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º 99 — 22 de Maio de 2009
nos termos do n.º 5 do Decreto-Lei n.º 34/2009 de 6 de Fevereiro, con- 2 — Ao abrigo da alínea a) do n.º 4 e do n.º 5 do artigo 97.º-A do
siderando que este se insere no eixo prioritário definido na al. a) do n.º 1 Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro pela sua redacção actual:
do art. 1.º do mesmo diploma — Modernização do Parque Escolar; a substituição nos artigos 38.º, 42.º, 43.º, 45.º, 51.º, 53.º, 56.º, 57.º do
2) A adopção de procedimento por ajuste directo para a contratação símbolo > (maior) pelo símbolo < (menor), repondo a redacção original
de: dada pelo regulamento do PDM de São Brás de Alportel aprovado pela
a) Serviços de elaboração de projectos de arquitectura e especialidades Resolução do Conselho de Ministros n.º 71/95.
nos termos do conjugadamente disposto no n.º 2 do art. 1.º e do n.º 2 do Decorrente desta correcção e rectificação republica-se integralmente
art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 34/2009 de 6 de Fevereiro; o regulamento do Plano Director Municipal de São Brás de Alportel.
b) Realização de empreitada para a construção do edifício — Centro 18 de Maio de 2009. — O Presidente da Câmara, António Paulo
escolar de Sacapeito, nos termos do conjugadamente disposto no n.º 2 Jacinto Eusébio.
do art. 1.º e do n.º 1 do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 34/2009 de 6 de
Fevereiro;
Republicação do Regulamento do Plano Director
3) Autorização para envio de convite à apresentação de proposta a sete Municipal de São Brás de Alportel
empresas, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 34/2009
de 6 de Fevereiro e em consonância com o aconselhado pela ANMP,
através de circular. Regulamento do Plano Director Municipal
de São Brás de Alportel
A publicação no Diário da República da presente deliberação, para
efeitos do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 34/2009, de 6 de Fe-
vereiro.
Depois de apreciado o assunto foi deliberado pelo executivo em reu- TÍTULO I
nião de 27/04/2009 concordar com o proposto na presente informação
devendo agir-se em conformidade. Disposições gerais
13 de Maio de 2009. — O Presidente da Câmara, Francisco Maria
Moita Flores. Artigo 1.°
301787285 Objectivo e âmbito
1 — O Plano Director Municipal (PDM) de São Brás de Alportel tem
por objecto estabelecer as regras a que deverá obedecer a ocupação, uso
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL e transformação do território municipal e definir as normas gerais de
gestão urbanística a utilizar na implementação do Plano, tendo em vista
Aviso n.º 10012/2009 o desenvolvimento socio-económico do concelho, a preservação dos
recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida da população.
Alteração do Regulamento do Plano Director Municipal 2 — O PDM é aplicável na totalidade da área do território do mu-
de São Brás de Alportel por correcção e rectificação nicípio.
António Paulo Jacinto Eusébio, Presidente da Câmara Municipal Artigo 2.°
de São Brás de Alportel, declara nos termos do artigo 97.º — A do Composição
Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo
Decreto-Lei n.º 46/2009 de 26 de Fevereiro, que na reunião de Câmara 1 — O PDM é constituído pelos seguintes elementos fundamentais:
de 28 de Abril de 2009 foi deliberado, por unanimidade, concordar com a) Regulamento, traduzido graficamente nas plantas referidas nas
a alteração do regulamento do Plano Director Municipal de S. Brás de alíneas b) e c) do presente número;
Alportel, por via de correcção e rectificação: b) Planta de ordenamento, à escala de 1:25 000, desagregada nas
Detectadas algumas inexactidões no regulamento do Plano Director seguintes plantas:
Municipal de São Brás de Alportel aprovado em Resolução do Conselho
de Ministros n.º 71/95 publicada no Diário da República 1.ª série — B b1) Planta de síntese;
n.º 165 de 19 de Julho de 1995, alterada pelo aviso n.º 26039/2007 pu- b2) Planta de condicionamentos especiais;
blicado no Diário da República n.º 249, 2.ª série de 27 de Dezembro de
2007, solicita-se autorização para emissão de declaração de rectificação c) Planta de condicionantes, à escala de 1:25 000, desagregada nas
no âmbito do artigo 97.º- A do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro seguintes plantas:
com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro c1) Reserva Agrícola Nacional;
para os seguintes casos: c2) Reserva Ecológica Nacional;
1 — Ao abrigo da alínea c) do n.º 1 do artigo 97.º-A do Decreto-Lei c3) Outras servidões administrativas e restrições de utilidade pú-
n.º 380/99 de 22 de Setembro pela sua redacção actual: correcção do n.º 2 blica.
do artigo 34.º, por apontar para índices dispares dos mencionados no n.º 6
do artigo 23.º, cuja essência encontra-se estabelecida pela adaptação ao 2 — Constituem elementos complementares do PDM:
Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve aprovado pela
Resolução do Conselho de Ministros n.º 102/2007, publicada no Diário da a) O relatório;
República, 1.ª série, n.º 149, de 3 de Agosto (rectificada pela Declaração b) A planta de enquadramento, à escala do 1:100 000.
de Rectificação n.º 85-C/2007, publicada no Diário da República, 1.ª
série, n.º 190, de 2 de Outubro), ficando com a seguinte redacção: 3 — Constituem anexo ao PDM os seguintes elementos:
«Artigo 34.° a) Os estudos de caracterização física, social, económica e urba-
nística;
Edificabilidade — Áreas não sujeitas ao regime da RAN
b) O Regulamento e extracto da planta de síntese do Plano Regional
1— .................................................. de Ordenamento do Território do Algarve;
2 — A instalação de hotéis, pensões, estalagens, motéis, pousadas e c) A planta da situação existente, à escala de 1:25 000.
hospedarias decorrerá em conformidade com o disposto no n.º 6.º do
artigo 23.º do presente regulamento. Artigo 3.°
a) (Revogada.) Interpretação dos elementos fundamentais do PDM
b) (Revogada.)
c) (Revogada.) A aplicação do Regulamento, para efeitos de definição dos condicio-
d) (Revogada.) namentos à edificabilidade, está sujeita às seguintes regras:
a) Deverão ser sempre consideradas cumulativamente os condiciona-
3— .................................................. mentos referentes à planta de ordenamento e à planta de condicionantes,
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prevalecendo os mais restritivos;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) No que concerne à planta de ordenamento, deverão ser sempre
considerados cumulativamente os respeitantes à planta de síntese e à
4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» planta de condicionamentos especiais, prevalecendo estes últimos.
Diário da República, 2.ª série — N.º 99 — 22 de Maio de 2009 20745
Artigo 4.° a lotear for marginada por arruamento público, a sua superfície total
Vinculação inclui metade do arruamento;
Índice de utilização líquido — é igual ao quociente da superfície de
As disposições do Regulamento são de cumprimento obrigatório em pavimento pela superfície total da parcela ou lote;
todas as intervenções de iniciativa pública e promoções de iniciativa Índice volumétrico — é igual ao quociente entre o volume do espaço
privada e cooperativa. ocupado pela construção, referido à superfície de pavimento, e a área
Artigo 5.° de parcela ou lote;
Vigência Área urbanizável — área definida como edificável, de parte ou da to-
talidade de uma ou mais parcelas, que inclui as áreas de implantação das
O Plano tem um período de vigência de 10 anos após a sua publicação construções, dos logradouros e as destinadas às infra-estruturas e exclui,
no Diário da República. designadamente, as áreas das Reservas Agrícola (RAN) e Ecológica (REN);
Artigo 6.° Área impermeabilizada — soma da superfície do terreno ocupada por
Complementaridade edifícios, vias, passeios, estacionamentos, piscinas e demais obras que
impermeabilizam o terreno;
1 — Nas matérias do seu âmbito, o Regulamento integra, comple- Cércea — dimensão vertical da construção, contada a partir do ponto
menta e desenvolve a legislação aplicável no território do município, da cota média do terreno no alinhamento da fachada até à linha superior
nomeadamente as disposições constantes do Plano Regional de Ordena- do beirado ou platibanda ou guarda do terraço;
mento do Território do Algarve, adiante designado por PROT Algarve Obras de construção — execução de qualquer projecto de obras novas,
(Resolução do Conselho de Ministros n.º 102/2007, publicada no Diário incluindo prefabricados e construções amovíveis;
da República, 1.ª série, n.º 149, de 3 de Agosto (rectificada pela Decla- Obras de reconstrução — execução de obras de uma construção em
ração de Rectificação n.º 85-C/2007, publicada no Diário da República, local ocupado por outra, obedecendo ao plano primitivo;
1.ª série, n.º 190, de 2 de Outubro). Obras de alteração — execução de obras que, por qualquer forma,
2 — Os licenciamentos, aprovações e autorizações permitidos neste modifiquem o plano primitivo da construção existente, sem aumento
Regulamento devem ser entendidos sem prejuízo das atribuições e de área ou volumetria;
competências cometidas pela lei em vigor às demais entidades de di- Obras de ampliação — execução de obras tendentes a ampliar partes
reito público. existentes de uma construção;
Artigo 7.° Plataforma da estrada — conjunto da faixa de rodagem, das bermas
Hierarquia e das valetas;
Faixa de rodagem — conjunto das vias de circulação de uma estrada onde
O PDM é o instrumento orientador dos planos municipais de orde- não existe separador central (quando existe separador central, como nas auto-
namento do território que vierem a ser elaborados para implementação estradas e nalgumas vias rápidas, a plataforma da estrada inclui duas faixas
do Plano Director Municipal, os quais deverão conformar-se com as de rodagem, uma para cada sentido, com uma ou mais vias de circulação);
suas disposições. Via de circulação — zona longitudinal da faixa de rodagem destinada
Artigo 8.° ao trânsito de uma única fila de veículos;
Aplicação supletiva Bermas — superfícies que se desenvolvem paralelamente ao eixo da
estrada e que ladeiam a faixa de rodagem de ambos os lados, não se
Na ausência de planos municipais de ordenamento do território ela- destinando à circulação normal dos veículos. Eventualmente poderão ser
borados segundo as orientações do PDM as disposições do presente destinadas à circulação de veículos específicos, como os não motorizados;
Regulamento terão aplicação directa. Valeta — condutas com forma côncava, que se destinam à recolha e
condução das águas pluviais, podendo ou não ser cobertas. Ligam-se
Artigo 9.° geralmente às bermas através de uma pequena curva de concordância;
Disposição transitória Rede pública de águas — captação, reserva, adutoras e destribuidoras
de água potável abrangendo os consumos domésticos, comerciais, indus-
São reconhecidos os direitos conferidos pelas licenças e autorizações triais, públicos e outros, com exploração e gestão por entidade pública;
do regime jurídico da urbanização e da edificação concedidas até ao prazo Rede privada de água — captação, reserva, adutoras e distribuidoras
(90 dias úteis) estabelecido no ponto n.º 2 do artigo 97.º do Decreto-Lei destinadas à distribuição localizada de água potável de utilização colec-
n.º 380/99 de 22 de Setembro, com redacção do Decreto-Lei n.º 316/2007 tiva, com exploração e gestão por entidade privada;
de 19 de Setembro. Os titulares das referidas licenças/autorizações devem Sistema simplificado de abastecimento de água — abastecimento
sempre que possível promover alterações as operações urbanísticas que, público de água potável através de fontenários ou sistemas locais;
objectivamente, atenuem a sua desconformidade com as novas regras Sistema autónomo de abastecimento de água — abastecimento de
estabelecidas pelo PROT Algarve. água potável, simplificado, para consumo individual privado;
Rede pública de esgotos — rede pública de colectores, instalações
Artigo 10.° de tratamento e dispositivos de descarga final, destinados à drenagem
Definições de esgotos domésticos, industriais e pluviais, com exploração e gestão
por entidade pública;
Para efeitos do Regulamento, são adoptadas as seguintes definições: Rede privada de esgotos — rede de colectores, instalações de trata-
Parcela — área de terreno não resultante de operação de loteamento, mento e dispositivos de descarga final destinados à drenagem locali-
marginada por via pública e susceptível de construção ou de operação zada de esgotos , de utilização colectiva com exploração e gestão por
de loteamento e ou aprovação de obras de urbanização; entidade privada.
Lote — área de terreno, marginada por arruamento, destinada à cons- Sistema simplificado de esgotos — drenagem e tratamento de esgotos
trução, resultante de uma operação de loteamento licenciada nos termos através de fossas secas ventiladas, fossas sépticas seguidas de sistema
da legislação em vigor; de infiltração ou redes de pequeno diâmetro com tanques interceptores
Densidade habitacional — número de fogos fixado para cada hectare de lamas, de utilização colectiva;
de uma parcela susceptível de ser objecto de operação de loteamento; Sistema autónomo de esgoto — drenagem e tratamento de esgotos
Superfície de pavimento — para os edifícios construídos ou a cons- com sistema simplificado de utilização individual privada.
truir, quaisquer que sejam os fins a que se destinam, é a soma das
superfícies brutas de todos os pisos (incluindo escadas e caixas de
elevadores), acima e abaixo do solo, com exclusão de: TÍTULO II
Terraços descobertos;
Áreas de estacionamento colectivo; Servidões administrativas e outras restrições
Serviços técnicos instalados nas caves dos edifícios;
Galerias exteriores públicas; de utilidade pública ao uso dos solos
Arruamentos ou espaços livres de uso público cobertos pela edificação;
Zonas de sótão não habitáveis; Artigo 11.°
Área de implantação — é a área medida em projecção zenital das Âmbito e objectivos
construções , delimitada pelo perímetro dos pisos mais salientes, ex-
1 — Regem-se pelo disposto no presente título e legislação aplicável
cluindo varandas e platibandas;
as servidões administrativas e restrições de utilidade pública ao uso dos
Índice de ocupação — é igual ao quociente da área de implantação
solos seguidamente identificadas:
pela área total de parcela ou lote;
Índice de utilização bruto — é igual ao quociente de superfície de a) Reserva Ecológica Nacional;
pavimento pela superfície total da parcela a lotear. Quando a parcela b) Reserva Agrícola Nacional;
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3 — Na zona próxima deverão ser observados os seguintes condicio- 2 — Os condicionamentos referidos no número anterior serão sus-
namentos aos usos e construções: pensos ou alterados logo que se inicie a construção das infra-estruturas
referidas ou que esteja concluído o projecto de execução.
a) Interdita a construção, à excepção das instalações necessárias à
exploração da captação de água;
b) Interdita a agricultura intensiva; Artigo 20.°
c) Interditas ocupações ou actividades que possam provocar poluição Vazadouros de entulho e aterros sanitários
dos aquíferos, tais como colectores e fossas sépticas, despejo de lixos
1 — A Câmara Municipal deverá definir e indicar os locais mais
ou descarga de entulho, instalações pecuárias, depósitos de sucata e
adequados para a instalação de vazadouros de entulho e aterros sanitá-
utilização de pesticidas.
rios, tendo em conta o regime das classes de espaços estabelecido no
4 — Na zona afastada deverão ser observados os seguintes condicio- capítulo II do presente título.
namentos aos usos e construções: 2 — Em qualquer caso, os locais referidos no número anterior não
a) Interditas instalações de fabrico ou armazenagem de produtos poderão situar-se:
tóxicos, cemitérios, aterros sanitários, vazadouros, poços absorventes a) A menos de 200 m da plataforma das vias regionais e intermunici-
para infiltração de efluentes, nitreiras, depósitos soterrados de hidro- pais identificadas na secção IX do capítulo II do presente título.
carbonetos líquidos e exploração de pedreiras; b) A menos de 100 m das vias municipais principais e de 50 m das
b) Qualquer uso ou construção que seja licenciado deverá ser prece- restantes vias, identificadas no capítulo III do presente título;
dido de parecer favorável da Direcção Regional de Ambiente e Recursos c) A menos de 500 m dos espaços urbanos, urbanizáveis e das áreas
Naturais. de edificação dispersa de instalações hoteleiras e similares e de equi-
pamentos colectivos;
5 — Para além dos condicionamentos referidos nos n.os 3 e 4 do pre- d) Nos espaços agrícolas condicionados.
sente artigo, é interdita a abertura de furos de captação particulares numa
faixa de 300 m de raio, contados a partir do eixo da captação pública.
Espaço urbanizável para fins industriais. Área de concentração in- 10 — A licença de obras de alteração ou ampliação só poderá ser emi-
dustrial regional; tida pela Câmara Municipal após a recepção da decisão do deferimento
(Revogadas as Áreas de Aptidão Turística.) do pedido de autorização de instalação ou alteração.
causar ou pela perigosidade dos materiais armazenados, não prejudiquem Artigo 60.°
zonas envolventes.
Espaços de indústria extractiva a reconverter «R»
3 — O plano de pormenor ou as operações de loteamento a elaborar
para os espaços industriais II ficam sujeitos às seguintes regras: 1 — Os espaços de indústria extractiva a reconverter «R» compreen-
dem algumas pedreiras existentes no concelho e assinaladas na planta
Índice de utilização bruta: =/< 0,4;
de ordenamento síntese.
Superfície impermeabilizada: =/< 70 %;
2 — Estes espaços estão sujeitos à elaboração de planos de reconversão
Afastamento dos edifícios aos limites do lote:
e recuperação paisagística nos termos da legislação aplicável, devendo
No caso de unidades isoladas: igual ao dobro da respectiva altura e
ser reconvertidos para os usos previstos nos espaços confinantes.
sem prejuízo do cumprimento de outros afastamentos, à excepção de
portarias ou postos de transformação;
No caso de unidades com uma parede comum: a dimensão total do Artigo 61.°
conjunto da construção, em qualquer sentido, não poderá ultrapassar Espaço de indústria extractiva potencial II
50 m;
Afastamento das edificações ao limite frontal do lote: 6 m, à excepção 1 — O espaço de indústria extractiva potencial II corresponde a áreas
de portarias ou postos de transformação, e sem prejuízo do disposto na em parte ocupadas com explorações de inertes e ou susceptíveis de serem
secção IX do presente capítulo e no capítulo III do presente título; objecto de novas actividades extractivas economicamente viáveis, de
Os lotes terão obrigatoriamente acesso directo por uma via pavimen- acordo com a legislação específica aplicável, e destinam-se exclusiva-
tada com as características definidas nas alíneas b), h) e i) do n.° 4 do mente à exploração de inertes e instalação de serviços complementares,
artigo 72 .°; como escritórios, cantinas e outros destinados a actividades de natureza
Estacionamento: um lugar por cada 100 m2 de superfície de pavi- social e recreativa dos trabalhadores, sendo ainda permitida a instala-
mento. ção de habitação para o pessoal de vigilância, quando justificável, e a
exploração agrícola.
4 — A instalação de unidades industriais no espaço urbanizável para 2 — O espaço de indústria extractiva potencial II, localizado junto à
fins industriais incluído no perímetro urbano de Almargens fica sujeita área de concentração industrial regional, integra juntamente com esta
às seguintes regras: uma UOP, referida no capítulo IV do presente título.
Índice de utilização líquido: =/< 0,5;
Superfície impermeabilizada: =/<70 %; SECÇÃO VIII
Afastamento dos edifícios aos limites do lote:
No caso de unidades isoladas: igual ao dobro da respectiva altura e Dos espaços de equipamentos
sem prejuízo do cumprimento de outros afastamentos, à excepção de
portarias ou postos de transformação; Artigo 62.°
No caso de unidades com uma parede comum: a dimensão total do
conjunto da construção, em qualquer sentido, não poderá ultrapassar Localização
50 m; 1 — A instalação de equipamentos e grandes infra-estruturas previstas
Afastamento das edificações ao limite frontal do lote: 6 m, à excepção far-se-á nas áreas indicadas na planta de ordenamento síntese e deve ser
de portarias ou postos de transformação, e sem prejuízo do disposto no objecto de programas de ocupação específicos, sujeitos a aprovação das
capítulo III do presente título; entidades competentes.
Os lotes terão obrigatoriamente acesso directo por uma via pavimen- 2 — Os equipamentos e serviços existentes e previstos, localizados
tada com as características definidas nas alíneas b), h) e i) do n.° 4 do na planta de ordenamento síntese, são os seguintes:
artigo 72 .°;
Estacionamento: um lugar por cada 100 m2 de superfície de pavi- Pousada de São Brás de Alportel;
mento. Sanatório;
Externato de São Brás de Alportel;
5 — Na área de Barrabés delimita-se uma área de reserva para expan- Campo de Futebol da União Desportiva Sambrazense e respectiva
são industrial com cerca de 4,5 ha, indicada com o símbolo «R», à qual expansão;
serão aplicadas as regras constantes dos n.os 2 e 3 deste artigo; a área de Campo de Futebol da Sociedade Recreativa Alportelense;
reserva poderá ser ocupada quando a área industrial de Barrabés estiver Campos de Futebol do Grupo Desportivo e Cultural dos Machados;
comprometida em mais de 50 % da superfície afecta a este uso. Campo de Futebol de Cabeço do Velho;
Aterro sanitário em Garcia;
Equipamento desportivo no Tesoureiro;
SECÇÃO VII Casa de Repouso dos Machados;
Fonte férrea.
Dos espaços de indústrias extractivas Artigo 63.°
Artigo 58.° Equipamentos colectivos
Âmbito e objectivos Nos planos municipais de ordenamento do território de nível inferior
deverão ser previstas áreas de equipamentos colectivos, com base nas
1 — Os espaços de indústria extractiva têm como objectivo a explo- normas para a programação de equipamentos colectivos, do Gabinete
ração de inertes com interesse económico. de Estudos e Planeamento da Administração do Território do Ministério
2 — Os espaços de indústria extractiva são constituídos pelas se- do Planeamento e da Administração do Território.
guintes categorias:
a) Consolidada I;
b) A reconverter «R»; SECÇÃO IX
c) Potencial II.
Dos espaços-canais
3 — A instalação de indústrias extractivas está sujeita ao licencia-
mento prévio pelas entidades competentes, em conformidade com a Artigo 64.°
legislação aplicável. Âmbito e categorias
Artigo 59.° 1 — Os espaços-canais correspondem a corredores activados por
Espaço de indústria extractiva consolidada I infra-estruturas rodoviárias, tendo por fim garantir adequadas condições
de funcionamento.
1 — O espaço de indústria extractiva consolidada I caracteriza-se pela
2 — Os espaços-canais são constituídos pelas seguintes categorias,
ocupação exclusiva para explorações de inertes, incluindo as necessárias
de acordo com a função e características:
instalações e equipamentos.
2 — Em caso de cessação de exploração, estes espaços estão sujeitos à a) Regional — que corresponde ao conjunto de rodovias e aéreas
elaboração de planos de reconversão e recuperação paisagística, devendo adjacentes que asseguram as ligações entre os principais centros urbanos
ser reconvertidos para os usos previstos nos espaços confinantes. e infra-estruturas de nível regional;
Diário da República, 2.ª série — N.º 99 — 22 de Maio de 2009 20755
b) Intermunicipal — que corresponde ao conjunto de rodovias e aéreas b) Municipais secundárias — que correspondem ao conjunto de ro-
adjacentes que asseguram as ligações entre os principais centros urbanos dovias e áreas adjacentes, com funções de transporte e acessibilidade,
de municípios contíguos. como distribuidoras e colectoras de tráfego de e para a rede municipal
Artigo 65.° principal;
c) Municipais locais — que correspondem ao conjunto de vias com
Faixas adjacentes funções predominantes de distribuição local, que compreendem as vias
As faixas adjacentes às plataformas das vias constituem espaços non urbanas e todas as restantes vias não incluídas nas categorias atrás
aedificandi, com excepção dos acessos às vias e de vedações aligeiradas, referidas e que são as vias rurais.
de acordo com o disposto nos artigos seguintes.
Artigo 69.°
Artigo 66.° Faixas adjacentes
Espaço-canal regional As faixas adjacentes às plataformas das vias constituem espaços non
1 — O espaço-canal regional é suportado no concelho pelos troços aedificandi, com excepção dos acessos às vias e de vedações aligeiradas,
de acordo com o disposto nos artigos seguintes.
das seguintes vias:
a) Estrada de ligação da sede do concelho ao IP 1, através do nó de Artigo 70.°
Estoi e à capital regional (troço da EN 2); Infra-estruturas viárias municipais principais
b) Estrada de ligação da sede do concelho ao Farrobo Norte (troço 1 — As infra-estruturas viárias municipais principais integram as
da EN 2); seguintes vias:
c) Estrada de ligação do Farrobo Norte a Alportel (troço da EN 2);
a) Estrada de ligação da sede do concelho a Almargens (troço da
d) Estrada de ligação de Alportel ao limite do concelho e Barranco
actual EM 513);
do Velho (troço da EN 2). b) Estrada de ligação da sede do concelho a Bico Alto, Pêro de Ami-
gos, Parizes, Javali, Cova da Muda e Alportel (actuais EM 513+CM
2 — A infra-estrutura rodoviária programada, de ligação variante
1202);
entre Portela e São Brás por Poço de Ferreiros, uma vez executada,
c) Estrada de ligação de Farrobo norte a São Romão (actual EM 1203
classificar-se-á na categoria referida no presente artigo. e o troço da EM 523);
3 — O dimensionamento do espaço-canal regional é definido pela d) Estrada de ligação de Almargens à estrada referida na alínea b)
plataforma das vias que o compõem e por uma faixa adjacente com a deste número;
largura de 50 m para cada lado do eixo da via. e) Estrada de ligação de Mealhas à estrada referida na alínea b) deste
4 — Os pontos de acesso às vias referidas nas alíneas do n.° 1 do número (troço do actual CM 1206);
presente artigo devem distanciar entre si, no mínimo, 500 m. f) Estrada de ligação de Mealhas à estrada intermunicipal São Brás-
5 — Na faixa adjacente, referida no n.°3 do presente artigo, apenas Tavira;
é permitida a construção de caminhos de acesso, de acordo com o g) Estrada de ligação da estrada intermunicipal São Brás-Tavira à
número anterior, e de vedações aligeiradas, afastadas no mínimo 10 m estrada regional São Brás-nó da VLA de Moncarapacho (troço do actual
das respectivas bermas. CM 1206);
Artigo 67.° h) Estrada de ligação da estrada intermunicipal São Brás — Loulé a
Corotelo (troço da actual EM 523);
Espaço-canal intermunicipal i) Estrada de ligação de Corotelo a Vale de Carvalho (troço da actual
1 — O espaço-canal intermunicipal é suportado no concelho pelos EM 523);
troços das seguintes vias: j) Estrada de ligação de Vilarinhos a Gralheira (troço da actual EN
270);
a) Estrada de ligação da sede do concelho a Loulé e a Tavira (troços l) Estrada de ligação de Gralheira à sede do concelho (troço da actual
da actual EN 270); EN 270);
b) Estrada de ligação da sede do concelho ao IP 1, através do nó de m) Estrada de ligação da sede do concelho à estrada intermunicipal
Moncarapacho, servindo a área de concentração industrial regional e o São Brás-Tavira junto ao Cerro das Árvores (troço da actual EN 270);
loteamento industrial municipal (EM 514). n) Estrada de ligação de Javali ao limite do concelho (EM 513).
2 — A infra-estrutura rodoviária nacional programada, de ligação 2 — A infra-estrutura rodoviária municipal programada, de ligação
variante entre Vilarinhos e Barrabés pelo lado sul da sede do concelho, entre Cerro de Alportel e o limite poente do concelho, uma vez executada,
uma vez executada, classificar-se-á na categoria referida no presente classificar-se-á na categoria referida no presente artigo.
artigo. 3 — O dimensionamento da infra-estrutura viária municipal principal
3 — O dimensionamento do espaço-canal intermunicipal é definido é definido pelos seguintes parâmetros:
pela plataforma das vias que o compõem e por uma faixa adjacente com
a largura de 40 m para cada lado do eixo da via. a) Faixa mínima de rodagem — 7 m;
4 — Os pontos de acesso à via intermunicipal devem distanciar-se b) Bermas e valetas — 1 m para cada lado da faixa de rodagem;
entre si, no mínimo, 300 m. c) Faixa adjacente — 20 m para cada lado do eixo da via.
5 — Na faixa adjacente referida no n.°3 do presente artigo apenas
é permitida a construção de caminhos de acesso, de acordo com o Artigo 71.°
número anterior, e de vedações aligeiradas, afastadas no mínimo 10 m Infra-estruturas viárias municipais secundárias
das respectivas bermas.
1 — As infra-estruturas viárias municipais secundárias integram as
seguintes vias:
CAPÍTULO III a) Estrada de ligação de Almargens a Almargens (norte);
b) Estrada de ligação da sede do concelho a Campina;
Das infra-estruturas viárias c) Estrada de ligação de Campina a Tareja;
d) Estrada de ligação da estrada intermunicipal São Brás-Tavira a
Artigo 68.° Mesquita (troço do actual CM 1208);
e) Estrada de ligação de Mesquita à estrada regional São Brás-nó da
Âmbito VLA de Moncarapacho (troço do actual CM 1208);
1 — As infra-estruturas viárias são constituídas pelo conjunto de f) Estrada de ligação de Mealhas a Machados, pela Barracha (actual
rodovias municipais que asseguram a mobilidade e acessibilidade no CM 1206);
território e pelas vias urbanas. g) Estrada de ligação da estrada referida na alínea anterior a Monte
2 — As infra-estruturas viárias integram as seguintes categorias, de do Trigo (limite do concelho);
acordo com a função e características das vias que as constituem: h) Estrada de ligação de Mesquita à estrada referida na alínea f) do
presente número (troço do actual CM 1207);
a) Municipais principais — que correspondem ao conjunto de ro- i) Estrada de ligação do Corotelo a Funchais e Bordeira, no concelho
dovias e áreas adjacentes estruturantes da ocupação do território, com de Faro (troço do actual CM 1306);
funções predominantes de transporte/mobilidade, que asseguram as j) Estrada de ligação do Corotelo a Fonte da Murta (troço do actual
ligações principais no interior do concelho; CM 1306);
20756 Diário da República, 2.ª série — N.º 99 — 22 de Maio de 2009
l) Estrada de ligação da estrada referida na alínea b) do n.° 1 do artigo j) Nos restantes espaços o raio de concordância das vias não deverá
anterior ao limite do concelho, a partir do cruzamento das Cabanitas ser inferior a 8 m, podendo exceptuar-se os casos referidos na alínea f)
(CM 1111); do presente artigo.
m) Estrada de ligação entre Desbarato e Bengado (actual 1209).
Artigo 80.° das propostas, conforme previsto no programa de concurso, até ao termo
Preenchimento dos espaços urbanizáveis do prazo de apresentação das propostas.
iv) Contribuição para a diversificação da oferta turística regional, que, pelas suas características próprias, sejam elas do meio físico ou
explorando segmentos de maior valor acrescentado; sócio-económicas, se individualizam em relação ao território envolvente
v) Actividades de promoção intensiva do conhecimento associadas; ou à generalidade do território municipal.
vi) Programa de responsabilidade social prosseguida pela entidade 2 — A UOP constitui a unidade indicativa para a elaboração de pla-
concorrente nos últimos dois anos. nos e requer medidas de gestão integradas por vários organismos e
entidades.
1.3 — Critérios de avaliação ambiental: 3 — A UOP delimitada na planta de ordenamento-síntese é a se-
i) Compatibilidade com os fins do PROT Algarve; guinte:
ii) Sustentabilidade da arquitectura e da solução urbanística propostas; a) Área de concentração Industrial Regional;
iii) Qualificação ambiental da área envolvente associada ao pro- b) (Revogada.)
jecto; Artigo 82.°
iv) Eficiência energética, em especial no que respeita ao uso de ener-
gias renováveis; Unidade operativa de planeamento e gestão
v) Adequação da solução adoptada em matéria de gestão de resí- da área de concentração industrial regional
duos; 1 — A UOP da área de concentração industrial regional delimitada
vi) Adequação das soluções de minimização e compensação dos na planta de ordenamento síntese integra espaço urbanizável para fins
impactos ambientais associados à execução do projecto; industriais e espaço para indústrias extractivas.
vii) Adequação da solução de certificação ambiental proposta e dos 2 — A UOP da área de concentração industrial regional deve ser
sistemas de monitorização; objecto do plano municipal de ordenamento do território que defina a
viii) Selecção de espécies vegetais adaptadas às condições edafo- estrutura de ocupação com base em programa previamente acordado
climáticas do sítio; com as entidades intervenientes e de acordo com as regras de ocupação
ix) Reabilitação ambiental e paisagística de áreas que o requeiram, definidas no presente Regulamento, visando garantir a correcta articu-
no sítio e na sua envolvente e manutenção permanente dos seus valores lação das actividades previstas, os acessos adequados e a minimização
ambientais e paisagísticos. dos impactes sobre as zonas envolventes.
Artigo 80.°-J Artigo 83.°
Deliberações de admissão e escolha das propostas Unidades operativas de planeamento
Tendo em contas os relatórios produzidos pelo júri, a câmara municipal e gestão das áreas de aptidão turística
delibera, oportunamente, sobre a admissão das propostas e, a final, esco- (Revogado.)
lhe a proposta mais vantajosa para a prossecução do interesse público, 201806992
particularmente nos domínios do desenvolvimento económico e social,
do urbanismo, do ordenamento do território e do ambiente.