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A terceira tarefa diz respeito ao uso das Forças Armadas para apoiar,
suportar, respaldar ou substituir as forças policiais em situações de
excepcionalidade, seja para atenderem à segurança pública, seja para
responderem a outras situações, que podem ser desde desastres natu-
rais até o extremo das formas constitucionais de exceção. Tem-se, no-
vamente, o primado de forças terrestres. E, novamente, a possibilidade
de serem apoiadas ou suportadas pelos efeitos multiplicadores de ou-
tras forças e agências. Concretamente, isso coloca demandas sobre
uma larga fração, se é que não sobre a totalidade, do efetivo que possa
ser usado neste papel. Essa perspectiva diz respeito a forças prontas ou
que se possa aprestar em tempo hábil para algum desses usos, inde-
pendente de sua filiação a esta ou aquela força singular. Há demandas
qualitativas de preparo de pessoal e organizações para desempenhar a
contento cada um dessas possíveis tarefas, admitindo diferentes perfis
diante da miríade de possibilidades a que tenham que responder. Há
também demandas quantitativas de efetivo pronto ou que possa ser
feito pronto em um determinado prazo compatível com a expectativa
de produzir resultados politicamente úteis e tecnicamente adequados.
Novamente, a melhor composição de meios e modos depende da situ-
ação específica. Lida-se com um leque de cenários e circunstâncias em
que há diferentes expectativas, inclusive quanto à articulação com ou-
tras agências – greves de polícia, por exemplo.34 Tem-se, ainda, nes-
sa tarefa em particular, um conjunto de questões normativas a serem
adequadamente resolvidas: o que sejam os diplomas legais que autori-
zem, controlem e avaliem o uso das Forças Armadas no policiamento
ou na emergência aquém dos termos constitucionais de intervenção ou
exceção.35
Fazer-se capaz de dar conta dessas três tarefas em qualquer momento
do tempo desde o presente exige uma perspectiva propriamente sistê-
mica – capaz de enquadrar o sistema de defesa nacional, articulando o
papel das partes em termos da função objetivo do todo. Sem o benefí-
cio de tal perspectiva, qualquer proposta se arrisca a deseconomias de
escala, de escopo e mesmo à dispersão de esforços ou ao desperdício
de recursos. Essa é uma questão ampla, aparentemente simples, do
“quanto é suficiente?”36
Um governo pode decidir que quer usar de sua política de defesa para
mais do que a defesa do território, a participação em missões interna-
cionais e a garantia da lei e da ordem, que se apontam como sendo as
tarefas estruturais concretas das Forças Armadas do Brasil. Um governo
pode desdobrar os recursos, efetivos ou meios das Forças Armadas de
que dispõe ou pode dispor para realizar uma ampla diversidade de ativi-
dades subsidiárias. Pode admitir que as Forças Armadas respondam ou
participem de sistemas de vigilância nacionais, fronteiriços, internacio-
nais, articuladas ou responsáveis por serviços de resposta de diversos
tipos. Pode determinar que atendam a certas demandas sociais, de saú-
de, educação ou infraestrutura. Pode considerar que devam ter funções
diferenciadas de reserva de capacidade. Pode decidir que os meios, re-
cursos ou orçamento de defesa devam incluir ou sirvam para alavancar
iniciativas de qualificação de pessoal ou de disponibilização de recursos
logísticos. Estes podem concorrer para programas industriais, de desen-
volvimento tecnológico ou ter papel em projetos de cooperação federa-
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Com isso em mente, é importante anotar, de partida, que este artigo não é um
desbravamento, mas uma fala a mais em uma conversa que já entra, em sua forma
contemporânea, em seu primeiro quarto de século. Assim, é oportuno explicitar
alguns dos textos que contextualizam esta contribuição. Não se tem a ambição de
uma listagem exaustiva, de que esta seja uma bibliografia do tema de estudos de
defesa no Brasil ou mesmo da destinação das Forças Armadas. Ainda assim, di-
ante dela, se aponta para o que uma ou a outra podem e se convida a que venham
a ser feitas e anotadas. Com esses limites, as referências que se comentam suma-
riamente abaixo servem para assinalar uma determinada consciência do campo e
propor o que poderia ser a medida de uma familiaridade desejável.
Um texto que pode servir como ponto de partida é o de Dagnino e Flores (1985),
que de diversas maneiras segue apontando para um dos centros da discussão bra-
sileira diante da necessidade de ter força, da possibilidade de ter que se usar da
força e da oportunidade de que a criação ou posse desta força contribua para o
desenvolvimento nacional.
lidando com a ideia de uma crise existencial das Forças Armadas, como Vi-
digal (1989);
encontrando na profissionalização a via da democratização e da atualização,
como Santos (1991);
buscando um recorte capaz de articular defesa e democracia, como Flores
(1992);
tentando estabelecer contornos conceituais de um processo político, como
Costa (1994).
A relação entre necessidade, possibilidade e oportunidade das decisões de defesa
em uma democracia brasileira pauta muitos dos artigos colecionados em Proença
Júnior (1994).
Considerações rumo ao que se deveria ter em tal política incluem Pereira (1996),
Fujita (1998) e Menezes (1998).
A estes se somam algumas obras que buscam dar contexto e substância aos ter-
mos de tal política, ou ainda aos elementos que a configuram ou instrumentali-
zam:
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Para uma análise que olha o Brasil com olhos latino-americanos e expressa,
embora não desta forma, o mesmo resultado essencial, ver Bustamante (1993).
Ver também Costa (1996), Bittencourt (2003) e Soares (2004).
A intensidade dos esforços na guerra – e, portanto, no preparo, aguardo ou
ambição de evitar a guerra, ou seja, a política de defesa de tempo de paz – depen-
de de quanto os oponentes valorem o que está em jogo. Isso tende a ser esquecido
pelo impositivo chauvinista de que qualquer questão que se diga nacional é sem-
pre vital, justificando esforços totais. Este impositivo exige uma adesão automáti-
ca e completa, como se o alinhamento acrítico a quem se apresenta vestido nas
dobras da bandeira fosse o shibolet do patriotismo. Uma análise mais cuidadosa
reconhece que o quanto se valora uma questão depende de um cálculo político
por um determinado governo diante de uma determinada situação, em um deter-
minado contexto. Veja-se, para uma apreciação culturalmente atenta, Booth
(1979). Uma súmula do problema estratégico encontra-se em Gray (1999).
Uma perspectiva da consciência de parte a parte de tal dinâmica pode ser en-
contrada em Burns (1996), Hirst (2004), Vidigal (2004) e Vizentini (2004). Ver
ainda Amorim (2004) e Barros (1986).
Esta perspectiva corresponde a um simples desdobramento do “poder parador
da água”, de Mearsheimer (2003).
Note-se que isso ofereceria uma explicação para o desapontamento da pers-
pectiva de que as mudanças das últimas décadas tivessem que produzir uma mu-
dança substancial no relacionamento, e no posicionamento de segurança e defesa,
dos países sul-americanos (que extrapola o objeto do texto destes autores). A
questão é propriamente de enfoque, ou seja, o entendimento geral de que mudan-
ças globais influenciassem alternativas regionais é em si mesmo potencialmente
correto. Mas, por um lado, em termos de alianças, a facilidade dos relacionamen-
tos diplomáticos e comerciais na região decorre diretamente da certeza de que
estes não representam uma alteração ameaçadora de poder nem para quem deles
participa, nem para os EUA. Por outro lado, a região, nos termos estratégicos de
Mearsheimer (2003), é o Hemisfério Ocidental, e não a América do Sul, ou a
América Latina, ou o Cone Sul, ou mesmo, mais raramente, expressão de uma
determinada ambição política, o (Hemisfério) “Sul”. Ver a proposta assumida-
mente ensaística de Buzan e Wæver (2003). Para algumas discussões que lidam,
direta ou indiretamente, com as consequências de tal resultado, ver Miyamoto
(2000, 2002), Souto Maior (2001), Herz (2002), Marques (2003), Oliveira (2004)
e Pagliai (2006).
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O que seja o papel doméstico das Forças Armadas admite variedade, o que
pode vir a confundir o debate, especialmente o debate acadêmico. Nos EUA, ob-
jeto explícito ou implícito de muito da literatura, o posse comitatus proíbe o seu
uso para o policiamento doméstico ou para o respaldo da lei civil. Para uma sínte-
se, ver Doyle (2000). Aqui se tem um exemplo insuspeito da cautela de Marshall
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Ver, para uma discussão detalhada da forma e alguns dos efeitos desta lacuna,
Brigagão e Proença Júnior (2007). Ver ainda Pereira (1998), Ferreira (2004), Ja-
guaribe (2004), Rebelo (2004), Costa (2004). Para uma perspectiva que busca
materializar alternativas fiscais como suporte a tais ambições, ver Crivela (2005).
Para a discussão tecnológica e industrial, que figura proeminentemente neste as-
pecto da questão, ver os textos colecionados em Proença Júnior (1993a), que
permitem formular um juízo sobre a tentativa brasileira de autonomia em arma-
mentos e tecnologia bélica. Um esforço de articular hipóteses de emprego com
demandas industriais e tecnológicas se encontra em Cruz (2003). Para um registro
mais atual desta questão, ver ainda: Amaral (2004), Amarante (2004), Fernandes
(2004), Sardenberg (2004), Silva (2004), Alves (2004) e Dagnino (2004, 2009).
Coerentemente com o preceito constitucional que afirma o uso pacífico da
tecnologia atômica ou nuclear (artigo 21, item XXIII, (a)), o Brasil subscreve a
diversos tratados pelos quais renuncia à posse ou o uso de armamentos nucleares,
químicos e biológicos. Desta forma, anuncia que não possui nem fará uso de ar-
mamentos de destruição de massa. Além disso, subscreve ainda a outras conven-
ções, como as que banem a posse ou o uso de armamentos desumanos ou minas
terrestres antipessoais. Essas decisões conformam os armamentos e alternativas
táticas que o Brasil enuncia como sendo os que considera em sua ação que cor-
respondem, estritamente, porque nascem mesmo de convenções, à “guerra con-
vencional”. Ver, neste particular, Herz (2004).
Brasil, admitindo que se considere o uso de força. Isso depende do que seja a
decisão do governo diante de uma situação, em um determinado contexto.
Tentar fazer com que os efeitos políticos da força – coagir (compel), inibir
(dissuadir, deter), defender ou reverter um ato de força – correspondam a um
gradiente de capacidade combatente, em que um tanto de força adicional explica
que se produza um efeito político adicional constitui um erro. A mesma capaci-
dade pode produzir diferentes efeitos em função do contexto. Ver Schelling
(1967), Mearsheimer (1985), Freedman (2004) e Paul et al. (2009).
Esta é uma questão que depende de uma determinada competência diante da
questão bélica, que decorre das atividades de “militares politicamente sensíveis”
e “civis militarmente alertas”, como argumenta Betts (1997). Ver, para um exem-
plo, Ávila et al. (2009). Para uma apreciação de como esta dinâmica pode ter lu-
gar, ver Proença Júnior e Duarte (2007) e, em particular, Proença Júnior e Duarte
(2003b), em que consideram uma tarefa que, se argumenta aqui, não pertence ao
rol das tarefas concretas diante das Forças Armadas do Brasil: a projeção de po-
der, no caso, pelas forças armadas dos EUA.
Ver Organização das Nações Unidas (2008), especialmente capítulos 4 a 6, e a
discussão de forças pré-designadas que se encontra em: <http://www.un.org/
Depts/dpko/milad/fgs2/unsas_files/sba.htm>. Atente-se que estes são documentos
procedimentais, apesar de serem apresentados como documentos de topo (“caps-
tones”). Resultam de um esforço substancial de redação em prol de um texto ca-
paz de orientar os passos de uma missão de paz genérica, diante de diferentes
circunstâncias, independentemente do que sejam o contexto ou sua finalidade
específica (BRASIL, 1998). Para um histórico da participação brasileira, ver
Cardoso (1998), Fontoura (1999), Brigagão e Proença Júnior (2002b) e Aguilar
(2005). Para uma apreciação da Missão no Haiti, ver Diniz (2004).
Ainda que hoje seja visto como obsoleto ou, mais precisamente, não mais
corresponda ao entendimento adotado pela ONU, há uma integridade analítica
útil e grande franqueza política quanto a alternativas de meios para determinados
fins em Boutros-Ghali (1992, 1994). Ver Fetherston (1994), que oferece uma
perspectiva oportuna do Agenda para a paz. Esta pode seguir sendo a melhor
expressão política da natureza e possibilidades das missões de paz. Ver ainda,
para elementos empíricos e críticos, Morrison et al. (1997), Oakley et al. (1998),
Fishel (1998) e Fishel e Manwaring (2008).
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This article offers a structural answer to the question: what are Brazil’s armed
forces for? This leads to the appreciation of Brazil’s strategic and domestic
contexts of the use of armed force. It considers the constitutional imperatives and
the terms of international agreements that curtail Brazilian alternatives. It argues
that Brazil has only three concrete tasks for its armed forces: the defense of its
territory, the participation in international missions, and the guarantee of law and
order, being constrained further to the use of conventional weapons. It answers
the question it began with as follows: Brazil’s armed forces exist to sustain the
capacity of carrying out these tasks over time and at any time. It concludes that
how and how well a Brazilian defense policy sustains this capacity are the
paramount criteria for its conception, management and evaluation.
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