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10.37885/201202526
RESUMO
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Educação matemática em pesquisa: perspectivas e tendências - Volume 2
INTRODUÇÃO1
O conjunto dos fractais incluem figuras ou objetos mais irregulares do que os presentes
na geometria clássica (geometria euclidiana) (EDGARD, 1990), como é o caso da geometria
abordada nas escolas. Uma teorização sobre isso pode ser vista com mais detalhes em
Barbosa (2002), Edgard (1990) e Pereira e Borges (2016).
Na Educação Matemática, há uma intensificação de pesquisas envolvendo a geome-
tria fractal, como aponta Pereira e Borges (2016), que investigaram como os fractais foram
trabalhados em artigos publicados entre 2006 a 2015. Como resultados, eles dizem que é
comum, nos artigos, a exploração de outros conteúdos matemáticos em conjunto com os
fractais e o estabelecimento de relações entre a construção de fractais geométricos em soft-
wares e a realização de atividades no papel, com lápis, compasso e régua para construções
geométricas ou com dobraduras e recortes; dizem ainda que na formação de professores
este tema não tem sido abordado, o que dificulta os professores e futuros professores apli-
cá-lo na Educação Básica.
No âmbito das políticas públicas, os fractais foram inseridos explicitamente na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) para o Ensino Médio, quando mencio-
na a utilização das transformações isométricas (translação, reflexão, rotação e composição
destas) e homotéticas para construir e analisar elementos da natureza e diferentes produções
humanas, dentre eles os fractais. No entanto, acreditamos que eles podem ser trabalhados
desde o Ensino Fundamental, para a abordagem de sequências recursivas, identificação de
padrões, transformações geométricas e para o desenvolvimento do pensamento computacio-
nal – que “envolve as capacidades de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, com-
parar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica e sistemática” (BRASIL,
2018, p. 476) –, por meio da elaboração e implementação de algoritmos em computadores
(que não seja o algoritmo da divisão de Euclides ou outros algoritmos usuais na abordagem
de números e operações).
Os algoritmos são definidos como uma sequência finita de procedimentos que possibilita
resolver, de forma aproximada ou não, um determinado problema, “[...] é a decomposição de
um procedimento complexo em suas partes mais simples, relacionando-as e ordenando-as”
(BRASIL, 2018, p. 272). Eles também são preconizados pela BNCC, como pode ser visto no
seguinte trecho destinado ao sexto ano: “construir algoritmo para resolver situações passo a
passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto
no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas, etc.)” (BRASIL, 2018, p. 304).
1 Este texto é uma continuação e adaptação de Ferreira e Julio (2019), na qual relatamos as experiências ocorridas com estudantes
da Educação Básica em oficinas de divulgação científica.
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Em 2018, optamos por desenvolver, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia:
ciência para a redução das desigualdades (SNCT), a oficina intitulada Construindo seu Fractal
para discentes em diferentes etapas de escolaridade de escolas públicas e privadas do Sul
de Minas Gerais para divulgação da matemática e do curso de Licenciatura em Matemática
de nossa instituição. A oficina foi realizada com exibição de imagens (brócolis, borboleta,
montanhas chinesas, teia de aranha, raio, concha partida ao meio, folha de samambaia,
girassol, nuvens, figuras do artista gráfico Maurits Cornelis Escher (1898-1972)2 ), discus-
sões e dobradura do cartão fractal (Figura 1). Ela partiu de nosso interesse pelo tema, que
oferece a oportunidade de ampliar o repertório cultural dos discentes sobre matemática e
arte3 , por sua beleza e complexidade e por acreditarmos que seria um tema que não tinha
sido trabalhado nas escolas. Esta oficina foi discutida em detalhes em Ferreira e Julio (2019).
Fonte: autores.
A experiência com a oficina nos motivou a pensar sobre experimentar e discutir sobre
fractais com professores e futuros professores. Em 2019 criamos uma disciplina optativa
intitulada Construindo Fractais. Ela foi aberta para discentes da Universidade Federal de
Alfenas (UNIFAL-MG) e teve como objetivo geral provocar discussões sobre o conceito de
fractal na sala de aula e na matemática.
A relevância da disciplina se mostrou com a implementação da resolução CNE/CP nº 2,
de 20 de dezembro de 2019 (BRASIL, 2019) que definiu as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e instituiu a Base Nacional
Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Esta
resolução tem como referência a Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica
2 Veja Barbosa (1993), especialmente o Capítulo 9, que oferece a professores de Matemática e de Educação Artística alguns exemplos
de padrões de mosaicos tipo Escher. Combinando isso com um pouco mais de criatividade pode-se produzir imagens fractais. Um
belo exemplo disso, com o uso de geometria hiperbólica (não euclidiana), é a obra “Circle Limit III,” de Escher (1959). Veja o link: ht-
tps://en.wikipedia.org/wiki/Circle_Limit_III, acesso em 25 mar. 2019. Para apreciar outras produções de Escher, acessar o link: https://
mcescher.com/, acesso em 17 dez. 2020.
3 Mais sobre as relações entre matemática e arte podem ser vistas no documentário Arte e Matemática, disponíveis pelo link: https://
api.tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/arte-e-matematica, acesso em 15 mar. 2019.
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(BNCC) (BRASIL, 2018), preconizando que a formação docente deve pressupor “o desen-
volvimento, pelo licenciando, das competências gerais previstas na BNCC-Educação Básica,
bem como das aprendizagens essenciais a serem garantidas aos estudantes” (BRASIL,
2019, p. 2), nas quais os fractais fazem parte e têm sido pouco trabalhados na forma-
ção de professores.
OBJETIVO
MÉTODOS
4 Maiores discussões sobre imagens digitais podem ser acessadas em Pesco e Bortolossi (s.d.).
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Figura 2. curva de Koch construída com lã.
Para abordar arte e fractais, e para ter um ponto de vista mais erudito do tema, um
professor artista da UNIFAL-MG foi convidado para falar sobre isso e falamos, ainda, sobre
o padrão de construção dos fractais que pode ser inferido de algumas criações artísticas
de Maurits Cornelis Escher.
No aspecto das discussões educacionais, foi abordada a presença de trabalhos envol-
vendo esta temática nas versões do Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM)5
por meio dos resumos dos trabalhos encontrados. Eles foram lidos, discutidos e categoriza-
dos em termos da abordagem metodológica, obtendo categorias próximas às de Pereira e
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Borges (2016). A disciplina foi finalizada com a apresentação dos discentes de um trabalho
de prática pedagógica contendo um plano de aula envolvendo a abordagem de fractais
em sala de aula.
O cartão fractal foi construído no início da disciplina, no primeiro encontro, depois do
tema fractal ser introduzido por meio de imagens (brócolis, concha, folha de samambaia,
girassol, dentre outras). O processo construtivo foi o mesmo adotado nas oficinas discutidas
por Ferreira e Julio (2019) (Figura 4 e Figura 5), com a inclusão da possibilidade de escolha
de retângulos de tamanhos diferentes, pelos discentes, para depois compararmos o que
acontece com os comprimentos dos degraus gerados.
Fonte: autores
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Figura 5. Cartão Fractal (continuação).
Fonte: autores
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mais a algo do tipo “duas pessoas falando uma para a outra”, e sim a “dois sujeitos cogniti-
vos falando na direção de um mesmo interlocutor” (LINS, 2012, p. 24). Interlocutor, para o
MCS, “é uma direção na qual se fala. Quando falo na direção de um interlocutor é porque
acredito que este interlocutor diria o que estou dizendo e aceitaria/adotaria a justificação
que me autoriza a dizer o que estou dizendo” (LINS, 2012, p. 19).
A interação produtiva pode ser vista do seguinte modo:
[...] é possível admitir que duas pessoas podem ou não falar em uma mesma
direção. Quando não falam em uma mesma direção, não compartilham inter-
locutores. Elas não deixam de estar interagindo, mas podemos questionar
sobre a possibilidade de estarem se comunicando. Quando as direções são
as mesmas, dizemos que estão compartilhando interlocutores ou dizemos que
estão em uma interação produtiva (DANTAS; LINS, 2017, p. 7).
A interação é fundamental neste processo porque é por meio dela que ocorre pro-
dução de significados, que é tudo o que uma pessoa pode e efetivamente diz de algo em
uma situação ou atividade. De acordo com o MCS, toda produção de significado implica
em produção de conhecimentos, pois para o MCS o conhecimento é do domínio da enun-
ciação e não dos enunciados (LINS, 1999, 2012). Isso não significa que essa produção de
conhecimento é na direção esperada por nós e nem que seja correta ou incorreta, se trata
de alguma produção de conhecimento.
RESULTADOS
6 Pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=dnuFRjDr-KI, acesso em 10 mar. 2019, uma construção do cartão fractal pode ser vista
em detalhes. Ela difere um pouco do que fizemos, mas é mais fácil de acompanhar o processo de dobra de cada aba para formar o
cartão.
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Como o procedimento de dobra do cartão fractal envolve um processo iterativo, típico
dos algoritmos, os discentes nem esperavam pelos comandos dos próximos passos das
Figuras 4 e 5, porque tinham entendido o processo de iteração e foram fazendo as dobras
e os cortes por si mesmos. Nesse processo, alguns discentes apresentaram dúvidas de até
onde irem, ou melhor, quantas iterações deveriam fazer. Eles viram a limitação do papel para
poder continuar a construção da figura e foi feita uma discussão sobre limitações humanas
e computacionais na realização das iterações.
Em relação aos comprimentos dos degraus formados a cada iteração, os discentes
notaram que o comprimento deles foi sendo dividido por dois, independentemente do tama-
nho do retângulo inicial.
A partir da Tabela 1, para a análise da quantidade de degraus novos formados, os dis-
centes notaram que na primeira iteração foi gerado um degrau, na segunda dois degraus, na
terceira quatro degraus e assim sucessivamente. Por isso, considerando n, como o número
de iterações, eles estabeleceram o seguinte padrão: Dn = 2n-1, que denota a quantidade de
degraus novos formados em cada iteração. Por fim, para a análise da quantidade total de
degraus formados (Tn), colaborativamente foi obtida a seguinte relação de recorrência: Tn =
Tn-1 + 2n-1. Um discente, chamado ficticiamente de Marcos obteve a seguinte relação de re-
corrência: Tn = 2Tn-1 + 1. A partir da relação obtida por Marcos, o discente, também chamado
ficticiamente de João, obteve a fórmula Tn = 2n – 1.
1 1 1 1
2 2 3 = 1+2 2.1+1=3
3 4 7 = 3+4 2.3+1=7
4 8 15 = 7+8 2.7+1=15
... ... ... ...
Tn = Tn-1 + Dn =
N Dn=2n–1 Tn = 2Tn-1 + 1
= Tn-1 + 2n–1
Uma questão que logo surgiu entre os discentes foi como relacionar as relações de
recorrência obtidas por Marcos com a obtida colaborativamente por João. Um dos docentes,
que inicialmente tinha pensado em usar teoria de relações de recorrências lineares, como
brevemente discutido em Ferreira (2020), acabou recorrendo ao produto notável: an – bn =
(a – b).(an–1 + an–2b1 + ... + a2bn–3 + abn–2 + bn–1), com a = 2 e b = 1, para concluir que 2n – 1 =
(2 – 1).( 2n–1 + 2n–2 + 2n–3 +... + 22 + 2 +1).
Como 1=D1, 2=D2, ..., 2n–2=Dn-1, 2n–1=Dn, temos que 2n – 1= Dn +Dn-1+ Dn-2 + ...+ D2+D1.
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Pela tabela, temos que Tn = Tn-1 + Dn, e podemos fazer o uso dessa relação de recor-
rência para reescrevê-la como:
Isso nos diz que Tn = 2n – 1, como João observou. Pelo fato de podermos relacionar a
fórmula fornecida por João com a relação de recorrência obtida colaborativamente, vemos
que elas são equivalentes.
DISCUSSÕES
Tn = 2Tn-1 + 1 = 2(2Tn-2+1) + 1 = 4Tn-2 + 2+1 = 4(2Tn-3+1) + 2+1 = ...= 2n–1 + 2n–2 + 2n–3
+... + 22 + 2 +1=2n –1,
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É interessante trazer essa outra possibilidade, porque o molde aberto da disciplina
trouxe muitas coisas inesperadas e nem sempre estávamos preparados para o que pode-
ria acontecer. Outro aspecto a ressaltar disso se refere aos diferentes modos de produção
de significados nossa e dos discentes que participaram das discussões, o que implica em
produção de conhecimentos diferentes, de acordo com Lins (1999, 2012). Alguém poderia
dizer, pelas possibilidades apresentadas que se trata da mesma coisa. Mas pela própria
tabela, já podemos notar que os elementos considerados para o estabelecimento das rela-
ções foram outros, enquanto no aspecto colaborativo, a relação foi obtida da quantidade total
de degraus da iteração anterior mais a quantidade de novo degrau formado, na relação do
discente Marcos, ele multiplicou por 2 a quantidade total de degraus formados na iteração
anterior mais um. Isso significa, para nós, diferentes produções de significados; e sugerimos
ao leitor procurar outras relações de recorrência.
Cabe dizer, ainda, que quando o discente João obteve a fórmula, ele disse que já nem
estava pensando mais no cartão fractal e do que ele observava nele, ateve-se somente a
relação obtida pelo discente Marcos. Ou seja, o cartão fractal foi usado para o estabeleci-
mento de relações, mas outras relações puderam ser feitas a partir da atividade.
Neste primeiro encontro, ainda que a tecnologia tenha sido utilizada só no aspecto
da exibição das imagens, aspectos computacionais como iteração e algoritmo estiveram
presentes pela ênfase na sequência finita de passos repetitivos a serem executados. Além
disso, discussões sobre as limitações dos computadores e da nossa capacidade de dobrar
papéis ocorreram.
Usando, mais uma vez, uma possibilidade pensada a posteriori, o uso de produtos no-
táveis previamente mencionado contribuiu, de certo modo, para a sua utilização em outros
momentos da disciplina. Um deles foi na construção do triângulo de Sierpinski por meio do
Triângulo de Pascal, conforme Figura 6 (na qual foram pintados de uma cor os quadrados
com os números ímpares e de outra cor os quadrados com os números pares). Podemos
estabelecer uma relação entre a Figura 6 com uma matriz com n linhas e n colunas (ou até
mesmo com uma planilha no Excel), em que a primeira coluna possui como elementos o
número 1. A primeira linha tem todos os elementos nulos, exceto o primeiro elemento, que é
1. Se denotarmos cada elemento da matriz na linha i e na coluna j como A[i,j], os números do
Triângulo de Pascal podem ser obtidos pela relação de recorrência A[i,j] = A[i-1,j-1] + A[i-1,j].
Para observarmos mais detalhes dessa construção e obtermos uma imagem com mais
detalhes, implementamos um algoritmo em linguagem R (Figura 7), que envolve produtos
notáveis, a relação da Figura 6 com matrizes e resto da divisão por dois, fugindo de um modo
específico de se falar em fractais que recorre exclusivamente à geometria ou à elementos
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geométricos como triângulos, quadrados, cubos, dentre outros. Em outros termos, apesar
do “produto final” envolver elementos geométricos, sua construção não recorre a eles.
Fonte: autores.
Fonte: autores
Como estamos interessados apenas nos números pares e ímpares para implementar
o algoritmo, podemos usar o resto da divisão da soma A[i,j] = A[i-1,j-1] + A[i-1,j] por dois e
armazenar apenas zeros e uns, o que está representado no algoritmo da Figura 7 por %%2.
Pelo link: https://rextester.com/XGL92490, pode-se gerar a imagem semelhante a imagem
da Figura 8 e é possível fazer pequenas alterações no algoritmo e gerar outras figuras como
a Figura 9, que foi obtida tomando os elementos da linha 1 da matriz como -1 e usando o
resto da divisão por 3, ou seja, alterando o %%2 por %%3. Essa pequena alteração no có-
digo apresentado (Figura 7) foi uma das alterações sugeridas pelos discentes da disciplina.
Uma sugestão para o leitor é tentar obter figuras diferentes, alterando partes do algoritmo.
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Figura 8. Triângulo de Sierpinski via Triângulo de Pascal.
Fonte: autores
Fonte: autores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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sala de aula de matemática enquanto pesquisadores e formadores de professores. Isso nos
motivou a criar uma disciplina optativa com as seguintes temáticas: fractais e arte, criação
de fractais, fractais e educação matemática, métodos iterativos, linguagem de programação,
algoritmos e imagens digitais.
Discutimos aqui, o primeiro encontro da disciplina, na qual exibimos imagens de frac-
tais e construímos um cartão fractal tal como fizemos na oficina relatada em Ferreira e Julio
(2019). Expandimos as discussões matemáticas tendo em vista o público que estávamos
lidando e os nossos objetivos dentro da disciplina, que eram realizar experimentações e dis-
cussões sobre fractais e matemática. Então, além de elementos escolares como retângulos
e frações, abordamos potenciações, progressão geométrica, produtos notáveis, matrizes,
estabelecimento de relações e fórmulas e a utilização de materiais manipuláveis e de recur-
sos computacionais em sala de aula. Este encontro, assim como toda a disciplina tinha esse
dinamismo de utilizar diferentes recursos e proporcionar diferentes discussões, tratando do
que entendemos como fractais, sem nos preocuparmos com definições formais e sim com
a complexidade dos objetos que surgiram de vários processos que pensamos de antemão
e que foram surgindo ao longo do curso, o que levou um discente a afirmar que a disciplina
foi um passeio pela matemática.
REFERÊNCIAS
1. BARBOSA, R. M. Descobrindo a Geometria Fractal para a sala de aula. São Paulo, Au-
têntica, 2002.
3. BRASIL. MEC. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:
MEC/SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 17 dez
2020.
6. EDGAR, G. A. Measure, topology, and fractal geometry. New York (USA): SpringerVerlag,
1990. (Undergraduate texts in mathematics)
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8. FERREIRA, J. C; JULIO, R. S. Construindo o seu fractal: experiências a partir de oficinas. In:
XII Encontro Nacional de Educação Matemática. Anais.... SBEM: Cuiabá, 2019. Disponível
em: https://sbemmatogrosso.com.br/eventos/index.php/enem/2019/paper/view/448. Acesso
em 17 dez 2020.
11. PESCO, D. U.; BORTOLOSSI, H. J., s.d. Matrizes e Imagens Digitais. Disponível em: http://
gazeta.spm.pt/getArtigo?gid=407. Acesso em: 19 fev. 2018.
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