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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

ELZA SOARES É REVOLUÇÃO: A REPRESENTATIVIDADE DA MULHER


NEGRA NO MPB

Projeto de Tópicos em Jornalismo - Projetos,

do Curso de Graduação em Jornalismo, do Centro

Universitário Belas Artes de São Paulo

(FEBASP), sob orientação do Prof. Pedro Ortiz.

SÃO PAULO
2022
RESUMO

O projeto tem como base um documento audiovisual, que visa pesquisar


a trajetória de Elza Soares, apresentando sua história desde Ari Barroso até a
sua consagração como voz do milênio, mas tendo como foco principalmente o
desenvolvimento do seu último álbum “A mulher do fim do mundo”. Além de
analisar o ambiente social e político que foi palco para sua ascensão.

PALAVRAS-CHAVE: Elza Soares; MPB; Representatividade;


Revolução; Mulher Negra.
SUMÁRIO

1. TEMA E PROPOSTA...............................................................................................5
2. PROBLEMA E OBJETO ..........................................................................................5
3. OBJETIVOS GERAIS……………………………………….……………………………5
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................5
5. JUSTIFICATIVA........................................................................................................6
6. HIPÓTESES…………………………………………..…………………………………...6
7. METODOLOGIA.......................................................................................................6
8. PÚBLICO-ALVO………............................................................................................7
9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……….....................................................................7
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................8
1. TEMA E PROPOSTA

Elza Soares é Revolução: A Representatividade da Mulher Negra no MPB.

Nosso projeto tem como base um documento audiovisual, que visa pesquisar
a trajetória de Elza Soares, apresentando sua história desde Ari Barroso até a
sua consagração como voz do milênio, mas tendo como foco principalmente o
desenvolvimento do seu último álbum “A mulher do fim do mundo”. Além de
analisar o ambiente social e político que foi palco para sua ascensão.

2. PROBLEMA E OBJETO

Enfatizar a desvalorização da cultura brasileira e da mulher na indústria


musical nos anos 50- 60, demonstrando como a desigualdade e segregação
era ainda mais grave antigamente. Além de mostrar a dificuldade que é
produzir um álbum em meio a uma das maiores crises sanitárias dos últimos
séculos, principalmente com a Elza estando debilitada devido à idade.

3. OBJETIVOS GERAIS

Através de um projeto audiovisual, um documentário, nosso principal objetivo


é exaltar e tentar mostrar as perspectivas de vida e de mundo da artista,
queremos mostrar sua contribuição para a cultura nacional, e
representatividade que ela trazia para o povo negro, mas principalmente para
mulheres negras.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Contextualizar o ambiente machista e preconceituoso que Elza enfrentou pra


se tornar a voz do milênio.
- Pesquisar como Elza impactou o país e revolucionou a cultura nacional, se
tornando um símbolo de representatividade.
- Descobrir como foi o desenvolvimento do seu último álbum "A mulher do Fim
do Mundo" e como ele marcou as pessoas que estiveram envolvidas em sua
produção, além de mostrar como esse álbum se tornou uma homenagem
incrível para a artista e como seu legado se mantém vivo.

5. JUSTIFICATIVA

O projeto é relevante em várias camadas, primeiro como uma homenagem e


registro da luta e da vida de Elza, outro ponto seria apresentar essa figura
fundamental na arte brasileira e seus pensamentos aos mais novos que talvez
ainda não foram introduzidos à artista e a outra forma de relevância é a
valorização de tudo que ela fez pelas mulheres, pelo povo negro e pelo Brasil
com sua arte.

6. HIPÓTESE

Se hoje em dia já é difícil ser uma mulher preta, imagine nos anos 60. Na luta
para o reconhecimento e respeito, não só na arte mas na sociedade, Elza
Soares foi fundamental com suas músicas, letras e comportamento
revolucionários. Claro que sua arte influenciou muitas artistas pretas que
vieram depois, mas talvez sua maior herança e inspiração, seja sua existência
e sua luta por um mundo mais justo.

7. METODOLOGIA

No presente trabalho, será feita uma profunda pesquisa sobre a vida da


cantora Elza Soares, mais precisamente, suas letras e atitudes que fizeram
sua personalidade tão marcante.
Serão feitas entrevistas com o produtor da cantora, a neta e membros da
banda e equipe que estiveram com ela nos seus últimos dias. Além das
pessoas que foram impactadas e se sentiram influenciadas por ela.

8. PÚBLICO ALVO
Como público alvo, gostaríamos de atingir àqueles que se interessam por
música brasileira e querem se ligar e se engajar em temas que debatam sobre
igualdade racial e de gênero. Por se tratar de um projeto que mostra o quanto
Elza Soares foi gigante, restringir o público-alvo limitaria o conhecimento e a
expansão de sua obra. Porém, deve haver uma restrição de idade (+16)
devido algumas situações vividas pela artista.

9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

● A sinopse de My Name is Now, de Elizabeth Martins Campos,


descreve Elza como “Cara a cara, diante do espelho, nos desafia, numa
saga que ultrapassa o tempo, explosões, pedreiras, lama, preconceitos,
perseguições, perdas.” O filme foi escolhido como uma das referências
por não ser uma cinebiografia tradicional. Sem se prender a uma ordem
cronológica, My Name Is Now trás a própria Elza para contar, através
da música, a sua história e as suas lutas para chegar no topo e
revolucionar a música popular brasileira.

● O documentário Elza e Mané apresentado pela Globoplay, relata o


relacionamento conturbado entre a musa e o craque do futebol. Uma
relação que combateu o preconceito, mas também foi marcada pelo
alcoolismo e muita violência. O documentário possui 4 episódios, e
mostra a força que Elza possuía mesmo sendo vítima de agressões
dentro de casa, além de toda injustiça sofrida, carregando uma grande
responsabilidade para que a carreira de Garrincha não tivesse um fim
precoce. “Elza tinha a memória da perseguição muito viva. Mas ela
superou isso, como superou todas as tragédias de sua vida”.
● O documentário Elza Infinita conta a história de Elza pela visão de
duas mulheres negras: as diretoras Natara Ney e Erika Cândido.
Inspirado nos ecos feministas da voz da artista carioca, o filme faz um
recorte musical da vida da cantora e compositora. O documentário foi
escolhido como referência, pois mostra os impactos de Elza na vida de
outras artistas negras contemporâneas, como as atrizes e cantoras do
Musical Elza, Larissa Luz, Késia Estácio, Khrystal, Janamô, Lais
Lacôrte, Verônica Bonfim e Júlia Tizumba, que fazem uma grande
homenagem à Elza, interpretando seus sucessos e contribuindo com
depoimentos sobre a trajetória da artista e suas vivências. O filme
também apresenta outras vozes femininas, como a de MC Carol, que
ampliam a história de Elza e a sua voz política, além de trazer
depoimentos de arquivo, imagens documentais e números musicais
exclusivos, como o de Caio Prado.

● O livro Elza, narrado por Zeca Camargo, relata a trajetória da cantora


desde sua infância pobre a consagração a uma das maiores cantoras
da música brasileira. Na biografia Elza relembra uma visão que teve
aos 5 anos com São Jorge, onde ela pedia para o santo que o pai não a
batesse tanto assim, mas a resposta foi totalmente oposto e São Jorge
respondeu que ela ainda apanharia muito. Soares finaliza dizendo: “Mal
sabia eu que ele queria dizer que eu iria apanhar mais da vida do que
do meu pai”.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasileirinho. Direção: Mika Kaurismäki. Produção de Mika Kaurismäki, Stefan


Karrer, Marco Forster e Bruno Stroppiana. Local: Suíça. Netflix, 2007.

BRUNO, Leonardo. Canto de rainhas. Rio de Janeiro: Agir, 2021.

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça, Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.


GONZALEZ, Lélia. Por Um Feminismo Afro Latino Africano. Rio de Janeiro:
Zahar, 2020.

GONZALEZ, Lélia HASENBALG, Carlos. Lugar de Negro. Rio de Janeiro:


Zahar, 2022.

HOOKS, Bell. E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo. Rio
de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.
RIBEIRO, Djamila. Quem Tem Medo do Feminismo Negro? São Paulo:
Companhia das Letras, 2018.

SEVERIANO, Jairo. Uma história da música popular brasileira: das Origens à


Modernidade. Editora 34, 2013.

TIBURI, Marcia. Feminismo em Comum: Para todas, todes e todos. Rio de


Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

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