipamentos eletroeletrônicos está presente na sociedade:


aparelhos de TV, DVD player, câmeras de vídeo, CD player, aparelhos de som, geladeira, torradeiras,
lâmpadas eletrônicas, ventiladores, liquidificadores, motores, baterias, pilhas, computadores, notebooks,
aparelho celular, mini games, tablets, etc.

A lista é interminável, veja na figura baixo alguns tipos de aparelhos eletrodomésticos que usam
eletricidade.

A Eletricidade está associada aos fenômenos causados por cargas elétricas em repouso ou em
movimento e está dividida em três partes:

- Eletrostática → Estudo das cargas elétricas em repouso;

- Eletrodinâmica → Estudo das cargas elétricas em movimento, a Corrente Elétrica e;

- Eletromagnetismo → Estudo dos efeitos magnéticos da Corrente Elétrica.

2
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
1.2- NOTAÇÃO CIENTÍFICA

A notação científica é a representação de um número através de um produto na forma de


potência de dez assim: N.10n. Esta representação é muito usada em números muito pequenos ou
números muito grandes. Exemplos:

1.3- MÚLTIPLOS E SUB-MÚLTIPLOS

Muitas vezes precisamos representar os números que estão escritos em notação científica usando os
múltiplos ou os submúltiplos, a tabela abaixo mostras os múltiplos e submúltiplos com seus respectivos
símbolos e fatores de multiplicação em potência de dez.
O uso de valores como os do Quadro acima sem o uso de alguns prefixos que representam os
múltiplos e submúltiplos das unidades de medidas torna-se um tanto complicado para se representar e
manipular. No Quadro abaixo estão presentes alguns prefixos para os múltiplos e submúltiplos mais comuns
usando potências de 10.

O prefixo nunca pode ser utilizado sozinho. Utilizar um dos prefixos, seja dos múltiplos ou dos
submúltiplos, em um valor significa que aquele valor está sendo multiplicado pela potência representada
pelo prefixo. Na notação do valor, primeiro escrevemos o valor, depois o símbolo do prefixo e depois a
unidade de medida. Exemplo: 13,9 MW (treze vírgula nove megawatts).

13,9 MW = 13,9 x 106 W = 13,9 x 1000000 W = 13900000 W


1.4- SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI

3
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
O SI não é estático, mas evolui de modo a acompanhar as crescentes exigências mundiais
demandadas pelas medições, em todos os níveis de precisão, em todos os campos da ciência, da tecnologia e
das atividades humanas. Atualmente o SI possui sete unidades de base que fornecem as referências que
permitem definir todas as unidades de medida do sistema. As unidades bases são: metro (comprimento),
quilograma (massa), segundo (tempo), ampère (corrente elétrica), kelvin (temperatura termodinâmica),
mol (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa). No Quadro abaixo são listadas as
principais unidades do SI.

4
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Transformação de múltiplo e submúltiplo

Na manipulação de um valor transformando o múltiplo em submúltiplo, ou vice-versa, o valor


principal continua sendo o mesmo em relação à unidade.
A seguir serão mostrados dois métodos que poderão ser utilizados para a transformação dos
múltiplos e submúltiplos, o método das potências e o do deslocamento da vírgula.

➢ Método das potências: Consiste de duas alternativas, como apresentado a seguir.

a) Transformação de múltiplo em submúltiplo: Multiplica-se pela potência de 10 correspondente.

Exemplo: Transforme 2,5 km em metro. → 2,5 x 103 m = 2500m

b) Transformação de submúltiplo em múltiplo: Divide-se pela potência de 10 correspondente.

5
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Exemplo: Transforme 500m em km. → 500 x 10-3km = 0,5 km

➢ Método do deslocamento da vírgula: Esse método consiste de duas alternativas:

a) Transformação de múltiplo em submúltiplo.


Esse método consiste em deslocar a vírgula no sentido da esquerda para a direita na quantidade de casas
decimais iguais ao expoente da potência representada pelo prefixo.

b) Transformação de submúltiplo em múltiplo.


Nessa transformação a vírgula se desloca no sentido da direita para a esquerda na quantidade de casas
decimais iguais ao expoente da potência representada pelo prefixo.

2 – ESTRUTURA DA MATÉRIA

A matéria é constituída por átomos, que são estruturados basicamente a partir de três partículas
elementares: o elétron, o próton e o nêutron (é importante ressaltar que essas não são as únicas partículas
existentes no átomo, mas para o nosso propósito elas são suficientes). Em cada átomo há uma parte central
muito densa, o núcleo, onde estão os prótons e os nêutrons.

2.1 –– CARGA ELÉTRICA

Os elétrons, num modelo simplificado, podem ser imaginados descrevendo órbitas elípticas em torno
do núcleo (figura abaixo), como planetas descrevendo órbitas em torno do Sol. Essa região periférica do
átomo é chamada de eletrosfera.

6
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
“Carga Elétrica é a propriedade elétrica das partículas atômicas que compõem a matéria”.

Experimentalmente provou-se que, quando em presença, próton repele prótons, elétron repele
elétrons, ao passo que próton e elétron atraem-se mutuamente. O nêutron não manifesta nenhuma atração
ou repulsão, qualquer que seja a partícula da qual se aproxima.

Dessas experiências é possível concluir que prótons e elétrons apresentam uma propriedade, não
manifestada pelos nêutrons, denominada carga elétrica. Convenciona-se:

Carga elétrica positiva (+) →Próton

Carga elétrica negativa (–) → Elétron

Verifica-se que, quando um átomo apresenta um número de prótons igual ao número de elétrons, o
átomo é eletricamente neutro. Se o átomo perder um ou mais elétrons, o número de prótons no núcleo passa
a predominar e o átomo passa a manifestar propriedades elétricas, tornando-se um íon positivo. Se o átomo
receber elétrons, ele passará a manifestar um comportamento elétrico oposto ao anterior e tornar-se-á um íon
negativo.

“Portanto, um corpo estará eletrizado quando o número total de prótons for diferente do número
total de elétrons.”
Lembramos que um átomo fica eletrizado quando ganha ou perde ELÉTRONS.

2.2- UNIDADE DE CARGA ELÉTRICA (Q)

A carga Elétrica fundamental é simbolizada pela letra q ou Q e sua unidade é o Coulomb (C).

A carga elétrica do elétron é chamada de carga elementar, em módulo, o seu valor é igual a carga
elétrica do próton. Através de experiências, foi possível determinar seu valor:

Tendo em vista que a eletrização de um corpo se deve a falta ou excesso de el étrons, podemos
escrever que a carga elétrica de um corpo é calculada da seguinte forma:

7
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
3 – FORÇA ELÉTRICA - LEI DE COULOMB

No fim do século XVIII, o físico francês Charles de Augustin Coulomb realizou uma série de
experiências com um dispositivo chamado balança de torção, que permitiu medir o valor da força
eletrostática de atração e repulsão que age sobre uma carga elétrica puntiforme (pequenas esferas
carregadas), colocada uma em presença de outra.
Para duas cargas puntiformes Q e q, separadas por uma distância d, Coulomb concluiu:
A intensidade da foça elétrica é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Podemos então escrever:

Direção e sentido da força:


→Direção: Coincide com a direção da reta que une as cargas.
→ Sentido: Depende dos sinais das cargas:

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01- Duas cargas puntiformes QA = - 6µC e qB = 4µC estão separadas por uma distância d=3cm, no vácuo.
Qual a intensidade, direção e sentido da força elétrica que atua nessas cargas? Desenhe os vetores força em
cada carga. k = 9.109 N.m2/C2

8
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Duas cargas puntiformes Q1 = - 2µC e q2 = 4µC estão separadas por uma distância d=4cm, no vácuo.
Qual o valor da força elétrica F que atua nessas cargas?

02- Sabendo que as cargas A e B possuem valores respectivamente iguais a QA= -10nC, e QB= - 9nC,
determine a força elétrica e sua natureza (atrativa ou repulsiva) na situação dada abaixo, desenhe no gráfico
a direção e sentido das forças nas cargas A e B.

4 – CAMPO ELÉTRICO

4.1 – ANALOGIA DO CAMPO ELÉTRICO COM O CAMPO GRAVITACIONAL

Para entendermos o conceito de campo elétrico façamos uma analogia com o campo gravitacional da
terra. Sabemos que a Terra cria um campo gravitacional em torno de si e cada ponto desse campo existe um
vetor campo gravitacional g. Assim um corpo colocado num ponto desse campo fica sujeito a uma força de
atração gravitacional chamada Peso, ode P = m.g, isto é, o produto da massa do corpo pela gravidade.

Com as cargas elétricas o fenômeno é semelhante, um corpo eletrizado cria em torno de si um campo
elétrico. Cada ponto desse campo é caracterizado por um vetor campo elétrico E. Qualquer carga colocada
num desses pontos ficará submetida a uma força elétrica F. A grande diferença aqui é que a força poderá ser
de atração ou repulsão, figura acima.

9
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Para determinarmos o módulo do vetor campo elétrico podemos recorrer à analogia feita
anteriormente com o campo gravitacional. Sabemos que a aceleração da gravidade local pode ser calculada
como sendo a razão do Peso e da massa de um corpo colocado na região do campo gravitacional.
Portanto o campo elétrico de uma carga de prova q colocada em um ponto desse mesmo campo será
dado pela razão da Força sobre ela (natureza elétrica) e o valor dessa carga.

4.2 – LINHAS DE FORÇA.

No caso de um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme isolada, as linhas de força serão
semi-retas. Se a carga elétrica for positiva ela gera um campo elétrico de afastamento, saindo dela. Se a
carga for negativa gera um campo elétrico de aproximação, ou seja, chegando nela. Conforme a figura a
seguir:

Unidades do Campo Elétrico e da Força no SI:

Direção e Sentido do Campo Elétrico e da força Elétrica:

EXERCÍCIO RESOLVIDO

1- Determine as características do vetor campo elétrico (módulo, direção e sentido) criado por uma carga +
Q num ponto p onde se encontra uma carga de prova q= + 5nC que está sujeita a uma força F = 2,5 N, na
direção vertical, para cima. Desenhe a figura.
10
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Solução:

Como a carga de prova é positiva, a força e o campo têm a mesma direção e sentid o.

o.
Considerando que a força é o produto do campo elétrico E pela carga de prova q e que a força
elétrica entre duas cargas é determinada pela lei de Coulomb, temos outra expressão para o campo elétrico
gerado por uma carga Q, mostrado abaixo.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
1-Determine as características do vetor campo elétrico criado por uma carga Q = 3µC, no vácuo, em um
ponto A situado a uma distância d =10cm dessa carga. K = 9.109N.m2/C2.

1-

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Uma carga q = -2µC é colocada num ponto A de um campo elétrico, ficando sujeita à ação de uma força
de direção horizontal, sentido para a direita, e de módulo F = 8.10-3 N. Determine a intensidade, a direção e
o sentido do vetor campo elétrico nesse ponto A. Desenhe a figura.

02- Calcule a força elétrica F que atua sobre uma carga de prova q = 15nC que está sujeita a um campo
elétrico E = 30.107 N/C, gerado por uma carga Q.

11
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
03- Duas cargas pontuais Q1 = - 3nC e Q2 = 5nC estão fixas nos pontos A e B de uma reta, que estão
distante d=6mm uma da outra, conforme a figura abaixo. Determine a intensidade, a direção e o sentido do
vetor campo elétrico resultante em um ponto p localizado no ponto médio das duas cargas.

5 – ELETRODINÂMICA - CORRENTE ELÉTRICA

5.1 – INTRODUÇÃO

O conceito de diferença de potencial elétrico e movimento de carga elétrica leva -nos à


eletrodinâmica, isto é, ao estudo das cargas elétricas em movimento.
Aplicando-se uma diferença de potencial - ddp num condutor metálico, os seus elétrons livres
sofrerão a ação de uma força elétrica F e movimentam-se de forma ordenada no sentido contrário ao campo
elétrico E.
Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de força eletromotriz, permitem uma
movimentação sistemática de elétrons de um átomo a outro, e é este fenômeno que é denominado de
corrente elétrica.
Pode-se dizer, então que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente elétrica, ou
seja, corrente elétrica é o fluxo ordenado de elétrons em um meio condutor. A corrente elétrica é
representada pela letra I (do francês Intensité) e sua unidade fundamental é o Ampère [A].
Veja a figura abaixo:

A definição matemática para a intensidade de corrente elétrica i é dada por:

EXEMPLO NUMÉRICO
01- Determine a corrente em ampères, em um condutor que é atravessado por uma carga igual a 0,16C
durante 64ms.

12
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
5.2- SENTIDO DA CORRENTE ELÉTRICA - FLUXO DE CORRENTE

O sentido do movimento de elétrons é do potencial negativo (–) para o potencial positivo (+). Este é
o fluxo real de elétrons. No entanto para análise dos circuitos convencionou-se dizer que o deslocamento
dos elétrons é do potencial positivo (+) para o potencial negativo (–). Este é o chamado de fluxo
convencional da corrente elétrica, que usaremos na análise dos circuitos. A figura a seguir ilustra os dois
casos.

5.3 – CONDUTORES, ISOLANTES E SEMICONDUTORES

Existem três tipos de materiais, quanto à condutividade:

a) Condutores: materiais que possuem uma grande quantidade de elétrons livres. Estes materiais são
chamados de bons condutores porque a corrente elétrica tem facilidade de passar por eles. Como exemplo
podemos citar as ligas metálicas, ouro, prata, ferro, cobre, alumínio, chumbo, água não pura, etc.

b) Isolantes: Existem materiais que praticamente não possuem elétrons livres, são os maus condutores ou
isolantes (dielétrico). Estes materiais apresentam uma grande oposição à passagem de corrente elétrica.
Alguns exemplos de isolantes são: vidro, porcelana, mica, borracha, madeira, etc.
Um dos usos mais comuns do material isolante é no encapamento dos fios condutores. É importante
lembrar que mesmo o melhor dos isolantes pode sofrer certa ruptura caso seja submetido a uma diferença de
potencial suficientemente elevada. O valor do campo elétrico correspondente é denominado rigidez
dielétrica do material.

c) Semicondutores: constituem determinado grupo de elementos químicos cujas características elétricas são
intermediárias entre as dos condutores e as dos isolantes. Possuem quatro elétrons em sua camada mais
externa (camada de valência). Toda a indústria eletrônica depende dessa classe de materiais, visto que os
dispositivos eletrônicos, diodos, transistores, e os circuitos integrados (CIs) são construídos usando materiais
semicondutores. Embora o silício (Si) seja o material mais usado, o germânio (Ge) e o arseneto de gálio
(GaAs) são também utilizados em muitos dispositivos eletrônicos.

13
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
5.4- CORRENTE CONTÍNUA (CC) E CORRENTE ALTERNADA (CA)
Dependendo do sentido a corrente pode ser contínua ou alternada, conforme a figura.

Quando a corrente elétrica mantém um sentido invariável ao longo do tempo, ela é denominada
corrente contínua (C.C.), mesmo que varie o valor, mas não a varia a polaridade. Exemplo: Correntes de
pilhas, baterias, retificadas de meia onda e de onda completa, conforme figura abaixo:

Caso o sentido da corrente elétrica se modifique no decorrer do tempo, mudando a sua polaridade,
ela é denominada corrente alternada (C.A.). Podem ser senoidais (corrente e tensão da rede 220V), usadas
em ambientes domésticos para acionar geladeiras, TVs, ar condicionados, chuveiros elétricos, e em
ambientes industriais, para acionar máquina, motores e outros equipamentos ou ainda podem ser
triangulares, quadradas, etc, como na figura.

5.5- FONTE DE TENSÃO CONTÍNUA E ALTERNADA

As grandezas fundamentais em eletricidade são a tensão elétrica, a corrente elétrica, a resistência


elétrica e a potência elétrica. Essas grandezas sempre estão presentes em qualquer circuito elétrico e não
podem ser dissociadas. A tensão elétrica e a diferença de potencial elétrico (d.d.p.) gerada entre dois pontos
quaisquer. Essa diferença e responsável por colocar em movimento ordenado as cargas elétricas livres do
meio condutor.
A fonte de tensão contínua produz uma corrente contínua nos terminais. A fonte de tensão contínua
não se altera nunca, o terminal positivo é sempre positivo e o negativo é sempre negativo. A fonte de tensão
contínua mantém constante a ddp entre os seus terminais. Como exemplos de fontes de tensão contínua
podemos citar a pilha de controle remoto, bateria de automóvel, bateria de celular etc. Observe que a tensão
se mantém constante ao longo do tempo.

14
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
A figura a seguir mostra os símbolos usados para as fontes CC ou DC.

A figura mostra como as pilhas são simbolizadas.

A fonte de tensão alternada produz uma corrente alternada. A fonte de tensão alternada não tem
polaridade definida, ora um terminal é positivo, ora negativo. A ddp entre os terminais da fonte de tensão
alternada varia a todo instante. Uma tensão alternada pode ter várias formas, a que nos interessa no
momento é a tensão alternada senoidal. A figura abaixo mostra os símbolos usados para as fontes AC.

Símbolos da tensão alternada

15
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
5.6- MEDIDORES DE CORRENTE E TENSÃO – AMPERÍMETROS E VOLTÍMETROS

O Multímetro é um instrumento que é composto, basicamente, por Amperímetro, Voltímetro e


Ohmímetro.
Os amperímetros são instrumentos utilizados para medir a intensidade de corrente elétrica e devem
ser ligados em série com a carga;
Os voltímetros medem a diferença de potencial (Tensão) entre dois pontos e devem ser ligados em
paralelo.
A diferença de potencial entre dois pontos de um circuito é medida ligando-se as pontas de prova do
voltímetro aos dois pontos em paralelo, como indicado na figura abaixo. Para obter-se uma leitura positiva,
deve-se ligar a ponta de prova positiva ao ponto de maior potencial do circuito e a ponta negativa no ponto
de menor potencial.

Por serem ligados em paralelo com o dispositivo que queremos realizar a medida, os voltímetros
devem ter uma resistência interna muito alta, para não influenciar na medida da tensão.
Os amperímetros devem ser ligados conforme ilustrado na figura abaixo. Visto que os amperímetros
medem a corrente elétrica, o medidor tem de ser colocado no circuito em série, de modo que a corrente
passe pelo medidor. É necessário abrir circuito no qual se quer medir a corrente e inserir o amperímetro nos
pontos resultantes, ou seja, deve ser ligado em série com o circuito.

16
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
6 – RESISTORES

6.1 – INTRODUÇÃO

Os resistores são elementos do circuito que apresentam resistência á passagem de corrente elétrica.
Tem como função reduzir de maneira controlada a intensidade da corrente do circuito. Em alguns casos s ão
utilizados como elementos de aquecimento, devido a sua propriedade em transformar energia elétrica em
energia térmica, esse fenômeno de transformação é conhecido como Efeito Joule e é resultado de choques
entre os elétrons que constituem a corrente elétrica e os átomos, o que ocasiona um aquecimento do
condutor.
Existem alguns eletrodomésticos que possuem como função básica a transformação de energia
elétrica em energia térmica, tais como: ferro elétrico, chuveiro elétrico, aquecedores, ferro de soldar, etc.

Suas principais características são:


a) resistência nominal: valor da resistividade do componente, em ohms (Ω);
b) potência de dissipação: a capacidade de liberação de calor ou potencia dissipada nominal dos resistores
expressa em watts – W;
c) tolerância: representa percentualmente a faixa de variação admissível para o valor da resistência do
resistor.
O resistor e o componente passivo mais simples. A letra R representa esse componente nas equações
utilizadas em eletricidade.
“O Resistor é um componente elétrico cuja função é limitar e controlar a corrente elétrica e também
dividir a tensão em um circuito”.
Os resistores podem ser de dois tipos: os que têm valores fixos ou os que possuem valores variáveis.

Abaixo mostramos alguns tipos de resistores fixos e como devemos medir sua resistência com um
multímetro (ohmímetro).

Simbologia dos Resistores

Os resistores podem ser representados das seguintes maneiras:

O resistor possui uma característica de dificultar e controlar a passagem de corrente elétrica através
do condutor. Essa característica é chamada de resistência elétrica.
A unidade de resistência elétrica é o Ohm [Ω]. São também utilizados os múltiplos Kilo (KΩ) e
Mega (MΩ ).
17
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Os ohmímetros medem a resistência elétrica dos resistores e outros dispositivos eletroeletrônicos e
devem ser ligados em paralelo com o resistor, conforme a figura abaixo.

O resistor variável figura abaixo permite que sua resistência seja variada numa determinada faixa de
valores. Esse tipo de resistor e chamado de potenciômetro ou reostato.

6.2 - 1ª LEI DE OHM

A lei de Ohm é uma equação matemática, descoberta pelo físico alemão George Simon Ohm, que
estabelece uma relação linear entre as três grandezas fundamentais da eletricidade: Tensão(V), Corrente (I)
e Resistência (R).
A lei de Ohm determina que uma tensão V em um resistor R é diretamente proporcional à corrente I que
atravessa esse resistor.
Dessa forma, a equação matemática da lei de Ohm é:

Esta equação possui três variáveis: a tensão, a resistência e a corrente. Se você quiser achar a tensão,
precisa ter os valores da resistência e da corrente.

18
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Obs.: A tensão ou d.d.p. pode ser representada pelas letras U, V ou E.

A ilustração mostrada a seguir vai facilitar você encontrar os valores das grandezas que quer
calcular:

A partir deste triângulo você poderá achar os valores das variáveis V, I ou R. Para achar o valor de
uma variável do triângulo, esconda essa variável com a mão e verifique quais variáveis sobraram. Depois,
substitua o valor das variáveis e utilize as operações de multiplicação ou divisão.

A corrente é uma reação à tensão aplicada, portanto, esta expressão mostra claramente que para uma
resistência fixa, quanto maior a tensão aplicada aos terminais de um resistor, maior será a corrente.

Na figura a seguir, a tensão pressiona a corrente em um sentido tal que ela atravessa a bateria do
terminal negativo para o positivo. Isto sempre acontece em um circuito com fonte única. O símbolo usado
para designar a tensão da bateria é a letra maiúscula E, enquanto a queda de energia potencial sobre o
resistor é simbolizada pela letra V. A polaridade da queda de tensão sobre o resistor é determinada pela
polaridade da fonte porque os dois terminais da bateria são conectados diretamente aos terminais do resistor.

19
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO

1. Determine a corrente resultante quando conectamos uma bateria de 9 V aos terminais de um circuito cuja
resistência é 2,2 Ω.

2. Calcule a resistência do filamento de uma lâmpada de 60 W se uma corrente igual a 500mA for
estabelecida em função de uma tensão aplicada de 120 V.

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Um resistor ôhmico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 5 A, quando submetido a uma
d.d.p. de 100 V. Determine:

(a) a resistência elétrica do resistor;

(b) a intensidade de corrente que percorre o resistor quando submetido a uma ddp de 250 V;

(c) a ddp que deve ser submetido para que a corrente que o percorre tenha um valor de 2 A.

GRÁFICO DA LEI DE OHM

O gráfico em linha reta da figura abaixo, indica que a resistência não varia com os níveis de tensão e
corrente; ao contrário; ela é uma grandeza que se mantém fixa.
Através deste gráfico, qualquer valor de corrente ou tensão pode ser determinado quando se conhece
uma das grandezas envolvidas.
Graficamente um comportamento Tensão x Corrente de um condutor ôhmico é representado como
na figura abaixo.
20
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Variando-se a d.d.p. U nos terminais de um resistor ôhmico; a intensidade da corrente i que percorre
varia de acordo com o gráfico da figura. Determine:

(a) a resistência elétrica do resistor;

(b) a intensidade de corrente que atravessa o resistor quando a sua d.d.p. for 100 V;

(c) a tensão que deve ser estabelecida nos terminais desse resistor para que ele seja percorrido por corrente
de intensidade 6 A.

6.3 – RESISTIVIDADE – 2ª LEI DE OHM

É importante salientar que o título 2ª Lei de Ohm é apenas didático. Na história da física temos
apenas o conhecimento da Lei de Ohm e não 1ª e 2ª, mas para fins de uma melhor organização do conteúdo
faremos essa separação. Um aspecto importante, levantado por Ohm, foi a descoberta de fatores que influem
no valor da resistência elétrica de um resistor, são eles:
•a dimensão do resistor (área e comprimento);
•o material que constitui este resistor.
Consideremos um fio condutor de comprimento L e área de seção transversal A.
•a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do fio, ou seja, quanto maior o
comprimento do fio maior é a dificuldade de movimentação dos elétrons.
•a resistência elétrica é inversamente proporcional ao valor da área da seção transversal do fio, ou
seja, quanto maior a área mais fácil é a movimentação dos elétrons, portanto a resistência elétrica diminui.

Logo podemos escrever que:

21
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO

1. Calcule a resistência de um fio condutor de cobre com 30 m de comprimento e com um diâmetro de 0,5
mm.

2. Determine o comprimento de um fio condutor de cobre, se ele possui um raio igual a 0,75mm e uma
resistência de 0,5Ω.
Resposta: L = 52,91m

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

0- Um fio metálico é feito de um material cuja resistividade é 0,20 Ω.mm 2/m e tem seção transversal de área
0,10 mm2. Determine a resistência elétrica R desse fio por metro de comprimento.

02- Calcule a resistência de um fio condutor de cobre com 50 m de comprimento e com um raio igual a
r = 0,12 mm.

6.4- LEITURA DE RESISTORES – CÓDIGO DE CORES

Existem resistores dos mais diversos tipos e valores de resistência. Há algumas convenções a serem
usadas quando escrevemos os valores de resistores.
Alguns exemplos:
Resistência de 3 ohms → R1 = 3R = 3Ω
Resistência de 2,7 ohms → R2 = 2,7 Ω = 2R7
Resistência de 4700 ohms → R3 = 4,7K = 4k7
Resistência de 8200 Mega ohms → R4 = 8,2MΩ = 8M2
22
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
A colocação da letra R (Resistência) ou o prefixo k (quilo, que equivale a 1000 unidades) ou M
(Mega, que vale um milhão de unidades) no lugar da vírgula é para evitar que uma falha de impressão da
vírgula possa ocasionar a leitura errada da resistência.
Embora alguns resistores tragam impressos o valor da resistência em seu corpo, o código de cores é
muito utilizado, já que em alguns casos os resistores são tão pequenos que impossibilitam a leitura de
qualquer caractere impresso nele.

TABELA DO CÓDIGO DE CORES DOS RESISTORES

A leitura das cores é feita da seguinte forma: A 1ª faixa é a que fica mais próxima da extremidade;
 A 1ª e a 2ª faixas correspondem aos dois primeiros números;
 A 3ª faixa corresponde ao multiplicador ou a quantidade de zeros;
 A 4ª faixa corresponde à tolerância em %.

23
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Exemplo 01: Determine o valor do resistor da figura abaixo:

Exemplo 02: Determine as cores do resistor R = 390 kΩ ± 10%:

1º → devemos transformar em ohms.

1k = 1000 → R = 390 x 1000 → R = 390000Ω → R = 39 x 104 ± 10% →

3 → Laranja; 9 → Branca; 104 = 4 zeros → Amarela; e 10% = Prata

R = Laranja; Branca; Amarela e Prata

Exercícios Resolvidos:

01- Determine as cores dos resistores abaixo:

a) 120Ω ± 5% = 12x10 ± 5% = Resposta: (marrom; vermelha; marrom; ouro).

b) 39KΩ ± 10% = 39 x 1000 = 39 x 103 ± 10% = Resposta: (laranja; branca; laranja; prata).

c) 4K7 ± 2% = 4,7 x 1000 = 4700 ± 2% = Resposta: (amarela; violeta; vermelha; vermelha).

d) 5Ω ± 3% = 50 x 10-1 = 50 x 0,1 ± 3% = Resposta: (verde; preta; ouro; laranja).

A seguir mostramos alguns resistores SMD com suas respectivas identificações pelo código específico.

24
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXERCÍCIOS

01- Determine os valores dos resistores identificados com as cores abaixo:

a) Marrom – Cinza – Laranja – Prata b) Vermelha–Violeta–Amarela–Ouro

c) Laranja – Branca – Marrom – Vermelha d) Amarela – Violeta – Verde – Laranja

e) Verde – Azul – Ouro – Prata f) Azul – Cinza – Preta – Marrom

g) Violeta – Verde – Prata – Ouro h) Cinza – Vermelha – Azul – Prata

i) Marrom – Verde – Preta – Laranja – Marrom j) Branca – Marrom - Vermelha

02- Determinem as cores dos resistores cujos valores são mostrados abaixo:

a) 560 KΏ ± 5 % b) 120 Ώ ± 2 % c) 10 MΏ ± 1 % d) 18 Ώ ± 10 %

e) 1k5 ± 20 % f) 2,7 Ώ ± 3 % g) 1 Ώ ± 5 % h) 5M6 Ώ ± 1 %

i) 3R3 ± 5 % j) 47K Ώ ± 10 % k) 100 KΏ ± 5 % l) 0,68 Ώ ± 2 %

7- POTÊNCIA ELÉTRICA

Você já deve ter ouvido muitas propagandas sobre produtos eletrônicos nas quais e destacada a
potencia desses equipamentos. Bons exemplos são os aparelhos de som, os chuveiros e lavadoras que
sempre apresentam em destaque sua potencia de trabalho.
Esses aparelhos necessitam de energia elétrica para funcionar e, ao receberem essa energia elétrica,
transformam-na em outra forma de energia. No caso do chuveiro, por exemplo, a energia elétrica e
transformada em energia térmica. Quanto mais energia for transformada em um menor intervalo de tempo,
maior será a potencia do aparelho. Dessa forma temos que a potencia elétrica e a razão entre a energia
elétrica transformada e o intervalo de tempo dessa transformação. Na utilização de um equipamento elétrico
você pode observar que ele esquenta durante seu funcionamento. Esse aquecimento e chamado de efeito
Joule e ocorre por causa das colisões entre os elétrons. A energia que e drenada nesse aquecimento e
chamada de energia dissipada.
Como a energia convertida é medida em joules (J) e o tempo em segundo (s), a potência é medida em
joules/segundo (J/s). A unidade elétrica de medida de potência é o watt (W). Na forma de equação, a
potência é determinada por:
25
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
A potência consumida por um sistema ou dispositivo elétrico pode ser determinada em função dos
valores de corrente e tensão, ou seja:
A potência e o produto da tensão pela corrente. Sua unidade de medida e o Watt [W]

Usaremos a regra do triângulo para determinar os outros valores na equação acima.

Utilizando a lei de Ohm, a equação para o cálculo da potência pode ser expressa de mais duas maneiras:

Medidor de Potência: Wattímetros

Existem instrumentos que podem medir a potência fornecida por uma fonte a um elemento
dissipativo, para medir potência elétrica esse instrumento é o wattímetro. Como a potência é uma função dos
valores de tensão e corrente, quatro terminais têm de ser conectados, como mostra a Figura abaixo, para
medir a potência na Lâmpada.
As conexões das bobinas de corrente (BC) devem ser feitas em série com o dispositivo a ser medida
a potência e as bobinas de tensão (BT) do wattímetro devem ser ligadas em paralelo com o dispositivo,
conforme a figura abaixo.

26
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Conexões de um wattímetro.

8.6- ENERGIA ELÉTRICA

Para que uma potência, que determina a velocidade com que um trabalho é realizado, produza uma
conversão de uma forma de energia em outra, tem que ser gasto um intervalo de tempo. Por exemplo, um
motor pode ter de acionar uma grande carga, porém, a menos que o motor seja usado ao longo de um
intervalo de tempo, não haverá conversão de energia. Além disso, quanto mais tempo o dispositivo ficar
ligado para acionar uma carga, maior será a energia utilizada. Exemplo do chuveiro elétrico que tem uma
potência alta, em torno de 3.000W, e consome muita energia.

A energia (W) consumida ou fornecida por um sistema é determinada por:

A unidade mais comumente utilizada é a watt-hora (Wh ou kWh). Como referência desta unidade, 1
kWh é a quantidade de energia dissipada por uma lâmpada de 100 W ligada durante 10 horas.
1KWh = 3,6.106J.

OBS.: BTU (Unidade Térmica Britânica) é a unidade de energia consumida por um aparelho de ar
condicionado.
Um aparelho de 12000BTUs tem uma Potência de 1.180W e consome 3.500 Wh

EXEMPLO NUMÉRICO
1. Calcule a quantidade de energia (em kWh) necessária para manter uma lâmpada de filamento com 60 W,
acesa doze horas por dia, durante um mês.

2. Um ferro elétrico de 1000W é ligado a uma rede de 220V. Calcule a corrente drenada pelo ferro e a
energia consumida em uma semana (7 dias) se ficar ligada, em média, 2 horas por dia.

27
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Calcule a corrente que percorre um ferro elétrico de passar, com uma potência igual a 1100W, ligado em
uma rede de 220V. Calcule a resistência do ferro.

02- Qual a potência de ar condicionado que drena uma corrente de 10A, a tensão da rede é de 127V.

03- Calcule a corrente total consumida pelos aparelhos abaixo, ligados em uma residência em São Luís do
Maranhão (Vrede = 220V):

- 03 Lâmpadas de 20W – 04 Lâmpadas de 15W – 02 TVs de 70W – 01 Geladeira de 200W


– 01 Ferro de passar de 1100W – 02 ventiladores de 80W.

8.7 – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Até agora aprendemos a trabalhar com apenas um resistor. Na prática teremos circuitos com vários
resistores ligados entre si, constituindo o que chamamos de uma associação de resistores. Portanto a partir de
agora iremos trabalhar com dois tipos básicos de associação: a associação em série e a associação em
paralelo e depois passaremos a resolver problemas com associações mistas (série e paralelo). O circuito
abaixo mostra uma associação mista de resistores e ao lado o resistor equivalente ou resistência total.
Determinaremos o valor da chamada resistência equivalente a uma dada associação. Entende-se por
resistência equivalente a uma única resistência que substitui o conjunto de resistores de uma associação e
que submetida à mesma tensão da associação deverá ser percorrida pela mesma corrente, figura abaixo.

a) – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE

Um grupo de resistores está associado em série quando estiverem ligados de tal forma que exista
apenas um caminho para a circulação de corrente elétrica entre seus terminais e sejam percorridos pela
mesma corrente elétrica.
Consideremos três resistores, associados em série:

28
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
A resistência total de um circuito em série é a soma das resistências do circuito. A corrente é a
mesma através de cada elemento do circuito. Veja a figura a seguir:

Para determinarmos a resistência equivalente Req ou resistência total RT, ou seja, aquela que pode
substituir uma associação de resistores, sem que o resto do circuito note a diferença, que submetida à uma
tensão E é atravessada pela mesma corrente i, devemos proceder da seguinte maneira:

Se tivermos N resistores em série teremos:

Se todos os N resistores da associação forem iguais a R, a resistência equivalente será dada por :
Req = n.R

Se aplicarmos uma tensão E entre os pontos A e B os três resistores serão percorridos pela mesma
corrente elétrica i e, portanto cada resistor possuirá uma d.d.p.(tensão) V1, V2 e V3, proporcional ao valor
de sua resistência.

Um circuito consiste de um número qualquer de elementos unidos por seus terminais, estabelecendo
pelo menos um caminho fechado através do qual a corrente possa passar.
29
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO

1. (a) Determine a resistência equivalente para o circuito em série da figura abaixo.


(b) Calcule a corrente fornecida pela fonte.
(c) Determine as tensões V1, V2 e V3.

EXERCÍCIOS

01- Na associação de resistores dada a seguir, a d.d.p. entre os pontos A e B é igual a 120 V.

(a) determine a resistência equivalente entre os pontos A e B;


(b) determine a intensidade da corrente no trecho AB;
(c) qual a d.d.p. em cada resistor?

02- Um circuito tem 16 lâmpadas, de resistência elétrica 2 Ω cada uma, para associar em série, a fim de
enfeitar uma árvore de Natal. Cada lâmpada suporta no máximo, corrente elétrica de intensidade 3,5 A.
(a) o que acontece com as demais lâmpadas se uma delas se queimar?
(b) qual a resistência elétrica da associação?
(c) qual a d.d.p. máxima a que pode ser submetida à associação, sem perigo de queimar nenhuma lâmpada?
(d) qual a d.d.p. a que cada lâmpada fica submetida nas condições do item anterior?

30
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
b) – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO

Dois ou mais elementos, ramos ou circuitos estão conectados em paralelo quando possuem dois
pontos em comum. Estes resistores associados em paralelo estão submetidos a uma mesma diferença de
potencial elétrico (d.d.p.). A figura a seguir mostra esse circuito:

Consideremos N resistores associados em paralelo na figura abaixo:

A resistência equivalente Req ou RT é dada pela fórmula abaixo:

Quanto maior for a diferença entre os valores das resistências de dois resistores em paralelo, mais o
valor da resistência total será próximo do valor da menor resistência.

Quando as resistências de um circuito em paralelo são todas iguais, o cálculo da resistência total
torna-se mais simples. Para N resistores de mesmo valor em paralelo, têm-se:

31
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Com frequência é necessário calcular a resistência equivalente para apenas dois ou três resistores em
paralelo. Para este cálculo utilizam-se as equações abaixo;

- Para dois resistores:

Para o circuito abaixo RT será:

- Para três resistores:

Obs: A intensidade de corrente elétrica é dividida para cada resistor de acordo com o valor de cada
resistência elétrica, mas a d.d.p. (tensão) é igual para todos os resistores.

32
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO

01- Determine a resistência total para o circuito em paralelo visto na figura abaixo.

02- Determine o valor de R2 a partir do circuito visto na figura abaixo de modo que a resistência total do
circuito seja 9 kΩ.

CIRCUITOS EM PARALELO

O circuito da Figura abaixo é o mais simples dos circuitos em paralelo. Os terminais a e b são
comuns a todos os elementos. A corrente fornecida pela fonte é:

33
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Como os terminais da bateria estão diretamente ligados aos terminais de R1 e R2, tem -se que as
tensões obtidas entre os terminais de elementos em paralelo são iguais, isto é:

34
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO

1. Considerando os dados fornecidos na figura abaixo, (a) determine R 3; (b) calcule E;


(c) determine IT; (d) determine I2; (e) calcule P2.

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- No circuito esquematizado a seguir, a tensão entre os pontos A e B é 120 V.

Determine:
a) a resistência equivalente;
b) a corrente elétrica total;
c) a corrente que atravessa cada resistor.

02- Três resistores de resistências elétricas R1 = 5Ω, R2 = 8Ω e R3 = 10Ω são associados em


paralelo. A associação é percorrida por uma corrente de intensidade de 20 A. Determine:

a) a resistência equivalente;
b) a ddp a que está submetida à associação;
c) a intensidade da corrente que percorre cada um dos resistores;
d) a ddp que está submetido cada resistor.

03- Para a associação esquematizada na figura determine:

a) a resistência elétrica R1;


b) a intensidade de corrente i 3;
c) a intensidade de corrente i 2;
d) a resistência elétrica R1;
e) a resistência equivalente da associação.

35
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
b) ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES - CIRCUITOS EM SÉRIE-PARALELO

Existem alguns procedimentos que ajudam na análise de circuitos mais complexos onde surgem
elementos combinados em conexões em série-paralelo. Em geral deve-se:
- Analisar cada região do circuito separadamente antes de associá-las em combinações série-paralelo. Isso
simplifica o circuito e revela um método direto para a determinação dos valores de uma ou mais incógnitas.
- Calcular a resistência equivalente entre os pontos ligados à fonte de alimentação.
- Redesenhar o circuito, quando possível, com os ramos simplificados, mantendo intactas as quantidades
desconhecidas para deixar o circuito de modo mais fácil de ser entendido e proporcionar circuitos reduzidos
para que, a partir da fonte, se determinem as quantidades desconhecidas.
- Calcular a corrente total fornecida pela fonte de alimentação e a partir daí calcular as tensões e correntes
nos resistores.
- Ao se obter uma solução, verifique se ela é razoável, considerando os valores associados à fonte de energia
e aos elementos do circuito.

EXEMPLO NUMÉRICO

1.Analise o circuito abaixo e calcule a resistência equivalente “vista” pela fonte e a corrente total fornecida
pela fonte.

36
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
1. Determine a corrente total (IT) e a corrente I4 no resistor R4 e a tensão V2 para o circuito abaixo.

3. Calcule a resistência equivalente do circuito abaixo, a corrente total fornecida pela fonte e V1 e
V11.

RESPOSTAS: RT = 19Ω, IT = 5A, V1 = 30V e V11 = 45V

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01- Determine o valor da resistência equivalente, da corrente total fornecida pela fonte e as tensões e
correntes em cada resistor do circuito abaixo:
a)
37
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
b)

8.8- FONTES DE TENSÃO EM SÉRIE

As fontes de tensão podem ser conectadas em série, como mostra a Figura 4, para aumentar ou
diminuir a tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as tensões
das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as
de polaridade oposta. A polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior.

Na Figura abaixo a tensão total é dada por: ET = E1 + E2 + E3 → ET = 10 + 6 + 2 = 18 V

Na Figura abaixo a maior força é para a esquerda, o que resulta em uma tensão total dada por: ET
= E1 – E2 – E3 → ET = 4 – 9 – 3 = - 8 V.

38
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
8.9- FONTES DE TENSÃO EM PARALELO

Fontes de tensão podem ser colocadas em paralelo, como na Figura abaixo, somente se as tensões
nos seus terminais forem idênticas. A razão para se ligar baterias em paralelo está na necessidade de se
obter uma maior intensidade de corrente e, portanto, uma potência mais alta, a partir da fonte composta.

Se duas baterias de tensões diferentes forem conectadas em paralelo, acabarão ambas descarregadas
ou danificadas, pois a tendência da bateria de tensão mais elevada é cair rapidamente até igualar-se à da
fonte de tensão mais baixa.

8.10- CIRCUITOS ABERTOS E CURTOS-CIRCUITOS

Um circuito aberto consiste simplesmente de dois terminais isolados sem qualquer conexão entre si
(Figura abaixo). Como não existe um caminho fechado para condução, a corrente em um circuito aberto é
sempre nula.

Um curto-circuito é uma baixa resistência conectada diretamente entre dois pontos de um circuito,
como na Figura abaixo.

39
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
“A corrente através do curto-circuito pode ter um valor qualquer, porém a tensão sobre o
curto-circuito sempre será nula porque a resistência no curto-circuito é sempre igual a
zero.”

9- REGRAS DOS DIVISORES DE TENSÃO E DE CORRENTE

9.1- DIVISOR DE TENSÃO

Nos circuitos em série: A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide -se na mesma
proporção que os valores de resistência.
Na Figura, o maior resistor, de 6Ω O, captura a maior parte da tensão aplicada, enquanto o menor,
R3, fica com a menor tensão. Observa-se também que R1 é seis vezes maior que R3, e que a tensão sobre R1
é seis vezes maior que a tensão sobre R3. Da mesma forma R2 é três vezes maior que R3, resultando que a
tensão sobre R2 é três vezes maior que a tensão sobre R3.
Portanto, a tensão entre os terminais de resistores em série está na mesma proporção que suas
resistências.
Note-se que se o valor de todos os resistores aumentarem na mesma proporção, os valores de tensão
permanecerão os mesmos.
A relação entre os valores dos resistores é que importa para a divisão da tensão, e não o valor absoluto dos
resistores. O valor da corrente será profundamente afetado pela mudança nos val ores das resistências da
Figura, mas os valores de tensão permanecerão os mesmos.

Existe um método denominado regra dos divisores de tensão, que permite determinar as tensões sem ser
necessário determinar primeiro a corrente. Utilizando a Figura acima, tem-se:

40
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Note-se que o formato para V1, V2 e V3 é:

Onde Vx é a tensão entre os terminais de Rx e a tensão aplicada aos elementos em série é R T e a


resistência total do circuito série.

EXEMPLO NUMÉRICO:

1- Determine os valores das tensões V1, V2 e V3, usando a regra dos divisores de tensões, para o circuito
em série na figura abaixo.

9.2- DIVISOR DE CORRENTE

Quando se tem dois elementos com resistências iguais em paralelo, a corrente se dividirá igualmente.
Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor resistência será
percorrido pela maior fração da corrente.
A razão entre os valores das correntes nos dois ramos será inversamente proporcional à razão entre as
suas resistências.

41
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Por exemplo, se a resistência de um dos resistores de uma combinação em paralelo for o dobro da
resistência do outro, então a corrente que o atravessa será a metade da corrente que percorre o resistor de
menor resistência.

Na Figura a seguir, como I1 vale 1 mA e o valor de R1 é seis vezes o de R3, a corrente através de R3
tem que ser 6 mA. No caso de R2 a corrente tem de ser 2 mA, pois R1 é o dobro de R2.
Na Figura – Como a corrente se divide entre resistências em uma ligação em paralelo.
I2 deve ser 2 mA .

É possível, portanto, deduzi uma fórmula que expresse essa regra. Usando o circuito da figura abaixo
e sabendo que Ix é a corrente que atravessa a resistência Rx, tem-se:

Como regra geral pode-se estabelecer que:

1- A corrente sempre procura o caminho de menor resistência.

2- Para dois resistores em paralelo, a maior corrente passará atrav[es do resistor de menor resistência.

42
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO:

1- Determine as correntes I1 e I2, no circuito abaixo, usando a regra do divisor de corrente.

EXERCÍCIOS:

01- Calcule o valor da corrente total (Is) e Ic, no circuito abaixo, sabendo-se que IB é igual a 3mA.

02- Determine os valores das correntes Total (IT) e I4, no circuito abaixo, usando divisor de corrente.

43
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
10- ANÁLISE DE CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

10.1- LEI DE KIRCHHOFF PARA TENSÕES – LKT

A lei de Kirchhoff para tensões (LKT) afirma que a soma algébrica das elevações e quedas de
potencial em uma malha fechada é zero.
Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que, ao ser percorrido em um sentido a partir de
um ponto, retorna ao mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem deixar o circuito. Na Figura 5, seguindo a
corrente, pode-se traçar um caminho contínuo que deixa o ponto através de R1 e retorna através de E sem
deixar o circuito. Assim percurso (abcda) é uma malha fechada.
Para se aplicar a lei de Kirchhoff para tensões, a soma das elevações e quedas de potencial precisa
ser feita percorrendo a malha em certo sentido.

Por convenção o sentido horário será usado para todas as aplicações da lei de Kirchhoff para tensões.
Entretanto, o mesmo resultado pode ser obtido se o sentido escolhido for o anti-horário.
Um sinal positivo indica uma elevação de potencial (de – para +), e um sinal negativo, uma queda
(de + para –). Seguindo a corrente na Figura 5 a partir do ponto a, primeiro encontra-se uma queda de tensão
V1 (de + para –) entre os terminais de R1 e outra queda V2 entre os terminais de R2. Ao se passar pelo
interior da fonte, tem-se um aumento de potencial E (de – para +) antes de retornar ao ponto a. Em forma
simbólica pode-se representar a lei de Kirchhoff como: S V = 0. No circuito da Figura 5, usando o sentido
horário, obtém-se a partir do ponto d:

+ E - V1 - V2 = 0 → E – R1.I – R2.I = 0 → E = R1.I + R2.I

O que revela que a tensão aplicada a um circuito em série é igual à soma algébrica das quedas de
tensão nos elementos em série.
A aplicação da lei de kirchhoff para tensões não precisa seguir um caminho que inclua elementos
percorridos por corrente. Na Figura 6 há uma diferença de potencial entre os pontos a e b, embora os dois
pontos não estejam conectados por um elemento percorrido por corrente. A aplicação da lei de Kirchhoff
para tensões em torno da malha fechada irá resultar em uma diferença de potencial de 4 V entre os dois
pontos.

44
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO:

01- Calcule a corrente do circuito abaixo, usando a LKT.

02- Determine a tensão Vx no circuito abaixo.

EXERCÍCIOS:

1- Calcule a corrente do circuito e as tensões em cada resistor.

45
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
10.2- LEI DE KIRCHHOFF PARA CORRENTE – LKC

EXEMPLO NUMÉRICO:

10.3- MÉTODOS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS CC

INTRODUÇÃO

Os procedimentos vistos até agora só permitem que sejam analisados circuitos onde exista uma fonte,
ou duas ou mais fontes, em série ou em paralelo. Eles não podem ser aplicados se as fontes não estiverem
em série ou em paralelo.
Para resolver este problema existem métodos que permitem de forma sistemática analisar circuitos
com qualquer arranjo. Note que estes métodos também podem ser usados em circuitos com apenas uma
fonte. Os métodos são:
. Análise das correntes nos ramos.
. Métodos das malhas.
. Método dos nós.
Qualquer deles pode ser aplicado a um mesmo circuito. O melhor método é aquele no qual se ganhar maior
habilidade na utilização

46
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
DEFINIÇÕES DE RAMO, NÓ E MALHAS

- RAMO = Um ramo do circuito é qualquer parte do circuito que possui um ou mais elementos em série.

- NÓ = uma junção de dois ou mais ramos.

- MALHA = qualquer conexão contínua de ramos que permite seguir um caminho partindo de um ponto em
um sentido e retornando ao mesmo ponto no sentido oposto sem deixar o circuito.

10.4- MÉTODO DA ANÁLISE DE MALHAS

O segundo método de análise é o método das malhas. Os passos para a aplicação deste método são os
seguintes:

1.Associa-se uma corrente ao sentido horário a cada malha fechada independente


do circuito.

2. Indique as polaridades de cada resistor dentro de cada malha, de acordo com o sentido da corrente
adotado para esta malha. Isso pode requerer, como indicado na Figura 3, que o resistor de 4 O tenha duas
polaridades associadas.

3.Aplica-se a LKT em todas as malhas, no sentido horário.

a) Se um resistor é percorrido por duas ou mais correntes, a corrente total que o atravessa é dada pela
corrente da malha à qual a lei de Kirchhoff está sendo aplicada mais as correntes de outras malhas que o
percorrem no mesmo sentido e menos as correntes que o atravessam em sentido oposto.
b) A polaridade de uma fonte de tensão não é afetada pela escolha do sentido das correntes nas malhas.

4.Resolvem-se as equações lineares simultâneas resultantes para obter as correntes de malhas.

EXEMPLO NUMÉRICO:

1- Aplique o método das malhas para o circuito acima e determine os valores das correntes
I1, I2 e I3.

47
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

1- Determine os valores das correntes I1, I2 e I3 no circuito abaixo, usando a análise de malhas.
Respostas:

I1 = 0,66A
I2 = - 2,5A
I3 = 3,16A

2- Calcule as correntes e tensões do circuito abaixo, usando o método das malhas.

Respostas:

I1 = 1,5A
I2 = 1,25A
I3 = 0,25A

48
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
3- Calcule as correntes e tensões do circuito abaixo, usando o método das malhas.

Respostas:

I1 = 0,26mA
I2 = 0,133mA
I3 = 0,127mA

11- TEOREMAS DA ANÁLISE DE CIRCUITOS

11.1- TEOREMA DE THEVENIN

O teorema de Thévenin afirma que:


Qualquer circuito de corrente contínua bilateral de dois terminais pode ser substituído por um
circuito equivalente constituído por uma fonte de tensão e um resistor em série.
Na Figura abaixo (a) o circuito no interior da caixa só está ligado o exterior por dois terminais, que
denominamos a e b. Usando o teorema de Thévenin, é possível substituir tudo o que existe no interior da
caixa por uma fonte e um resistor, como mostrado na Figura (b), sem mudar as características do circuito
entre os terminais a e b. Ou seja, qualquer carga conectada aos terminais a e b se comportará da mesma
maneira se estiver conectada ao circuito da Figura (a). Nos dois casos a carga receberá a mesma corrente,
tensão e potência.

Efeito da aplicação do teorema de Thévenin.

49
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Para o circuito mostrado na Figura 10(a), o circuito equivalente de Thévenin pode ser determinado
diretamente combinando as baterias e resistores em série. Mas, na maioria dos casos, existem outros
elementos conectados à direita ou à esquerda dos terminais a e b. Entretanto, para aplicar o teorema, o
circuito a ser reduzido à sua forma equivalente de Thévenin tem de ser isolada como mostra a Figura acima,
e os terminais ‘de conexão’ identificados.
A aplicação desse teorema permite determinar qualquer valor particular de tensão ou corrente num
circuito linear com uma, duas ou qualquer outro número de fontes. É possível também separar uma parte de
um circuito, substituindo-o pelo equivalente de Thévenin. Por exemplo, na Figura seguinte, após se obter o
circuito equivalente de Thévenin para a parte sombreada, pode-se calcular facilmente a corrente no resistor
variável RL e a tensão entre seus terminais para qualquer valor que RL possa assumir.

Na Figura seguinte, todo o circuito, com exceção de RL, deve ser substituído por uma bateria e um
resistor em série. Os valores desses dois componentes do circuito equivalente têm de ser escolhidos de
modos a garantir que o resistor RL se comporte no circuito visto na Figura (a), da mesma forma que no
circuito mostrado na Figura (b). Em outras palavras, a corrente e tensão no resistor RL devem ser as mesmas
para os dois circuitos para qualquer valor de RL.

Os passos do método são os seguintes:


1.Remove-se a parte do circuito para a qual deseja obter o equivalente Thévenin.
No caso da Figura acima (a), é necessário remover temporariamente o resistor RL.
2.Assinalam-se os terminais do circuito remanescente.
3.Calcula-se RTh, colocando primeiro todas as fontes em zero (substituindo as fontes de tensão por curtos-
circuitos e as fontes de corrente por circuitos abertos) e em seguida determine a resistência equivalente entre
os dois terminais escolhidos.
4.Calcula-se ETh retornando primeiro todas as fontes às suas posições originais no circuito e em seguida
determinando a tensão entre os dois terminais escolhidos, mantendo o circuito aberto entre os terminais a e
b.
5.Desenha-se o circuito equivalente de Thévenin e recoloca-se entre os terminais do circuito equivalente a
parte que foi previamente removida.

50
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO:

2. Determinar o valor da corrente na carga RL,


desenhar o circuito equivalente de Thevenin para
a parte sombreada do circuito ao lado, para RL =
2Ω. Em seguida substitua RL por 10Ω, e 100Ω e
calcule a nova corrente para cada situação.

51
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
12- CAPACITORES

São componentes formados por duas placas condutoras, paralelas, chamadas de armaduras e
separadas por um material isolante chamado dielétrico. A função do capacitor é armazenar cargas elétricas
em seu campo elétrico, entre suas placas.
O dielétrico deve isolar eletricamente uma placa da outra, além de reduzir o campo elétrico formado
entre as duas placas quando o capacitor estiver carregado, aumentando assim sua capacitância.
Capacitância → É a capacidade que tem o capacitor em armazenar cargas elétricas entre as placas. Sua
unidade é o Farad (F). Como o Farad é uma unidade grande, os capacitores usam muito os submúltiplos
como: milifarad (mF); microfarad (µF); nanofarad(nF) e o picofarad (pF).
Capacitores são bastante utilizados em equipamentos eletrônicos de comunicações, fontes de
alimentação, computadores, circuitos receptores e transmissores, filtros, bloqueadores de nível CC, para dar
partida em motores, etc. os capacitores variáveis e ajustáveis (trimmers) são utilizados rádios receptores na
sintonia de sinais das estações.
A figura abaixo mostra com as placas são colocadas, em paralelo e os símbolos utilizados pelos
capacitores.

52
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
12.1-
TIPOS DE CAPACITORES

Os capacitores comerciais são denominados de acordo com o seu dielétrico. Os capacitores mais
comuns são os de cerâmica, poliéster, eletrolíticos, ar, papel e mica. A maioria dos capacitores são ligados
ao circuito sem dar importância à polaridade, mas capacitores eletrolíticos e alguns tipos de capacitores
cerâmicos tem sua marcada, devendo ser respeitada.
A figura abaixo mostra algumas informações sobre esses capacitores:

12.2- CARGA ARMAZENADA EM UM CAPACITOR

O processo de carga e descarga de um capacitor será mostrado a seguir:

Capacitância (C) é a característica que o capacitor apresenta de armazenar mais ou menos cargas
elétricas por unidade de tensão. Portanto podemos escrever a relação:

Quando aplicarmos 1volt (V) em um capacitor e ele armazenar uma carga Q igual a 1 Coulomb (C),
teremos então uma capacitância C igual a 1 Farad (F).

53
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
EXEMPLO NUMÉRICO:

1. Calcule a carga elétrica armazenada em um capacitor com capacitância de 3,3pF com 20V aplicados
sobre ele.

2. Qual a tensão U, aplicada em um capacitor de 15µF se a carga armazenada é igual a 0,30mC.

3. Calcule a capacitância de um capacitor cuja carga é de 94,5nC e é alimentado com 63V.

12.3- CARGA E DESCARGA DO CAPACITOR

Os capacitores ao serem ligados a uma fonte de corrente contínua, carregam-se com cargas elétricas
atingindo níveis de tensão que podem se igualar à tensão da fonte. O nível dessa tensão que ficará no
capacitor, depende de sua capacitância, da resistência ligada no circuito e o tempo que o capacitor ficará
ligado à fonte de tensão.

a) CARGA DO CAPACITOR

O circuito abaixo nos dará uma dimensão exata de como o capacitor funciona. Consideremos o
capacitor inicialmente descarregado.

Com a chave S1 aberta, as placas do capacitor estão eletricamente neutras. Fechando-se a chave S1,
o terminal positivo da fonte (+) atrai elétrons da placa superior, estes entram no terminal positivo da fonte,
saem pelo terminal negativo (-), sendo repelidos pela placa inferior. À medida que os elétrons vão saindo da
placa superior, a mesma vai se carregando positivamente. À medida que os elétrons vão entrando na placa
inferior, a mesma vai se carregando negativamente. Na figura abaixo mostramos esse processo.

54
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
No instante em que a chave S1 é fechada, a corrente I da carga é máxima e a tensão no capacitor é
zero. À medida que o capacitor vai se carregando, a corrente de carga vai diminuindo e a tensão entre as
placas do capacitor se iguala a tensão da fonte (Vc = VT), a corrente de carga I cessa. Uma vez o capacitor
carregado, a chave S1 pode ser aberta que o capacitor manterá a carga armazenada em suas placas, por um
tempo, assim como a ddp entre elas.

GRÁFICO DE CARGA DO CAPACITOR

Quando a chave S1 é fechada, o terminal positivo da fonte começa a atrair os elétrons da placa
superior. Os elétrons saem da placa superior, passam pelo resistor R, entram no terminal positivo da fonte,
saem pelo terminal negativo, sendo repelidos para a placa inferior. A placa superior vai se carregando
positivamente e a inferior negativamente. Entre ambas aparecerá uma ddp, que vai aumentando até atingir o
valor da tensão da fonte, quando então a corrente de carga (Ic) cessa.

Vemos a seguir como as tensões e correntes variam com o tempo.

Quando fechamos S1, todas as tensões e correntes se alteram exponencialmente de seus valores
iniciais para seus valores finais. De um modo geral, após 5T = 5RC (cinco constantes de tempo), elas estão
bastante próximas dos valores máximos e mínimos.

b) DESCARGA DO CAPACITOR

Para descarregar um capacitor basta dar um curto em seus terminais. Com o curto, os elétrons que
estão em excesso na placa inferior, se deslocam para a placa superior, com o objetivo de restabelecer o
equilíbrio. Quando todos os elétrons voltarem a sua placa de origem, a ddp entre as placas cai a zero e o
capacitor estará completamente descarregado.

55
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Se for conectado um resistor aos terminais de um capacitor carregado, o capacitor irá se descarregar
de forma exponencial até suas placas se descarregarem e a ddp entre elas voltar a zero. O resistor irá
aumentar o tempo de descarga porque ele limita a corrente inicial de descarga. Quanto maior o valor do
resistor, mais tempo o capacitor levará para carregar.

Da mesma forma que na carga, as tensões se alteram exponencial mente de valores iniciais para
valores finais. Após 5RC (cinco constantes de tempo), o capacitor estará praticamente descarregado.

12.4- FATORES QUE INFLUENCIAM NO VALOR DA CAPACITÂNCIA

A capacitância de um capacitor depende da área das placas, da distância entre as placas e do material
usado como isolante. Para um capacitor com duas placas paralelas, a fórmula para calcular a capacitância é
dada por:

12.5- ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

Os capacitores, assim como os resistores, também podem estar associados em série e paralelo e
podemos obter valores equivalentes, que possam substituir um conjunto de vários capacitores, um valor não
comercial ou mesmo a redução de um circuito.

56
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
a) ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE

Quando aplicamos uma ddp aos extremos de uma associação de capacitores em série, todos os
capacitores apresentarão a mesma carga Q e a tensão aplicada se distribuirá em cada capacitor, de forma que
a soma das tensões dos capacitores será igual a ddp da fonte.

b) ASSOCIAÇÃO EM PARALELO

Todos os dispositivos elétricos ligados em paralelo apresentam a mesma ddp, com os capacitores
isso não é diferente, logo os mesmo terão a mesma tensão, quando aplicada uma ddp sobre eles e a carga
total será a soma das cargas de cada capacitor, conforme a figura abaixo.

EXEMPLO NUMÉRICO:

1. Calcule a capacitância equivalente entre os pontos A e B dos circuitos abaixo.

57
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
a)

b)

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

1- Calcule a carga armazenada em um capacitor de 100nF com 25V aplicado a ele.

2- Qual a tensão em um capacitor de 220µF se a carga nas placas é de 13,86mC?

3- Calcule a capacitância equivalente do circuito abaixo:

58
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
4- Calcule a carga armazenada na capacitância equivalente do circuito abaixo, sabendo-se que a tensão
aplicada é de 50V.

OBS.: todos os capacitores tem valor igual a 20nF.

13- MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO

O magnetismo é uma forma de energia cuja principal propriedade é atrair outros corpos. Os corpos
que possuem o magnetismo são chamados de ímãs. Os ímãs podem ser naturais ou artificiais.

Ímãs Naturais – São compostos de ferro conhecidos como magnetita, encontrados com certa facilidade na
natureza.

Ímãs Artificiais – São ímãs produzidos pelo homem. Existem hoje ímãs artificiais tão poderosos que,
trabalhando em conjunto com guindastes, conseguem levantar até carros.

13.1- IMANTAÇÃO OU MAGNETIZAÇÃO

É o ato de fazer com que um corpo apresente propriedades magnéticas. Existem várias formas de se
imantar um corpo, sendo talvez a mais fácil de todas, imantação por aproximação. Quando aproximarmos
um corpo magnético de um ímã, o corpo adquiriu propriedades magnéticas, tornando-se, deste modo, um
ímã temporário. Uma experiência simples pode ser feita para provar este fenômeno: encoste a ponta de uma
chave de fenda em um ímã e depois a aproxime de um parafuso. Você verá que a chave de fenda irá atrair o
parafuso. Isso ocorreu por que a chave de fenda foi imantada, ou seja, adquiriu propriedades magnéticas.

13.2- CAMPO MAGNÉTICO

É a região ou matéria onde são observados as propriedades magnéticas. Durante a idade média,
descobriu-se que se uma agulha magnética for colocada sore um eixo de forma que ela pudesse se mover
livremente, ela invariavelmente se alinharia na direção norte-sul geográfico da terra. Uma extremidade da
agulha foi assim chamada de pólo norte magnético (a que apontava para o norte geográfic o), e a outra, de
59
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
pólo sul (a que apontava para o sul geográfico). Ao introduzir a bússola em um campo magnético, a sai
agulha irá se movimentar indicando a direção e o sentido do campo. Graficamente, o campo magnético é
representado por linhas que nós chamamos de LINHAS DE FORÇA. Um ímã possui extremidades (ou
pólos) norte e sul, tendo sido convencionado que as linhas de força saem sempre da extremidade norte e
entram na extremidade sul do ímã. Veja na figura a seguir como as linhas de força se difundem em um ímã
em forma de barra.

Observe como a agulha da bússola indica a direção e


o sentido das linhas de força do campo magnético.
Isso acontecerá sempre que uma bússola for
colocada dentro de um campo magnético.

13.3- CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE

É de conhecimento de poucos que a terra é um gigantesco, mas relativamente fraco ímã. Observe na
figura a seguir que os pólos norte e sul magnéticos da terra estão próximos dos pólos note e sul geográficos
dela. Como as linhas de força saem do polo norte magnético e entram no polo sul magnético da terra, o que
a bússola faz é apontar o lado norte da agulha para o polo sul da terra, como este está próximo do polo norte
geográfico, temos a impressão que o lado norte da agulha da bússola está apontando sempre para o polo
norte geográfico da terra. O que a bússola faz na verdade é indicar a direção e o sentindo do campo
magnético da terra.
O polo sul magnético foi localizado em 1831 no litoral ocidental da península de Boothia, pelo explorador
escocês James Clark Ross (1800-1862). Nesta região, a ponta da agulha apontou para baixo. O polo norte
magnético foi localizado no contorno da Antártica em 1909 pelo geólogo australiano Edgeworth David
(1858-1934) e pelo explorador Douglas Mawson (1882-1958).

60
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
13.4- ATRAÇÃO E REPULSÃO ENTRE IMÃ

Quando aproximamos pólos iguais de dois ímãs, haverá repulsão entre eles. Veja a experiência a
seguir, onde um ímã em forma de barra foi colocado sore dois lápis. Ao aproximarmos do seu pólo sul, o
pólo sul de outro ímã, observamos que o ímã sobre os lápis começa a se deslocar devido a repulsão que
existe entre pólos de mesmo nome.
Da mesma forma, se nós aproximarmos os pólos de nomes diferentes de dois ímãs, veremos que
haverá uma atração entre eles. A figura a seguir mostra que o polo sul do ímã sobre o lápis será atraído pelo
polo norte do outro ímã. Isto ocorre porque pólos de nomes diferentes se atraem.

13.5- ELETROMAGNETISMO

Nos itens anteriores nós aprendemos que o magnetismo está associado ao movimento de cargas
elétricas. Se a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons, seria correto dizer que magnetismo está
associado a corrente elétrica ? Para responder essa pergunta, vamos fazer uma experiência.

Observe no desenho a seguir que uma bússola foi colocada sob um condutor. Suponha que não esteja
passando nenhuma corrente elétrica pelo condutor. Veja que a agulha da bússola está apontando para os
pólos norte e sul magnéticos da terra.

A figura a seguir mostra a mesma bússola sob o mesmo condutor, só que agora sendo percorrido por
uma corrente elétrica cujo sentido arbitrado é o eletrônico. Observe que a agulha se deslocou 90º, no sentido
horário, sendo agora a sua direção perpendicular a do condutor. O que aconteceu? Se você acha que a
corrente elétrica provocou o aparecimento de um campo magnético em torno do condutor, você acertou.

Esta experiência foi feita em 1830 pelo físico e químico dinamarquês Hans Cristian Ostered, quando
descobriu que a corrente elétrica é sempre acompanhada de um campo magnético.
O estudo do magnetismo produzido pela corrente elétrica é chamado de ELETROMAGNETISMO.

61
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
13.6- VETOR CAMPO MAGNÉTICO (B)

Consideremos uma região do espaço onde existe um campo magnético. Este compo pode ter sido
criado tanto por uma corrente em um fio quanto por um ímã.
De modo semelhante ao que foi feito para o campo elétrico, vamos definir um vetor, representado por e
denominado vetor campo magnético (ou vetor campo magnética), que será usado para caracterizar o campo
magnético em cada ponto do espaço.

13.7- DIREÇÃO E SENTIDO DA FORÇA MAGNÉTICA

Na figura vimos que a direção da força que um campo magnético exerce sobre uma carga em
movimento é perpendicular ao plano determinado pelos vetores .Logo, a força magnética é
perpendicular a cada um destes vetores, isto é,

Disposição da mão direita para aplicação da regra do tapa.

Quanto ao sentido da força , existem várias regras práticas que nos permitem determiná-lo. Vamos
descrever uma delas, denominada "regra do tapa", com a qual trabalharemos em nosso curso.
De acordo com esta regra, para obtermos o sentido da força magnética que atua em uma carga positiva em
movimento, devemos proceder da seguinte maneira: dispomos a mão direita aberta da maneira mostrada na
figura, com o dedo polegar dirigido ao longo do vetor e os demais dedos orientados ao longo do campo
magnético ; o sentido de será aquele para onde fica voltada a palma da mão, isto é, o sentido do
movimento que deveria ser feito para dar um tapa com a palma desta mão.

13.8- REGRA DA MÃO DIREITA OU LEI DE AMPÈRE

O sentido do campo magnético em torno do condutor pode ser definido com a regra da mão direita.
Abrace o condutor com a mão direita como mostra a figura. O dedo polegar indica o sentido da corrente
(sentido convencional), enquanto que os outros dedos indicam o sentido das linhas de força. Se for utilizado
o sentido eletrônico da corrente, use a mão esquerda.

62
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Como acabamos de ver, as linhas de indução em torno de um condutor retilíneo são sempre
circulares, mas o seu sentido (portanto, o sentido B) depende do sentido da corrente no fio. Uma regra
prática muito usada, que costuma ser denominada regra de Ampère, nos permite facilmente obter o sentido
do campo magnético em torno do fio.

A representação do campo ou da corrente é mostrada na figura ao lado. Se o campo ou a corrente


entram na folha, serão representados por um círculo com um X dentro ( ). Se o campo ou a corrente saem
da folha, serão representados por um círculo com um ponto dentro ( ). Veja a figura abaixo:

Na figura estão apresentadas algumas linhas de indução deste campo magnético. Na figura mostrada, temos
uma materialização destas linhas de indução, obtida por meio de limalhas de ferro distribuídas no campo
magnético.

63
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
13.9- FORÇA MAGNÉTICA EM UM CONDUTOR

DIREÇÃO E SENTIDO DA FORÇA MAGNÉTICA

Consideremos um fio retilíneo, de comprimento L, percorrido por uma corrente i, colocado em um


campo magnético em uma direção perpendicular ao vetor , como mostra a figura. Sabemos que a corrente
elétrica no fio pode ser considerada, para todos os efeitos, como sendo constituída por cargas positivas em
movimento. Então, o campo magnético atuará sobre estas cargas móveis, exercendo em cada uma a

pequena força . Usando a regra do tapa, você poderá encontrar facilmente o sentido de . Aplicando esta
regra à situação mostrada na figura, você verificará que a força que atua em cada carga móvel da corrente
tem o sentido ali indicado.

Esta expressão foi obtida para o caso em que o condutor se encontra perpendicular ao campo
magnético. É fácil concluir que, se o fio estiver formando um ângulo Ɵ com , teremos a seguinte
expressão para a força no condutor:

Assim, em resumo, podemos dizer que:

Se um fio retilíneo, de comprimento L, percorrido por uma corrente i, for colocado em um campo
magnético uniforme , sobre este fio atuará uma força magnética dada por:

Onde Ɵ é o ângulo formado pelo fio condutor com o vetor . A força é perpendicular ao fio e o
seu sentido pode ser determinado pela regra do tapa.

APLICAÇÕES DA FORÇA MAGNÉTICA

A força que atua em um condutor percorrido por uma corrente, colocado em um campo magnético, é
usada para fazer funcionar uma grande variedade de aparelhos elétricos de medida, como amperímetros e
voltímetros (galvanômetros de um modo geral).

64
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Vemos, nesta figura, um fio dobrado formando um retângulo aberto CDEG, que é denominado
espirra retangular. Esta espira está colocada entre os pólos de um ímã, isto é, está situada dentro de um
campo magnético . Fazendo-se passar uma corrente i na espira, com o sentido indicado na figura, é fácil
perceber que o lado CD ficará sob ação de uma força magnética, , dirigida para cima. Sobre o lado EG da
espira atuará uma força , de mesmo módulo, mas de sentido contrário a . Estas duas forças, e ,
tendem, então, a fazer a espira girar em torno do eixo OP, no sentido indicado pela seta curva.
Para melhor entender o funcionamento destes aparelhos, vamos analisar a figura.

Este efeito de rotação observado na espira é usado na construção de galvanômetros. De um modo


geral, para aumentar o efeito de rotação (aumentar a sensibilidade do aparelho), são usadas várias espiras,
que costumam ser enroladas em um cilindro, da maneira mostrada na figura abaixo.

65
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Adaptados ao cilindro existem uma mola em espiral e um ponteiro que se desloca ao longo de uma
escala. Quando uma corrente passa através do aparelho, as espiras giram (juntamente com o cilindro) e
provocam uma deformação na mola. A mola deformada se opõe ao efeito de rotação das forças que atuam
na espira, fazendo com que o ponteiro se detenha em uma determinada posição da escala. Quanto maior for
a corrente que passar no aparelho, maior será o efeito de rotação das forças magnéticas e, portanto, maior
será o deslocamento do ponteiro sobre a escala. Desta maneira, graduando-se a escala, o aparelho poderá ser
usado para nos fornecer o valor da corrente que passa através dele.

A figura apresenta uma foto de um miliamperímetro, muito usado em laboratórios de ensino e cujo
funcionamento é baseado no estudo que acabamos de fazer.

OUTRA APLICAÇÃO: O MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

Grande parte dos motores elétricos que são usados atualmente também funciona tendo por base o
efeito de rotação das forças que atuam em espiras colocadas em um campo magnético. Vamos nos preocupar
aqui em descrever apenas os motores de corrente contínua, como os motores de arranque dos automóveis ou
os motores a pilha usada em carrinhos de brinquedo.

A figura é um modelo muito simples de um motor de corrente contínua. Entretanto, os fios E e que
conduzem a corrente estão apenas encostados nas extremidades C e G da espira. Os fios E e são
denominados escovas do motor. Quando a espira começa a girar, suas extremidades C e G perdem contato
com as escovas, até que ela complete meia-volta. Neste momento, a extremidade C entra em contato com a
escova e a extremidade G com a escova E. Assim, é fácil perceber que, a cada contato da espira com as

66
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
escovas, as forças magnéticas atuam na espira de modo a fazer com que ela continue a girar sempre no
mesmo sentido.

Devemos observar, na figura, que só há corrente passando na espira quando suas extremidades
entram em contato com as escovas e, então, as forças magnéticas só impulsionam a espira nestes momentos.
Para aumentar a potência dos motores, eles geralmente são construídos com vários conjuntos de espiras,
como mostra a figura (vista de frente do motor).

Na posição mostrada nesta figura, as escovas E e estão em contato com as espiras I, sobre as quais estão
atuando, então, as forças magnéticas que impulsionam o motor no sentido indicado. Logo em seguida, estas
espiras perdem o contato com as escovas, sendo substituídas pelas espiras II que recebem um impulso no
mesmo sentido e assim sucessivamente.
Desta maneira, em um motor como esse haverá maior continuidade em seu movimento de rotação.

14-CIRCUITOS ELÉTRICOS DE CORRENTE ALTERNADA

14.1- GERAÇÃO DE UMA TENSÃO ALTERNADA

A tensão alternada é produzida girando uma bobina. À medida que a bobina corta as linhas de força
entre os pólos magnéticos, produz-se uma tensão.
Essa tensão varia de zero até o valor de pico e volta a zero conforme uma senóide. Assim é produzida a
eletricidade nas usinas hidrelétricas. A geração ocorre quando um condutor se movimenta num campo
magnético, induzindo uma tensão nesse condutor.

67
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Esta tensão depende da intensidade do campo magnético, da velocidade do condutor e da direção em
que se movimenta o condutor. A senóide é obtida pelo movimento de rotação do condutor. A polaridade da
tensão induzida depende da posição da espira em relação aos pólos do ímã.

Na corrente alternada os elétrons mudam o sentido do seu movimento. Em altas frequências, a


corrente se limita à superfície do condutor, com isso, a resistência aumenta.
Vemos na figura a seguir o princípio de funcionamento de uma usina hidroelétrica. A água
movimenta a turbina, que faz girar o eixo do gerador, o que faz com que condutores se movimentem dentro
de um campo magnético no interior do gerador, produzindo assim eletricidade em movimento, ou seja,
Corrente Elétrica Alternada.

68
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
USINAS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA

As centrais que fornecem energia para os centros consumidores são geralmente de grande porte,
gerando potências elevadíssimas (milhares de kW). Entretanto seus geradores funcionam, em princípio, de
maneira idêntica ao alternador.
Conforme o tipo de energia usada para fazer girar a espira (ou ímã) do gerador, podemos ter, entre
outras, as usinas hidrelétricas, termoelétricas, eólicas e nucleares.

-Usina Hidrelétrica – Nessas usinas a energia potencial da água armazenada em uma represa se transforma
em energia cinética durante sua queda pela tubulação. Essa energia é usada para fazer girar uma turbina e
seu movimento de rotação é transmitido ao gerador, produzindo corrente elétrica.

- Usina Termoelétrica – A energia utilizada nessas usinas é a térmica, obtida pela combustão de madeira,
carvão ou petróleo (óleo combustível). A energia térmica desprendida na combustão provoca a vaporização
da água contida em uma caldeira. Esse vapor, a alta pressão, faz girar uma turbina e essa rotação é
transmitida ao gerador.

69
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
-Usina Nuclear – As usinas nucleares funcionam de maneira semelhante a uma usina termoelétrica, mas o
calor utilizado para produzir o vapor a alta pressão é proveniente de reações nucleares que ocorre em um
reator atômico (fissões dos núcleos de alguns elementos, como o urânio). Entenda o diagrama apresentado
na figura e leia com atenção as informações da legenda.

Deve-se observar que todas essas centrais elétricas funcionam de maneira semelhante, diferindo
apenas no tipo de energia que usam para acionar o gerador, a fim de obter energia elétrica. Nos casos
examinados, tivemos as seguintes transformações:

70
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Como a utilização de energia elétrica vem se tornando, a cada dia, mais intensa em vários países, o
uso de outras formas de energia tem sido incentivo para acionar as centrais elétricas. Por exemplo: energia
eólica (dos ventos), energia das marés, energia solar, energia geotérmica etc.

Este dispositivo, que costuma ser denominado turbina de vento, aciona um gerador de energia
elétrica de 3000kW = 3MW. Portanto ele transforma energia mecânica do vento (energia eólica) em energia
elétrica. Cada lâmina do cata-vento chega a ter 30m de comprimento.

Vantagens da Corrente Alternada

Ela pode ser transmitida a grandes distancias mais economicamente que a contínua, sem grandes
perdas. Para isso, pode-se elevar e diminuir a tensão por meio de transformadores.

14.2- O GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA

Acabamos de aprender que uma F.E. M é induzida em um circuito sempre que variar o fluxo
magnético através dele (lei de Faraday). Veremos agora como este princípio básico é utilizado na construção
dos dínamos, isto é, de geradores capazes de produzir grandes quantidades de energia elétrica. Analisando a
figura, poderemos entender como isto é feito.
Um dínamo é constituído, basicamente, por uma espira que gira dentro de um campo magnético. A
figura mostra uma espira metálica nesta situação, girando em torno do eixo EE’ entre os pólos de um ímã.
71
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Nas extremidades da espira existem dois anéis, C e D, que deslizam sobre os contatos F e G, os quais ligam
a espira a um circuito externo é um amperímetro, usado para indicar a presença de corrente induzida.

Aqui temos outra forma de mostrar como é formada a senóide:

14.3- CARACTERÍSTICA DATENSÃO E DA CORRENTE ALTERNADA

72
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Valor Eficaz (Vef ou Ief ) - Também chamado de RMS(root mean square), é o valor que produz o mesmo
efeito que um valor em corrente contínua faria. É igual a 0,707 vezes o valor de pico (V m ou Vp). A maioria
dos instrumentos de medida é calibrada em unidades eficazes ou médio-quadráticas, o que permite a
comparação direta dos valores CC e CA.

Valor Médio (Vm) – É a tensão média da onda senoidal durante um meio ciclo. Geometricamente,
corresponde a altura de um retângulo que tem a mesma área da senóide.

Frequência (f) – É o numero de ciclos por segundo, dada em Hertz.

73
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Período (T) – É o tempo necessário para completar um ciclo. É o inverso da frequência. No Brasil a
frequência é de 60 Hz, o que dá um período de 16,5ms.

EXERCÍCIOS

01- Suponha que a tensão em uma tomada seja de 220V. Qual será o seu valor de pico?

02- Qual o valor da tensão eficaz de um sinal de uma rede cujo valor de pico é dado por Vp = 179V?

03- Uma determinada tensão senoidal possui o valor de pico-a-pico Vpp = 45V..Ddetermine:
a) o valor da tensão eficaz (vef ); b) o valor médio da tensão (Vcc)

04- Calcule a frequência de sinal elétrico com um período de 2 segundos.

05- Qual é o período de um sinal senoidal cuja frequência é de 4KHz?

06- A tensão da rede fornecida pela Cemar em São Luís é de 220V com frequência de 60Hz.
Determine o valor da tensão de pico Vp, o valor da tensão de pico-a-pico Vpp. e o valor do
período T desse sinal.
14.3- TRANSFORMADORES

Em diversas instalações elétricas e até mesmo em nossas residências tem -se, muitas vezes,
necessidade de aumentar ou diminuir a voltagem que é fornecida pelas companhias de eletricidade. O
dispositivo que nos permite resolver este problema é denominado transformador.
O transformador é um aparelho bastante simples e está representado esquematicamente na figura. É
constituído de uma peça de ferro, denominada núcleo do transformador, em torno do qual são enroladas
duas bobinas, de maneira mostrada na figura. Em uma dessas bobinas é aplicada a voltagem V 1 que
desejamos transformar, isto é, que desejamos aumentar ou diminuir. Esta bobina é denominada enrolamento
primário (ou simplesmente primário) do transformador.

74
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Como veremos dentro de poucos, após a transformação, a voltagem, apresentando um valor V 2 , será
estabelecida nas extremidades da outra bobina, que é denominada enrolamento secundário (ou
simplesmente secundário) do transformador. Nos diagramas de circuitos elétricos, um transformador é
representado da maneira mostrada na figura anterior.

Na figura mostramos um transformador como esse, usado para experiências em laboratórios de ensino.

COMO FUNCIONA UM TRANSFORMADOR

Suponhamos que uma voltagem constante V1 seja aplicada ao primário do transformador (por
exemplo, lingando-se os extremos da bobina do primário aos pólos de uma bateria). Esta voltagem fará com
que uma corrente continua (constante) circule pelas espiras do primário. Então, um campo magnético será
estabelecido no interior desta bobina, fazendo com que o núcleo de ferro seja imantado. As linhas de
indução do campo magnético criado por esta imantação, no interior da peça de ferro, têm o aspecto mostrado
na figura.

75
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Como estas linhas estão passando através da bobina do secundário, teremos um fluxo magnético
através das espiras desta bobina. Entretanto, como a corrente que esta passando no primário, provocando a
imantação do núcleo, é constate o fluxo magnético através do secundário não sofrerá variações. Nestas
condições, não haverá F.E.M induzida nas espiras do secundário e a voltagem nos extremos desta bobina
será nula, isto é, V2 = 0.
Por outro lado, se a voltagem V1 aplicada no primario for alternada, a corrente que percorrerá as
espiras do primario será, também, alternada. Então, o campo magnético estabelecida no núcleo de ferro
estará sofrendo flutuações sucessivas e, consequentemente, o fluxo magnético através do secundario estará
aumentando e diminuindo periodicamente no decorrer do tempo. Por este motivo, como sabemos, uma
F.E.M será induzida nas espiras do secundario, fazendo aparecer uma voltagem V 2 nos extremos desta
bobina.

Quando uma voltagem constante V1 é aplicada ao primario de um transformador, o fluxo magnético


através do secundario será também constante, não havendo, portanto, uma voltagem induzida nesta bobina.
Quando a voltagem aplicada ao primario é alternada, um fluxo magnético variável atravessa as espiras do
secundario e uma voltagem induzida V2 aparece nos extremos desta bobina.

RELAÇÃO ENTRE AS VOLTAGENS NO PRIMÁRIO E NO SECUNDÁRIO DO


TRANSFORMADOR

Até agora descrevemos o transformador e seu funcionamento, mas ainda não mostramos por que ele
pode ser usado para aumentar ou diminuir uma voltagem de corrente alternada. Para isto, designemos por N
1 o número de espiras no primário e por N2 o número de espiras do secundário. A partir da lei de Faraday é
possível demonstrar que a seguinte relação é válida:

Como esta expressão não é fácil concluir que, se o numero de espiras no secundário for maior do que
no primário, isto é, se , teremos . Então, o transformador está sendo usado para elevar a
voltagem. Por outro lado, se tivermos , teremos , ou seja, o transformador está sendo usado
para diminuir a voltagem.

76
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
É importante observar que o transformador não pode criar energia. Portanto, quando um aparelho é
ligado ao secundário durante certo tempo, a energia que é fornecida ao aparelho não pode ser maior do que
aquela fornecida ao primário. Em outras palavras, a potencia obtida no secundário não pode ser superior à
potencia fornecida ao primário do transformador.

As fotos abaixo mostram transformadores usados nos postes de ruas como abaixadores de tensão,
normalmente de 13,8KV para 110V, 127V ou 220V e alguns usados em subestações.

EXEMPLO

Um transformador foi construído com um primário constituído por uma bobina de 400 espiras e um
secundário com 2000 espiras. Aplica-se ao primário uma voltagem alternada de 120 V.

a) Qual a voltagem que será obtida no secundário?

EXERCÍCIOS:

01- Analise o sinal abaixo e determine o valor da tensão de pico Vp, o valor da tensão eficaz
Vef, e o valor da tensão de pico-a-pico Vpp. Calcule a frequência desse sinal.

77
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
02-- Qual a tensão de pico no secundário do transformador a seguir?

BIBLIOGRAFIA:

1- Física – vol . 3 - Alvarenga, Beatriz e Máximo, Antônio; Editora Scipione

2- Análise de Circuitos Elétricos – O’Malley, Jhon – Mc Graw-Hill

3- Fundamentos da Física – Vol. 3 – Eletricidade - Ramalho, N

78
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Eletricidade (Resumo) – Prof. Danilo Vale

Relações Matemáticas:
1- Principais Conceitos Teóricos:
(V=RxI)

- Tensão(V): Diferença de potencial elétrico entre dois pontos. (Volt). ( I = V÷R )


- Corrente (I): Fluxo de elétrons. (Ampere)
(P=VxI)
- Resistência Elétrica (R): Oposição ao fluxo de elétrons. (Ohm-Ω)
- Potência Elétrica (P): Consumo de energia de um sistema. (Watt)
- Corrente Contínua: Corrente elétrica sempre no mesmo sentido (+ → − ).

2- Análise de circuito: Conexão Série e Paralelo. Curto-Circuito e circuito aberto.

Série: Dois elementos estão em série se o nó que os liga serve exclusivamente para fazer esta conexão.

Redução: - Corrente: Dois elementos em série sempre possuirão


a mesma corrente:

I(R1) = I(R2) = I(Req)

- Tensão: Dois elementos em série sempre irão dividir a


tensão disponível. (Divisor de tensão):
Req = R1 + R2

𝐑𝟏 𝐱 𝐕
𝐕(𝐑𝟏) =
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐

𝐑𝟐 𝐱 𝐕
𝐕(𝐑𝟐) =
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐

79
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Paralelo: Dois elementos estão em paralelo se eles forem ligados nos mesmos nós, nas duas extremidades.

Redução : - Corrente: Dois elementos em paralelo sempre irão


dividir a corrente disponível: (Divisor de corrente)

𝐑𝟐
𝐈(𝐑𝟏) = 𝐱𝐈
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐

𝐑𝟏
𝐈(𝐑𝟐) = 𝐱𝐈
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐

Req = (R1 x R2) ÷ (R1 + R2) - Tensão: Dois elementos em paralelo sempre irão
possuir a mesma tensão

V(R1) = V(R2) = V(Req)

- Curto-Circuito: Uma fonte está curto-circuitada se os seus terminais forem interconectados utilizando
uma resistência de valor próximo de zero, causando a elevação da corrente ao máximo valor suportado
pela fonte.

Um elemento em paralelo com um curto-circuito sempre estará desativado.

(I = 0A, V = 0v).

- Circuito Aberto: Um elemento em série com um circuito aberto sempre estará desativado.

(I = 0A, V = 0v)

80
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
3 – Medidores

- Amperímetro: Um amperímetro sempre irá medir a corrente dos elementos que estão em série com ele.

- Voltímetro: Um voltímetro sempre irá medir a tensão dos elementos que estão em paralelo com ele.

4 – Lei de Coulomb:

Carga Eletrificada:

Carga Eletrificada Negativamente (-) : Excesso de elétrons.

Carga Eletrificada Positivamente (+) : Excesso de prótons.

Carga Neutra: Prótons e elétrons em equilíbrio.

Força Elétrica: Sempre existirá uma força de atração ou repulsão entre duas cargas eletrificadas.

F = força de atração entre as cargas (Unidade: Newton (N))


|𝑄𝑞 |
𝐹 =𝑘
𝑑² Q e q = Cargas (Unidade: Coulomb)

K = constante do meio onde estão as cargas

d = distância entre as cargas

5 – 2ª Lei de Ohm: A resistividade de um condutor irá depender do material utilizado na sua construção e
das suas dimensões.

𝐿 R = resistência do condutor
𝑅= 𝜌 ×
𝐴
ρ = resistividade do material

L = comprimento do condutor

A = área de seção transversal (Grossura do condutor)

81
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
6 – Leis de Kirchhoff

Lei de Kirchhoff – Corrente: A soma das correntes que entram num nó será sempre igual a soma das
correntes que saem deste mesmo nós.

Lei de Kirchhoff – Tensão: A soma das tensões numa malha sempre será igual a zero.

(Equações das malhas).

7- Capacitor: Formado por duas placas condutoras e uma camada de isolante entre elas. A função bási ca é
armazenar cargas elétricas, embora as aplicações práticas sejam bem mais amplas.

Capacitor em CC: (OBS: o capacitor é um circuito aberto)

Carga – Se conectado a uma fonte de tensão o capacitor irá se carregar até atingir a mesma tensão da sua
fonte de alimentação.

Descarga – Se algum componente condutor for conectado aos terminais de um capacitor logo após o seu
carregamento ele irá sofrer a descarga.

Tempo de carga e descarga:

t=5xRxC t = tempo de carga ou descarga.

R = resistência envolvida na carga ou


descarga.
C = capacitância do capacitor a ser carregado ou
Associação de Capacitores: O cálculo para reduzir capacitores em série ou paralelo é exatamente o cálculo
descarregado
inverso usado no resitor: Série: (C1xC2) ÷ (C1+C2), Paralelo: C1 + C2.

82
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
8 - Corrente Alternada: A corrente está sempre mudando de sentido e a tensão está sempre variando. Esta
variação comporta-se como uma senóide.

*Valor RMS (Eficaz): Valor correspondente em CC.

*Valor de pico: Valor máximo atingido.

Vp = √2 𝑥 Vrms Ip = √2 𝑥 Irms

*Valor pico a pico: A máxima variação de tensão ou corrente que ocorrerá numa CA.

Vp-p = 2 x Vp Ip-p = 2 x Ip

*Valor médio: Média aritmética de um meio ciclo em CA.

Vm = Vp ÷ π Im = Ip ÷ π

* Frequência (f): O número de vezes que a corrente muda de sentido em um segundo. (Hz)

* Período (T): É o tempo gasta para a corrente mudar de sentido apenas 1 vez. (s)

1
T=𝑓

83
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
* O valor da tensão e da corrente na CA podem ser representadas por equações:

V(t) = Vp x sen(377t + ϕ)

I(t) = Ip x sen(377t + ϕ)

Onde:

ϕ = Ângulo de defasagem entre dois valores CA.

Num Resistor: ϕ = 0º

9 - Lei de Ampère e Faraday – Aplicações

Campo Eletromagnético: Quando uma corrente percorre um condutor sempre existirá ao redor deste
condutor um campo eletromagnético. E quanto maior a corrente que percorre o condutor, mais forte será
o campo eletromagnético criado. O sentido do campo magnético depende do sentido da corrente.

Indutor (Bobinamento - Eletroimã): Um fio condutor é


enrolado em um material com propriedades magnéticas
(Figura). Para criar o campo eletromagnético basta injetar
corrente no condutor. A intensidade do campo criado
dependerá da corrente que percorre o condutor e do número
de espiras.

Indução Eletromagnética: Quando um condutor é submetido a um campo eletromagnético variável, surge


neste circuito uma corrente induzida.

Aplicações:

Disjuntor Termomagnético: O Campo eletromagnético usado para proteger circuitos contra


sobrecorrente. O acionamento magnético é feito basicamente por um eletroímã que irá perceber o
momento do curto-circuito (alta corrente) e irá usar o campo eletromagnético para abrir o circuito
imediatamente.

84
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br
Transformadores: Usado principalmente para abaixar ou elevar tensão. Funciona usando ind ução
eletromagnética. Construído com duas bobinas. A tensão alternada alimenta a bobina primária que gera
uma tensão induzida na bobina secundária. Para entender como funcionam as tensões e o número de
espiras que existem em cada bobina usa-se a expressão:

Vp ÷ Vs = Np ÷ Ns ( Vp= Tensão Primário, Np= número de espiras no primário, Vs e Ns= secundário)

Motor de Indução (CA): O giro do motor é gerado pela iteração entre os campos magnéticos das bobinas,
onde uma das bobinas é alimentada por tensão alternada que gera uma tensão induzida numa segunda
bobina.

Geradores: Também usa indução eletromagnética. O rotor (parte móvel) é feito de condutor, o estator é
feito com imãs permanentes ou eletroimãs. Quando o rotor gira ele é exposto a um campo variável, logo
uma corrente é induzida no rotor. Para girar o rotor é preciso uma força externa. (Queda de água nas
hidrelétricas, motores a combustão em geradores domésticos).

Exercícios – Campo Eletromagnético

1- Num transformador construído com duas bobinas a tensão de entrada é de 1000V de CA. O número de
espiras no primário é igual a 1000 e no secundário é igual a 220. Qual será a tensão de saída? E se este
mesmo transformador fosse alimentado com 1000V de CC qual seria a tensão de saída?

2- Um eletroímã é usado numa fechadura magnética para abri-la. No entanto a força do campo
eletromagnético gerado não tem a força suficiente para vencer a resistência mecânica da fechadura, o que
pode ser feito para aumentar a força do campo eletromagnético num eletroímã?

3- Um alicate amperímetro é um instrumento capaz de estimar a intensidade da corrente que percorre um


cabo condutor. Como este equipamento consegue fazer esta medição sem tocar o cabo?

85
Rua Padre Antônio Vieira 37 – COHAB Anil IV – CEP. 65.051 670 - São Luís – MA
Fone: (98) 4009 7000 – netcom@netcom-ma.com.br - http://www.netcom-ma.com.br

Você também pode gostar