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LIVRO DE PREPARAÇÃO PARA

ADMISSÃO AO ENSINO SUPERIOR

GATILHO
DE FÍSICA
Resumo de todas unidades
Exercícios resolvidos
Exercícios propostos
Exames resolvidos

Mauro Miguel Martins


Índice
1 Introdução ............................................................................................................................... 1

2 Cinemática .............................................................................................................................. 2

2.1 Grandezas Escalares e Grandezas Vetoriais..................................................................... 2

2.2 Diferença entre Distância Percorrida e Deslocamento ..................................................... 2

2.2.1 Distância Percorrida .................................................................................................. 3

2.2.2 Deslocamento ............................................................................................................ 3

2.3 Movimento Rectilíneo Uniforme ..................................................................................... 6

2.3.1 Velocidade média...................................................................................................... 6

2.3.2 Função horaria do MU .............................................................................................. 9

2.3.3 Exercícios Propostos ............................................................................................... 11

2.4 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado ............................................................. 12

2.4.1 Função horaria da velocidade e do espaço .............................................................. 13

2.4.2 Equação de Torricell ............................................................................................... 13

2.4.3 Exercícios Propostos ............................................................................................... 16

2.5 Gráficos .......................................................................................................................... 17

2.5.1 Gráficos do MRU.................................................................................................... 17

2.5.2 Gráficos do Movimento Variado ............................................................................ 19

2.5.3 Exercícios Propostos ............................................................................................... 20

2.6 Queda livre e Lançamento Vertical ................................................................................ 22

TURMA DOS REVOLTADOS


2.6.1 Queda livre .............................................................................................................. 22

2.6.2 Equações de queda livre.......................................................................................... 22

2.6.3 Exercícios Propostos ............................................................................................... 23

2.6.4 Lançamento Vertical ............................................................................................... 24

2.6.5 Exercícios Propostos ............................................................................................... 27

3 Dinâmica ............................................................................................................................... 27

3.1 Leis de Newton............................................................................................................... 28

3.1.1 1.ª Lei de Newton ou Princípio da Inercia .............................................................. 28

3.1.2 2.ª Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica .................................... 28

3.2 Tipos de forças ............................................................................................................... 28

3.2.1 Peso de um corpo .................................................................................................... 28

3.2.2 Força de Normal ..................................................................................................... 28

3.3 Determinação da força resultante ................................................................................... 29

3.4 Dinâmica: Análise de Movimento no Elevador ............................................................. 39

3.4.1 CASO 1: Elevador subindo..................................................................................... 39

3.4.2 CASO 2: Elevador descendo .................................................................................. 40

3.4.3 Exercícios Propostos ............................................................................................... 41

4 Estática .................................................................................................................................. 42

4.1 Condições de equilíbrio de uma partícula material ........................................................ 42

4.2 Exercícios Propostos ...................................................................................................... 43

TURMA DOS REVOLTADOS


4.3 Atrito estático ................................................................................................................. 44

4.4 Exercícios Propostos ...................................................................................................... 47

5 Plano Inclinado ..................................................................................................................... 49

5.1 Exercícios Propostos ...................................................................................................... 49

6 Trabalho e Energia ................................................................................................................ 50

6.1 Trabalho Mecânico......................................................................................................... 50

6.1.1 Trabalho de uma força ............................................................................................ 50

6.1.2 Trabalho de uma força ............................................................................................ 50

6.1.3 Trabalho de uma força constante não-paralela ao deslocamento............................ 51

6.1.4 Trabalho de uma força qualquer ............................................................................. 52

6.1.5 Trabalho do peso ..................................................................................................... 54

6.1.6 Trabalho da força elástica ....................................................................................... 55

6.1.7 Potência ................................................................................................................... 56

6.1.8 Exercícios Propostos ............................................................................................... 58

6.2 Energia ........................................................................................................................... 59

6.2.1 Energia cinética....................................................................................................... 59

6.2.2 Energia potencial gravitacional............................................................................... 62

6.2.3 Energia potencial elástica ....................................................................................... 62

6.2.4 Exercícios Propostos ............................................................................................... 64

6.2.5 Conservaçao Da Energia Mecanica ........................................................................ 65

TURMA DOS REVOLTADOS


6.2.6 Não Conservação da Energia Mecânica ................................................................. 68

6.2.7 Exercícios Propostos ............................................................................................... 70

7 Impulso e Quantidade de Movimento ................................................................................... 71

7.1 Impulso ........................................................................................................................... 71

7.2 Quantidade de movimento ............................................................................................. 72

7.3 Teorema do impulso ....................................................................................................... 74

7.4 Conservação da quantidade de movimento .................................................................... 76

7.4.1 Tipos de choques..................................................................................................... 76

7.5 Exercícios Propostos ...................................................................................................... 78

8 Electricidade ......................................................................................................................... 79

8.1 Electrostática .................................................................................................................. 79

8.1.1 Lei de Coulomb....................................................................................................... 79

8.1.2 Campo eléctrico ...................................................................................................... 84

8.1.3 Potencial eléctrico ................................................................................................... 87

8.1.4 Trabalho da força eléctrica num campo eléctrico qualquer. Diferença de potencial
eléctrico. ................................................................................................................................ 90

8.1.5 Exercícios Propostos ............................................................................................... 93

8.2 Electrodinâmica.............................................................................................................. 95

8.2.1 Corrente eléctrica .................................................................................................... 95

8.2.2 Potência Eléctrica.................................................................................................... 97

TURMA DOS REVOLTADOS


8.2.3 Lei de Ohm ............................................................................................................. 98

8.2.4 Lei de Joule ........................................................................................................... 100

8.2.5 Exercícios Propostos ............................................................................................. 101

8.3 Associação de resistores ............................................................................................... 103

8.3.1 Associação de resistores em serie ......................................................................... 103

8.3.2 Associação de resistores em paralelo .................................................................... 104

8.3.3 Exercícios Propostos ............................................................................................. 110

8.4 Electromagnetismo ....................................................................................................... 112

8.4.1 Força sobre uma carga móvel em um campo magnético uniforme ...................... 112

8.4.2 Força sobre um condutor recto em um campo magnético uniforme .................... 113

8.4.3 Movimento circular em campo magnético ........................................................... 114

8.4.4 Exercícios Propostos ............................................................................................. 115

9 Termodinâmica ................................................................................................................... 117

9.1 Calorimetria.................................................................................................................. 117

9.1.1 Quantidade de Calor ............................................................................................. 117

9.1.2 Trocas de calor ...................................................................................................... 118

9.1.3 Exercícios Propostos ............................................................................................. 120

9.2 Gases Ideais .................................................................................................................. 121

9.2.1 Equação de estado do gás perfeito ou ideal .......................................................... 121

TURMA DOS REVOLTADOS


9.2.2 Isoprocessos. Diagramas dos isoprocessos (Isotérmico, Isobárico e Isovolumétrico)
122

9.2.3 Primeira Lei da Termodinâmica ........................................................................... 125

9.2.4 Exercícios Propostos ............................................................................................. 128

10 Mecânica de Fluidos ........................................................................................................... 129

10.1 Hidrodinâmica .......................................................................................................... 129

10.1.1 Vazão Volúmica.................................................................................................... 129

10.1.2 Equação de Continuidade ..................................................................................... 131

10.1.3 Exercícios Propostos ............................................................................................. 132

10.2 Hidrostática............................................................................................................... 133

10.2.1 Densidade.............................................................................................................. 133

10.2.2 Pressão .................................................................................................................. 134

10.2.3 A pressão em um líquido. Teorema de Stevin ...................................................... 135

10.2.4 Vasos comunicantes .............................................................................................. 138

10.2.5 Prensa hidráulica ................................................................................................... 139

10.2.6 Força de Impulsão ou Empuxo ............................................................................. 139

10.2.7 Exercícios Propostos ............................................................................................. 143

11 Oscilações Mecânicas ......................................................................................................... 145

11.1 Oscilações mecânicas ............................................................................................... 145

11.2 Principais osciladores mecânicos ............................................................................. 145

TURMA DOS REVOLTADOS


11.2.1 Pendulo gravítico simples ..................................................................................... 145

11.2.2 Pêndulo elástico .................................................................................................... 145

11.3 Ondas periódicas....................................................................................................... 146

11.4 Formulas fundamentais das oscilações mecânicas ................................................... 147

11.5 Equação geral duma onda ......................................................................................... 147

11.6 Equação e gráfico da elongação em função do tempo.............................................. 148

11.7 Equação e gráfico da velocidade em função do tempo ............................................ 148

11.8 Equação e gráfico da aceleração em função do tempo ............................................. 149

11.9 Exercícios Propostos................................................................................................. 151

12 Física Moderna.................................................................................................................... 152

12.1 Onda electromagnética ............................................................................................. 152

12.2 Espectro das ondas electromagnéticas...................................................................... 152

12.3 Leis da radiação do corpo negro (Lei de Wien e Lei de Stefan-Boltzmann) ......... 153

12.4 Lei de Wien .............................................................................................................. 153

12.5 Lei de Stefan – Boltzmann ....................................................................................... 154

12.6 Exercícios Propostos................................................................................................. 155

12.7 Fisica Atomica .......................................................................................................... 156

12.7.1 Teoria de Max Planck ........................................................................................... 156

12.7.2 Emissão termoelétrica ........................................................................................... 156

12.7.3 Emissão fotoeléctrica ............................................................................................ 157

TURMA DOS REVOLTADOS


12.7.4 Produção dos raios X ............................................................................................ 160

12.7.5 Átomo de hidrogénio ............................................................................................ 161

12.7.6 Exercícios Propostos ............................................................................................. 164

12.8 Fisica Nuclear ........................................................................................................... 165

12.8.1 Desintegração alfa................................................................................................. 167

12.8.2 Desintegração Beta ............................................................................................... 167

12.8.3 Desintegração gama .............................................................................................. 168

12.8.4 Energia de ligação dos núcleos atómicos e defeito de massa ............................... 168

12.8.5 Desintegração radioactiva ..................................................................................... 169

12.8.6 Reacção de fissão e fusão ..................................................................................... 171

12.8.7 Exercícios Propostos ............................................................................................. 172

13 Exames Resolvidos ............................................................................................................. 174

13.1 Exame 2015 .............................................................................................................. 174

13.2 Exame 2016 .............................................................................................................. 193

13.3 Exame 2017 .............................................................................................................. 211

13.4 Exame 2018 .............................................................................................................. 225

13.5 Exame 2019 .............................................................................................................. 245

13.6 Exame 2020 .............................................................................................................. 266

14 Livros Usados ..................................................................................................................... 285

15 Sobre nós............................................................................................................................. 286

TURMA DOS REVOLTADOS


1 Introdução

Anualmente os jovens pré-universitários têm o grande desafio; realizar com sucesso o exame de
admissão. O autor deste manual observou e analisou que muitos candidatos aos exames de
admissão para o ensino superior enfrentam grandes dificuldades nesta disciplina por dois motivos:
primeiro, os professores do ensino pré-universitário tornam esta disciplina algumas vezes
inapetecível, inclusive o autor foi vítima. E o segundo motivo é facto dos manuais desta disciplina
apresentarem uma abordagem um pouco difícil de perceber e com poucos exemplos.

Neste contexto, como forma de solucionar de uma vez por todas estas dificuldades elaborou-se
este manual. Inicialmente, são apresentados os conceitos de cada capítulo, exemplos e exercícios
propostos para melhorar a compreensão. Por fim, foram anexados exames resolvidos de 2015 a
2020 parar potencializar a preparação do estudante.

Recomenda-se que o estudante devore o manual na ordem que os conteúdos formam organizados.
Bons estudos e sucessos!

Texto Elaborado pelo Autor

TURMA DOS REVOLTADOS


2 Cinemática

A Cinemática é o ramo da física que se ocupa da descrição dos movimentos de pontos, corpos ou
sistemas de corpos (grupos de objetos), sem se preocupar com a análise de suas causas. A descrição
dos movimentos dá-se através das grandezas físicas como posição (s), velocidade (v) e aceleração
(a).

2.1 Grandezas Escalares e Grandezas Vetoriais

Existem grandezas na Ciência que ficam bem determinadas apenas com o fornecimento de seu
valor numérico (módulo) e sua respectiva unidade, como o volume, a massa, a temperatura e os
intervalos de tempo. Essas grandezas são denominadas grandezas escalares.

Outra classe de grandezas, as grandezas vetoriais, exige que informemos algo a mais além de seu
módulo: sua direção e seu sentido.

Exemplos:

• Quando subimos numa balança e vemos registrado nela 60 kg, esta informação já é suficiente
para nós. Portanto a massa é uma grandeza escalar.
• Agora quando um agente da polícia nos encontra numa certa paragem e nos pergunta se vimos
um carro vermelho e nós afirmamos que sim e que este carro estava a 80 km/h, será que esta
informação é suficiente para a polícia começar a perseguir os ladrões? Claro que não! Temos
que oferecer o dado sobre o sentido (o carro movia-se em direcção a cidade – da esquerda para
direita) e também o dado sobre a direcção (horizontal – lógico, uma vez que os carros não
voam ).

2.2 Diferença entre Distância Percorrida e Deslocamento

Os conceitos de distância percorrida e de deslocamento são diferentes. Por exemplo, ao


realizarmos uma volta completa ao mundo, tendo como ponto de partida e de chegada a mesma
posição, nosso deslocamento será nulo, em contrapartida à distância percorrida, que não será nula.

TURMA DOS REVOLTADOS


No exemplo descrito acima, o deslocamento é nulo porque a pessoa começou o seu percurso e
terminou-o no mesmo ponto. Logo, fica evidente que a pessoa não se afastou em relação a sua
posição inicial do movimento.

2.2.1 Distância Percorrida

D –A Distância Percorrida por um corpo ao longo do seu movimento é a medida da linha de


trajectória do corpo. Imagina que consegues "esticar" a linha de trajectória do corpo e medir essa
mesma linha. A medida obtida corresponde ao valor da Distância Percorrida pelo corpo.

Quando o automóvel chega à casa B, o "conta-quilómetros" do carro marca 50 Km. Essa é a medida
da linha de trajectória e por isso corresponde à distância percorrida pelo automóvel.

2.2.2 Deslocamento

O Deslocamento de um corpo é determinado medindo em linha recta a diferença entre o ponto de


partida e o ponto de chegada.

Voltando ao exemplo anterior, o ponto de partida do automóvel é o ponto A, enquanto o ponto de


chegada é o ponto B. O Deslocamento efectuado pelo corpo é a medida em linha recta da diferença
entre estes dois pontos.

TURMA DOS REVOLTADOS


Assim, e observando a figura, apesar de o automóvel ter percorrido uma Distância de 50 Km, o
seu Deslocamento é apenas de 30 Km. Deslocou-se apenas 30 Km face à posição inicial. Para
determinar o Deslocamento de um corpo, não precisamos saber qual a trajectória do corpo, nem
precisamos saber por onde o corpo passou. Basta saber de onde partiu e onde chegou.

Cálculo do deslocamento

∆𝑆 = 𝑆𝑓 − 𝑆𝑖

∆𝑆 - Deslocamento

𝑆𝑓 - Posição final

𝑆𝑓 - Posição inicial

NOTA: Quando um corpo descreve um movimento retilíneo, sem inversão de sentido, a distância
percorrida coincide com o valor do deslocamento.

Exemplo 1: UEM 2016 N.2

O gráfico representa a velocidade escalar de um corpo, em função do tempo. Qual


é, em metros, o espaço percorrido pelo corpo no intervalo entre 0s e 20s?

A. 0 B. -100 C. -200 D. 500 E. 1000

Resolução:

A área do gráfico da velocidade em função do tempo no movimento MRU fornece o espaço


b∗h
percorrido. Como trata-se de área triangular, usaremos a expressão: A =
2

TURMA DOS REVOLTADOS


100∗10
• Cálculo da área de 0 a 10s: 𝐴1 = = 500𝑚
2
100∗10
• Cálculo da área de 10 a 20s: 𝐴2 = = 500𝑚
2

A distância percorrida é igual a soma das duas áreas, logo 1000 m.

O deslocamento é a diferença das duas áreas, logo 0 m.

• Uma vez que nos pedem o espaço percorrido, então a opção correcta é E.

NB: o significado da velocidade negative (-100m/s) é que o móvel está a se opor ao sentido do
movimento escolhido ou está a se opor ao sentido de referência.

Movimento Rectilíneo Uniforme

Quando um corpo se desloca com velocidade constante, ao longo de uma trajectória rectilínea,
dizemos que o seu movimento é Rectilíneo uniforme (a palavra “uniforme” indica que o valor da
velocidade permanece constante).

Como exemplo, suponhamos que um automóvel se movendo em uma estrada plana e recta, com
seu velocímetro indicando sempre uma velocidade de 60 km/. Como você sabe, isto significa que:

• em 1,0 h o carro percorrerá 60 km


• em 2,0 h o carro percorrerá 120 km
• em 3,0 h o carro percorrerá 180 km etc.

Observe que, para obter os resultados mencionados, você intuitivamente foi acrescentando 60 km
a cada acréscimo de 1,0 h no tempo de percurso. Você poderia, então, chegar aos mesmos valores
da distância percorrida multiplicando a velocidade pelo tempo gasto no percurso. Portanto,
representando por:

𝑆 – espaço percorrido

𝑣 – velocidade (constante)

𝑡 – tempo gasto para percorrer o espaço S

TURMA DOS REVOLTADOS


Podemos escrever

𝑆 = 𝑣𝑡

2.3 Movimento Rectilíneo Uniforme


No MRU, um corpo se desloca com velocidade constante, ao longo de uma trajetória retilínea.

∆𝑠
𝑣=
∆𝑡

Exemplo 2:

Um carro de passeio percorre 30 km em 20 min. Determine sua velocidade escalar média nesse
percurso.

Resolução:

1
A variação do espaço do carro foi ∆𝑠 = 30 km e o intervalo de tempo foi ∆𝑡 = 20𝑚𝑖𝑛 = ℎ.
3

Assim, a velocidade escalar média será:

∆𝑠 30
𝑣= = → 𝑣 = 90𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡 1
3

2.3.1 Velocidade média


A velocidade media é calculada quando um corpo faz trajectórias com diferentes velocidades.

Ela é calculada usando a seguinte fórmula:

𝑆𝑡
𝑣𝑚 =
𝑡𝑡

TURMA DOS REVOLTADOS


Onde: 𝑆𝑡 é o espaço total percorrido

𝑡𝑡 é o tempo total do percurso

Como este percurso foi feito com velocidades diferentes, então:

𝑆1 + 𝑆2
𝑣𝑚 =
𝑡1 + 𝑡2

O tempo (𝑡1 ou 𝑡2) ou o espaço (𝑠1 𝑜𝑢 𝑠2) pode ser obtido da seguinte forma:
𝑠
Uma vez que: 𝑣 = , então:
𝑡

𝑆1 = 𝑣1∗𝑡1

𝑆2 = 𝑣2∗𝑡2

Exemplo 3:

Um “chapa” percorre a distância de 480 km, entre Museu e Jardim, com velocidade escalar média
de 60 km/. De Jardim a Zimpeto, distantes 300 km, “chapa” desenvolve a velocidade escalar média
de 75 km/h. Qual é a velocidade escalar média do “chapa” no percurso de Museu a Zimpeto?

Resolução

Devemos calcular os intervalos de tempo que o chapa gasta para percorrer cada um dos trechos:
Museu – Jardim:

𝑆1 𝑆1 480
𝑣1 = → 𝑡1 = = → 𝑡1 = 8ℎ
𝑡1 𝑣1 60

Jardim – Zimpeto:

𝑆2 𝑆2 300
𝑣2 = → 𝑡2 = = → 𝑡2 = 4ℎ
𝑡2 2 60

TURMA DOS REVOLTADOS


Portanto, a variação do espaço e o intervalo de tempo entre Museu e Zimpeto valem,
respectivamente:

𝑆𝑡 = 𝑆1 + 𝑆2 = 480 + 300 → 𝑆𝑡 = 780 𝑘𝑚

𝑡𝑡 = 𝑡1 + 𝑡2 = 8 + 4 → 𝑆𝑡 = 12 ℎ

𝑆𝑡 780
𝑣𝑚 = = = 65𝑘𝑚/ℎ
𝑡𝑡 12

Exemplo 4:

A velocidade escalar média de um móvel durante a metade um percurso é 30 km/h e esse mesmo
móvel tem a velocidade escalar média de 10 km/h na metade restante desses mesmo percurso.
Determine a velocidade escalar média do móvel no percurso total.

Resolução

Chamemos 2d a distância total do percurso e d a metade do


percurso. Seja t1 o intervalo de tempo gasto pelo móvel na
primeira metade e t2 o intervalo na segunda metade. Na primeira
metade a velocidade escalar média é 30 km/h:

𝑑 𝑑
30 = → 𝑡1 =
𝑡1 30

Na segunda metade a velocidade escalar média é 10 km/h:

𝑑 𝑑
10 = → 𝑡2 =
𝑡2 10

O intervalo de tempo total gasto no percurso AB (AB = 2d) é:

𝑑 𝑑 4𝑑
∆𝑡 = 𝑡1 + 𝑡2 = + → ∆𝑡 =
30 10 30

A velocidade escalar média procurara é:

𝑆𝑡 2𝑑
𝑣𝑚 = = → 𝑣𝑚 = 15𝑘𝑚/ℎ
𝑡𝑡 4𝑑
30

TURMA DOS REVOLTADOS


2.3.2 Função horaria do MU
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝒕
Onde: v – velocidade
t – tempo
s0 – espaço inicial
O espaço inicial é obtido quando o tempo é nulo (t=0).
O movimento é chamado progressivo quando o móvel caminha a favor da
orientação da trajetória. Seus espaços crescem no decurso do tempo e sua velocidade
escalar é positiva (v >0).
o movimento é chamado regressivo quando o móvel caminha contra a orientação
positiva da trajetória. Seus espaços decrescem no decurso do tempo e sua velocidade
escalar é negativa (v<0).

Exemplo 5:

Um móvel realiza um movimento uniforme num determinado referencial. Seus espaços variam
com o tempo segundo os dados da tabela:

t(s) 0 1 2 3 4

S(s) 20 28 36 44 52

a) Determine o espaço inicial so e velocidade escalar v do movimento.


b) O movimento é progressivo ou regressivo?

TURMA DOS REVOLTADOS


c) Qual é a função horária do movimento?

Resolução

a) Da tabela observamos que no instante t = 0 o espaço do móvel é: so = 20 m


Para o cálculo da velocidade escalar do movimento basta observar na tabela que, para cada
intervalo de tempo igual a 1s, a variação do espaço do móvel é de 8 m. Assim, temos ∆𝑡 =
1s e ∆𝑠 = 8m, vem:
∆𝑠 8
𝑣= = = 8𝑚/𝑠
∆𝑡 1
b) Sendo v = 8 m/s > 0, concluímos que o movimento é progressivo. Os espaços crescem no
decurso do tempo e o móvel caminha a favor da orientação positiva da trajectória.
c) A função horária do movimento uniforme é 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡. Sendo so = 20 m e v = 8m/s, logo:
𝑆 = 20 + 8t (𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑒 𝑡 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)

Exemplo 6:
É dada a função horária S = 20 – 4t (para t em h e s em km), que descreve o movimento de um
ponto material num determinado referencial. Os espaço s são medidos numa trajetória a partir do
marco zero. Determine:

a) O espaço inicial e a velocidade escalar;


b) O tipo de movimento e se ele é progressivo ou regressivo
c) O espaço do móvel quando t = 2h;
d) O instante quando o móvel está na posição cujo espaço igual a 8 km;
e) O instante em que o móvel passa pela origem dos espaços (marco zero).
Resolução
a) e b) O movimento é uniforme, pois sua função horária é do primeiro grau em t:
𝑆 = 𝑆𝑜 + vt
𝑆 = 20 − 4t
Nessa expressão, so = 20 km (no instante inicial o móvel está a 20 km do marco zero da
trajetória) e v = - 4km/h constante com o tempo; seu sinal negativo significa que o
movimento é regressivo, isto é, o móvel caminha no sentido contrário ao da orientação da
trajetória, aproximando-se do marco zero.

10

TURMA DOS REVOLTADOS


c) Substituindo t por 2h em s = 20 – 4t, vem: s = 20 – 4.2 = 12 km
d) Substituindo s por 8 km em s = 20 – 4t, temos: 8 = 20 – 4t → 4t = 12 → t = 3h
e) O móvel passa pela origem dos espaços quando seu espaço s é nulo, isto é, s = 0
𝐸𝑚 𝑠 = 20 − 4𝑡, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 0 = 20 − 4𝑡 → 4𝑡 = 20 → 𝑡 = 5ℎ

Exemplo 7:
Dois móveis A e B percorrem a mesma trajetória e seus espaços são medidos a partir de uma
origem comum. Suas funções horárias, para s em metros e t em segundos, são: 𝑆𝐴 = 10 + 2𝑡 e
𝑆𝐵 = 40 − 4𝑡.
Determine:
a) o instante do encontro;
b) a posição do encontro.
Resolução
a) Na figura ao lado representamos as posições das móveis no instante t = 0.
O espaço inicial de A é 10 m e seu movimento progressivo é (v = +2 m/s).
O espaço inicial de B é 40 m e seu movimento regressivo é (v = - 4m/s).
No instante do encontro os móveis têm espaços iguais, independentes de
quanto cada qual percorreu:
𝑆𝐴 = 𝑆𝐵
10 + 2𝑡 = 40 − 4𝑡 → 6𝑡 = 30 → 𝑡 = 5𝑠 (𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜)
b) Substituindo t por 5s em qualquer uma das funções horárias, obtemos a posição do
encontro:
𝑆𝐴 = 10 + 2 ∗ 𝑡 → 𝑆𝐴 = 20𝑚
𝑆𝐵 = 40 − 4 ∗ 𝑡 → 𝑆𝐵 = 20𝑚
2.3.3 Exercícios Propostos
1. Um móvel percorre uma distância de 1200m em 4 min. Qual é a velocidade escalar
média. (sol: 5m/s)
2. Um ônibus passa pelo km 30 de uma rodovia às 6h e às 9h30 passa pelo km 240. Qual é a
velocidade escalar média, em km/h, desenvolvida pelo ônibus nesse intervalo de tempo?
A. 30 B. 60 C. 90 D. 120 E. 150
3. Um móvel realiza um movimento uniforme num determinado referencial. Seus espaços
variam com o tempo segundo os dados da tabela:

11

TURMA DOS REVOLTADOS


Qual é a função horária do movimento?
A. s = 20 + 8t B. s = 20 + 10t C. s = 8 + 20t D. s = 10 + 8t
4. Dois móveis percorrem a mesma trajectória e seus espaços estão medidos a partir do
marco escolhido na trajectória. Suas funções horárias são: SA = 30 – 80t e SB = 10 + 20t
Nessas funções, t é o tempo em horas e SA e SB são os espaços em quilômetros.
Determine os instantes e a posição do encontro (sol: 0.2h; 14km)
5. Um carro percorreu 1 km com velocidade média de 40 km/h e o quilômetro seguinte com
velocidade média de 60 km/h. A sua velocidade média no trajeto todo, em quilômetros
por hora, foi de:
a) 40 b) 48 c) 50 d) 55 e) 60

2.4 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado


Lei da aceleração: define-se aceleração como a variação da velocidade por unidade de tempo.
Verifica-se que:

No MRUV, a aceleração é constante em direcção, sentido e modulo.

∆𝑣
𝑎=
∆𝑡

Exemplo 1: UEM 2014 NR 4

Um fabricante informa que um carro, partindo do repouso, atinge 108 km/h em 10 segundos. A
melhor estimativa para o valor da aceleração nesse intervalo de tempo, em m/s2, é:

A. 3.10-3 B. 2.8 C. 3 D. 9.8 E. 10,8

Resolução:

A velocidade é dada em km/h e deve ser convertida para m/s. Para tal, deve ser dividida por 3.6

108
= 30 𝑚/𝑠
3.6

∆𝑣 30
𝑎= = = 3𝑚/𝑠 2
∆𝑡 10

Tipos de movimentos

12

TURMA DOS REVOLTADOS


No movimento variado, pode encontrar-se:

• Movimento uniformemente acelerado: quando o modulo da velocidade aumenta


uniformemente com o tempo.
• Movimento uniformemente retardado: quando o modulo da velocidade diminui
uniformemente com o tempo.

2.4.1 Função horaria da velocidade e do espaço

1
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2

𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡

2.4.2 Equação de Torricell

𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑎𝑆

Exemplo 2:

É dada a função v = 12 -2t, na qual t é medido em segundos e v em metros por segundo. Determine
a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar do movimento.

Resolução:

O movimento proposto é MUV, pois sua velocidade escalar varia em função do tempo de acordo
com uma função do tipo 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡.

Comparando 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 com 𝑣 = 12 − 2𝑡 e identificando cada termo, obtemos:

𝑣𝑜 = 12𝑚/𝑠 𝑒 𝑎 = 2𝑚/𝑠 2

A aceleração escalar do movimento é constante (definição do MUV) e igual a – 2 m/s2.

Exemplo 3:

É dado o movimento cujo espaço s, medido na trajetória (em metros) a partir de uma origem, varia
em função do tempo conforme:

13

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑡2
𝑆 = 10 − 2𝑡 + (𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑡 𝑒𝑠𝑡ã𝑜 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)
2

a) Determine o tipo geral do movimento;


b) Determine o espaço e a velocidade inicial, e a aceleração escalar;
c) Determine a função da velocidade escalar em relação ao tempo.

Resolução

a) O movimento proposto é MUV, pois seus espaços variam com o tempo, de acordo com
uma função do 2º grau em t.
1 𝑡2
b) Comparando 𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 com 𝑆 = 10 − 2𝑡 + e identificando cada termo,
2 2

obtemos:

𝑆𝑜 = 10 𝑚 𝑣0 = −2𝑚/𝑠 𝑎 = −1 𝑚/𝑠 2

c) A função da velocidade escalar é do tipo 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡, na qual 𝑣𝑜 = −2𝑚/𝑠 e a = 1 m/s2


𝑣 = −2 + 𝑡 (𝑡 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑒 𝑣 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)
Exemplo 4:
Um móvel descreve um MUV numa trajetória rectilínea e os seus espaços variam no tempo
de acordo com função horária: S = 9 + 3t – 2t2 (t em segundos e s em metros)
Determine:
a) a função da velocidade escalar;
b) o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços.

Resolução

1
a) Comparando a função dada S = 9 + 3t – 2t2 com 𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 , obtemos So = 9 m,
2

vo = 3 m/s e a = - 4m/s2. A função v = vo + at fica:

𝑣 = 3 − 4𝑡 (𝑡 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑒 𝑣 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)

b) O móvel passa pela origem dos espaços (marco zero) quando seu espaço S = 0.
Substituindo esse valor em S = = 9 + 3t – 2t2, vem:
0 = 9 + 3t – 2t2

14

TURMA DOS REVOLTADOS


Determinando t1 e t2, temos:

t1 = 3s e t2 = -1.5s

O móvel passa pela origem dos espaços nos instantes t1 = 3s e t2 = -1.5s. Esta segunda resposta
significa 1,5 s antes do instante t = 0s.

Admitindo – se que a função horária seja definida apenas para instantes posteriores, t = 0s, então
só a primeira solução (3s) é a resposta.

Exemplo 5:
Um ponto material parte do repouso com movimento uniformemente acelerado escalar a = 5 m/s2.
Quais são os valores de sua velocidade e de seu espaço após 10 s?
Resolução
O móvel parte de repouso. Portanto, sua velocidade inicial é vo = 0. Vamos convencionar que no
instante inicial o móvel se encontrava na própria origem dos espaços. Assim so = 0; vo = 0 (parte
do repouso); a = 5 m/s2.
Substituindo esses valores nas funções horárias, para t = 10s, temos:

1 5
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 → 𝑆 = ∗ 102 → 𝑺 = 𝟐𝟓𝟎 𝒎
2 2

𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 → 𝑣 = 5 ∗ 10 → 𝒗 = 𝟓𝟎𝒎/𝒔

Exemplo 6:

Um carro a 90 km/h é freado uniformemente com a aceleração de 2,5 m/s2 (em módulo) até parar.
Determine a variação do espaço do móvel desde o início da frenagem até parar.

Resolução

Inicialmente vamos converter a velocidade de km/h para m/s:

90
𝑣𝑜 = 90𝑘𝑚/ℎ = = 25𝑚/𝑠
3.6

15

TURMA DOS REVOLTADOS


A aceleração de retardamento é a = - 2.5 m/s2 (negativa, pois o movimento é retardado e, portanto,
vo e a devem ter sinais contrários). A velocidade final v é nula, pois o móvel para ao fim do
percurso. Assim:

𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑎𝑆 → 0 = 252 − 2 ∗ 2.5 ∗ 𝑆 → 𝑺 = 𝟏𝟐𝟓𝒎

2.4.3 Exercícios Propostos


1. Partindo do repouso, um avião percorre a pista com aceleração constante e atinge a
velocidade de 360 km/h em 25 s. Qual o valor da aceleração, em m/s2?
a) 9,8 b) 7,2 c) 6,0 d) 4,0 e) 2,0
2. Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2 m/s2. Pode-se dizer
que sua velocidade e a distância percorrida, após 3 s, valem, respectivamente:
a) 6 m/s e 9 m. b) 6 m/s e 18 m. c) 3 m/s e 12 m.
d) 12 m/s e 36 m. e) 2 m/s e 12 m
3. Um trem corre a 20 m/s quando o maquinista vê um obstáculo 50 m à sua frente. A
desaceleração mínima (em m/s2) que deve ser dada ao trem para que não haja uma
colisão é de:
a) 4 b) 2 c) 1 d) 0,5 e) 0
4. Uma partícula que se move com aceleração constante de -4,5 m/s2 reduz a sua velocidade
inicial para a metade do seu valor enquanto percorre 27 m. A velocidade inicial vale, em
m/s:
a) 24 b) 20 c) 18 d) 15 e) 12
5. Um corpo descreve um movimento regido pela função horária S = 20 t - 2 t2, sendo S
medido em metros e t medido em segundos. No instante t = 3 s, sua velocidade é, em m/s,
de:
a) 8 b) 14 c) 20 d) 42 e) 60

16

TURMA DOS REVOLTADOS


2.5 Gráficos
2.5.1 Gráficos do MRU

Gráfico S x t Gráfico S x t

O espaço ou a posição varia em função do tempo. Em qualquer instante de t empo, a velocidade é


constante

O gráfico 𝑣𝑥𝑡 nos fornece o valor da área.

Exemplo 8:

Um ponto material movimenta-se segundo a função S = 12 – 4t (t em segundos, s em metros).

Faça os gráficos do espaço, da velocidade escalar e da aceleração escalar em função do tempo


desse movimento.

Resolução:

O movimento proposto é uniforme:

𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡

𝑆 = 12 − 4𝑡 (𝑆𝑜 = 12𝑚 𝑒 𝑣 = −4𝑚/𝑠)

Tabelando alguns valores da função S = 12 – 4t, temos:

17

TURMA DOS REVOLTADOS


t(s) 0 1 2 3 4

S(s) 12 8 4 0 -4

Em t = 3s temos S = 0. Nesse instante o móvel passa pela origem O dos espaços.

Observe que S = f(t) é decrescente (a velocidade escalar é negativa).

Como o movimento é uniforme, a aceleração escalar é nula para qualquer instante.

Exemplo 9:

O gráfico corresponde ao movimento de um ponto material que se move em linha recta.

a) Classifique o movimento nos intervalos (0-2,5)s e (2,5-5)s.

b) Calcule os valores da aceleração nos intervalos (0-2,5)s e (2,5-5)s.

c) Qual é a distância percorrida pelo ponto material no intervalo (0-2,5)s?

Solução

a) O movimento de (0 – 2.5)s é MRU porque a sua velocidade é constante e de (2.5-5)s o


movimento é rectilíneo uniformemente retardado porque a sua velocidade diminui com o passar
do tempo.

18

TURMA DOS REVOLTADOS


b) De (0-2.5)s a aceleração é zero porque a velocidade não varia (MRU) e de (2.5-5)s

𝑣2 − 𝑣1 0 − 10 10
𝑎= = =− = −4𝑚/𝑠 2
𝑡2 − 𝑡1 5 − 2.5 2.5

c) O gráfico da velocidade em função do tempo (vxt) nos fornece o valor da distância


percorrida. Como podemos ver no gráfica acima, trata-se de um trapézio cuja a fórmula da
área é:
(𝐵 + 𝑏) (5 + 2.5)
𝑆=𝐴= ∗ℎ = ∗ 10 = 37.5𝑚
2 2

2.5.2 Gráficos do Movimento Variado

Vxt axt

Exemplo 8:

É dado o gráfico da velocidade escalar de m móvel em função do tempo.

Determine:

a) A aceleração escalar do movimento;


b) A variação do espaço entre 0 e 4s.

Resolução:

a) A aceleração escalar é numericamente igual:

19

TURMA DOS REVOLTADOS


∆𝑣 16
𝑎= = = 4𝑚/𝑠 2
∆𝑡 4
b) A variação do espaço entre 0 e 4s é numericamente igual à área A do triângulo destacado:
16∗4
𝐴= = 32 → ∆𝑆 = 32 𝑚
2

2.5.3 Exercícios Propostos

1. O gráfico ilustra o movimento de um ponto material que se move numa trajectória


rectilínea. Qual é, em metros, o espaço percorrido pelo móvel no intervalo 0 – 12s?
A. 9
B. 18
C. 27
D. 45
2. Um corpo se move em trajetória retilínea durante 2,0 s
conforme o gráfico ao lado. Analise as alternativas a seguir:

I – Ao final do movimento, o corpo terá percorrido 25 m.

II – Sua velocidade final é de 40 m/s e a velocidade média no


percurso foi de 25 m/s.

III – A aceleração entre t = 1,0 s e t = 2,0 s foi de 10 m/s2.

Assinale:

a) se todas as alternativas são corretas. b) se todas as alternativas são falsas.

c) se apenas as afirmativas I e II são corretas. d) se apenas as afirmativas II e III são corretas.

e) se apenas as afirmativas I e III são corretas

20

TURMA DOS REVOLTADOS


3. Dado o gráfico da velocidade escalar v = f(t), determine:

a) A aceleração escalar do movimento de 0 a 2s e de 2s a


6s; (sol: 2m/s2; -1m/s2)

b) A variação do espaço de 0 a 6s; (12m)

c) A velocidade escalar média no intervalo d 0 a 6s; (2m/s)

4. A curva da figura que melhor representa a equação paramétrica


S (t) = 6 + 3t – 3t2, é:

A. P B. Q C. R D. S E. T

5. A figura mostra o gráfico do espaço em função do tempo de


um dado móvel.

Qual é a equação dos espaços do respectivo móvel?

A S = 10 + 2t B S = 20 + 2t C S = 5 + 10t D S = 10 + 5t

21

TURMA DOS REVOLTADOS


2.6 Queda livre e Lançamento Vertical
2.6.1 Queda livre

É o termo utilizado para descrever o movimento de um corpo que cai, sujeito


somente à força gravitacional terreste. Este movimento se caracteriza pela
aceleração constante que os corpos em queda livre apresentam nas
proximidades da superfície terrestre.

Se todos os corpos que caem o fazem com a mesma aceleração, pode-se


concluir que todos levam o mesmo tempo para cair de certa altura até o solo,
e, portanto, os movimentos de que são idênticos. Isso ocorre porque a
descrição de um MRUV, só depende da aceleração e da velocidade inicial do
corpo, cujo valor é zero (𝑣0=0).

2.6.2 Equações de queda livre

Das equações do movimento variado, no lugar de s (espaço) colocamos h (altura) e no lugar de a


(aceleração linear) substituímos por g (aceleração de gravidade):

1
ℎ = ℎ𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2

1
𝐹𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 ℎ𝑜 = 0 𝑒 𝑣𝑜 = 0 → ℎ = 𝑔𝑡 2
2

𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑔𝑡 → 𝑣 = 𝑔𝑡

𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑔∆ℎ → 𝑣 2 = 2𝑔∆ℎ

Exemplo 1:

Abandona-se uma pedra do alto de um edifício e esta atinge o solo 4 s depois. Adote g = 10 m/s2
e despreze a resistência do ar. Determine:

a) a altura do edifício;
b) o módulo da velocidade da pedra quando atinge o solo.

22

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

Orientemos a trajectória para baixo (𝑎 = +𝑔 = 10𝑚/𝑠 2 ) a partir do


ponto de abandono da pedra vo = 0, so = 0).

1 1
ℎ = ℎ𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑔𝑡 2 → ℎ = 10𝑡 2 → ℎ = 5𝑡 2
2 2

𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑔𝑡 → 𝑣 = 10𝑡

Quando t = 4s, vem:

ℎ = 5𝑡 2 = 5 ∗ 42 → ℎ = 80𝑚

𝑣 = 10𝑡 = 10 ∗ 4 → 𝑣 = 40𝑚

2.6.3 Exercícios Propostos


1. Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma altura de 20 m. Despreza-se a resistência do
ar e adota-se g = 10 m/s2. A velocidade da pedra ao atingir o solo e o tempo gasto na
queda valem, respectivamente:
a) v = 20 m/s e t = 2 s. b) v = 20 m/s e t = 4 s.
c) v = 10 m/s e t = 2 s. d) v = 10 m/s e t = 4 s.
2. Uma esfera de aço cai, a partir do repouso, em queda livre de uma altura de 80 m.
Considerando g = 10 m/s2, o tempo de queda é:
a) 8 s b) 6 s c) 4 s d) 2 s e) 1 s
3. Um objecto é abandonado de um ponto situado a 20m do solo. Desprezando o efeito do ar
e considerando g = 10m/s2, determine a velocidade com que o objecto atinge o solo.
(sol: 20 m/s)
4. Deixa-se cair um corpo de uma altura de 44,1m num lugar onde g = 9,8 m/s2. Quanto
tempo leva para atingir o solo?
A1 B2 C3 D4
5. Qual é em metros a altura a que se deve deixar cair um corpo para que chegue ao solo com
uma velocidade de 10 m/s? Despreza-se a resistência do ar. (g = 10 m/s2)
A1 B4 C5 D 10

23

TURMA DOS REVOLTADOS


2.6.4 Lançamento Vertical

No lançamento, o corpo parte do solo ou de uma certa altura para


cima. No instante do lançamento, o corpo tem uma velocidade inicial
𝑣0. A medida que ele sobe vai perdendo essa velocidade até atingir a
altura máxima (quanto a velocidade o corpo é nula). No lançamento
vertical, o sentido do movimento se opõe com o sentido da força de
gravidade. Sendo assim, têm-se as seguintes equações:

1
ℎ = ℎ𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 − 𝑔𝑡 2
2
SINAL NEGATIVO NESTAS EQUAÇÕES
𝑣 = 𝑣𝑜 − 𝑔𝑡 PORQUE O SENTIDO DO MOVIMENTO SE
OPÕE A ACELERAÇÃO DE GRAVIDADE
2 2
𝑣 = 𝑣𝑜 − 2𝑔∆ℎ

2.6.4.1 Determinação da altura máxima

A altura máxima obtém-se quando o corpo atinge o ponto mais alto da sua trajectória. Nesse
instante, a sua velocidade é igual a zero (v = 0).

𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 − 2𝑔∆ℎ, 𝑣 = 0

0 = 𝑣𝑜 2 − 2𝑔∆ℎ → 2𝑔∆ℎ = 𝑣𝑜 2

𝑣𝑜 2
ℎ𝑚𝑎𝑥 =
2𝑔

Exemplo 2:

Um móvel é atirado verticalmente para cima, a partir do solo, com velocidade inicial de 50 m/s.
Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s2. Determine:

a) As funções horárias do movimento;

24

TURMA DOS REVOLTADOS


b) O tempo de subida, isto é, o tempo para atingir a altura máxima;
c) A altura máxima;
d) Em t = 6s, contados a partir do instante de lançamento, o espaço do móvel e o sentido do
movimento;
e) O instante e a velocidade escalar quando o móvel atinge o solo.

Resolução

Orientação da trajectória para cima (vo > 0). A aceleração é negativa (𝑎 = −𝑔 =


10𝑚/𝑠 2 ) durante todo o movimento. Origem dos espaços: no solo. Origem dos
tempos: contados do início do lançamento, o que determina so = 0.

a) As funções são:

1 1
ℎ = ℎ𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 − 𝑔𝑡 2 → ℎ = 50𝑡 − 10𝑡 2 → ℎ = 50𝑡 − 5𝑡 2
2 2

𝑣 = 𝑣𝑜 − 𝑔𝑡 → 𝑣 = 50 − 10𝑡
b) Quando o móvel atinge a altura máxima, ele muda de sentido (v = 0). Assim, temos:
𝑣 = 50 − 10𝑡 → 0 = 50 − 10𝑡 → 𝑡 = 5𝑠 (𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎)
c) Vamos determinar a altura máxima a partir da expressão da função horária da altura,
substituindo t por 5s

ℎ = 50𝑡 − 5𝑡 2 → ℎ = 50 ∗ 5 − 5 − 52 → ℎ𝑚𝑎𝑥 = 125𝑚

O mesmo resultado poderia ser obtido pela equação de Torricell, se não tivéssemos o tempo
de subida:

𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 − 2𝑔∆ℎ → 0 = 502 − 2 ∗ 10 ∗ ℎ𝑚𝑎𝑥 → ℎ𝑚𝑎𝑥 = 125𝑚

d) Espaço do móvel em t = 6s, substituindo esse valor, na expressão abaixo, temos:

ℎ = 50𝑡 − 5𝑡 2 = 50 ∗ 6 − 5 ∗ 62 → ℎ = 120𝑚

25

TURMA DOS REVOLTADOS


Em t = 6s o móvel está descendo, pois sabemos que em 5 s mudou de sentido. Podemos
verificar esse facto por meio da função horária da velocidade (v = 50 – 10t). Para t = 6s,
temos:

𝑣 = 50 − 10𝑡 = 50 − 6 ∗ 10 → 𝑣 = −10𝑚/𝑠
Como a velocidade escalar é negativa, o móvel está descendo.
e) Quando o móvel atinge o solo, seu espaço volta a ser nulo. Lembre-se de que o espaço
apenas localiza o móvel ao longo da trajectória. Na função horária do espaço, anulas o
espaço, fazendo h = 0, vem:

A velocidade escalar é:
𝑣 = 50 − 10𝑡 = 50 − 10 ∗ 10 → 𝑣 = −50𝑚/𝑠
Resumo
Queda Livre
Na queda livre, um corpo abandona-se de uma certa altura h e a
partir desse momento, ele começa a cair. Como sabes, o acto de
cair é espontâneo e não é preciso nenhum impulso para tal. Por
isso que a velocidade inicial em queda livre é nula. Em queda
livre, a velocidade e a aceleração de gravidade têm o mesmo
sentido, por isso ao se escrever as equações da queda livre a gravidade deve ser positiva.

Lançamento Vertical
No lançamento vertical, um corpo precisa de um impulso para subir, ou
seja, o corpo precisa de uma velocidade inicial para ele começar a subir.
Portanto, em lançamentos a velocidade inicial é sem diferente de zero.
Segundo a figura ao lado, o corpo atinge a altura máxima quando a sua
velocidade inicial (a velocidade com a qual saiu do solo) se esgota, ou
seja, ela é nula (v = 0). No lançamento vertical, a velocidade e a

26

TURMA DOS REVOLTADOS


aceleração de gravidade têm sentidos contrários, por isso ao se escrever as equações do
lançamento vertical a gravidade deve ser negativa.

2.6.5 Exercícios Propostos

1. Um corpo é atirado verticalmente para cima com velocidade de 40 m/s. Considerando-


se a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, a altura máxima que o corpo atinge, a partir do
ponto de lançamento, é, em metros:

a) 20 b) 40 c) 60 d) 80 e) 160

2. Um corpo é lançado verticalmente para cima, com velocidade inicial de 30m/s. Quanto
tempo, em segundos, gasta para atingir a altura máxima? (g= 10 m/s2)

A1 B2 C3 D4
3. Um corpo é lançado verticamente para cima com velocidade v0=50m/s. Qual é, em
metros, a altura máxima atingida? g = 10 (SI)
A 50 B 125 C 225 D 300

4. O gráfico representa a posição em função do tempo de um corpo que


é lançado verticalmente para cima a partir do solo (g=10m/s2). Qual é a
velocidade do corpo, no SI, no instante t=5s?

A. -10,0 B. -5,0 C. 4,5 D. 5,0 E. 8,0

5. Um corpo lançado verticalmente para cima a partir do solo, atinge a altura máxima em
4s. Qual é a velocidade do corpo no instante t=6s? (g=10m/s2)

A 10 B -10 C 20 D -20

3 Dinâmica

A dinâmica é a parte da física que se preocupa com o estudo dos movimentos e das causas que os
produzem ou modificam.

Força é toda a causa capaz de modificar o estado mecânico dum corpo ou ainda de lhe provocar
deformações.

27

TURMA DOS REVOLTADOS


Quando um corpo é sujeito a várias forças, ele sofre o efeito combinado de todas as forças do
sistema. É possível encontrar uma força única capaz de sozinha produzir o mesmo efeito produzido
pelo sistema. Esta força recebe o nome de força resultante.

3.1 Leis de Newton


3.1.1 1.ª Lei de Newton ou Princípio da Inercia

Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme ou de movimento


uniforme em uma linha recta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas
sobre ele.

3.1.2 2.ª Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica

A resultante das forças que agem sobre uma partícula comunica-lhe uma aceleração constante, que
lhe é proporcional, e que tem a mesma direcção e o mesmo sentido. 𝐹𝑅=𝑚𝑎

3.2 Tipos de forças


3.2.1 Peso de um corpo

Peso de um corpo é a força de atração que a Terra exerce sobre ele. Quando um
corpo está em movimento sob acção exclusiva de seu peso P, ele adquire uma
aceleração denominada aceleração de gravidade g. Sendo m a massa do corpo,
a equação fundamental da Dinâmica F = ma transforma-se em P = mg, pois a
resultante FR é o peso P e a aceleração a é a aceleração da gravidade g:
𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → 𝑃 = 𝑚𝑔

3.2.2 Força de Normal

Considere um bloco apoiado em uma superfície horizontal.

28

TURMA DOS REVOLTADOS


Como o bloco está em repouso, as forças que actuam sobre ele têm resultante nula, isto é, o seu
peso, P, é equilibrado pela reação normal N. da superfície. Esta força é perpendicular a superfície
de apoio. A força normal é igual ao peso.

3.3 Determinação da força resultante

29

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 1:

Nas figuras abaixo, representamos as forças que agem nos blocos (todos e massa igual a 2 kg).
Determine, em cada caso, o módulo da aceleração que esses blocos adquirem.

Resolução

a) Nesse caso, a força F1 é a resultante Fr que produz a aceleração. Pela equação


fundamental da Dinâmica, temos: Fr = ma.
𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → 𝐹1 = 𝑚𝑎 → 4 = 2𝑎 → 𝑎 = 2 𝑚/𝑠 2

b) 𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → 𝐹1 + 𝐹1 = 𝑚𝑎 → 4 + 3 = 2𝑎 → 𝑎 = 3.5 𝑚/𝑠 2

c) 𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → 𝐹1 − 𝐹1 = 𝑚𝑎 → 4 − 3 = 2𝑎 → 𝑎 = 0.5 𝑚/𝑠 2

d) Nesse caso, como F1 e F2 têm direcções diferentes, a força resultante Fr


é obtida com o emprego da regra do paralelogramo.

Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo destacado, temos:

𝐹𝑅 2 = 𝐹1 2 + 𝐹2 2 → 𝐹𝑅 2 = 42 + 32 → 𝐹𝑅 = 5𝑁 → 𝐹𝑅 = 𝑚𝑎 → 5 = 2𝑎 → 𝑎 = 2.5 𝑚/𝑠 2

Exemplo 2:

Um ponto material de massa igual a 2 kg parte do repouso sob a acção de uma força constante de
intensidade 6 N, que actua durante 10 s, após os quais eixa de existir. Determine:

30

TURMA DOS REVOLTADOS


a) A aceleração nos 10 s iniciais;
b) A velocidade ao fim de 10 s.

Resolução

a) De 𝐹𝑅 = 𝑚𝑎, sendo 𝐹𝑅 = 𝐹 = 6𝑁 𝑒 𝑚 = 2𝑘𝑔, vem:

𝐹𝑅 = 𝑚𝑎 → 6 = 2𝑎 → 𝑎 = 3 𝑚/𝑠 2

b) Ao fim de 10 s a velocidade do corpo é: 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 (sendo 𝑣𝑜 = 0, 𝑎 = 3 𝑚/𝑠 2 e t =


10s)
𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 → 𝑣 = 0 + 3 ∗ 10 → 𝑣 = 30𝑚/𝑠

Exemplo 3:

Uma partícula de massa 0.5 kg realiza um movimento rectilíneo uniformemente variado. Num
percurso de 4 m sua velocidade varia de 3 m/s a 5 m/s. Qual é o módulo da força resultante que
age sobre a partícula?

Resolução:

Utilizando a equação de Torricell, podemos determinar a aceleração escalar:

𝑣 2 = 𝑣0 2 + 2𝑎𝑠 → 52 = 32 + 2𝑎 ∗ 4 → 𝑎 = 2𝑚/𝑠 2

Pela equação fundamental da Dinâmica calculamos o módulo da força resultante:

𝐹𝑅 = 𝑚𝑎 → 𝐹𝑅 = 0.5 ∗ 2 → 𝐹𝑅 = 1 𝑁

31

TURMA DOS REVOLTADOS


3.ª Lei de Newton ou Princípio da Acção e Reacção

Se um corpo A exerce uma força sobre outro corpo B, este responde com uma força de igual
modulo e direcção, mas de sentido oposto.

Exemplos:

• Imagine uma pessoa empurrando uma mesa com uma força F1 (acção). A mesa reage e
empurra a pessoa com uma força F2 (reação) igual e contrária a F1. Se a mesa e a pessoa
estiverem sobre uma superfície lisa, observamos que tanto a mesa quanto a pessoa se põem
em movimento, uma em sentido contrário à outra.

• Ao girar, a hélice empurra a água pra trás. A água reage e empurra a hélice para a frente,
fazendo com que o barco se movimente.

32

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 4:

Dois corpos A e B de massas iguais a mA = 2 kg e mB = 4 kg estão apoiados numa superfície


horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga A a B é ideal, isto é, de
massa desprezível e inextensível. A fora horizontal F tem intensidade
igual a 12 N, constante. Determine:

a) a aceleração do sistema
b) a intensidade da força de tração no fio

Resolução

a) Vamos analisar as forças em cada bloco. Em cada corpo o


peso e a normal anulam-se; por isso vamos considerar apenas
as forças horizontais: forças de tracção do fio em A e, em B,
a força F e a força de tração do fio.

Os corpos A e B possuem a mesma aceleração, pois o fio é inextensível: no mesmo intervalo


de tempo, A e B percorrem as mesmas distâncias e atingem a mesma velocidade. Em B, F tem
o mesmo sentido da aceleração enquanto a tração opõe-se a aceleração.

Representando as forças para em cada corpo temos:

𝐴: 𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎

𝐵: 𝐹 − 𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎

Somando as duas equações acima temos:

𝐹 12
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑎 → 𝑎 = = → 𝑎 = 2𝑚/𝑠 2
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 2 + 4

b) Para terminar o valor da tração no fio, vamos considerar a equação do corpo A:

𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎 = 2 ∗ 2 = 4𝑁

33

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 5:

Os corpos A e B da figura têm massas respectivamente iguais a mA = 6 kg e


mB = 2 kg. O plano de apoio é perfeitamente liso e o fio é inextensível e de
peso desprezível. Não há atrito entre o fio e a polia, considerada sem inércia.
Adopte g = 10 m/s2. Determine a aceleração do conjunto e a tração do fio.

Resolução

Consideremos separadamente cada corpo.

Em A, a força normal anula a acção do peso, pois não há movimento


vertical.

Considere o corpo B.

Sua aceleração é a mesma de A, pois o fio é inextensível: no mesmo


intervalo de tempo, A e B percorrem as mesmas distâncias e atingem a mesma velocidade.

O peso PB tem o mesmo sentido da aceleração e a tração T opõe-se a aceleração.

Representando as forças para em cada corpo temos:

𝐴: 𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎

𝐵: 𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎

Somando as duas equações acima temos:

𝑃𝐵 20
𝑃𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑎 → 𝑎 = = → 𝑎 = 2.5𝑚/𝑠 2
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 6 + 2

Para terminar o valor da tração no fio, vamos considerar a equação do corpo A:

𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎 = 6 ∗ 2.5 = 15𝑁

34

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 7:

No arranjo experimental da figura ao lado, os corpos A e B têm, respectivamente,


massas iguais a 6 kg e 2 kg. Os fios e as polias têm massas desprezíveis. Não há
atrito entre o fio e a polia. Adopte g = 10 m/s2. Determine:

a) A aceleração do conjunto;
b) As trações nos fios

Considere que o sistema partiu do repouso.

Resolução

a) Vamos representar as forças que actuam em cada corpo:

𝐵: 𝑇 − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐵 𝑎

𝐴: 𝑃𝐴 − 𝑇 = 𝑚𝐴 𝑎

Somando as duas equações acima temos:

𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 60 − 20
𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑎 → 𝑎 = = → 𝑎 = 5𝑚/𝑠 2
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 6+2

b) Para terminar o valor da tração no fio, vamos considerar a equação do corpo B:

𝑇 − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐵 𝑎 → 𝑇 = 𝑚𝐵 𝑎 + 𝑃𝐵 → 𝑇 = 2 ∗ 5 + 20 = 30𝑁

A tração T’ no fio que liga o eixo da polia ao tecto pode ser obtida como se
segue. A polia não possui peso e seu eixo está em equilíbrio. Desse modo, a
resultante das forças deve ser nula.

𝐹𝑅 = 0 → 𝑇 ′ = 𝑇 + 𝑇 = 2𝑇 = 2 ∗ 30 → 𝑇 ′ = 60𝑁

35

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 8:

Uma força F = 30 N actua sobre um corpo de 3 kg, que desliza por isso numa
superfície sem atrito como mostra a figura. A aceleração do corpo é:

A. 10 m/s2 B. 6 m/s2 C. 5 m/s2 D. 3 m/s2 E. 0 m/s2

Resolução

Vamos inicialmente representar todas as forças que actuam no corpo:

𝐹𝑥 𝐹𝑐𝑜𝑠600 30𝑐𝑜𝑠600
𝐹𝑅 = 𝑚𝑎 → 𝐹𝑥 = 𝑚𝑎 → 𝑎 = = = = 5𝑚/𝑠 2
𝑚 𝑚 3

Força de atrito

Até agora foram discutidas as leis de Newton, da Dinâmica, aplicadas a corpos em situações ideias
– as superfícies em contacto eram isentas de atrito.

A força de atrito sempre se opõe à tendência de movimento do corpo sobre a superfície e é


decorrente, entre outros factores, da existência de penas irregularidades das superfícies em
contacto. Em outras palavras, é uma força contrária ao sentido do movimento.

Considere a seguinte situação.

36

TURMA DOS REVOLTADOS


Para que haja movimento, a força F deve ser maior que a força de atrito. Caso contrário, o corpo
permanecerá em equilíbrio.

Formula: 𝑓𝑎𝑡 = μN ; N=mg; m é a massa do corpo. 𝜇 é 𝑜 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜

Neste tópico, será considerada o atrito entre as superfícies de contacto. O atrito é denominado
dinâmico quando há movimento relativo entre os corpos em contacto. Quando não há movimento,
o atrito é denominado estático.

Exemplo 9:

Um bloco de massa m = 10 kg movimenta-se numa mesa horizontal sob acção de uma força
horizontal F de intensidade 30 N. O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a mesa 𝜇𝑑 =
0.2. Determine a aceleração do bloco.

Resolução

𝑓𝑎𝑡 = μN = μmg = 0.2 ∗ 10 ∗ 10 = 20N

A equação fundamental a Dinâmica (𝐹𝑟 = 𝑚𝑎) fornece:

𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → 𝐹 − 𝑓𝑎𝑡 = 𝑚𝑎 → 30 − 20 = 10𝑎 → 𝑎 = 1𝑚/𝑠 2

Exemplo 10:

Um bloco de massa m = 5 kg realiza um movimento rectilineo e uniforme numa mesa horizontal,


sob acção de uma força horizontal F de intensidade 10 N. Sendo g = 10 m/s2, determine o
coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a mesa.

Resolução

De acordo com a figura, o movimento é na horizontal, portanto a força normal


e o peso se anulam. Como o movimento é rectilíneo e uniforme, a aceleração é
nula e pela equação fundamental da dinâmica, concluímos que a resultante é
nula. Nessas condições, F e Fat têm a mesma direcção, sentidos contrários e
intensidades iguais: fat = F. Sendo 𝑓𝑎𝑡 = 𝜇𝑁 com N = mg, vem:

𝜇 ∗ 𝑚𝑔 = 𝐹

37

TURMA DOS REVOLTADOS


𝜇 ∗ 5 ∗ 10 = 10 → 𝜇 = 0.2

Exemplo 11:
Um bloco é lançado sobre um plano horizontal com velocidade
de 30 m/s e percorre 90 m até parar. Considere g = 10 m/s2 e
calcule o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e plano.
Resolução
Com a equação de Torricelli determinamos a aceleração escalar
do bloco:
𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑎𝑆 → 02 = 302 + 2 ∗ 𝑎 ∗ 90 → 𝑎 = −5𝑚/𝑠 2
Pela equação fundamental da Dinâmica, vem:
𝑎 −5
𝐹𝑟 = 𝑚𝑎 → −𝑓𝑎𝑡 = 𝑚𝑎 → −𝜇𝑚𝑔 = 𝑚𝑎 → 𝜇 = − =− → 𝜇 = 0.5
𝑔 10
Dois corpos A e B de massas mA = 1 kg e mB = 2 kg estão ligados
por uma corda de peso desprezível, que passa sem atrito pela polia C.
Entre A e o apoio existe atrito de coeficiente 𝜇 = 0.5. Determine:
a) A aceleração dos corpos;
b) A tração do fio.
Resolução
a) Inicialmente vamos determinar os valores dos pesos dos corpos:
𝑃𝐴 = 𝑚𝐴 𝑔 = 1 ∗ 10 = 10𝑁
𝑓𝑎𝑡 = μN = μmg = 0.5 ∗ 1 ∗ 10 = 5𝑁
𝑃𝐵 = 𝑚𝐵 𝑔 = 2 ∗ 10 = 20𝑁
𝑇 − 𝑓𝑎𝑡 = 𝑚𝐴 𝑎 (𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝐴)
{
𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐵 𝑎 (𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝐵)
Somando as duas equações temos:
𝑃𝐵 − 𝑓𝑎𝑡 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑎 → 20 − 5 = (1 + 2)𝑎 → 𝒂 = 𝟓𝒎/𝒔𝟐
b) Substituindo na primeira equação:
𝑇 − 𝑓𝑎𝑡 = 𝑚𝐴 𝑎 → 𝑇 − 5 = 1 ∗ 5 → 𝑻 = 𝟏𝟎𝑵

38

TURMA DOS REVOLTADOS


3.4 Dinâmica: Análise de Movimento no Elevador

Quando uma pessoa está por cima duma balança num elevador, o valor medido pelo elevador é
considerado o peso aparente. Este peso aparente é a força que a balança exerce na pessoa.
Portanto, ela é uma força Normal (perpendicular a superfície de apoio). E para determinar o valor
desta grandeza deve-se analisar o movimento do elevador (se ele está subindo ou descendo).

3.4.1 CASO 1: Elevador subindo

Neste primeiro caso, o elevador está a subir. Portanto o sentido do


movimento é para cima. Ao se escrever a expressão do problema, temos
o seguinte: 𝐹𝑁−𝑃=𝑚𝑎 (A primeira grandeza a ser escrita foi a força
normal porque coincide com o sentido do movimento – para cima).

Exemplo 1:

Admita que sua massa seja 60kg e que você esteja sobre uma balança, dentro
da cabine de um elevador. Sendo g=10m/s2 e a balança calibrada em newtons,
a indicação por ela fornecida, quando a cabine sobe com aceleração constante
de 3m/s2, é:

a) 300 N b) 6000 N c) 900 N d) 1800 N

Resolução

FR = m.a

Fr – P = m.a

Fr = m.a + m.g

Fr = m (g + a)

Fr = 60 (10 + 3)

Fr = 1800 N

39

TURMA DOS REVOLTADOS


3.4.2 CASO 2: Elevador descendo

Neste primeiro caso, o elevador está a subir. Portanto o sentido do


movimento é para cima. Ao se escrever a expressão do problema, temos
o seguinte: 𝐹𝑁−𝑃=𝑚𝑎 (A primeira grandeza a ser escrita foi o peso
porque coincide com o sentido do movimento – para baixo).

Exemplo 2:

Determine o peso aparente de uma pessoa de massa igual a 50 kg que


está em um elevador que desce com aceleração igual a 1 m/s2.

Dado: g = 10 m/s2

a) 460 N b) 458 N c) 455 N d) 445 N e) 450 N

Resolução

Na descida do elevador, a força resultante é dada pela diferença entre a força peso e a força
normal:

FR = m.a

P – Fr = m.a

Fr = m.g – m.a

Fr = m (g – a)

Fr = 50 (10 – 1)

Fr = 450 N

40

TURMA DOS REVOLTADOS


3.4.3 Exercícios Propostos

1. No piso de um elevador é colocada uma balança de banheiro, graduada em newtons. Um corpo


é colocado sobre a balança. Quando o elevador sobe com aceleração constante de 2,2 m/s2, a
balança indica 720 N. Sendo a aceleração local da gravidade igual a 9,8 m/s2, a massa do corpo,
em quilogramas, vale:

a) 72 b) 68 c) 60 d) 58 e) 54

2. Um bloco de massa 80 kg encontra-se dentro de um elevador acelerado verticalmente para cima,


com uma aceleração de 2 m/s2. Considerando g = 10 m/s2, podemos afirmar que a força exercida
pelo piso do elevador contra o bloco é igual a:

a) 160 N b) 640 N c) 800 N d) 960 N e) 120 N

3. Um elevador sobe com aceleração constante de 1,5m/s2. Uma pessoa de massa de 60 kg no


interior do elevador fica sujeita a uma força resultante, de intensidade, em newtons, igual a:

a) 40. b) 90. c) 400. d) 690. e) 900.

4. Uma pessoa, cuja massa é de 50 kg, está em pé sobre uma balança, dentro de um elevador
parado. Ela verifica que a balança registra 490 N para o seu peso. Quando o elevador estiver
subindo com aceleração de 2 m/s2, a leitura que a pessoa fará na balança será em N:

a) zero b) 390. c) 490. d) 590. e ) 980

5. Uma pessoa esta dentro de um elevador em repouso, sobre uma balança que acusa uma leitura
igual a P. Se o elevador subir com a aceleração igual a duas vezes a aceleração da gravidade, a
nova leitura será:

a) P b) 2 P c) 3 P d) 4 P e) 5 P

41

TURMA DOS REVOLTADOS


4 Estática

É a parte da física que estuda corpos em repouso ou em equilíbrio.

4.1 Condições de equilíbrio de uma partícula material

Para que uma partícula se mantenha em equilíbrio é necessário e suficiente que a resultante de
todas as forças que nela actuam seja nula.

Momento duma força em relação a um ponto é igual ao produto da força pelo seu braço em
relação ao ponto. (𝑀=𝐹∗𝑑)

As condições de equilíbrio são:

• Equilíbrio de translação – a resultante de todas as forças que actuam no corpo deve ser nula.
(𝚺𝐅=𝟎);

• Equilíbrio de rotação – a soma algébrica dos momentos de todas as forças actantes, em relação a
um ponto, deve ser nula. (𝚺𝐌=𝟎).

Exemplo 1:

Determine as tracções T nos fios ideias AB e BC, sabendo-se que o sistema


está em equilíbrio na posição indicada.

Dados: P = 90 N, sen 𝜃 = 0.6; cos 𝜃 = 0.8

Resolução

Isolemos o ponto B, onde concorrem os três fios. Observe que a tração no


fio vertical tem módulo igual ao peso P. Vamos resolver este exercício,
inicialmente, pelo método das projecções.

Projecções em y: 𝑇𝐵𝐶 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑃 = 0 → 𝑇𝐵𝐶 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑃 → 𝑇𝐵𝐶 ∗ 0.6 =


90 → 𝑇𝐵𝐶 = 150𝑁

42

TURMA DOS REVOLTADOS


Projecções em x: 𝑇𝐵𝐴 − 𝑇𝐵𝐶 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0 → 𝑇𝐵𝐴 = 𝑇𝐵𝐶 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 → 𝑇𝐵𝐴 = 𝑇𝐵𝐶 ∗ 0.8

𝑇𝐵𝐴 = 150 ∗ 0.8 → 𝑇𝐵𝐴 = 120𝑁

Exemplo 2:

Para o sistema da figura, em equilíbrio, qual é a relação entre os pesos PA


e PB dos corpos A e B? Os fios e as polias são ideias.

Resolução

Isolemos o ponto C onde concorrem os três fios. Observe que a


tracção no fio vertical tem módulo igual ao peso PA e no fio horizontal
tem módulo igual ao peso PB, pois o sistema está em equilíbrio.

1
Projecões em x: 𝑃𝐵 − 𝑇1 𝑐𝑜𝑠600 = 0 → 𝑃𝐵 = 𝑇1 ∗
2

√3
Projecões em y: 𝑇1 ∗ 𝑠𝑒𝑛600 − 𝑃𝐴 = 0 → 𝑃𝐴 = 𝑇1 ∗
2

Dividindo as últimas duas equações temos:

𝑃𝐴
= √3
𝑃𝐵

4.2 Exercícios Propostos

1. Um corpo é mantido em equilíbrio, segundo indica a figura. Se F=30 N,


a intensidade da tracção da corda T e o peso P do corpo, em S.I., são
respectivamente:
A. 30 e 60 B. 60 e 30 C. 60 e 60 D. 30 e 30√3 E. 60 e 30√3
2. Na figura ao lado o corpo suspenso tem massa igual a 2 kg. Os fios
tem pesos desprezíveis e o sistema está equilibrado estático
(repouso). Determine as trações nos fios AB e BC. (Dados: g =
10m/s2; sen300 = 0,50; cos = 0,87)

43

TURMA DOS REVOLTADOS


Sol: TBA = 40N; TBC = 34,8N

3. Uma barra homogenia de peso P = 20N está apoiada nos


extremos A e B distanciados de 1m. A 0,2m da extremidade
B foi colocado um corpo C de pesos Pc = 20N. determine
as intensidades das reações dos apoios A e B sobre a barra.
Sol: RA = 14N e RB = 26N
4. Uma viga horizontal de peso 600 N e de comprimento 4 m está
apoiada sobre duas colunas verticais. A coluna N fica a 1 m da
extremidade direita da viga e a coluna M fica na extremidade
esquerda da viga.
Quais são, respectivamente e em Newton, os valores das reacções RM e RN?
A. 100, 400 B. 400, 100 C. 400, 200 D. 200, 400
5. Um bloco de peso P = 100 N é colocado a 2 m da extremidade
de uma barra homogénea de 12 m de comprimento e 400 N de
peso. Qual é, em Newton, a intensidade da reacção ao apoio
da barra no ponto M?
A. 240 B. 260 C. 500 D. 640

4.3 Atrito estático

Considere um corpo em repouso sobre uma superfície horizontal. Vamos aplicar no corpo uma
força F que tende a desloca-lo na direcção horizontal. Enquanto corpo estiver em repouso, à
medida que a intensidade da força solicitadora F aumenta, a intensidade da força de atrito também
aumenta, de modo que F e Fat se equilibram (segundo a figura abaixo).

Exemplo 3:

44

TURMA DOS REVOLTADOS


O esquema ao lado representa um sistema em equilíbrio e na iminência
de movimento. Determine o coeficiente de atrito 𝜇 entre o corpo A e o
plano horizontal. Os fios são ideias.

São dados:

Pesos dos corpos A e B: PA = 200 N e PB = 100 N

sen 𝜃 = 0.8 e cos 𝜃 = 0.6

Resolução

Isolemos o corpo A e o ponto C.

Como o corpo A está em equilíbrio, temos: T = fat.


Como o corpo está na iminência de movimento,
podemos escrever 𝑓𝑎𝑡 = 𝜇𝐹𝑁

Sendo FN = PA:

𝑇 = 𝜇𝑃𝐴

Como o ponto C está em equilíbrio, temos:

Projecções em x: 𝑇1 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑇 = 0 → 𝑇1 ∗ 0.6 = 𝑇

Projecções em y: 𝑇1 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑃𝐵 = 0 → 𝑇1 ∗ 0.8 = 𝑃𝐵

Dividindo as últimas duas equações temos:

0.6 𝑇 3
= → 𝑇 = 𝑃𝐵
0.8 𝑃𝐵 4

3 3 3
Sendo 𝑇 = 𝜇𝑃𝐴 , então: 𝜇𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 → 𝜇 ∗ 200 = ∗ 100 → 𝜇 =
4 4 8

45

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 4:

Uma barra homogenia de peso P = 20N está apoiada nos extremos


A e B distânciados de 1m. A 0,2m da extremidade B foi colocado
um corpo C de pesos Pc = 20N. determine as intensidades das
reações dos apoios A e B sobre a barra.

Resolução

Vamos representar todas as forças que actuam na barra e em seguida


escrever a primeira condição de equilíbrio: 𝚺𝐅=𝟎

𝑅𝐴 − 𝑃𝐵 − 𝑃𝐶 + 𝑅𝐵 = 0

Agora vamos escrever a Segunda condição de equilíbrio: 𝚺M=𝟎

𝑅𝐴 ∗ 0 − 𝑃𝐵 ∗ 0.5 − 𝑃𝐶 ∗ 0.8 + 𝑅𝐵 ∗ 1 = 0 → 𝑅𝐵 = 𝑃𝐵 ∗ 0.5 + 𝑃𝐶 ∗ 0.8

𝑅𝐵 = 20 ∗ 0.5 + 20 ∗ 0.8 → 𝑅𝐵 = 26𝑁

𝑅𝐴 − 𝑃𝐵 − 𝑃𝐶 + 𝑅𝐵 = 0 → 𝑅𝐴 = 𝑃𝐵 + 𝑃𝐶 − 𝑅𝐵 = 20 + 20 − 26 → 𝑅𝐴 = 14𝑁

Exemplo 5:

Na figura abaixo, o menino com massa de 30 kg encontra-se em repouso a 2,0 m da extremidade


A de uma tábua de massa 10 kg. O módulo da força, em SI, que o apoio A exerce sobre a barra é
de: (Considere g = 10 m/s2).

A. 100 B. 150 C. 200 D. 250 E. 300

Resolução

O primeiro passo para resolver este tipo de exercício é representar todas as forças que actuam no
sistema.

46

TURMA DOS REVOLTADOS


A força Fb representa a força da barra, actua no centro da barra, e a força P representa o peso do
menino. Ra e Rb representam as reações da barra.

Deve-se considerar inicialmente que o somatório de todas as forças é igual a zero:

Σ𝐹 = 0 → 𝑅𝑎 – 𝐹𝑏 − 𝑃 + 𝑅𝑏 = 0, for considerado que as forças com sentido para cima são positivas
e as com sentido para baixo negativas.

Em seguida, deve se considerar que o somatório de todos os momentos é igual a zero:

Σ𝑀=0 → 𝑅𝑎∗0−1.5∗𝐹𝑏−2∗𝑃+3∗𝑅𝑏=0

Para achar o valor de Ra deves usar a seguinte equação:

𝑅𝑎 – 𝐹𝑏 – 𝑃 + 𝑅𝑏 = 0 → 𝑅𝑎 = 𝐹𝑏 + 𝑃 – 𝑅𝑏 = 10 ∗ 10 + 10 ∗ 30 – 250 = 150𝑁

4.4 Exercícios Propostos

1. Arrasta-se um corpo de massa 60kg sobre um plano horizontal rugoso, em movimento


rectilíneo uniforme, mediante uma força horizontal de intensidade 180N. Qual é o
coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo e o plano? Adote g = 10m/s2 (sol: 0,3)

47

TURMA DOS REVOLTADOS


2. Um bloco de madeira pesa 2,00 x 103 N. Para deslocá-lo sobre uma mesa horizontal com
velocidade constante, é necessário aplicar uma força horizontal de intensidade 1,0 x 102 N.
O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a mesa vale:

a) 5,0 x 10-2. b) 1,0 x 10-1. c) 2,0 x 10-1. d) 2,5 x 10-1. e) 5,0 x 10-1.

3. Um corpo P com massa 20kg está ligado por um fio ideal a outro Q de massa
10kg. O coeficiente de atrito para que este sistema esteja em equilíbrio quando
a polia for ideal é:

A. 0,1 B. 0,2 C. 0,3 D. 0,4 E. 0,5

4. Um bloco é lançado sobre um plano horizontal com velocidade de 30 m/s e percorre 90 m


até parar. Considere g = 10 m/s2 e calcule o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e
o plano. (sol: 0,5)

5. O bloco da figura, de peso 200 N, move-se com velocidade constante no


sentido indicado. Sendo sen600 = 0,87 e cos600 = 0,5, determine: a) A
intensidade da força de atrito que o solo exerce no bloco; (sol: 50N)
b) O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o solo. (sol: 0,25)

48

TURMA DOS REVOLTADOS


5 Plano Inclinado
Devido a complexidade deste tópico, preparamos uma vídeo aula com uma explicação detalhada
acerca do plano inclinado. Siga o link abaixo:

https://bit.ly/Plano_Inclinado

5.1 Exercícios Propostos

1. Um plano inclinado liso e sem atritos apresenta ângulo de 30o em relação ao solo. Sendo
a gravidade local de 10 m/s2, determine a aceleração adquirida por um corpo posto a
deslizar a partir do topo desse plano.

a) 20 m/s2 b) 5 m/s2 c) 3 m/s2 d) 12 m/s2 e) 2 m/s2

2. Um bloco de 3 kg encontra-se em repouso e apoiado sobre um plano inclinado em 45o em


relação ao solo. Considerando a gravidade local igual a 10 m/s2, determine o módulo da
força que o plano inclinado exerce sobre o bloco.

a) 15 N b) 30 N c) 15√3 N d) 150 N e) 15√2 N

3. Dois blocos A e B de massas mA = 2kg e mB=3kg, ligados


por um fio, são dispostos conforme o esquema a seguir, num
local onde g=10m/s2. Desprezando-se os atritos e
considerando ideais a polia e o fio, determine a intensidade
da força tensora no fio. Considere sen30o = 0,5 e cos30o = 0,87 (Sol: 6 N)

4. Qual é, em unidades SI, a força de tensão no fio necessária para manter a


esfera de peso P = 15N em equilíbrio num plano inclinado de 300?

A. 5 B. 7,5 C. 10 D. 12,5 E. 15

5. A figura representa um bloco de 50 N, em repouso sobre um plano


inclinado. Qual é, em Newton, o valor da reacção normal exercida
pelo plano sobre o corpo?

A. 20 B. 25 C. 20√3 D. 25√3

49

TURMA DOS REVOLTADOS


6 Trabalho e Energia
6.1 Trabalho Mecânico
6.1.1 Trabalho de uma força

O trabalho é definido pelo produto entre a intensidade da força e a distância percorrida pelo corpo
a partir do ponto de aplicação da força na direcção do caminho. O símbolo do trabalho é W.

Trabalho e Energia
Para realização de trabalho sobre um corpo é necessário que se cumpram as seguintes condições:
a) Que haja aplicação duma força F ou componente da força na direcção do deslocamento do corpo.

b) Que haja deslocamento do corpo.

Não há realização de trabalho quando essas condições não se verificam no seu todo.
6.1.2 Trabalho de uma força
1.1 Trabalho de uma força constante paralela ao deslocamento.

Considere um corpo que realiza o deslocamento AB sob a ação de um


conjunto de forças. Destaquemos, desse conjunto, a força F, constante,
paralela e de mesmo sentido que o deslocamento AB.

Por definição, trabalho W da força constante F, paralela e de mesmo sentido que o deslocamento
AB, é a grandeza escalar.

Exemplo 1:

Um pequeno bloco desliza num trilho recto, sem atrito, submetido à acção de uma força resultante
F = 250 N constante. Calcule o trabalho desta força em percurso de 20 metros no mesmo sentido
da força.

Solução

𝑊=𝐹.𝑑=250∗20=5000𝐽

50

TURMA DOS REVOLTADOS


6.1.3 Trabalho de uma força constante não-paralela ao deslocamento

Seja 𝐹𝑡 a projecção da foça F na direção do deslocamento AB. Nestas condições, por definição, o
trabalho da força F é dado por: 𝑊=𝐹𝑡𝑑

Sendo 𝐹𝑡 = 𝐹.𝑐𝑜𝑠𝜃, vem: 𝑊=𝐹𝑑𝑐𝑜𝑠𝜃

Clique aqui para ver exemplo

Onde:

F – força aplicada em N

d- deslocamento sofrido, em m

𝜃- angulo entre F e o sentido do deslocamento

Exemplo 2:

A força F de intensidade 30N atua sobre um objeto, formando ângulo


constante de 60° com a direção do deslocamento d do objeto. Se d = 10m,
o trabalho executado pela força F, expresso em joules, é igual a:

a) 300 b) 150√3 c) 150 d) 125 e) 100

51

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

Ou

Uma vez que a força F não está no eixo x nem y, é preciso fazer as projecões desta força nos
devidos eixos.

Como o movimento do bloco ocorre no eixo x, então: 𝑊 = 𝐹𝑥 ∗ 𝑑

Como 𝐹𝑋 é adjacente ao angulo, deve-se considerar o seguinte: 𝐹𝑥 = 𝐹 ∗ 𝑐𝑜𝑠600

𝑊 = 𝐹𝑥 ∗ 𝑑 = 𝐹 ∗ 𝑐𝑜𝑠600 ∗ 𝑑 = 30 ∗ 10 ∗ 𝑐𝑜𝑠600 = 150𝐽

6.1.4 Trabalho de uma força qualquer

No caso de uma força constante F agindo sobre o corpo, paralela e de mesmo


sentido que o deslocamento de modulo d, o trabalho pode ser calculado pela
área do rectangulo destacado na figura abaixo.

TRABALHO = ÁREA

52

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 3:

O gráfico abaixo representa a intensidade da força F horizontal que atua


num corpo em função da intensidade do deslocamento x, também na
horizontal. Qual o trabalho realizado pela força para deslocar o corpo nos
2 primeiros metros?

Resolução

W = Área = c*l = 2*10 = 20 J

Exemplo 4:

Exemplo 5:

Um carro de massa 1000 kg move-se sem resistências dissipadoras


em trajectória r1ectilínea, a partir do repouso. O gráfico da força
motora na própria direcção do movimento é representado na figura
ao lado. Determine:

a) A aceleração do carro quando se encontra a 400 m da origem;


b) O trabalho da força F no deslocamento de 0 a 1000m.

53

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

a) Para d = 400 m, pelo gráfico F = 1000 N.

Como F = ma, então: 1000 = 1000𝑎 → 𝑎 = 1𝑚/𝑠 2

b) O trabalho da força F é numericamente igual à área do trapézio:


𝐵+𝑏 1000 + 400
𝑊= ∗ℎ = ∗ 7000 = 700.000 = 700 𝑘𝐽
2 2

6.1.5 Trabalho do peso

Considere um corpo de peso P e seja AB um deslocamento vertical e h o desnível entre A e B.


como o peso P é constante e paralelo ao deslocamento AB, temos: 𝑊=±𝑃ℎ 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐹=𝑃 𝑒 𝑑=𝐴𝐵=ℎ.

𝑾 = 𝑷𝒉 = 𝒎𝒈𝒉

Exemplo 6:

Um corpo de massa igual a 40 kg parte do repouso e cai de uma altura igual a 100m em relação ao
solo. Adota-se a aceleração local da gravidade igual a 10 m/s². Qual o trabalho do peso, desde o
instante em que cai até atingir o solo?

Solução 𝑊=𝑃ℎ=𝑚∗𝑔∗ℎ=40∗10∗100=40 000𝐽=40 𝑘𝐽

54

TURMA DOS REVOLTADOS


6.1.6 Trabalho da força elástica

Considere um sistema elástico constituído por uma mola e um bloco. A intensidade da força
elástica é proporcional a deformação x (lei de Hooke): 𝐹𝑒𝑙𝑎 = 𝑘𝑥

Para calcular o trabalho de uma força elástica, não se utiliza a


definição “força vezes deslocamento”, pois essa força não é
constante, variando com a deformação.

Para isso devemos usar o cálculo gráfico. No gráfico abaixo o


valor absoluto do trabalho da força elástica é numericamente
igual à área destacada na figura (área de um triangulo):

𝑘𝑥 ∗ 𝑥 𝑘𝑥 2
𝑊= =
2 2

Exemplo 7:

Uma mola de constante elástica k = 400 N/m é comprimida de 5 cm. Determine o trabalho da força
elástica.

𝑘𝑥 2 400 ∗ (5 ∗ 10−2 )2
𝑊= = = 2 ∗ 25 ∗ 10−2 0.5𝐽
2 2

55

TURMA DOS REVOLTADOS


6.1.7 Potência

Chama-se potência de uma força ao trabalho realizado por esta, quando aplicada sobre um corpo
durante um certo intervalo de tempo. A potência mede a rapidez com que uma certa quantidade de
𝑊
energia é transformada duma forma em outra. 𝑃 =
∆𝑡

Onde:

W- Trabalho realizado em J; Δ𝑡- tempo de duração do trabalho; P- Potencia em W

𝑊
𝑃= ;𝑊 = 𝐹 ∗ 𝑑
∆𝑡

𝑊 𝐹∗𝑑
𝑃= = →𝑃 =𝐹∗𝑣
∆𝑡 ∆𝑡

A expressão 𝑷 = 𝑭 ∗ 𝒗 é utilizada para determinar a potência instantânea.

Exemplo 8:

Um operário, em uma construção eleva, com velocidade constante, um corpo de massa m = 20 kg


até uma altura d = 3m, gastando ∆𝑡 = 10s para realizar esta operação.

Resolução:

a) Qual o valor da força F que o operário deve exercer para que o corpo
suba com velocidade constante? (Considere g = 10 m/s2)

Se o movimento de subida do corpo se faz com velocidade constante, a


resultante das forças que actuam nele deve ser nula. Então a força F,
exercida pelo operário, deve ser igual e contrária ao peso do corpo.

𝐹 = 𝑃 = 𝑚𝑔 = 200 𝑁

b) Qual o trabalho que o operário realiza nesta operação?


𝑊 = 𝐹 ∗ 𝑑 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 200 ∗ 3 ∗ 𝑐𝑜𝑠0𝑜 = 600𝐽

56

TURMA DOS REVOLTADOS


O ângulo entre a força e a distância é zero porque estes dois vectores são perpendiculares.
c) Qual a potência desenvolvida pelo operário?
𝑊 600
𝑃= = = 60𝑊
∆𝑡 10

Exemplo 9:

Uma força F, de intensidade 20N, é aplicada a uma caixa, deslocando-a


3m na direção e no sentido da força. O deslocamento ocorre em 4s.
Determine a potência média desenvolvida.

Resolução

𝑊 = 𝐹 ∗ 𝑑 = 20 ∗ 3 = 60𝐽

𝑊 60
𝑃= = = 15𝑊
∆𝑡 4

Exemplo 10:

Um guindaste ergue, com velocidade constante, uma caixa de massa 5.102 kg do chão até uma
altura de 5 m em 10s. Sendo g = 10 m/s2, calcule a potência do motor do guindaste, nessa
operação.

Resolução

Sendo a velocidade constante, concluímos que a força F que o motor aplica na caixa tem
mesma intensidade que o peso P.

𝐹 = 𝑃 = 𝑚𝑔 = 5 ∗ 102 ∗ 10 = 5 ∗ 103 𝑁

𝑊 𝐹 ∗ 𝑑 5 ∗ 103 ∗ 5
𝑃= = = = 2.5 ∗ 103 𝑊
∆𝑡 ∆𝑡 10

Exemplo 11: UEM 2014 N. 13

57

TURMA DOS REVOLTADOS


Um bloco de massa 1 kg tem aceleração constante de 3 m/s2. Sendo que este parte do repouso,
a potência instantânea do bloco após 10s é:

A. 3 W B. 10 W C. 30 W D. 90 W E. 120 W

Resolução

𝑊 𝐹∗𝑑
𝑃= = →𝑃 =𝐹∗𝑣
∆𝑡 ∆𝑡

𝐹 = 𝑚𝑎 = 1 ∗ 3 = 3𝑁 𝑒 𝑣 = 𝑎𝑡 = 3 ∗ 10 = 30𝑚/𝑠

𝑃 = 𝐹 ∗ 𝑣 = 3 ∗ 30 = 90 𝑊

6.1.8 Exercícios Propostos

1. Considere um bloco sendo puxado com uma força de 50N. Se o


deslocamento é de 5m. Determine o trabalho da força se o angulo
que a força faz com a horizontal é de 60º.
A. 250J B.125J C. 50J D. 55J E. 100J

2. O gráfico representa a variação da intensidade da força resultante F


que actua sobre um corpo de 2 kg de massa em função do
deslocamento x. sabendo que a força F tem a mesma direção e sentido
do deslocamento, determine o trabalho total realizado pela força entre
as posições x = 0 e x = 3m. (sol: 6J)

3. Um rapaz de 60 kg sobe uma escada de 20 degraus em 10s. Cada degrau possui 20 cm de


altura. Sendo g = 10m/s2, determine:

a) O módulo do trabalho do peso do rapaz ao subir a escada; (sol: 2400J)

b) O módulo da potência média associada ao peso do rapaz quando sobe a escada. (sol: 240 W)

58

TURMA DOS REVOLTADOS


4. Uma criança de 30 kg desliza num escorregador de 2m de altura e atinge o solo em 3s. Calcule
o trabalho do peso da criança e sua potencia média nesse intervao de tempo (use g = 10 m/s2).
Sol: 600 J e 200 W

5. Um motor de potencia 60 kW aciona um veículo durante 30 min. Determine o trabalho realizado


pela força motora. Dê a resposta em joule (J) e em quilowatt-hora (kWh). Sol: 30 kWh ou
1,08.108 J

6.2 Energia

A energia representa a capacidade de realizar trabalho. Existem varias formas de energia, sendo
de destacar as seguintes:

6.2.1 Energia cinética

Associada ao movimento do corpo.

Variação da energia cinética: quando a força resultante, F, que actua sobre o corpo de massa, m,
não é nula, esta imprime uma aceleração, a, fazendo com que haja variação da velocidade do corpo
e a consequente variação da sua energia cinética.

𝑚𝑣 2
𝐸𝑐 =
2

A Variação da energia cinética de um corpo entre dois


instantes é medida pelo trabalho da resultante das forças entre
os instantes considerados.

𝑊 = ∆𝐸𝑐 ; ∆𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝐵 − 𝐸𝑐𝐴

Exemplo 12:

Determine a energia cinética de um corpo com massa 4 kg e velocidade 2 m/s.

𝑚𝑣 2 4 ∗ 22
𝐸𝑐 = = = 8𝐽
2 2

59

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 13:

Um corpo de 10 kg parte do repouso sob a acção de uma força


constante paralela à trajectória e 5s depois atinge velocidade de 15
m/s. Determine sua energia cinética no instante 5s e o trabalho da
força, suposta única, que actua no corpo no intervalo de 0s a 5s.

Resolução

A energia cinética no instante t = 5s é:

𝑚𝑣 2 10 ∗ 152
𝐸𝑐 = = = 1125𝐽
2 2

Pelo teorema da energia cinética:

𝑊 = 𝐸𝑐𝐵 − 𝐸𝑐𝐴 = 1125 − 0 (𝑛𝑜𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝐸𝑐𝐴 = 0 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑣𝑜 = 0)

Portanto: 𝑊 = 𝐸𝑐𝐵 = 1125𝐽

Exemplo 14:

Um corpo de massa m = 2 kg passa por um ponto A com uma velocidade vA = 3 m/s.

Se a velocidade do corpo ao passar por um outro ponto B for vB = 4 m/s, qual foi o trabalho total
realizado sobre o corpo?

Resolução

𝑚𝑣𝐵 2 2 ∗ 42
𝐸𝑐𝐵 = = = 16𝐽
2 2

𝑚𝑣𝐴 2 2 ∗ 32
𝐸𝑐𝐴 = = = 9𝐽
2 2

60

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑊 = 𝐸𝑐𝐵 − 𝐸𝑐𝐴 = 16 − 9 = 7𝐽

61

TURMA DOS REVOLTADOS


6.2.2 Energia potencial gravitacional

Este tipo de energia está relacionada a altura. Quando um corpo de massa, m, está a uma
determinada altura, h, em relação a um nível de referência ligado à terra, a energia potencial é igual
à:

𝑬𝒑 = 𝒎𝒈𝒉

Exemplo 15:

Um corpo de massa 4 kg encontra-se a uma altura de 16 m do solo. Admitindo o solo como nível
de referência e supondo g = 10 m/s2, calcular sua energia potencial gravitacional.

Resolução

𝐸𝑝=𝑚.𝑔.ℎ=4∗16∗10=640𝐽

6.2.3 Energia potencial elástica

É associada à posição das duas extremidades de uma mola quando esta está comprimida ou
distendida.

𝑘𝑥 2
𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎 =
2

Onde:

K- Constante de rigidez da mola, em N/m

X - deformação da mola, em m

62

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 16: UEM 2014 Nr. 8

Uma mola de constante elástica igual a 10 N/m é esticada desde sua posição de equilíbrio até uma
posição em que seu comprimento aumenta 20 cm. Qual é, em Joules, a energia potencial da mola
esticada?

A. 0.1 B. 0.2 C. 0.5 D. 0.8 E. 0.9

Resolução

𝑘𝑥 2 10(20 ∗ 10−2 )2
𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎 = = = 5 ∗ 4 ∗ 10−2 = 0.2𝐽
2 2

Exemplo 17:

Suponha que, para comprimir de x = 30 cm a mola da figura fosse necessário exercer sobre ela
uma força F = 15 N.

Resolução

a) Qual é a constante elástica da mola?

𝐹 15
𝐹 = 𝑘𝑥 → 𝑘 = = → 𝑘 = 50 𝑁/𝑚
𝑥 0.30

b) Considere, Xa = 20 cm e Xb = 10 cm. Quais os valores da Ep elástica do corpo em A e em


B?
𝑘𝑥𝐴 2 50 ∗ (0.2)2
𝐸𝑝𝐴 = = = 1𝐽
2 2
𝑘𝑥𝐵 2 50 ∗ (0.1)2
𝐸𝑝𝐵 = = = 0.25𝐽
2 2

c) Qual o trabalho que a mola realizou ao empurrar o corpo de A para B?

𝑊𝐴𝐵 = 𝐸𝑝𝐴 − 𝐸𝑝𝐵 = 1 − 0.25 = 0.75𝐽

63

TURMA DOS REVOLTADOS


6.2.4 Exercícios Propostos

1. Um bloco de massa m = 2 kg está se deslocando com uma velocidade v = 50 m/s. qual é a


Ec deste bloco? (sol: 25 J)
2. Um corpo, de massa m = 2 kg, passa por um ponto A com uma velocidade vA = 3,0 m/s.
Se a velocidade do corpo, ao passar por um outro ponto, B, for vB = 4,0 m/s, qual foi o
trabalho realizado sobre o corpo? (sol: 7J)
3. No sistema elástico da figura, O representa a posição de
equilíbrio (mola não-deformada). Ao ser alongada, passando
para a posição A, a mola armazena a energia potencial elástica
Ep = 2,0 J. Determine
a) A constante elástica da mola. (sol: 100N/m)

b) A energia potencial elástica que a mola armazena na posição B, ponto médio do


segmento AO. (sol: 0,5 J)

4. Uma pequena bola de borracha, e massa 50 g, é abandonada de um ponto A situado a uma


altura de 5,0 m do solo. Calcule a energia potencila gravitacional da bola na posição A.

Sol: 2,5 J

5. O gráfico ao lado representa a intensidade da força elástica aplicada por uma mola, em
função de sua deformação.

a) Qual é a constante elástica da mola? (sol: 24 N/m)

b) Qual é a energia potencial elástica armazenada na mola para x =


0,5m? (sol: 3J)

64

TURMA DOS REVOLTADOS


6.2.5 Conservaçao Da Energia Mecanica

A energia pode transformar-se de cinética em potencial ou vice-versa, nos processos mecânicos.

Um corpo atirado para cima com velocidade inicial 𝑣𝑜retorna à mesma posição com a mesma
velocidade em sentido contrário, se desprezarmos a resistência do ar.

Quando o corpo sobe, diminui sua velocidade e sua energia cinética; porém o corpo ganha altura
e, portanto, aumenta sua energia potencial.

Na altura máxima, o corpo tem somente energia potencial, pois sua velocidade é nula

Durante a queda, o corpo perde energia potencial, pois perde altura, mas adquire energia cinética.

Chamando de energia mecânica a soma da energia potencial com a energia cinética, temos:

𝐸𝑀 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝

Quando temos um sistema formado com um bloco e uma mola, também há conservação da energia
mecânica e ela é dada por:

𝐸𝑐𝐴 + 𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎𝐴 = 𝐸𝑐𝐵 + 𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎𝐵

65

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 18:

Determine a velocidade que um corpo adquire ao cair de uma altura h, conhecida, a partir do
repouso. Dados g = aceleração da gravidade local.

Pela conservação da energia mecânica:

𝐸𝑚𝑒𝑐.𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐.𝐵

𝐸𝑃.𝐴 + 𝐸𝑐.𝐴 = 𝐸𝑃.𝐵 + 𝐸𝑐.𝐵

𝑚𝑣𝐵 2
𝑚𝑔ℎ + 0 = 0 +
2

𝑚𝑣𝐵 2
𝑚𝑔ℎ =
2

𝑣𝐵 = √2𝑔ℎ

Exemplo 19:
Uma esfera de massa 5 kg é abandonada de uma altura de 45m num
local onde g = 10 m/s2. Calcular a velocidade do corpo ao atingir o solo.
Despreze os efeitos do ar.
Solução

66

TURMA DOS REVOLTADOS


Usando a anterior, tem se que a velocidade em B é igual a:

𝑣𝐵 = √2 ∗ 10 ∗ 45 = 30𝑚/𝑠

Exemplo 20:

Uma bola é lançada horizontalmente do alto de uma colina de 129 m de altura com velocidade de
10 m/s. Determine a velocidade da bola ao atingir o solo. Despreze a resistência do ar e adote g =
10m/s2.

Resolução

𝐸𝑚𝑒𝑐.𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐.𝐵

𝐸𝑃.𝐴 + 𝐸𝑐.𝐴 = 𝐸𝑃.𝐵 + 𝐸𝑐.𝐵

𝑚𝑣0 2 𝑚𝑣 2
𝑚𝑔ℎ + =0+ → 𝑣 2 = 2𝑔ℎ + 𝑣0 2
2 2

𝑆𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠, 𝑣𝑒𝑚:

𝑣 2 = 2 ∗ 10 ∗ 120 + 102 → 𝑣 2 = 2500 → 𝑣 = 50𝑚/𝑠

Exemplo 21:

Um bloco de massa m = 4 kg e velocidade horizontal v = 0.5 m/s chora-se com


uma mola de constante elástica k = 100 N/m. Não há atrito entre o bloco e a
superfície de contacto. Determine a máxima deformação sofrida pela mola.

Resolução

A energia cinética que o bloco possui será transferida integralmente à mola


quando esta estiver totalmente comprimida: 𝐸𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝐸𝑝𝑚𝑜𝑙𝑎

𝑚𝑣 2 𝑘𝑥 2
=
2 2

67

TURMA DOS REVOLTADOS


4 ∗ 0.52 = 100 ∗ 𝑥 2 → 𝑥 = 0.1𝑚

Exemplo 22:

Um bloco de massa m = 2 kg está apoiado em uma superfície


horizontal lisa encostado a uma mola de constante elástica k = 32
N/m. A mola está comprimida de x = 10 cm e assim mantida por
meio de um barbante amarrado a ela. Queimando-se o barbante, a
mola se distende, empurrando o bloco. Qual é a velocidade com que o bloco abandona a mola?

𝐸𝑐𝐴 + 𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎𝐴 = 𝐸𝑐𝐵 + 𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎𝐵

𝑘𝑥 2 𝑚𝑣 2 𝑘 32
= → 𝑣 = (√ ) 𝑥 = (√ ) ∗ 0.1 = 0.4𝑚/𝑠
2 2 𝑚 2

6.2.6 Não Conservação da Energia Mecânica

Quando há perdas por atrito, tem-se a expressão das energias:

𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑚𝐵 + 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟

Exemplo 22:

Um corpo de massa 1 kg move-se horizontalmente com


velocidade constante de 10 m/s, num plano sem atrito.
Encontra uma rampa e sobe até atingir a altura máxima de 3
m. A partir do ponto A, início da subida da rampa, existe
atrito. Determine a quantidade de energia mecânica
transformada em energia térmica durante a subia do corpo
na rampa. Considere g = 10 m/s2.

68

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução:

Nesse caso não há conservação da energia mecânica. A transformação de energia mecânica em


energia térmica é devida ao atrito.

𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑚𝐵 + 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟

A energia mecânica transformada em energia térmica é dada pela diferença entre as energias
mecânicas inicial e final.

𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝐸𝑚𝐴 − 𝐸𝑚𝐵

𝑚𝑣 2 1 ∗ 102
𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑝𝐴 + 𝐸𝑐𝐴 = 0 + = = 50𝐽
2 2

𝐸𝑚𝐵 = 𝐸𝑝𝐵 + 𝐸𝑐𝐵 = 𝑚𝑔ℎ + 0 (𝑛𝑜𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝐸𝑐𝐵 = 0)

𝐸𝑚𝐵 = 1 ∗ 10 ∗ 3 = 30𝐽

𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝐸𝑚𝐴 − 𝐸𝑚𝐵 = 50 − 30 = 20𝐽

Exemplo 23:

Suponha que existisse atrito no movimento do menino, ao descer o


escorregador. Sabendo-se que a altura do escorregador é h = 8,0m, a massa
do menino é m = 50 kg e que ele chega em B com uma velocidade v = 10 m/s,
determine:

a) A energia mecânica total do menino em A e em B.

No ponto A, a energia mecânica do menino é representada apenas por sua


energia potencial, pois sua energia cinética, nesse ponto, é nula. Então,
considerando g = 10 m/s2, temos:

𝐸𝐴 = 𝑚𝑔ℎ = 50 ∗ 10 ∗ 8 = 4 ∗ 103 𝐽

69

TURMA DOS REVOLTADOS


Ao chegar em B, o menino possui apenas energia cinética, pois h = 0 (as alturas estão contadas em
relação a B). Assim, a energia mecânica do menino, em B, é:

𝑚𝑣 2 50 ∗ 102
𝐸𝐴 = = = 2.5 ∗ 103 𝐽
2 2

b) Qual a quantidade de calor gerada pelo atrito no deslocamento do menino?

Observe que a energia em B é menor do que a energia mecânica em A, isto é, a energia


mecânica não se conservou. Esse resultado já era esperado, pois atua no menino uma força de
atrito faz com que parte da energia mecânica se transforme em calor. Pelo Princípio Geral de
Conservação da Energia podemos concluir que a quantidade de calor gerada será igual à
diminuição da energia mecânica do menino, isto é:

𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 = 4 ∗ 103 𝐽 − 2.5 ∗ 103 𝐽 = 1.5 ∗ 103 𝐽

6.2.7 Exercícios Propostos

1. Uma pedra de 5g cai de uma altura de 5m em relação ao solo. Adote g = 10 m/s2 e despreze
a resistência do ar. Determine a velocidade da apedra quando atinge o solo. (sol: 10m /s)
2. Um corpo de massa igual a 0,5 kg e velocidade constante de 10 m/s choca-se com uma
mola de constante elástica 800N/m.
Desprezando os atritos, calcule a
máxima deformação sofrida pela.
mola. (Sol: 0,25m ou 25cm)
3. Um pequeno bloco, de massa m = 0,5kg, inicialmente em repouso no ponto A, é largado
de uma altura de h = 1,6m. O bloco desliza, sem atrito,
ao longo de uma superfície e colide, no ponto B, com
uma mola de constante elástica k = 100 N/m.
determine a compressão máxima da mola, em cm.
(use g = 10 m/s2). Sol: 40cm

70

TURMA DOS REVOLTADOS


4. Um corpo de massa 400 gramas despenca, sem velocidade, do topo de um prédio de altura
20 metros, atingindo o solo com velocidade de 10 m/s. Usando g = 10 m/s², calcule a
energia mecânica dissipada nesta queda. (sol: 75 J)
5. Um corpo de massa 2 kg é lançado do solo, verticalmente para cima, com velocidade de
50 m/s. Sabendo que, devido ao atrito com o ar, o corpo dissipa 900 J de energia sob a
forma de calor, determine a altura máxima atingida pelo corpo. Adote g = 10 m/s2. (Sol:
80 m)

7 Impulso e Quantidade de Movimento


7.1 Impulso
Impulso é definido como o produto da força pelo intervalo de tempo.

𝐼=𝐹Δ𝑡

Exemplo 1:

Ao dar o saqui “viagem ao fundo do mar” num jogo de vôlei, um jogador aplica uma força de
intensidade 6.102 N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5.10-1 s. Calcule a intensidade
do impulso da força aplicada pelo jogador.

Solução:

Sendo F = 6.102 N a intensidade da força aplicada e ∆𝑡 = 1,5. 10−1 𝑠 o intervalo de tempo de sua
acção, a intensidade do impulso será dada por:

𝐼 = 𝐹∆𝑡 = 6 ∗ 102 ∗ 1.5 ∗ 10−1 → 𝐼 = 90 𝑁. 𝑠

A partir do gráfico da intensidade F da força atuante em função do


tempo, é possível calcular a intensidade do impulso.

A intensidade do impulso no intervalo de tempo Δ𝑡 considerado é


numericamente igual à área do rectângulo destacado nesse gráfico.

Essa área é dada por:

𝐴 = 𝐹Δ𝑡 → 𝐴 = 𝐼

71

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 2:

Uma partícula se movimenta sob acção de uma força de direcção constante e cuja intensidade varia
com o tempo de acordo com o gráfico.

Determine:

a) O módulo do impulso da força no intervalo de tempo de 0 a 6s;


b) A intensidade da força constante que produz o mesmo impulso
que a força dada no intervalo de tempo de 0 a 6s.

Resolução

a) O módulo do impulso no intervalo de tempo de 0 a 6s corresponde numericamente à área


A da figura (área do trapézio):

6+2
𝐴= ∗ 12 = 48 → 𝐼 = 48𝑁. 𝑠
2

b) A força constante que produz o mesmo impulso que uma força variável no mesmo intervalo
de tempo é chamada força média.
No caso, para calcular sua intensidade, podemos usar a fórmula:
𝐼 = 𝐹∆𝑡 → 48 = 𝐹 ∗ 6 → 𝐹 = 8𝑁

7.2 Quantidade de movimento


Considere um corpo de massa m com velocidade v num determinado referencial. A quantidade de
movimento, ou momento linear, desse corpo é a grandeza vetorial dada por:

𝑄 = 𝑚𝑣

Exemplo 3:

72

TURMA DOS REVOLTADOS


Uma partícula de massa m = 0.2 kg possui, num certo instante, velocidade de módulo v = 10 m/s.
Determine, nesse instante, o módulo, a direcção e o sentido da quantidade de movimento da
partícula.

Resolução

𝑄 = 𝑚𝑣 = 02 ∗ 10 = 2𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

73

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 4:

Uma partícula de massa m = 0.5 kg realiza um movimento obedecendo á função horária


S = 5 + 2t+ 3t2, para S em metros e t em segundos. Determine o módulo da quantidade de
movimento da partícula no instante t = 3s.

Resolução

1
Comparando S = 5 + 2t+ 3t2 com 𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 , concluímos que 𝑣𝑜 = 2𝑚/𝑠 e 𝑎 = 6𝑚/𝑠 2 .
2

De 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡, vem: 𝑣 = 2 + 6𝑡

Para t = 2s, resulta: 𝑣 = 2 + 6 ∗ 2 → 𝑣 = 14𝑚/𝑠

Sendo Q = mv, vem: 𝑄 = 0.5 ∗ 14 → 𝑄 = 7𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

7.3 Teorema do impulso

∆𝑣
𝑎=
∆𝑡

∆𝑣
𝐹 = 𝑚𝑎 → 𝐹 = 𝑚 → 𝐹∆𝑡 = 𝑚∆𝑣 → 𝐼 = 𝑄
∆𝑡

O impulso da forca resultante num intervalo de tempo é igual à variação da quantidade de


movimento do corpo no mesmo intervalo de tempo.
Exemplo 5:

Uma força constante actua durante 5s sobre um partícula de massa 2 kg, na direcção e no sentido
de seu movimento, fazendo com que sua velocidade escalar varie de 5 m/s para 9 m/s. Determine:

a) O módulo da variação da quantidade de movimento da partícula;


b) A intensidade do impulso da força actuante;
c) A intensidade da força

74

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

a) As quantidades de movimento inicial Q1 e final Q2 da partícula são dadas por:


Q1 = mv1 e Q2 = mv2

Sendo v1 = 5 m/s e v2 = 9 m/s as velocidades escalares inicial e final, os módulos das


quantidades de movimento valem:

𝑄1 = 𝑚𝑣1 = 2 ∗ 5 → 𝑄1 = 10 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

𝑄2 = 𝑚𝑣2 = 2 ∗ 9 → 𝑄1 = 18 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

∆𝑄 = 𝑄2 − 𝑄1 = 18 − 10 = 8𝐾𝑔. 𝑚/𝑠

b) Aplicando o teorema do impulso à situação considerada:


𝐼 = 𝑄2 − 𝑄1 = 18 − 10 → 𝐼 = 8 𝑁. 𝑠
𝐼
c) Como 𝐼 = ∆𝑡, a intensidade da força será da por: 𝐹 =
∆𝑡
8
Sendo ∆𝑡 = 5𝑠, vem: 𝐹 = → 𝐹 = 1.6𝑁
5

Exemplo 6:
O gráfico ao lado mostra a variação da intensidade da força F de
direcção constante que actua num ponto material de massa m =
2kg. Admita em t = 0, vo = 0. Determine:
a) O módulo do impulso de F no intervalo de tempo 0 a 10s;
b) Sua velocidade em t = 10s.

Resolução
a) O módulo de I correspondente numericamente à área A da figura (área de um triângulo):
10 ∗ 10
𝐴= = 50 → 𝐼 = 50𝑁. 𝑠
2
b) Pelo teorema do impulso: 𝐼 = 𝑄2 − 𝑄1
De 0 a 10s, temos: 𝐼 = 𝑄10 − 𝑄0
Como 𝑄0 = 0 (𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑣0 = 0), 𝑣𝑒𝑚:

75

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐼 = 𝑄10 → 𝐼 = 𝑚𝑣10 → 50 = 2𝑣10 → 𝑣10 = 25𝑚/𝑠

7.4 Conservação da quantidade de movimento


𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑

A equação acima é aplicada na análise de colisões.


Onde:
𝑄𝑎 é a quantidade de movimento antes da colisão
𝑄𝑑 é a quantidade de movimento depois da colisão

7.4.1 Tipos de choques

• Choque perfeitamente inelástico


• Choque perfeitamente elástico

7.4.1.1 Choques perfeitamente inelásticos

Choques em que os corpos se deformam de tal forma que permaneçam unidos após a colisão são
denominados.

Neste tipo de choque a equação de quantidade de movimento é:

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣


No segundo membro só temos v, pois a velocidade após o embate é a mesma para os dois corpos.
7.4.1.2 Choques perfeitamente elástico

Choques que os corpos se separam após o embate são denominados.

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑

Exemplo 7:

76

TURMA DOS REVOLTADOS


Supondo que uma arma de massa 1kg dispare um projétil de massa 10g com velocidade de 400
m/s, calcule a velocidade do recuo dessa arma.
a) -2 m/s b) -4 m/s c) -6 m/s d) -8 m/s e) -10 m/s

Resolução
Para resolução deste exercício, a arma será considerada como o corpo 1 e o projétil como o corpo
2.
𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑
Antes do disparo
A arma esta em repouso, então: 𝑣1𝑎 𝑒 𝑣2𝑎 𝑠ã𝑜 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜.
Depois do disparo
A bala adquire a velocidade 𝑣2𝑑 e a arma recua com velocidade 𝑣1𝑑 .
Assim, temos:
𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑 → 0 = 1 ∗ 𝑣1𝑑 + 0.01 ∗ 400 → 𝑣1𝑑 = −4𝑚/𝑠
O sinal negativo na solução representa o recuo da arma. Isto é o sentido que o projétil seguiu foi
definido como o sentido do movimento. Logo, o sentido que a arma segui deve ser negativo
porque se opõe ao sentido do projétil.

Exemplo 8: UEM 2018 NR 9

Um corpo de massa 5g move-se com velocidade v = 10 m/s e choca frontalmente com um segundo
corpo de massa 20 g em repouso. Após o choque, o primeiro recua com velocidade de – 2 m/s.
Qual é, em m/s, a velocidade do segundo corpo após o choque?

A. 2 B. 3 C. 4 D. 6 E. 7

Serão representadas primeiro as situações antes e depois da colisão:

77

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑


𝑚1 𝑣1𝑎 − 𝑚1 𝑣1𝑑 5 ∗ 10 − 5 ∗ (−2)
𝑣2𝑑 = = = 3𝑚/𝑠
𝑚2 20
7.5 Exercícios Propostos

1. Uma partícula de massa 0,6 kg está em queda livre. Determine o módulo do impulso do
peso da partícula durante 3s de movimento (Dado: g = 10 m/s2) (sol: 18 N.s)
2. Uma partícula de massa m = 0,5 kg realiza um movimento obedecendo à função horária
S = 5 + 2t + 3t2, para s em metros e t em segundos. Determine o módulo da quantidade de
movimento da partícula no instante t = 2s. (sol: 7 kg.m/s)
3. O gráfico ao lado mostra a variação da intensidade da força F de
direção constante que actua num ponto material de massa m = 2kg.
Admita em t = 0, vo = 0. Determine:
a) o módulo do impulso de F no instante de tempo 0 a 10s; (50 N.s)
b) a sua velocidade em t = 10s. (sol: 25 m/s)
4. Uma esfera H de massa mH = 2 kg, desloca-se numa superfície horizontal, sem atrito, com
velocidade vH = 3 m/s, e atinge frontalmente uma segunda esfera, Y, de massa mY,
inicialmente em repouso. Após o choque, perfeitamente elástico, a esfera H recua com
velocidade com velocidade de – 1 m/s e a outra passa a mover-se com velocidade de 2 m/s.
Qual é o valor da massa mY?
A. 2 B. 3 C. 4 D. 5
5. Um corpo de massa m choca-se frontalmente com outro de massa 4m, que está em repouso
num plano horizontal sem atrito. O choque é perfeitamente elástico e a velocidade do
primeiro corpo no instante da colisão é 10 m/s. Depois da colisão, o primeiro corpo recua
com uma velocidade de -2 m/s. Determine a velocidade do segundo corpo depois da
colisão. (sol: 3 m/s)

78

TURMA DOS REVOLTADOS


8 Electricidade
8.1 Electrostática

É a parte da física que estuda a interação entre electrões que encontram-se em repouso.
Define-se carga eléctrica puntiforme como sendo o corpo electrizado cujas dimensões podem ser
desprezadas em relação às distâncias que o separam de outros corpos electrizados. Uma carga
eléctrica pode ser positiva ou negativa.

Para recordar:

8.1.1 Lei de Coulomb

Considere duas cargas eléctricas puntiformes 𝑄1e 𝑄2 separadas pela distância d e situadas no
vácuo. Entre elas ocorre atração (figura a), se tiverem sinais opostos, ou repulsão (figura b) se
tiverem mesmo sinal, com forças de mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos, de
acordo com o princípio de acção e reação.

79

TURMA DOS REVOLTADOS


A intensidade da força da acção mútua entre as cargas depende da distância d entre as cargas e
dos valores das cargas 𝑄1 e 𝑄2.

A intensidade da força de acção mútua entre duas cargas eléctricas puntiformes é directamente
proporcional ao produto dos valores absolutos das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa.

A partir do enunciado podemos escrever:


𝑘|𝑄1 ||𝑄2 |
𝐹𝑒 =
𝑑2
𝑁.𝑚2
O valor da constante electroestática k no vácuo é: 𝑘 = 9 ∗ 109
𝐶2

Fixando-se os valores de 𝑄1e 𝑄2 e variando-se a distância d, a intensidade da força F varia.

Observe que, dobrando-se a distância, a intensidade


da força eléctrica fica quatro vezes menor;
triplicando-se a distância, a intensidade da força
eléctrica fica nove vezes menor, e assim por diante. O
quadro a seguir apresenta esses valores.

Colocando-se a intensidade da força eléctrica no eixo das ordenadas e a distância no eixo das
abcissas, obtemos o gráfico de F em função da distância d.

80

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 1:

Uma carga pontual positiva, Q1 = 0.2𝜇C, é colocada a uma distância r = 3


cm de outra carga também pontual, negativa, Q2 = - 0.6𝜇C. Calcule a força
que Q2 exerce sobre Q1.

Resolução

𝑘|𝑄2 ||𝑄1 | 9
0.6 ∗ 10−6 ∗ 0.2 ∗ 10−6
𝐹21 = = 9 ∗ 10 = 1.2𝑁
𝑑2 (3 ∗ 10−2 )2
Exemplo 2:
Determine a intensidade da força de repulsão entre duas cargas eléctricas iguais a 1 C, situadas no
vácuo e a 1 m de distância.
Resolução
𝑘|𝑄1 ||𝑄2 |
𝐹= ; 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄
𝑑2
𝑘|𝑄1 ||𝑄2 | 9 ∗ 109 ∗ 1
𝐹= → 𝐹 = → 𝐹 = 9 ∗ 109 𝑁
𝑑2 1
Exemplo 3:

Duas cargas eléctricas puntiformes positivas e iguais a Q estão situadas no vácuo a 2 m de


distância. Sabe-se que a força de repulsão mútua tem intensidade de 0,1 N. Calcule Q.

Resolução

𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄

81

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑘|𝑄1 ||𝑄2 | 𝑘𝑄2 2
𝐹 ∗ 𝑑2 0.1 ∗ 22 4 −10
2
𝐹= → 𝐹 = → 𝑄 = = → 𝑄 = ∗ 10 → 𝑄 = ∗ 10−5 𝐶
𝑑2 𝑑2 𝑘 9 ∗ 109 9 3

Exemplo 4:
Duas cargas puntiformes 𝑄1 = 10−6 𝐶 e 𝑄2 = 4.10−6 𝐶 estão fixas nos pontos A e B e separadas
pela distância d = 30 cm no vácuo. Determine:
a) A intensidade da força eléctrica de repulsão;
b) A intensidade da força eléctrica resultante sobre uma terceira carga 𝑄3 = 10−6 𝐶,
colocada no ponto médio do segmento que une 𝑄1 a 𝑄2 .
c) A posição em que 𝑄3 deve ser colocada para ficar em equilíbrio sob a acção de forças
eléctricas somente.
Resolução
a) Pela lei de Coulomb:
𝑘|𝑄1 ||𝑄2 | 9
10−6 ∗ 4 ∗ 10−6
𝐹= = 9 ∗ 10 = 0.4 𝑁
𝑑2 (0.3)2
b) Representando todas as forças que actuam na carga Q3, temos:

𝑘|𝑄2 ||𝑄3 | 9
4 ∗ 10−6 ∗ 2 ∗ 10−6
𝐹𝑒(23) = = 9 ∗ 10 = 3.2 𝑁
𝑑2 (0.15)2
𝑘|𝑄1 ||𝑄2 | 9
10−6 ∗ 2 ∗ 10−6
𝐹= = 9 ∗ 10 = 0.8 𝑁
𝑑2 (0.15)2
𝐹𝑅 = 𝐹𝑒(23) − 𝐹𝑒(13) = 3.2 − 0.8 = 2.4𝑁

c) Se 𝑄3 deve ser colocada para ficar em equilíbrio, então a força resultante nesta carga
deve ser nula.

𝐹𝑒(23) − 𝐹𝑒(13) = 0
𝐹𝑒(23) = 𝐹𝑒(13)
𝑘|𝑄2 ||𝑄3 | 𝑘|𝑄1 ||𝑄2 |
=
𝑥2 (0.3 − 𝑥)2
10−6 4 ∗ 10−6
=
𝑥2 (0.3 − 𝑥)2
𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑜𝑠, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:

82

TURMA DOS REVOLTADOS


1 2
= → 0.3 − 𝑥 = 2𝑥 → 3𝑥 = 0.3 → 𝑥 = 0.1𝑚
𝑥 0.3 − 𝑥

83

TURMA DOS REVOLTADOS


8.1.2 Campo eléctrico
Uma carga eléctrica puntiforme Q origina, na região que a envolve, um campo de forças chamado
campo eléctrico. Uma carga eléctrica puntiforme de prova q colocada num ponto P dessa região
fica sob acção de uma força eléctrica F.

Relação entre a força eléctrica e o campo eléctrico

𝐹=𝑞𝐸

Onde: F – força eléctrica

Q – Carga eléctrica

E – Campo eléctrico

No sistema internacional de Unidades (SI) temos:

1𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸 = = 1𝑁/𝐶
1 𝐶𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏

Campo eléctrico de uma carga puntiforme Q fixa

Usando a lei de Coulomb vem:

𝑘𝑄1 𝑄2
𝐹=
𝑑2
𝐹 𝑘|𝑄|
𝐹 = 𝑞𝐸 → 𝐸 = →𝐸= 2
𝑞 𝑑
O gráfico de campo eléctrico E em função da distância d é mostrado abaixo. Observe que a
intensidade do campo E é inversamente proporcional ao quadrado da distância d à carga.

84

TURMA DOS REVOLTADOS


Relação entre o campo eléctrico e a distância Relação entre o campo eléctrico e a carga

Inversamente Directamente
proporcional proporcional

8.1.2.1 Campo eléctrico de várias cargas puntiformes fixas


Considere diversas cargas puntiformes fixas 𝑄1,…,𝑄𝑛 e determinemos o vector campo eléctrico
originado por essas cargas num ponto P qualquer do campo.
Se 𝑄1estivesse sozinha originaria em P o vector campo 𝐸1, bem como 𝑄2, sozinha, originaria em
P o vector campo 𝐸2 e assim por diante, até 𝑄𝑛, que, sozinha, originaria em P o vector campo 𝐸𝑛.

O princípio da superposição dos campos eléctricos estabelece que:


O vector campo eléctrico resultante é dado pela soma vectorial em que cada vector parcial é
determinado como se a carga correspondente estivesse sozinha. 𝐸𝑅 = 𝐸1 + 𝐸2 + ⋯ + 𝐸𝑛
Determinação do campo eléctrico resultante gerado por várias cargas
1º Caso

𝑘|𝑄1 | 𝑘|𝑄2 |
𝐸1 = 𝑒 𝐸2 =
𝑑1 2 𝑑2 2

𝐸𝑅 = 𝐸1 + 𝐸2

85

TURMA DOS REVOLTADOS


Observação: o campo eléctrico resultante é determinado através da soma dos campos 𝐸1 e 𝐸2
porque estes têm o mesmo sentido.

2º Caso

𝑘|𝑄1 | 𝑘|𝑄2 |
𝐸1 = 𝑒 𝐸2 =
𝑑1 2 𝑑2 2

Supondo que 𝐸1 é maior que 𝐸2, então:


𝐸𝑅 = 𝐸1 − 𝐸2

3º Caso

Como os campos gerados na origem das coordenadas, E1 e E2, são perpendiculares, então o campo
eléctrico resultante, Er, é obtido pela seguinte expressão:

𝐸𝑅 = √𝐸1 2 + 𝐸2 2

Exemplo 5:
Sabendo que o módulo do vector campo magnético originado por uma carga puntiforme de 2𝜇C é
105 N/C. Determine a intensidade da força eléctrica.
Resolução
𝐹 = 𝑞𝐸 = 2 ∗ 10−6 ∗ 105 = 0,2 𝑁

86

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 6: UEM 2016 NR 14
As cargas puntiformes 𝑞1 = 20𝜇𝐶 e 𝑞2 = 64𝜇𝐶 estão fixas no
vácuo, respectivamente nos pontos M e N. O campo eléctrico
resultante no ponto P, em N/C, tem intensidade de:
A. 3.106 B. 3,6.106 C. 4.106 D. 4,5.106 E. 5,4.106

Resolução

8.1.3 Potencial eléctrico


8.1.3.1 Potencial eléctrico devido a uma carga pontual
O potencial eléctrico é uma grandeza não vectorial, logo ele não tem sentido nem direcção. Ela
tem apenas módulo.

Repare na expressão, que não há módulo, na expressão do potencial eléctrico. Logo, a carga entra
com o seu sinal.
Exemplo 7:
Determine o potencial eléctrico devido a carga Q no ponto P.

87

TURMA DOS REVOLTADOS


Solução:
𝑘𝑞 9 ∗ 109 ∗ (−3 ∗ 10−6 )
𝑈= = = −9 ∗ 103 𝑉
𝑑 3
8.1.3.2 Determinação do potencial eléctrico resultante gerado por várias cargas

Para determinar-se o potencial eléctrico resultante no ponto P, deve-se


analisar o potencial devido a cada carga no ponto P e em seguida, somar-
se todos os potencias resultantes.

𝑈𝑅 = 𝑈1 + 𝑈2 + ⋯ + 𝑈𝑛
Recorde se que se a carga é negativa ao entrar na fórmula do
potencial, não deve se omitir o seu sinal.
Exemplo 8:

Como o potencial eléctrico é uma grandeza não vectorial,


então não se representa nenhum vectorial no ponto P.

𝑘𝑄1 𝑘(−𝑄2 )
𝑈𝑅 = 𝑈1 + 𝑈1 → 𝑈𝑅 = +
𝑑1 𝑑1
Relação entre o potencial eléctrico e o campo eléctrico
𝑈
𝑈 =𝐸∗𝑑 →𝐸 =
𝑑
Exemplo 9:
Suponha que, na figura ao lado, o valor da carga Q seja 𝑄=2,0𝜇𝐶.
Suponha, ainda, que as distâncias da carga Q aos pontos A e B
seja 𝑟𝐴=20 𝑐𝑚 e 𝑟𝐵=60 𝑐𝑚. Calcular a diferença de potencial
𝑉𝐴𝐵.
Resolução

88

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑘𝑄
Como vimos, devemos inicialmente calcular, usando a expressão 𝑉 = , os potencias VA e VB
𝑑
dos pontos A e B. Trabalhando com unidades do S.I., temos 𝑄 = 2,0∗10−6 𝐶, 𝑟𝐴 = 0,2 𝑚 e 𝑟𝐵 = 0,6
𝑚. Então:

𝑘𝑄 9 ∗ 109 ∗ 2 ∗ 10−6
𝑉𝐴 = = = 9 ∗ 104 𝑉
𝑑𝐴 0.2
𝑘𝑄 9 ∗ 109 ∗ 2 ∗ 10−6
𝑉𝐵 = = = 3 ∗ 104 𝑉
𝑑𝐵 0.6
Portanto, a diferença de potencial entre A e B será:
𝑉𝐴𝐵 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐴 = 9 ∗ 104 − 3 ∗ 104 = 6 ∗ 104 𝑉

Exemplo 10:

Determine o potencial eléctrico resultante em p nos casos a e b indicados. Admita, em cada caso,
que Q = 10-6 C e d = 0.3 m.

Resolução

a) O potencial eléctrico num ponto P do campo é a soma algébrica dos potencias parciais.
Assim, temos:
+𝑄 +𝑄
𝑉𝑝 = 𝑘 +𝑘
𝑑 𝑑
10−6 10−6
𝑉𝑝 = 9 ∗ 109 ∗ + 9 ∗ 109 ∗ → 𝑉𝑝 = 6 ∗ 104 𝑉
0.3 0.3
b) Neste caso:
+𝑄 −𝑄
c) 𝑉𝑝 = 𝑘 +𝑘 → 𝑉𝑝 = 0
𝑑 𝑑

Exemplo 11:

89

TURMA DOS REVOLTADOS


Usando um aparelho apropriado, mediu-se a diferença de potencial entre
as placas de um capacitor, encontrando-se VAB = 300 V. Verificou-se,
também, que a distância entre as placas era d = 5 mm.

a) Baseando – se nestas medidas, calcule a intensidade do campo entre as placas.

𝑉𝐴𝐵 300
𝐸= = = 6 ∗ 104 𝑉/𝑚
𝑑 5 ∗ 10−3

b) Supondo que a carga entre as placas tenha o valor q = 2.10-7 C. Qual é o valor da força
eléctrica F que actua nesta carga?

𝐹 = 𝑞𝐸 = 2 ∗ 10−7 ∗ 6 ∗ 104 → 𝐹 = 1. 2 ∗ 10−2 𝑁

d) Qual o trabalho que o campo eléctrico realiza sobre a carga q ao desloca-la da placa A para
a placa B?
𝑊𝐴𝐵 = 𝐹𝑑 = 1. 2 ∗ 10−2 ∗ 5 ∗ 10−3 → 𝑊𝐴𝐵 = 6 ∗ 10−5 𝐽
Poderíamos, também, calcular este trabalho partindo da definição de voltagem:
𝑉𝐴𝐵 = 𝑊𝐴𝐵 /𝑞
Teríamos, então:
𝑊𝐴𝐵 = 𝑞𝑉𝐴𝐵 = 2 ∗ 10−7 ∗ 300 =→ 𝑊𝐴𝐵 = 6 ∗ 10−5 𝐽

8.1.4 Trabalho da força eléctrica num campo eléctrico qualquer. Diferença de potencial
eléctrico.

Quando uma carga eléctrica q se desloca num campo eléctrico qualquer de um ponto A para um
ponto B, o trabalho da força eléctrica resultante, que age em q não depende da trajectória,
que liga A com B, e depende dos pontos de partida (A) e de chegada (B).

Deste modo, o campo eléctrico da figura abaixo, o trabalho da força


eléctrico é o mesmo, quer a trajectória seja (1), (2) ou (3).

90

TURMA DOS REVOLTADOS


Verifica-se que, se outra carga for deslocada entre os pontos A e B, altera-se o trabalho da força
𝑊𝐴𝐵
eléctrica, porém o quociente permanece constante e só depende dos pontos A e B do campo.
𝑞

𝑊𝐴𝐵
A grandeza escalar , que depende dos pontos A e B do campo, é indicada por 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ou por
𝑞

U, e recebe o nome de diferença de potencial eléctrico entre os pontos A e B (abreviadamente


ddp) ou tensão eléctrica entre os pontos A e B.

𝑊𝐴𝐵 𝑊𝐴𝐵
𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 𝑜𝑢 ∆𝑈
𝑞 𝑞

𝑉𝐴 𝑒 𝑉𝐵 são os potenciais eléctricos dos pontos A e B.

No sistema internacional da Unidades, a unidade da ddp é Volt (V).

Concluindo, podemos afirmar que o trabalho da força eléctrica num campo eléctrico qualquer
depende da carga eléctrica q e dos pontos de partida (A) e de chegada (B), sendo expresso pelas
formulas.

𝑊𝐴𝐵 = 𝑞𝑈 𝑜𝑢 𝑊𝐴𝐵 = 𝑞(𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 )

Exemplo 12:

Suponha que, uma carga positiva q = 2.10-7 C se deslocasse de A para B e que o trabalho realizado
pela força eléctrica, sobre ela, fosse WAB = 5.10-3 J. Qual é a diferença de potencial VAB entre A e
B?

Resolução

A diferença de potencial entre A e B é dada por:

𝑊𝐴𝐵 5 ∗ 10−3
𝑉𝐴𝐵 = = = 2.5 ∗ 104 𝑉
𝑞 2 ∗ 10−7

91

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 13:

Uma carga eléctrica puntiforme 𝑞 = 1𝜇𝐶 é transportada de um ponto A até um ponto B de um


campo eléctrico. A força eléctrica que age na q realiza um trabalho 𝑊𝐴𝐵 = 10−4 𝐽. Determine:

a) A diferença de potencial eléctrico entre os pontos A e B;


b) O potencial eléctrico de A, adoptando-se B como ponto de referência.

Resolução

a) Da expressão do trabalho da força eléctrica temos 𝑊𝐴𝐵 = 𝑞(𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ), a ddp será igual a:
10−4 = 10−6 ∗ (𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ) → 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 100𝑉
b) Fazendo VB = 0 (potencial de referência), temos: VA = 100 V

Exemplo 14:

Considere o campo eléctrico gerado pela carga puntiforme Q = 1,2.10-8 C,


no vácuo. Determine:

a) Os potenciais eléctricos nos pontos A e B indicados;


b) O trabalho da força eléctrica que age numa carga 𝑞 = 1𝜇𝐶 ao ser deslocado de A para B.

Resolução

a) Em A, temos:
𝑘𝑄 9 ∗ 109 ∗ 1.2 ∗ 10−8
𝑉𝐴 = = = 270 𝑉
𝑑𝐴 0.4
Em B, temos:
𝑘𝑄 9 ∗ 109 ∗ 1.2 ∗ 10−8
𝑉𝐵 = = = 180 𝑉
𝑑𝐵 0.6
b) O trabalho da força eléctrica que age numa carga 𝑞 = 1𝜇𝐶 no deslocamento de A para B
é:
𝑊𝐴𝐵 = 𝑞(𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ) = 10−6 ∗ (270 − 180) → 𝑊𝐴𝐵 = 9 ∗ 10−5 𝐽

92

TURMA DOS REVOLTADOS


8.1.5 Exercícios Propostos

1. Na figura estão representadas duas partículas de cargas de


mesmo sinal, cujos valores são q1 = 5,0 μC e q2 = 7,0 μC.
Elas estão separadas no vácuo por uma distância d = 3,0 m.
Qual o módulo das forças de interação elétrica entre essas
partículas?
A. 35 B. 35.10-2 C. 35.10-3 D. 35.10-4

2. O campo eléctrico criado por uma carga pontual, no vácuo, tem intensidade igual a 9.10-1
N/C. Calcule a que distância d se refere o valor desse campo. (dados: Q = -4 pC e ko = 9.109
unidades SI).

a) 0,02 m b) 0,2 m c) 0,4 m d) 0,6 m e) 0,002 m

3. Qual é o potencial eléctrico situado em um ponto B situado a 90 cm de uma carga eléctrica


de carga igual a 5.10-6 C?

A. 5.102 B. 5.103 C. 5.104 D. 5.105 E. 5.106

4. Uma carga eléctrica puntiforme Q = 4𝜇𝐶 vai de um ponto X a um ponto Y, situados em uma
região de um campo eléctrico onde os potenciais são Vx = 800 V e Vy = 1200 V,
respectivamente. Qual é, em Joules, o módulo do trabalho realizado pela força eléctrica sobre
Q no percurso citado?

A. 1,6.10-3 B. 3,0.10-3 C. 8,0. 10-3 D. 9,0. 10-3

5. Um corpúsculo de 0,2g electrizado com carga de 80.10-6 C varia a sua velocidade de 20m/s
para 80m/s ao se deslocar do ponto A para o ponto B de um campo eléctrico. Qual é a ddp
entre os Pontos A e B desse campo?

A. 9000V B. 8500V C. 7500V D. 3000V E. 7500V

93

TURMA DOS REVOLTADOS


94

TURMA DOS REVOLTADOS


8.2 Electrodinâmica

Cargas eléctricas em movimento

8.2.1 Corrente eléctrica

Suponha um condutor metálico, ligado aos terminais de uma bateria. Seja n o numero de
electrões que atravessam a secção transversal desse condutor deste o
instante t até o instante . Como cada electrão apresenta, em
módulo, a carga elementar e no intervalo de tempo , passa por essa
secção transversal uma carga eléctrica cujo valor absoluto é dado
por:
∆𝒒 = 𝒏𝒆

Onde: ∆𝑞 é –a quantidade de carga

n – número de electrões e – é a carga elementar (1,6.10-19 C)

Define-se intensidade de corrente electrica, no intervalo de tempo t a , como o quociente:

∆𝒒
𝒊=
∆𝒕

No Sistema Internacional, a unidade de corrente electrica é ampère (A).

Exemplo 1:

Um fio metálico é percorrido por uma corrente eléctrica contínua e constante. Sabe-se
que uma carga eléctrica de 32 C atravessa uma secção transversal do fio em 4s. Sendo
e = 1,6.10-19 C a carga eléctrica elementar, determine:

a) A intensidade da corrente eléctrica;


b) O número de electrões que atravessa uma secção do condutor no referido intervalo de
tempo

95

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

∆q 32
a) Sendo ∆q = 32 C e ∆t = 4s, vem: 𝑖 = = =8𝐴
∆t 4

b) Sendo n o número e electrões e e a carga elementar eléctrica, temos:

∆𝑞 32
∆𝑞 = 𝑛𝑒 → 𝑛 = = −19
= 2 ∗ 1020 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟õ𝑒𝑠
𝑒 1,6 ∗ 10

Exemplo 2:

É possível medir a passagem de 5.102 electrões por segundo através de uma secção de um
condutor com certo aparelho sensível. Sendo a carga elementar 1,6.10-19 C, calcule a
intensidade da corrente correspondente ao movimento.

Resolução

Em ∆t = 1s, passam pela secção indicada n = 5.102 electrões, cada qual doptado de carga
e = 1,6.10-19 C.

∆q 𝑛𝑒 5 ∗ 102 ∗ 16 ∗ 10−19
𝑖= = = = 8 ∗ 10−17 𝐴
∆t ∆t 1

Exemplo 3:

Um fio de cobre, de área de secção transversal 5.10-3 cm2, é percorrido por uma corrente contínua
de intensidade 1 A. Adoptando a carga elementar 1,6.10-9 C, determine o número de electrões
passando por uma secção transversal do condutor em 1s.

Resolução

Em ∆t = 1s, passam n electrões com carga de módulo e = 1,6.10-19 C pela secção S destacada.

96

TURMA DOS REVOLTADOS


∆𝑞 𝑛𝑒 𝑖∗∆𝑡 1∗1
Sendo 𝑖 = = →𝑛= = = 6.25 ∗ 1018 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟õ𝑒𝑠
∆𝑡 ∆𝑡 𝑒 1.6∗10−19

8.2.2 Potência Eléctrica

𝑊𝐴𝐵 𝑞𝑈 𝑞
𝑃= = ; = 𝑖; 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑷 = 𝑼 ∗ 𝒊
𝑡 𝑡 𝑡

A energia eléctrica E consumida por um aparelho existente entre A e B, num intervalo de


tempo , é dada pelo trabalho das forças eléctrica:

𝑊
𝑃= → 𝑊 = 𝑃𝑡
𝑡

𝐸 = 𝑊 → 𝐸 = 𝑃𝑡

Exemplo 4:

Um aparelho eléctrico alimentado sob ddp de 120 V consome uma potência de 60 W.


Calcule:

a) A intensidade de corrente que percorre o aparelho;


b) A energia eléctrica que ele consome em 8h, expressa em kWh.

Resolução

a) A potência eléctrica é dada por:

𝑃 = 𝑈 ∗ 𝑖 → 60 = 120 ∗ 𝑖 → 𝑖 = 0.5 𝐴

b) Sendo
c) 𝑃 = 60𝑊 = 60 ∗ 10−3 𝑘𝑊 𝑒 ∆𝑡 = 8ℎ, 𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎, 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜

97

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝐴 𝑒 𝐵, 𝑠𝑒𝑟á:
𝐸 = 𝑃𝑡 = 60 ∗ 10−3 ∗ 8 = 480 ∗ 10−3 𝑘𝑊ℎ = 0.48𝑘𝑊ℎ

Exemplo 5:

Em um aparelho eléctrico ligado corretamente lê-se a inscrição (480 W – 120 V). Sendo a carga
elementar 1,6.10-19 C, calcule o número de electrões que passarão por uma secção transversal do
aparelho em 1 s.

Solução

Como 𝑃 = 𝑈 ∗ 𝑖 → 480 = 120 ∗ 𝑖 → 𝑖 = 4 𝐴

∆𝑞
Sendo 𝑖 = , vem:
∆𝑡

𝑛𝑒 4∗1
𝑖= →𝑛= = 2.5 ∗ 1019 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟õ𝑒𝑠
∆𝑡 1.6 ∗ 10−19
8.2.3 Lei de Ohm

considere o resistor abaixo, mantido a uma temperatura constante,


percorrido por corrente eléctrica de intensidade i, que tem entre seus
terminais uma ddp U.

ddp – diferença de potencial

Obtém- se a seguinte relação 𝑈 = 𝑖. 𝑅 conhecida como a lei de Ohm.

A representação de um resistor em circuitos eléctricos é:

98

TURMA DOS REVOLTADOS


8.2.3.1 Curvas características de resistores ôhmicos

A lei de Ohm é considerada como a equação de um resistor ôhmico de resistência eléctrica R:

𝑈 = 𝑅. 𝑖

Tem-se uma função linear entre a ddp (U) e a corrente eléctrica (i) e, por isso, um resistor
ôhmico é também chamado condutor linear.

Na figura abaixo, o gráfico de U em função de i é uma recta que passa


pela origem, constituído, assim, a curva característica de um resistor
ôhmico. O coeficiente angular da recta (tg𝜃) é numericamente igual à
resistência eléctrica do resistor, ou seja:

𝑈
𝑡𝑔𝜃 = =𝑅
𝑖

Exemplo 6:

Um resistor tem resistência igual a 50 Ո, sob a ddp U = 60V. Calcule a intensidade de corrente
eléctrica que o atravessa.

Solução:

Pela lei de Ohm, 𝑈 = 𝑅 ∗ 𝑖. Sendo U = 60 V e R = 50 Ո, temos:

𝑈 60
𝑖= = → 𝑖 = 1,2𝐴
𝑅 50

99

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 7:

Aplica-se uma ddp nos terminais de um resistor e mede-se a


intensidade da corrente eléctrica que o atravessa. Reprete-se a
operação para ddps diferentes e constrói-se o gráfico ao lado, obtendo
a curva característica do resistor. Determine o valor da resistência
eléctrica desse resistor.

Resolução

Para um resistor ôhmico, qualquer par de valores (i,U) determina a resistência eléctrica do
aparelho. Assim, quando U = 8 V, do gráfico obtêm-se i = 0,4 A, logo:

𝑈 8
𝑅= = → 𝑅 = 20 Ո
𝑖 0.4

8.2.4 Lei de Joule

Um resistor transforma toda a energia eléctrica recebida de um circuito em energia térmica, daí
ser usual dizer que um resistor dissipa a energia eléctrica que recebe do circuito. Assim a potência
eléctrica consumida por um resistor é dissipada. Como sabemos, essa potencia é dada por:

𝑃 = 𝑈. 𝑖

Pela lei de Ohm 𝑈 = 𝑅. 𝑖, tem-se 𝑃 = (𝑅. 𝑖). 𝑖, logo:

𝑃 = 𝑅 ∗ 𝑖2

A energia eléctrica transformada em energia térmica ao fim de um intervalo de tempo Δ𝑡 é dada


por:

𝐸 = 𝑃 ∗ ∆𝑡 → 𝐸 = 𝑅 ∗ 𝑖 2 ∗ ∆𝑡

Essa última formula traduz a lei de Joule, que pode ser enunciada da seguinte maneira:

100

TURMA DOS REVOLTADOS


A energia eléctrica dissipada num resistor, num dado intervalo de tempo Δ𝑡, é directamente
proporcional ao quadrado da intensidade de corrente eléctrica que o percorre.

Exemplo 8:

Um resistor e resistência eléctrica R = 20 Ո é percorrido por uma corrente eléctrica de intensidade


3A. Determine:

a) A potência eléctrica consumida pelo resistor


b) A energia eléctrica consumida no intervalo de tempo e 20s.

Resolução

a) Sendo dados R = 20 Ո e i = 3 A, temos: 𝑃 = 𝑅 ∗ 𝑖 2 = 20 ∗ 32 = 180 𝑊


b) A energia eléctrica consumida pelo resistor, no intervalo de tempo ∆𝑡= 20s, é dada por:
𝐸 = 𝑃 ∗ ∆𝑡 = 180 ∗ 20 = 3600 𝐽

8.2.5 Exercícios Propostos

1. Uma corrente eléctrica de intensidade igual a 5 A percorre um fio condutor. Determine o


valor da carga que passa através de uma secção transversal em 1 minuto.
A. 200C B. 250C C. 300C D. 350C E. 400C
2. Em um aparelho eléctrico ligado correctamente lê-se a inscrição (480W – 120V). sendo a
carga elementar 1,6.10-19C, calcule o número de electrões que passarão por uma secção
transversal do aparelho em 1s.
A. 1,5.1019electrões B. 2,5.1019electrões C. 3,5.1019electrões D. 4,5.1019electrões

3. Um resistor de resistência R=10Ω é submetido a uma diferença de potencial de 30V. Qual


é, em watt, a potência dissipada no resistor?

A3 B 34 C 90 D 98

4. Uma lâmpada de iluminação tem as seguintes especificações: 100W-220V. Qual é em kW.h,


a energia, que esta lâmpada consome se permanecer acesa durante 30 dias?

A 42 B 52 C 62 D 72

101

TURMA DOS REVOLTADOS


6. 5. Um estudante manteve um rádio de 9,0 V ligado das 21:00h às 2:00h da manhã do dia
seguinte, debitando durante esse tempo todo uma potência média de 7,0W. qual foi a carga
que atravessou o rádio?
A. 1,4.104 C B. 2,4.104C C. 1,4.10-4C D. 1,4.106C E. 1,4.10-6C

102

TURMA DOS REVOLTADOS


8.3 Associação de resistores
8.3.1 Associação de resistores em serie
Numa associação de resistências em serie, a corrente que atravessa os resistores é a mesma.

Numa associação de resistores em serie, a resistência equivalente é igual à soma das resistências
dos resistores associados.

𝑅𝑡 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3

Em uma associação de resistores em serie, a ddp em cada resistor é directamente proporcional à


sua resistência eléctrica e a tensão total (Ut) é igual a soma da tensão em cada resistor.

𝑈𝑡 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3

Neste tipo de associação, a corrente eléctrica que atravessa cada resistor é a mesma. Portanto:

𝑖𝑡 = 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3

Exemplo 9:

Um resistor de 5 Ո e um resistor de 20 Ո são associados


em série e à associação aplica-se uma ddp de 100 V.

a) Qual a resistência equivalente da associação?


b) Qual a intensidade de corrente eléctrica na associação?
c) Qual a ddp em cada resistor associado?

Resolução

a) A resistência equivalente é:

𝑅𝑡 = 𝑅1 + 𝑅2 = 5 + 20 = 25Ո

103

TURMA DOS REVOLTADOS


b) Pela lei de Ohm, temos:
𝑈 100
𝑖= = =4𝐴
𝑅𝑡 25

c) A ddp em cada resistor é:

𝑈1 = 𝑅1 ∗ 𝑖 = 5 ∗ 4 → 𝑈1 = 20 𝑉
𝑈2 = 𝑅2 ∗ 𝑖 = 20 ∗ 4 → 𝑈1 = 80 𝑉

8.3.2 Associação de resistores em paralelo

Na associação de resistores em paralelo, a tensão tem todos os resistores é a mesma.

Numa associação de resistores em paralelo, a resistência equivalente é igual à soma do inverso de


cada resistência.

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑡 𝑅1 𝑅2 𝑅3

A intensidade de corrente em uma associação de resistores em paralelo é igual à soma da


intensidade das correntes nos resistores associados.

104

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑖𝑡 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3

Uma vez que todos os resistores estão ligados aos pontos M e N, então a tensão eléctrica é a mesma
em cada resistor. Assim:

𝑈𝑡 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3

Exemplo 10:

Um resistor de 5 Ո e um resistor de 20 Ո são associados em


paralelo e a essa associação aplica-se uma ddp de 100 V.

a) Qual a resistência equivalente da associação?


b) Qual a intensidade de corrente eléctrica em cada resistor?
c) Qual a intensidade de corrente eléctrica na associação?

Resolução

a) A resistência equivalente é:

𝑅1 𝑅2 5 ∗ 20
𝑅𝑝 = = = 4Ո
𝑅1 + 𝑅2 5 + 20

b) Pela lei de Ohm, as intensidades de corrente eléctrica são


𝑈 100
𝑖1 = = = 20 𝐴
𝑅1 5
𝑈 100
𝑖2 = = =5𝐴
𝑅2 20

c) A intensidade de corrente eléctrica na associação valerá:


𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 = 20 + 5 = 25 𝐴

105

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 11:

Dada a associação na figura, calcule a resistência equivalente entre os pontos A e B.

Resolução

Nessa associação, A e B são os terminais (pontos entre os quais se


quer calcular a resistência equivalente); chamemos de C e D os
nós (pontos em que a corrente se divide). De início, só temos
certeza de que os três resistores de 1 Ո cada estão associados em
série: então:

𝑅𝑟 = 1 + 1 + 1 = 3 Ո

Substituindo os três resistores pelo seu equivalente e refazendo o


esquema, os dois resistores de 3 Ո cada, entre C e D, estão
associados em paralelo; então, seno os dois resistores iguais, vem:

𝑅𝑎 3
𝑅𝑝 = → 𝑅𝑝 = = 1.5 Ո
𝑛 2

106

TURMA DOS REVOLTADOS


Finalmente, no esquema ao lado, os resistores 0.5 Ո, 1.5 Ո e
0.5 Ո estão associados em série entre os terminais A e B. A
resistência equivalente da associação será:

𝑅𝑒𝑞 = 0.5 + 1.5 + 2.5 = 2.5 Ո

Exemplo 12:

No circuito eléctrico esquematizado abaixo tem-se i2 = 2,0 A. Determine:

a) A intensidade da corrente eléctrica i1;


b) A diferença de potencial entre os pontos A e B.

Resolução

a) Os resistores de resistências R2 e R3 estão em paralelo e, portanto, sob mesma ddp:

𝑈2 = 𝑈3 → 𝑅2 𝑖2 = 𝑅3 𝑖3 = 15 ∗ 20 = 10 ∗ 𝑖3 → 𝑖3 = 3 𝐴

Assim, a intensidade da corrente eléctrica total it será:

𝑖𝑡 = 𝑖1 + 𝑖2 = 2 + 3 = 5 𝐴

b) Vamos, inicialmente, determinar a resistência equivalente da associação:


10 ∗ 15
𝑅𝐶𝐵 = = 6Ո
10 + 15

107

TURMA DOS REVOLTADOS


A resistência equivalente RAB = 10 Ո é percorrida pela corrente eléctrica it = 5 A. Logo:

𝑈𝐴𝐵 = 𝑅𝐴𝐵 ∗ 𝑖1 = 10 ∗ 5 → 𝑈𝐴𝐵 = 50𝑉

Exemplo 13:

No circuito esquematizado, a ddp entre os terminais A e B vale


100 V. Determine

a) A resistência equivalente entre os pontos A e B;


b) A intensidade de corrente eléctrica no resistor de 7.5 Ո;
c) A intensidade de corrente eléctrica em cada resistor de 5Ո.

Resolução:

a) Resolvendo a associação, temos:

𝑅𝑒𝑞 = 7.5 + 2.5 = 10 Ո

b) Sendo UAB = 100 v, a aplicação da lei de Ohm à resistência equivalente fornece:


𝑈𝐴𝐵 = 𝑅𝑒𝑞 ∗ 𝑖 → 100 = 10 ∗ 𝑖 → 𝑖 = 10 𝐴

108

TURMA DOS REVOLTADOS


c) Ao atingir o nó X indicado na figura, a corrente total
i = 10 A que atravessa o resistor de 7.5 Ո se divide
em duas contes iguais, cada uma com intensidade i’,
tal que:

𝑖 10
𝑖′ = = → 𝑖′ = 5 𝐴
2 2

Exemplo 14:

O resistor de 4 Ո do circuito esquematizado é percorrido por corrente


eléctrica de intensidade 3 A. Determine:

a) A resistência equivalente entre os pontos A e B;


b) A ddp entre os terminais A e B do circuito;
c) A intensidade da corrente eléctrica em cada um dos resistores de 6 Ո e 3 Ո.

Resolução

a) Resolvendo a associação, temos:

𝑅𝑝 = 4 + 2 + 2 = 6Ո

b) Aplicando a lei de Ohm à resistência equivalente, pois a corrente eléctrica que percorre o
resistor de 4 Ո (i = 3 A) é a corrente total, temos:

109

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑈𝐴𝐵 = 𝑅𝑒𝑞 ∗ 𝑖 = 8 ∗ 3 → 𝑈𝐴𝐵 = 24 𝑉
c) Para determinar a intensidade das correntes eléctricas nos resistores de 6 Ո e 3 Ո, devemos
determinar a ddp entre os pontos X e Y
destacados na figura:
𝑈𝑋𝑌 = 𝑅𝑝 ∗ 𝑖 = 2 ∗ 3 → 𝑈𝑋𝑌 = 6 𝑉
Aplicando a lei de Ohm a cada um dos
resistores entre X e Y, temos:
𝑈𝑋𝑌 = 𝑅1 ∗ 𝑖1 → 6 = 6 ∗ 𝑖1 → 𝑖1 = 1 𝐴
𝑈𝑋𝑌 = 𝑅2 ∗ 𝑖2 → 6 = 3 ∗ 𝑖2 → 𝑖2 = 2 𝐴

8.3.3 Exercícios Propostos


1. A diferença de potencial entre os extremos de uma
associação em série de dois resistores de resistências
10Ω e 100 Ω é 220V. Qual é a diferença de potencial
entre os extremos do resistor de 10 Ω?
A. 10V B. 20 V C. 30 V D. 40 V E. 50V

2. Entre os pontos A e B, é aplicada uma diferença de potencial de


30 V. A intensidade da corrente eléctrica no resistor de 10 Ω é:

a) 1,0 A c) 2,0 A e) 3,0 A

b) 1,5 A d) 2,5 A

3. A figura abaixo representa o trecho AB de um circuito elétrico, onde a diferença de


potencial entre os pontos A e B é de 30 V. A resistência equivalente desse trecho e as
correntes nos ramos i1 e i2 são, respectivamente:

a) 5 Ո; 9,0 A e 6,0 A d) 50 Ո; 1,5 A e 1,0 A

b) 12 Ո; 1,0 A e 1,5 A e) 600 Ո; 9,0 A e 6,0 A

110

TURMA DOS REVOLTADOS


c) 20 Ո; 1,0 A e 1,5 A

4. Através do resistor R1 do agrupamento de resistores representado


na figura, flui uma corrente I1 = 6 A. Qual é, em amperes, o valor
da corrente I2?

A1 B2 C3 D4

5. Entre os pontos A e B do trecho do circuito elétrico


abaixo, a ddp é 80 V. A potência dissipada pelo
resistor de resistência 4 Ո é:

a) 4 W b) 12 W c) 18 W
d) 27 W e) 36 W

111

TURMA DOS REVOLTADOS


8.4 Electromagnetismo
8.4.1 Força sobre uma carga móvel em um campo
magnético uniforme

Estando uma carga eléctrica em movimento em um campo


magnético, a uma interação entre esse campo e o campo
originado pela carga. Essa interação manifesta-se por forças
que agem na carga eléctrica, denominadas forças
magnéticas.

A força magnética é dada por:

𝐹𝑚 = |𝑞|. 𝑣. 𝐵. 𝑠𝑒𝑛𝜃 teta é o angulo formado entre a velocidade e o camp magnético.

Exemplo 1:

Uma carga eléctrica −3𝜇𝐶 desloca-se com velocidade 𝑣 = 4. 102 m/s formando um angulo de 30º
com o vector campo magnético B de intensidade 5. 10−2 𝑇. Determine o valor da força.

𝐹𝑚 = |𝑞|. 𝑣. 𝐵. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = |−3 ∗ 10−6 | ∗ 4 ∗ 102 ∗ 5 ∗ 10−2 ∗ 𝑠𝑒𝑛300 = 30 ∗ 10−6 = 3 ∗ 10−5 𝑁

O sentido da força magnética depende do sinal da carga q em movimento. Para determinar o


sentido de 𝐹𝑚 quanto a carga for positiva, utiliza-se uma regra pratica que denominaremos regra
da mão direita.

112

TURMA DOS REVOLTADOS


8.4.2 Força sobre um condutor recto em um campo magnético uniforme

Considere um condutor recto, de comprimento L, percorrido


por uma corrente eléctrica i em um campo magnético uniforme
de indução B, e seja 𝜃 o angulo entre o B e a direção do
conutor.

Se q é a carga transportada pela corrente eléctrica i, no


𝑞
intervalo de tempo ∆𝑡, ao longo do condutor de comprimento L temos 𝑖 = e, portanto:
∆𝑡

𝑞 = 𝑖∆𝑡

A força magnética resultante que actua na carga q e, portanto, no condutor terá intensidade:

𝐹𝑚 = 𝐵. 𝑞. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛𝜃 → 𝐹𝑚 = 𝐵. 𝑖. ∆𝑡. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛𝜃

𝐿
Por outro lado, 𝑣 = → ∆𝑡 ∗ 𝑣 = 𝐿 . Substituindo esse resultado na fomula anterior, temos:
∆𝑡

𝐹𝑚 = 𝐵. 𝑖. 𝐿. 𝑠𝑒𝑛𝜃

Exemplo 2:

Um condutor recto, de comprimento L = 50 cm, é percorrido por uma corrente de intensidade


i = 2,0 A. O condutor está totalmente imerso em um campo magnético uniforme de intensidade
B = 2,0.10-3 T e forma com a direcção do campo um ângulo de 300. Determine a intensidade da
força magnética.

Resolução

Dados

B = 2,0.10-3 T e i = 2,0 A

L = 50 cm = 50*10-2 m = 5*10-1 m e 𝜃 =300

113

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐹𝑚 = 𝐵. 𝑖. 𝐿. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 2 ∗ 10−3 ∗ 2 ∗ 5 ∗ 10−1 ∗ 𝑠𝑒𝑛300 = 10 ∗ 10−4 = 10−3𝑁

8.4.3 Movimento circular em campo magnético

Uma partícula electrizada positivamente com uma carga q é lançada, do ponto P, no interior do
campo, com uma velocidade v. Esta velocidade é perpendicular ao campo magnético, isto é, o
vector v é perpendicular ao vector B.

8.4.3.1 Cálculo do raio da trajetória

Sendo m a massa da partícula e R o raio da sua trajetória, temos:

𝑣2
𝐹𝑚 = 𝑚. 𝑎𝑐𝑝 = 𝑚
𝑅

Quando a partícula move-se no interior do campo magnético, a força magnética (Fm) é igual a força
centrípeta (Fcp).

𝑣2 𝑚𝑣
Assim, 𝐹𝑚 = 𝐹𝑐𝑝 → 𝑞𝑣𝐵 = 𝑚 →𝑅=
𝑅 𝑞𝐵

Exemplo 3:

Um protón é lançado pelo orifício A do anteparo, com velocidade 7,5 ∗ 105 m/s e
perpendicularmente ao campo magnético uniforme (conforme a figura) de intensidade B = 0,5 T.

É dada a relação massa-carga do protón = 10−8𝑘𝑔/𝐶. Determine o raio da trajectória.

114

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

Dados:

𝑣 = 7,5 ∗ 105 m/s

B = 0,5 T m/q = 10−8𝑘𝑔/𝐶


108 m/s
2
𝑣 𝑚𝑣
𝐹𝑚 = 𝐹𝑐𝑝 → 𝑞𝑣𝐵 = 𝑚 →𝑅=
𝑅 𝑞𝐵

𝑚𝑣 10−8 ∗ 7.5 ∗ 105


𝑅= = = 1.5 ∗ 10−2 𝑚
𝑞𝐵 0.5
8.4.4 Exercícios Propostos

1. Uma carga eléctrica puntiforme de 10-5 C passa com velocidade de 2,5 m/s na direcção
perpendicular ao campo de indução magnética B e fica sujeita a uma força de intensidade
5.10-4 N. Qual é, em Tesla, a intensidade do campo magnético?
A 10 B 20 C 30 D 40
2. Um condutor recto de 5m de comprimento é percorrido por uma corrente de 20A a é
mergulhado num campo magnético constante de intensidade 0,6.10-4 T, que faz um ângulo
de 30º com o condutor. A força magnética que actua sobre o condutor é de:
A. 7mN B. 5mN C. 3mN D. 2mN E. 1mN

115

TURMA DOS REVOLTADOS


3. Uma carga eléctrica 45 μC de massa 36 x 10-18 kg penetra num campo de indução magnética
de intensidade 18 x 10-10 T formando 90o com este. Sendo v = 900 m/s o módulo da
velocidade com que a partícula penetra no campo, calcule o raio da trajetória descrita pela
carga.

A. 0.1m B. 0.2m C. 0.3m D. 0.4m E. 0.5m

4. Um electrão penetra na região do campo magnético uniforme cujo valor de indução


magnética é de B = 0.01T, perpendicularmente às linhas de força do campo com velocidade
de 10m/s. o raio da circunferência descrita pelo electrão, em nanometros, é de:

(e=1,6.10-19 C, m = 9,1.10-37 Kg, m/q = 5,7.10-12 Kg/C.)

A. 4,7 B. 5,7 C. 6,7 D. 7,7 E. 8,7

5. Um condutor de comprimento l = 0.4 m é percorrido por uma corrente I = 5 A e está


mergulhado num campo B = 103 √3 Teslas, fazendo um ângulo de 600 com a direcção do
campo. Qual é, em kN, a intensidade da força magnética que actua sobre o condutor?

A. 1 B. 2 C. 3 D. 4

116

TURMA DOS REVOLTADOS


9 Termodinâmica
9.1 Calorimetria
9.1.1 Quantidade de Calor

A quantidade de calor Q recebida (ou cedida) por um corpo é directamente proporcional à sua
massa m e à variação de temperatura Δ𝑇 sofrida pelo corpo.

Assim: 𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇

Onde:

Q – Quantidade de calor

m - massa

c – calor especifico (característica do material)

Δ𝑇 – variação da temperatura (Δ𝑇 = 𝑇2 − 𝑇1)

Quando a temperatura de um corpo aumenta, significa que ele recebeu calor. Se a temperatura
diminui, é porque ele cedeu calor. Essa diferença é analisada de acordo com o seguinte critério:

Δ𝑇=𝑇𝑓−𝑇𝑖

𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 →𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜

𝑇𝑓>𝑇𝑖→Δ𝑇>0→𝑄>0

𝐷𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖ç𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 →𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜

𝑇𝑓<𝑇𝑖→Δ𝑇<0→𝑄<0

Exemplo 1:

Um corpo de massa 200 g é constituído por uma substância de calor específico 0.4 cal/g. ºC.
Determine a quantidade de calar que o corpo deve receber para que sua temperatura varie de 5 ºC
para 35 ºC.

Resolução

117

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇 = 200 ∗ 0.4(35 − 5) → 𝑄 = 2400 𝑐𝑎𝑙

9.1.2 Trocas de calor

Considere dois corpos A e B em diferentes temperaturas, 𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 tais que 𝑇𝐴>𝑇𝐵. Colocando-os


em presença um do outro, verifica-se que a energia térmica é transferida de A para B (figura a).
essa energia térmica em transito é denominada calor. A passagem do calor cessa ao ser atingido o
equilíbrio térmico, isto é, quanto as temperaturas se igualam (figura b).

Dois corpos A e B, colocados num recinto termicamente isolado, não trocam calor com o meio
ambiente. Se a temperatura de A é maior que a de B, há transferência de calor do primeiro para o
segundo, até que se estabeleça o equilibro térmico. Como não há outro corpo trocando calor, se A
perder, por exemplo, 50 cal nesse intervalo de tempo, B terá recebido exatamente 50 cal.

Pela convenção de sinais estabelecida:

𝑄𝐴 = − 50 𝑐𝑎𝑙 𝑄𝐵 = 50 𝑐𝑎𝑙

Percebe-se que: 𝑄𝐴 = −𝑄𝐵 𝑜𝑢 𝑄𝐴 + 𝑄𝐵 = 0

Podemos então enunciar o princípio geral que descreve as trocas de calor:

Se dois ou mais corpos trocam calor entre si, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas
pelos corpos até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é nula.

Sabe-se que, quando dois corpos que se encontram a temperaturas diferentes, são colocados em
contacto, realizam trocas de calor até que estes se encontrem à mesma temperatura. Diz-se que os
corpos atingem o equilíbrio térmico.

118

TURMA DOS REVOLTADOS


O princípio fundamental da calorimetria te o seguinte enunciado: Numa troca de calor entre corpos,
o calor recebido é igual ao calor cedido. 𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜=𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜

Assim, para dois corpos A e B que realizam trocas de calor, sendo 𝑇𝐴<𝑇𝐵, teremos a seguinte
igualdade:

𝑐𝐴.𝑚𝐴.Δ𝑇𝐴 = 𝑐𝐵.𝑚𝐵.Δ𝑇𝐵

Repare-se que: Δ𝑇𝐴 = 𝑇𝑒−𝑇𝐴 e Δ𝑇𝐵 = 𝑇𝐵−𝑇𝑒, onde 𝑇𝑒é a temperatura de equilíbrio.

Exemplo 2: UEM 2016 NR 20

Misturam-se 8 g de água a temperatura de 100 º C com 12 g de água a temperatura de 40 ºC. Qual


será, em ºC, a temperatura final da mistura, se o calor específico da água é 1 cal/gºC?

A. 42 B. 48 C. 60 D. 64 E. 70

Resolução

𝑚1 𝑐1 (𝑇𝑓 − 𝑇1 ) = 𝑚2 𝑐2 (𝑇2 − 𝑇𝑓 )

8 ∗ (𝑇𝑓 − 100) = 12 ∗ (40 − 𝑇𝑓 )

(𝑇𝑓 − 100) = 1.5 ∗ (40 − 𝑇𝑓 )

𝑇𝑓 − 100 = 60 − 1.5𝑇𝑓

119

TURMA DOS REVOLTADOS


100 + 60
𝑇𝑓 = = 640 𝐶
2.5

9.1.3 Exercícios Propostos

1. Para aquecer 1kg de uma substância de 10ºC à 60ºC foram necessárias 400cal. Determine
o calor específico do material.
A. 0,008cal/gºC B. 0,008 cal/gºC C. 2000 cal/gºC D. 2400 cal/gºC E. 8 cal/gºC
2. Uma barra de ferro de massa de 4kg é exposta a uma fonte de calor e tem sua temperatura
aumentada de 30 ºC para 150 ºC. Sendo o calor específico do ferro c = 0,119 c/g.ºC, a
quantidade de calor recebida pela barra é aproximadamente:

a) 45 kcal b) 57,1 kcal c) 100 kcal d) 12,2 kcal e) 250,5 kcal

3. Quando se fornecem 200 cal a um corpo de calor específico c = 0,5 cal/gºC e massa
desconhecida, sua temperatura se eleva de 30ºC a 70ºC. Qual e, em gramas, o valor da
massa?

A5 B 10 C 20 D 25

4. Um bloco de um material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à temperatura de 80°C,


ao ser encostado em outro bloco do mesmo material, de massa 500g e que está em
temperatura ambiente (20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em contato?
Considere que os blocos estejam em um calorímetro.

A. 30ºC B. 60ºC C. 90ºC D. 120ºC E. 150ºC

5. Numa garrafa térmica há 100 g de leite à temperatura de 90º C. Nessa garrafa são
adicionados 20 g de café solúvel à temperatura de 20º C. O calor específico do café vale 0,5
cal/(gº C) e o do leite vale 0,6 cal/(gº C). A temperatura final do café com leite é de:

A. 80ºC B. 42ºC C. 50ºC D. 60ºC E. 67ºC

120

TURMA DOS REVOLTADOS


9.2 Gases Ideais

O movimento caótico (desordenado) que as partículas possuem depende da


temperatura. Sendo a temperatura uma medida da energia cinética média das
partículas, quanto maior a temperatura, mais rápido se torna o movimento das
partículas e vice-versa. Entre as partículas de um gás existem grandes espaços
intermoleculares, isto é, a distância entre as partículas de um gás é muito grande.
Assim, torna-se fácil comprimir ou expandir um gás. As partículas de um gás chocam entre si e
com as paredes do recipiente que os contém.

Gás perfeito ou ideal é o gás cujas partículas se encontram muito distantes, sendo desprezável a
interacção entre as suas partículas constituintes.

Um gás perfeito ou ideal apresenta as seguintes características:

• O movimento das suas partículas é caótico e desordenado (movimento browniano);


• Os choques entre as suas partículas e com as paredes são perfeitamente elásticos (as
partículas não grudam nas paredes após os choques.

Parâmetros de estado são grandezas físicas que caracterizam o estado de um determinado gás.

Os parâmetros de estado de um gás, nomeadamente, a temperatura, a pressão e o volume,


encontram-se relacionados numa equação chamada equação de estado do gás perfeito.

9.2.1 Equação de estado do gás perfeito ou ideal

A relação entre os parâmetros de estado de um gás perfeito ou ideal é dada pela equação de estado
chamada «equação de Clapeyron-Mendelev» abaixo apresentada:

𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇

Onde:

P – Pressão [Pa ou atm]

121

TURMA DOS REVOLTADOS


V – Volume [m3 ou litros]

n – número de moles [moles]

R – constante universal dos gases perfeitos [8,31 SI]

T – Temperatura absoluta [Kelvin]

9.2.2 Isoprocessos. Diagramas dos isoprocessos (Isotérmico, Isobárico e Isovolumétrico)

Isoprocessos são transformações gasosas que ocorrem sem a variação da massa com um dos
parâmetros de estado constante.

Distinguem-se três isoprocessos: isotérmico, isobárico e isovolumétrico.

Quando um gás muda de estado para o outro, pode variar a sua pressão, temperatura ou o seu
volume. No entanto, o seu número de moles permanece constante. Portanto, para análise dos
isoprocessos, usares a seguinte expressão:

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2

9.2.2.1 Transformação Isotérmica

Neste processo estuda-se a relação entre a pressão e o volume de um gás sem que haja mudança
de temperatura.

Processo isotérmico é o processo termodinâmico que ocorre num gás a temperatura constante.

Nesta transformação a relação entre a pressão e o volume é de proporcionalidade inversa, tal como
veremos abaixo:

𝐾
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇; 𝑛𝑅𝑇 = 𝐾 → 𝑃𝑉 = 𝐾 → 𝑃 =
𝑉

K – é uma constante qualquer

122

TURMA DOS REVOLTADOS


Como podemos ver a pressão está no numerador e o volume no denominador. Quando grandezas
encontram-se dispostas nestas posições, têm uma relação de proporcionalidade inversa.

Para um processo isotérmico podemos representar os seguintes diagramas:

Para analisar esta transformação, usamos a seguinte expressão:

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
= → 𝑃1 𝑉1 = 𝑃2 𝑉2
𝑇1 𝑇2

A temperatura na expressão acima foi simplificada porque como ela é constante, então 𝑇1 = 𝑇2 .

9.2.2.2 Transformação Isobárica

Processo isobárico é o processo termodinâmico que ocorre num gás a pressão constante.

Numa transformação isobárica de um gás a temperatura e o volume são directamente


proporcionais. Estas grandezas são directamente proporcional porque o volume e a temperatura
estão no numerador.

𝑛𝑅 𝑛𝑅
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 → 𝑉 = 𝑇; = 𝐾 → 𝑉 = 𝐾𝑇
𝑃 𝑃

Para um processo isotérmico podemos representar os seguintes diagramas:

123

TURMA DOS REVOLTADOS


Para analisar esta transformação, usamos a seguinte expressão:

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑉1 𝑉2
= → =
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2

A pressão na expressão acima foi simplificada porque como ela é constante, então 𝑃1 = 𝑃2 .

9.2.2.3 Transformação Isovolumétrica

Processo isovolumétrico é o processo termodinâmico que ocorre num gás a volume constante.

Numa transformação isovolumétrica de um gás a pressão e a temperatura são directamente


proporcionais.

𝑛𝑅 𝑛𝑅
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 → 𝑃 = 𝑇; = 𝐾 → 𝑃 = 𝐾𝑇
𝑉 𝑉

Para analisar esta transformação, usamos a seguinte expressão:

124

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑃1 𝑃2
= → =
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2

O volume na expressão acima foi simplificado porque como ela é constante, então 𝑉1 = 𝑉2 .

9.2.3 Primeira Lei da Termodinâmica

Esta lei é baseada na Lei de Conservação de Energia, que diz «a energia de um sistema não pode
ser criada nem destruída, mas sim de uma forma para outra». Esta lei estabelece uma equivalência
entre o trabalho e o calor trocados entre um sistema e o seu meio exterior e tem o seguinte
enunciado:

• A variação da energia interna de um sistema depende da quantidade de calor recebida ou


cedida e do trabalho realizado por ou sobre o sistema:

𝑄 = ∆𝑈 + 𝑊

𝑄 – é a quantidade de calor

∆𝑈 – é a variação da energia interna

𝑊 – é a energia transferida como trabalho4

Convencionou-se que o calor recebido e o trabalho realizado pelo gás têm valores positivos e, o
calor cedido pelo gás ou o trabalho realizado sobre o gás têm valor negativos.

9.2.3.1 Análise da primeira lei da termodinâmica


9.2.3.1.1 Quantidade de Calor

• Quando o gás recebe calor, esta grandeza tem sinal positivo;


• Quando o gás cede calor, esta grandeza tem sinal negativo;

Exemplo: Um gás ideal sofre uma transformação na qual absorve 150 cal de energia na forma calor
e expande-se […] → Veja que neste caso o gás recebe ou absorve calor. Ao se extrair dos dados,
deve-se escrever o seguinte: Q = 150 cal e continuar com a resolução.

125

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo: Sobre um sistema realiza-se um trabalho de 3000 J e, em resposta ele fornece 500 cal
ao meio exterior durante […] → Veja que neste caso o gás fornece ou cede calor. Ao se extrair
dos dados, deve-se escrever o seguinte: Q = -500 cal e continuar com a resolução.

9.2.3.1.2 Variação da Energia Interna

A variação da energia interna depende da variação da temperatura:

• Se a temperatura do gás diminui, a sua variação de energia interna é negativa;


• Se a temperatura do gás aumenta, a sua variação de energia interna é positiva;
• Se a temperatura do gás é constante ou não varia, a sua variação de energia interna é
NULA;

Exemplo 3:

Qual é a variação de energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado um trabalho

de 80J durante uma compressão isotérmica?

A 80 B 40 C0 D -80

Resolução:

Veja neste caso que o gás sofre uma compressão isotérmica. Aqui estamos perante uma
transformação onde a temperatura não varia (é constante), logo a variação da energia interna é
nula.

Logo a opção correcta é C.

9.2.3.1.3 Trabalho

No capítulo de Dinâmica vimos que:

𝑊 =𝐹∗𝑑

E na Hidrodinâmica veremos que:

126

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐹
𝑃= →𝐹 =𝑃∗𝐴
𝐴

𝑊 = 𝐹 ∗ 𝑑 = 𝑃 ∗ 𝐴 ∗ 𝑑; 𝐴 ∗ 𝑑 = 𝑉

𝑊 =𝑃∗𝐴∗𝑑 →𝑊 =𝑃∗𝑉

Como o gás muda do estado 1 para o estado 2, então:

𝑊 = 𝑃 ∗ ∆𝑉 → 𝑊 = 𝑃 ∗ (𝑉2 − 𝑉1 )

Um gás ideal expandir-se um sofrer uma compressão.

Um gás expande-se quando o seu volume aumenta do estado 1 para


o estado 2 ou seja quando o gás realiza trabalho. Neste caso o
trabalho é positivo (W>0).

Exemplo: Um gás ideal sofre uma transformação na qual absorve


150 cal de energia na forma calor e expande-se, realizando um
trabalho de 300 J […] → Veja que neste caso o gás expande-se, logo realiza trabalho. Ao se
extrair dos dados, deve-se escrever o seguinte: W = 300 J e continuar com a resolução.

Um gás sofre uma compressão quando o seu volume diminui do


estado 1 para o estado 2 ou quando o trabalho é realizado sobre o
gás ou quando o gás recebe trabalho. Neste caso o trabalho é
negativo (W<0).

Exemplo: Sobre um sistema realiza-se um trabalho de 3000 J e, em


resposta ele fornece 500 cal ao meio exterior durante […] → Veja que neste o trabalho é realizado
sobre o gás. Ao se extrair dos dados, deve-se escrever o seguinte: W = −3000 J e continuar com
a resolução.

127

TURMA DOS REVOLTADOS


9.2.4 Exercícios Propostos

1. Um gás ideal ocupa 4 litros a uma temperatura de 300K. Aquecendo isobaricamente o gás
até à temperatura de 900K, qual será, em litros, o seu novo volume?
A3 B6 C9 D 12

2. O gráfico representa a isóbara de uma certa quantidade de um gás


perfeito. Qual é, em Kelvin, o valor da temperatura TN?

A. 200 B. 300 C. 350 D. 400 E. 450

3. Um gás ideal absorve 50cal de energia na forma de calor e expande-se realizando um


trabalho de 300J. Qual é, em Joules, a variação da energia interna do gás? (1cal = 4,2J)

A -210 B -90 C 90 D 510

4. Sobre um sistema, realiza-se um trabalho de 3000J e, em resposta, ele fornece 1000 cal de
calor durante o mesmo intervalo de tempo. Qual é a variação da energia interna do sistema
durante esse processo? (considere 1cal = 4J)

A. -2000J B. -1000J C. -4000J D. +1000J E. +7000J

5. Em uma transformação isobárica, o volume de um gás ideal aumenta de 10-1 m3 para 2.10-1
m3, sob pressão de 10Pa. Durante o processo, o gás recebe do ambiente 8 J de calor. Qual
é, em Joules, a variação da energia interna do gás?

A5 B6 C7 D9

128

TURMA DOS REVOLTADOS


10 Mecânica de Fluidos

A palavra fluir é usada para designar o movimento de líquidos e gases. Por isso, os gases e os
líquidos são, também, de uma forma gera, chamados fluidos.

Fluido é o termo usado para designar toda a substância no estado líquido ou gasoso.

A mecânica dos fluidos é a parte da física que estuda o efeito de forças em fluidos.

10.1 Hidrodinâmica

A hidrodinâmica refere-se especificamente a ciência que trata do movimento dos fluidos — fluxo
de líquidos e gases.

Fluidos são substância que podem escoar-se. Fazem parte deste grupo os líquidos e os gases.

10.1.1 Vazão Volúmica

Vazão volúmica ou caudal é o volume de fluido que


passa através da secção transversal de um tubo durante
um intervalo de tempo.

𝑉
𝑄= (1)
∆𝑡

Q – é a vazão volúmica ou caudal [m3/s]

V – é o volume [m3]

∆𝑡 – é o tempo [s]

Exemplo 1: UEM 2016 N. 43

Uma torneira de água enche um tanque, cuja capacidade é 12000 litros em 40 min. Qua é, em
dm3/s, a vazão da água na torneira?

A. 30 B. 20 C. 10 D. 5 E. 2

129

TURMA DOS REVOLTADOS


Resolução

Lembre-se: 1𝑙 = 1𝑑𝑚3 𝑒 1 min = 60𝑠

𝑉 12000𝑙 12000𝑙 120


𝑄= = = = = 5𝑙/𝑠
∆𝑡 40 𝑚𝑖𝑛 40 𝑚𝑖𝑛 24

Considerando que V = A ∗ l e substituindo o comprimento l por ∆𝑠, temos: V = A ∗ ∆𝑠.

Vamos substituir aa expressão do volume na expressão (1):

𝑉 A ∗ ∆𝑠
𝑄= = → 𝑄 = A𝑣
∆𝑡 ∆𝑡

Q – é a vazão volúmica ou caudal [m3/s]

A – é a Área [m2]

𝑣 – é a velocidade [m/s]

Exemplo 2: UEM 2016 N.44

Por um tubo de 10 cm de diâmetro interno passam 0,25 m3/s de água. A velocidade de escoamento
da água, em m/s, é de:

A. 0,25 / π B. 0,5 / π C. 1 / π D. 10 / π 100 / π

Resolução

𝑄
𝑄 = A𝑣 → 𝑣 =
𝐴

Como o fluxo de água trafega num tudo, deve-se determinar a área do tudo:

2
2
𝑑 2 10 ∗ 10−2
A = π𝑟 = 𝜋 ( ) = 𝜋 ( ) = 𝜋 ∗ 25 ∗ 10−4 𝑚2
2 2

130

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑄 0,25 100
𝑄 = A𝑣 → 𝑣 = = −4
= 𝑚/𝑠
𝐴 𝜋 ∗ 25 ∗ 10 2

10.1.2 Equação de Continuidade

Consideremos o trecho de tubulação esquematizado


a seguir por onde escoa um fluido em regime
permanente. Sejam A1 e A2 as áreas das secções S1
e S2 e v1 e v2 as intensidades da velocidade de
escoamento do fluido em S1 e S2, respectivamente.

Da equação do cálculo da vazão está claro que a relação entre a área e a velocidade é de
proporcionalidade inversa:

𝑄
𝑄 = A𝑣 → 𝑣 =
𝐴

Isto significa que: quanto maior é a velocidade menor será a área ou vice-versa. Com esta
afirmação conclui-se que a secção 1 tem uma área maior e o fluido escoa com uma velocidade
menor e a secção 2 tem uma área menor e o fluido escoa com uma velocidade maior.

Assim, notamos que a vazão na secção 1 é igual a vazão na secção 2.

𝑄1 = 𝑄2 → 𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2 → 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Exemplo 3: UEM 2018 N. 51

Na tubulação convergente da figura escoa um fluído incompressível. Qual é,


em unidades SI, a velocidade do fluído na secção 2?

A. 7,5 B. 10 C. 12,5 D. 15,0 E. 17,5

Resolução

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao princípio de continuidade:

131

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐴1 𝑣1 10 ∗ 5
𝑄1 = 𝑄2 → 𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2 → 𝑣2 = = = 10 𝑚/𝑠
𝐴2 5

Exemplo 4: UEM 2018 N. 50

Numa tubulação horizontal em que escoa um fluido ideal, o raio de uma secção transversal S1 é
cm e o raio da outra secção S2 é de 18 cm. Qua é a razão v1/v2 entre as respectivas velocidades?

A. 3 B. 6 C. 9 D. 12 E. 18

Resolução

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao princípio de continuidade:

𝑣1 𝐴2 182
𝑄1 = 𝑄2 → 𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2 → = = 2 =9
𝑣2 𝐴1 6

10.1.3 Exercícios Propostos

1. Um líquido fui através de um tubo de secção transversal constante e igual a 5cm2 com
velocidade de 4.10-3 cm/s. Determine:

a) A vazão do líquido ao longo do tubo; (Q = 2.10-2cm3/s)

b) O volume do líquido que atravessa uma secção em 10s. (V = 2.10-1 cm3)

2. Através da secção transversal de um tubo de 2cm2 de área, escoa um fluido com a velocidade
de 10 cm/s. Qual e, em cm3 /s, a respectiva vazão?

A 10 B 20 C 30 D 40

3. Um fluído escoa no trecho de tubulação da figura. Na secção (1),


tem-se S1 = 20 cm2 e v1 = 15 m/s. Na secção (2), a velocidade é de
30 m/s. Qual é, em cm2, a área da secção S2?

A. 30 B. 20 C. 10 D. 5

132

TURMA DOS REVOLTADOS


4. A figura mostra parte de uma tubagem onde fui água de S1 a S2. A área de secção transversal
S1 é 4 vezes maior que a área de secção transversal S2. A razão entre a velocidade v2 e v1 é
igual a:

A. ¼ B. ½ C. 2 D.4 E.8

5. Numa tubulação horizontal em que escoa um fluido ideal, o raio de uma secção transversal
S1 e triplo do raio de outra secção transversal S2. Qual e a razão v1/v2 entre as respectivas
velocidades?

A 1/3 B 1/6 C 1/9 D 1/12

10.2 Hidrostática

A Hidrostática é o capítulo da Física que se ocupa dos fluidos em repouso ou em equilíbrio.

Uma das grandezas físicas que caracteriza os fluidos é a densidade ou massa específica, 𝜌.

10.2.1 Densidade

A densidade de uma substância é a massa por unidade de volume dessa substância.

Por isso, a expressão para o seu cálculo é:

𝑚
𝜌=
𝑉

Onde: m é a massa e V é o volume.

Exemplo 1:

Um objecto feito de ouro maciço tem 500 g de massa e 25 cm3 de volume. Determine a densidade
do objecto em g/cm3 e kg /m3.

Resolução:

133

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑚 500
𝜌= = = 20 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉 25

Como 1 g = 10-3 kg e 1 cm3 = 10-6 m3, vem:

𝑔 10−3 𝑘𝑔
𝜌 = 20 = 20 = 2.104 𝑘𝑔/𝑚3
𝑐𝑚3 10−6 𝑚3

Exemplo 2:

Um cilindro tem 5 cm2 como área da bases e 20 cm de altura, sendo sua massa igual a 540 g.
Determine a densidade do cilindro.

Resolução:

A densidade do cilindro é dada pela relação entre sua massa e seu


volume:

m = 540 g

V = Abase . H = 5. 20 = 100 cm3

𝑚 540
𝜌= = = 5,4 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉 100

A outra grandeza física que caracteriza os fluidos é a pressão.

10.2.2 Pressão

A pressão é a força por unidade de superfície.

Por isso, a expressão para o seu cálculo é:

𝐹
𝑃=
𝐴

134

TURMA DOS REVOLTADOS


Onde: F é a força e A é a área. A unidade da pressão no SI é o pascal, Pa, sendo 1Pa = N/m2

Exemplo 3

Se a força aplicada em cada uma das figuras for de 10 N, determine a pressão exercida nas figuras
abaixo:

Exemplo 4:

Uma força de intensidade 2 N é aplicada perpendicularmente a uma superfície por meio de um


pino de 1mm2 de área. Determine a pressão, em N/m2, que o pino exerce sobre a superfície.

Resolução:

𝐹 2
𝑃= = −6 = 2 ∗ 106 𝑁/𝑚2
𝐴 10

10.2.3 A pressão em um líquido. Teorema de Stevin

Considere um líquido de densidade 𝜌, em equilíbrio. Imagine uma porção desse


líquido com a forma de um cilindro recto de altura h e cujas bases tenham área A,
estando a base superior exactamente na superfície livro do líquido.

Na base superior actua a força FA, exercida pelo ar existente sobre o líquido, e, na
base inferior, a força hidrostática FB. Seja P o peso do cilindro líquido. Como há
equilibro, podemos escrever:

𝐹𝐵 = 𝐹𝐴 + 𝑃

Mas o peso do cilindro líquido vale: 𝑃 = 𝑚𝑔 = 𝜌𝑉𝑔 = 𝜌𝐴ℎ𝑔

135

TURMA DOS REVOLTADOS


Assim: 𝐹𝐵 = 𝐹𝐴 + 𝜌𝐴ℎ𝑔

Dividindo pela área A da base, vem:

𝐹𝐵 𝐹𝐴 𝜌𝐴ℎ𝑔
= + → 𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 + 𝜌𝑔ℎ
𝐴 𝐴 𝐴

A altura h é a distância entre a superfície até ao ponto em análise (para a


figura em análise, o ponto B).

Variação da pressão em função da altura

Unidades da pressão

𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑃𝑎 𝑜𝑢 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑁/𝑚2

Exemplo 5:

Um reservatório contém água, cuja densidade é 1g/cm3, até uma altura de 10m. A pressão
atmosférica local é 105 N/m2 e a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2. Determine a pressão no
fundo do reservatório expressa em N/m2.

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ

Mas: 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑁/𝑚2 ; 𝜌 = 1 𝑔/𝑐𝑚3 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 ; 𝐻 = 10𝑚

Assim: 𝑃 = 105 + 103 . 10.10 = 2. 102 𝑁/𝑚2

Exemplo 6:

136

TURMA DOS REVOLTADOS


A pressão no interior de um líquido homogéneo em equilíbrio
varia com a profundidade, de acordo com o gráfico. Determine:

a) A pressão atmosférica;
b) A densidade do líquido;
c) A pressão à profundidade de 20 m (adote g = 10 m/s2)

Resolução

A representação gráfica em questão corresponde ao teorema de Stevin e, portanto, à fórmula:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ

a) A pressão atmosférica é o valor da pressão na superfície livre do líquido, isto é, a pressão


no ponto de profundidade nula. No gráfico, h = 0 corresponde a:

𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑁/𝑚2

b) Para calcular a densidade do líquido, lemos no gráfico um par de valores de pressão e


profundidade (exemplo: P = 2.105 N/m2 em h = 10m). Aplicando o teorema de Stevin,
obtemos:
𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ → 2 ∗ 105 = 105 + 𝜌 ∗ 10 ∗ 10 → 𝜌 = 103 𝑘𝑔/𝑚3

c) Aplicando novamente o teorema de Stevin, para a profundidade h = 20 m, obtemos:


𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ = 105 + 103 ∗ 10 ∗ 20 = 3 ∗ 105 𝑁/𝑚2

137

TURMA DOS REVOLTADOS


10.2.4 Vasos comunicantes

São vasos que estão conectados ou há uma comunicação entre eles.


Algo fundamental nos vasos comunicantes é: pontos a mesma altura
no mesmo líquido em equilíbrios terão a mesma pressão,
independente do lugar na qual eles estejam.

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 = 𝑃𝐶 = 𝑃𝐷

Os líquidos imiscíveis, são aqueles que não se podem misturar.

103 𝑘𝑔 10𝑚
Sabendo que 𝜌1 = ;𝑔 = ; 𝜌2 =?
𝑚3 𝑠2

Para resolver este exercício, deve-se encontrar o ponto onde há


divisão entre os líquidos e definir o ponto A e o ponto B.

Aplicando os conceitos da hidrostática, sabe-se que:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌1 ∗ 𝑔 ∗ ℎ1 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌2 ∗ 𝑔 ∗ ℎ2

𝜌1 ∗ ℎ1 = 𝜌2 ∗ ℎ2

ℎ1 103
𝜌2 = 𝜌1 ∗ = ∗ 10 = 500 𝑘𝑔/𝑚3
ℎ2 20

138

TURMA DOS REVOLTADOS


10.2.5 Prensa hidráulica

A prensa hidráulica é um instrumento constituído por um sistema de


vasos comunicantes com um líquido no seu interior. Os êmbolos
permitem exercer pressão sobre as superfícies livres do líquido.

De acordo com o Princípio de Pascal, a pressão exercida sobre o embolo menor transmite-se com
o mesmo valor através do líquido para o embolo maior. Por isso,

𝐹
𝑃1 = 𝑃2 , mas como 𝑃 = , então:
𝐴

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

Exemplo 7:

Uma prensa hidráulica possui êmbolos de áreas A e 2A. Se um objeto de 1000 N for colocado
sobre o êmbolo maior, qual deverá ser a força aplicada sobre o êmbolo menor para elevar o objeto?

a) 500 N b) 450 N c) 300 N d) 250 N e) 950 N

Resolução

𝐹1 𝐹2 𝐹1 1000
= → = → 𝐹1 = 500𝑁
𝐴1 𝐴2 𝐴 2𝐴

10.2.6 Força de Impulsão ou Empuxo

É uma força vertical, de baixo para cima, que um fluido exerce sobre um
corpo que nele se encontra mergulhado.

A direita temos um corpo que é mergulhado num recipiente com um certo


líquido. Nesse instante o líquido exerce forças no corpo em todos os
sentidos (para cima, baixo, direita e esquerda).

139

TURMA DOS REVOLTADOS


Está claro que as forças horizontais se anulam porque estão no mesmo nível uma vez que a pressão
em pontos horizontais é igual.

Considere as alturas ℎ𝐴 e ℎ𝐵 .

ℎ𝐵 − é a altura da superfície do líquido até o ponto B

ℎ𝐴 − é a altura da superfície do líquido até o ponto A

Agora, analisando os pontos A e B, nota-se que a altura ℎ𝐵 > ℎ𝐴 , logo a


pressão em B será maior que a pressão em A (utilizando o Teorema de
Stevin). Consequentemente, as forças que o líquido exerce no ponto B
serão maiores que as forças exercidas no ponto A.

Analisando as forças na vertical, a força resultante terá o sentido das


forças para cima porque a forças exercidas no ponto B é maior que as forças exercidas no ponto
A.

Logo a força de Empuxo ou Impulso é uma força vertical com o sentido para cima.

O princípio de Arquimedes estabelece que a força de impulsão é igual ao peso


do volume de fluido deslocado.

𝐸 = 𝑃 = 𝑚𝑔 → 𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 𝑔

Onde: 𝜌𝐿 – densidade do líquido deslocado e Vim – volume imerso

Exemplo 8:

140

TURMA DOS REVOLTADOS


Um corpo de volume 0,5 m3 e densidade 5,0.102 kg/m3 está totalmente imerso num líquido de
densidade 2,0.103 kg/m3. Sendo a aceleração da gravidade g = 10 m/s2,
determine a intensidade do empuxo que o líquido exerce sobre o corpo.

Resolução

Como o corpo está totalmente imerso, então o Vim = Vc

𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 𝑔 → 𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑐 𝑔 = 2 ∗ 103 ∗ 0.5 ∗ 10 = 104 𝑁

Exemplo 9:

A figura mostra uma pequena esfera de volume 3. 10-4 m3 e densidade 0,2. 103
kg/m3, em equilíbrio e imersa em água, presa por um fio ideal ao fundo de um
recipiente. Adoptando g = 10 m/s2 e considerando a densidade da água 103
kg/m3, determine:

a) o módulo do empuxo sobre a esfera. (3N)


b) O peso da esfera. (0,6N)
c) A tração no fio. (2,4N)

Resolução

a) Mais uma vez o corpo está totalmente imerso, logo o volume imerso é
igual ao volume do corpo.
𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 𝑔 → 𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑐 𝑔 = 103 ∗ 3 ∗ 10−4 ∗ 10 = 3𝑁
b) 𝑃 = 𝑚𝑔 = 𝜌𝑐 𝑉𝑐 𝑔 = 0.2 ∗ 103 ∗ 3 ∗ 10−4 ∗ 10 = 0.6𝑁
c) 𝑇 + 𝑃 = 𝐸 → 𝑇 = 𝐸 − 𝑃 = 3 − 0.6 = 2.4𝑁

141

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 10:

Quando um cubo de aresta a = 10 cm flutua em um líquido de densidade 𝜌𝐿 =


3,0 x 103 kg/m3, ele permanece com dois terços do seu volume submerso. Qual
é o valor do Empuxo em N?

A. 10 B. 15 C. 20 D. 25 E. 30

Resolução

2
De acordo com o enunciado acima: 𝑉𝑖𝑚 = 𝑉𝑐 ; 𝑉𝑐 = 𝑎3 𝑒
3

𝑎 = 10 𝑐𝑚 = 1 ∗ 10−1 𝑚

2 2
𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 𝑔 = 𝜌𝐿 ∗ 𝑉𝑐 ∗ 𝑔 = 3 ∗ 103 ∗ ∗ (10−1 )3 ∗ 10 = 20𝑁
3 3

Exemplo 11:

Um corpo esférico de volume 12 cm3 flutua em um líquido de densidade 0,8 g/cm3,


de modo que o volume da parte imersa é de 3cm3.

a) Qual é a massa do corpo? (2,4 g)


b) Qual é a densidade do corpo? (0,2 g/cm3)

Resolução

Como o corpo está a flutuar, então:

a) 𝐸 = 𝑃 → 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 𝑔 → 𝑚𝑐 𝑔 → 𝑚𝑐 = 𝜌𝐿 𝑉𝑖𝑚 = 3 ∗ 0.8 = 2.4 𝑔


𝑚𝑐 2.4
b) 𝜌𝑐 = = = 0.2 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉𝑐 12

142

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 12:

Um sólido flutua em água com 1/8 de seu volume imerso. O


mesmo corpo flutua em óleo com 1/6 do seu volume imerso.
Determine a relação entre a densidade do óleo (𝜌𝑜 ) e a
3
densidade da água (𝜌𝑎 ). ( 𝜌𝑜 = 𝜌𝑎 )
4

Resolução

1 1
𝑉𝑖𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 = 𝑉𝑐 𝑒 𝑉𝑖𝑚ó𝑙𝑒𝑜 = 𝑉𝑐
8 6

Como o corpo está a flutuar, então:

𝐸=𝑃

Analisando o corpo na água temos:

𝐸 = 𝑃 → 𝜌𝑎 𝑉𝑖𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 𝑔 → 𝑚𝑐 𝑔 → 𝑚𝑐 = 𝜌𝑎 𝑉𝑖𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 (1)

Analisando o corpo no óleo temos:

𝐸 = 𝑃 → 𝜌𝑜 𝑉𝑖𝑚ó𝑙𝑒𝑜 𝑔 → 𝑚𝑐 𝑔 → 𝑚𝑐 = 𝜌𝑎 𝑉𝑖𝑚ó𝑙𝑒𝑜 (2)

Uma vez que o corpo que mergulha nos dois líquidos é o mesmo, então podemos igualar os
segundos membros das equações (1) e (2).

𝜌𝑎 𝑉𝑖𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 = 𝜌𝑜 𝑉𝑖𝑚ó𝑙𝑒𝑜

1 1 6 3
𝜌𝑜 𝑉𝑖𝑚ó𝑙𝑒𝑜 = 𝜌𝑎 𝑉𝑖𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 → 𝜌𝑜 𝑉𝑐 = 𝜌𝑎 𝑉𝑐 → 𝜌𝑜 = 𝜌𝑎 → 𝜌𝑜 = 𝜌𝑎
6 8 8 4

10.2.7 Exercícios Propostos

1. Uma jóia de prata pura, homogênea e maciça tem massa de 200g e ocupa um volume de
20 cm3. Determine a densidade da joía e a massa específica da prata. (10 g/cm3)

143

TURMA DOS REVOLTADOS


2. A pressão no interior de um líquido homogêneo em
equilíbrio varia com a profundidade conforme o
gráfico. Considerando g = 10 m/s2, determine:

a) A pressão atmosférica; (1,0.105 N/m2)

b) A densidade do líquido; (2,0.103 kg/m3)

c) A pressão hidrostática e a pressão total num ponto situado a 5m da profundidade.


(2,0.105 N/m2)

3. O elevador hidráulico de um posto de automóveis é acionado através de um cilindro de


área 3.10-5 m2. O automóvel a ser elevado tem massa 3.103 kg e está sobre o êmbolo de
área 6.10-3 m2. Sendo a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 determine a intensidade
mínima da força que deve ser aplicada no êmbolo menor para elevar o automóvel. (150N)
4. Um objeto, de volume 0,5 m3, possui 30 % do seu volume mergulhado em um recipiente
com água. Sabendo que a densidade no local é de 9,8 m/s2 e que a densidade da água é de
1000 kg/m3, determine o empuxo sobre o objeto.

a) 1000 N b) 4700 N c) 2700 N d) 1550 N e) 1470 N

5. Um objeto homogêneo colocado em um recipiente com água tem 32% de seu volume
submerso; já em um recipiente com óleo, esse objeto tem 40% de seu volume submerso. A
densidade desse óleo, em g/cm3, é:

Note e adote: Densidade da água = 1 g/cm3

a) 0,32 b) 0,40 c) 0,64 d) 0,80 e) 1,25

144

TURMA DOS REVOLTADOS


11 Oscilações Mecânicas
11.1 Oscilações mecânicas

São movimentos periódicos dum ponto material, que repete sempre a mesma trajectória em
sentidos opostos, em torno duma posição de equilíbrio.

11.2 Principais osciladores mecânicos


11.2.1 Pendulo gravítico simples

É constituído por um particular material de massa m, suspense dum ponto fixo por um fio
inextensível e de massa desprezível. O período do seu movimento é:

𝑙
𝑇 = 2𝜋√ 𝑔

Onde: l- Comprimento do fio, em metros e g- Aceleração gravitacional, em m/𝑠2

11.2.2 Pêndulo elástico

O período T do MHS depende da massa m do ponto material e


da constante elástica k da mola ligada ao ponto material. Uma
vez definidos a mola (e sua constante k) e o ponto material (e
sua mola), obtém-se o período de oscilação pela fórmula:

Exemplo 1:

O ponto material da figura tem massa m = 0,2 kg e está preso à mola de constante elástica 𝑘 =
0.8𝜋 2 𝑁/𝑚. Determine o período o movimento.

145

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑚 0.2 2𝜋
𝑇 = 2𝜋√ =√ = = 1𝑠
𝑘 0.8𝜋 2 2𝜋

11.3 Ondas periódicas

Onda é uma perturbação que se propaga num meio.

Quanto a natureza elas são: mecânicas e eletromagnéticas.

As mecânicas necessitam de um meio para se propagarem.

Um fenómeno é periódico quando se repete identicamente em intervalos de tempo iguais. Numa


oscilação mecânica chama-se:

• Elongação (y): ao desvio momentâneo do oscilador em


relação à posição de equilíbrio. A Elongação de uma onda
varia do seu pico superior ao pico inferior.

• Amplitude (A): ao desvio máximo do oscilador em


relação à posição de equilíbrio, ou seja, o valor da
elongação máxima do oscilador. Corresponde a metade
da elongação.

• Período (T): ao intervalo de tempo necessário para o oscilador efectuar uma oscilação
completa.

• Frequência (f): ao numero (n) de


oscilações realizadas por unidade de tempo
(∆𝑡).

• Pulsação ou frequência angular (𝝎):


descreve a rapidez com que o angulo de fase varia

146

TURMA DOS REVOLTADOS


11.4 Formulas fundamentais das oscilações mecânicas

O comprimento de onda é a distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos.

Velocidade de propagação (v): é o produto entre o comprimento de onda e a frequência.

11.5 Equação geral duma onda

𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜑0)

Onde:

A- amplitude, em m

𝜔-Pulsação ou velocidade angular, em rad/s

𝜑0 é a fase inicial

v-velocidade, em m/s

𝜆-Comprimento de onda, em m

T-período, em s

147

TURMA DOS REVOLTADOS


11.6 Equação e gráfico da elongação em função do tempo

Se um oscilador efectuar um movimento mecânico em torno da sua posição de equilíbrio, a


variação da sua elongação em função do tempo é dada pela seguinte expressão matemática:

𝑦(𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛 (𝜔𝑡 + 𝜑0)

11.7 Equação e gráfico da velocidade em função do tempo

Aplicando o cálculo da derivada da função (y) obtemos a expressão da velocidade v(t).

𝒅𝒚(𝒕) 𝒅[𝐀𝐬𝐞𝐧 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ]


𝒗(𝒕) = = = 𝐀𝐜𝐨𝐬 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ∗ (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 )′
𝒅𝒕 𝒅𝒕

𝒗(𝒕) = 𝐀𝐜𝐨𝐬 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ∗ (𝛚 ∗ 𝟏 + 𝟎) == 𝐀𝛚𝐜𝐨𝐬 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 )

Assim, escrevemos a expressão da velocidade de um oscilador pela equação:

𝒗(𝒕) = 𝐀𝛚𝐜𝐨𝐬 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 )

Da análise da equação, verificamos que o valor máximo é atingido quando o cosseno assume valor
igual à 1. Isto acontece para 𝜔𝑡 + 𝜑0 = 0. Nestas condições, 𝑣(𝑡) = 𝐴𝜔. Sublinhe-se, então, que o
produto 𝐴𝜔 = 𝑣𝑚𝑎𝑥 denomina-se velocidade máxima do oscilador.

O gráfico da velocidade em função do tempo é dado da seguinte forma:

148

TURMA DOS REVOLTADOS


11.8 Equação e gráfico da aceleração em função do tempo

À semelhança do procedimento para encontrar a equação da velocidade em função do tempo


vamos derivar a equação da velocidade:

𝒅𝒗(𝒕) 𝒅[𝐀𝛚𝐜𝐨𝐬 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ]


𝒂(𝒕) = = = −𝐀𝛚𝐬𝐞𝐧 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ∗ (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 )′
𝒅𝒕 𝒅𝒕

𝒂(𝒕) = −𝐀𝛚𝐬𝐞𝐧 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ) ∗ (𝛚 ∗ 𝟏 + 𝟎) = 𝐀𝛚𝟐 𝐬𝐞𝐧 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 )

Assim, escrevemos a expressão da aceleração de um oscilador pela equação:

𝑎(𝑡) = Aω2 sen (ωt + φ𝑜 )

O produto 𝐴𝜔2 = 𝑎𝑚𝑎𝑥 denomina-se aceleração máxima do oscilador.

149

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 2:

Um ponto material realiza um MHS sobre um eixo Ox, sendo sua função horária dada por:

3𝜋
x = 0.2 ∗ cos (𝜋𝑡 + )
2

Para x em metros e t em segundos. Determine:

a) A amplitude, a pulsação, a fase inicial e o período do movimento;


b) A função da velocidade escalar.

Resolução

3𝜋
a) Comparando x = 0.2 ∗ cos (𝜋𝑡 + ) com x = A ∗ cos(𝜔𝑡 + 𝜔𝑜 ), temos:
2

πrad 3𝜋
A = 0,2 m ω= 𝜔𝑜 = 𝑟𝑎𝑑
s 2

2𝜋
De 𝑇 = = 2𝑠
𝜋

3𝜋
b) Sendo 𝒗(𝒕) = −𝐀𝛚𝐬𝐞𝐧 (𝛚𝐭 + 𝛗𝒐 ), resulta: v = 0.2π ∗ sen (𝜋𝑡 + )
2

Uma partícula realiza um MHS tal que os módulos máximos de sua velocidade escalar e de sua
aceleração escalar são respectivamente 3,0 m/s e 6 m/s2. Determine a amplitude e a pulsação do
movimento.

𝑣𝑚𝑎𝑥 = 𝜔𝑎 → 3 = 𝜔𝑎 (1)

𝑎𝑚𝑎𝑥 = 𝜔2 𝑎 → 6 = 𝜔2 𝑎 (2)

6 𝜔2 𝑎
Dividindo membro a membro a equação 2 pela equação 1, vem: = → 𝜔 = 2 𝑟𝑎𝑑/𝑠
3 𝜔𝑎

De 1, obtemos: 3 = 2 ∗ 𝑎 → 𝑎 = 1,5𝑚

150

TURMA DOS REVOLTADOS


11.9 Exercícios Propostos

1. Um móvel executa um movimento harmônico simples e sua função horária da posição é:


𝑥 = 4.cos (𝜋𝑡+𝜋)

Determine a Amplitude, a Pulsação, a Fase Inicial e a frequência do movimento no Sistema


Internacional.

a. 4 m; 1 rad/s; π rad; ½ Hz b. 4 m; π rad/s; π rad; ½ Hz

c. π m; π rad/s; π rad; 1 Hz d. π m; 1 rad/s; 1 rad; π Hz

e. 1 m; π rad/s; 1 rad; π Hz

2. Um corpo oscila em movimento harmónico simples cuja equação é x(t) = 6,0cos(3πt + π/3)
(x em metros e t em segundos). O módulo da velocidade máxima do corpo, em m/s, é de:

A. 3π B. 6π C. 18 π D. -1.8 π E. -18 π

3. Um ponto material realiza um MHS de acordo com


o gráfico. Quais são, respectivamente, em unidades
SI, os valores da amplitude e do período?

A. 2π e 2 B. π e 2

C. 2 e 2 D. 2π e 2π

4. Se num dado lugar um pêndulo simples com comprimento d 2,5m faz 100 oscilações em
314s, qual, em unidades SI, a aceleração da gravidade naquele local?

A. 1,6 B. 4,9 C. 9,6 D. 9,8 E. 10

5. O período das oscilações de um pêndulo de mola de constante K e massa m, é T=8s. Qual


será, em segundos, o período deste pêndulo, se sua massa for quadruplicada?

A2 B4 C 16 D 32

151

TURMA DOS REVOLTADOS


12 Física Moderna
12.1 Onda electromagnética

As ondas eletromagnéticas são originadas por oscilações eléctricas. As oscilações


eléctricas dão origem a um campo magnético variável e este, por sua vez, dá origem a um
campo eléctrico também variável. Portanto, a onda eletromagnética é o resultado da
variação, no espaço no decorrer do tempo, dos campos eléctrico e magnético.

As ondas eletromagnéticas se propagam nos meio materiais como no vácuo.

Ondas electromagnéticas

Onda electromagnética é a propagação, em qualquer meio, da variação dos campos


eléctrico e magnético. Exemplos: a luz, as ondas de rádio, etc.

A velocidade das ondas electromagnéticas no vácuo é 3.108m/s.

12.2 Espectro das ondas electromagnéticas

Visto que a velocidade das ondas eletromagnética no vácuo é constante e que ela se
relaciona como o comprimento de donda e com a frequência por c =λ.f , podemos ordenar
ou dispor diversos grupos de ondas electromagnética em função da frequência ou do

comprimento de onda. A essa separação em grupos de comprimento de onda ou de


frequência chamamos espectro eletromagnético.

Determinação da frequência ou comprimento de onda em ondas electromagnéticas

𝑐
𝑐 = 𝜆𝑓 → 𝜆 =
𝑓

152

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 1: UEM 2014 N.24

Qual é a frequência, em Hz, de funcionamento de uma estação que emite sinais com comprimento
de onda 200 m?

A. 0.5. 106 B.1,0. 106 C. 1,5.106 D. 2,0. 106 E. 2,5.106

Resolução

𝑐 3 ∗ 108
𝑓= = = 1.5 ∗ 106 𝐻𝑧
𝜆 200
12.3 Leis da radiação do corpo negro (Lei de Wien e Lei de Stefan-Boltzmann)

Um corpo real não se comporta como um corpo negro. A radiação que um corpo
real emite é inferior à emitida pelo corpo negro. O mesmo ocorre com a radiação absorvida
que no corpo é inferior à absorvida pelo corpo negro.

12.4 Lei de Wien

O comprimento de onda máximo da raiação emitida por um corpo negro é


inversamente proporcional à sua temperatura.

𝑏
𝜆𝑚𝑎𝑥 =
𝑇

Onde: λmax- é o comprimento de onda máximo; b =3.10-3 m.K, b – é a constante de


Wien;

T – é a temperatura absoluta

Exemplo 2: UEM 2019 N.20

Um corpo negro emite radiação térmica a 2.104 K. Qual é em Angstron,


aproximadamente o valor do comprimento de onda máximo da cursa espetral? (b
= 3.10-3 SI)

153

TURMA DOS REVOLTADOS


A. 15 B. 150 C. 1500 D. 15000 E. 16000

Resolução

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆𝑚𝑎𝑥 = = 4
= 1.5 ∗ 10−7 = 1500 Å
𝑇 2 ∗ 10

12.5 Lei de Stefan – Boltzmann

A intensidade total da radiação emitida por um corpo negro varia com a quarta
potência da sua temperatura absoluta. A expressão matemática de Lei de Stefan –
Boltzmann é dada pela forma abaixo:

𝜀 = 𝜎𝑇 4

Onde: 𝜀 – é a emissividade da radiação emitida;

𝜎 − é a constante de Stefan - Boltzmann

T – é a temperatura absoluta

Exemplo 3: UEM 2018 N. 19

A temperatura da estrela fria Antares é de 2500 K e de outra estrela, considerada quente, é


de 10000 K. Qual é a razão entre as emissividades das estrelas quente e fria?

A. 4 B. 16 C. 64 D. 256 E. 528

Resolução

Para a resolução deste exercício, deve se utilizar a fórmula:

𝜀 = 𝜎𝑇 4

Como trata-se de duas estrelas, então:

154

TURMA DOS REVOLTADOS


𝜀𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 𝜎100004 10000 4
= =( ) = 44 = 256
𝜀𝑓𝑟𝑖𝑎 𝜎25004 2500

12.6 Exercícios Propostos

1. A frequência de funcionamento de uma estação de rádio é de 200kHz. Qual é, em metros,


o comprimento de onda do sinal emitido por esta estação emissora? ( c = 300000 km/s)
A 4000 B 3500 C 2000 D 1500
2. Qual é, em unidades SI, a frequência da luz de comprimento de onda 500 Å?
(c = 300.000 km/s, 1 Å = 10-10 m)
A. 0.6.1013 B. 0.6.1014 C. 0.6.1015 D. 0.6.1016
3. Qual é, em nanometros, o comprimento de onda máximo correspondente ao pico da
radiação do corpo negro para a zona convectiva, cuja temperatura é T=105 K? ( b = 3.10-3
SI)
A 10 B 20 C 30 D 40
4. A temperatura da pele humana é de aproximadamente 35ºC. Qual é, em metros, o
comprimento de onda em que a radiação emitida pela pele tem a máxima intensidade
espectral? (b=3.10-3SI)

A 9,74.10-6 B 9,74.10-5 C 9,74.10-4 D 9,74.10-3

5. Qual é a razão entre as energias irradiadas por um corpo negro a 1440K e a 288K?
A 21 B 81 C 256 D 625

155

TURMA DOS REVOLTADOS


12.7 Fisica Atomica

A descoberta da estrutura do átomo constitui um grande passo apa o


desenvolvimento da física. Assim, hoje sabemos que o átomo possui no seu centro um
núcleo que ontem protões e neutrões. À volta do nucelo encontram-se os eletrões numa
zona chamada electrosfera ou nuvem electrónica.

Física atómica é uma área da Física que estuda as interações no átomo ao nível da
electrosfera.

Supondo um tubo de vidro dotado de um orifício tendo nas suas extremidades dois
elétrodos ligados a uma fonte de corrente eléctrica da ordem de 103.

12.7.1 Teoria de Max Planck

A energia relaciona-se com a sua frequência da seguinte forma:

𝐸 = ℎ𝑓

Onde: E – é a energia; h- é a constante de Planck (h =6.62x10 -34J.s); f – é a

frequência

Do estudo das ondas eletromagnética sabemos que a frequência com que elas se
propagam no vácuo se relaciona com o comprimento de onda através do c expressão c =
λ.f
ℎ𝑐
𝐸=
λ

12.7.2 Emissão termoelétrica

É saída de electrões livres da superfície de um metal devido à incidência, nela de


uma radiação térmica.

156

TURMA DOS REVOLTADOS


12.7.3 Emissão fotoeléctrica

É a saída de eletrões livres da superfície de um metal divido à incidência, nela de


uma radiação luminosa.

Para que a radiação luminosa incidente seja suficiente para extrair os eletrões livres
da superfície do metal, a energia dessa radiação deve superar a função trabalho Φ do metal.

Função trabalho dum metal é a energia mínima necessária para emitir electrões da
superfície desse metal sem lhes comunicar energia cinética.

Um electrão ejetado de uma superfície metálica exposta à luz recebe a energia


necessária de um único fotão. Quando a intensidade da luz, de uma certa frequência, for
aumentada, maior será a energia absorvida por um electrão ficará imutável. Assim,
escreve-se a energia total (E) dos fotoeletrões de modo: 𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ, onde 𝐸𝑐 é a energia
cinética que depende da velocidade dos fotoeletrões.

Os eletrões emitidos da superfície do metal à custa da luz chamam-se fotoeletrões.


Uma vez que os fotoeletrões têm uma mobilidade de velocidade, fazem surgir uma corrente
eléctrica – a corrente fotoeléctrica. A quantidade dos fotoeletrões cresce na medida em que
se aumenta a intensidade da fonte luminosa.

Para se conseguirem resultados fiáveis no efeito fotoelétrico, devem usar-se


elétrodos feitos de materiais quimicamente puros.

157

TURMA DOS REVOLTADOS


Se diminuirmos progressivamente a frequência do fluxo luminoso incidente, não
observaremos mais fotoeletrões, pois a sua velocidade máxima anula-se. Deste modo, a
energia cinética também se anula. A frequência à qual se torna nula a velocidade dos
fotoeletrões denomina-se frequência limite f0 ou limite vermelho do efeito fotoeléctrico (se
𝑣𝑚𝑎𝑥 = 0 → 𝑓 = 𝑓𝑜 ).

Existe uma frequência mínima f0 a partir da qual se dá início à emissão fotoeléctrica,


chamada frequência limite.

𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ, Equação de Einstein Da equação de

Planck sabemos que


𝐸 = ℎ𝑓

Por isso:

ℎ𝑓 = 𝐸𝑐 + Φ

Se a frequência do fluxo luminoso incidente se torna igual à frequência limite, a


velocidade dos fotoeletrões se anula, anulando, desta forma, a energia cinética máxima dos
fotoeletrões:

ℎ𝑓𝑜 = 0 + Φ → Φ = ℎ𝑓𝑜

Por essa razão,

𝑐
Φ=ℎ
𝜆𝑜

12.7.3.1 Gráfico da energia cinétia em função da frequência

Isolando a grande energia cinética da equação de Einstein ℎ𝑓 = 𝐸𝑐 + Φ teremos a equação:

𝐸𝑐 = ℎ𝑓 − Φ

158

TURMA DOS REVOLTADOS


Que é uma equação linear do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 − 𝑏. A variável f é do 1º grau. Os valores
da frequência para os quais não ocorre a emissão fotoeléctrica localizam-se no intervalo
entre zero

e f0 (parte tracejada do gráfico).

Exemplo 1: UEM 2014 NR 32


Uma superfície metálica, cja função trabalho é 2 eV, é iluminada por fotões de energia de 3 eV.
Qual é, em eV, a energia cinética máxima dos fotões emitidos por esta superfície?
A. 1 B. 2 C. 3 D. 4 E. 5
Resolução
𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ → 𝐸𝑐 = 𝐸 − Φ = 3 − 2 = 1Ev
Exemplo 2: UEM 2018 NR 22
No efeito fotoléctrico, a energia cinética dos fotoelectrões em função da
frequência é dada pela expressão: Ec(f) = 7.10-34.f – 2,1.10-19 (SI). Qual é, em
unidades SI, o valor representadopor X no gráfico?
A. 1. 1014 B. 2. 1014 C. 3. 1014 D. 4. 1014 E. 5. 1014
Resolução

𝐸𝑐(𝑓) = 7∗10−34𝑓 − 2,1∗10−19

O valor de x é obtido quando 𝐸𝑐(𝑓)=0

159

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 3: UEM 2018 NR 28
Um feixe de radiaçao de frequência 5.1014 Hz incide sobre a superfície polida de um metal que
passa a emitir fotoelectrões com energia cinética K = 0.6 eV. Duplicando-se apenas a frequência
da radiação incidente, qual é, em eV, a energia cinética dos fotoelectrões emitidos?
(h = 4,14.10-15 eV.s)
A. 0,6 B. 1,2 C. 1,81 D. 2,12 E. 2,67
Resolução

𝐸𝑐 = ℎ𝑓 − Φ

12.7.4 Produção dos raios X

É constituído por dois elétrodos (o ando e o cátodo) submetidos a uma ddp da


ordem dos

50 a 200 quilovolts. Entre o ânodo e o cátodo surge um forte campo eléctrico. Os eletrões
emitidos pelo cátodo (raios catódicos) são acelerados a alta velocidade por meio deste a
alta velocidade por meio deste campo eléctrico chocando, assim, com um alvo metálico
colocado no ânodo.

160

TURMA DOS REVOLTADOS


Os electrões saem do cátodo com uma energia potencial eléctrica (que é igual ao
trabalho realizado pela força eléctrica →𝑊 = 𝑞𝑈 → 𝑊 = 𝑒𝑈) e movem-se a uma alta
velocidade. Logo, a energia potencial eléctrica transforma-se em energia cinética. Os
electrões movem-se até colidir com o alvo metálico transformando-se em energia dos
fotões (que é a energia de Planck – E = ℎ𝑓)

Repare-se que no processo de produção dos raios x acima descrito ocorre


transformação de energia potencial eléctrica em energia cinética devido à migração dos
raios catódicos para o ânodo. OU seja:

Daqui tiramos a conclusão de que a produção dos raios X é um processo inverso à


emissão fotoeléctrica, pois na emissão fotoeléctrica a energia dos fotões (energia da fonte
luminosa) é transformada em energia cinética dos eletrões (fotoeletrões), enquanto na
produção dos raios X a energia dos eletrões (raios catódicos) é transformada em energia
dos fotões (raios X).

12.7.5 Átomo de hidrogénio

A emissão de luz pelo átomo é o resultado da transição, em salto,


de um nível superior de energia para outro inferior, diminuindo a sua
energia.

Quando um electrão salta do nível energético mais baixo para um


mais alto absorve energia e quando salta de um nível energético alto par
um mais baixo emite energia.

Quadro resumo:

Quando um electrão salta do nível energético mais baixo para um mais alto absorve
energia.

161

TURMA DOS REVOLTADOS


Quando um electrão salta do nível energético mais alto para um mais baixo emite
energia.

É comum representar os níveis de energia por uma série de linhas horizontais.

12.7.5.1 Gráfico dos níveis de energia

Visto que um electrão pode transitar de um nível energético para outro, a frequência ou
comprimento da onda da radiação emitida ou absorvida pode calcular-se através das relações:

ℎ𝑐
|∆𝐸| = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = ℎ𝑓 =
λ

Em que 𝐸𝑛𝑓 é a energia do nível final e 𝐸𝑛𝑖 a energia do nível inicial em que o
electrão se encontrava no átomo.

Conclusões importantes:

∙ Quanto maior for a energia maior é a frequência (|∆𝐸| = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = ℎ𝑓);

∙ Quanto menor for a energia maior será o comprimento de onda; ou quanto

menor for o comprimento de onda maior será a


ℎ𝑐
energia (|∆𝐸| = )
λ

∙ Transições com maior frequência são as mais longas. Geralmente elas tocam
o nível fundamental (n=1). Estas transições apresentam MENOR
comprimento de onda;

162

TURMA DOS REVOLTADOS


∙ Transições com maior comprimento de onda são as transições entre os níveis
mais altos do gráfico que representa os níveis de energia. Estas transições
apresentam MENOR energia.

Exemplo 4:

Cálculo de energia para o átomo da transição I:

|∆𝐸| = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = |−4,6 − (−13,6)| = 9 𝑒𝑉

Cálculo de energia para o átomo da transição II:

|∆𝐸| = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = |−4,6 − (−9,6)| = 5 𝑒𝑉

Cálculo de energia para o átomo da transição III:

|∆𝐸| = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = |−4,6 − (−2,6)| = 2 𝑒𝑉

Com base nos cálculos acimas podemos concluir o seguinte:

• A transição I apresenta maior energia, logo possui maior frequência e menor


comprimento de onda.
• A transição III apresenta menor energia, logo possui menor frequência e maior
comprimento de onda.

Exemplo 5: UEM 2018 NR 25

O diagrama mostra os níveis de energia (n) de um electrão num certo átomo.


Qual das transições mostradas na figura representa a emissão de um fotão
com o menor comprimento de onda?

A. I B. II C. III D. IV E. V

Resolução

ℎ𝑐
|∆𝐸| = ℎ𝑓 =
𝜆

163

TURMA DOS REVOLTADOS


Segundo a fórmula acima, a energia e o comprimento de onda são grandezas inversamente
proporcionais.

Então o fotão com menor comprimento de onda é aquele que tem maior energia.

O fotão com maior energia é aquele que tem maior transição e geralmente toca o nível fundamental
(n=1). Logo, a transição com maior energia e menor comprimento de onda é I.

Exemplo 6: UEM 2018 NR 27


Observe os níveis de energia do átomo de Hidrogénio. Qual é, em
metros, o comprimento de onda associado à transição III?
A. 2,3.10-7 B. 2,9. 10-7 C. 4,3. 10-7
D. 4,8. 10-7 E. 5,8. 10-7
Resolução

12.7.6 Exercícios Propostos


1. Num salto quântico, um electrão emite uma quantidade de energia igual a 10,6 eV. Qual é,
em Hz, a frequência da radiação emitida? (h = 4,15.10-15 eV.s)
A 2,6.1015 B 3,4.1015 C 4,4.1015 D 5,4.1015
2. Um fotoelectrão do cobre é retirado com uma energia cinética máxima de 4,2 eV. Qual é,
em Hz, a frequência do fotão que retirou esse electrão, se a função trabalho (W) do cobre
é de 4,3 eV?
(1 eV = 1,6.10-19 J; h = 4,14.10-15 eV.s; C = 3.108 m/s)
A. 1,2.1015 B. 2,05.1015 C. 3,14.1015 D. 4,2.1015
3. Qual é, em Angstrons, o comprimento de onda mínimo produzido por um aparelho de raios-
X operando a um potencial de 30 kV? (e = 1,6.10-19 C, h = 6,625.10-34 J.s, 1Å=10-10 m)
A 0,041 4 B 0,414 C 4,14 D 41,4
4. A função trabalho do zinco é de 4,3 eV. Qual é, em Hz, o valor da frequência mínima da
radiação mínima da radiação incidente, para que ocorra o fotoefeito no zinco?
(h = 4.14.10-15 Ev.s)
A. 4.5.1015 B. 3,01.1015 C. 1,05.1015 D. 0,92.1015 E. 0,52.1015

164

TURMA DOS REVOLTADOS


5. Na transição IV, um fotão de comprimento de
onda… (h = 4,14.10-15 eV.s; C = 3.108 m/s)
A. 4,1.10-7 é emitido.
B. 4,1.10-7 é absorvido.
C. 1,2.10-7 é emitido.
D. 1,2.10-7 é absorvido.

12.8 Fisica Nuclear

A Física nuclear é a parte da física que estuda as interações ao nível dos núcleos.

O núcleo atómico é a parte central do átomo, aonde está concentrada


quase toda a sua massa.

Os núcleos atómicos são constituídos por partícula elementares – os


protões e os neutrões.

Partícula elementar é aquela que não é composta por uma outra partícula
estável mais simples. as partículas não têm uma estrutura interna própria.

Qualquer partícula no interior do núcleo chama-se nucleão. O nuclídeo de um elemento


químico é representado pelo número de massa (A) e pelo número atómico (Z):

O número atómico é igual ao número ode protões no núcleo: Z = p.

O número de massa ou massa atómica é igual à soma do número de protões e o número de


neutrões no núcleo: A = Z +N.

Elementos Isótopos são os elementos químicos de mesmo número atómico, mas diferente
número de massa.

Exemplo:
12
O carbono possui dois isótopos: 6 𝐶 (carbono 12) e 146 𝐶 (carbono 14);
165

TURMA DOS REVOLTADOS


Elementos Isóbaros são elementos químicos de mesmo número de massa, mas diferente
numero atómico.

Exemplo:

40
40
19 𝐾 20 𝐶𝑎
(potássio - 40) e (Cálcio - 40)

Reações nucleares

São transformações que os núcleos atómicos sofrem devido à sua interação mútua
e com outras partículas elementares.

No processo em que tem lugar uma reação nuclear, a lei de Conservação de Carga
e a Lei de Conservação da Massa são válidas. Assim, a soma dos números atómicos dos
reagentes é igual à soma dos números atómicos dos produtos e a soma das massas atómicas
dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos.

Exemplo1 : UEM 2018 NR 41

A reacção de fissão de um nuclídio de Cúrio – 244, pode ser representada da seguinte


forma:

Nesta reacção, quais são os números que representam, respectivamente, as letras “x” e “y”?

A. 2 e 3 B. 3 e 2 C. 4 e 6 D. 6 e 4 E. 8 e 10

Resolução

Para a resolução deste exercício deve se utilizar o princípio da conservação da massa atómica que
estabelece que: o somatório das massas nos elementos dos reagentes deve ser igual ao somatório
das massas nos elementos dos produtos.

166

TURMA DOS REVOLTADOS


Determinação da letra “x”: 244 + 1 = 97 + 144 + 𝑥∗1 + 𝑦∗0 → 𝑥 = 4

Determinação da letra “y”: 96+0 = 55+47+𝑥∗0+𝑦∗(−1) → 𝑦 = 6

As reações nucleares classificam-se em reações de desintegração, de fissão e de fusão.

12.8.1 Desintegração alfa

Desintegração alfa é aquela que ocorre a libertação de uma partícula alfa reduzindo
em quatro unidades e duas unidades, respectivamente, a massa atómica e o número atómico
do

núcleo-mãe (núcleo inicial).

Refira-se que partícula alfa é o nucelo de hélio. A equação de reação de uma


desintegração tem a seguinte estrutura:

12.8.2 Desintegração Beta

A desintegração nuclear beta é compreendida por três tipos de reações nucleares:

∙ a desintegração β - (beta menos);

∙ a desintegração β + (beta mais)

12.8.2.1 A desintegração β -

É aquela que ocorre com a libertação de um electrão aumentando em 1 unidade o


núcleo atómico do nucelo – mãe e mantendo constante a sua massa atómica.

A equação de reação de uma desintegração β - tem a seguinte estrutura:

167

TURMA DOS REVOLTADOS


12.8.2.2 A desintegração β +

É aquela que ocorre com a libertação de um positrão, diminuindo em 1 unidade o


número atómico do nucelo – mãe mantendo constante a sua massa atómica.

A equação de reação de uma desintegração β + tem a seguinte estrutura:

12.8.3 Desintegração gama

Desintegração γ é aquela que ocorre com a emissão de ondas electromagnéticas.

Esta desintegração acompanha, geralmente, as desintegrações alfa e beta sem


alterar a massa atómica nem o número atómico.

12.8.4 Energia de ligação dos núcleos atómicos e defeito de massa

𝐸𝑙𝑖𝑔 = ∆𝑚𝑐 2 𝑜𝑢 𝐸 = 931,4 ∗ ∆𝑚

Onde Elig é a energia de ligação

∆m é o defeito de massa c é a velocidade da luz (3.108 m/s)

Exemplo 2: UEM 2016 NR 38

A energia de ligação de um átomo, sendo o defeito de massa ∆𝑚 = 0.002 u.m.a, em Mev, é


aproximadamente de: (1 u.m.a = 931 Mev)

168

TURMA DOS REVOLTADOS


A. 14,6 B. 15,6 C. 16,6 D. 17,6 E. 18,6

Resolução

𝐸 = 931 ∗ ∆𝑚 = 931 ∗ 002 = 18.6𝑀𝑒𝑣

12.8.5 Desintegração radioactiva

𝐴 = 𝐴𝑜 ∗ 2−𝑛

𝑡 = 𝑛𝑇1
2

Onde:

A – Actividade final do núcleo; Ao – Actividade inicial do núcleo

t – Tempo para que ocorra a desintegração;

n – Quantidade de períodos de semidesintegração

𝑇1 – Período de semidesintegração
2

Gráfico da atividade de um nuclídeo em função do tempo

169

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 3: UEM 2018 NR 36

A figura representa a actividade de uma amostra radioactiva em função


do tempo. Quanto tempo, em dias, é necessário para que a actividade da
amostra fique reduzida a 6,25 Bq?

A. 30 B. 40 C. 50 D. 60
E. 70

Resolução

170

TURMA DOS REVOLTADOS


Exemplo 4: UEM 2018 NR 32

A figura refere-se ao processo de desintegração radioactiva de um isótopo. Quantos períodos


são necessários para que a actividade da amostra seja reduzida a 8 Bq?

A. 2 B. 4 C. 6 D. 7 E. 8

Resolução

8 1
𝐴 = 𝐴𝑜 ∗ 2−𝑛 → 8 = 1024 ∗ 2−𝑛 → = 𝑛→𝑛=7
1024 2

12.8.6 Reacção de fissão e fusão

Reação de fissão ocorre quando um núcleo pesado sofre fragmentação ao ser


bombardeado por um neutrão, ou seja, um núcleo pesado é bombardeado por um neutrão,
originando dois núcleos mais leves e a libertação de neutrões de fissão.

Exemplo:

Numa reação de fissão –- a emissão dos neutrões tem um crescimento exponencial


e esse crescimento exponencial é dada pela expressão: N =2n. Onde n é o número de
neutrões liberados na última geração.

Exemplo 5:

Na reacção de fissão , o número de


neutrões que se libertam na quinta geração é:

Resolução

Numa reação de fissão – em que um núcleo pesado é bombardeado por um neutrão-


a emissão dos neutrões tem um crescimento exponencial e esse crescimento exponencial é
dada

pela expressão: N =2n. Como trata-se da libertação na quinta geração,


então: N =25 =32

171

TURMA DOS REVOLTADOS


Reação de fusão ocorre quando dois ou mais núcleos leves se juntam originando um
núcleo mais pesado.

12.8.7 Exercícios Propostos

1. Um elemento radioativo X desintegrou-se para formar um elemento Y, de acordo


com a seguinte equação: O número de massa do elemento Y é:
A. 82 B. 86 C. 206 D. 212 E. 214
2. O defeito de massa do núcleo de hélio é de 0,0415 u.m.a. Qual é, em MeV, a
respectiva energia de ligação? (1uma = 931 MeV)

A 12,1 B 13,4 C 17,2 D 38,6

3. Uma amostra radioativa tem um período de semidesintegração de 32 dias e uma


massa inicial de 800g. Qual será, em g, o valor da massa desta amostra,
transcorridos 256 dias?

A 25,0 B 12,5 C 6,25 D 3,125

4. A meia vida do Po é de 140 dias. Se uma amostra contém inicialmente 16 g de Po,


qual é o tempo que se leva para restar na amostra 1 g de Po?

A 840 B 560 C 280 D 10

5. O gráfico mostra a actividade de uma amostra radioativa.


Quantos dias são necessários para que a actividade da amostra
fique reduzida a 7,5 Bq?
A. 84
B. 112
C. 140
D. 166

172

TURMA DOS REVOLTADOS


173

TURMA DOS REVOLTADOS


13 Exames Resolvidos
13.1 Exame 2015

𝑥(𝑡) = 𝑡 4 + 3𝑡 2 + 1

𝑣(𝑡) = 𝑥 ′ (𝑡) → 𝑣(𝑡) = (𝑡 4 + 3𝑡 2 + 1)′ → 𝑣(𝑡) = 4𝑡 3 + 6𝑡

Agora será determinada a velocidade no instante t = 1s

𝑣(1) = 4 ∗ 13 + 6 ∗ 1 = 10𝑚/𝑠

Opção D

Uma vez que o movimento é acelerado, a aceleração será obtida aplicando a equação de
Torricell; como o ponto material parte do repouso, então, a velocidade inicial é nula.

𝑣 2 = 𝑣0 2 + 2𝑎𝑥; 𝑣𝑜 = 0

𝑣2 62
𝑎= = = 1.5𝑚/𝑠 2
2𝑥 2 ∗ 12
Opção A

∆𝑥 𝑥𝑓 − 𝑥𝑖 400 − 100
𝑣= = = = 60𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 6−1

Opção D

174

TURMA DOS REVOLTADOS


4

• As alternativas B, D e E estão erradas porque falam acerca da aceleração


enquanto que o comboio M tem um Movimento Rectilineo Uniforme (a=0).
• A alternativa C está errada porque em 𝑡𝑁 os comboios têm o mesmo espaço e
não a mesma velocidade.
• Logo a alternativa correcta é A.
Opção A

2 min = 120 segundos

2.5 min = 150 segundos

O corpo atinge a velocidade escalar de 90km/h em 5.5minutos (2min+2.5min) que é a


soma do tempo decorrido. Esse tempo em segundos equivale a 270s.

Agora far-se-á a conversão de km/h para m/s (SI) da velocidade (que consiste a
velocidade em km/h por 3.6)

90
= 25𝑚/𝑠
3.6
O gráfico que apresenta as características descritas acima é o gráfico A.

Opção A

175

TURMA DOS REVOLTADOS


Analisando a figura a direita, chega-se as seguintes
conclusões:

𝑃𝑦 = 𝑃𝑐𝑜𝑠300
{
= 𝑃𝑠𝑒𝑛300

Uma vez que o sistema encontra-se em equilíbrio, então:

1
𝑇 = 𝑃𝑥 → 𝑇 = 𝑃𝑠𝑒𝑛300 = 15 ∗ = 7.5𝑁
2
Opção B

Seja B o peso da massa de 5kg conectada em oposição com a força tensora T.

O sistema está em equilíbrio. Por essa razão, o somatório de todas as forças deve ser
nulo. Como trata-se de um problema de estática, então, o somatório de todos os
momentos deve ser nulo também. Serão consideradas as voltas para cima como
positivas e as que vão para baixo como negativas. O ponto de referência para a equação
do momento é na reação R. O propósito do cálculo abaixo é determinar o peso P.

Como requer-se o valor da massa do corpo P em quilogramas, então, será feito o


seguinte cálculo:

𝑃 200
𝑃 =𝑚∗𝑔 →𝑚 = = = 20𝑘𝑔
𝑔 10

Opção A

176

TURMA DOS REVOLTADOS


8

Quando cessa a actuação de uma força sobre um corpo, a sua aceleração é nula. Por
conseguinte, o corpo passa a ter um movimento retilíneo uniforme. Logo, a alternativa
correcta é C.

Opção C

𝐹1=𝑚1∗𝑎1 𝑒 𝐹2=𝑚2∗𝑎2

Uma vez que: 𝐹1=𝐹2, então:

𝑚1∗𝑎1=𝑚2∗𝑎2

𝑎1=(𝑚2/𝑚1)𝑎2

Opção B

10

𝐹 100
𝐹 = 𝑚𝑎 → 𝑎 = = = 40𝑚/𝑠 2
𝑎 2.5
𝑣
𝑎= → 𝑣 = 𝑎𝑡 = 40 ∗ 0.2 = 𝑚/𝑠
𝑡
Opção D

11

177

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑊𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝑃ℎ = 𝑚∗𝑔∗ℎ = 20∗3∗10 = 600𝐽

Opção A

12

Para resolver este problema usa-se o princípio da conservação da energia mecânica.


𝐸𝑚𝐻 = 𝐸𝑚𝑂

𝐸𝑝𝐻=𝐸𝑝𝑂+𝐸𝑐

𝑚𝑣 2
𝑚𝑔ℎ𝐻 = 𝑚𝑔ℎ𝑂 +
2
Como a massa é a mesma, então a pode ser simplificada.

𝑣 2 = √2ℎ(ℎ𝐻 − ℎ𝑂 )

13

Um cavalo puxa uma carroça através de cordas. Logo a força é de tracção.

Opção B

14

𝑘𝑞
𝑉=
𝑑
O potencial eléctrico num certo ponto é obtido através da contribuição de cada carga no
tal ponto. Como pode ser visto na expressão do potencial eléctrico, o valor da carga é
substituído com o respectivo sinal. Então, o potencial eléctrico entre as cargas dispostas
horizontalmente é nulo porque elas têm cargas simétricas e estão a mesma velocidade.

178

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑉=𝑉1+𝑉2+𝑉3

𝑘𝑞 𝑘(−𝑞) 𝑘2𝑞
𝑉= + + → 𝑉 = 2𝑘𝑞/𝑑
𝑑 𝑑 𝑑
Opção B

15

Como o sistema está em equilíbrio, então o somatório de todas as


forças é zero, ou seja, A força eléctrica deve ser igual ao peso da carga.

Opção D

16

Como os campos gerados na origem das coordenadas, 𝐸1 e


𝐸2, são perpendiculares (formam um ângulo de 900), então
o campo eléctrico resultante, 𝐸𝑅, é obtido pela seguinte
fórmula:

Opção C

179

TURMA DOS REVOLTADOS


17

𝑃 = 𝑉𝐼 → 𝑃 = 8∗2=16𝑊

𝑊 𝐸
𝑃= = → 𝐸 = 𝑃 ∗ 𝑡 = 16 ∗ 1 = 16𝐽
𝑡 𝑡
Opção C

18

𝑉 20 1
𝑉 = 2𝑑𝐸 → 𝑑 = = = 𝑚
2𝐸 2 ∗ 20 2
Opção A

19

𝑅𝑇 = R + R′ = 5 + 2 = 7Ω

Como o voltímetro está em paralelo com a resistência com R’, então este instrumento
medirá a tensão nesta resistência.

𝑉′ = 𝑅′∗𝐼𝑇 = 5∗2 = 10𝑉

Como pode ser visto no cálculo anterior, foi usado o 𝐼𝑇 porque esta corrente atravessa
as duas resistências uma vez que elas estão em série.

Opção C

180

TURMA DOS REVOLTADOS


20

𝐹𝑚 = 𝑞𝑣𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0.5∗10−6∗1∗5∗𝑠𝑒𝑛900 = 2.5 𝜇𝑁

A alternativa mais próximo é a alínea B (3𝜇𝑁).

21

Para este tipo de problema em que um electrão entra numa região com um campo
magnético e descreve um trajectória circular, deve-se usar a seguinte igualdade:

Opção B

22

𝐹=𝐵𝐼𝐿𝑠𝑒𝑛𝜃

Uma vez que o condutor é perpendicular ao campo magnético, então eles formam um
ângulo de 900 e 𝑠𝑒𝑛900=1.

181

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção A

23

𝑄 400
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇 → 𝑐 = = = 0.008𝑐𝑎𝑙/𝑔𝑜 𝐶
𝑚(𝑇𝑓 − 𝑇𝑓 ) 1 ∗ (60 − 10)

Opção A

24

𝑏 𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= →𝑇= = = 5000𝐾
𝑇𝐾 𝜆 600 ∗ 10−9

Opção E

25

2𝑇1 = 5𝑇2

𝑒1 𝜎𝑇1 4 𝑇1 4 5 4
= = ( ) = ( ) = 625/16
𝑒2 𝜎𝑇2 4 𝑇2 2

Opção D

26

𝐸 6 ∗ 10−19
𝐸 = ℎ𝑓 → 𝑓 = = −34
≈ 1 ∗ 1015 𝐻𝑧
ℎ 6.62 ∗ 10

182

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção B

27

Opção A

28

O comprimento de onda máximo é obtido quando a energia cinética é nula.

𝐸 = Φ + 𝐸𝑐 ; 𝐸𝑐 = 0

Opção E

29

ℎ𝑐 4.41 ∗ 10−15 ∗ 3 ∗ 108 1242


𝐸 = ℎ𝑓 → 𝐸 = = = ∗ 10−9
𝜆 𝜆 𝜆
Opção A

30

183

TURMA DOS REVOLTADOS


|∆𝐸| = ℎ𝑓

12.1 12.1
|−1.5 + 13.6| = ℎ𝑓 → 𝑓 = = = 2.9 ∗ 1015 𝐻𝑧
ℎ 4.14 ∗ 10−15
Opção B

31

𝐸 = Φ+𝐸𝑐 → 𝐸𝑐 = 𝐸 – Φ = 5.75 − 4.05 = 1.7 eV

𝑊 = 𝐸𝐶→ 𝑒𝑉 = 𝐸𝐶 → 𝑒𝑉 = 1.7 𝑒𝑉 → 𝑉 = 1.7 𝑉

Opção E

32

𝐸 = Φ + 𝐸𝑐

ℎ𝑐 4.41 ∗ 10−15 ∗ 3 ∗ 108


𝐸𝑐 = 𝐸 − Φ = = − 1.8 = 1.7𝑒𝑉
𝜆 350 ∗ 10−9
𝑊 = 𝐸𝑐 → 𝑒𝑈 = 1.7 𝑒𝑉 → 𝑈 = 1.7𝑉

Opção C

33

𝐸 = Φ + 𝐸𝑐 → Φ = E − 𝐸𝑐 = 2.8 −1 = 0.8 𝑒𝑉

Opção D

184

TURMA DOS REVOLTADOS


34

Neste tipo de problema, verifica-se a expressão: |Δ𝐸|=ℎ𝑓

Como pode ser visto na expressão acima, a energia é directamente proporcional a


frequência, isto é, quanto maior for a energia, maior será a frequência e quanto menor
for a energia, menor será a frequência. Analisando o gráfico acima, pode-se constatar
que a transição que emite um fotão de menor frequência é a transição 4 porque obtém a
menor energia fazendo a diferença entre a cama actual e a anterior.

Opção D

35

Neste tipo de problema, deve haver igualdade entre o número de massa (e o número
atómico) dos reagentes e o número de massa (e o número atómico) dos produtos.

Analisando a equação acima, pode-se constatar que há uma igualdade entre o número
atómico tanto nos reagentes como nos produtos, mas o número de massa dos reagentes
é superior em uma unidade em relação ao número atómico nos produtos. Então a
partícula que pode acertar esta equação é um neutrão, pois ela tem a seguinte
configuração:

Opção B

36

Escolhendo t=20s, pode-se encontrar o valor de n pois o período de semidesintegração


é 20s.

185

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção C

37

O número de nuclídeo inicia é 2560 pois ocorrer em T=0. Será calculado o período de
semidesintegração considerando que t = 3*102 h = 300 h.

300
𝑥= → 𝑥 = 12.5𝑑𝑖𝑎𝑠
24
Opção C

38

84 = −1 + 𝑎 → 𝑎 = 84+1 → 𝑎 = 85

Opção D

39

𝑡 75
𝑛= = =5
𝑇1 15
2

Opção C

186

TURMA DOS REVOLTADOS


40

Número de massa é a soma do que tem no núcleo, ou seja, protões + neutrões.

O átomo sendo neutro tem nº de eletrões = nº de protões, ou seja, número de


protões=22=número atômico

Se o nº de protões é 22 + 26 neutrões = 48=número de massa

𝐴=𝑍+𝑁=22+26=48

Opção B

41

Para resolver este problema deve-se ter em consideração que neste tipo de sistema, a
pressão no Ponto 1 deve ser igual a pressão no Ponto 2.

Opção B

42

Neste tipo de problema aplica-se o principio da continuidade que estabelece que: “a


vazão no ponto 1 deve ser igual a vazão no ponto 2”.

187

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção D

43

𝑑
Dica: 1𝑙 = 1𝑑𝑚3 e 𝑑 = 2𝑟 → 𝑟 =
2

𝑄 =𝐴∗𝑣
2
2
𝑑 2 25 ∗ 10−3
𝐴 = 𝜋𝑟 = 𝜋 ( ) = 𝜋 ( ) = 490.6 ∗ 10−6 𝑚2
2 2

2 ∗ 10−3
𝑄 =𝐴∗𝑣 →𝑣 = = 4.1𝑚/𝑠
490.6 ∗ 10−6
Opção B

44

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2

A pressão é constante, logo ela será simplificada.

Opção C

188

TURMA DOS REVOLTADOS


45

O trabalho realizado pelo gás é nulo.

Opção A

46

A variáveis que definem um gás ideal são:

Pressão, Volume e Temperatura

Opção C

47

Quando uma garrafa é agitada fortemente, as moléculas do gás aumentam a sua


velocidade, o choque entre elas aumenta e, consequentemente, a sua energia interna
aumenta.

Opção B

189

TURMA DOS REVOLTADOS


48

O estado em que a pressão é máxima é no ponto 4. Isso porque a pressão e o Volume


são grandezas inversamente proporcionais; quando o volume aumenta, a pressão
diminui e quando a pressão aumenta, o volume diminui.
𝑐
𝑃~
𝑉
Opção D

49

O processo é isotérmico. Logo, a temperatura é constante.

Opção A

50

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = −4000 − (−3000) = −1000𝐽

Como o trabalho foi realizado sobre o sistema, então a variação da energia interna é
negativa

Opção B

51

190

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção D

52

Opção A

53

Opção B

191

TURMA DOS REVOLTADOS


54

Se valor da massa for quadruplicada, a frequência das oscilações será reduzida à


metade

Opção B

55

𝑥(𝑡) = 6cos (3𝜋𝑡+𝜋/3)

𝑣(𝑡) = 𝑥′(𝑡) = −6∗3𝜋𝑠𝑒𝑛(3𝜋𝑡+𝜋/3)

𝑣𝑚á𝑥 = | −6∗3𝜋 | =18𝜋

Opção C

192

TURMA DOS REVOLTADOS


13.2 Exame 2016

𝑥(𝑡) = 6 + 10𝑡 + 2𝑡 2 esta equação é similar a equação seguinte:

1
𝑥(𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
Comparando estas equações, chegamos as seguintes conclusões:

𝑣𝑜 = 10𝑚/𝑠 𝑒 𝑎 = 4𝑚/𝑠 2

Opção D

O gráfico da velocidade em função do tempo no movimento MRU fornece o espaço


percorrido.

100 ∗ 10 100 ∗ 10
𝐴1 = = 500𝑚 𝑒 𝐴2 = = 500𝑚
2 2
Logo, 𝐴𝑡 = 𝐴1 + 𝐴2 = 500 + 500 = 1000 𝑚

NB: o significado da velocidade negative (-100m/s) é que o móvel está a se opor ao


sentido do movimento escolhido ou está a se opor ao sentido de referência.

Opção E

𝑥 = 𝑥0 − 𝑣𝑡 considera-se velocidade negativa porque a recta está a decrescer.

193

TURMA DOS REVOLTADOS


Tomando em consideração o ponto (t = 10s; x = 20 m), pode-se determinar a velocidade

𝑥 20
𝑣= = = 2𝑚/𝑠
𝑡 10
𝑥 = 𝑥0 − 𝑣𝑡 → 𝑥 = 40 − 2𝑡

Na posição -40m, o móvel estará no instante:

−40 = 40 − 2𝑡 → 𝑡 = 40𝑠

Opção D

Como o sistema está em equilíbrio, então a aceleração é nula.

Opção C

A velocidade em km/h deve ser convertida para m/s. para tal ela deve ser dividida por 3,6.
144
𝑣= = 40𝑚/𝑠. Uma vez que a pedra é lançada com esta velocidade, então esta é a
3.6
velocidade inicial.

194

TURMA DOS REVOLTADOS


Quando a pedra atinge altura máxima, a sua velocidade é nula.

Opção E

A área do gráfico da força em função da posição fornece o trabalho realizado.

Opção B

Para a massa 1: 𝑇 = 4𝑘𝑔∗𝑎

Para a massa 2: 𝐹 – 𝑇 = 6𝑘𝑔∗𝑎; somando as duas


equações tem-se:

195

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção E

Para determinar o trabalho da força resultante, irá se determinar a área do trapézio e depois
a área do triangulo e por fim, serão somadas as duas áreas.

𝐵+𝑏 8+4
𝐴1 = ∗ℎ = ∗ 20 = 120𝑚
2 2
𝐵 ∗ ℎ 2 ∗ (−20)
𝐴2 = = = −20𝑚
2 2
Logo, 𝐴𝑡 = 𝐴1 + 𝐴2 = 120-20 = 100

𝑊 = 𝐴𝑡 = 100𝐽

Opção E

Opção B

10

Para a resolução deste problema, deve se usar o princípio da conservação da quantidade de


movimento. O corpo 2 no início está em repouso (𝑣2𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠=0). Uma vez que o móvel 1 recua

196

TURMA DOS REVOLTADOS


depois da colisão, então deve colocar-se o sinal negativo na expressão relativa a quantidade
de movimento.

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Opção B

11

Opção A

12

𝑚𝑣 2 10 ∗ 102
𝑊𝑓𝑎 = ∆𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝑓 − 𝐸𝑐𝑖 = − =− = −500𝐽
2 2
Opção A

13

197

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑘𝑞 9 ∗ 109 ∗ 2 ∗ 10−7
𝑉= = = 3 ∗ 104 𝑉
𝑑 6 ∗ 10−2
Opção C

14

Opção B

15

𝑊 = 𝑞 ∗ ∆𝑉 = 𝑞 ∗ (𝑉𝑦 − 𝑉𝑥 ) = 4 ∗ 10−6 ∗ (1200 − 800) = 1.6 ∗ 10−3 𝐽

Opção A

198

TURMA DOS REVOLTADOS


16

Logo, 𝑉𝑎 > 𝑉𝑎

Opção C

17

Os resistores 𝑅1 e 𝑅2 estão em série, logo são atravessados pela mesma corrente.

Os resistores 𝑅3 e 𝑅4 estão em série, logo são atravessados pela mesma corrente.

60
𝐼2 = = 1𝐴
50 + 10
60
𝐼3 = = 1𝐴
40 + 20
𝐼2 1
= =1
𝐼3 1

Opção C

199

TURMA DOS REVOLTADOS


18 QUESTÃO ANULADA

19

𝐹 = 𝐵𝐼𝐿𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0.6 ∗ 10−4 ∗ 20 ∗ 5 ∗ 𝑠𝑒𝑛300 = 3𝑚𝑁

Opção C

20

𝑚1 𝑐1 (𝑇𝑓 − 𝑇1 ) = 𝑚2 𝑐2 (𝑇2 − 𝑇𝑓 )

8 ∗ (𝑇𝑓 − 100) = 12 ∗ (40 − 𝑇𝑓 )

(𝑇𝑓 − 100) = 1.5 ∗ (40 − 𝑇𝑓 )

𝑇𝑓 − 100 = 60 − 1.5𝑇𝑓

100 + 60
𝑇𝑓 = = 640 𝐶
2.5
Opção D

21

50𝑐𝑎𝑙
𝑄 ∗ 2 ∗ 60𝑠
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇 → 𝑚 = = 𝑠 = 600𝑔
𝑐∆𝑇 1 ∗ (50 − 40)

Opção B

200

TURMA DOS REVOLTADOS


22

Opção D

23

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 0.5𝜇𝑚
𝑇𝐾 6000

Opção D

24

Opção C

201

TURMA DOS REVOLTADOS


25

O corpo mais quente tem a temperatura 𝑇5 pois tem o menor comprimento de onda.

Opção E

26

Opção E

27 QUESTÃO ANULADA

28

Opção C

29

ℎ𝑐
𝐸 = Φ + 𝐸𝑐 → 𝐸𝑐 = 𝐸 − Φ = −Φ
𝜆

202

TURMA DOS REVOLTADOS


4.14 ∗ 10−15 ∗ 3 ∗ 108
𝐸𝑐 = − 2.46 = 1.68 𝑒𝑉
300 ∗ 10−9
Opção A

30

O valor da frequência mínima obtém-se quando a energia cinética é nula.

Opção C

31

O efeito fotoelétrico é a emissão de eléctrons por um material, geralmente metálico, quando


exposto a uma radiação eletromagnética (como a luz) de frequência suficientemente alta,
que depende do material, como por exemplo a radiação ultravioleta.

Opção C

32

A transição com menor comprimento de onda é I. Isso porque a energia e o comprimento


de onda são grandezas inversamente proporcionais.

ℎ𝑐
|∆𝐸| =
𝜆
Opção A

203

TURMA DOS REVOLTADOS


33

Opção B

34

Opção A

35

Opção A

36

𝐸 = 𝑚𝑐 2 = 3 ∗ 10−6 ∗ (3 ∗ 108 )2 = 27 ∗ 1010 𝐽

Opção A

37

235+1 = 95 + 135 + 𝑎 → 𝑎 = 2

92 = 42 + 57 − 𝑏 → 𝑏 = 7

204

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção E

38

𝐸 = 931∗Δ𝑚 = 931∗0.02 = 18.6𝑀𝑒𝑉

Opção E

39

Opção D

40

Opção A

41

205

TURMA DOS REVOLTADOS


236 − 233
235 + 1 = 95 + 138 + 3𝑥 → 236 = 233 + 3𝑥 → 𝑥 = =1
3
Então a particula ‘x’ é um netrao pois tem o número de massa igual a 1.

Opção A

42

Opção D

43

Opção D

44

2
2
𝑑 2 10 ∗ 10−2
𝐴 = 𝜋𝑟 = 𝜋 ( ) = 𝜋 ( ) = 𝜋 ∗ 25 ∗ 10−4 𝑚2
2 2

𝑄 0.25 100
𝑄 =𝐴∗𝑣 →𝑣 = = −4
= 𝑚/𝑠
𝐴 𝜋 ∗ 25 ∗ 10 𝜋
Opção E

206

TURMA DOS REVOLTADOS


45

𝑇1 = 127 + 273 = 400𝐾

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑃2 𝑇1 2000 ∗ 400
= → 𝑇2 = = = 160𝐾
𝑇1 𝑇2 𝑃1 5000

Opção D

46

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊; Δ𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈𝑖

𝑄 = 𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 + 𝑊 → 𝑈𝑓 = 𝑄 + 𝑈𝑖 – 𝑊 = 50 + 100 – 12 = 138𝐽

Opção C

47

O gráfico da pressão em função do Volume fornece o valor do trabalho realizado pelo gás.
(Repare que o volume está em litros)

Opção B

48

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄 – 𝑊 = 750 – 350 = 400𝐽

Opção E

207

TURMA DOS REVOLTADOS


49

2𝜋 2𝜋
𝐴 = 7𝑚 𝑒 𝑇 = = = 0.5𝑠
𝜔 4𝜋
Opção C

50

Opção
B

51

Opção C

52

208

TURMA DOS REVOLTADOS


Opção D

53

Opção A

54

2𝜋 2𝜋
𝜔= = = 𝜋𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑇 2
Opção A

55

Opção C

209

TURMA DOS REVOLTADOS


210

TURMA DOS REVOLTADOS


13.3 Exame 2017

1
𝑇∗
= 30 𝑇 = 60𝑁
𝑇𝑥 = 𝐹 𝑜
𝑇𝑐𝑜𝑠60 = 30 2 𝑇 = 60𝑁
𝑃 = 𝑇𝑦 → 𝑃 = 𝑇𝑠𝑒𝑛60𝑜 → →{ 60 ∗ √3 → {
𝑇 ∗ √3 𝑃= 𝑃 = 30√3 𝑁
𝑃 = 2
{ { { 2

𝑥(𝑡) = 6 + 3𝑡 + 3𝑡2

𝑥0 = 6𝑚, 𝑣0 = 3𝑚/𝑠 𝑒 𝑎 = 6𝑚/𝑠2

211

TURMA DOS REVOLTADOS


4

𝑚𝑣 3 ∗ 2
𝐹 = 𝑚𝑎 = = = 3𝑁
𝑡 2

𝐹𝑥 𝐹𝑐𝑜𝑠60𝑜 30 ∗ 1/2
𝐹𝑥 = 𝑚𝑎 → 𝑎 = = = = 5𝑚/𝑠 2
𝑚 𝑚 3

𝑚𝑣 2 1000 ∗ 122
𝑊 = ∆𝐸𝑐 = 0 − =− = −72000𝐽
2 2

212

TURMA DOS REVOLTADOS


7

Para resolver este problema, deve se aplicar o princípio da conservação da energia


mecânica.

𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑚𝐵

𝑃 =𝐹∗𝑣

𝑊
𝑃= → 𝑊 = 𝑃𝑡 = 𝐹 ∗ 𝑣 ∗ 𝑡 = 1800 ∗ 4 ∗ 20 = 14400𝐽
𝑡

213

TURMA DOS REVOLTADOS


10

𝑣 = 𝑎𝑡 = 0.3∗8 = 2.4𝑚/𝑠

𝑄 = 𝑚𝑣 = 0.5∗2.4 =1.2 𝑘𝑔.𝑚/𝑠

11

1
ℎ(𝑡) = ℎ𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 + 𝑔𝑡 2 , ℎ𝑜 = 0, 𝑣𝑜 = 0
2
10 ∗ 22
ℎ(2) = = 20𝑚
2

12

𝑣(𝑡) = 𝑣𝑜 + 𝑔𝑡 → 𝑣(3) = 10 ∗ 3 = 30𝑚/𝑠

13

14

214

TURMA DOS REVOLTADOS


𝜋
𝑣 = 𝜔𝑅 = ∗ 5 = 7,9 𝑚/𝑠
2

15

16

𝑓𝑎 = 𝑚𝑎 = 0.45∗(−8) = −3.6𝑁

17

𝑇𝑘 = 𝑇𝑐 + 273 = 35 + 273 = 308𝐾

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 9.7 ∗ 10−6 𝑚
𝑇𝐾 308

18

19

215

TURMA DOS REVOLTADOS


A força 𝐹2 irá diminuir 9 vezes quando a distância triplicar (𝑑2 = 3𝑑1).

20

Opção D

21

22

216

TURMA DOS REVOLTADOS


23

𝐹 = 𝑞𝐸 = 3∗10−6∗3∗10−19 = 9∗10−25 𝑁

24

𝐹 = 𝐵𝐼𝐿 = 2∗10−3∗4∗25∗10−2 = 2∗10−3 𝑁

25

A força e o campo magnético são grandezas directamente proporcionais. Logo, o gráfico


correcto é B.

26

𝐹1 = 𝐵1 𝐼1 𝐿

𝐼1
𝐵2 = 2𝐵1 𝑒 𝐼2 =
2
𝐼1
𝐹2 = 𝐵2 𝐼2 𝐿 = 2𝐵1 ∗ ∗ 𝐿 = 𝐵1 𝐼1 𝐿 → 𝐹2 = 𝐹1
2
Opção C

27

217

TURMA DOS REVOLTADOS


28

𝐸 = 𝑊 = 𝑞𝑈 = 1.6∗10−19∗2∗104 = 3.2∗10−15𝐽

29

Neste tipo de problema, verifica-se a expressão: |Δ𝐸|=ℎ𝑓

Como pode ser visto na expressão acima, a energia é directamente proporcional a


frequência, isto é, quanto maior for a energia, maior será a frequência e quanto menor
for a energia, menor será a frequência.

Analisando o gráfico acima, pode ver-se que a transição com mais maior energia é a
transição I. Portanto, esta é a transição com maior frequência. Opção A

30

Opção E

31

A alternativa mais próxima é D.

218

TURMA DOS REVOLTADOS


32

𝑊 = 𝐸𝑐 → 𝑞𝑈 = 𝐸𝑐 → 𝐸𝑐 = 𝑞𝑈 =1.6∗10−19∗1.25 = 2∗10−19 𝐽

33

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 5 ∗ 10−4 ∗ 10−3 = 0.5 ∗ 10−6 𝑚
𝑇𝐾 5800

34

O cálculo da potência será feito em função das unidades da contante 𝜎=5.67∗10−8


𝑊/𝑚2𝐾4

35

36

𝑚 = 10−6𝑔 = 10−9 𝑘𝑔

𝐸 = 𝑚𝑐2 = 10−9∗(3∗108)2 = 9∗10−7 𝐽

A alternativa mais próxima é E.

219

TURMA DOS REVOLTADOS


37

92 = 55 + 39 + 𝑏𝑥 → 𝑏𝑥 = 92 – 55 – 39 = − 2𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟õ𝑒𝑠

38

𝑂 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟õ𝑒𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎𝑚 𝑛𝑎 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎 𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 é: 25=32

39

Significa que o empuxo é igual ao Peso.

40

𝐹 𝑃 6 ∗ 10
𝑃= = = −2 −2
= 1 ∗ 105 𝑃𝑎
𝐴 𝑐 ∗ 𝑙 2 ∗ 10 ∗ 3 ∗ 10
Opção B

220

TURMA DOS REVOLTADOS


41

𝑉= 𝑎3 = (2𝑐𝑚)3 = 8𝑐𝑚3

𝑚 4
𝜌= = = 0.5𝑔/𝑐𝑚3
𝑉 8

42

Δ𝑇 = 39 – 37 = 2º 𝐶

Convertendo esta temperatura para Kelvin, tem-se: Δ𝑇 = 2+273 = 275𝐾

Δ𝑄 = 𝑚𝑐Δ𝑇 = 80∗4200∗275 = 92.4∗106 𝐽

43

𝑊=𝑃(𝑉𝑓−𝑉0)=1.01∗105(1671−1)∗10−6=167∗1.01𝐽=169𝐽

44

𝑄 = 𝑚𝐿𝑣 = 10−3 𝐾𝑔∗2.256∗106 = 2256𝐽

𝑄= Δ𝑈+ 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄−𝑊 = 2256−169 = 2087𝐽

45

𝑇𝐶 𝑇𝐹 − 32
=
5 9

221

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑇1: 𝑇1=32º𝐹→𝑇1=0º𝐶

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑇2: 𝑇2=98.6º𝐹→𝑇2=37º𝐶

46

𝑇𝐾 = 𝑇𝐶+273

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑇1: 𝑇1 = 0º 𝐶→𝑇1 = 273𝐾

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑇2: 𝑇2 = 37º 𝐶 → 𝑇2 = 310𝐾

47

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑉1 𝑉2 40 60 40 ∗ 450
= → = → = → 𝑇𝑁 = = 300𝐾
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2 𝑇𝑁 450 60

48

Opção A

49

𝑊=−150𝐽 (𝑜 𝑔á𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒 𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜)

𝑄=Δ𝑈+𝑊→Δ𝑈=𝑄−𝑊=320−(−150)=470𝐽

222

TURMA DOS REVOLTADOS


50

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑃1 𝑃2 𝑃1 𝑇2 2 ∗ 60
= → = → 𝑃2 = = = 4𝑎𝑡𝑚
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2 𝑇1 30

A alternativa mais próxima é D.

51

𝐹
𝐴 = 4 ∗ 5 = 20𝑚2 𝑃= → 𝐹 = 𝑃𝐴 = 105 ∗ 20 = 2 ∗ 106 𝑁
𝐴

52

A onda da figura pode ser vista da seguinte maneira:

Logo, vê-se que o comprimento de onda é 𝜆 = 40𝑐𝑚 = 0.4𝑚

A amplitude da onda é 5cm pois é a metade da elongação. Passando 5cm para SI fica
0.05m

𝑣 = 𝜆𝑓 = 0.4∗60 = 24𝑚/𝑠

53

223

TURMA DOS REVOLTADOS


54

55

224

TURMA DOS REVOLTADOS


13.4 Exame 2018

Para a obtenção do tempo de queda, deve-se utilizar a seguinte fórmula da queda livre:

𝑣 49
𝑣 = 𝑔𝑡 → 𝑡 = = = 5𝑠
𝑔 9.8

𝑥(𝑡) = (2𝑡 − 2)2

Para obter-se a velocidade no instante t = 2s, deve-se, primeiro, derivar equação da


posição e em seguida substituir o tempo (t) por 2s.

Inicialmente deve-se desenvolver o caso notável presente na expressão da posição.

Recorde-se: (a+b)2 = a2 + 2ab+b2

Então:

225

TURMA DOS REVOLTADOS


Quando corpo percorre trajectórias diferentes a velocidades diferentes, deve se calcular
a velocidade média utilizando a formula:

𝑆𝑡 𝑆1 + 𝑆2
𝑣𝑚 = =
𝑡𝑡 𝑡1 + 𝑡2

Onde: 𝑆𝑡- é o espaço total percorrido e 𝑡𝑡 é o tempo total da trajectória

Como o móvel percorreu duas trajectórias, uma a 30 km/h e outra a 60 km/h, então temos
𝑆 1 e 𝑆2 .

Será determinado agora 𝑆1 e 𝑆2:

Para a resolução deste exercício, deve-se representar, primeiro, todas as forças:

Em seguida serão representadas as forças a vermelho no sistema cartesiano para melhorar


a compreensão:

226

TURMA DOS REVOLTADOS


A força FXY pode ser refletida da seguinte forma:

Como pode ser visto, essas três forças, P, Fh e Fxy formam o triangulo rectângulo pois o
angulo entre o P e Fh é 900. Isso pode ser visto na figura abaixo.

As foras Fh e P representam catetos e a força Fxy representa a hipotenusa. Recorrendo a


fórmula de Pitágoras, tem-se:

Para a resolução deste exercício, deve-se representar, primeiro, todas as forças:

227

TURMA DOS REVOLTADOS


Em seguida serão representadas as forças a vermelho no sistema cartesiano para melhorar
a compreensão:

Como o peso P localiza –se no eixo y, deve-se somar todas as forças neste eixo:

𝑃 = 𝑇1𝑦 + 𝑇2𝑦

Segundo o sistema cartesiano, tanto a força 𝑇1𝑦 como 𝑇2𝑦 são adjacentes ao angulo, então:
𝑇1𝑦 = 𝑇1𝑐𝑜𝑠600 e 𝑇2𝑦 = 𝑇2𝑠𝑒𝑛300

Logo:

Para a resolução deste exercício, deve-se representar, primeiro, todas as forças:

228

TURMA DOS REVOLTADOS


Deve-se considerar inicialmente que o somatório de todas as forças é igual a zero:

Σ𝐹 = 0 → 𝑅 − 𝑃𝐵 + 𝑇 = 0, for considerado que as forças com sentido para cima são


positivas e as com sentido para baixo negativas.

Em seguida, deve se considerar que o somatório de todos os momentos é igual a zero:


Σ𝑀 = 0 → 𝑅𝑎∗0 −4∗𝑃𝑏 + 𝑥∗𝑇=0

Para se determinar o valor da reação R, deve-se utilizar a equação:

𝑅 − 𝑃𝐵 + 𝑇 = 0 → 𝑅 = 𝑃𝐵 – 𝑇 = 300 – 200 =100𝑁

Como o homem empuxa um caixote com velocidade constante, então trata-se de MRU.

Como foi dado o coeficiente de atrito no exercício, então deve-se determinar o trabalho
realizado pela força de atrito:

𝑊 = 𝑓𝑎∗𝑑 = 𝜇∗𝑚∗𝑔∗𝑑 = 0.1∗10∗10∗12 = 120𝐽

229

TURMA DOS REVOLTADOS


8

Com base na figura, pode-se encontrar os seguintes dados:

W = 0,09 J e x = 0,3cm= 0,003 m, então:

A alternativa mais próxima é: A

Serão representadas primeiro as situações antes e depois da colisão:

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑

𝑚1 𝑣1𝑎 − 𝑚1 𝑣1𝑑 5 ∗ 10 − 5 ∗ (−2)


𝑣2𝑑 = = = 3𝑚/𝑠
𝑚2 20

230

TURMA DOS REVOLTADOS


10

𝐼 1000
𝐼 =𝐹∗𝑡 →𝑡 = = = 0.2𝑠
𝐹 5000

11

𝑥(𝑡) = 5𝑡2 + 5𝑡 + 1

𝑣(𝑡) = 𝑥′(𝑡) = 10𝑡 + 5

𝑎 = 𝑣′(𝑡) = 10𝑚/𝑠2

𝐹 = 𝑚∗𝑎 = 10∗10 =100𝑁

12

231

TURMA DOS REVOLTADOS


13

Com base no gráfico podemos encontrar o valor da resistência aplicando a lei de Ohm:

𝑈 10
𝑈 =𝑅∗𝑖 →𝑅 = = = 5Ո
𝑖 2
𝐸 = 𝑃 ∗ 𝑡 = 𝑅 ∗ 𝑖 2 ∗ 𝑡 = 5 ∗ 22 ∗ 0.5 ∗ 60 = 600𝐽

14

1
𝐹 = 𝐵𝐼𝐿𝑠𝑒𝑛300 = 1 ∗ 6 ∗ 102 ∗ 10−3 ∗ 3 ∗ = 9 ∗ 10−1 𝑁
2

15

Se o campo eléctrico no ponto P é nulo, então: 𝐸1=𝐸2

16

𝐸 = 𝑃∗𝑡 = 26∗5∗60 = 7,8𝐾𝐽

17

232

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐹 = 𝐵𝐼𝐿 = 5∗2∗5 = 50𝑁

18

Q = mcΔT = 40∗1∗(60−25) = 1400 Cal

19

Para a resolução deste exercício, deve se utilizar a fórmula:

𝐼 = 𝑇𝜎 4

Como trata-se de duas estrelas, então:

𝐼𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 𝜎100004 10000 4


= 4
=( ) = 44 = 256
𝐼𝑓𝑟𝑖𝑎 𝜎2500 2500

20

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 15𝑚
𝑇𝐾 2 ∗ 10−4

21

𝑏 𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= →𝑇= = = 0.33 ∗ 104 = 3.3 ∗ 104 𝐾
𝑇𝐾 𝜆 9 ∗ 10−7

233

TURMA DOS REVOLTADOS


22

𝐸𝑐(𝑓) = 7∗10−34𝑓 − 2,1∗10−19

O valor de x é obtido quando 𝐸𝑐(𝑓)=0

23

𝑐 3 ∗ 108
𝑓= = = 0.6 ∗ 1016 𝐻𝑧
𝜆 5 ∗ 102 ∗ 1010

24

Para a resolução deste exercício, deve-se utilizar o princípio da emissão fotoelétrica:

25

ℎ𝑐
|∆𝐸| = ℎ𝑓 =
𝜆

234

TURMA DOS REVOLTADOS


Segundo a fórmula acima, a energia e o comprimento de onda são grandezas
inversamente proporcionais.

Então o fotão com menor comprimento de onda é aquele que tem maior energia.

O fotão com maior energia é aquele que tem maior transição e geralmente toca o nível
fundamental (n=1). Logo, a transição com maior energia e menor comprimento de onda
é I.

Opção A

26

Para a resolução deste exercício, deve-se utilizar o princípio da emissão fotoelétrica:

27

28

235

TURMA DOS REVOLTADOS


Da emissão fotoeléctrica sabe-se que:

𝐸𝑐 = ℎ𝑓 − Φ

29

𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ → 𝐸𝑐 =𝐸 – Φ = 3−2,3 = 0,7eV

30

𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ

𝐸 = ℎ𝑓= 5∗1014∗4,14∗10 – 15 = 2,07 𝑒𝑉

𝐸 = 𝐸𝑐 + Φ → Φ = 𝐸−𝐸𝑐 = 2,07 − 0,6 = 2,01 𝑒𝑉

Opção C

31

236

TURMA DOS REVOLTADOS


32

8 1
𝐴 = 𝐴𝑜 ∗ 2−𝑛 → 8 = 1024 ∗ 2−𝑛 → = 𝑛→𝑛=7
1024 2

33

Como pede-se a massa em gramas, então:

𝑚 = 10−5 ∗ 103 𝑔 = 10−2𝑔

A alternativa mais próxima é: C

34

Numa reação de fissão – em que um núcleo pesado é bombardeado por um neutrão- a


emissão dos neutrões tem um crescimento exponencial e esse crescimento exponencial é
dada pela expressão: 𝑁=2𝑥. Como trata-se da libertação na quinta geração, então:

𝑁 = 25 = 32

35

237

TURMA DOS REVOLTADOS


Para a resolução deste exercício deve se utilizar o princípio da conservação da massa
atómica que estabelece que: o somatório das massas nos elementos dos reagentes deve
ser igual ao somatório das massas nos elementos dos produtos.

Sendo assim, tem-se:

237 = 7∗4+4∗0+𝑎 → 𝑎 = 237−28 = 209

Como obteve-se este valor não precisa mais verificar o número atómico do valor.

36

37 QUESTÃO ANULADA

38

39

238

TURMA DOS REVOLTADOS


A alternativa correcta é: B

Para a resolução deste exercício deve se utilizar o princípio da conservação da massa


atómica que estabelece que: o somatório das massas nos elementos dos reagentes deve
ser igual ao somatório das massas nos elementos dos produtos. E também deve se utilizar
o princípio da conservação do número atómico que estabelece que: o somatório das
massas nos elementos dos reagentes deve ser igual ao somatório das massas nos
elementos dos produtos.

Prova:

238 = 206 + 8∗4+6∗0 → 238 = 238 Lei da conservação da massa atómica

92 = 82+8∗2+6∗(−1) → 92 = 92 Lei da conservação do numero atómico

40

Para a resolução deste exercício deve se utilizar o princípio da conservação da massa


atómica que estabelece que: o somatório das massas nos elementos dos reagentes deve
ser igual ao somatório das massas nos elementos dos produtos.

Sendo assim, tem-se:

237 = 7∗4+4∗0+𝑎 → 𝑎 = 237−28 = 209

Como obteve-se este valor não precisa mais verificar o número atómico do valor.

41

Para a resolução deste exercício deve se utilizar o principio da conservação da massa


atómica que estabelece que: o somatório das massas nos elementos dos reagentes deve
ser igual ao somatório das massas nos elementos dos produtos.

Determinação da letra “x”: 244 + 1 = 97 + 144 + 𝑥∗1 + 𝑦∗0 → 𝑥 = 4

239

TURMA DOS REVOLTADOS


Determinação da letra “y”: 96+0 = 55+47+𝑥∗0+𝑦∗(−1) → 𝑦 = 6

42

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄−𝑊 = 50∗4,2−70 =140𝐽

43

Equação típica dos isso processos nos gases ideais:

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2

Como trata-se do processo isobárico, então:

44

O trabalho realizado pelo gás é obtido calculando a área da figura geométrica


representada. Como trata-se de um trapézio, então a fórmula é:

45

𝑉1
𝑉2 =
4

240

TURMA DOS REVOLTADOS


Equação típica dos isso processos nos gases ideais:

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2

Como trata-se do processo isotérmico, então:

46

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄 − 𝑊

O trabalho realizado pelo gás é obtido calculando a área da figura geométrica


representada. Como trata-se de um trapézio, então a fórmula é:

47

𝑊 = 𝑃(𝑉2−𝑉1) = 2∗105∗(13−8)∗10−6 = 1𝐽

48

𝑊 = 𝑃(𝑉2−𝑉1) = 40∗(30−60) = −1200𝐽

241

TURMA DOS REVOLTADOS


49

Para a resolução deste exercício, deve-se utilizar a equação fundamental dos gases ideias:
PV = nRT.

50

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao princípio de continuidade:

51

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao principio de continuidade:

52

242

TURMA DOS REVOLTADOS


Quanto maior a secção/área dum tubo, maior é a pressão nesse ponto. Segundo a figura:
𝐴1>𝐴2 entao: 𝑃1>𝑃2

53

54

𝑚 0.2
𝑇 = 2𝜋√ = 2𝜋√ = 1𝑠
𝑘 0.8𝜋 2

55

56

243

TURMA DOS REVOLTADOS


57

𝑥 = 3cos (0.5𝜋𝑡)

𝜔 0.5𝜋
𝜔 = 2𝜋𝑓 → 𝑓 = = = 0.25 𝐻𝑧 𝑒 𝐴 = 3𝑚
2𝜋 2𝜋

244

TURMA DOS REVOLTADOS


13.5 Exame 2019

v = 72 km/h = 20 m/s

O tempo que corpo para retornar ao solo é igual a duas vezes o tempo de subida –
tempo necessário para atingir a altura máxima. Portanto, devemos determinar
inicialmente tempo de subida.

No tempo de subida, a velocidade do corpo é nula.

Então 𝑡𝑟 = 2∗𝑡𝑠 → 𝑡𝑟 = 2∗2 = 4𝑠

A velocidade média é igual a:

∆𝑥 𝑥𝑓 − 𝑥𝑖
𝑣= =
∆𝑡 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖

𝑥𝑓 − 𝑥𝑖 56 − 4
𝑣= = = 26𝑚/𝑠
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 4−2

245

TURMA DOS REVOLTADOS


3

Segundo o enunciado, o ponto material tem um movimento variado. Portanto, tendo o


espaço percorrido e o tempo do movimento, iremos calcular a aceleração do móvel.

Caso 1: S = 9 m e t = 2s

Infelizmente não foi obtido um resultado que coincide com uma das alternativas.

A força entre o fio dos pesos S e L (T2) deve ser igual a:

𝑇2 = 𝑃𝐿 + 𝑃𝑀 =15 + 8 = 23𝑁

246

TURMA DOS REVOLTADOS


5

𝑃𝑥 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃

Como as forças 𝑃𝑥 e 𝑓𝑎𝑡 têm sentidos contrários e o sistema está em repouso, então:
𝑓𝑎𝑡 − 𝑃𝑥 = 0 → 𝑓𝑎𝑡 = 𝑃𝑥 → 𝑓𝑎𝑡 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃 = 80∗𝑠𝑒𝑛300 = 40𝑁

247

TURMA DOS REVOLTADOS


Para resolver este tipo de exercício, deve ter se em conta as seguintes condições:

1. Σ𝐹 = 0

2. ΣM = 0, M = F∗d

Iremos considerar as forças com sentido para cima como positivas e as forças com
sentido para baixo como negativas.

𝑅𝑀 – 𝑃 − 𝑃𝐵 + 𝑅𝑍 = 0

𝑅𝑀∗0 − 𝑃∗3 − 𝑃𝐵∗8 + 𝑅𝑍∗12 = 0

𝑃 ∗ 3 + 𝑃𝐵 ∗ 8 3 ∗ 200 + 150 ∗ 8
𝑅𝑍 = = = 150𝑁
12 12

H: T- 𝑓𝑎𝑡= 𝑚𝐻𝑎

248

TURMA DOS REVOLTADOS


S: 𝑃𝑆−T = 𝑚𝑆𝑎

Somando as equações acima, temos:

−𝑓𝑎𝑡 = (𝑚𝐻+𝑚𝑆)𝑎 − 𝑃𝑆 → −𝑓𝑎𝑡 = (4+2)∗2−2∗10

8
𝑓𝑎𝑡 = 8 → 𝜇𝑃𝑆 = 8 → 𝜇 = = 0.2
4 ∗ 10

𝑘𝑥 2 12 ∗ (5 ∗ 10−1 )2
𝐸𝑝𝑒𝑙𝑎 = = = 1.5𝐽
2 2

Para a resolução deste exercício, deve se considerar o principio da conservação da


quantidade de movimento:

249

TURMA DOS REVOLTADOS


10

𝐼 1000
𝐼 =𝐹∗𝑡 →𝑡 = = = 0.2𝑠
𝐹 5000

11

𝑊 = 𝑞(𝑈𝐴 − 𝑈𝐵)

𝑊 = −5∗10 − 6∗(5∗103 −10∗103)

𝑊 = 25∗10−3𝐽

12

Resistência antes do corte

Resistência depois do corte

Igualando as expressões acima, tem-se:

13

250

TURMA DOS REVOLTADOS


Entre a fonte de 6 V e o resistor de 3Ω não há nenhuma resistência, então toda a tensão
da fonte se aplica unicamente no resistor de 3Ω.

𝑈 6
𝑈 =𝑅∗𝑖 →𝑖 = = = 2𝐴
𝑅 3

14

𝐹𝑚 = 𝐵∗𝑖∗𝑙∗𝑠𝑒𝑛𝜃 = 5∗2∗5∗𝑠𝑒𝑛900 = 50𝑁

15

𝐹𝑅=𝐹12−𝐹13

Como a carga 𝑄3 deve ficar em equilíbrio, então 𝐹𝑅=0.

Assim, tem-se: 𝐹12−𝐹13=0→𝐹12=𝐹13

251

TURMA DOS REVOLTADOS


Se o pedido fosse a distância em metros, a resposta seria 10−1𝑚

16

𝑡 = 5𝑚𝑖𝑛 = 5∗1𝑚𝑖𝑛 = 5∗60𝑠 = 300𝑠

𝐸 = 𝑃∗𝑡 = 26∗300 = 7,8 𝐾𝐽

17 QUESTÃO ANULADA

18

𝑄 = 𝑚∗𝑐∗Δ𝑇

19

252

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 10−6 = 1𝜇𝑚
𝑇𝐾 3 ∗ 10−6

20

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = 4
= 1.5 ∗ 10−7 = 1500 𝐴̇
𝑇𝐾 2 ∗ 10

21

𝑏 𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= →𝑇= = = 3,3 ∗ 103 𝐾
𝑇𝐾 𝜆 9 ∗ 10−1 ∗ 10−6

22

𝑇𝐾 = 𝑇𝐶 + 273 = 27 + 273 = 300𝐾

23

253

TURMA DOS REVOLTADOS


A transição com maior frequência é a mais longa e que toca o nível fundamental (nível
1).

Opção E

24

𝐸 = Φ + 𝐸𝐶

𝐸 = Φ + 𝐸𝐶 → 𝐸𝐶 = 𝐸 – Φ = 6,21 − 4,2 = 2,01 eV

25

𝐸= Φ + 𝐸𝐶 → Φ = 𝐸−𝐸𝐶 = ℎ𝑓 − 𝐸𝐶

Utilizando 𝐸𝐶 = 2𝑒𝑉 𝑒 𝑓=6∗1014𝐻𝑧, temos:

Φ= 4∗10−15∗6∗1014 – 2 = 0,4𝑒𝑉

26

254

TURMA DOS REVOLTADOS


ℎ𝑐 6.6 ∗ 10−34 ∗ 3 ∗ 108
𝐸= = = 3 ∗ 10−19 𝐽
𝜆 66 ∗ 10−10 ∗ 102

27

𝐸 = Φ + 𝐸𝐶

Segundo o enunciado, pede-se o menor valor do comprimento de onda, então a energia


cinética deve ser nula. Desta forma obtém-se a seguinte expressão:

28

Nos raios -x, a energia potencial eléctrica é igual a energia dos fotões:

𝐸𝑝𝑒𝑙𝑒=𝐸𝑓𝑜𝑡

255

TURMA DOS REVOLTADOS


29

𝐸 = Φ + 𝐸𝐶 → 𝐸𝐶 = 𝐸 – Φ = 5,7 − 3,1 = 2,6eV

30

Nos raios -x, a energia potencial eléctrica é igual a energia dos fotões:

No presente exercício, as únicas variáveis são comprimento de onda e tensão, logo a


constante de Planck (h), a velocidade da luz (c) e a carga elementar (q) são constante.

Desta última expressão fica claro que o comprimento de onda e a tensão são grandezas
inversamente proporcionais, isso é, quando o comprimento de onda aumenta, a tensão
diminui ou o contrário.

Segundo os dados, a tensão aumentou duas vezes (de 60kv para 120kv) então o
comprimento de onda irá diminui de duas vezes (de 0,2 Ângstron para 0,1 Ângstron).

31

Φ = 𝐸=ℎ𝑓 = 7∗10−34∗1,1∗10–15 = 7,7∗10−19𝐽

256

TURMA DOS REVOLTADOS


32

𝐸 = 9,3∗102∗Δ𝑚 = 9,3∗102∗3,03∗10−2 = 28,9 𝑀𝑒𝑉

33

34

𝐸=𝑚∗𝑐2

35

𝑁=2𝑛=28=256

36

257

TURMA DOS REVOLTADOS


239 = 𝑥∗4 + 𝑦∗0 + 226 → 𝑥 = 3

92 = 𝑥∗2+𝑦∗(−1)+88 → 𝑦 = 2

37

38

Analisado as equações dadas fica claro que a altenativa correcta é: D

39

𝐴0=80𝑔 𝐴=2,5 𝑔

258

TURMA DOS REVOLTADOS


40

41

A recção correcta é: C

42

𝑄 = 50𝑐𝑎𝑙 = 50∗1𝑐𝑎𝑙 = 50∗4,2 = 210𝐽

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = 210 – 70 =140𝐽

43

𝑇𝑘 = 𝑇𝑐 + 273 = 27 + 273 = 300𝐾

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 3 ∗ 2 9 ∗ 1
= → = → 𝑇2 = 450𝐾
𝑇1 𝑇2 300 𝑇2

𝑇𝑘 = 𝑇𝑐 + 273 → 450 = 𝑇2 + 273 → 𝑇2 = 177 º𝐶

259

TURMA DOS REVOLTADOS


44

45

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 4 ∗ 8 10 ∗ 6
= → = → 𝑇2 = 525𝐾
𝑇1 𝑇2 280 𝑇2

46

𝑊 = 𝑃(𝑉2−𝑉1) = 5∗(0,6−0,2) = 2𝐽

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 → Δ𝑈 = 𝑄−𝑊 = 5−2 = 3𝐽

47

Como a transformação ilustrada na figura é um sistema fechado, a variação da energia


interna é nula, pois a variação da temperatura é constante.

260

TURMA DOS REVOLTADOS


48

𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2 𝑉1 𝑉2 1.5 3
= → = = = → 𝑇𝑘 = 600𝐾
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2 300 𝑇𝑘

49

𝑄3=𝑄1+𝑄2

Este tipo exercício te a conselho a não resolver durante o exame porque irá te
roubar muito tempo.

50

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao princípio de continuidade:

51

𝑄1 = 𝑄2 → 𝐴1𝑣1 = 𝐴2𝑣2

261

TURMA DOS REVOLTADOS


52

𝑉 = 2𝑚3 , 𝑡 = 0.5ℎ

𝑉 2
𝑄= = = 4𝑚3 /ℎ
𝑡 0.5

53

Para a resolução deste exercício, deve se recorrer ao princípio de continuidade: 𝑄1=𝑄2.


A vazão nas duas secções é a mesma. Então a razão entre as vazões é igual a 1.

54

55

𝑚
𝑇 = 2𝜋√
𝑘

262

TURMA DOS REVOLTADOS


Aplicando quadrado ambos membros, tem-se:
𝑚
𝑇 2 = 4𝜋 2
𝑘

56

57

𝑣𝑚𝑎𝑥 5 ∗ 3
𝑣𝑚𝑎𝑥 = 𝐴𝜔 → 𝐴 = = = 15𝜋 −1 𝑚
𝜔 𝜋

58

263

TURMA DOS REVOLTADOS


Uma vez que o comprimento do pêndulo não varia, esta será a primeira incógnita a
calcular.

𝑙
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

Aplicando quadrado ambos membros, tem-se:

Agora, iremos determinar a nova gravidade no novo planeta:

59

𝑥(𝑡) = 0,07𝑐𝑜𝑠10𝜋𝑡

𝑣 = 𝑥′(𝑡) = −0,7𝜋𝑠𝑒𝑛10𝜋𝑡

𝑎 = 𝑣′(𝑡)= −7𝜋2𝑐𝑜𝑠10𝜋𝑡

𝑎𝑚𝑎𝑥=−7𝜋2

264

TURMA DOS REVOLTADOS


60

265

TURMA DOS REVOLTADOS


13.6 Exame 2020

Para resolver este exercício, vamos inicialmente ilustrar os dados do exercício:

Como trata-se de um caso de Movimento Uniforme, então temos que determinar o tempo do
primeiro e do segundo percurso:
𝑠 𝑠
𝑣= →𝑡=
𝑡 𝑣
𝑠1 80
𝑡1 = = = 1ℎ
𝑣1 80

𝑠2 60
𝑡2 = = = 0,5ℎ
𝑣2 120

O tempo necessário para realizar a entrega será a soma do t1 e t2. Logo:

𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡2 = 1 + 0,5 = 1,5ℎ

𝑆 = −10 + 4. 𝑡

O corpo passa pela origem (ponto A) quanto S=0.

𝑆 = −10 + 4. 𝑡 → 0 = −10 + 4. 𝑡 → 𝑡 = 2,5ℎ

266

TURMA DOS REVOLTADOS


Da função do espaço, S0 = -10 km

No M.U.A, a aceleração é constante e para determiná-la, devemos antes escrever a função


horária do espaço para este movimento:

𝑥 = (4𝑡 − 3)2 = 16𝑡 2 − 24𝑡 + 9 → 𝑥 = 9 − 24𝑡 + 16𝑡 2


1
Considerando a expressão: 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2 , está claro que a = 32 m/s2
2

Como pedi-se a diferença das acelerações entre o tempo em t= 1s e t = 5s, é igual a zero.

Representando todas as forças, temos a figura a direita.

O homem exerce um peso sobre a balança e a balança reage com uma


força normal no homem. O valor lido pela balança será igual a força
normal. Como o elevador está a subir, então este será o sentido do
movimento.

𝐹𝑁 − 𝑃 = 𝑚𝑎 → 𝐹𝑁 = 𝑚𝑎 + 𝑚𝑔 = 60.2 + 60.10 = 720𝑁

Como pede-se o valor lido em kg, então:

𝐹𝑁 720
𝑚= = = 72𝑘𝑔
𝑔 10

Representando todas as forças nesta figura tempos:

267

TURMA DOS REVOLTADOS


Considerando as forças em oy: 𝑇𝑦 = 𝑃 → 𝑇𝑠𝑒𝑛300 = 20 → 𝑇 = 40𝑁

40√3
Considerando as forças em ox: 𝑇𝑀𝑁 = 𝑇𝑋 = 𝑇𝑐𝑜𝑠300 = = 20√3𝑁
2

Escrevendo a equação das forças que actuam na barra

teremos:

Pa – R – Pb = 0

E escrevendo a expressão dos momentos e considerando

a reacção R como a referência, teremos:

−𝑥𝑃𝑎 + 𝑅. 0 + 40 ∗ 𝑃𝑏 = 0

40 ∗ 𝑃𝑏 60
𝑥= = 40 ∗ = 60𝑐𝑚
𝑃𝑎 40

Uma vez que o corpo A está suspenso, então este define o

Sentido do movimento.

Representando as forças em cada corpo, temos:

268

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐵: 𝑇 − 𝑓𝑎𝑡 = 𝑚𝑎 ∗ 𝑎

𝐴: 𝑃 − T = 𝑚𝑏 ∗ 𝑎

Somando as duas equações, temos:

𝑃 − 𝑓𝑎𝑡 = (𝑚𝑎 + 𝑚𝑏 ) ∗ 𝑎

𝑚𝑎 ∗ 𝑔 − 𝜇 ∗ 𝑚𝑏 ∗ 𝑔 = 10 ∗ 4
60−40 20
𝜇= = = 0,5
4∗10 40

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑚1 𝑣1𝑎 + 𝑚2 𝑣2𝑎 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑓

𝑚1 𝑣1𝑎 2∗6
𝑣𝑓 = = = 2 𝑚/𝑠
𝑚1 + 𝑚2 2 + 4

𝐸𝑚𝑖 = 𝑚1 𝑣1𝑎 2 + 𝑚2 𝑣2𝑎 2 = 2 ∗ 62 + 4 ∗ 0 = 72𝐽

𝐸𝑚𝑓 = (𝑚1 +𝑚2 )𝑣𝑓 2 = (2 + 4) ∗ 22 = 24𝐽

A energia mecânica no início deve ser igual a energia mecânica no fim mais a perda de energia
durante a colisão.

𝐸𝑚𝑖 = 𝐸𝑚𝑓 + 𝑄 → 𝑄 = 𝐸𝑚𝑖 − 𝐸𝑚𝑓 = 72 − 24 = 36𝐽

Neste exercício, devemos igualar o Impulso a quantidade de movimento.

𝑚. 𝑣 0,5 ∗ 30
𝐼 = 𝑄 → 𝐹. 𝑡 = 𝑚. 𝑣 → 𝑡 = = = 0,025
𝐹 600

269

TURMA DOS REVOLTADOS


10

Neste exercício, temos que igualar a energia

mecânica e A e em B.

𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑚𝐵

1
𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 2
2

𝑣 = √2𝑔ℎ = √2 ∗ 10 ∗ 10 = 14 𝑚/𝑠

11

Neste exercício, temos que igualar a energia

mecânica e A e em B.

𝐸𝑚𝐴 = 𝐸𝑚𝐵

1 2
𝑘𝑥 = 𝑚𝑔ℎ
2
𝑘𝑥 2 6 ∗ 102 ∗ 25 ∗ 10−4
ℎ= = = 5𝑚
2𝑚𝑔 2 ∗ 15 ∗ 10−3 ∗ 10

12

𝑘|𝑄1 ||𝑄2 |
𝐹= = 9 ∗ 109 𝑁
𝑑2

270

TURMA DOS REVOLTADOS


13

𝐹 = 𝑞𝐸 = 5 ∗ 10−9 ∗ 5 = 2,5 ∗ 10−8 𝑁

14

𝐸𝑅 = 𝐸1 − 𝐸2

𝑘𝑄1 9 ∗ 109 ∗ 4 ∗ 10−6


𝐸1 = = = 9 ∗ 105 𝑁/𝐶
𝑑2 (0,2)2

𝑘𝑄2 9 ∗ 109 ∗ 10−4


𝐸2 = 2 = 2
= 9 ∗ 105 𝑁/𝐶
𝑑 (1)

𝐸𝑅 = 𝐸1 − 𝐸2 = 9 ∗ 105 − 9 ∗ 105 = 0

15

𝑈 200 1
𝑈 = 𝐸𝑑 → 𝑑 = = =
𝐸 600 3
𝑘𝑄 𝑈𝑑 200 ∗ 1 2 ∗ 10−7
𝑈= →𝑄= = = = 7,4 ∗ 10−9 𝐶
𝑑 𝑘 3 ∗ 9 ∗ 109 27

16

271

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑊 8
𝑊 = 𝑞𝑈 → 𝑈 = = = 2 ∗ 106 𝑉
𝑞 4∗10−6

𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑊 = 8𝐽

17

𝑅1 + 𝑅2 = 6 → 𝑅1 = 6 − 𝑅2

𝑅1 ∗ 𝑅2 4 𝑅2 ∗ (6 − 𝑅2 ) 4
= → =
𝑅1 + 𝑅2 3 𝑅2 + 6 − 𝑅2 3

𝑅2 2 − 6𝑅2 + 8 = 0

𝑅2 = 2Ω → 𝑅1 = 4Ω

𝑅2 = 4Ω → 𝑅1 = 2Ω

18

Neste circuito temos uma associação mista onde as resistências R2 e R3 estão em paralelo e a
resultante estará em série com R1. Logo:

𝑅2 ∗ 𝑅3 2∗2
𝑅𝑇 = 𝑅1 + =5+ = 6Ω
𝑅2 + 𝑅3 2∗2
𝑈 12
𝑈 = 𝐼 ∗ 𝑅𝑇 → 𝐼 = = = 2𝐴
𝑅𝑇 6

Como o amperímetro está conectado a fonte, então ele irá ler o valor da corrente total do circuito
que e 2 A.

19 PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE

272

TURMA DOS REVOLTADOS


20

1
𝐹 = 𝑞𝑣𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃 = 2 ∗ 10−4 ∗ 2 ∗ 105 ∗ 102 ∗ = 2000𝑁
2

21

𝑏𝑆 𝑏𝑇
𝜆𝑆 = ; 𝜆𝑇 =
𝑇𝑆 𝑇𝑇

𝑏𝑆 = 𝑏𝑇

𝜆𝑆 𝑇𝑆 = 𝜆 𝑇 𝑇𝑇

𝜆𝑆 𝑇𝑇 255
= = = 0,04
𝜆 𝑇 𝑇𝑆 5800

22

𝑏 3 ∗ 10−3
𝜆= = = 3 ∗ 10−8 = 30 𝑛𝑚
𝑇 105

23

𝑏 𝑐
𝜆= ; 𝜆=
𝑇 𝑓

273

TURMA DOS REVOLTADOS


𝑐 𝑏 𝑐 ∗ 𝑇 3 ∗ 108 ∗ 3,5 ∗ 103
= →𝑓= = = 3,5 ∗ 1014 𝐻𝑧
𝑓 𝑇 𝑏 3 ∗ 10−3

24

O cientista que explica o efeito fotoeléctrico é o Max Planck e ele afirma que:

𝐸 = ℎ𝑓 e segundo esta expressão a energia é directamente proporcional a frequência.

Tendo esta teoria, invalidamos a terceira afirmação que estabelece que a energia é proporcional
a velocidade.

Logo a afirmação 2 é a CORRECTA.

25

𝐸 = 𝐸𝐶 + ∅ → 𝐸𝐶 = 𝐸 − ∅ = 5,8 − 4,5 = 1,3𝑒𝑉

Para converter o valor da Energia Cinética de eV para Joules, temos que multiplicar este
valor por 1,6.10-19 C.

𝐸𝐶 = 1,3𝑒𝑉 ∗ 1,6 ∗ 10−19 𝐶 = 2,1 ∗ 10−19 𝐽

26 PASSE PARA PERGUNTA SEGUINTE.

27

274

TURMA DOS REVOLTADOS


Para resolver este exercício temos que testar cada alternativa.

Com base no valor da função trabalho, vamos determinar a


frequência mínima (fo) para que ocorra o efeito fotoeléctrico.

𝐸 = 𝐸𝐶 + ∅ → ℎ𝑓 = 𝐸𝐶 + ∅

A frequência mínima é determinada quando a Energia cinética é nula.

∅ 4,5
ℎ𝑓 = 𝐸𝐶 +→ ℎ𝑓𝑜 = 0 + ∅ → 𝑓𝑜 = = = 1,2 ∗ 1015 𝐻𝑧
ℎ 4,14 ∗ 10−15

• Olhando a opção A, está incorrecta porque 𝑓𝐶 > 𝑓𝑜 e não MENOR;


• Olhando para a opção B, está CORRECTA porque:
Tendo em consideração os dados da onda D:
𝐸 = 𝐸𝐶 + ∅ → 𝐸𝐶 = 𝐸 − ∅ = ℎ𝑓 − ∅ = 4,14 ∗ 10−15 ∗ 4,5 ∗ 1015 − 4,5
𝐸𝐶 = 13,95 𝑒𝑉 ≅ 14 𝑒𝑉
• Olhando a opção C, está incorrecta porque efeito fotoeléctrico ocorre para todas as
ondas uma vez que as suas respectivas frequências são maiores que a frequência
mínima;
• Olhando a opção D, está incorrecta porque a razão entre a frequência de corte e a
frequência da onda A é 0,3 e não 0,085;
• Olhando a opção E, está incorrecta porque para a onda B usando a expressão 𝑣 =
𝜆𝑓 e isolando o 𝜆 tem-se 1 ∗ 10−10 𝑚 e não 2∗ 10−10 𝑚.

28

𝐸 = |𝐸𝑛𝑓 − 𝐸𝑛𝑖 | = |−13,6 − (−0,85)| = 12,75 𝑒𝑉

𝐸 12,75
𝐸 = ℎ𝑓 → 𝑓 = = = 3 ∗ 1015 𝐻𝑧
ℎ 4,14 ∗ 10−15

𝑐 3 ∗ 108
𝑐 = 𝜆𝑓 → 𝜆 = = = 1 ∗ 10−7 𝑚
𝑓 3 ∗ 1015

275

TURMA DOS REVOLTADOS


29

No estado fundamental (n=1) o módulo da energia é igual a


13,6 eV.

Usando a teoria de Planck:

ℎ𝑐
𝐸 = ℎ𝑓 =
𝜆
ℎ𝑐 4,14 ∗ 10−15 ∗ 3 ∗ 108
𝜆= = = 0,9 ∗ 10−7 𝑚
𝐸 13,6
≅ 1 ∗ 10−7 𝑚

Este comprimento coincide com a radiação ULTRAVIOLETA.

30

Olhando para a reacção do exercício, notamos que os núcleos nos reagentes e nos produtos não
variam o número de massa e atómico. Logo, X tem que ser um decaimento gama.

31

As reacções correctas são I, II e IV onde o núcleo resultante reduz 4 unidades no número de


massa e 2 unidades no número atómico. Logo, a alínea correcta é a alínea C.

276

TURMA DOS REVOLTADOS


32

Neste tipo de exercício, temos que analisar o número de massa e de átomo dos reagentes e dos
produtos. E como o núcleo e análise é um radiactivo Beta-emissor, então a partícula Beta deve
estar no lado dos produtos. A alínea correcta é A.

33

Uma reacção de fusão ocorre quando dois núcleos leves formam um núcleo pesado, logo a
opção correcta é a alínea E.

34

Igualando o número de massa dos reagentes ao número de massa dos produtos, teremos:

1 + 235 = 94 + 140 + 𝑥 → 𝑥 = 236 − (94 + 140) = 2

35

Segundo o enunciado, o Fósforo-32 sofre decaimento formando enxofre-32 e emitindo uma


partícula. Logo a equação é a seguinte:

277

TURMA DOS REVOLTADOS


Está claro que para equilibrar o número de massa dos reagentes e dos produtos, tem que se
libertar uma partícula Beta.

36 PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE.

37

Analisando o enunciado temos a informação que 87,5% do núcleo se desintegrou, logo a parte
𝐴
restante é 12,5%. Então = 12,5%.
𝐴0

O tempo de meia vida (𝑇1 ) é o tempo necessário para que um núcleo reduza a metade. Como
2
ilustra o gráfico, o núcleo leva 30 anos para reduzir de 100 para 50 g. Logo este é o tempo de
meia vida.

𝐴 1 1 1 1 1
= 𝑛 → 12,5% = 𝑛 → 0,125 = 𝑛 → = 𝑛 → 𝑛 = 3
𝐴0 2 2 2 8 2

𝑡 = 𝑛𝑇1 = 3 ∗ 30 = 90ℎ
2

38

𝐴 1 6,25 1 1 1
= 𝑛→ = 𝑛→ 3= 𝑛→𝑛=3
𝐴0 2 50 2 2 2

𝑡 = 𝑛𝑇1 = 3 ∗ 5 = 15ℎ
2

39

278

TURMA DOS REVOLTADOS


𝐸 = 931 ∗ ∆𝑚 = 931 ∗ 0,02540 = 23,64 𝑀𝑒𝑉

40

Neste exercício, devemos converter as temperaturas para Kelvin. [Tk = Tc + 273]

Como o volume deve permanecer o mesmo, então:

𝑃𝐴 𝑃𝐵 𝑃𝐴 ∗ 𝑇𝐵 4 ∗ 310 31
= → 𝑃𝐵 = = = = 4,4 𝑎𝑡𝑚
𝑇𝐴 𝑇𝐵 𝑇𝐴 280 7

41

Na expressão PV = nRT, a temperatura deve estar em Kelvin. [Tk = Tc + 273]

𝑛𝑅𝑇 2 ∗ 82 ∗ 10−3 ∗ 300


𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 → 𝑃 = = = 8,2 𝑎𝑡𝑚
𝑉 6

42

Como a transformação é isotérmica, então:

𝑃𝐴 𝑉𝐴 = 𝑃𝐵 𝑉𝐵

𝑃𝐵 𝑉𝐵 0,8 ∗ 𝑃𝐴 ∗ 𝑉𝐵 8
𝑉𝐴 = = → 𝑉𝐴 = ∗ 𝑉 → 5𝑉𝐴 = 𝑉𝐵
𝑃𝐴 𝑃𝐴 10 𝐵

279

TURMA DOS REVOLTADOS


43

(1) 𝑃𝐴 ∗ 𝑉 = 𝑛𝐴 𝑅𝑇

(2) 𝑃𝐵 ∗ 𝑉 = 𝑛𝐵 𝑅𝑇

Como houve uma mistura dos gases, então vamos somar as duas equações:

(𝑃𝐴 + 𝑃𝐵 ) ∗ 𝑉 = (𝑛𝐴 + 𝑛𝐵 )𝑅𝑇

𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 15 = (3 + 2) ∗ 0,082 ∗ 300

123
𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = 8,2 𝑎𝑡𝑚
15

44

𝑊ú𝑡𝑖𝑙 36
𝜂 =1− =1− = 20%
𝑊𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 45

45

𝑊 = −3000𝐽; 𝑃𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑢𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑔á𝑠.

𝑄 = −500 ∗ 4,2 = −2100𝐽; 𝑃𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑔á𝑠 𝑜𝑓𝑒𝑟𝑒𝑐𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜.

𝑄 = ∆𝑈 + 𝑊 → ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = −2100 − (−3000) = 900𝐽

280

TURMA DOS REVOLTADOS


46

𝑄 = 150 ∗ 4,2 = 630𝐽

𝑄 = ∆𝑈 + 𝑊 → ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = 630 − 300 = 330𝐽

47

A vazão para as duas regiões é a mesma nas duas secções ou regiões do tubo.

48

Usando a expressão de Steven, temos:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ = 1 ∗ 105 + 1000 ∗ 10 ∗ 100

𝑃 = (1 + 10) ∗ 105 = 11 ∗ 105 𝑃𝑎 = 11𝑎𝑡𝑚

[1𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑃𝑎]

49

Numa prensa hidráulica, temos a expressão:

𝐹1 𝐹2 𝐹1 1000
𝑃1 = 𝑃2 → = → = → 𝐹1 = 500𝑁
𝐴1 𝐴2 𝐴 2𝐴

50

281

TURMA DOS REVOLTADOS


Escrevendo a expressão da continuidade temos:

𝑄1 = 𝑄2 → 𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2

𝐴1 𝑣1 60 ∗ 5
𝑣2 = = = 20 𝑐𝑚/𝑠
𝐴2 15

51

Da expressão:

𝑄
𝑄 =𝐴∗𝑣 →𝐴 =
𝑣
Está claro que a relação entre a Área e a velocidade é de proporcionalidade inversa.

Logo, a opção correcta é a alínea D.

52

𝜔 4𝜋
𝜔 = 2𝜋𝑓 → 𝑓 = = = 2 𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋

53

Quando o corpo está no ponto de inversão a velocidade do


corpo é nula. E a mola está deformada ao máximo. Então a
força elástica é máxima porque 𝐹𝑒𝑙𝑎 = kx.

E como a força resultante (F = ma) é igual a força elástica,


então a aceleração é máxima porque esta é directamente proporcional a força.

A energia potencial elástica depende da deformação. Como a deformação é máxima, então a


energia potencial elástica é máxima.

282

TURMA DOS REVOLTADOS


54

Ocorre uma oscilação completa quando o pêndulo é abandonado da posição inicial, vai até o
ponto oposto e retorna à posição inicial. Em uma oscilação completa, o pêndulo passa pelo
ponto central duas vezes. A terceira passagem do pêndulo pelo ponto central ocorre em um
tempo igual a ¼ do período total de oscilação, portanto, nesse caso, 4 s. Logo, o tempo total
para três passagens do pêndulo pela posição central é de uma oscilação mais ¼, ou seja, 20 s.

55

1 1
𝑓= = = 0,5 𝐻𝑧; 𝜔 = 2𝜋𝑓 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑇 2
𝑣 = 𝐴𝜔 = 0,1𝜋 𝑚/𝑠

56

𝑐 3 ∗ 108
𝜆= = = 3,3𝑚
𝑓 9 ∗ 107

57

𝑚 30 ∗ 10−3
𝑇 = 2𝜋√ = 2𝜋√ = 0,10𝑠
𝑘 12𝜋 2

283

TURMA DOS REVOLTADOS


284

TURMA DOS REVOLTADOS


14 Livros Usados

Nome do Autor Título da Obra

Antônio Máximo Física: Ensino Médio

Beatriz Alvarenga Volume: 1,2 e 3

Ramalho Júnior
Os Fundamentos da Física
Nicolau Ferrano
Volume: 1,2 e 3
Toledo Soares

Física 12
Mário Baloi
Longman

Ricardo Helou Doca


Tópicos de Física
Gualter José Biscuola
Volume: 1,2 e 3
Newton Villas Bôas

285

TURMA DOS REVOLTADOS


15 Sobre nós

A Turma dos Revoltados é o maior centro de preparação ao ensino superior. Leccionamos as


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1. Matemática
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3. Português
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286

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