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E-BOOK

MATEMÁTICA
FINANCEIRA

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SUMÁRIO
MATEMÁTICA FINANCEIRA

AULA 1 – Revisão............................................................................................02
AULA 2 – Introdução aos cálculos com a calculadora HP 12C.......................12
AULA 3 – Operações financeiras....................................................................20
AULA 4 – Atividade VOCÊ LÍDER....................................................................23
AULA 5 – Juros simples e compostos.............................................................23
AULA 6 – Desconto........................................................................................36
AULA 7 – Fluxo de caixa e série de pagamentos...........................................42
AULA 8 – Sistemas de amortização...............................................................52
Referência Bibliográfica................................................................................61

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AULA 1 – REVISÃO

POTENCIAÇÃO

Potenciação é a multiplicação de um número real (base) por ele


mesmo “x” vezes, onde x é o expoente ou potência.
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expoente ou
potência
42 = 16
base resultado

Leia-se: Para chegar ao resultado, basta


Quatro elevado ao quadrado ou multiplicar a base por ela
Quatro elevado à segunda mesma, a quantidade de vezes
potência indicada pelo expoente, portanto
2
Quatro elevado a dois. 4 = 4 . 4 = 16.

Acompanhe as regras básicas da potenciação e os respectivos


exemplos:

Regras Básicas Exemplos


1
Qualquer número elevado a 1 é igual a ele 5 =5
mesmo.
0
Qualquer número elevado a 0 é igual a 1. 5 =1

Na multiplicação de potências de bases iguais, 2 1 2+1 3


5 .5 =5 = 5 = 5 . 5 . 5 = 125
mantenha a base e some os expoentes.
2
A base negativa só fará parte da potenciação (-5) = (-5) . (-5) = 25
quando estiver dentro de parênteses. 2
-5 = - 5 . - 5 = - 25

Quando temos um número negativo entre


parênteses elevado a uma potência, devemos
nos atentar que:
2
(-5) = (-5) . (-5) = 25
 um número negativo elevado em
qualquer expoente PAR se comporta 4
(-2) = (-2) . (-2) . (-2) . (-2) = 16
como se fosse positivo.
 um número negativo elevado em 3
(-5) = (-5) . (-5) . (-5) = -125
qualquer expoente ÍMPAR, o sinal
negativo permanece na resposta.
8 6 8-6 2
Na divisão de potências de bases iguais, =5 :5 =5 =5 =5.5=
mantenha a base e subtraia os expoentes. 25
2 3 2.3 6
Na potência de potência, mantenha a base e (5 ) = 5 =5 =5.5.5.5.5.5=
multiplique os expoentes. 15.625
-4 1 4
Quando o expoente for negativo, transforme a 5 =( ) =
5
potência em fração.
2 2 2
Quando ocorre uma multiplicação entre as (2 . 3) = 2 . 3

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bases, retirar os parênteses e elevar o
expoente em cada base.

Quando a fração tiver um expoente negativo,


inverta o numerador e o denominador.
= =
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Acabamos de aprender que o sinal de negativo (-) na frente do


número, só fará parte da potenciação quando estiver dentro de
um parêntese, caso contrário, ele continuará no resultado.
Pratique um pouco o que acabou de aprender, indique (V)
verdadeiro ou (F) falso em relação ao resultado das potências.
Atente-se aos indicadores.

Ainda falando sobre esse assunto, imagine a distância da Terra


em relação ao Sol que é de aproximadamente 150 milhões de
quilômetros.

Para encurtar essa distância usamos a potenciação de base 10.


Veja como fica:

150.000.000 = 15 x 107

A potência de base 10 é muito útil quando calculamos em larga


escala ou em notação científica, como também é conhecida.

Além da potenciação de base 10 – que é a multiplicação em


larga escala, é possível fazer a divisão em larga escala.
Acompanhe a divisão do número 15 por 100, utilizando esse
conceito.

Primeiramente devemos “transferir” Feito isso, devemos passar o


a quantidade de zeros para denominador (102) multiplicando
potência de uma fração para outra. pelo numerador, para que seja
feita a potencialização de base 10.
15 = 15
100
2
10 15 = 15 x 10-2
102

Quando a base 10 é elevada a um expoente:

NEGATIVO POSITIVO

Temos que andar com a vírgula para Temos que andar com a vírgula
a esquerda o número de casas para a direita. Portanto:
indicado pela potência. Assim:
2
15 x 10 = 1.500
-2
15 x 10 = 0,15
3

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Curiosidade

O recurso de potenciação de base 10 é conhecido como


NOTAÇÃO CIENTÍFICA e apresenta algumas vantagens, como:
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 os números muito grandes podem ser escritos de forma


abreviada.
 na utilização dos computadores ou máquinas de calcular
esta notação tem uso regular.
 tornam os cálculos muito mais rápidos e fáceis.

RADICIAÇÃO

Radiciação
É uma operação matemática oposta à potenciação.

Raiz quadrada
A raiz quadrada de um número inteiro é outro número que, multiplicado
por ele mesmo, reproduz o número dado. Ex: =8.8

Conheça a nomenclatura dos elementos que compoem uma


raiz.

3
índice
16
radicando
símbolo radical

Veja a relação dos quadrados perfeitos de 1 a 100:

Raiz Cálculo Resultado


Quadrada
1 1.1 1
4 2.2 2
9 3.3 3
16 4.4 4
25 5.5 5
36 6.6 6
49 7.7 7
64 8.8 8
81 9.9 9
100 10 . 10 10

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Todo número terminado em 2, 3, 7 e 8 ou em número ímpar de
zeros (10, 2.000, 300.000...) não podem ser quadrados perfeitos
e sua raiz é um número racional. Portanto se 42 é igual a 6 x 7,
logo 42 = 6 x 7
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Acompanhe outros exemplos:

33 = 3 x 11 √33 = √3 x √11
27 = 3 x 9 √27 = √3 x √9 = 3√3
18 = 2 x 9 √18 = √2 x √9 = 3√2
2000 = 20 x 100 √2000 = √20 x √100 = 10√20
Raiz quadrada de frações ordinárias

Para efetuar o cálculo de uma fração ordinária, basta extrair as raízes


quadradas dos dois termos de fração e aplicar a mesma regra dos números
inteiros.
Observe o exemplo:

Raiz quadrada de 36 (√36) = 6


36 Raiz quadrada de 49 (√49) = 7
1) Raiz quadrada da fração 49
Desta forma, o resultado será:

Observações importantes:

 não existe raiz quadrada de número negativo nos conjuntos de


números reais. Exemplo:√−49.

Página 5

Agora, veja algumas propriedades fundamentais de radiciação:

Propriedades Exemplo
n 3
√0 = 0 √0 = 0
n 5
√1 = 1 √1 = 1
1
√a = a 1
√5 = 5
n
√an = a 4
√94 = 9
n
√ab = ab/n 3
√42 = 42/3

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MATEMÁTICA FINANCEIRA Acompanhe as propriedades operatórias da radiciação:

Equação de 1º Grau

Em diversas situações do dia a dia, precisamos descobrir o valor


de um número desconhecido. Para isso, podemos utilizar as
equações, que podem nos auxiliar muito nesse sentido.
Por meio da equação de 1º grau conseguimos resolver
problemas com uma ou duas incógnitas.
Conheça as diferenças:

EQUAÇÃO COM UMA INCÓGNITA

Imagine que você tenha R$ 20,00 para comprar um presente que


custa R$ 36,00. Por meio da equação do 1º grau, descubra a quantia
de dinheiro que está faltando para a compra do presente.

R$ 20,00 + x = R$ 36,00
R$ 20,00 + x = R$ 36,00
x = R$ 36,00 – R$ 20,00

x = R$ 16,00

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Acabamos de resolver um problema que envolveu “linguagem


matemática”. O entendimento dessa linguagem é muito
importante para chegarmos ao resultado.

Operações de Soma
Linguagem textual Linguagem
matemática
Um certo número. x
Um dado número “x” somado a outro x+n
número qualquer.
Um dado número “x” somado com 1. x+1
O dobro de um número. 2x
A metade de um dado número. x
2
O dobro de um número mais sua metade. 2x + x
2
O dobro de um número qualquer somado 2x + n
com qualquer número.
A soma de dois números consecutivos. x + (x + 1)

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Operações de Subtração
Linguagem textual Linguagem
matemática
Um certo número. x
Um dado número “x” subtraído a outro x-n
número qualquer.
Um dado número “x” subtraído por – 1. x-1
O dobro de um certo número. 2x
A metade de um dado número. x
2
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O dobro de um número menos sua metade. 2x – x


2
O dobro de um número qualquer subtraído 2x – n
com qualquer número.
A subtração de dois números consecutivos. x – (x – 1)

Equação de 2º Grau

Equação do 2º grau na variável x é toda equação do tipo:


ax2 + bx + c = 0, onde a, b e c são números reais, com a ≠ 0.

Veja alguns exemplos de equação do 2º grau

4x2 – 3x + 5 = 0 a = 4, b = -3 e c = 5
2x2 + 6x = 0 a = 2, b = 6 e c = 0
x2 – 5x – 9 = 0 a = 1, b = 5 e c = - 9
x2 – 7 = 0 a = 1, b = 0 e c = - 7

Acompanhe o cálculo de equação do 2º grau com adição:

(4x2 + 2x + 7) + (7x2 – 8x) =


Atente-se aos sinais.

4x2 + 2x + 7 + 7x2 – 8x =

11x2 – 6x + 7

Agora, veja outro cálculo incluindo soma e subtração:

(5x2 + 4) + (4x2 – 9 + 3x) – (2x + 4) =

5x2 + 4 + 4x2 – 9 + 3x – 2x – 4

9x2 + x - 9

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PORCENTAGEM
A palavra porcentagem está relacionada a fração, mais

especificamente a fração (daí o uso da palavra porcento).

Assim, 20% é o mesmo que que corresponde a 0,2 (sem o


sinal %).
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Se um determinado item custa R$ 30,00, 20% disso é: R$ 30,00


x 0,2 = R$ 6,00.

O mesmo resultado também é alcançado por meio da regra de


três:

Valor do item
R$ %
30,00 100
x 20

100x = 30 x 20
x = 600
100
x = R$ 6,00

Importante: 100% de alguma coisa é o valor total. Imagine um


objeto que custa R$ 50,00, 100% deste valor é R$ 50,00.
Lembre-se, 100% = 100 que corresponde a 1 .
100

É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou


reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando
por base 100 unidades.

Utilizando o mesmo exemplo, se os mesmos R$ 30,00


sofressem um aumento de 20%, bastaria somar:

Dinheiro R$ 30,00
+
20% R$ 6,00
Total R$ 36,00

Se esse valor sofresse um desconto, bastaria subtrair:

Dinheiro R$ 30,00
20% R$ 6,00 -
Total R$ 24,00

Acompanhe outro exemplo: ao comprar um CD que custa R$


27,00 terei um desconto de 5% para pagamento à vista.
Utilizando a regra de três, temos duas possibilidades de cálculo,
acompanhe:

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1ª possibilidade

Valor de CD %
27 100
x 5
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100x = 27 x 5
100x = 135
x = 135
100
x = 1,35

Portanto terei R$ 1,35 de desconto. Logo, o CD custará R$


25,65 (valor total – valor do desconto).

2ª possibilidade
% do valor original do CD - % do desconto.
Valor de CD % 100% - 5% = 95%
27 100
x 95 A mesma ideia vale para cálculos com
acréscimo, por exemplo: imagine que ao invés
de adquirir o desconto de 5%, o produto
100x = 2.565 sofresse um acréscimo de 5%. Nesse caso,
somaríamos 100% do salário + 5% de
x = 2.565 acréscimo, resultando em 105%.
100
x = 25,65

Agora, imagine que você e um amigo trabalhassem em


empresas diferentes, porém recebessem o mesmo salário de R$
2.650,00. O seu salário é reajustado a cada seis meses e o do
seu amigo a cada um ano.

Imagine que seu salário tenha um aumento de 5% e, no


semestre seguinte, um novo aumento de 5% e que seu amigo
tenha um único aumento de 10%. Será que após um ano vocês
estarão novamente com o mesmo salário?

Acompanhe os cálculos:

R$ 2.650,00 R$ 2.782,50 R$ 2.921,63


Salário atual  5% de aumento  5% de aumento
6 meses depois 6 meses depois
Você

R$ 2.650,00 R$ 2.915,00
Salário atual  5% de aumento  10% de aumento
Seu amigo
1 ano depois

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Note que ao final de um ano seu salário estará maior que do seu
amigo. Isso porque dois aumentos de 5%, sendo o segundo
sobre o resultado do primeiro gera um valor maior, pois ocorre o
cálculo da porcentagem sobre porcentagem.
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AULA 2 – INTRODUÇÃO AOS CÁLCULOS COM A
CALCULADORA HP 12C

Hora de aprendermos a utilizar um recurso valioso para quem


trabalha com matemática financeira: a calculadora HP 12C.
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Curiosidade

A HP 12C foi lançada em 1981 pela empresa de informática e


tecnologia Hewlett-Packard, sendo que suas principais
características incluem o fato de possuir mais de 120 funções
específicas para usos em negócios. Atua com a lógica RPN
(Reverse Polish Natation ou Notação Polonesa Reversa), o que
permite uma entrada mais ágil de dados e execução mais
eficiente dos cálculos.

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Aprenda as principais funções e teclas da HP 12C:
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Ligar e Acesso Acesso à Entrada


As calculadoras convencionais
desligar executam
à função
azul
os cálculos
memória de forma
direta, obedecendo à sequência natural da matemática. Na HP
12C o procedimento para o cálculo é realizado de forma
diferente, observe:

Calculadora convencional HP 12C


2 [enter]
2+3=
3 [+]

Agora, conheça as principais funções de uma calculadora HP 12


C.

1) Teste inicial dos circuitos


Antes de iniciar o uso de sua calculadora, faça um teste para
saber se ela está funcionando corretamente.

Com a calculadora desligada, pressione e mantenha


pressionada a tecla [+] e depois ligue a HP 12C, pressionando a
tecla [ON]. Solte a tecla [ON] e depois a tecla [+].

Um autoteste será realizado e, nesse momento, aparecerá a


palavra “running” piscando no visor.

Após o autoteste todos os indicadores do visor serão exibidos


(com exceção do *, que sinaliza que a bateria está fraca).

Se aparecer a expressão “Error 9” ou não aparecer nada, a


calculadora está com problemas.

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2) Ligar a calculadora
Pressione a tecla [ON].
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3) Zerar o visor
Antes de iniciar qualquer cálculo é necessário zerar o visor. Para
isso, pressione a tecla [f] [CLX].

4) Configuração
Para facilitar a visualização de números muitos extensos,
configure a calculadora para o modelo brasileiro (ela está
originalmente configurada no modelo americano).

Modelo brasileiro Modelo americano


1.346.630,42 1,346,630.42

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Para realizarmos a troca do ponto pela vírgula e vice-versa,
proceda da seguinte forma:

 desligue a calculadora;
 com a calculadora desligada, pressione ao mesmo tempo
as teclas [ON] e [.] (ponto);
 solte a tecla [ON] e em seguida a tecla [.] (ponto).
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Pronto! A calculadora já está configurada para o modo brasileiro.

5) Casas decimais
Para configurar quantas casas decimais após a vírgula serão
mostradas no visor, pressine a tecla [f] e o número de
algarismos desejados após a vírgula.

6) Inverso de um número
O inverso de um número é sempre 1 e vice-versa.
x
Para obter o inverso de um número contido no visor, basta
pressionar a tecla [1/x].

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Exemplo:
2 [1/x]
0,5

7) Arredondamento de um número

A utilização da tecla [RND] permite o arrendodamento da


parte fracionária de um número apresentado no visor.

O critério de arredondamento utilizado pela calculadora é o


convencionado internacionalmente, ou seja, 0 a 4, arrendonda-
se para baixo e de 5 a 9 para cima.

Teclas Visor Significado


58,745839 58,75 Número apresentado no
[ENTER] visor com duas casas
[f] 2 decimais.
[f] 9 58,74583953 Comprovaçao de que o
número completo com 8
casas decimais está
contido na calculadora.
[f] 2 58,75 Número arredondado com
[f] duas casas decimais.
[RND]
[f] 9 58,75000000 Comprovação de que o
número contido na
calculadora passou a ser
o número mostrado no
visor após a instrução de
arredondamento.

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8) Operações Aritiméticas
Esta é a grande diferença da calculadora HP 12 C para as
calculadoras tradicionais. Nas calculadoras tradicionais,
digitamos os números, a operação e os outros números. Na HP
12C, digitamos os números, a tecla “enter”, os outros números
e, por último, o sinal da operação matemática desejada.
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a) 2 + 3 = 5
2 [ENTER]
3 [+]
5

b) (25 + 32) + (12 – 8) = 61


25 [ENTER]
32 [+]
12 [ENTER]
8 [-]
[+]
61

9) Teclas de Prefixo
Observe as teclas da HP 12C e verifique que algumas delas
podem realizar até três funçãos. A função primária é aquela que
está impressa em branco na tecla. Acima dela, em laranja, está
assinalada a segunda função e, em azul (abaixo) a terceira.
Para utilizar a função a função desejada, selecione a tecla da
cor correspondente (no caso das funções azul e laranja) e a
tecla desejada.

2ª função - para executá-la, basta


pressionar a tecla [f] e depois o comando
desejado.

Função primária - para


executá-la, basta apertar a
tecla normalmente.

3ª função - para executá-la, basta


pressionar a tecla [g] e depois o
comando desejado.

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10) Porcentagem
Para resolver problemas de porcentagem utilizamos as teclas:
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%  porcentagem.
∆%  variação percentual.
%T  porcentagem de um valor em relação a um total.

Para calcular o valor correspondente à porcentagem de um


número, introduza a base, pressione ENTER, introduza a
porcentagem e pressione %.

Exemplo: 15% de 400 = 60


400 [ENTER]
15 [%]
60

Para calcular a variação percentual entre dois números,


introduza como base o valor mais antigo da operação, seguido
da tecla ENTER, introduza o segundo número e pressione ∆%.

Exemplo: no pregão de ontem, as ações da Cia. GRD S/A


subiram de R$ 5,28 para R$ 5,87. Qual foi a variação
percentual?

5,28 [ENTER]
5,87 [∆%]
11,17%

Para calcular a porcentagem de um valor em relação a um


total, introduza o valor correspondente ao total, digite o valor da
porcentagem e pressione %T.

Exemplo: em uma frota de 1.400 ônibus, 680 deles se encontram


paralisados. Qual o percentual dos ônibus paralisados?

1.400 [ENTER]
680 [%T]
48,57

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11) Potenciação
A HP 12C pode ser usada para efetuarmos operações de
potenciação. Veremos abaixo alguns casos.

a) (2)²
2 [ENTER]
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2 [yx]
4

b) (2)-²
2 [ENTER]
2 [CHS]
[yx]
0,25

c) 21/3
2 [ENTER]
3 [1/x]
[yx]
1,26

12) Radiciação
A HP 12C também pode ser usada para efeturamos operações
de radiciação. Observaremos alguns exemplos.

a) √144
144 [g]
[yx]
12

b) 3√8

8 [ENTER]
3 [1/x]
[yx]
2

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AULA 3 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Antes de conhecermos cada elemento envolvido, conheça dois


conceitos importantes utilizados no mundo financeiro:

Capitalização Simples: ocorre quando a taxa de juros incide


apenas sobre o capital inicial, não há “juros sobre juros”.
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Capitalização Composta: ocorre quando a taxa de juros incide


sobre o capital inicial, acrescido dos juros acumulados até o
período anterior (o valor dos juros cresce em função do tempo).

Observe no quadro os conceitos que estudaremos a partir de


agora.

Nomenclatura Sigla
Capital C
Juro J
Taxa de juro i
Tempo t
Montante M

Atenção! Todos os cálculos dessa aula estão baseados no


sistema de capitalização simples. Nesse momento não
faremos uso da calculadora HP 12C, pois por convenção, essa
calculadora utiliza o sistema de capitalização composta que
estudaremos no curso Matemática Financeira II.

Conheça as principais operações financeiras:

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Importante: um ano comercial tem 360 dias e um ano exato tem


365 dias. Se o problema não especificar, ou se não for
especificado por qualquer tipo de citação, deve-se sempre
utilizar o ano comercial, ou seja, 360 dias.

Para que os cálculos deem certo, o tempo (t) e a taxa de juro (i)
devem possuir a mesma unidade. Exemplo: 1,5% ao mês e 3
meses. Se eles forem diferentes, um deles terá de ser ajustado.
Exemplo:

Acompanhe alguns exemplos e cálculos na prática.

Observe as fórmulas utilizadas e as resoluções.

Juros

Imagine que tenha aplicado R$ 420,00 à taxa de juros de 1,5 ao


mês, por um período de 3 meses. Qual o juro recebido no final
da aplicação?

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Dados:

D = R$ 420,00
i = 1,5% a.m.
t = 3 meses
J=?
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J=C . i . t
J = 420 . 0,015 . 3
J = 18,90

Logo, os juros recebidos ao final de 3 meses serão de R$ 18,90.

Capital

Agora imagine que após 3 meses tenha resgatado R$ 18,90 de


uma aplicação à taxa de juros de 1,5% ao mês. Qual o capital
investido?

Dados:

t = 3 meses
J = R$ 18,90
i = 1,5% a.m.
C=?

C= J
i . t
C = 18,90
0,015 . 3
C = 18,90
0,045
C = 420,00

O capital investido foi de R$ 420,00

Taxa de Juros

Continuando no mesmo raciocínio, imagine que tenha aplicado


R$ 420,00 por um período de 3 meses e tenha recebido R$
18,90 de juros. Qual a taxa de juros mensal aplicada?

Dados:

C = R$ 420,00
t = 3 meses
J = R$ 18,90
i=?

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i = 18,90
i = __J__ 420 . 3
C . t i = 18,90
1.260
i = 0,015 Forma unitária
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0,015 . 100 = 1,5% Forma percentual

Logo, a taxa de juros da aplicação foi de 1,5% a. m. ou 0,015


a.m.

Tempo

Agora imagine que após tenha resgatado R$ 18,90 de uma


aplicação de R$ 420,00 à taxa de juros de 1,5% ao mês. Qual o
tempo de investimento dessa aplicação?

Dados:

J = R$ 18,90
C = R$ 420,00
i = 1,5% a.m.
t=?
t= J_
C.i

t = ___18,90__
420 . 0,015
t = 3 meses

Montante

Estudamos que as fórmulas para cálculo do Montante são:

M = C + J ou M = C (1 + i . t ).

Agora, entenda o porquê de podermos utilizar as duas fórmulas:

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Agora, imagine que tenha realizado uma aplicação de R$ 420,00
à taxa de 1,5% por mês durantes 3 meses. Qual o montante
obtido?
Dados:
C = R$ 420,00
i = 1,5% a.m.
t = 3 meses
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M=?

M=C.(1+ i . t)
M = 420 . (1 + 0,015 . 3)
M = 420 . (1 + 0,045)
M = 420 . 1,045
M = 438,90

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AULA 4 – ATIVIDADE: VOCÊ LÍDER

AULA 5 – JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Imagine que uma pessoa tenha realizado várias compras com


cartão de crédito e, ao receber a fatura, leva um tremendo susto,
percebendo que não conseguirá pagá-la. No demonstrativo do
MATEMÁTICA FINANCEIRA

cartão aparecem algumas informações: taxa de parcelamento:


15,60% a.m. e taxa por atraso no pagamento: 13% por período.
Essas informações correspondem aos juros, ou seja, o valor que
essa pessoa pagará, caso não consiga saldar o valor total da
fatura ou tenha que parcelar o valor gasto. Vamos aos conceitos
para um melhor entendimento, começaremos pelos juros
simples.

O regime de juros simples corresponde ao juro de cada intervalo


de tempo, incidindo somente sobre o Capital, que nada mais é,
que o valor inicialmente emprestado ou aplicado, sem os juros.
Relembre a fórmula dos juros:

J=C.i.t

Imagine uma aplicação de R$ 1.000,00 pelo prazo de 3 meses à


taxa de juros simples de 12% ao mês. Qual o juro produzido?

J=C.i.t
J = 1.000 . 0,12 . 3
J = R$ 360,00

O juro produzido será de R$ 360,00.

Como vimos no curso “Matemática Financeira I”, se somarmos


os juros com o capital temos o montante ou valor futuro
aplicados no regime de juros simples, cuja fórmula é:

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O regime de juros compostos corresponde aos juros gerados a
cada período, incidindo sobre o capital e sobre os juros do
período anterior. A fórmula para cálculo é:
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Utilizando o mesmo exemplo, imagine uma aplicação de R$


1.000,00 pelo prazo de 3 meses à taxa de juros compostos de
12% ao mês. Qual o juro produzido?

M = C . (1 + i)n
M = 1.000 . (1 + 0,12)3
M = 1.000 (1,12)3
M = 1000.1,405
M = 1.405,00

Para encontrarmos somente os juros, basta subtrairmos o


capital do montante:

J=M–C
J = 1.405 – 1.000
J = 405,00

REFLEXÃO

No exemplo apresentado, se a aplicação fosse capitalizada com


base em juros simples, eles seriam de R$ 360,00 e se a
mesma aplicação fosse capitalizada com base em juros
compostos, eles seriam de R$ 405,00. Notou a diferença?

Quando usamos os juros simples e compostos?

Normalmente os juros compostos são utilizados na maioria das


operações financeiras que envolvem dinheiro, como: compras
de médio e longo prazos, cartão de crédito, empréstimos
bancários, caderneta de poupança. Já os juros simples são
utilizados para operações de curtíssimo prazo e no processo de
desconto simples de duplicatas que veremos nas próximas
aulas.

Imagine que você tivesse aplicado R$ 100,00 em um


investimento com rendimento de 2,5% a.m., sob o regime de
capitalização composta. Quanto teria acumulado ao final de 7

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meses?

Acompanhe mês a mês:


MATEMÁTICA FINANCEIRA

Observe que os juros compostos foram calculados sobre o


capital mais os juros acumulados dos meses anteriores.
Portanto, ao final de sete meses você teria acumulado R$
118,87.

Utilizando o mesmo exemplo, vamos aplicar a fórmula dos juros


compostos para ver se chegaremos ao mesmo resultado.

Relembrando o problema: se tivesse aplicado R$ 100,00 em um


investimento com rendimento de 2,5% a.m., sob o regime de
juros compostos. Quanto teria acumulado ao final de 7 meses?

Dados:
C ou PV = R$ 100,00
i = 2,5% a.m. ou 0,025 a.m.
n = 7 meses
M ou FV = ?

FV = PV . (1 + i)n
FV = 100 . (1 + 0,025)7
FV = 100 . (1,025)7
FV = 100 . (1,1887)
FV = R$ 118,87

Perceba que o resultado foi atingido! Agora, acompanhe o


cálculo na HP 12C:

100 [CHS] Inversão de sinal. Indica que saiu


dinheiro do fluxo de caixa.
[PV] Indica que a quantia corresponde ao
valor presente.
2,5 [i] Taxa de juros
7 [n] Período
[FV] Dado que pretende encontrar. Nesse
caso, o valor futuro.
R$ 118,87

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Você aprendeu a calcular o Montante ou Valor Futuro sob a
modalidade de juros compostos. Agora, veja como encontrar o
Capital utilizando a mesma modalidade.

Já sabemos que a fórmula básica para calcular juros compostos


é:
MATEMÁTICA FINANCEIRA

FV = PV . (1 + i)n

Como desejamos encontrar o Capital, esse elemento deve ser


isolado. Veja como fica a fórmula:

PV = FV__
(1 + i)n

Acompanhe um exemplo:
Calcule o capital de uma aplicação a juros compostos, sabendo
que o montante obtido foi de R$ 875,00 pelo período de 4
meses à taxa de 1,5% a.m.

Dados:
M ou FV = R$ 875,00
i = 1,5% a.m. ou 0,015 a.m.
n = 4 meses
C ou PV = ?

PV = FV__
(1 + i)n
PV = 875___
(1 + 0,015)4
PV = 875_
(1,015)4
PV = 875___
1,061363551
PV = R$ 824,41

Cálculo na HP 12C

875 [CHS]
[FV]
1,5 [i]
4 [n]
[PV]
824,41

Agora, aprenda a calcular o tempo em uma operação a juros


compostos. Para isso, devemos isolar a variável n ou t e
trabalhar com logaritmos de base 10. Para calculá-los, utilize
uma calculadora científica.

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Já sabemos que a fórmula básica para calcular juros compostos
é:

FV = PV . (1 + i)n
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Agora, acompanhe o processo de isolamento da variável n:

FV = PV . (1 + i)n

(1 + i)n =

log (1 + i)n = log ( )

n . log (1 + i) = log ( )
n = log ( )
log (1 + i)

Como vimos há pouco, para o cálculo de logaritmo precisamos


de uma calculadora científica.

Para acessá-la do seu computador, acesse o “Menu Iniciar”,


“Acessórios” e “Calculadora”.

Na barra de ferramentas, selecione o item “Exibir” e “Científica”.

Pronto! A calculadora pode ser utilizada para realizar os cálculos


necessários.

Acompanhe um exemplo:
Quantos meses serão necessários para que um capital de R$
12.000,00 aplicado à taxa de juros compostos de 2% a.m., atinja
um montante de R$ 15.833,75?

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Portanto, serão necessários 14 meses para se atingir o


montante desejado.

Cálculo na HP 12C
12.000 [CHS]
[PV]
15.833,75 [FV]
2 [i]
[n]
14

Agora, basta aprendermos a calcular a taxa de juros em uma


operação a juros compostos. Para isso, devemos isolar a
variável i.

FV = PV . (1 + i)n

= (1 + i)n

n n
√ = √ (1 + i)n
n
√ = 1+i
n
i =√ - 1

Acompanhe o exemplo:
Por um empréstimo de R$ 3.250,00 durante um período de 10
meses, uma pessoa pagará ao banco o montante de R$

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4.500,00 sob o regime de capitalização composta. Qual a taxa
de juros da aplicação?

C ou PV = R$ 3.250,00
M OU FV = R$ 4.500,00
n = 10
i=?
MATEMÁTICA FINANCEIRA

O valor obtido corresponde ao valor da taxa de juros na forma


decimal. Como já estudamos, para transformá-la em
porcentagem, temos que multiplicá-lo por 100.

0,033077529 . 100 = 3,3% a.m.

Logo, a taxa de juros dessa aplicação será de 3,3% a.m.

Cálculo na HP 12C
3.250 [CHS]
[PV]
4.500 [FV]
10 [n]
[i]
3,3% a.m.

Já sabemos que para realizar qualquer cálculo, a taxa de juros e


o período devem possuir a mesma unidade de tempo.

Quando uma taxa é fornecida em uma unidade de tempo


diferente daquela a que se refere o prazo da operação, basta
modificarmos a sua unidade de tempo utilizando uma taxa
equivalente. Por exemplo, imagine que uma dívida de R$
4.500,00 fosse liquidada 18 dias após o seu vencimento à taxa
de juros de 6% ao mês.
Quanto seria necessário para liquidar a dívida?

Observe que, neste caso, a unidade de tempo da taxa de juros é


diferente daquela a que se refere o prazo da operação. Portanto,

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para modificarmos a unidade de tempo da taxa, precisamos
conhecer os conceitos de taxa nominal, taxa efetiva e taxa
equivalente que geram muitas dúvidas na matemática financeira.

Acompanhe os conceitos:

Taxa nominal: ocorre quando o prazo de incorporação de juros


MATEMÁTICA FINANCEIRA

não coincide com aquele que a taxa se refere.

Taxa efetiva: taxa real utilizada para o cálculo de juros, que


pode ser estabelecida de duas formas:

a) Taxas equivalentes: são taxas de juros utilizadas no


regime de juros compostos, que, apesar de serem fornecidas
em unidades de tempo diferentes, levam a um mesmo montante
acumulado, quando aplicadas a um mesmo capital durante o
mesmo prazo. Por exemplo, uma taxa de juros de 0,5 % ao mês
é equivalente a 6,1678% ao ano.

b) Taxas proporcionais: são taxas de juros utilizadas no


regime de juros simples e são calculadas pela divisão ou
multiplicação dos períodos. Por exemplo, uma taxa de juros de
0,5% ao mês é proporcional a 6% ano, pois 0,5% . 12 = 6%.

Imagine que o montante de um capital de R$ 1.000,00 fosse


aplicado por 18 meses à taxa de juros compostos de 12% ao
ano. Sabemos que, nesse caso, a taxa nominal é de 12% a.a. e
a taxa efetiva mensal pode ser calculada de duas formas:
 Taxa proporcional mensal, obtida pela divisão da taxa
anual (12%) por 12 (meses) = 1% a.m.
 Taxa equivalente mensal, obtida pela fórmula

onde:
iq = taxa equivalente para o prazo que eu quero.
it = taxa para o prazo que eu tenho.
q = prazo que eu quero.
t = prazo que eu tenho.

Portanto:

iq = (1+ it)q/t - 1
iq = (1 + 0,12)1/12 - 1
iq = (1,12)0,083333 – 1
iq = 0,009489 a.m. ou 0,949% a.m.

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Cálculo na HP 12C

1 [ENTER]
0,12 [+]
[ENTER]
1 [ENTER]
MATEMÁTICA FINANCEIRA

12 [:]
[yx]
1 [-]
100 [x]
0,949% a.m.

Agora, resolveremos o problema utilizando a taxa efetiva


mensal:
a) pela convenção da taxa proporcional:
M = C . (1 + i)n
M = 1.000 (1 + 0,01)18
M = 1.000 . 1,196147
M = R$ 1.196,15

b) pela convenção da taxa equivalente:


M = C . (1 + i)n
M = 1000 (1 + 0,009489)18
M = 1.000 . 1,185296
M = R$ 1.185,29

Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é equivalente a taxa


de 12% a.a, basta calcular o montante utilizando a taxa anual,
neste caso teremos que transformar 18 meses em anos para
fazer o cálculo, ou seja: 18 / 12 = 1,5 por ano. Assim:

M = C . (1 + i)n
M = 1000 (1 + 0,12)1,5
M = 1.000 . 1,185297
M = R$ 1.185,29

Algumas informações que você precisa saber:


1) a taxa nominal indicada no problema foi de 12% a.a., pois não
foi aplicada no cálculo do montante. Normalmente a taxa
nominal vem sempre ao ano;
2) a taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é aquela
utilizada para o cálculo do montante. Pode ser uma taxa
proporcional mensal (1% a.m.) ou uma taxa equivalente mensal
(0,949% a.m.);
3) qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em se
tratando de concursos públicos, a maioria das bancas
examinadoras utiliza a convenção da taxa proporcional. Já no

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mercado financeiro, utiliza-se a taxa equivalente.

Também podemos utilizar para o cálculo de períodos não inteiros


a taxa efetiva linear ou a taxa efetiva exponencial. Veja a
diferença:

Convenção linear
MATEMÁTICA FINANCEIRA

É aquela que admite a formação de juros compostos para a


parte inteira do prazo e juros simples para a parte fracionária.

Exemplo:
Luana fez um empréstimo de R$ 20.000 à taxa de 25% ao ano,
pelo prazo de 3 anos e 8 meses. Calcule o montante ou valor
futuro desse empréstimo pela convenção linear.

Dados:
PV = R$ 20.000,00
i = 25% a.a.
n = 3 anos
m = 8 meses
k = 12 meses
FV = ?

FV = PV . (1 + i)n . (1 + i . )

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Exemplo:
Luana fez um empréstimo de R$ 20.000 à taxa de 25% ao ano,
pelo prazo de 3 anos e 8 meses. Calcule o montante ou valor
futuro desse empréstimo pela convenção exponencial.

Usando o mesmo exemplo anterior, temos:


MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dados:
PV = R$ 20.000,00
i = 25% a.a.
n = 3 anos
m = 8 meses
k = 12 meses
FV = ?

FV = PV . ( 1 + i )n +

FV = 20.000 . (1 + 0,25)3 + 8/12


FV = 20.000 . (1,25)3 + 0,666666667
FV = 20.000 . (1,25)3,666666667
FV = 20.000 . 2,266400798
FV = R$ 45.328,02

Note a diferença dos valores obtidos:

 pela convenção linear: R$ 45.572,92


 pela convenção exponencial: R$ 45.328,02.

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AULA 6 – DESCONTO

Já falamos sobre desconto no curso “Matemática Financeira I”,


mas agora, nos aprofundaremos nos conceitos, portanto, passo
a palavra ao Gerson que falará mais sobre o assunto.

Outra abordagem para desconto está relacionada à diferença


MATEMÁTICA FINANCEIRA

entre o valor futuro de um título e seu valor atual na data da


operação. É o nome dado ao abatimento concedido quando se
resgata um título de crédito antes do seu vencimento.

A operação de desconto pode ser descrita como o custo


financeiro do dinheiro pago em função da antecipação de
recurso. Costuma-se dizer que é uma operação inversa ao
cálculo de juros.

Pode-se dizer, ainda, que é a parcela que o banco cobra por


descontar (antecipar recursos), para os clientes que possuem
duplicatas ou títulos a receber.

A operação de Desconto é realizada quando se conhece o valor


futuro de um título (o valor do título no seu vencimento) e se
quer determinar o seu valor presente (o valor do título hoje),
obtida por meio da fórmula:

Nas movimentações financeiras, existem algumas variações de


desconto, associados à taxa de juros: o desconto simples e o
desconto composto. Vamos conhecer cada um detalhadamente,
começaremos pelo desconto simples.

Desconto simples
É o valor a ser deduzido do título, calculado a juros simples, por
antecipação do resgate. Ele pode ser “por fora” ou “por dentro”,
acompanhe:

A) Desconto simples bancário, por fora ou comercial: é a


parcela a ser deduzida do título, calculada a juros simples sobre
o valor nominal do título.

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Acompanhe o exemplo:
Um título de R$ 60.000,00 será descontado à taxa de juros
simples de 2,1% ao mês. Faltando 1,5 meses para o seu
vencimento. Com base nas informações determine:
MATEMÁTICA FINANCEIRA

a) O valor do desconto bancário.


N = R$ 60.000,00
i = 2,1% a.m
n= 1,5 meses

Db = N . i . n
Db = 60.000 . 0,021 . 1,5
Db = R$ 1.890,00

b) O valor atual comercial.


A = N – Db
A = 60.000 – 1.890
A = R$ 58.110,00

B) Desconto simples racional, por dentro ou real: é a parcela


a ser deduzida do título, calculada a juros simples sobre o valor
atual.

A utilização de uma fórmula ou outra dependerá das informações disponíveis


no problema.
Se o valor do desconto bancário for informado no exercício, utilize a primeira
fórmula.

O valor atual racional é dado por:

Aplicaremos o mesmo conceito no exemplo que estudamos há

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pouco: um título de R$ 60.000,00 será descontado à taxa
simples de 2,1% ao mês, faltando 1,5 meses para o vencimento.
Com base nas informações determine:

a) O valor do desconto racional


Dados:
N = R$ 60.000,00
MATEMÁTICA FINANCEIRA

i = 2,1% a.m.
n = 1,5 meses
Dr = ?

Dr = N.i.n
1 + i . n

Dr = 60.000 . 0,021 . 1,5


1 + 0,021 . 1,5

Dr = 1.890
1 + 0,031500

Dr = 1.890
1,031500

Dr = R$ 1.832,28

b) O valor atual racional

A = N – Dr
A = 60.000 – 1.832,28
A = R$ 58.167,72

Ou

PV = FV
(1 + i . n)

PV = 60.000
(1 + 0,021 . 1,5)

PV = 60.000
1,0315

PV = 58.167,72

Compare os dois resultados:


- desconto simples bancário: R$ 1.890,00
- desconto simples racional: R$ 1.832,28

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Atualmente no mercado é praticado o desconto bancário. Sendo
assim, caso o exercício não mencione o tipo de desconto
simples utilizado, adote o “desconto bancário ou por fora”.

Desconto Composto
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Da mesma forma como o desconto simples, o desconto


composto também possui dois tipos: o “por fora” ou o “por
dentro”. O desconto composto “por fora”, não é utilizado no
Brasil, pois não tem nenhuma utilização prática conhecida, já o
desconto “por dentro” ou racional consiste na diferença entre o
valor futuro de um título e o seu valor atual, determinado com
base no regime de capitalização composta e calculado por meio
da fórmula:

Nas situações de desconto racional composto, talvez seja


necessário encontrar o valor atual do título, para isso, utilizamos
a seguinte fórmula:

Já para encontrar o valor nominal, futuro ou de resgate,


utilizamos a fórmula:

Acompanhe alguns exemplos:

1) Encontre o valor do desconto composto racional de um título


de R$ 50.000,00, sabendo-se que o prazo é de 5 meses e que a
taxa de desconto cobrada é de 3,5% ao mês.

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Dados:
N = R$ 50.000,00
n = 5 meses
d = 3,5% ao mês
Dcr = ?

Solução:
MATEMÁTICA FINANCEIRA

2) Qual o valor nominal de um título que, descontado 6 meses


antes do seu vencimento, à uma taxa composta de 7% a.m.,
determinou o valor de resgate de R$ 5.000,00?

Dados:
A ou PV = R$ 5.000,00
i = 7% a.m.
n = 6 meses
N ou FV = ?

FV = PV . (1 + i)n
FV = 5.000 . (1 + 0,07)6
FV = 5.000 . (1,07)6
FV = 5.000 . 1,500730352
FV = R$ 7.503,65

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Cálculo na HP 12C

5.000 [CHS]
[PV]
7 [i]
6 [n]
[FV]
MATEMÁTICA FINANCEIRA

7.503,65

3) Determine o valor atual de um título de valor nominal de R$


17.400,00, com desconto racional composto de 8 meses antes
do seu vencimento a uma taxa de 4% a.m.

Dados:
N ou FV = R$ 17.400,00
i = 4% a.m.
n = 8 meses
A ou PV = ?

PV = FV
( 1 + i)n

PV = 17.400
( 1 + 0,04)8

PV = 17.400
1,368569050

PV = R$ 12.714,01

Cálculo na HP 12C

17.400 [CHS]
[FV]
8 [n]
4 [i]
[PV]
12.714,01

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AULA 7 – FLUXO DE CAIXA E SÉRIE DE PAGAMENTOS

Um fluxo de caixa representa graficamente a previsão de


entradas e saídas de dinheiro por determinado período de
tempo (ano, trimestre, mês, dia ou até horas). Essa visualização
prévia das sobras e faltas no caixa permite planejar melhor as
ações futuras ou desempenho, além de fornecer informações
MATEMÁTICA FINANCEIRA

importantes para a tomada de decisões.

O fluxo de caixa é representado por uma linha horizontal que


indica o período de tempo. As setas para cima indicam as
entradas de dinheiro e as para baixo indicam as saídas.

Acompanhe o fluxo de caixa de uma pessoa que realizou um


empréstimo bancário de R$ 10.000,00 e pagará 12 parcelas de
R$ 1.000,00.

Agora, acompanhe outro exemplo: uma pessoa comprou um


carro por R$ 24.000,00 e pagará em 24 parcelas de R$ 1.200,00
a partir do mês seguinte à compra.

Uma pessoa comprou um produto por R$ 5.000,00 e pagará em


7 parcelas variáveis que começam com R$ 600,00 e vão
aumentando R$100,00 por mês, sendo a primeira parcela paga
a partir do mês seguinte.

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Resumindo, fluxo de caixa constitui o conjunto de pagamentos e
recebimentos ao longo de “n” períodos. Para esse processo
damos o nome de série de pagamentos.

Uma série de pagamentos que se inicia após a data zero recebe


o nome de POSTECIPADO. Se iniciar na data zero, recebe o
nome de ANTECIPADO.
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Pagamentos no início dos períodos: fluxo ANTECIPADO

Pagamentos no final dos períodos: fluxo POSTECIPADO

O conceito de fluxo de caixa está totalmente relacionado com


série de pagamentos que, como próprio nome já diz, consiste
em uma sequência de pagamentos ou recebimentos.

Existem vários tipos de séries de pagamentos, dos quais


podemos destacar:

1) acumulação de capital;
2) formação de capital;
3) valor atual;
4) cálculo de prestações.

1) ACUMULAÇÃO DE CAPITAL

Consiste em descobrir o montante ou valor futuro de uma série


uniforme de pagamentos iguais com base em uma determinada
taxa de juros por determinado período.

Para o cálculo de acumulação de capital devemos considerar os


fluxos postecipado e antecipado.

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Fluxo postecipado

Se uma pessoa aplicar R$ 200,00 por mês em um fundo de


renda fixa a uma taxa mensal de 1%, qual será o montante ao
final de 10 anos, considerando que as aplicações iniciarão a
partir do mês seguinte?
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dados:
PMT = R$ 200,00
i = 1% a.m.
n = 10 anos ou 120 meses
FV = ?

Fluxo antecipado

Se uma pessoa aplicar R$ 200,00 por mês em um fundo de


renda fixa a uma taxa mensal de 1%, qual seria o montante ao
final de 10 anos, considerando que as aplicações iniciaram este
mês?

Dados:
PMT = R$ 200,00
i = 1% a.m.
n = 10 anos ou 120 meses
FV = ?

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2) FORMAÇÃO DE CAPITAL

Consiste em descobrir o valor da parcela a ser depositada em


cada período com base em uma determinada taxa de juros,
pretendendo alcançar um montante preestabelecido.

Nesse caso, também consideramos os fluxos postecipado e


antecipado.

Fluxo postecipado

Um investidor deseja resgatar R$ 1.000.000,00 ao final de 10


anos de um fundo de renda fixa que remunera o capital investido
a 3% a.m. Quanto ele deverá depositar ao final de cada mês
para obter o montante desejado?

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3) VALOR ATUAL

Consiste em descobrir o valor principal ou presente de um fluxo


de caixa baseado em determinada taxa de juros por
determinado período.

Para o cálculo de valor atual devemos considerar os fluxos


postecipado e antecipado.

Fluxo postecipado

Qual o valor do empréstimo que poderá ser pago em 10


prestações mensais de R$ 200,00, sabendo-se que a taxa de
juros do financiamento é de 5% ao mês e que os pagamentos
serão efetuados ao final de cada mês.

Dados:
PMT = R$ 200,00
i = 5% a.m.
n = 10 meses
PV = ?

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Fluxo antecipado

Qual o valor do empréstimo que poderá ser pago em 10


prestações mensais de R$ 200,00, sabendo-se que a taxa de
juros do financiamento é de 5% ao mês e que os pagamentos
serão efetuados ao final de cada mês.
Dados:
PMT = R$ 200,00
i = 5% a.m.
n = 10 meses
PV = ?

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4) CÁLCULO DE PRESTAÇÕES

Consiste em descobrir o valor das parcelas de um financiamento


ou empréstimo, baseado no valor presente, em determinada
taxa de juros e determinado período.

Para o cálculo de prestações, também devemos considerar os


fluxos postecipado e antecipado.

Fluxo postecipado

Um empréstimo de R$ 1.544,35 deve ser pago em 10


prestações iguais. Pede-se para calcular o valor de cada
prestação, sabendo-se que a taxa de juros é de 5% a.m. e que
os pagamentos são feitos ao final de cada período.

Dados:
PV = R$ 1.544,35
n = 10 meses
i = 5% a.m.
PMT = ?

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Fluxo antecipado

Um empréstimo de R$ 1.544,35 deve ser pago em 10


prestações iguais. Pede-se para calcular o valor de cada
prestação, sabendo-se que a taxa de juros é de 5% a.m. e que
os pagamentos são feitos ao final de cada período.

Dados:
PV = R$ 1.544,35
n = 10 meses
i = 5% a.m.
PMT = ?

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AULA 8 – SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Quando uma pessoa contrai uma dívida, o devedor se


compromete a devolver o capital emprestado acrescido de juros.
Essa remuneração depende do regime de juros adotados,
determinado pelo prazo em que o empréstimo é efetuado.
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A isso damos o nome de amortização - um processo de extinção


de uma dívida por meio de pagamentos periódicos, de modo
que cada prestação corresponde à soma do capital emprestado,
calculado sobre o saldo devedor.

Os principais sistemas de amortização são:

Em todos os sistemas de amortização, algumas regras devem


ser seguidas:

 a parcela ou pagamento corresponde a soma do valor


amortizado e os juros;
 os juros sempre serão calculados sobre o saldo devedor;
 se o sistema de pagamento adotado não houver
amortização ou pagamentos, os juros serão incorporados ao
saldo devedor;
 se houver amortização, esse valor será deduzido do saldo
devedor;
 ser houver pagamento dos juros sem amortização, o
saldo devedor permanecerá o mesmo.

Não se preocupe se ficou confuso o entendimento dessas


regras. No decorrer da aula, entenderá esses elementos com
mais facilidade.

Agora, estudaremos detalhadamente cada sistema de


amortização e aplicaremos o seguinte exemplo: imagine que
uma pessoa faça um financiamento de R$ 100.000,00 que será
pago ao longo de 6 meses à taxa de juros mensal de 2,5% a.m.

Resumindo:
VP = R$ 100.000,00
n = 6 meses
i = 2,5% a.m.

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Agora, vamos aplicá-lo em cada sistema de amortização.

SISTEMA DE PAGAMENTO ÚNICO

Nesse sistema, o devedor paga o montante da dívida em um


único pagamento no final. Ele é normalmente utilizado em letras
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de câmbio, títulos descontados em bancos, certificados a prazo


fixo com renda final.

SISTEMA DE PAGAMENTOS VARIÁVEIS

Nesse sistema, o devedor paga valores variáveis de acordo com


a sua condição e acordo com o credor. Os juros do saldo
devedor serão pagos sempre ao final de cada período.

Esse sistema normalmente é usado em cartões de crédito.

Página 7

Para visualizar na prática, imagine que para saldar a dívida de


R$ 100.000,00 foi desenvolvida a seguinte proposta ao cliente:
 1º mês: R$ 12.000,00 + juros
 2º mês: R$ 25.000,00 + juros
 3º mês: R$ 10.000,00 + juros
 4º mês: R$ 33.000,00 + juros
 5º mês: R$ 10.000,00 + juros
 6º mês: R$ 10.000,00 + juros

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SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO (SAA)

Nesse sistema, o devedor paga o valor do financiamento em um


único pagamento no final e realiza o pagamento dos juros no
final de cada período.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

Nesse sistema, o devedor paga o valor financiado em


determinado período de tempo, sendo que as amortizações são
sempre constantes e iguais.

Comumente utilizado no Sistema Financeiro da Habitação.

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SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO PRICE OU FRANCÊS

É o sistema mais comumente usado no Brasil para


financiamentos de bens de consumo em geral. Nesse sistema,
todos os pagamentos (prestações) são iguais.

Para chegar ao valor de amortização é necessário calcular o


valor das parcelas primeiro. Esse cálculo foi estudado na aula
anterior em “cálculo de prestações em série de pagamentos”.

Relembre: imagine que uma pessoa faça um financiamento de


R$ 100.000,00 que será pago ao longo de 6 meses à taxa de
juros mensal de 2,5% a.m. Qual será o valor das parcelas do
financiamento?

Dados:
PV = R$ 100.000,00
n = 6 meses.
i = 2,5% a.m.
PMT = ?

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Cálculo na HP 12C

100.000 [PV]
2,5 [i]
6 [n]
[PMT]
- 18.155,00
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Atenção: como estudamos na aula anterior, devemos


considerar os fluxos postecipado e antecipado para realização
correta dos cálculos. Nesse caso, como o financiamento não
possuía entrada, realizamos os cálculos com base no fluxo
postecipado.

Como o resultado das parcelas foi de R$ 18.155,00, podemos


completar a planilha de amortização.

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Se preferir, utilize a fórmula An = A1 . (1+ i)n-1 e encontre a
amortização do período que desejar. Para o cálculo, basta
encontrar a amortização do período 1 e aplicar na fórmula.

Para representar na prática, vamos calcular o valor da


amortização do mês 4:
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Dados:
A1 = R$ 15.655,00 Valor da amortização do período 1 obtido
por meio do cálculo da tabela preenchida
no exercício anterior.
n=4 Período da amortização que desejo
encontrar.
i = 2,5% a.m. Taxa de juros.
A4 = ? Amortização do período que desejo
encontrar.

An = A1 . (1+ i)n-1
A4 = A1 . (1+ i)4 -1
A4 = A1 . (1 + 0,025)3
A4 = 15.655 . 1,076890625
A4 = R$ 16.858,72
Por meio da fórmula, o valor da amortização do período 4 foi de
R$ 16.858,72. Observe que é o mesmo resultado obtido no
cálculo da tabela:

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM)

Nesse sistema, cada prestação corresponde à média das


prestações no Sistema Price e no Sistema de Amortização
Constante. Esse sistema é comumente utilizado em
financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação.

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O valor das parcelas é obtido por meio da fórmula:
PMT(SAM) = PMT(PRICE) + PMT(SAC)
2
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Com os valores das parcelas em mãos, basta aplicar na tabela e


realizar os cálculos dos juros e amortização.

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Resumo

Observe a diferença dos valores dos montantes em relação ao


sistema de amortização utilizado:
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Percebeu a importância de se conhecer o sistema de


amortização? Ele influencia no pagamento de juros, resultando
em um maior ou menor montante.

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REFERÊNCIAS

GIOVANNI, Jose Ruy & CASTRUCCI, Benedito. A conquista


da Matemática – 8ª série. Ed. FTD, 1985.

PALAZOLLI, Prof. Fernando. Matemática Financeira. Centro


MATEMÁTICA FINANCEIRA

Universitário da FEI. 2008.

SÁ, Prof. Ilydio Pereira de. Curso Básico de Matemática


Comercial e Financeira. São Paulo, 2008.

SCIESP – EBRAE. Curso TTI – Técnico em Transações


Imobiliárias. Matemática Financeira, Módulo II. São Paulo,
2008.

SENAC SÃO PAULO. Matemática Financeira com HP-12C.


São Paulo, 2008.

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http://www.pontodosconcursos.com.br/admin/imagens/upload/10
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http://www.scribd.com/doc/3671613/Matematica-PreVestibular-
Impacto-Juros-Compostos Acesso em 08.09.08

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http://www.mspc.eng.br.matm/matFin 0110.shtml Acesso em


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