Em geral, as nações do norte da África Ocidental e Oriental estavam livres a
partir da década de 1950. Já os pertencentes à África Subsaariana, em 1960; e os integrantes da África Austral e região do Oceano Índico entre 1970 e 1980. Porém há exceções, como o Egito que teve sua independência em 1922. Os países europeus responsáveis pela (agora) descolonização tiveram em mente diferentes formas de fazê-lo. Dentre os cinco principais colonizadores europeus, as colônias gerenciadas pela Espanha e pelo Reino Unido foram as que tiveram sua independência mais “tranquila”, com ambos organizando a separação dos territórios em novos países – mesmo um pouco contrariado. Já as colônias da França, Bélgica e Portugal tiveram mais dificuldade, com maior relutância dos países europeus em ceder, resultando em Guerras e conflitos armados nos três casos. Mesmo após o fim das Guerras, o continente Africano continuava sendo alvo de embates. A incidência de conflitos recorrentes é resultante da partilha de terras feita pelos europeus, na qual não houve consideração pelas diferenças étnicas de cada região, agrupando grupos rivais em um só território. Por este motivo, logo após sua independência, grande parte dos novos países entram em guerra civil, e geram instabilidade econômica e política, na qual a população ainda vivia reprimida por uma parte elitizada. A descolonização da África foi feita a contragosto. A princípio, a Europa não queria abrir mão de suas colônias africanas, mas pressionadas por protestos, enfraquecida pelo fim da Segunda Guerra Mundial, e em plena Guerra Fria, os países europeus tiveram que ceder de alguma forma. Mesmo que a independência tenha sido uma grande conquista, ela foi majoritariamente feita sem levar aspectos importantes em consideração, deixando a África instável até hoje, política, socio e economicamente.