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Uma vez Jesus contou uma parábola sobre um

homem que deixou noventa e nove ovelhas e saiu


em busca de uma que se havia perdido. Seu objetivo
era falar da maior alegria que há nos céus “por um
pecador que se arrepende do que por noventa e nove
justos que não necessitam de arrependimento”.
Entretanto, creio que nesta parábola há excelentes
pontos de comparação com a própria obra do Senhor
Jesus.
Primeiro Jesus é o verdadeiro Pastor - o Bom
Pastor - do qual todos os pastores - aqueles que se
preocupam em livrar as ovelhas da perdição - são
apenas tipos.
Ele, como o homem da parábola, também veio em
busca de sua ovelha que se perdeu, e, como o
homem da parábola, tomou sua ovelha nos próprios
ombros e a levou de volta para casa alegre e
espalhando alegria.
Quando chegou a hora certa e os tempos se
completaram o Verbo se fez carne. O Pai lhe formou
um corpo. Os anjos o contemplaram e rejubilaram-
se. E ele, o Verbo, deleitou-se em fazer a vontade do
Pai.
Assumiu nossa natureza, fazendo-se um de nós.
Tomou sobre si as nossas dores, e foi moído pelas
nossas iniquidades. “Entregue por causa das nossas
transgressões, ressuscitou por causa da nossa
justificação”.
Hoje nos relembramos do dia de sua volta à glória
que tinha junto do Pai antes que houvesse mundo.
Hoje nos lembramos de que, ao lado do Pai, ele
intercede por nós.
Voltou.
Os anjos o viram e novamente rejubilaram-se. O
Pai o viu e o recebeu satisfeito. Tão satisfeito quanto
ele próprio ficou ao ver o fruto do penoso trabalho
de sua alma.
O bom pastor achou a ovelha que se havia
perdido. Deixou as outras noventa e nove e saiu
pelos lugares perigosos da perda e do dano -
amaldiçoados com cardos e abrolhos - e achando-a,
colocou-a nos ombros e a trouxe para casa.
Salvação completa.
Não apenas possibilidade de salvação: Redenção.
Depois de tudo consumado, não havia mais o que
fazer senão reassumir o que era antes. Mas reassumir
como um de nós. E, como um de nós, com nossa
natureza adquirida ao tabernacular conosco, recebeu
do Pai todo poder no céus e na terra. Nele “reside
toda plenitude”.
Quinta-feira passada completou-se 40 dias deste a
data em que relembramos a ressurreição do Senhor.
E, conforme as Escrituras, após haver dado ordens
aos seus discípulos e aos seus apóstolos, ascendeu
aos céus.
Hoje é dia de meditarmos na segurança que sua
volta aos céus nos dá. Lá um de nós, que em tudo foi
tentado mas em nada pecou, e sabe compadecer-se
dos que também são tentados por nós intercede e por
nós aguarda.
Nos aguarda certo de que o que fez não foi em
vão.
Resta-nos apenas cumprir o nosso tempo - como
ele cumpriu seu próprio tempo - e nos mudarmos
para lá.

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