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Noções de Atuária Página 1 de 17

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NOÇÕES DE ATUÁRIA [1.17]

Esta página foi criada para disponibilizar materiais do curso Superior, para disciplina de Noções de Atuária, do oitavo
semestre.

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Prof. Sanderson Lourenço.


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DIRETRIZES

Horários:

18:50 - 20:20 horas: início das atividades;


20:20 - 20:30 horas: intervalo;
20:30 - 22:00 horas: início e conclusão das atividades.

Ferramentas de trabalho:

Caderno, lápis, borracha, caneta, calculadora científica e/ou financeira e, apostila.

Avaliações possíveis:

Provas individuais sem ou com consulta;


Trabalhos e provas rápidas;
Trabalhos valerão 100% no dia da entrega e 50% até a aula seguinte. Após não serão recebidos.
Provas de segunda chamada/N-1 serão realizadas na data agendada e, contemplarão todo o conteúdo. Será considerado dia normal em termos de frequência, para
os alunos que não atingiram a média.
A participação somente será considerada para os acadêmicos que realizaram a segunda chamada/N-1, ou que estejam aprovados.

Frequência:

Mínimo de 75% para aprovação (Falta máximo 2,5 dias ou 9,0 horas).

APOSTILA DE NOÇÕES DE ATUÁRIA


SUMÁRIO

a) Conceito e Contextualização Histórica;


a.1) Conceito básico;
a.2) Ramos;
a.3) O Atuário;
a.4) Atividades.

b) Renda Atuarial;
b.1) Atividades.

c) Sistema de Previdência Social;


c.1) Atividades.

d) Sistema de Previdência Privada;


d.1) Estrutura da Previdência Privada Oficial no Brasil;
d.2) Atividades.

e) Caso do Chile;
e.1) Atividades.

f) Precificação de Seguro;
f.1) Atividades;
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio;
f.3) Atividades.

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g) Auditoria atuarial;
g.1) Atividades.

h) Meta Atuarial - a Realidade;


h.1) Atividades.

BIBLIOGRAFIA

PLANO DE AULA
Data
Atividade
Ctb
Apresentação da disciplina; a) Conceito e Contextualização Histórica; a.1) Conceito Básico; a.2) Ramos; a.3) O Atuário; a.4) Atividades; b) Renda 01 -
Atuarial; b.1) Atividades; 09/10
c) Sistema de Previdência Social; c.1) Atividades; d)Sistema de Previdência Privada; d.1) Estrutura da Previdência Privada Oficial no Brasil; d.2) 02 -
Atividades; 16/10
03 -
Revisão; Avaliação 1 individual sem consulta;
23/10
04 -
e) Caso Chile; e.1) Atividades; f) Precificação de Seguro; f.1) Atividades;
30/10
05 -
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio; f.3) Atividades; Avaliação 2 individual sem consulta;
06/11
g) Auditoria Atuarial; g.1) Atividades; h) Meta Atuarial - a Realidade; h.1) Atividades;Avaliação 3 individual com consulta: Sistema de Previdência 07 -
Social versus Sistema de Previdência Privada; 13/11
08 -
Avaliação Segunda Chamada/N-1;
20/11
Atividade extra classe; 09 -
10 -
Exame final;
27/11

Noções de atuária.
a) Conceito e Contextualização Histórica;
a.1) Conceito básico;
a.2) Ramos;
a.3) O Atuário;
a.4) Atividades.

a) Conceito e Contextualização Histórica.

a.1) Conceito Básico.

Ciência Atuarial é o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguro, incluindo probabilidades, usada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente
avaliados, os prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e a provisão para os pagamentos futuros de benefícios seja adequada.
Prêmios de seguros, são os pagamentos a troco da proteção contra o risco de morte.

A ciência contábil possui forte ligação com a ciência atuarial, pois além do óbvio que pode ser observado na exigência legal de contabilização das seguradoras, uma
análise financeira neste segmento, deve ser direcionada para as relações entre disponibilidades e exigibilidades, portanto, envolve os Ativos Realizáveis e os Exigíveis
da empresa no curto e no longo prazo, ou seja, analisa o que a seguradora dispõe em face de suas obrigações, bem como o que tem a receber e o que tem a pagar.
Além do exposto, na relação contábil-atuarial das seguradoras, pode-se observar também a junção com a economia, pois uma análise econômica considerará o capital
investido e o volume monetário das receitas oriundas dos prêmios ganhos no período. Para essa análise, toma-se como base a Demonstração do Resultado do
Exercício.

a.2) Ramos.

A atuária é dividida em dois ramos:

1 - Ramo vida: características de longo prazo, estuda os modelos relacionados à aposentadoria, pensões, seguro de vida e saúde;

No ramo vida, os cálculos de prêmio envolvem basicamente os riscos de sobrevivência e os riscos de morte, com prêmios únicos e puros; ou seja, prêmios pagos a
vista em uma única parcela e que cobrem a esperança matemática dos sinistros futuros agregados à margens técnicas de segurança; podendo variar conforme sua
temporariedade, diferimento e coberturas.

2 - Ramo não vida: características de curto prazo, estuda os modelos relacionados a seguros em geral como automóveis, responsabilidade civil, entre outros. Atua
principalmente nos segmentos de: Seguros e capitalização; Previdência social e privada; - complemento; Resseguro; e Instituições financeiras.

a.3) O Atuário.

O atuário existe desde a antiga Roma, executando diversas atividades. Na Antiguidade romana, a economia de troca era intensa. A unidade econômica do vasto
império, mantida por meio de notáveis redes rodoviárias e de intensa navegação, transformara Roma em centro de afluência dos produtos de todas as províncias,
estimulando as transações comerciais e a criação de companhias mercantis e sociedades por ações. Sem a menor noção de probabilidade, os romanos já tinham
naquela época, mesmo que a grosso modo, a visão bem nítida de uma renda vitalícia, diferenciando-a da renda perpétua, válida para sempre.

No século XVII, na Inglaterra e na Holanda, os governos empenhavam-se em vender aos seus súditos títulos públicos que asseguravam ao tomador a recepção de uma
renda vitalícia. Assim, foi tornando-se necessário determinar com a maior precisão a importância em dinheiro que deveria ser cobrada em contraprestação ao serviço,
para que não houvesse prejuízo à coroa. Esse trabalho foi destinado aos melhores matemáticos da época.
Com isso, foi-se criando a base para o surgimento da matemática atuária, principalmente a partir do cálculo da probabilidade de Pascal. Graunt e Edmond Halley, na
Inglaterra, e De Witt, na Holanda, fizeram estudos levando em conta as leis da probabilidade e a expectativa de vida humana a partir dos registros de nascimentos e
óbitos.

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A incerteza que caracteriza a vida das pessoas em termos de espaço


e tempo, foi desde o início a razão de ser do atuário e, por
consequência, da Matemática Atuarial. Suas origens remontam ao
estudo dos fenômenos da mortalidade. As vicissitudes da vida
humana motivaram outros estudos, como acidentes e riscos
diversos de ordem individual e social.

Entre as áreas de conhecimento importantes para a formação e


atualização do atuário, estão a Estatística, Informática,
Contabilidade, Economia, Administração, Matemática e Direito.
A matemática atuarial, a matemática financeira e, a economia, são
fortemente ligadas, principalmente as duas primeiras que têm sua
razão de ser no tempo. Citando Araújo, o dinheiro não se move ao
longo do tempo, sem que sofra variação, mesmo que a taxa de
inflação seja zero.

O tempo é tão importante para as disciplinas financeiras, que as


taxas de juros, devem sempre vir acompanhadas por uma unidade
de tempo, afinal o tempo indicará a periodicidade da incidência da
taxa, logo, definirá até quando variará o capital.

A dinâmica financeira ao longo do tempo, pode ser representada


graficamente pelo diagrama de fluxo de caixa, conforme figura
demonstrada ao lado.
Segundo o Decreto-lei nr 806 de 04/06/1969, o atuário é o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro,
promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos,
avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas, ou seja, o profissional formado em Ciências Atuariais pode trabalhar em
seguradoras, resseguradoras, fundos de pensão, consultorias, no mercado financeiro e na área acadêmica.
O atuário procura mensurar e relacionar o acaso – equivalência de aleatoriedade – o tempo- duração dos processos financeiros.

Entre as atribuições da profissão de atuário estão a elaboração dos planos técnicos e avaliação das contribuições e reservas matemáticas das empresas privadas de
seguros e de capitalização, das instituições de Previdência Social, das associações ou caixas mutuárias de pecúlios ou sorteios e dos órgãos oficiais de seguros e
resseguros.

O atuário deve assegurar tanto a solvência econômica – o equilíbrio entre o total dos haveres e o total das obrigações-, quanto a solvência financeira da empresa –
pagar as obrigações que se vencem a cada dia.
É o atuário também o responsável pela determinação e tarifação dos prêmios de seguros, de capitalização e especiais ou extra prêmios relativos a riscos especiais e
pela análise atuarial dos lucros dos seguros e das formas de sua distribuição entre os segurados e portadores de títulos de capitalização.

A lógica que o atuário utiliza para os cálculos, de forma a considerar as diferenças para os diversos ramos da ciência, está nas condições de equilíbrio do sistema.
Por exemplo:
- Seguros: o equilíbrio se dá apenas fazendo receita igual a despesa;

- Fundos de pensão (previdência privada fechada): o equilíbrio se dá na solidariedade, ou seja todos pagam sempre a mesma coisa, não importa a idade ou o gênero e
a consideração de igualdade entre receita e despesa é secundária;

- Previdência social: a principal consideração é distribuição de renda, ou seja quem recebe o benefício o recebe porque necessita dele e não porque pagou. Mesmo que
não tenha pago nada tem direito a receber o benefício. A solidariedade é dada pelo pagamento de contribuições iguais para todos os que são obrigados a contribuir e a
igualdade entre receita e despesa é absolutamente secundária, pois sempre há garantia que não faltará recurso para o pagamento dos benefícios pelo tesouro nacional.

Somente o atuário pode assinar, como responsável técnico, os balanços das empresas de seguros e de capitalização, as carteiras dessas especialidades, mantidas por
instituições de previdência social e outros órgãos oficiais de seguros e resseguros e os balanços técnicos das caixas mutuárias de pecúlios ou sorteios, quando
publicados.

Para a peritagem e emissão de pareceres sobre assuntos envolvendo problemas de competência exclusivamente do atuário, dois documentos destacam-se:

1 - Avaliação Atuarial, na qual são estudados os aspectos quantitativos e qualitativos relativos ao ativo e ao passivo do plano;

2 - Parecer Atuarial, no qual o atuário atesta ou não a situação de solvência econômica/financeira da entidade, identifica as discrepâncias encontradas e as razões que
as originaram e propõe correções para esses desvios.

O Trabalho do atuário é rigorosamente técnico. Dotado de forte base matemática e estatística, é ele quem calcula a probabilidade dos eventos, avalia os riscos e fixa
prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas. Assim, o atuário cuida da investigação das leis de mortalidade, invalidez, doença, fecundidade e natalidade
e de outros fenômenos biológicos e demográficos em geral, das probabilidades de ocorrências necessárias ao estabelecimento de planos de seguros e cálculo de
reservas; da seleção e aceitação dos riscos, do ponto de vista médico atuarial e da elaboração das cláusulas e condições gerais das apólices de todos os ramos, seus
aditivos e anexos, dos títulos de capitalização; dos planos técnicos de seguros e resseguros; das formas de participação dos segurados nos lucros; da cobertura e
exclusão de riscos especiais.

De forma resumida, o atuário é um especialista em risco, definindo os valores que devem ser pagos para garantir o cumprimento de um contrato.

Por iniciativa de pesquisadores e matemáticos interessados em ampliar o campo de estudo em temas e trabalhos de natureza atuarial, foi fundado em 1944, o Instituto
Brasileiro de Atuária (IBA).
O atuário só deve trabalhar se contar com o registro expedido pelo Instituto Brasileiro de Atuária e, para isso, deve se submeter a um exame após a graduação.
A fiscalização do exercício da profissão do Atuário é exercida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

a.4) Atividades.

a.4.1) Quais as três finalidades da ciência atuarial?

a.4.2) Quais as duas principais ferramentas utilizadas pela ciência atuarial, para garantir que sua finalidade seja alcançada?

a.4.3) Explique o que busca a ciência atuarial.

a.4.4) Explique o que estuda e em que se envolve, o ramo da atuária que trata em longo prazo.

a.4.5) A matemática atuária, foi utilizada desde Roma. Inglaterra e Holanda, a utilizavam desde o século XVII. Qual a diferença básica na utilização entre Roma e

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Inglaterra/Holanda?

a.4.6) O que fizeram Inglaterra e Holanda, no cálculo atuário, comparativamente a antiguidade Romana?

a.4.7) Quais as duas atividades do atuário?

a.4.8) Quais as atribuições do atuário e a partir de que momento poderá emitir suas avaliações e pareceres?

a.4.9) Quais os dois objetivos do atuário?

a.4.10) Quem fiscaliza o exercício da profissão do atuário? Explique o processo necessário para que ele possa exercer legalmente a sua atividade.

Noções de atuária.
b) Renda Atuarial;
b.1) Atividades.

b) Renda Atuarial.

O cálculo de uma renda atuarial leva em conta, além de uma taxa de juros que descapitalize o montante a ser pago, a incerteza sobre seu pagamento, como no caso de
uma aposentadoria, onde o risco de a pessoa estar ou não viva para o recebimento de uma renda interfere no valor que ela precisará pagar para, se viva estiver, receber
tal pensão.

O montante "M" é o valor do capital (principal) somado ao valor dos juros, a variável "P", representará o principal, a variável “i” representará a taxa unitária de
juros, a variável “n” representará os períodos da aplicação e, a variável "R", representará as prestações idênticas com os termos postecipados, ou seja, as prestações
iguais sem entrada.

Tomemos como primeiro exemplo, uma determinada pessoa que deseja receber durante 10 meses uma renda de $90,00. Usando puramente a matemática este
indivíduo precisará de $900,00 hoje para obter está renda, ou seja, 10 x $90,00 = $900,00.
Utilizando as operações financeiras, com uma taxa de juros de 5% a.m. o custo destas rendas hoje passa a ser $694,96. Ou seja:

Como segundo exemplo, uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.250,00 por mês para 500 funcionários vinculados ao plano, durante
30 anos - um total de R$ 225 milhões. Se a taxa atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação (5,84% ao ano), o valor presente do compromisso desse fundo de pensão
hipotético seria de aproximadamente R$ 62,965 milhões. Ou seja:

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b.1) Atividades.

b.1.1) Explique qual o motivo para o cálculo de uma renda atuarial levar em conta, a taxa de juros e a incerteza sobre seu pagamento.

b.1.2) Caso uma pessoa tivesse disponibilidade de um capital no valor de R$ 15.000,00, calcule o quanto receberia por 36 meses, considerando uma taxa de juros de
0,7% a.m.

b.1.3) Considerando que determinado indivíduo necessite receber 120 pagamentos de R$ 800,00, qual o capital que ele precisaria, considerando uma taxa de juros de
1,10% a.m.?

b.1.4) Uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.000,00 por mês para 480 funcionários vinculados ao plano, durante 25 anos, se a taxa
atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação de 5,84% ao ano, descapitalize, para encontrar o valor presente do compromisso desse fundo de pensão hipotético.

b.1.5) Caso uma pessoa tivesse disponibilidade de um capital no valor de R$ 77.700,00, quanto receberia por 48 meses, considerando uma taxa de juros de 0,4%
a.m.?

Noções de atuária.
c) Sistema de Previdência Social;
c.1) Atividades.

c) Sistema de Previdência Social.

O sistema de previdência social no Brasil divide-se em dois blocos:

a) Público, abrigando os trabalhadores da administração direta e empresas estatais;


b) Privado, o INSS, recebendo as contribuições dos trabalhadores da iniciativa privada.

Uma extensa lista de motivos levou, ao longo dos anos, ao desequilíbrio do sistema, entre os quais cabe mencionar:
- Aumento da expectativa de vida da população;
- Redução da taxa de natalidade;
- Sistema denominado em repartição simples – os trabalhadores ativos financiam as aposentadorias dos inativos;
- Parcela significativa de economia informal;
- Fraudes de diversas espécies.

Os desequilíbrios nos sistemas de previdência pública não são privilégio do Brasil. Ao contrário, tem sido observados ao longo das últimas três décadas em
praticamente todo o mundo.
Conhecendo a estrutura política do Brasil, é possível identificar alguns desequilíbrios.
O organograma abaixo, apresenta esta estrutura.

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Dentro desta estrutura, será mantido o enfoque nos seguintes representantes:

- Presidente da República: Chefe do Poder Executivo da União. Tem como função nomear os ministros, administrar e aplicar os recursos do país. Propor e aprovar as
leis votadas pelo Congresso Nacional.

- Ministros de Estado: Os Ministérios elaboram normas, acompanham e avaliam os programas federais, formulam e implementam as políticas para os setores que
representam. São encarregados, ainda, de estabelecer estratégias, diretrizes e prioridades na aplicação dos recursos públicos.

- Senador: Representantes diretos dos Estados no Senado Federal. Tem como função propor, debater e aprovar leis de interesse nacional, assim como fiscalizar o
Presidente, seu Vice e os Ministros de Estado.

- Deputado Federal: Representantes da população dos Estados no Congresso Nacional. Tem como função, propor, debater e aprovar leis de interesse nacional, assim
como fiscalizar o Presidente, seu Vice e os Ministros de Estado.

- Governador: Chefe do Poder Executivo Estadual. Tem como função nomear a equipe de secretários que o auxiliará na administração do Estado. Ele é o principal
porta-voz do Estado junto aos poderes federais.

- Deputado Estadual: Representantes da população junto ao governador. Tem como função, debater e aprovar leis de interesse estadual, assim como fiscalizar o
Governador, seu Vice e os Secretários de Estado. Além de elaborar, em conjunto com o Governador, o orçamento estadual.

- Prefeito: Chefe do Poder Executivo Municipal. Tem como função planejar, comandar, coordenar e controlar toda a administração pública municipal.
Representa o Município em todas as circunstâncias, e pode realizar atos políticos como apresentar projetos de lei, sancionar e promulgar ou vetar leis.

- Vereador: Representantes da população no município. Tem como função fiscalizar, orientar e acompanhar os projetos de lei de sua iniciativa ou do executivo e de
outros parlamentares.
Fiscalizar o trabalho do prefeito inclui aprovar o orçamento do município, acompanhar sua execução e verificar a prestação dos serviços do Poder Municipal.

Movimentos de reforma da seguridade social têm sido realizados em diversas regiões do mundo, uns mais radicais como o Chile, que erradicaram a antiga
Previdência Social, outros nem tanto, mantendo a coexistência entre os sistemas público e privado.

c.1) Atividades.

c.1.1) Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.


(01) Ramo vida; (___) Longo prazo;
(02) Ramo não vida; (___) Distribuição de renda;
(03) Solvência Econômica; (___) Equilíbrio: haveres e obrigações;
(04) Solvência Financeira; (___) Receita igual a despesa;
(05) Seguros; (___) Curto prazo;
(06) Fundos de pensão; (___) Solidariedade;
(07) Previdência social. (___) Pagamento diário das obrigações.

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Noções de atuária.
d) Sistema de Previdência Privada;
d.1) Estrutra da Previdência Privada Oficial no Brasil;
d.2) Atividades.

d) Sistema de Previdência Privada.

A "previdência", entende-se como sendo algo previdente, ou seja, alguma coisa que pode acontecer e que possa prevenir e/ou ser prudente com o seu futuro,
principalmente do ponto de vista financeiro. Quanto ao significado de “privada” pode ser entendido como tudo aquilo que não é público, ou seja, é de caráter
particular. Portanto, “previdência privada” é entendida como sendo um sistema que acumula recursos financeiros que garantam uma renda mensal no futuro,
especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar.

O sistema de Previdência Social visa o pagamento de benefícios básicos de aposentadorias e auxílios, regulamentados pela Lei 8.213/91 e Decreto 3.048/99, enquanto
o setor de previdência privada oferece rendas assemelhadas às rendas da Previdência Social, como, por exemplo: renda de aposentadoria por tempo de contribuição,
por invalidez e pensão por morte. A Lei Complementar nº 109/01 e o Decreto 4.206/02 são atualmente as principais fontes de regulamentação sobre a previdência
privada no Brasil.

No Brasil existem dois tipos de plano de previdência privada, conhecidas como “aberta” e“fechada”. A previdência aberta é aquela onde qualquer pessoa pode ser
contratada, sendo ofertadas pelas Seguradoras e, no Brasil, principalmente pelos Bancos. Um dos principais benefícios dos planos abertos é a sua liquidez, já que os
depósitos podem ser sacados a qualquer momento. O número total de participantes de planos abertos é estimado atualmente em cinco milhões de pessoas. A fechada é
destinada para todos os empregados de empresa (ou grupo de empresas) patrocinadoras do plano de previdência. Recentemente também foi colocada à disposição de
participantes filiados a entidade representante de classes, como CRC, OAB, Sindicatos, etc. Em linhas gerais, o trabalhador contribui com uma parte mensal do
salário e a empresa banca o restante, valor que normalmente é dividido em partes iguais.
Estima-se que as empresas de previdência complementar possuam cerca de 126 mil participantes que já desfrutam de benefícios de previdência do setor.

d.1) Estrutura da Previdência Privada no Brasil.

A estrutura da previdência privada no Brasil, está dividida entre a previdência fechada e aberta, conforme demonstrado abaixo.

Existem dois tipos de planos, chamados de planos por sobrevivência, que são entendidos como sendo planos de seguro e de previdência, que após um período de
acumulação de recursos, proporcionam aos investidores (segurados e participantes) uma renda mensal, que poderá ser vitalícia ou por período determinado ou mesmo
por pagamento único.

O Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) é classificado como seguro de pessoa, enquanto o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é um plano de
previdência complementar.

A principal diferença entre os dois está no tratamento tributário. Em ambos os casos, o imposto de renda incide uma única vez, no momento do resgate ou
recebimento da renda. Entretanto, enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide tanto sobre o valor aplicado
quanto sobre seus rendimentos.

A lei do imposto de renda permite a dedução de até 12% da renda anual bruta no modelo completo, em caso de previdência privada. Assim, a pessoa que contratar um
PGBL poderá utilizar esse incentivo fiscal. O Governo difere o recolhimento, permitindo a dedução na base de contribuição para o IRRF, durante o período de
pagamento dos prêmios, porém no momento do resgate da reserva matemática ou do recebimento da renda, incidirá a tabela vigente à época.

d.2) Atividades.

d.2.1) Qual a relação existente entre a previdência social e a previdência privada?

d.2.2) Faça uma opção entre VGBL e PGBL. Justifique.

d.2.3) Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso.


(___) O cálculo da renda atuarial leva em conta O VGBL e o PGBL;
(___) A atuária é dividida em dois ramos: o VGBL e o PGBL;

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(___) O cálculo da renda atuarial leva em conta a taxa de juros e o risco;


(___) A atuária é dividida em dois ramos: a Previdência Social e a Previdência Privada;
(___) A atuária é dividida em dois ramos: o vida e o não vida;
(___) O cálculo da renda atuarial leva em conta o INSS e o Neoliberalismo.

d.2.4) Qual a diferença entre previdência “fechada” e “aberta”?

Noções de atuária.
e) Caso do Chile;
e.1) Atividades.

e) Caso Chile.

Desmantela-se no Chile a previdência neoliberal - Rui Falcão.

O receituário neoliberal dos anos 80 e 90 para a América Latina acaba de receber sua pá de cal no Chile, com a entrada em vigor das mudanças no sistema de
previdência (aposentadorias e pensões), que visam a remediar os estragos provocados pela introdução do sistema privado, de capitalização individual, criado em
1981, em substituição à previdência pública, e imposto aos trabalhadores sob a ditadura do general Augusto Pinochet.

Contrariamente às promessas aludidas das vantagens de se entregar o destino dos aposentados e pensionistas exclusivamente à iniciativa privada, o sistema
previdenciário chileno frustrou os trabalhadores no essencial, ao não entregar o prometido, na mais cabal demonstração de que as lambanças da especulação
financeira não se coadunam com os compromissos da seguridade social.

O caso do Chile – país selecionado pelos mentores do neoliberalismo como laboratório das reformas anti-sociais que se pretendiam impingir aos trabalhadores de
todo o mundo – tornou-se paradigmático tanto pelo caráter radical e truculento das mudanças – abandono do sistema tradicional de repartição coletiva, administrada
pelo Estado, e a entrega dos fundos previdenciários, constituídos por contribuições dos trabalhadores, para a gestão de fundos privados – quanto pelo seu retumbante
fracasso.

Lembre-se de que tão radical era a proposta que nem sequer o então presidente Reagan, nos EUA, ou a então primeira-ministra Margareth Thatcher, na Grã-Bretanha
– ambos porta-bandeiras neoliberais – ousaram propor tais reformas em seus respectivos países, por temerem a reação das classes trabalhadoras. De onde se pode
retirar o primeiro corolário do receituário neoliberal – que devastou o pouco que havia de políticas sociais na América Latina e em outras partes – segundo o qual o
que é bom para os países periféricos em matéria de “democracia de mercado” não é bom para os países centrais.

Passados trinta anos da sua imposição aos trabalhadores chilenos, o resultado, agora admitido pela “Concertación” – a coalizão de centro- esquerda que governa o
Chile – é o seguinte. As instituições financeiras privadas responsáveis pela gestão de tais fundos encheram-se de dinheiro, graças à sua operação em regime de
oligopólio, com a eliminação da concorrência, mediante a concentração crescente, hoje reduzidas a menos de meia dúzia, concentração que redundou na cobrança de
altíssimas taxas de administração e em resultados contábeis pífios ou decrescentes, quando não negativos.

Como era de esperar de tal iniquidade, gerada pelas estritas regras do livre mercado, os trabalhadores passaram a reagir, deles tomando distância, pelo abandono, pela
impossibilidade de acesso (por desemprego) ou por desinteresse, frustrados no dilema entre receber valores insignificantes e permanecer fora do sistema, à falta de
alternativa minimamente aceitável. Cumpriu-se assim o objetivo neoliberal, na área previdenciária, de assaltar os fundos previdenciários, mediante o
desmantelamento da proteção social assegurada pelo Estado e a sua transferência para gestão privada, num mercado financeiro desregulamentado.

É nesse contexto que intervém o governo de Michele Bachelet, empossado em março de 2006, com medidas destinadas a salvar o que restou do sistema
previdenciário chileno. Após três décadas de sua introdução à força, o regime cobre somente 55% dos trabalhadores do mercado formal e assegura uma reposição
média de 30% a 40% do último salário, segundo cálculos da Central Unitária dos Trabalhadores do Chile.

Isso, porém, não diz tudo, pois o mais grave é que há um enorme contingente de inativos que recebe muito pouco ou nada no sistema de capitalização mas não é
suficientemente pobre para cair na rede de proteção assistencial chilena. Com a reforma atual, todos os trabalhadores chilenos com mais de 65 anos de idade que
estejam situados entre os 60% mais pobres receberão do Estado US$ 167,00 por mês, valor da chamada “aposentadoria solidária”. E, para incentivar a contribuição
por parte daqueles que ousam questionar as virtudes do “livre mercado”, constituído pelo oligopólio dos poucos gestores privados, o governo oferece um
complemento de aposentadoria a quem tiver contribuído com menos do que o suficiente para fazer jus ao benefício.

A crise do sistema previdenciário chileno é produto da política neoliberal de estabilização, aplicada em todo o continente nos anos 80 e 90, por pressão de organismos
multilaterais, como FMI e Banco Mundial, que operam sob o interesse hegemônico do capital financeiro dos países centrais. A crise social que disso resultou na
maioria dos países periféricos – e que se estende para além dos sistemas previdenciários – atingindo grande parte da população, expressou-se na destruição quase total
do sistema público de bem-estar social (educação, saúde, aposentadorias, pensões, etc.). E isso pode ser medido, segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para
a América Latina e o Caribe), na redução em valores absolutos dos gastos em serviços sociais assim como na redução da participação relativa de tais gastos nos
orçamentos governamentais.

Tal contração nos gastos sociais revela-se em toda a sua extensão ao se constatar que em tais países, diferentemente do que ocorre em países centrais, as políticas de
seguridade social são ainda incipientes, não cobrindo o conjunto da população. Assim, por exemplo, o sistema público de seguridade social, inspirado no sistema de
Bismarck, na Alemanha, cobre em geral apenas os empregados do setor formal da economia, permanecendo de fora os grandes contingentes de trabalhadores
informais.

A diferença entre os países do centro e os da periferia, quanto à proteção social, é gritante, diferença que os neoliberais fazem questão de ignorar, em razão do caráter
abstrato de seu receituário, que desconsidera diferenças contextuais, de tempo e de lugar. Enquanto nas economias capitalistas desenvolvidas construíram-se ao longo
do século XX, especialmente a partir do segundo pós-guerra, experiências até então inéditas de avanços na proteção social e trabalhista, nos países periféricos não se
completou o Estado de Bem-Estar Social pelo mesmo motivo por que as elites locais barraram os avanços da democracia.

Nos países centrais, coube ao Estado no período um papel singular como participante do intenso processo de expansão econômica e do exitoso enfrentamento das
iniquidades geradas no interior dessas sociedades pelo próprio processo de crescimento. Aí predominaram as reformas de caráter socialdemocrata, em que a
construção do Estado de Bem-Estar Social constitui-se na peça fundamental para o estabelecimento da cidadania regulamentada. No ar havia o “perigo vermelho” da
então União Soviética – e a ação organizada dos sindicatos operários – a impulsionar as mudanças.

Já nos países periféricos, o pequeno aparato social, construído no Brasil a partir da década de 30, passou a ser fortemente questionado desde a crise da dívida externa
dos anos 80, quando se impôs o receituário neoliberal, mediante a anuência de nossos governantes (Collor e FHC).

Nos últimos 50 anos, identificam-se dois modelos básicos de seguridade social, claramente distintos quanto a princípios, doutrina e políticas. Um, chamado de
repartição, baseia-se nos princípios de solidariedade, obrigatoriedade, transferência intergeracional e responsabilidade; o outro, chamado de privatista, assenta sobre a
individualidade, a livre escolha e a descentralização.

O primeiro corresponde à tradição do Estado do Bem-estar Social, que intervém no mercado para corrigir as iniquidades sociais por ele geradas, como a exclusão

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recorrente, e promover e equidade, esta assumida como um valor acessível efetivamente a todos, mediante a provisão de condições sociais e econômicas, que
assegurem a sua participação de cada um nos processos de decisão. O segundo é um corolário neoliberal, que enxerga no mercado o único e supremo soberano –
acima da sociedade e do Estado, instituições junto às quais não se acomoda -, dotado das virtudes do equilíbrio automático e provedor da prosperidade geral.

O sistema de repartição se baseia na contribuição de todos os atores implicados na relação laboral: o Estado, os empresários e os trabalhadores. Nele, a solidariedade
se expressa na contribuição de empregadores e empregados. A obrigatoriedade implica que a solidariedade entre uns e outros se conceba como um direito dos
trabalhadores consagrado em lei. A transferência intergerações implica que a seguridade social tem de ser assegurada de geração em geração, de modo que a geração
dos que se retiram agora se beneficie da contribuição dos trabalhadores no passado, assim como os trabalhadores atuais somente poderão beneficiar-se se a geração
seguinte mantiver as contribuições – eis aí o princípio da solidariedade entre gerações. A responsabilidade social é aqui assumida como dever social do Estado, de
assegurar proteção à pobreza, ao desemprego e aos desvalidos. Os fundos assim recolhidos vão formar um caixa único e são administrados pelo Estado, mediante a
participação das partes interessadas.

O sistema privatista, ou de capitalização individual, é parte do receituário neoliberal e se baseia no individualismo, na liberdade individual, na livre concorrência, na
ausência da intervenção do Estado e na busca do lucro. A sua adoção – e mais frequentemente, imposição – implica alterações substanciais na correlação de forças
políticas, que exigiram, em mais de um caso, o recurso a um poder ditatorial. Foi mediante a ditadura de Pinochet, por exemplo, que se impôs aos trabalhadores do
Chile um sistema de capitalização individual que eliminou a obrigatoriedade da cotização por parte do empregador, pondo fim ao princípio da solidariedade nas
relações de trabalho.

Ao mesmo tempo, a ditadura de Pinochet empenhou todo o poder de Estado para eximir o Estado da responsabilidade previdenciária, limitando seu papel ao de
supervisor das empresas financeiras denominadas Administradoras de Fundos de Pensões (AFP), genuína expressão do capital financeiro internacional. Porém,
cuidou, prudentemente, de fazer exceção aos militares chilenos, que permaneceram fora do sistema privado, dependentes como antes do Estado para as suas
aposentadorias e pensões.

No sistema de capitalização individual, não vigora o princípio da solidariedade nem o da responsabilidade social. De sua gestão não participam os trabalhadores e seu
objetivo é unicamente o lucro.

O custo administrativo de tais fundos é, teoricamente, tanto mais baixo quanto maior o número de participantes – uma verdade aritmética que não prevaleceu no caso
chileno, em razão do conluio promovido entre os fundos, de impor aos contribuintes taxas altíssimas, resultantes do regime de oligopólio em que passaram a operar.

Esse sistema se caracteriza ainda por não assegurar nenhuma transferência intergeneracional: as contribuições de cada depositante vão engrossar as contas
individuais, que deveriam alimentar as retiradas quando da aposentadoria. Quando de sua criação, o argumento que as autoridades do regime utilizaram, fazendo eco
às supostas vantagens brandidas pelo FMI, Banco Mundial e agentes financeiros internacionais, era que os fundos, assim constituídos, podem ser aplicados no
mercado de capitais, dinamizando-o fortemente, fazendo crescer a poupança interna e fortalecendo a economia. Para os trabalhadores contribuintes, porém, depois de
três décadas o resultado foi bem outro, como atesta o fracasso do experimento chileno e o conteúdo das reformas introduzidas pelo governo de Bachelet.

e.1) Atividades.

e.1.1) Nos últimos 50 anos, identificam-se dois modelos básicos de seguridade social, claramente distintos quanto a princípios, doutrina e políticas. Quais são e, no
que se baseiam?

e.1.2) Marque “R” para o modelo de seguridade social chamado de repartição ou “P” para o chamado privatista.
(___) Solidariedade;
(___) Individualidade;
(___) Descentralização;
(___) Responsabilidade;
(___) Livre escolha;
(___) Transferência intergeracional.

Noções de atuária.
f) Precificação de Seguro;
f.1) Atividades;
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio;
f.3) Atividades.

f) Precificação de Seguro.

Seguro é um plano social que combina riscos de muitos indivíduos dentro de um grupo. No mecanismo do seguro, as pessoas e as organizações ajudam-se
mutuamente por meio de pagamentos de prêmios, obtendo tranquilidade e segurança econômica contra as perdas potenciais. O propósito fundamental do seguro é
reduzir a incerteza e a preocupação das pessoas e organizações provenientes da impossibilidade de prevenir futuros gastos decorrentes de riscos a que estão expostas.
A definição dos preços dos prêmios e dos componentes de despesas (sinistros, serviços administrativos, lucros, entre outros), são definidos pelos aspectos básicos
como o prêmio de risco ou prêmio
estatístico. Trata-se de um componente importante utilizado pelo atuário na obtenção do valor da prestação que o segurado paga ao segurador, para que este assuma a
responsabilidade pelo risco de perdas.
São três, os tipos de prêmios:

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1 - Prêmio de risco (prêmio estatístico): que tem por objetivo cobrir o risco médio;

1.1 - O risco de sobrevivência é o risco que a seguradora tem em garantir o pagamento de uma ou mais rendas durante seu período de vida, caso o beneficiário do
produto venha a sobreviver.

1.2 - O risco de morte é o risco que a seguradora tem para garantir o pagamento de uma quantia em caso de morte, caso um segurado de produto venha a falecer,
dentro de determinado período que compreenda a cobertura do plano contratado.

1.3 - O risco misto envolve dois ou mais riscos diferentes e, geralmente, que sejam mutuamente excludentes. O exemplo mais comum nos fundamentos de
Matemática Atuarial é o "Seguro Dotal" ou "Dote Puro", que envolve em um mesmo produto o risco de morte e sobrevivência de um indivíduo.
Trata-se de uma modalidade de seguro de Vida Individual resultante da combinação de dotal puro com temporário, pelo mesmo período de duração. Quer o segurado
faleça ou sobreviva, pagará o segurador a indenização ao beneficiário indicado na apólice que, no caso de sobrevivência, poderá ser o próprio segurado.
A duração mais comum deste seguro é de 20 (vinte) anos, embora ele possa, em geral, ser contratado para durações entre 5 (cinco) e 30 (trinta) anos.

2 - Prêmio puro (Preço Puro, Preço de Custo, Esperança Matemática, Valor Esperado ou Expectância): que é igual ao prêmio de risco mais um carregamento de
segurança estatístico; este método começa com a estimativa do prêmio de risco, passando por um processo de regularização estatística (modelagem), e, por fim,
adicionando-se um carregamento de segurança. Representa o valor médio esperado de uma experiência se ela for repetida muitas vezes.

3 - Prêmio comercial: entendido como sendo o prêmio puro acrescido do carregamento para as despesas da seguradora, relativas à comissão de corretagem e às
despesas administrativas, incluindo uma margem para o lucro.
O prêmio de risco pode ser calculado pela aplicação da sinistralidade ao prêmio comercial.

Para facilitar o entendimento, são apresentados três exemplos.


A probabilidade de perda de um automóvel é Calcular o prêmio comercial, sabendo-se que o prêmio
Calcular o prêmio puro, sabendo-se que o prêmio de
de 8,00%. Sabendo-se que esse automóvel vale R$ puro se iguala a R$ 300,00, a comissão de corretagem
risco é R$ 250,00 e o carregamento de segurança
40.000,00, calcular o prêmio de risco, sem utilizar sobre o prêmio comercial é 25,00% e o carregamento
estatístico é de 5,00%. A letra grega Alfa,
o fator de desconto. para as despesas administrativas e lucro é de 20,00%. PC
representará o carregamento de segurança
PR é o prêmio de risco, V é o valor atual e P a é o prêmio comercial, PP é o prêmio puro, L as despesas
estatístico.
probalilidade. e o lucro e CC a comissão de corretagem.

O cálculo do prêmio de seguro é uma das atividades mais importantes do atuário que trabalha numa seguradora. O princípio básico desse cálculo vem do conceito do
prêmio ser capaz de cobrir as despesas oriundas dos sinistros a pagar, ou seja, um cálculo de risco deve buscar igualar o Valor Atual dos Prêmios (parte devida pelo
segurado), com o Valor Atual dos Benefícios (parte prometida pelo segurador).

f.1) Atividades.

f.1.1) Considerando um bem no valor de R$ 142.857,00 e probabilidade de perda de 7,00%, calcule o prêmio de risco.

f.1.2) Considerando um bem no valor de R$ 20.000,00, probabilidade de perda de 3,50% e um carregamento estatístico de 1,70%, calcule o prêmio puro.

f.1.3) Considerando um bem no valor de R$ 90.000,00, probabilidade de perda de 5,00%, um carregamento estatístico de 2,00%, comissão de corretagem de 7,00% e
carregamento para despesas administrativas e lucro de 13,00%, calcule o prêmio comercial.

f.1.4) Qual a diferença entre o risco de sobrevivência e o risco de morte?

f.1.5) Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso.


(___) As despesas da seguradora são previstas no prêmio de risco;

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(___) O carregamento de segurança estatístico é previsto no prêmio de risco;


(___) A comissão é prevista no prêmio puro;
(___) Agregando a sinistralidade ao prêmio comercial, temos o prêmio estatístico;
(___) O lucro é previsto no prêmio comercial.

f.1.6) Assinale a única alternativa Falsa.


(___) Prêmio de risco, também é conhecido como prêmio estatístico;
(___) Prêmio de risco, tem por objetivo cobrir o risco médio;
(___) O risco misto trata-se de uma modalidade de seguro de Vida Individual resultante da combinação de dotal puro com temporário, pelo mesmo período de
duração;
(___) No risco misto, quer o segurado faleça ou sobreviva, pagará o segurador a indenização ao beneficiário indicado na apólice desde que, no caso de sobrevivência,
não seja o próprio segurado;
(___) Prêmio puro, também é conhecido como Expectância;
(___) Prêmio puro representa o valor médio esperado de uma experiência se ela for repetida muitas vezes.

f.1.7) Considerando um bem no valor de R$ 200.000,00 e probabilidade de perda de 3,50%, Qual seria o prêmio de risco?

f.1.8) Considerando um bem no valor de R$ 33.500,00, probabilidade de perda de 3,50% e um carregamento estatístico de 2,35%, qual o valor do prêmio puro?

f.1.9) Considerando um bem no valor de R$ 55.000,00, probabilidade de perda de 3,50%, um carregamento estatístico de 2,35%, comissão de corretagem de 5,00% e
carregamento para despesas administrativas e lucro de 7,00%, qual o valor do prêmio comercial?

f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio.

Diversos são os conceitos e metodologias envolvidas no cálculo do prêmio, dos quais se pode destacar:

- Julgamento ou subjetivo:
Esse método é utilizado quando não se tem informação suficiente no processo de tarifação. É um processo subjetivo, onde a tarifa é definida pelo underwriter
(segurador) por meio de comparação com riscos similares. A teoria da credibilidade pode ser classificada dentro desse contexto, pois, por vezes, conjuga a
experiência da própria seguradora com a experiência de outras seguradoras.

- Tarifação pelo método de sinistralidade (razão sinistro/prêmio):


A tarifa é atualizada em função da análise da sinistralidade da carteira de estudo. O prêmio de risco pode ser, por exemplo, calculado pela aplicação da sinistralidade
(apurada sobre o prêmio comercial) ao prêmio comercial.
Deve-se precaver na utilização deste método em função de eventuais modificações na estrutura de prêmios no período sob análise. Se, por exemplo, a seguradora
acabou de reduzir a sua tarifa, a sinistralidade passada ainda não reflete essa redução. Neste caso, significa que ela é inferior àquela que se teria caso a tarifa tivesse
sido reduzida no início do período de análise. Caso seja aplicado ao prêmio comercial recente, esse valor do prêmio de risco pode ser inferior ao necessário para
equilibrar a carteira.

- Tábua de Mortalidade:
Uma tábua de mortalidade se baseia em dados de nascimentos e mortes e nas idades ao morrer. A utilidade destes dados depende de que as estatísticas sejam exatas,
representativas, comparáveis e adequadas. Quando a informação concernente a estas estatísticas de vida se dispõe em forma de tabela se obtém o que se chama uma
tábua de mortalidade e dela se pode deduzir, por meio da teoria das probabilidades, a probabilidade de vida ou morte de uma pessoa.
A compilação de estatísticas e a construção de tábuas de mortalidades para uso nos seguros de vida datam da mais remota antiguidade.
Este método é utilizado nos seguros de vida (pessoas) e de anuidades. Trata-se de um método determinístico, pois aplica fórmulas determinísticas e probabilidades de
morte definidas a partir de estudos prévios realizados pelo atuário, quando eles produzem as tábuas de mortalidade. As tábuas são criadas a partir de dados
provenientes principalmente de Censos Populacionais.
As Tábuas de Mortalidade, também conhecidas como “Tábua de Vida” ou de “Sobrevivência” ou ainda “Tábua Atuarial” são tabelas utilizadas no cálculo atuarial,
para planos de previdência e seguros de vida, tanto no setor público quanto no setor privado. São utilizadas para calcular as probabilidades de vida e morte de uma
população, em função da idade.
Existem várias tábuas de mortalidade para medir a sobrevida, ou seja, quanto uma pessoa de determinada idade provavelmente ainda vai viver. Elas têm
denominações usando abreviatura, como AT (Annuity Table - Tábua de anualidade), mais o ano em que sua constituição foi finalizada e qualquer outra diferenciação,
por exemplo, o gênero do segurado ou se ele é ou não fumante. No Brasil, as mais utilizadas são as tábuas AT-83 Male (para mortalidade masculina) ou AT-83
Female (para mortalidade feminina) e AT-2000 Male ou AT-2000 Female, mas ainda há planos de seguros que utilizam as tábuas CSO-58 (Commissioner's Standard
Ordinary Table – CSO – Tábuas de normas ordinárias dos comissionários).
As tábuas de mortalidade basicamente são compostas por duas colunas: idade e probabilidade de morte, mas podem, também, apresentar mais três elementos: número
de mortos, número de sobreviventes e probabilidade de sobrevivência.
Quando se aplica uma determinada taxa de juros sobre os dados de uma tábua de mortalidade tem-se uma Tábua de Comutação. As tábuas de comutação simplificam
o cálculo de diversas operações relacionadas a seguros de vida e previdência, por exemplo.
A tábua de mortalidade mais antiga que se tem conhecimento é a compilada por Ulpiano, prefeito pretoriano de Roma, do ano 364 A.C.
A primeira tábua de mortalidade calculada sobre uma base científica e matemática foi publicada pelo astrônomo Halley em 1693.

Tábuas Completas de Mortalidade 2011 - 2012.

Em cumprimento ao disposto no Art. 2o do Decreto no 3.266, de 29 de novembro de 1999, o IBGE divulga, anualmente, a Tábua Completa de Mortalidade para o
total da população brasileira, referente ao ano anterior. Essas informações subsidiam o cálculo do fator previdenciário, por parte do Ministério da Previdência Social,
para fins das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.

A presente Tábua é proveniente de uma projeção dos níveis de mortalidade a partir da Tábua de Mortalidade construída para o ano de 2010, na qual foram
incorporados dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre
notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. Trata-se de um procedimento necessário de atualização, quando se trabalha com indicadores e/ou modelos
demográficos prospectivos. Além disso, o desenvolvimento desta atividade cumpre, também, o propósito de gerar parâmetros atualizados da mortalidade do Brasil
que foram incorporados à Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000-2060 – Revisão 2013.

BRASIL: Tábua Completa de Mortalidade - Homens - 2011


(Continua)
Idades Probabilidades de Morte Óbitos Expectativa de Vida
Exatas entre Duas Idades Exatas D (X, N) l ( X ) L (X, N) T(X) à Idade X
(X) Q (X, N) (Por Mil) E(X)
0 17,590 1759 100000 98407 7060468 70,6
1 1,085 107 98241 98188 6962061 70,9
2 0,711 70 98134 98100 6863874 69,9
3 0,546 54 98065 98038 6765774 69,0
4 0,450 44 98011 97989 6667736 68,0
5 0,388 38 97967 97948 6569747 67,1
6 0,345 34 97929 97912 6471799 66,1

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Noções de Atuária Página 12 de 17

7 0,315 31 97895 97880 6373887 65,1


8 0,297 29 97864 97850 6276007 64,1
9 0,289 28 97835 97821 6178157 63,1
10 0,295 29 97807 97793 6080336 62,2
11 0,314 31 97778 97763 5982544 61,2
12 0,355 35 97747 97730 5884781 60,2
13 0,437 43 97713 97691 5787051 59,2
14 0,665 65 97670 97637 5689360 58,3
15 1,212 118 97605 97546 5591722 57,3
16 1,550 151 97487 97411 5494176 56,4
17 1,854 180 97336 97245 5396765 55,4
18 2,099 204 97155 97053 5299520 54,5
19 2,292 222 96951 96840 5202466 53,7
20 2,485 240 96729 96609 5105626 52,8
21 2,672 258 96489 96360 5009018 51,9
22 2,794 269 96231 96096 4912658 51,1
23 2,833 272 95962 95826 4816561 50,2
24 2,812 269 95690 95556 4720735 49,3
25 2,762 264 95421 95289 4625180 48,5
26 2,719 259 95157 95028 4529891 47,6
27 2,696 256 94899 94771 4434862 46,7
28 2,711 257 94643 94515 4340092 45,9
29 2,758 260 94386 94256 4245577 45,0
30 2,812 265 94126 93994 4151321 44,1
31 2,862 269 93861 93727 4057327 43,2
32 2,922 274 93593 93456 3963600 42,3
33 2,992 279 93319 93180 3870144 41,5
34 3,074 286 93040 92897 3776965 40,6
35 3,171 294 92754 92607 3684068 39,7
36 3,286 304 92460 92308 3591461 38,8
37 3,421 315 92156 91999 3499153 38,0
38 3,579 329 91841 91677 3407154 37,1
39 3,761 344 91512 91340 3315478 36,2

Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.

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BRASIL: Tábua Completa de Mortalidade - Homens - 2011


(Conclusão)
Idades Probabilidades de Morte Óbitos Expectativa de Vida
Exatas entre Duas Idades Exatas D (X, N) l ( X ) L (X, N) T(X) à Idade X
(X) Q (X, N) (Por Mil) E(X)
40 3,966 362 91168 90987 3224138 35,4
41 4,195 381 90806 90616 3133150 34,5
42 4,453 403 90425 90224 3042534 33,6
43 4,740 427 90023 89809 2952310 32,8
44 5,058 453 89596 89370 2862501 31,9
45 5,403 482 89143 88902 2773131 31,1
46 5,782 513 88661 88405 2684229 30,3
47 6,203 547 88149 87875 2595824 29,4
48 6,672 585 87602 87310 2507949 28,6
49 7,187 625 87017 86705 2420639 27,8
50 7,740 669 86392 86058 2333934 27,0
51 8,328 714 85723 85366 2247877 26,2
52 8,952 761 85009 84629 2162510 25,4
53 9,613 810 84248 83843 2077881 24,7
54 10,313 861 83439 83008 1994038 23,9
55 11,070 914 82578 82121 1911030 23,1
56 11,877 970 81664 81179 1828909 22,4
57 12,708 1025 80694 80181 1747730 21,7
58 13,554 1080 79668 79128 1667549 20,9
59 14,436 1135 78589 78021 1588420 20,2
60 15,372 1191 77454 76859 1510399 19,5
61 16,404 1251 76263 75638 1433540 18,8
62 17,576 1318 75012 74353 1357903 18,1
63 18,921 1394 73694 72997 1283549 17,4
64 20,437 1478 72300 71561 1210553 16,7
65 22,072 1563 70822 70040 1138992 16,1
66 23,830 1650 69259 68434 1068951 15,4
67 25,779 1743 67608 66737 1000518 14,8
68 27,949 1841 65866 64945 933781 14,2
69 30,342 1943 64025 63053 868836 13,6
70 32,915 2043 62082 61060 805782 13,0
71 35,682 2142 60039 58967 744722 12,4
72 38,720 2242 57896 56775 685755 11,8
73 42,073 2342 55655 54484 628979 11,3
74 45,748 2439 53313 52093 574496 10,8
75 49,731 2530 50874 49609 522402 10,3
76 54,017 2611 48344 47038 472793 9,8
77 58,641 2682 45733 44392 425755 9,3
78 63,624 2739 43051 41681 381363 8,9
79 69,006 2782 40312 38921 339682 8,4
80 ou mais 1000,000 37530 37530 300761 300761 8,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas (DPE), Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS).

Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.

BRASIL: Tábua Completa de Mortalidade - Homens - 2010


(Continua)
Idades Probabilidades de Morte Óbitos Expectativa de Vida
Exatas entre Duas Idades Exatas D (X, N) l ( X ) L (X, N) T(X) à Idade X
(X) Q (X, N) (Por Mil) E(X)
0 25,130 2513 100000 97809 6973214 69,7
1 2,356 230 97487 97372 6875405 70,5
2 1,267 123 97257 97196 6778033 69,7
3 0,851 83 97134 97093 6680837 68,8
4 0,633 61 97051 97021 6583744 67,8
5 0,500 48 96990 96966 6486723 66,9
6 0,413 40 96942 96922 6389758 65,9
7 0,354 34 96902 96884 6292836 64,9
8 0,316 31 96867 96852 6195952 64,0
9 0,295 29 96837 96822 6099100 63,0
10 0,293 28 96808 96794 6002278 62,0
11 0,312 30 96780 96765 5905484 61,0
12 0,352 34 96749 96732 5808719 60,0

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13 0,442 43 96715 96694 5711987 59,1


14 0,648 63 96673 96641 5615293 58,1
15 1,059 102 96610 96559 5518651 57,1
16 1,341 129 96508 96443 5422093 56,2
17 1,606 155 96378 96301 5325650 55,3
18 1,838 177 96223 96135 5229349 54,3
19 2,037 196 96047 95949 5133214 53,4
20 2,242 215 95851 95744 5037265 52,6
21 2,441 233 95636 95519 4941521 51,7
22 2,584 247 95403 95279 4846002 50,8
23 2,655 253 95156 95030 4750722 49,9
24 2,671 254 94903 94777 4655693 49,1
25 2,666 252 94650 94524 4560916 48,2
26 2,669 252 94398 94272 4466392 47,3
27 2,686 253 94146 94019 4372120 46,4
28 2,729 256 93893 93765 4278101 45,6
29 2,794 262 93637 93506 4184336 44,7
30 2,865 268 93375 93241 4090831 43,8
31 2,937 273 93107 92971 3997589 42,9
32 3,027 281 92834 92694 3904619 42,1
33 3,138 290 92553 92408 3811925 41,2
34 3,269 302 92263 92112 3719517 40,3
35 3,418 314 91961 91804 3627405 39,4
36 3,583 328 91647 91482 3535602 38,6
37 3,763 344 91318 91146 3444119 37,7
38 3,957 360 90975 90795 3352973 36,9
39 4,168 378 90615 90426 3262178 36,0

Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.

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(Conclusão)
Idades Probabilidades de Morte Óbitos Expectativa de Vida
Exatas entre Duas Idades Exatas D (X, N) l ( X ) L (X, N) T(X) à Idade X
(X) Q (X, N) (Por Mil) E(X)
40 4,396 397 90237 90039 3171752 35,1
41 4,650 418 89840 89631 3081714 34,3
42 4,940 442 89423 89202 2992082 33,5
43 5,273 469 88981 88746 2902881 32,6
44 5,644 500 88512 88262 2814134 31,8
45 6,056 533 88012 87745 2725873 31,0
46 6,491 568 87479 87195 2638127 30,2
47 6,928 602 86911 86610 2550932 29,4
48 7,355 635 86309 85992 2464322 28,6
49 7,789 667 85674 85341 2378330 27,8
50 8,239 700 85007 84657 2292990 27,0
51 8,746 737 84307 83938 2208333 26,2
52 9,351 781 83569 83179 2124395 25,4
53 10,083 835 82788 82370 2041216 24,7
54 10,921 895 81953 81506 1958846 23,9
55 11,839 960 81058 80578 1877340 23,2
56 12,793 1025 80098 79586 1796762 22,4
57 13,758 1088 79074 78530 1717176 21,7
58 14,711 1147 77986 77412 1638647 21,0
59 15,676 1204 76838 76236 1561235 20,3
60 16,700 1263 75634 75002 1484998 19,6
61 17,825 1326 74371 73708 1409996 19,0
62 19,060 1392 73045 72349 1336288 18,3
63 20,431 1464 71653 70921 1263939 17,6
64 21,942 1540 70189 69419 1193018 17,0
65 23,540 1616 68649 67841 1123598 16,4
66 25,264 1694 67033 66186 1055757 15,7
67 27,233 1779 65339 64450 989571 15,1
68 29,510 1876 63560 62622 925122 14,6
69 32,072 1978 61684 60695 862499 14,0
70 34,857 2081 59706 58665 801804 13,4
71 37,805 2179 57625 56536 743139 12,9
72 40,921 2269 55446 54312 686603 12,4
73 44,180 2349 53177 52003 632291 11,9
74 47,612 2420 50828 49618 580289 11,4
75 51,281 2482 48408 47167 530671 11,0
76 55,240 2537 45926 44657 483504 10,5
77 59,488 2581 43389 42098 438847 10,1
78 64,057 2614 40808 39501 396749 9,7
79 68,978 2635 38194 36876 357248 9,4
80 ou mais 1000,000 35559 35559 320372 320372 9,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas (DPE), Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS).

Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.

- Probabilidades:
Todas as probabilidades do campo atuarial são baseadas na relação entre o número de casos favoráveis sobre o número de casos possíveis. Quando nenhum dos casos
do espaço amostral se concretiza a probabilidade é 0, quando todos os casos se concretizam, ou seja, casos possíveis = casos favoráveis, a probabilidade é 1. Assim,
considerando a probabilidade de um evento temos que .

Exemplo 1: Exemplo 2: Exemplo 3:


Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade que
probabilidade de vida, para a idade de 45 probabilidade que um homem, atualmente com 40 um homem, atualmente com 30 anos, tem para morrer entre
anos. anos, tem de chegar aos 50 anos.

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Noções de Atuária Página 16 de 17

45 e 50 anos.

f.3) Atividades.

f.3.1) O que são as tábuas de mortalidade?

f.3.2) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade de vida, para a idade de 67 anos.

f.3.3) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade que um homem, atualmente com 30 anos, tem de chegar aos 70 anos.

f.3.4) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade que um homem, atualmente com 20 anos, tem para morrer entre 60 e 80 anos.

f.3.5) Qual o inconveniente na utilização da tarifação pelo método de sinistralidade?

f.3.6) O que são as tábuas de comutação?

Noções de atuária.
g) Auditoria atuarial;
g.1) Atividades.

g) Auditoria Atuarial.

A Auditoria Atuarial pode ser considerada como um instrumento de proteção para uma empresa. Por meio dela, é possível avaliar a capacidade financeira para o
cumprimento de compromissos atuariais assumidos, com destaque para o cálculo e constituição de reservas técnicas para seguradoras, entidades de previdência
complementar, fundos de pensão, entre outros.

O principal objetivo da auditoria atuarial é a manifestação quanto à coerência e consistência das hipóteses biométricas, demográficas e financeiras do regime
financeiro e do método de financiamento das provisões matemáticas. Além disso, contempla ainda o recálculo das reservas matemáticas.

Para simplificar, podemos dizer que é um exame analítico que desenvolve as operações no período de referência. Ter um profissional capacitado para executar este
tipo de atividade é fundamental, já que cabe a ele o trabalho de verificar a metodologia de cada plano em operação, observar os cálculos atuariais de custeio e
reservas, assim como indicar as observações pertinentes à estrutura do plano.

O auditor atuarial deve ser crítico, construtivo e deve ser capaz de indicar como conclusão as eventuais divergências e, eventualmente, sugestões de alterações de
rumo.

Todas essas qualificações devem estar aliadas a confiança do profissional que irá gerenciar estas informações, já que será necessário apurar os dados de forma
rigorosa e ter a certeza da utilização de parâmetros de aferição, por exemplo. Mesmo com a revisão periódica nos benefícios concedidos pelos diversos programas
empresariais, não pode ser dispensada a realização periódica de auditorias, até mesmo no aspecto dos controles internos envolvidos como nos parâmetros de
concessão e manutenção, cujos efeitos nos passivos de longo prazo são significativos.

g.1) Atividades.

g.1.1) Qual o principal objetivo da auditoria atuarial?

g.1.2) Assinale a única alternativa verdadeira.


(___) A Auditoria Atuarial pode ser considerada como um instrumento de proteção para uma empresa.
(___) Para simplificar, podemos dizer que a Auditoria Atuarial é um exame sintético que desenvolve as operações no período de referência.
(___) Sendo a Auditoria Atuarial analítica, não cabe ao auditor atuarial a sugestão de alterações de rumo.
(___) A realização periódica de auditorias, não tem relação com o aspecto dos controles internos.

Noções de atuária.
h) Meta Atuarial - a Realidade;
h.1) Atividades.

h) Meta Atuarial - a Realidade.

A meta atuarial é a taxa usada para ajustar os compromissos futuros do plano de previdência e equilibrar as contribuições dos participantes com os benefícios de
aposentados e pensionistas. Em caso de desequilíbrio, é preciso rever as condições do plano, tanto aumentando as contribuições dos participantes ativos quanto
reduzindo os benefícios das aposentadorias.

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Noções de Atuária Página 17 de 17

A redução gradual do teto da meta atuarial dos fundos de pensão, a partir de 2013, irá aumentar o valor do passivo de quase metade das entidades e exigir maior
atenção dos participantes sobre a forma como os recursos são geridos.

Hoje, a taxa limite autorizada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) para que as entidades elaborem os cálculos atuariais dos planos é de
6,00% ao ano mais a inflação. A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) estima que 42% dos fundos de pensão
adotam o parâmetro. Os demais usam premissas mais conservadoras e, portanto, não sofrerão impacto imediato da nova regra.

A taxa atuarial está associada à remuneração de mercado dos ativos financeiros.


Em novembro de 2007, por exemplo, as Notas do Tesouro Nacional da série B (NTNs-B) - títulos públicos de longo prazo, baixo risco e corrigidos pelo IPCA - com
vencimento em maio de 2035 eram vendidas pela taxa média de 6,74% ao ano nos leilões periódicos do governo. Qualquer fundo de pensão poderia comprar aqueles
papéis para remunerar as reservas acumuladas e garantir o pagamento futuro das aposentadorias aos participantes do plano.

Naquele contexto de mercado, a meta atuarial de 6,00% ao ano representava uma margem de segurança de 0,74 pontos percentuais (p.p.) sobre os juros das aplicações
financeiras de quase 30 anos de prazo e baixo risco de crédito.

Em novembro de 2013, a taxa média do leilão da NTN-B com prazo de vencimento em agosto de 2040 foi de aproximadamente 4,00% ao ano. A queda de 2,74 p.p.
das taxas de juros em relação a 2007 foi o detonador para a mudança dos parâmetros dos cálculos atuariais.

O participante deve ficar atento, porque a nova regulamentação do CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) pode trazer impactos. Quanto menor a
taxa de juros usada para os cálculos atuariais, maior o passivo do fundo de pensão.

Para entender o mecanismo, imagine uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.250,00 por mês para 500 funcionários vinculados ao
plano, durante 30 anos - um total de R$ 225 milhões. Se a taxa atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação, o valor presente do compromisso desse fundo de pensão
hipotético seria de aproximadamente R$ 62,965 milhões. Significa que, para fazer frente aos desembolsos previstos no futuro, a entidade deveria possuir aquele valor
em caixa, aplicado em alternativas conservadoras, rendendo juros de 6,00% ao ano mais inflação.

Mas se a taxa atuarial cair para 4,50% ao ano, o valor presente do compromisso do fundo de pensão com o pagamento das aposentadorias aumenta para R$ 125
milhões, alta de 18%. Isso porque, no novo cenário, a remuneração das reservas acumuladas em caixa é menor. Portanto, são necessários mais recursos financeiros
para fazer frente ao mesmo cronograma de pagamentos previsto para os benefícios futuros.

Na prática, os fundos de pensão equilibram as contas dos compromissos com as aposentadorias ao longo do tempo, levando em conta, também, eventuais mudanças
na expectativa de vida dos participantes, ajustes nos montantes das contribuições ou nas regras de pagamentos de benefícios. Essa forma de cálculo atuarial mais
complexa é fundamental para manter o plano equilibrado.

A queda dos juros fez com que a margem de erro na gestão financeira dos investimentos dos fundos de pensão ficasse muito menor. E isso vale tanto para os planos
de benefício definido - nos quais a entidade garante o valor da aposentadoria do participante -, quanto nos planos de contribuição definida - em que o montante do
benefício depende da taxa de retorno dos investimentos.

O teto da meta atuarial estabelecida pelo CNPC atingirá 4,50% ao ano até 2018, de maneira escalonada. No entanto, a tendência é que as taxas de remuneração dos
títulos públicos federais continuem caindo. Em breve, mesmo a meta de 4,50% ao ano será considerada elevada.

A partir de agora, eventuais erros na gestão dos ativos das entidades de previdência poderão causar estragos irremediáveis nas aposentadorias de milhares de
participantes. O cuidado com a fiscalização e transparência das entidades de previdência ficou ainda mais relevante.

Fonte: Valor Econômico S.A.

h.1) Atividades.

h.1.1) O que é a meta atuarial?

h.1.2) Qual a diferença entre o plano de benefício definido e o plano de contribuição definida?

Sistema de Previdência Social versus Sistema de Previdência Privada.

Bibliografia.

AZEVEDO, Henrique W. de. Seguros, Matemática Atuarial e Financeira: uma abordagem introdutória. São Paulo: Saraiva, 2008.
CHAN, Betty Lilian. Fundamentos da Previdência Complementar: da Atuária à Contabilidade. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CORDEIRO FILHO, Antonio. Cálculo Atuarial Aplicado: Teoria e Aplicações Exercícios Resolvidos e Propostos. São Paulo: Atlas, 2009.
DOMENEGHETTI, Valdir. Gestão financeira de fundos de pensão, São Paulo: Atlas, 2010.
FIGUEIREDO, Sandra. Contabilidade de seguros. São Paulo: Atlas, 1997.
FERRARO, Suzani Andrade. O Equilibrio Financeiro e Atuarial Nos Regimes De Previdencia Social. RGPS - Regime Geral de Previdência Social, RPPS - Regime
Próprio de Previdência Social, RPP - Regime de Previdência Privada. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: http://www.mpas.gov.br
MOURÃO, Francisco de Assis. Contabilidade Social. Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 2008.
RODRIGUES, JOSE ANGELO. Gestão De Risco Atuarial. São Paulo: Saraiva, 2008.
SILVA, Affonso. Contabilidade e análise econômico-financeira de seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999.
SOUZA, Silney de. Seguros: Contabilidade, atuária e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2002.

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