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Classe de palavras

Substantivo: É a classe de palavras que designa seres, objetos, lugares, ideias, sentimentos,
entre outros. Podem ser classificados em comuns (ex.: casa, pessoa) e próprios (ex.: Brasil,
Pedro), além de serem flexionados em gênero (masculino/feminino) e número
(singular/plural).

Adjetivo: É a classe de palavras que caracteriza ou atribui qualidades aos substantivos. Eles
concordam em gênero e número com os substantivos que modificam. Por exemplo, em
"camisa azul", "azul" é o adjetivo que qualifica o substantivo "camisa".

Verbo: É a classe de palavras que expressa ação, estado, fenômeno da natureza, ocorrência,
entre outros. Os verbos são flexionados em pessoa, número, modo, tempo e voz. Por exemplo,
em "eu estudo", "estudo" é o verbo que indica a ação realizada pelo sujeito "eu".

Advérbio: É a classe de palavras que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio. Ele indica
circunstâncias como tempo, lugar, modo, intensidade, negação, entre outros. Por exemplo, em
"ele corre rapidamente", "rapidamente" é o advérbio que indica como a ação é realizada.

Preposição: É a classe de palavras que estabelece relações de sentido entre termos na frase.
Elas indicam, por exemplo, lugar (ex.: em, sobre), tempo (ex.: antes, durante), modo (ex.: com,
sem), entre outras relações. Por exemplo, em "vou à escola de bicicleta", "à" é uma preposição
que indica movimento em direção à escola.

Pronome: É a classe de palavras que substitui ou acompanha um substantivo, evitando sua


repetição. Os pronomes podem ser pessoais (ex.: eu, ele), possessivos (ex.: meu, seu),
demonstrativos (ex.: este, esse), indefinidos (ex.: algum, nenhum), interrogativos (ex.: quem,
qual) e relativos (ex.: que, quem).

Conjunção: É a classe de palavras que liga termos ou orações, estabelecendo relações de


sentido entre eles. Existem as conjunções coordenativas (ex.: e, ou, mas) e as conjunções
subordinativas (ex.: porque, quando, se).

Interjeição: É a classe de palavras que expressa emoções, estados de espírito ou sentimentos


de forma intensa. São palavras isoladas ou seguidas de ponto de exclamação. Exemplos: ah!,
oh!, uau!, ai!

Artigo: É a classe de palavras que acompanha e determina o substantivo, indicando seu gênero
e número. Existem dois tipos de artigos: definidos (ex.: o, a) e indefinidos (ex.: um, uma).

Regência Nominal e Verbal


Regência Nominal
A regência nominal estabelece a relação entre um nome (substantivo, adjetivo, advérbio) e as
palavras que o acompanham. Essas palavras são chamadas de termos regentes e termos
regidos.

Regência de substantivos: Alguns substantivos exigem a presença de determinadas


preposições para completar seu sentido. Por exemplo:

"Gosto de música" (o substantivo "gosto" exige a preposição "de").

"Ela tem medo de altura" (o substantivo "medo" exige a preposição "de").


Regência de adjetivos: Alguns adjetivos também necessitam de preposições para completar o
sentido. Por exemplo:

"Eles estão satisfeitos com o resultado" (o adjetivo "satisfeitos" exige a preposição "com").

"O orgulho pela conquista era evidente" (o adjetivo "evidente" exige a preposição "pela").

Regência de advérbios: Alguns advérbios também possuem regência específica. Por exemplo:

"Ele trabalha bastante" (o advérbio "bastante" não requer preposição).

"Ela correu rapidamente até o fim" (o advérbio "rapidamente" indica a forma como a ação é
realizada).

Regência verbal
A regência verbal é responsável por estabelecer a relação entre um verbo e seus
complementos, ou seja, os termos que completam o sentido do verbo. Esses complementos
podem ser objetos diretos, objetos indiretos, complementos nominais, entre outros. A
regência verbal pode ser classificada em três tipos principais: transitiva direta, transitiva
indireta e intransitiva.

Regência Transitiva Direta: Os verbos transitivos diretos são aqueles que necessitam de um
objeto direto para completar seu sentido. O objeto direto é um complemento do verbo que
não é introduzido por uma preposição.

Exemplos de verbos transitivos diretos:

"Eu li um livro."

"Ele comprou uma casa."

"Ela entendeu a situação."

Observe que os objetos diretos "um livro", "uma casa" e "a situação" são complementos
diretos dos verbos "li", "comprou" e "entendeu", respectivamente, e não são introduzidos por
preposição.

Regência Transitiva Indireta: Os verbos transitivos indiretos são aqueles que exigem um objeto
indireto, ou seja, um complemento introduzido por uma preposição, para completar seu
sentido.

Exemplos de verbos transitivos indiretos:

"Eu confio em você."

"Ela precisa de ajuda."

"Eles participaram de uma reunião."

Nesses exemplos, os objetos indiretos "em você", "de ajuda" e "de uma reunião" são
complementos introduzidos pelas preposições "em", "de" e "de", respectivamente.

Regência Intransitiva: Os verbos intransitivos não exigem complemento para completar seu
sentido. Eles são capazes de transmitir uma ideia completa sem necessidade de objetos.
Exemplos de verbos intransitivos:

"Ele dormiu."

"Nós chegamos."

"Ela sorriu."

Esses verbos não possuem complementos obrigatórios. Eles expressam uma ação ou estado
sem a necessidade de complementação.

Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são recursos que conferem expressividade à linguagem, tornando-a
mais impactante, criativa e persuasiva. Elas são utilizadas para transmitir ideias de forma mais
marcante e, muitas vezes, simbólica. Aqui estão alguns exemplos das figuras de linguagem mais
comuns:

Metáfora: Consiste em fazer uma comparação implícita entre dois termos diferentes,
atribuindo características de um ao outro. Ela não utiliza termos comparativos, como "como"
ou "parece". Exemplo: "Seu sorriso é um raio de sol."

Comparação (ou símile): É semelhante à metáfora, mas faz uma comparação explícita entre
dois termos diferentes, utilizando conectivos comparativos, como "como" ou "parece".
Exemplo: "A voz dele é suave como a seda."

Metonímia: Consiste em substituir um termo por outro com o qual ele se relaciona de alguma
forma. Pode ocorrer por proximidade, causa-efeito, parte-todo, entre outros. Exemplo: "Vou
beber um copo." (copo representa a bebida contida nele)

Hipérbole: É uma figura de exagero, em que se amplifica ou diminui algo com o objetivo de
enfatizar uma ideia. Exemplo: "Estou morrendo de fome!" (a fome não é literalmente uma
causa de morte)

Ironia: Consiste em expressar o contrário do que se quer dizer, de forma irônica ou sarcástica,
para transmitir uma crítica ou provocar um efeito cômico. Exemplo: "Que dia maravilhoso! Está
chovendo desde cedo."

Personificação (ou prosopopeia): Atribui características humanas a seres inanimados, animais


ou seres abstratos. Exemplo: "O sol sorriu para nós."

Eufemismo: É uma figura que suaviza uma expressão, substituindo-a por outra mais agradável
ou politicamente correta. Exemplo: "Ele nos deixou" (em vez de "Ele morreu").

Antítese: Consiste em aproximar termos ou ideias opostas em uma mesma frase, criando um
contraste. Exemplo: "Ela era pura luz em meio à escuridão."

Gradação: É uma sequência de palavras ou ideias que se intensificam progressivamente.


Exemplo: "Subimos, voamos, alcançamos as estrelas."

Catacrese: É uma figura que ocorre quando utilizamos uma palavra de forma desviada de seu
significado original ou quando empregamos uma palavra inexistente na língua. Exemplo: "O pé
da mesa" (usamos "pé" para se referir a uma parte da mesa, mesmo que "pé" originalmente se
refira a uma parte do corpo).

Sinestesia: Consiste na associação de sensações diferentes, como unir elementos de diferentes


sentidos em uma mesma expressão. Exemplo: "O som da cor" (associando audição e visão).

Elipse: É uma figura que consiste na omissão de termos ou palavras na frase, mantendo o
sentido compreensível pelo contexto. Exemplo: "O mais veloz venceu a corrida; o menos,
perdeu".

Assíndeto: É a figura que consiste na ausência de conectivos (conjunções) entre palavras,


frases ou orações, conferindo um efeito de agilidade e rapidez ao discurso. Exemplo: "Correu,
saltou, venceu".

Polissíndeto: É o oposto do assíndeto, consistindo no uso repetido de conjunções, conferindo


um efeito de ênfase e prolongamento do discurso. Exemplo: "E corria, e saltava, e vencia".

Anáfora: É a repetição de uma palavra ou expressão no início de versos ou frases diferentes,


criando um efeito de enfatização e ritmo. Exemplo: "Amor é fogo, amor é vida, amor é tudo".

Onomatopeia: Consiste em utilizar palavras que imitam sons reais para representar
determinados objetos, ações ou estados. Exemplo: "A buzina do carro fez 'beep-beep'".

Hipérbato: É a inversão da ordem usual das palavras na frase, conferindo um efeito de ênfase
ou de estilo poético. Exemplo: "Na praia, ele estava".

Pleonasmo: É a repetição desnecessária de termos com o objetivo de reforçar uma ideia ou


enfatizar uma expressão. Pode ser considerado um vício de linguagem, mas também pode ser
utilizado de forma intencional para criar um efeito expressivo. Exemplo: "Subir para cima" ou
"sair para fora".

Concordância

Objeto Direto: O objeto direto é o complemento verbal que recebe diretamente a ação do
verbo, sem a necessidade de preposição. Ele responde à pergunta "o quê?" ou "quem?" em
relação ao verbo. Veja alguns exemplos:

"Eu comprei um livro." (o livro é o objeto direto do verbo "comprar").

"Ele assistiu ao filme." (o filme é o objeto direto do verbo "assistir").

Objeto Indireto: O objeto indireto é o complemento verbal que completa o sentido do verbo,
sendo introduzido por uma preposição, geralmente "a" ou "para". Ele responde à pergunta "a
quem?" ou "para quem?" em relação ao verbo. Veja exemplos:

"Eu emprestei o livro para a Ana." (a Ana é o objeto indireto do verbo "emprestar").

"Ele deu um presente a mim." (mim é o objeto indireto do verbo "dar").

Complemento Nominal: O complemento nominal é o termo que completa o sentido de um


nome, substantivo, adjetivo ou advérbio, ligando-se a ele por meio de uma preposição. Ele
indica a relação de complementação, posse, qualidade, estado, entre outros. Veja exemplos:
"Ela tem medo de altura." (de altura é o complemento nominal do substantivo "medo").

"Estou satisfeito com o resultado." (com o resultado é o complemento nominal do adjetivo


"satisfeito").

Agente da Passiva: O agente da passiva é o termo que indica quem pratica a ação expressa
pelo verbo na voz passiva. Ele é introduzido pela preposição "por". Veja um exemplo:

"O livro foi escrito por um famoso autor." (um famoso autor é o agente da passiva do verbo
"escrever").

Adjunto Adverbial: O adjunto adverbial é o termo que indica uma circunstância, como tempo,
lugar, modo, meio, causa, finalidade, entre outros, relacionada ao verbo. Ele pode ser
introduzido por preposições ou não. Veja exemplos:

"Ela correu rapidamente." (rapidamente é o adjunto adverbial de modo).

"Ele chegou à festa de carro." (à festa é o adjunto adverbial de lugar).

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