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semestre.
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DIRETRIZES
Horários:
Ferramentas de trabalho:
Avaliações possíveis:
Frequência:
Mínimo de 75% para aprovação (Falta máximo 2,5 dias ou 9,0 horas).
b) Renda Atuarial;
b.1) Atividades.
e) Caso do Chile;
e.1) Atividades.
f) Precificação de Seguro;
f.1) Atividades;
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio;
f.3) Atividades.
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g) Auditoria atuarial;
g.1) Atividades.
BIBLIOGRAFIA
PLANO DE AULA
Data
Atividade
Ctb
Apresentação da disciplina; a) Conceito e Contextualização Histórica; a.1) Conceito Básico; a.2) Ramos; a.3) O Atuário; a.4) Atividades; b) Renda 01 -
Atuarial; b.1) Atividades; 09/10
c) Sistema de Previdência Social; c.1) Atividades; d)Sistema de Previdência Privada; d.1) Estrutura da Previdência Privada Oficial no Brasil; d.2) 02 -
Atividades; 16/10
03 -
Revisão; Avaliação 1 individual sem consulta;
23/10
04 -
e) Caso Chile; e.1) Atividades; f) Precificação de Seguro; f.1) Atividades;
30/10
05 -
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio; f.3) Atividades; Avaliação 2 individual sem consulta;
06/11
g) Auditoria Atuarial; g.1) Atividades; h) Meta Atuarial - a Realidade; h.1) Atividades;Avaliação 3 individual com consulta: Sistema de Previdência 07 -
Social versus Sistema de Previdência Privada; 13/11
08 -
Avaliação Segunda Chamada/N-1;
20/11
Atividade extra classe; 09 -
10 -
Exame final;
27/11
Noções de atuária.
a) Conceito e Contextualização Histórica;
a.1) Conceito básico;
a.2) Ramos;
a.3) O Atuário;
a.4) Atividades.
Ciência Atuarial é o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguro, incluindo probabilidades, usada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente
avaliados, os prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e a provisão para os pagamentos futuros de benefícios seja adequada.
Prêmios de seguros, são os pagamentos a troco da proteção contra o risco de morte.
A ciência contábil possui forte ligação com a ciência atuarial, pois além do óbvio que pode ser observado na exigência legal de contabilização das seguradoras, uma
análise financeira neste segmento, deve ser direcionada para as relações entre disponibilidades e exigibilidades, portanto, envolve os Ativos Realizáveis e os Exigíveis
da empresa no curto e no longo prazo, ou seja, analisa o que a seguradora dispõe em face de suas obrigações, bem como o que tem a receber e o que tem a pagar.
Além do exposto, na relação contábil-atuarial das seguradoras, pode-se observar também a junção com a economia, pois uma análise econômica considerará o capital
investido e o volume monetário das receitas oriundas dos prêmios ganhos no período. Para essa análise, toma-se como base a Demonstração do Resultado do
Exercício.
a.2) Ramos.
1 - Ramo vida: características de longo prazo, estuda os modelos relacionados à aposentadoria, pensões, seguro de vida e saúde;
No ramo vida, os cálculos de prêmio envolvem basicamente os riscos de sobrevivência e os riscos de morte, com prêmios únicos e puros; ou seja, prêmios pagos a
vista em uma única parcela e que cobrem a esperança matemática dos sinistros futuros agregados à margens técnicas de segurança; podendo variar conforme sua
temporariedade, diferimento e coberturas.
2 - Ramo não vida: características de curto prazo, estuda os modelos relacionados a seguros em geral como automóveis, responsabilidade civil, entre outros. Atua
principalmente nos segmentos de: Seguros e capitalização; Previdência social e privada; - complemento; Resseguro; e Instituições financeiras.
a.3) O Atuário.
O atuário existe desde a antiga Roma, executando diversas atividades. Na Antiguidade romana, a economia de troca era intensa. A unidade econômica do vasto
império, mantida por meio de notáveis redes rodoviárias e de intensa navegação, transformara Roma em centro de afluência dos produtos de todas as províncias,
estimulando as transações comerciais e a criação de companhias mercantis e sociedades por ações. Sem a menor noção de probabilidade, os romanos já tinham
naquela época, mesmo que a grosso modo, a visão bem nítida de uma renda vitalícia, diferenciando-a da renda perpétua, válida para sempre.
No século XVII, na Inglaterra e na Holanda, os governos empenhavam-se em vender aos seus súditos títulos públicos que asseguravam ao tomador a recepção de uma
renda vitalícia. Assim, foi tornando-se necessário determinar com a maior precisão a importância em dinheiro que deveria ser cobrada em contraprestação ao serviço,
para que não houvesse prejuízo à coroa. Esse trabalho foi destinado aos melhores matemáticos da época.
Com isso, foi-se criando a base para o surgimento da matemática atuária, principalmente a partir do cálculo da probabilidade de Pascal. Graunt e Edmond Halley, na
Inglaterra, e De Witt, na Holanda, fizeram estudos levando em conta as leis da probabilidade e a expectativa de vida humana a partir dos registros de nascimentos e
óbitos.
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Entre as atribuições da profissão de atuário estão a elaboração dos planos técnicos e avaliação das contribuições e reservas matemáticas das empresas privadas de
seguros e de capitalização, das instituições de Previdência Social, das associações ou caixas mutuárias de pecúlios ou sorteios e dos órgãos oficiais de seguros e
resseguros.
O atuário deve assegurar tanto a solvência econômica – o equilíbrio entre o total dos haveres e o total das obrigações-, quanto a solvência financeira da empresa –
pagar as obrigações que se vencem a cada dia.
É o atuário também o responsável pela determinação e tarifação dos prêmios de seguros, de capitalização e especiais ou extra prêmios relativos a riscos especiais e
pela análise atuarial dos lucros dos seguros e das formas de sua distribuição entre os segurados e portadores de títulos de capitalização.
A lógica que o atuário utiliza para os cálculos, de forma a considerar as diferenças para os diversos ramos da ciência, está nas condições de equilíbrio do sistema.
Por exemplo:
- Seguros: o equilíbrio se dá apenas fazendo receita igual a despesa;
- Fundos de pensão (previdência privada fechada): o equilíbrio se dá na solidariedade, ou seja todos pagam sempre a mesma coisa, não importa a idade ou o gênero e
a consideração de igualdade entre receita e despesa é secundária;
- Previdência social: a principal consideração é distribuição de renda, ou seja quem recebe o benefício o recebe porque necessita dele e não porque pagou. Mesmo que
não tenha pago nada tem direito a receber o benefício. A solidariedade é dada pelo pagamento de contribuições iguais para todos os que são obrigados a contribuir e a
igualdade entre receita e despesa é absolutamente secundária, pois sempre há garantia que não faltará recurso para o pagamento dos benefícios pelo tesouro nacional.
Somente o atuário pode assinar, como responsável técnico, os balanços das empresas de seguros e de capitalização, as carteiras dessas especialidades, mantidas por
instituições de previdência social e outros órgãos oficiais de seguros e resseguros e os balanços técnicos das caixas mutuárias de pecúlios ou sorteios, quando
publicados.
Para a peritagem e emissão de pareceres sobre assuntos envolvendo problemas de competência exclusivamente do atuário, dois documentos destacam-se:
1 - Avaliação Atuarial, na qual são estudados os aspectos quantitativos e qualitativos relativos ao ativo e ao passivo do plano;
2 - Parecer Atuarial, no qual o atuário atesta ou não a situação de solvência econômica/financeira da entidade, identifica as discrepâncias encontradas e as razões que
as originaram e propõe correções para esses desvios.
O Trabalho do atuário é rigorosamente técnico. Dotado de forte base matemática e estatística, é ele quem calcula a probabilidade dos eventos, avalia os riscos e fixa
prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas. Assim, o atuário cuida da investigação das leis de mortalidade, invalidez, doença, fecundidade e natalidade
e de outros fenômenos biológicos e demográficos em geral, das probabilidades de ocorrências necessárias ao estabelecimento de planos de seguros e cálculo de
reservas; da seleção e aceitação dos riscos, do ponto de vista médico atuarial e da elaboração das cláusulas e condições gerais das apólices de todos os ramos, seus
aditivos e anexos, dos títulos de capitalização; dos planos técnicos de seguros e resseguros; das formas de participação dos segurados nos lucros; da cobertura e
exclusão de riscos especiais.
De forma resumida, o atuário é um especialista em risco, definindo os valores que devem ser pagos para garantir o cumprimento de um contrato.
Por iniciativa de pesquisadores e matemáticos interessados em ampliar o campo de estudo em temas e trabalhos de natureza atuarial, foi fundado em 1944, o Instituto
Brasileiro de Atuária (IBA).
O atuário só deve trabalhar se contar com o registro expedido pelo Instituto Brasileiro de Atuária e, para isso, deve se submeter a um exame após a graduação.
A fiscalização do exercício da profissão do Atuário é exercida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
a.4) Atividades.
a.4.2) Quais as duas principais ferramentas utilizadas pela ciência atuarial, para garantir que sua finalidade seja alcançada?
a.4.4) Explique o que estuda e em que se envolve, o ramo da atuária que trata em longo prazo.
a.4.5) A matemática atuária, foi utilizada desde Roma. Inglaterra e Holanda, a utilizavam desde o século XVII. Qual a diferença básica na utilização entre Roma e
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Inglaterra/Holanda?
a.4.6) O que fizeram Inglaterra e Holanda, no cálculo atuário, comparativamente a antiguidade Romana?
a.4.8) Quais as atribuições do atuário e a partir de que momento poderá emitir suas avaliações e pareceres?
a.4.10) Quem fiscaliza o exercício da profissão do atuário? Explique o processo necessário para que ele possa exercer legalmente a sua atividade.
Noções de atuária.
b) Renda Atuarial;
b.1) Atividades.
b) Renda Atuarial.
O cálculo de uma renda atuarial leva em conta, além de uma taxa de juros que descapitalize o montante a ser pago, a incerteza sobre seu pagamento, como no caso de
uma aposentadoria, onde o risco de a pessoa estar ou não viva para o recebimento de uma renda interfere no valor que ela precisará pagar para, se viva estiver, receber
tal pensão.
O montante "M" é o valor do capital (principal) somado ao valor dos juros, a variável "P", representará o principal, a variável “i” representará a taxa unitária de
juros, a variável “n” representará os períodos da aplicação e, a variável "R", representará as prestações idênticas com os termos postecipados, ou seja, as prestações
iguais sem entrada.
Tomemos como primeiro exemplo, uma determinada pessoa que deseja receber durante 10 meses uma renda de $90,00. Usando puramente a matemática este
indivíduo precisará de $900,00 hoje para obter está renda, ou seja, 10 x $90,00 = $900,00.
Utilizando as operações financeiras, com uma taxa de juros de 5% a.m. o custo destas rendas hoje passa a ser $694,96. Ou seja:
Como segundo exemplo, uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.250,00 por mês para 500 funcionários vinculados ao plano, durante
30 anos - um total de R$ 225 milhões. Se a taxa atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação (5,84% ao ano), o valor presente do compromisso desse fundo de pensão
hipotético seria de aproximadamente R$ 62,965 milhões. Ou seja:
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b.1) Atividades.
b.1.1) Explique qual o motivo para o cálculo de uma renda atuarial levar em conta, a taxa de juros e a incerteza sobre seu pagamento.
b.1.2) Caso uma pessoa tivesse disponibilidade de um capital no valor de R$ 15.000,00, calcule o quanto receberia por 36 meses, considerando uma taxa de juros de
0,7% a.m.
b.1.3) Considerando que determinado indivíduo necessite receber 120 pagamentos de R$ 800,00, qual o capital que ele precisaria, considerando uma taxa de juros de
1,10% a.m.?
b.1.4) Uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.000,00 por mês para 480 funcionários vinculados ao plano, durante 25 anos, se a taxa
atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação de 5,84% ao ano, descapitalize, para encontrar o valor presente do compromisso desse fundo de pensão hipotético.
b.1.5) Caso uma pessoa tivesse disponibilidade de um capital no valor de R$ 77.700,00, quanto receberia por 48 meses, considerando uma taxa de juros de 0,4%
a.m.?
Noções de atuária.
c) Sistema de Previdência Social;
c.1) Atividades.
Uma extensa lista de motivos levou, ao longo dos anos, ao desequilíbrio do sistema, entre os quais cabe mencionar:
- Aumento da expectativa de vida da população;
- Redução da taxa de natalidade;
- Sistema denominado em repartição simples – os trabalhadores ativos financiam as aposentadorias dos inativos;
- Parcela significativa de economia informal;
- Fraudes de diversas espécies.
Os desequilíbrios nos sistemas de previdência pública não são privilégio do Brasil. Ao contrário, tem sido observados ao longo das últimas três décadas em
praticamente todo o mundo.
Conhecendo a estrutura política do Brasil, é possível identificar alguns desequilíbrios.
O organograma abaixo, apresenta esta estrutura.
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- Presidente da República: Chefe do Poder Executivo da União. Tem como função nomear os ministros, administrar e aplicar os recursos do país. Propor e aprovar as
leis votadas pelo Congresso Nacional.
- Ministros de Estado: Os Ministérios elaboram normas, acompanham e avaliam os programas federais, formulam e implementam as políticas para os setores que
representam. São encarregados, ainda, de estabelecer estratégias, diretrizes e prioridades na aplicação dos recursos públicos.
- Senador: Representantes diretos dos Estados no Senado Federal. Tem como função propor, debater e aprovar leis de interesse nacional, assim como fiscalizar o
Presidente, seu Vice e os Ministros de Estado.
- Deputado Federal: Representantes da população dos Estados no Congresso Nacional. Tem como função, propor, debater e aprovar leis de interesse nacional, assim
como fiscalizar o Presidente, seu Vice e os Ministros de Estado.
- Governador: Chefe do Poder Executivo Estadual. Tem como função nomear a equipe de secretários que o auxiliará na administração do Estado. Ele é o principal
porta-voz do Estado junto aos poderes federais.
- Deputado Estadual: Representantes da população junto ao governador. Tem como função, debater e aprovar leis de interesse estadual, assim como fiscalizar o
Governador, seu Vice e os Secretários de Estado. Além de elaborar, em conjunto com o Governador, o orçamento estadual.
- Prefeito: Chefe do Poder Executivo Municipal. Tem como função planejar, comandar, coordenar e controlar toda a administração pública municipal.
Representa o Município em todas as circunstâncias, e pode realizar atos políticos como apresentar projetos de lei, sancionar e promulgar ou vetar leis.
- Vereador: Representantes da população no município. Tem como função fiscalizar, orientar e acompanhar os projetos de lei de sua iniciativa ou do executivo e de
outros parlamentares.
Fiscalizar o trabalho do prefeito inclui aprovar o orçamento do município, acompanhar sua execução e verificar a prestação dos serviços do Poder Municipal.
Movimentos de reforma da seguridade social têm sido realizados em diversas regiões do mundo, uns mais radicais como o Chile, que erradicaram a antiga
Previdência Social, outros nem tanto, mantendo a coexistência entre os sistemas público e privado.
c.1) Atividades.
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Noções de atuária.
d) Sistema de Previdência Privada;
d.1) Estrutra da Previdência Privada Oficial no Brasil;
d.2) Atividades.
A "previdência", entende-se como sendo algo previdente, ou seja, alguma coisa que pode acontecer e que possa prevenir e/ou ser prudente com o seu futuro,
principalmente do ponto de vista financeiro. Quanto ao significado de “privada” pode ser entendido como tudo aquilo que não é público, ou seja, é de caráter
particular. Portanto, “previdência privada” é entendida como sendo um sistema que acumula recursos financeiros que garantam uma renda mensal no futuro,
especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar.
O sistema de Previdência Social visa o pagamento de benefícios básicos de aposentadorias e auxílios, regulamentados pela Lei 8.213/91 e Decreto 3.048/99, enquanto
o setor de previdência privada oferece rendas assemelhadas às rendas da Previdência Social, como, por exemplo: renda de aposentadoria por tempo de contribuição,
por invalidez e pensão por morte. A Lei Complementar nº 109/01 e o Decreto 4.206/02 são atualmente as principais fontes de regulamentação sobre a previdência
privada no Brasil.
No Brasil existem dois tipos de plano de previdência privada, conhecidas como “aberta” e“fechada”. A previdência aberta é aquela onde qualquer pessoa pode ser
contratada, sendo ofertadas pelas Seguradoras e, no Brasil, principalmente pelos Bancos. Um dos principais benefícios dos planos abertos é a sua liquidez, já que os
depósitos podem ser sacados a qualquer momento. O número total de participantes de planos abertos é estimado atualmente em cinco milhões de pessoas. A fechada é
destinada para todos os empregados de empresa (ou grupo de empresas) patrocinadoras do plano de previdência. Recentemente também foi colocada à disposição de
participantes filiados a entidade representante de classes, como CRC, OAB, Sindicatos, etc. Em linhas gerais, o trabalhador contribui com uma parte mensal do
salário e a empresa banca o restante, valor que normalmente é dividido em partes iguais.
Estima-se que as empresas de previdência complementar possuam cerca de 126 mil participantes que já desfrutam de benefícios de previdência do setor.
A estrutura da previdência privada no Brasil, está dividida entre a previdência fechada e aberta, conforme demonstrado abaixo.
Existem dois tipos de planos, chamados de planos por sobrevivência, que são entendidos como sendo planos de seguro e de previdência, que após um período de
acumulação de recursos, proporcionam aos investidores (segurados e participantes) uma renda mensal, que poderá ser vitalícia ou por período determinado ou mesmo
por pagamento único.
O Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) é classificado como seguro de pessoa, enquanto o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é um plano de
previdência complementar.
A principal diferença entre os dois está no tratamento tributário. Em ambos os casos, o imposto de renda incide uma única vez, no momento do resgate ou
recebimento da renda. Entretanto, enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide tanto sobre o valor aplicado
quanto sobre seus rendimentos.
A lei do imposto de renda permite a dedução de até 12% da renda anual bruta no modelo completo, em caso de previdência privada. Assim, a pessoa que contratar um
PGBL poderá utilizar esse incentivo fiscal. O Governo difere o recolhimento, permitindo a dedução na base de contribuição para o IRRF, durante o período de
pagamento dos prêmios, porém no momento do resgate da reserva matemática ou do recebimento da renda, incidirá a tabela vigente à época.
d.2) Atividades.
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Noções de atuária.
e) Caso do Chile;
e.1) Atividades.
e) Caso Chile.
O receituário neoliberal dos anos 80 e 90 para a América Latina acaba de receber sua pá de cal no Chile, com a entrada em vigor das mudanças no sistema de
previdência (aposentadorias e pensões), que visam a remediar os estragos provocados pela introdução do sistema privado, de capitalização individual, criado em
1981, em substituição à previdência pública, e imposto aos trabalhadores sob a ditadura do general Augusto Pinochet.
Contrariamente às promessas aludidas das vantagens de se entregar o destino dos aposentados e pensionistas exclusivamente à iniciativa privada, o sistema
previdenciário chileno frustrou os trabalhadores no essencial, ao não entregar o prometido, na mais cabal demonstração de que as lambanças da especulação
financeira não se coadunam com os compromissos da seguridade social.
O caso do Chile – país selecionado pelos mentores do neoliberalismo como laboratório das reformas anti-sociais que se pretendiam impingir aos trabalhadores de
todo o mundo – tornou-se paradigmático tanto pelo caráter radical e truculento das mudanças – abandono do sistema tradicional de repartição coletiva, administrada
pelo Estado, e a entrega dos fundos previdenciários, constituídos por contribuições dos trabalhadores, para a gestão de fundos privados – quanto pelo seu retumbante
fracasso.
Lembre-se de que tão radical era a proposta que nem sequer o então presidente Reagan, nos EUA, ou a então primeira-ministra Margareth Thatcher, na Grã-Bretanha
– ambos porta-bandeiras neoliberais – ousaram propor tais reformas em seus respectivos países, por temerem a reação das classes trabalhadoras. De onde se pode
retirar o primeiro corolário do receituário neoliberal – que devastou o pouco que havia de políticas sociais na América Latina e em outras partes – segundo o qual o
que é bom para os países periféricos em matéria de “democracia de mercado” não é bom para os países centrais.
Passados trinta anos da sua imposição aos trabalhadores chilenos, o resultado, agora admitido pela “Concertación” – a coalizão de centro- esquerda que governa o
Chile – é o seguinte. As instituições financeiras privadas responsáveis pela gestão de tais fundos encheram-se de dinheiro, graças à sua operação em regime de
oligopólio, com a eliminação da concorrência, mediante a concentração crescente, hoje reduzidas a menos de meia dúzia, concentração que redundou na cobrança de
altíssimas taxas de administração e em resultados contábeis pífios ou decrescentes, quando não negativos.
Como era de esperar de tal iniquidade, gerada pelas estritas regras do livre mercado, os trabalhadores passaram a reagir, deles tomando distância, pelo abandono, pela
impossibilidade de acesso (por desemprego) ou por desinteresse, frustrados no dilema entre receber valores insignificantes e permanecer fora do sistema, à falta de
alternativa minimamente aceitável. Cumpriu-se assim o objetivo neoliberal, na área previdenciária, de assaltar os fundos previdenciários, mediante o
desmantelamento da proteção social assegurada pelo Estado e a sua transferência para gestão privada, num mercado financeiro desregulamentado.
É nesse contexto que intervém o governo de Michele Bachelet, empossado em março de 2006, com medidas destinadas a salvar o que restou do sistema
previdenciário chileno. Após três décadas de sua introdução à força, o regime cobre somente 55% dos trabalhadores do mercado formal e assegura uma reposição
média de 30% a 40% do último salário, segundo cálculos da Central Unitária dos Trabalhadores do Chile.
Isso, porém, não diz tudo, pois o mais grave é que há um enorme contingente de inativos que recebe muito pouco ou nada no sistema de capitalização mas não é
suficientemente pobre para cair na rede de proteção assistencial chilena. Com a reforma atual, todos os trabalhadores chilenos com mais de 65 anos de idade que
estejam situados entre os 60% mais pobres receberão do Estado US$ 167,00 por mês, valor da chamada “aposentadoria solidária”. E, para incentivar a contribuição
por parte daqueles que ousam questionar as virtudes do “livre mercado”, constituído pelo oligopólio dos poucos gestores privados, o governo oferece um
complemento de aposentadoria a quem tiver contribuído com menos do que o suficiente para fazer jus ao benefício.
A crise do sistema previdenciário chileno é produto da política neoliberal de estabilização, aplicada em todo o continente nos anos 80 e 90, por pressão de organismos
multilaterais, como FMI e Banco Mundial, que operam sob o interesse hegemônico do capital financeiro dos países centrais. A crise social que disso resultou na
maioria dos países periféricos – e que se estende para além dos sistemas previdenciários – atingindo grande parte da população, expressou-se na destruição quase total
do sistema público de bem-estar social (educação, saúde, aposentadorias, pensões, etc.). E isso pode ser medido, segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para
a América Latina e o Caribe), na redução em valores absolutos dos gastos em serviços sociais assim como na redução da participação relativa de tais gastos nos
orçamentos governamentais.
Tal contração nos gastos sociais revela-se em toda a sua extensão ao se constatar que em tais países, diferentemente do que ocorre em países centrais, as políticas de
seguridade social são ainda incipientes, não cobrindo o conjunto da população. Assim, por exemplo, o sistema público de seguridade social, inspirado no sistema de
Bismarck, na Alemanha, cobre em geral apenas os empregados do setor formal da economia, permanecendo de fora os grandes contingentes de trabalhadores
informais.
A diferença entre os países do centro e os da periferia, quanto à proteção social, é gritante, diferença que os neoliberais fazem questão de ignorar, em razão do caráter
abstrato de seu receituário, que desconsidera diferenças contextuais, de tempo e de lugar. Enquanto nas economias capitalistas desenvolvidas construíram-se ao longo
do século XX, especialmente a partir do segundo pós-guerra, experiências até então inéditas de avanços na proteção social e trabalhista, nos países periféricos não se
completou o Estado de Bem-Estar Social pelo mesmo motivo por que as elites locais barraram os avanços da democracia.
Nos países centrais, coube ao Estado no período um papel singular como participante do intenso processo de expansão econômica e do exitoso enfrentamento das
iniquidades geradas no interior dessas sociedades pelo próprio processo de crescimento. Aí predominaram as reformas de caráter socialdemocrata, em que a
construção do Estado de Bem-Estar Social constitui-se na peça fundamental para o estabelecimento da cidadania regulamentada. No ar havia o “perigo vermelho” da
então União Soviética – e a ação organizada dos sindicatos operários – a impulsionar as mudanças.
Já nos países periféricos, o pequeno aparato social, construído no Brasil a partir da década de 30, passou a ser fortemente questionado desde a crise da dívida externa
dos anos 80, quando se impôs o receituário neoliberal, mediante a anuência de nossos governantes (Collor e FHC).
Nos últimos 50 anos, identificam-se dois modelos básicos de seguridade social, claramente distintos quanto a princípios, doutrina e políticas. Um, chamado de
repartição, baseia-se nos princípios de solidariedade, obrigatoriedade, transferência intergeracional e responsabilidade; o outro, chamado de privatista, assenta sobre a
individualidade, a livre escolha e a descentralização.
O primeiro corresponde à tradição do Estado do Bem-estar Social, que intervém no mercado para corrigir as iniquidades sociais por ele geradas, como a exclusão
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recorrente, e promover e equidade, esta assumida como um valor acessível efetivamente a todos, mediante a provisão de condições sociais e econômicas, que
assegurem a sua participação de cada um nos processos de decisão. O segundo é um corolário neoliberal, que enxerga no mercado o único e supremo soberano –
acima da sociedade e do Estado, instituições junto às quais não se acomoda -, dotado das virtudes do equilíbrio automático e provedor da prosperidade geral.
O sistema de repartição se baseia na contribuição de todos os atores implicados na relação laboral: o Estado, os empresários e os trabalhadores. Nele, a solidariedade
se expressa na contribuição de empregadores e empregados. A obrigatoriedade implica que a solidariedade entre uns e outros se conceba como um direito dos
trabalhadores consagrado em lei. A transferência intergerações implica que a seguridade social tem de ser assegurada de geração em geração, de modo que a geração
dos que se retiram agora se beneficie da contribuição dos trabalhadores no passado, assim como os trabalhadores atuais somente poderão beneficiar-se se a geração
seguinte mantiver as contribuições – eis aí o princípio da solidariedade entre gerações. A responsabilidade social é aqui assumida como dever social do Estado, de
assegurar proteção à pobreza, ao desemprego e aos desvalidos. Os fundos assim recolhidos vão formar um caixa único e são administrados pelo Estado, mediante a
participação das partes interessadas.
O sistema privatista, ou de capitalização individual, é parte do receituário neoliberal e se baseia no individualismo, na liberdade individual, na livre concorrência, na
ausência da intervenção do Estado e na busca do lucro. A sua adoção – e mais frequentemente, imposição – implica alterações substanciais na correlação de forças
políticas, que exigiram, em mais de um caso, o recurso a um poder ditatorial. Foi mediante a ditadura de Pinochet, por exemplo, que se impôs aos trabalhadores do
Chile um sistema de capitalização individual que eliminou a obrigatoriedade da cotização por parte do empregador, pondo fim ao princípio da solidariedade nas
relações de trabalho.
Ao mesmo tempo, a ditadura de Pinochet empenhou todo o poder de Estado para eximir o Estado da responsabilidade previdenciária, limitando seu papel ao de
supervisor das empresas financeiras denominadas Administradoras de Fundos de Pensões (AFP), genuína expressão do capital financeiro internacional. Porém,
cuidou, prudentemente, de fazer exceção aos militares chilenos, que permaneceram fora do sistema privado, dependentes como antes do Estado para as suas
aposentadorias e pensões.
No sistema de capitalização individual, não vigora o princípio da solidariedade nem o da responsabilidade social. De sua gestão não participam os trabalhadores e seu
objetivo é unicamente o lucro.
O custo administrativo de tais fundos é, teoricamente, tanto mais baixo quanto maior o número de participantes – uma verdade aritmética que não prevaleceu no caso
chileno, em razão do conluio promovido entre os fundos, de impor aos contribuintes taxas altíssimas, resultantes do regime de oligopólio em que passaram a operar.
Esse sistema se caracteriza ainda por não assegurar nenhuma transferência intergeneracional: as contribuições de cada depositante vão engrossar as contas
individuais, que deveriam alimentar as retiradas quando da aposentadoria. Quando de sua criação, o argumento que as autoridades do regime utilizaram, fazendo eco
às supostas vantagens brandidas pelo FMI, Banco Mundial e agentes financeiros internacionais, era que os fundos, assim constituídos, podem ser aplicados no
mercado de capitais, dinamizando-o fortemente, fazendo crescer a poupança interna e fortalecendo a economia. Para os trabalhadores contribuintes, porém, depois de
três décadas o resultado foi bem outro, como atesta o fracasso do experimento chileno e o conteúdo das reformas introduzidas pelo governo de Bachelet.
e.1) Atividades.
e.1.1) Nos últimos 50 anos, identificam-se dois modelos básicos de seguridade social, claramente distintos quanto a princípios, doutrina e políticas. Quais são e, no
que se baseiam?
e.1.2) Marque “R” para o modelo de seguridade social chamado de repartição ou “P” para o chamado privatista.
(___) Solidariedade;
(___) Individualidade;
(___) Descentralização;
(___) Responsabilidade;
(___) Livre escolha;
(___) Transferência intergeracional.
Noções de atuária.
f) Precificação de Seguro;
f.1) Atividades;
f.2) Conceitos para Cálculo do Prêmio;
f.3) Atividades.
f) Precificação de Seguro.
Seguro é um plano social que combina riscos de muitos indivíduos dentro de um grupo. No mecanismo do seguro, as pessoas e as organizações ajudam-se
mutuamente por meio de pagamentos de prêmios, obtendo tranquilidade e segurança econômica contra as perdas potenciais. O propósito fundamental do seguro é
reduzir a incerteza e a preocupação das pessoas e organizações provenientes da impossibilidade de prevenir futuros gastos decorrentes de riscos a que estão expostas.
A definição dos preços dos prêmios e dos componentes de despesas (sinistros, serviços administrativos, lucros, entre outros), são definidos pelos aspectos básicos
como o prêmio de risco ou prêmio
estatístico. Trata-se de um componente importante utilizado pelo atuário na obtenção do valor da prestação que o segurado paga ao segurador, para que este assuma a
responsabilidade pelo risco de perdas.
São três, os tipos de prêmios:
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1 - Prêmio de risco (prêmio estatístico): que tem por objetivo cobrir o risco médio;
1.1 - O risco de sobrevivência é o risco que a seguradora tem em garantir o pagamento de uma ou mais rendas durante seu período de vida, caso o beneficiário do
produto venha a sobreviver.
1.2 - O risco de morte é o risco que a seguradora tem para garantir o pagamento de uma quantia em caso de morte, caso um segurado de produto venha a falecer,
dentro de determinado período que compreenda a cobertura do plano contratado.
1.3 - O risco misto envolve dois ou mais riscos diferentes e, geralmente, que sejam mutuamente excludentes. O exemplo mais comum nos fundamentos de
Matemática Atuarial é o "Seguro Dotal" ou "Dote Puro", que envolve em um mesmo produto o risco de morte e sobrevivência de um indivíduo.
Trata-se de uma modalidade de seguro de Vida Individual resultante da combinação de dotal puro com temporário, pelo mesmo período de duração. Quer o segurado
faleça ou sobreviva, pagará o segurador a indenização ao beneficiário indicado na apólice que, no caso de sobrevivência, poderá ser o próprio segurado.
A duração mais comum deste seguro é de 20 (vinte) anos, embora ele possa, em geral, ser contratado para durações entre 5 (cinco) e 30 (trinta) anos.
2 - Prêmio puro (Preço Puro, Preço de Custo, Esperança Matemática, Valor Esperado ou Expectância): que é igual ao prêmio de risco mais um carregamento de
segurança estatístico; este método começa com a estimativa do prêmio de risco, passando por um processo de regularização estatística (modelagem), e, por fim,
adicionando-se um carregamento de segurança. Representa o valor médio esperado de uma experiência se ela for repetida muitas vezes.
3 - Prêmio comercial: entendido como sendo o prêmio puro acrescido do carregamento para as despesas da seguradora, relativas à comissão de corretagem e às
despesas administrativas, incluindo uma margem para o lucro.
O prêmio de risco pode ser calculado pela aplicação da sinistralidade ao prêmio comercial.
O cálculo do prêmio de seguro é uma das atividades mais importantes do atuário que trabalha numa seguradora. O princípio básico desse cálculo vem do conceito do
prêmio ser capaz de cobrir as despesas oriundas dos sinistros a pagar, ou seja, um cálculo de risco deve buscar igualar o Valor Atual dos Prêmios (parte devida pelo
segurado), com o Valor Atual dos Benefícios (parte prometida pelo segurador).
f.1) Atividades.
f.1.1) Considerando um bem no valor de R$ 142.857,00 e probabilidade de perda de 7,00%, calcule o prêmio de risco.
f.1.2) Considerando um bem no valor de R$ 20.000,00, probabilidade de perda de 3,50% e um carregamento estatístico de 1,70%, calcule o prêmio puro.
f.1.3) Considerando um bem no valor de R$ 90.000,00, probabilidade de perda de 5,00%, um carregamento estatístico de 2,00%, comissão de corretagem de 7,00% e
carregamento para despesas administrativas e lucro de 13,00%, calcule o prêmio comercial.
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f.1.7) Considerando um bem no valor de R$ 200.000,00 e probabilidade de perda de 3,50%, Qual seria o prêmio de risco?
f.1.8) Considerando um bem no valor de R$ 33.500,00, probabilidade de perda de 3,50% e um carregamento estatístico de 2,35%, qual o valor do prêmio puro?
f.1.9) Considerando um bem no valor de R$ 55.000,00, probabilidade de perda de 3,50%, um carregamento estatístico de 2,35%, comissão de corretagem de 5,00% e
carregamento para despesas administrativas e lucro de 7,00%, qual o valor do prêmio comercial?
Diversos são os conceitos e metodologias envolvidas no cálculo do prêmio, dos quais se pode destacar:
- Julgamento ou subjetivo:
Esse método é utilizado quando não se tem informação suficiente no processo de tarifação. É um processo subjetivo, onde a tarifa é definida pelo underwriter
(segurador) por meio de comparação com riscos similares. A teoria da credibilidade pode ser classificada dentro desse contexto, pois, por vezes, conjuga a
experiência da própria seguradora com a experiência de outras seguradoras.
- Tábua de Mortalidade:
Uma tábua de mortalidade se baseia em dados de nascimentos e mortes e nas idades ao morrer. A utilidade destes dados depende de que as estatísticas sejam exatas,
representativas, comparáveis e adequadas. Quando a informação concernente a estas estatísticas de vida se dispõe em forma de tabela se obtém o que se chama uma
tábua de mortalidade e dela se pode deduzir, por meio da teoria das probabilidades, a probabilidade de vida ou morte de uma pessoa.
A compilação de estatísticas e a construção de tábuas de mortalidades para uso nos seguros de vida datam da mais remota antiguidade.
Este método é utilizado nos seguros de vida (pessoas) e de anuidades. Trata-se de um método determinístico, pois aplica fórmulas determinísticas e probabilidades de
morte definidas a partir de estudos prévios realizados pelo atuário, quando eles produzem as tábuas de mortalidade. As tábuas são criadas a partir de dados
provenientes principalmente de Censos Populacionais.
As Tábuas de Mortalidade, também conhecidas como “Tábua de Vida” ou de “Sobrevivência” ou ainda “Tábua Atuarial” são tabelas utilizadas no cálculo atuarial,
para planos de previdência e seguros de vida, tanto no setor público quanto no setor privado. São utilizadas para calcular as probabilidades de vida e morte de uma
população, em função da idade.
Existem várias tábuas de mortalidade para medir a sobrevida, ou seja, quanto uma pessoa de determinada idade provavelmente ainda vai viver. Elas têm
denominações usando abreviatura, como AT (Annuity Table - Tábua de anualidade), mais o ano em que sua constituição foi finalizada e qualquer outra diferenciação,
por exemplo, o gênero do segurado ou se ele é ou não fumante. No Brasil, as mais utilizadas são as tábuas AT-83 Male (para mortalidade masculina) ou AT-83
Female (para mortalidade feminina) e AT-2000 Male ou AT-2000 Female, mas ainda há planos de seguros que utilizam as tábuas CSO-58 (Commissioner's Standard
Ordinary Table – CSO – Tábuas de normas ordinárias dos comissionários).
As tábuas de mortalidade basicamente são compostas por duas colunas: idade e probabilidade de morte, mas podem, também, apresentar mais três elementos: número
de mortos, número de sobreviventes e probabilidade de sobrevivência.
Quando se aplica uma determinada taxa de juros sobre os dados de uma tábua de mortalidade tem-se uma Tábua de Comutação. As tábuas de comutação simplificam
o cálculo de diversas operações relacionadas a seguros de vida e previdência, por exemplo.
A tábua de mortalidade mais antiga que se tem conhecimento é a compilada por Ulpiano, prefeito pretoriano de Roma, do ano 364 A.C.
A primeira tábua de mortalidade calculada sobre uma base científica e matemática foi publicada pelo astrônomo Halley em 1693.
Em cumprimento ao disposto no Art. 2o do Decreto no 3.266, de 29 de novembro de 1999, o IBGE divulga, anualmente, a Tábua Completa de Mortalidade para o
total da população brasileira, referente ao ano anterior. Essas informações subsidiam o cálculo do fator previdenciário, por parte do Ministério da Previdência Social,
para fins das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.
A presente Tábua é proveniente de uma projeção dos níveis de mortalidade a partir da Tábua de Mortalidade construída para o ano de 2010, na qual foram
incorporados dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre
notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. Trata-se de um procedimento necessário de atualização, quando se trabalha com indicadores e/ou modelos
demográficos prospectivos. Além disso, o desenvolvimento desta atividade cumpre, também, o propósito de gerar parâmetros atualizados da mortalidade do Brasil
que foram incorporados à Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000-2060 – Revisão 2013.
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Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.
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Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.
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Noções de Atuária Página 14 de 17
Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.
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Notas:
N=1
Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N.
l(X) = Número de sobreviventes à idade exata X.
D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N.
L(X, N) = Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N.
T(X) = Número de pessoas-anos vividos a partir da idade X.
E(X) = Expectativa de vida à idade X.
- Probabilidades:
Todas as probabilidades do campo atuarial são baseadas na relação entre o número de casos favoráveis sobre o número de casos possíveis. Quando nenhum dos casos
do espaço amostral se concretiza a probabilidade é 0, quando todos os casos se concretizam, ou seja, casos possíveis = casos favoráveis, a probabilidade é 1. Assim,
considerando a probabilidade de um evento temos que .
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45 e 50 anos.
f.3) Atividades.
f.3.2) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade de vida, para a idade de 67 anos.
f.3.3) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade que um homem, atualmente com 30 anos, tem de chegar aos 70 anos.
f.3.4) Com o auxílio da Tábua 2010, determinar a probabilidade que um homem, atualmente com 20 anos, tem para morrer entre 60 e 80 anos.
Noções de atuária.
g) Auditoria atuarial;
g.1) Atividades.
g) Auditoria Atuarial.
A Auditoria Atuarial pode ser considerada como um instrumento de proteção para uma empresa. Por meio dela, é possível avaliar a capacidade financeira para o
cumprimento de compromissos atuariais assumidos, com destaque para o cálculo e constituição de reservas técnicas para seguradoras, entidades de previdência
complementar, fundos de pensão, entre outros.
O principal objetivo da auditoria atuarial é a manifestação quanto à coerência e consistência das hipóteses biométricas, demográficas e financeiras do regime
financeiro e do método de financiamento das provisões matemáticas. Além disso, contempla ainda o recálculo das reservas matemáticas.
Para simplificar, podemos dizer que é um exame analítico que desenvolve as operações no período de referência. Ter um profissional capacitado para executar este
tipo de atividade é fundamental, já que cabe a ele o trabalho de verificar a metodologia de cada plano em operação, observar os cálculos atuariais de custeio e
reservas, assim como indicar as observações pertinentes à estrutura do plano.
O auditor atuarial deve ser crítico, construtivo e deve ser capaz de indicar como conclusão as eventuais divergências e, eventualmente, sugestões de alterações de
rumo.
Todas essas qualificações devem estar aliadas a confiança do profissional que irá gerenciar estas informações, já que será necessário apurar os dados de forma
rigorosa e ter a certeza da utilização de parâmetros de aferição, por exemplo. Mesmo com a revisão periódica nos benefícios concedidos pelos diversos programas
empresariais, não pode ser dispensada a realização periódica de auditorias, até mesmo no aspecto dos controles internos envolvidos como nos parâmetros de
concessão e manutenção, cujos efeitos nos passivos de longo prazo são significativos.
g.1) Atividades.
Noções de atuária.
h) Meta Atuarial - a Realidade;
h.1) Atividades.
A meta atuarial é a taxa usada para ajustar os compromissos futuros do plano de previdência e equilibrar as contribuições dos participantes com os benefícios de
aposentados e pensionistas. Em caso de desequilíbrio, é preciso rever as condições do plano, tanto aumentando as contribuições dos participantes ativos quanto
reduzindo os benefícios das aposentadorias.
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A redução gradual do teto da meta atuarial dos fundos de pensão, a partir de 2013, irá aumentar o valor do passivo de quase metade das entidades e exigir maior
atenção dos participantes sobre a forma como os recursos são geridos.
Hoje, a taxa limite autorizada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) para que as entidades elaborem os cálculos atuariais dos planos é de
6,00% ao ano mais a inflação. A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) estima que 42% dos fundos de pensão
adotam o parâmetro. Os demais usam premissas mais conservadoras e, portanto, não sofrerão impacto imediato da nova regra.
Naquele contexto de mercado, a meta atuarial de 6,00% ao ano representava uma margem de segurança de 0,74 pontos percentuais (p.p.) sobre os juros das aplicações
financeiras de quase 30 anos de prazo e baixo risco de crédito.
Em novembro de 2013, a taxa média do leilão da NTN-B com prazo de vencimento em agosto de 2040 foi de aproximadamente 4,00% ao ano. A queda de 2,74 p.p.
das taxas de juros em relação a 2007 foi o detonador para a mudança dos parâmetros dos cálculos atuariais.
O participante deve ficar atento, porque a nova regulamentação do CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) pode trazer impactos. Quanto menor a
taxa de juros usada para os cálculos atuariais, maior o passivo do fundo de pensão.
Para entender o mecanismo, imagine uma entidade de previdência que precise garantir aposentadoria de R$ 1.250,00 por mês para 500 funcionários vinculados ao
plano, durante 30 anos - um total de R$ 225 milhões. Se a taxa atuarial for de 6,00% ao ano mais inflação, o valor presente do compromisso desse fundo de pensão
hipotético seria de aproximadamente R$ 62,965 milhões. Significa que, para fazer frente aos desembolsos previstos no futuro, a entidade deveria possuir aquele valor
em caixa, aplicado em alternativas conservadoras, rendendo juros de 6,00% ao ano mais inflação.
Mas se a taxa atuarial cair para 4,50% ao ano, o valor presente do compromisso do fundo de pensão com o pagamento das aposentadorias aumenta para R$ 125
milhões, alta de 18%. Isso porque, no novo cenário, a remuneração das reservas acumuladas em caixa é menor. Portanto, são necessários mais recursos financeiros
para fazer frente ao mesmo cronograma de pagamentos previsto para os benefícios futuros.
Na prática, os fundos de pensão equilibram as contas dos compromissos com as aposentadorias ao longo do tempo, levando em conta, também, eventuais mudanças
na expectativa de vida dos participantes, ajustes nos montantes das contribuições ou nas regras de pagamentos de benefícios. Essa forma de cálculo atuarial mais
complexa é fundamental para manter o plano equilibrado.
A queda dos juros fez com que a margem de erro na gestão financeira dos investimentos dos fundos de pensão ficasse muito menor. E isso vale tanto para os planos
de benefício definido - nos quais a entidade garante o valor da aposentadoria do participante -, quanto nos planos de contribuição definida - em que o montante do
benefício depende da taxa de retorno dos investimentos.
O teto da meta atuarial estabelecida pelo CNPC atingirá 4,50% ao ano até 2018, de maneira escalonada. No entanto, a tendência é que as taxas de remuneração dos
títulos públicos federais continuem caindo. Em breve, mesmo a meta de 4,50% ao ano será considerada elevada.
A partir de agora, eventuais erros na gestão dos ativos das entidades de previdência poderão causar estragos irremediáveis nas aposentadorias de milhares de
participantes. O cuidado com a fiscalização e transparência das entidades de previdência ficou ainda mais relevante.
h.1) Atividades.
h.1.2) Qual a diferença entre o plano de benefício definido e o plano de contribuição definida?
Bibliografia.
AZEVEDO, Henrique W. de. Seguros, Matemática Atuarial e Financeira: uma abordagem introdutória. São Paulo: Saraiva, 2008.
CHAN, Betty Lilian. Fundamentos da Previdência Complementar: da Atuária à Contabilidade. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CORDEIRO FILHO, Antonio. Cálculo Atuarial Aplicado: Teoria e Aplicações Exercícios Resolvidos e Propostos. São Paulo: Atlas, 2009.
DOMENEGHETTI, Valdir. Gestão financeira de fundos de pensão, São Paulo: Atlas, 2010.
FIGUEIREDO, Sandra. Contabilidade de seguros. São Paulo: Atlas, 1997.
FERRARO, Suzani Andrade. O Equilibrio Financeiro e Atuarial Nos Regimes De Previdencia Social. RGPS - Regime Geral de Previdência Social, RPPS - Regime
Próprio de Previdência Social, RPP - Regime de Previdência Privada. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: http://www.mpas.gov.br
MOURÃO, Francisco de Assis. Contabilidade Social. Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 2008.
RODRIGUES, JOSE ANGELO. Gestão De Risco Atuarial. São Paulo: Saraiva, 2008.
SILVA, Affonso. Contabilidade e análise econômico-financeira de seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999.
SOUZA, Silney de. Seguros: Contabilidade, atuária e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2002.
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