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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO E VIDA

UNIVERSITÁRIA

Prof. Me. Letícia Maísa Carvalho

CAXIAS – MA
2023
PANORAMA DA COMUNICAÇÃO OFICIAL
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita.
Para que haja comunicação, são necessários:

a) alguém que comunique;

b) algo a ser comunicado;


c) alguém que receba essa comunicação.
 No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o
serviço público (este/esta ou aquele/aquela Ministério,
Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o
que se comunica é sempre algum assunto relativo às
atribuições do órgão que comunica; e o destinatário
dessa comunicação é o público, uma instituição privada
ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo
ou dos outros Poderes.
 A necessidade de empregar determinado nível de linguagem
nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do
próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro,
de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos
de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta
dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e
entidades públicos, o que só é alcançado se, em sua
elaboração, for empregada a linguagem adequada.
ATRIBUTOS DA REDAÇÃO OFICIAL

A redação oficial deve caracterizar-se por:


 clareza e precisão;
 objetividade;
 concisão;
 coesão e coerência;
 impessoalidade;
 formalidade e padronização;
 uso da norma padrão da língua portuguesa.
QUE INTERPRETAÇÃO VOCÊ FAZ DA
SEGUINTE FRASE:

 Eu não disse que ele roubou o dinheiro.

(Alguém disse, mas não “eu”!)


 Eu não disse que ele roubou o dinheiro.

(Alguém roubou, mas não “ele”!)


 Eu não disse que ele roubou o dinheiro.

(“ele” pegou, mas vai devolver!)


 Eu não disse que ele roubou o dinheiro.

(“ele” roubou outras coisas!)


CRITÉRIOS BÁSICOS

I.– CORREÇÃO: domínio da norma culta do nosso idioma – pontuação,


concordância, regência, crase, acentuação gráfica, ortografia, pontuação
etc.

II.– SIMPLICIDADE: uso de vocabulário acessível, de fácil entendimento e


de construções frasais, preferencialmente, na ordem direta. Deve-se
ressaltar que tais indicações não podem ser representação de
empobrecimento vocabular e fragilidade de estrutura linguística.

III.– CLAREZA: é a apresentação direta do teor principal do documento –


perífrases (informações desnecessárias ao objeto principal do documento)
não podem fazer parte de textos oficiais.
IV. – CONCISÃO: é o uso de economia de palavras, mas não de
ideias – ser conciso é ser objetivo. Deve-se informar tudo o que
é necessário, entretanto com poucas palavras.
Não pode haver omissão de informações para se alcançar a
concisão.

V. – PADRONIZAÇÃO: adequação das normas determinadas


relativas à formatação, linguagem, pronomes de tratamento e
afins na construção do texto oficial.
I – CLAREZA:

a)Utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum,


salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em
que se utilizará nomenclatura própria da área;

b)Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a


adoção da ordem inversa da oração:
 Polissemia: palavra polissêmica é aquela que
reúne vários significados.

• Ela me deu uma mão para eu terminar esse trabalho.

• Gustavo vai pedir a mão de Bia a seu pai esta noite.

• Ela entregou o emprego de mão beijada para o amigo.

• Todos estão com a mão na massa.


AMBIGUIDADE
Ex:
 O ladrão matou o policial dentro de sua casa.
 "O menino viu o incêndio da escola”.
 O grupo das Jovens Mães vai se reunir na quarta-feira à noite. Todas
as mulheres que estiverem interessadas em se tornar Jovens Mães
devem procurar o pastor na sua sala.
 No Dia de Finados, haverá uma missa cantada por todos os mortos da
paróquia.
a) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
b) não utilizar regionalismos e neologismos;
c) explicitar o significado da sigla na primeira referência a
ela;

d)utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas


quando indispensáveis, em razão de serem designações ou
expressões de uso já consagrado ou de não terem exata
tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.
Erros comuns
 Frases longas;
 Separar sujeito do predicado;
 Concordância;
 Frase sem verbo ou sem sujeito;
 Adjetivos e advérbios inúteis;
 Frases que contenham “o mesmo” e equivalentes
 Repetir a mesma idea várias vezes;
 Ortografia.
"O concurso foi antecipado para antes da data marcada"
"Ganhe inteiramente grátis"
"Por decisão unânime de toda a diretoria"
"O juiz deferiu favoravelmente"
"Não perca neste fim de ano, as previsões para o futuro“
“Metades iguais”
“Vereador da cidade”
“Quantia exata”
 Pontuação
◦ Ler em voz alta, parando para respirar nos pontos e
hesitando nas vírgulas.
Finalmente
 Escreva uma ou duas frases (para você mesmo)
sobre “O que eu quero que o leitor tenha entendido ao
fim do texto?”
 Garantir que estas frases apareçam.
 Pedir a alguém para ler e resumir o que leu.
A boa interpretação vem da boa leitura

Estabeleça a meta de ler 01 livro por mês.


GÊNEROS TEXTUAIS

Informe em qual contexto você esperaria encontrar cada um


desses enunciados.

 Era uma vez, num reino muito distante...


 Prezados senhores. Venho por meio desta...
 Respeitável público!!
 Verifique a tensão da rede elétrica antes de ligar o aparelho.
 NÃO CONTÉM GLÚTEN.
 Alô?
Porque não confundimos uma bula com uma carta, uma
notícia de jornal com um sermão, um poema com uma
entrevista?

Porque reconhecemos as características dessas


“espécies” de texto, aprendidas na convivência social ou
na escola. Sabemos também como cada uma delas
funciona socialmente.
Tipo Objetivo Características Ex./Gêneros
Textual q/
Predominam

Narrativo - Narrar - Verbos de ação, no Anedota,


fatos, reais passado; romance,
ou fictícios. - Marcadores conto, crônica,
temporais: logo, notícia, lenda,
depois, antes, etc.; fábula, conto
- Presença de conflito, de fadas, relato
isto é, um pessoal, relato
acontecimento que histórico,
complica a situação biografia, etc.
inicial da narrativa.

Expositivo - Expor - Linguagem objetiva; seminário,


informaçõe - Verbos no presente; verbete de
s - predomínio da 3ª enciclopédia,
pessoa. reportagem,
etc.
Tipo Obletivo Características Ex. /Gêneros
Textual q/
predominam
Descritivo - Descrever - Verbos de estado: ser, Anúncio,
seres, estar, parecer, ect.; cardápio,
paisagens e - Presente do modo laudo técnico.
conceitos. indicativo; Sequências
- Formas nominais do descritivas
verbo: “posto à janela” são muito
(particípio). “espiando o comuns em
mundo” (gerúndio); todos os
- Adjetivações (“cabeça gêneros
branca, braços pálidos”) e narrativos.
comparações (“uma
mulher como as de
antigamente”)
Injuntivo: Fazer com - Verbos no imperativo: - Propaganda,
persuasivo que o faça, beba, coma, volte, regras de
ou interlocutor fique, etc. jogo, receita,
instruciona tome manual de
l alguma instruções,
atitude. regulamento,
livro de
Tipo Objetivo Característica Ex./Gênero
textual em q/
predomina
m
Argument - Defender - Apresentação de - Debate,
ativo um ponto de argumentos segundo editorial,
vista. uma organização artigo de
lógica. opinião,
- Estabelecimento de manifesto,
relação de causa e carta aberta,
efeito. carta de
- Estrutura formada por solicitação,
introdução, carta de
desenvolvimento e reclamação.
conclusão.
- Verbos no presente.

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