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Resumo Direito Consumidor OAB
Resumo Direito Consumidor OAB
como honesdade, lealdade, sinceridade, razoabilidade, verossímil a alegação ou quando for ele hipossuciente,
são considerados deveres anexos à conduta que devem segundo as regras ordinárias de experiências;
ser observados em todas as fases que envolvem o contrato
(pré-contratual, contratual e pós-contratual).
A inversão do ônus da prova não é automática, já que
depende de decisão do juiz após verificar a existência
4. DIREITOS DO CONSUMIDOR
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art. 12 do CDC: “O fabricante, o produtor, o construtor, responsabilidade pelo fato do produto ou serviço, em que
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, o comerciante responde apenas de forma subsidiária (art.
independentemente da existência de culpa, pela reparação 13 do CDC).
dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, VÍCIO DA QUALIDADE DO PRODUTO: se o vício não for
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento sanado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, o consumidor
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de seus produtos, bem como por informações insucientes poderá exigir, alternavamente e à sua escolha: I - a
ou inadequadas sobre sua ulização e riscos”. substuição do produto por outro da mesma espécie, em
perfeitas condições de uso; II - a restuição imediata da
Excludentes de Responsabilidade pelo fato do quana paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
produto: o fornecedor e demais responsáveis solidários eventuais perdas e danos; III - o abamento proporcional
(fabricante, produtor, etc.) apenas poderão se isentar do do preço (§ 1° do art. 18 do CDC).
dever de indenizar pelo fato do produto se comprovarem
uma das excludentes de responsabilidade expressamente Dispensa do prazo de 30 dias: se, em razão da
previstas no § 3º do art. 12 do CDC, ou seja, se extensão do vício, a substuição das partes viciadas puder
demonstrarem: I - que não colocou o produto no mercado; comprometer a qualidade ou caracteríscas do produto,
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial, o
defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou consumidor poderá fazer uso imediato das alternavas §
de terceiros. 1° do art. 18 do CDC, dispensando-se o prazo de 30 dias.
Excludentes de responsabilidade pelo fato do serviço: VÍCIO NA QUANTIDADE DO PRODUTO: ocorre sempre
também se trata, como regra geral, de responsabilidade que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
objeva, sendo que o fornecedor apenas se eximirá da seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes
responsabilidade de indenizar quando provar: I - que, tendo do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem
prestado o serviço, o defeito inexiste; II - culpa exclusiva do publicitária, podendo o consumidor exigir, nestes casos,
consumidor ou de terceiros. alternavamente e à sua escolha: I - o abamento
proporcional do preço; II - complementação do peso ou
Responsabilidade do comerciante: é considerada medida; III - a substuição do produto por outro da mesma
subsidiária, podendo ser responsabilizado quando: I - o espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a
fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não restuição imediata da quana paga, monetariamente
puderem ser idencados; II - o produto for fornecido sem atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
idencação clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador; III - não conservar adequadamente os Responsabilidade direta do fornecedor: não obstante
produtos perecíveis. Entretanto, se o comerciante for a responsabilidade seja solidária entre os fornecedores
condenado a efevar o pagamento ao prejudicado, poderá no caso de vício de quandade, o fornecedor imediato
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, será diretamente responsável quando zer a pesagem ou
segundo sua parcipação na causação do evento danoso a medição e o instrumento ulizado não esver aferido
(art. 13 do CDC). segundo os padrões ociais, conforme previsto no § 2°do
art. 19 do CDC.
Responsabilidade do prossional liberal: trata-se de
exceção à regra geral, já que exige a comprovação de culpa, RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUALIDADE
ou seja, trata-se de responsabilidade subjeva, conforme DO SERVIÇO
previsto no § 4° do art. 14 do CDC.
Conceito: consideram-se vícios de qualidade do
Prescrição: de acordo com o art. 27 do CDC, a serviço as falhas que os tornem impróprios ao consumo ou
pretensão à reparação pelos danos causados por fato do lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes
produto ou do serviço prescreve em cinco anos, iniciando- da disparidade com as indicações constantes da oferta ou
se a contagem do prazo a parr do conhecimento do dano mensagem publicitária.
e de sua autoria.
Nesses casos, de acordo com o art. 20 do CDC, o
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO E consumidor poderá exigir, alternavamente e à sua
DO SERVIÇO escolha: I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional
e quando cabível, que poderá ser conada a terceiros
Conceito: os fornecedores de produtos de consumo devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor;
duráveis ou não duráveis respondem solidariamente II - a restuição imediata da quana paga, monetariamente
pelos vícios de qualidade ou quandade que os tornem atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o
impróprios ou inadequados ao consumo a que se desnam abamento proporcional do preço.
ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUALIDADE DO
do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem SERVIÇO PÚBLICO
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua
natureza, podendo o consumidor exigir a substuição das Apenas incidirão as regras do CDC em relação ao vício
partes viciadas (art. 18 do CDC). de qualidade se o serviço público for prestado mediante
pagamento de tarifa ou preço público. Nas hipóteses em que
Responsabilidade: objeva e solidária. houver pagamento de taxa, não haverá relação de consumo.
Responsabilidade do comerciante: a responsabilidade No caso especíco dos serviços públicos com vício
do comerciante pelo vício do produto e do serviço é de qualidade, como caria inviável aplicar a regra geral
solidária e objeva (art. 18 do CDC), diferentemente da prevista no art. 20, o CDC estabelece que “nos casos de
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Impresso por Jenifer Cassia da Silva, CPF 101.854.489-50 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 08/03/2021 15:39:54
descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar
os danos causados” (parágrafo único do art. 22 do CDC).
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
No que diz respeito à responsabilidade pelos danos causados por fato do produto e do serviço, prescreve em cinco
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anos a pretensão à reparação pelos danos causados, iniciando-se a contagem do prazo a parr do conhecimento do dano
e de sua autoria (art. 27 do CDC).
Já em relação à responsabilidade pelo vício do produto ou serviço, o prazo será decadencial, contato da
seguinte forma:
PRAZO DECADENCIAL
publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem
serviço equivalente ou III - rescindir o contrato, com como, sem justa causa, a limites quantavos (exemplos:
direito à restuição de quana eventualmente antecipada, venda de uma sobremesa condicionada à compra do prato
monetariamente atualizada, e a perdas e danos. principal (venda casada), ou consumação mínima em
determinado estabelecimento).
Expressões subjevas e exageradas: a oferta feita
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para esmular o consumo por meio de expressões • Recusar atendimento às demandas dos
subjevas como “o melhor”, “o mais saboroso” não consumidores, na exata medida de suas disponibilidades
obriga o fornecedor, uma vez que a avaliação de ser “o de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e
melhor” ou “o mais saboroso” não é intrínseca ao produto, costumes (exemplos: a tulo de exemplo, o taxista não
dependendo da avaliação do consumidor. No mesmo pode recusar um passageiro alegando que o trajeto a ser
sendo, as ofertas notoriamente exageradas (pung), que percorrido é muito curto)
veiculam expressões como “o melhor produto do mundo”
o “produto realizará todos os seus sonhos” também não • Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
vinculam o fornecedor, já que, em razão do exagero, não prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço.
garantem a precisão da informação. Além disso, o parágrafo único do art. 39 do CDC estabelece
que os serviços prestados e os produtos remedos ou
Retratação ou revogação da oferta: o fornecedor entregues ao consumidor, sem solicitação prévia, equiparam-
poderá recar ou revogar a oferta, desde que o faça pela se às amostras grás, inexisndo obrigação de pagamento.
mesma publicidade veiculada originariamente. Nesse caso,
entendemos que a revogação ou retratação tem efeito • Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância
ex nunc (não retroage), ou seja, desobriga o fornecedor do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
apenas a parr da data da publicação da retratação/ conhecimento ou condição social, para impingir-lhe
revogação. seus produtos ou serviços (exemplo: exigência de cheque
caução pelo hospital como requisito para a internação de
Produtos importados: os fabricantes e importadores paciente em estado grave). Aliás, a exigência de cheque
deverão assegurar a oferta de componentes e peças de caução passou a ser considerada crime, conforme art. 135-
reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação A do CP.
do produto. Além disso, caso a produção ou importação
sejam cessadas, a oferta deverá ser manda por período • Repassar informação depreciava, referente a ato
razoável de tempo, na forma da lei (art. 32 do CDC). pracado pelo consumidor no exercício de seus direitos
(exemplo: é vedada a criação de listas clandesnas contendo
PUBLICIDADE o nome dos consumidores que mais reclamam ou que mais
entram com ações judiciais. A proibição, evidentemente,
O Código de Defesa do Consumidor veda expressamente não abrange os serviços de proteção ao crédito).
qualquer tipo de publicidade enganosa ou abusiva.
• Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto
ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos
PUBLICIDADE
ENGANOSA PUBLICIDADE ABUSIVA órgãos ociais competentes ou, se normas especícas não
exisrem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
Informação inteira ou Discriminatória, que incite ou outra endade credenciada pelo Conselho Nacional
parcialmente falsa, à violência, explore o de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
capaz de induzir o medo ou a superstição, se (CONMETRO) – os fornecedores devem cumprir as normas
consumidor a erro. aproveite da deficiência de técnicas, como forma de garanr a qualidade e segurança
julgamento e experiência da dos produtos vendidos.
Pode ser comissiva criança, desrespeita valores
ou omissiva ambientais, ou que seja capaz • Recusar a venda de bens ou a prestação de
de induzir o consumidor serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
a se comportar de forma mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de
prejudicial ou perigosa à sua intermediação regulados em leis especiais – veda-se a
saúde ou segurança exigência de intermediários na aquisição de produtos e
serviço pelo consumidor, salvo quando a necessidade de
Apenas na forma comissiva intermediação decorre de lei.
• Deixar de espular prazo para o cumprimento de vontade constantes de escritos parculares, recibos e pré-
sua obrigação ou deixar a xação de seu termo inicial contratos relavos às relações de consumo vinculam o
a seu exclusivo critério - o fornecedor deve especicar fornecedor, ensejando inclusive execução especíca, nos
previamente o termo inicial e o prazo para a execução do termos do art. 84 e parágrafos do CDC; c) Nas compras
serviço sob pena de se caracterizar práca abusiva. fora do estabelecimento comercial (telefone, internet,
por exemplo), o consumidor pode desisr do contrato,
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• Permir o ingresso em estabelecimentos comerciais no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato
ou de serviços de um número maior de consumidores que de recebimento do produto ou serviço. O direito de
o xado pela autoridade administrava como máximo arrependimento é potestavo, isto é, o consumidor
(Lei n. 13.425/2017). Além disso, permir o ingresso de não precisa juscar por que se arrependeu da compra.
um número maior de pessoas do que o permido também Ressalta-se ainda que o fornecedor deve arcar com
congura o crime previsto no § 2º do art. 65 do CDC. todos os custos necessários para a garanr a devolução
do produto, além do que o direito de arrependimento
COBRANÇA DE DÍVIDAS não pode ser afastado por cláusula contratual (art. 51 do
CDC); d) A garana contratual é complementar à legal.
Exposição ao ridículo: o consumidor inadimplente não
Para a prova da OAB, deve-se considerar que os prazos
será exposto a ridículo, nem será submedo a qualquer
decadenciais de 30 dias (produto não durável) e 90 dias
po de constrangimento ou ameaça, além do que todos
(produto durável) previstos no art. 26 do CDC integram o
os documentos de cobrança de débitos apresentados
prazo de garana legal, os quais devem ser somados aos
ao consumidor deverão constar o nome, o endereço e o
prazos de garana contratual. Assim, se o consumidor
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF
adquirir um carro com garana de 5 anos e este possuir
ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do
um vício de fácil constatação, ele terá o prazo de 5 anos
fornecedor do produto ou serviço correspondente (argos
(garana contratual) + 90 dias (garana legal de produto
42, caput, e 42-A do CDC).
durável) para reclamar do vício.
Cobrança indevida: se o consumidor for cobrado em CLÁUSULAS ABUSIVAS
quana indevida, terá direito à repeção do indébito, por
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido HIPÓTESES: o art. 51 do CDC elenca exemplicavamente
de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de como cláusulas contratuais abusivas aquelas que:
engano juscável (parágrafo único do art. 42 do CDC).
BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES I - Impossibilitem, exonerem ou atenuem a
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
Finalidade: fornecer subsídio para as empresas fornecedoras natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia
de crédito secertificaremacercada inadimplência dosconsumidores. ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre
o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização
Natureza: são considerados entidades de caráter poderá ser limitada, em situações justificáveis;
público (§ 4° do 43 do CDC), de modo que os consumidores
poderão inclusive se valer de habeas data para garanr II - Subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
o acesso ou a recação das informações constantes. A quantia já paga, nos casos previstos neste código;
recusa ao fornecimento das informações que constam no
banco de dados pode caracterizar o crime previsto no art. III - Transfiram responsabilidades a terceiros;
72 do CDC
IV - Estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
Comunicação: a negavação do nome o consumidor abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
deve ser comunicada por escrito, normalmente encaminhada exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
por carta, não se exigindo, entretanto, o aviso de recebimento equidade;
(AR), conforme disposto na Súmula n. 404 do STJ.
VI - Estabeleçam inversão do ônus da prova em
Cancelamento: se o devedor pagar a dívida, o prejuízo do consumidor;
credor deverá providenciar, no prazo de 5 dias úteis,
o cancelamento da anotação do nome do devedor no VII - Determinem a utilização compulsória de
cadastro de proteção ao crédito, conforme disposto na arbitragem;
Súmula n. 548 do STJ.
VIII - Imponham representante para concluir ou
Prazo: os bancos de dados não podem conter realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
informações negavas referentes a período superior a
cinco anos, além do que, consumada a prescrição relava à IX - Deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o
cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, contrato, embora obrigando o consumidor;
pelos respecvos Sistemas de Proteção ao Crédito,
X - Permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente,
quaisquer informações que possam impedir ou dicultar
variação do preço de maneira unilateral;
novo acesso ao crédito junto aos fornecedores (§§ 1° e 5°
do art. 43 do CDC). XI - Autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido
6. PROTEÇÃO CONTRATUAL ao consumidor;
Súmula nº 543 do STJ: “Na hipótese de resolução INTERESSES DIFUSOS Objeto Indivisível
de contrato de promessa de compra e venda de imóvel
submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve Circunstância de fato
ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo
promitente comprador – integralmente, em caso de Sujeitos Determináveis
culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, INTERESSES Objeto Indivisível
ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem COLETIVOS
deu causa ao desfazimento”. Relação Jurídica base
Súmula nº 302 do STJ: “É abusiva a cláusula Sujeitos Determináveis
contratual de plano de saúde que limita no tempo a INTERESSES
internação hospitalar do segurado”. INDIVIDUAIS Objeto Divisível
HOMOGÊNEOS
Súmula nº 597 do STJ: “A cláusula contratual de Origem comum
plano de saúde que prevê carência para ulização
dos serviços de assistência médica nas situações de LEGITIMIDADE PARA AS AÇÕES COLETIVAS
emergência ou de urgência é considerada abusiva se
ultrapassado o prazo máximo de 24 horas, contado Legimados: possuem legimidade concorrente para
da data da contratação.” o ajuizamento de ação coleva: I - Ministério Público,
II - União, Estados, Municípios e Distrito Federal, III -
CONTRATO DE ADESÃO Endades e órgãos da Administração Pública, direta
ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
Principais regras: a) nos contratos de adesão especicamente desnados à defesa dos interesses e
admite-se cláusula resolutória (aquela que deixa a direitos protegidos pelo CDC e IV - Associações legalmente
arbítrio de uma das partes a exnção contratual), constuídas há pelo menos um ano e que incluam entre
mas essa cláusula apenas terá validade se for ulizada seus ns instucionais a defesa dos interesses e direitos
em favor do consumidor e b) os contratos de adesão protegidos CDC, dispensada a autorização assemblear.
escritos devem ser redigidos em termos claros e
com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho Associações: o requisito da pré-constuição de pelo
da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a menos 1 ano das associações pode ser dispensado pelo juiz
facilitar sua compreensão pelo consumidor, além do quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
que as cláusulas que implicarem limitação de direito dimensão ou caracterísca do dano, ou pela relevância do
do consumidor deverão ser redigidas com destaque, bem jurídico a ser protegido (§ 1° do art. 82 do CDC).
permindo sua imediata e fácil compreensão.
Ministério Público: se o MP não intervier no processo
como parte, atuará obrigatoriamente como scal da lei.
7. DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
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Impresso por Jenifer Cassia da Silva, CPF 101.854.489-50 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 08/03/2021 15:39:54
HONORÁRIOS, CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS Lisconsortes: proposta a ação coleva que tutela
interesses individuais homogêneos, será publicado edital
Para facilitar o acesso do consumidor à jusça e no órgão ocial, a m de que os interessados possam
esmular o uso as ações colevas, o CDC dispensa o intervir no processo como lisconsortes, sem prejuízo de
adiantamento de qualquer despesa processual, além ampla divulgação pelos meios de comunicação social por
do que isenta o autor do pagamento de honorários de parte dos órgãos de defesa do consumidor.
OAB NA MEDIDA | DIREITO DO CONSUMIDOR | RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV
Conclusão: a coisa julgada coleva, portanto, independentemente do interesse transindividual tutelado, não
prejudicará as pretensões individuais, ou seja, o consumidor poderá se valer da ação individual mesmo que a ação coleva
seja julgada improcedente. A única exceção a essa regra ocorre quando se tratar de ação coleva tutelando interesses
individuais homogêneos em que os indivíduos se habilitaram como lisconsorte, já que, neste caso, a coisa julgada vai
angir os lisconsortes de qualquer forma (procedente ou improcedente), de modo que eles não poderão ingressar com
ação individual sobre o mesmo assunto já decidido.
Conceito: entende-se por convenção coleva de consumo o instrumento feito por escrito, em que fornecedores e
consumidores, por meio de suas endades representavas, estabelecem antecipadamente determinados elementos e
regras que irão compor os contratos individuais de consumo, como condições relavas ao preço, à qualidade, à quandade,
à garana e caracteríscas de produtos e serviços, bem como no que diz respeito à composição de eventuais conitos.
Art. 107. As endades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica
podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições relavas
ao preço, à qualidade, à quandade, à garana e caracteríscas de produtos e serviços, bem como à reclamação e
composição do conito de consumo.
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em data posterior ao registro
do instrumento.