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MINISTÉRIO DA DEFESA

ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA


DEPARTAMENTO DE ESTUDOS
DIVISÃO DE FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E GESTÃO
(DFPG)

ESTUDO DE CASO

ZENDA

DOCUMENTO DE EXECUÇÃO

1
MINISTÉRIO DA DEFESA
ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS
DIVISÃO DE ASSUNTOS DE FUNDAMENTOS, PLANEJAMENTO E GESTÃO

DOCUMENTO DE EXECUÇÃO

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO / ESG

ESTUDO DE CASO

ZENDA

COORDENAÇÃO
Divisão de Assuntos de Fundamentos, Planejamento e Gestão (DFPG)

RI0 DE JANEIRO

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SUMÁRIO

1. FINALIDADE 4
2. EXERCÍCIO ZENDA 4
2.1 TEMA ESTRATÉGICO 4
2.2 ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS (GT) 4
2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ZENDENSE 4
3. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 6
4. ORIENTADORES DE GT 7
5. RELATÓRIO FINAL 8

ANEXOS
ANEXO A - SITUAÇÃO GERAL 9
ANEXO B - DADOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DE ZENDA 32
ANEXO C - CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA DE ZENDA 46
ANEXO D - DADOS DOS ESTADOS UNIDOS DO SUL 48
ANEXO E - DADOS DA REPÚBLICA CENTRAL 54

ANEXO F - DADOS DA REPÚBLICA PARLAMENTARISTA DE 57


NORTLÂNDIA
ANEXO G - MODELO DE RELATÓRIO 61

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1 FINALIDADE
Este documento destina-se a orientar os estagiários do CAEPE, bem como
o Corpo Permanente da ESG, na execução do Estudo de Caso ZENDA,
praticando a Metodologia para o Planejamento Estratégico da ESG (MPE/ESG)
voltada para a elaboração do planejamento governamental de um país
imaginário denominado ZENDA.

2 O EXERCÍCIO ZENDA

2.1 DO GOVERNO ZENDENSE: TEMA ESTRATÉGICO


Elaborar o planejamento estratégico de ZENDA para A1+10 ─ ano das
comemorações do centenário da independência zendense ─ com a finalidade de
reverter a estagnação política-econômica-social atual, incrementar o
desenvolvimento do País e proteger seu patrimônio e interesses.

2.2 ORGANIZACÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO (GT)

Os estagiários serão organizados em GT, simbolizando Equipes de


Planejamento compostas por integrantes dos diferentes Ministérios do Governo
de ZENDA, presididos e coordenados pelo Ministro do Planejamento,
representado no exercício pelo Dirigente do GT.

2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ZENDENSE: RELATÓRIO

Os GT realizarão a leitura e a interpretação da situação zendense ─


incluindo a análise de indicadores e mapas geográficos ─ segundo as cinco
Expressões do Poder Nacional, conforme dados fornecidos no ANEXO A.
Por conseguinte, deverão elaborar o Planejamento Estratégico para o
governo de ZENDA, em um horizonte temporal de dez anos, e considerar como
ambiente externo, apenas, os países limítrofes de Zenda.
Para a realização do exercício, deverão utilizar os conceitos previstos na
MPE/ESG nas Fases do Diagnóstico, Política e Estratégica, em cujo relatório
constará:
 Os Objetivos Fundamentais de ZENDA;

1
A = ano corrente
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 Na Fase do Diagnóstico – Etapa Análise do Ambiente, identificar:

 Os Antecedentes;
 As Tendências de Peso;
 As Megatendências;
 Os Atores que poderão impactar o planejamento de ZENDA;
 As Oportunidades e as Ameaças;
 Os Pontos Fortes e os Pontos Fracos; e
 Elaborar a matriz SWOT entrecruzada, com exemplo de cada um dos
vetores estratégicos, isto é, de Crescimento, de Reforço, de Defesa e de
Dissuasão.
 Análise de Riscos das Ameaças.
 Na Fase do Diagnóstico – Etapa Análise do Poder, identificar:
 Os Planos Nacionais, Programas e Projetos em vigor, por Expressão do
Poder Nacional;
 As Necessidades, por Expressão do Poder Nacional; e
 Os Meios Disponíveis e Potenciais, por Expressão do Poder Nacional.

 Na Fase Política – Etapa Elaboração de Cenários, identificar:

 Os Fatos Portadores de Futuro;


 Os Eventos Futuros Preliminares e realizar a análise estrutural para obter
os cenários Mais Favorável, Mais Desfavorável e Mais Provável;
 Os Eventos Futuros Finais que comporão o Cenário Mais Provável;
 Descrever o Cenário Mais Provável.

 Na Fase Política – Etapa Concepção Política, identificar:

 Um Objetivo de Estado por Expressão do Poder Nacional;


 Um Objetivo de Governo por Expressão do Poder Nacional; e
 Os Fatores Críticos de Sucesso.

 Na Fase Estratégica, etapa Concepção Estratégica, eleger um


Objetivo de Governo para ser analisado e identificar:

 Os Óbices relevantes;
 Três Linhas de Ações Estratégicas (LAE) distintas para aplicação dos
testes de Adequabilidade, Exequibilidade e Aceitabilidade; e
 A Opção Estratégica.
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E, finalmente, elaborar as Diretrizes Estratégicas da Opção Estratégica,
contendo as respectivas atribuições de responsabilidade, aos órgãos do governo
de ZENDA, pela execução e controle (prioridade e prazos).
2.4 APRESENTAÇÃO E DEBATES
Todos os GT deverão preparar uma apresentação do Planejamento
Estratégico Zendense respondendo os pedidos formulados, usando os recursos
de multimídia disponibilizados pela ESG.

Os GT terão 20 minutos para a exposição oral, conforme o cronograma de


atividades, constante no item 3.

3 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

A distribuição dos tempos indicados na tabela a seguir deve servir apenas


de orientação aos GT. Em função da dinâmica dos próprios grupos, podem levar
a antecipações ou à necessidade de exceder o tempo sugerido para uma dada
atividade. No caso de um grupo chegar ao resultado de um processo previsto de
modo precoce, deverá dar prosseguimento e iniciar a tarefa seguinte. Somente
a programação relativa à apresentação dos GT não estará sujeita a alteração.
Esta medida visa permitir maior flexibilidade aos estagiários, para o
gerenciamento do tempo disponível.

Dia Tempo Horário Atividade Local


18 Jul
01 15h10 Apresentação do Estudo de Caso Zenda Aud B
(3ªFeira)

19 Jul 02 08h – 09h50 Leitura do Estudo de caso ZENDA Sala de Estudo


(4ªFeira)
05 10h10 – 16h Fase do Diagnóstico
Antecedentes
20 Jul Atores Sociais, Tendências de Peso e
04 08h - 12h
(5ª Feira) Megatendências.
08 ago Salas de
07 08 – 16h Análise do Ambiente
(3ª Feira) SWOT Entrecruzadas Estudos
Análise de Riscos das Ameaças
09 ago Planos em Vigor
07 08h - 16h Necessidades
(4ª Feira)
Meios Disponíveis e Potenciais

6
10 Ago Fase Política
05 10h10 – 16h
(5ª Feira) Fatos Portadores de Futuro (FPF) e
11 Ago Eventos Futuros Preliminares (EFP)
04 08h - 12h
(6ª Feira) Reavaliação das Tendências
Impactos Cruzados
Estratégia dos Atores
Interesse dos Atores
14 ago Cenários Extremos
04 08 – 12h Redação do Cenário Mais Provável
(2ª Feira)
Objetivos de Estado (OE) e Objetivos de
Governo (OG)
Fatores Críticos de Sucesso
15 ago
07 08h - 16h Fase Estratégica
(3ª Feira)
Levantamento dos Óbices
Construção das LAE
16 ago Teste AEA
04 08h - 12h Opção Estratégica
(4ª Feira)
Diretrizes Estratégicas

17 ago Apresentação dos Trabalhos Aud B


03 08 – 11h
(5ª Feira)

4 COORDENADOR E ORIENTADORES DE GRUPO DE TRABALHO

A coordenação do exercício ocorrerá a cargo da Divisão de Fundamentos,


Planejamento e Gestão – DFPG. Os grupos com os respectivos orientadores são
mostrados no quadro a seguir.

Data/ Hora Coordenador GT Orientador

Alfa Cel Carlos Alberto

Bravo Cel Carlos Alberto

Charlie Cel Machry


Conforme
Delta Cel Carlos Alberto
cronograma Cel C. Alberto
de atividades Echo Cel Cabrita

Foxtrot Prof Spiller

Golf Cel Carlos Alberto

Hotel Prof Leonardo

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5 RELATÓRIO FINAL

Os GT deverão encaminhar o arquivo digital do relatório e a apresentação,


conforme o modelo do ANEXO G, para o e-mail carlos.araujo@esg.br, até o
dia 17 de agosto, data da apresentação dos trabalhos.

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ANEXO A – SITUAÇÃO GERAL
1- DESCRIÇÃO GERAL

1.1- SITUAÇÃO FÍSICA


A República de Zenda tem uma superfície aproximada de 1.200.000 km 2,
com cerca de 1.650km de costa marítima e 3.300km de fronteiras terrestres.
A forma de seu território é alongada. Sua maior distância latitudinal
(comprimento de seu território) é de aproximadamente 1.550 km. As distâncias
longitudinais (largura de seu território) variam: ao norte, é de pouco mais de 500
km e, ao Sul, é de mais de 800 km.
Limita-se, ao norte, com a Nortlândia (NL), ao longo de uma fronteira seca
de mais de 500 km, caracterizada por extensa região de montanhas escarpadas,
onde se destacam os cumes da Serra Geral, com 2.400 m de altitude. A fronteira
é predominantemente morta, vazia, mas muito bem demarcada.
A partir da cadeia de montanhas nascem rios cuja acumulação resulta nos
grandes lagos, de Tapi, a oeste e Uno, a leste. Esses lagos respondem em
grande parte pelo abastecimento da energia consumida no País.
Nortlândia possui uma superfície de 320.000 km 2, predominantemente
montanhosa. A leste, seu território confronta-se com uma costa recortada com
portos de excelente profundidade, onde se localizam sua capital e o seu
ecúmeno estatal.
O relevo montanhoso contempla importantes ocorrências minerais de
molibdênio, cassiterita, bauxita e cobre.
A oeste, Zenda limita-se com a República Central (RC) com a qual forma
uma extensa fronteira, de mais de 1.700 km. Parte desta fronteira é formada pelo
curso do Rio Estige.
Próximo à fronteira com a República Central (RC), há a hidrelétrica de
Itamonte, caracterizada por seu perfil de geração a fio d'água, sem a formação
de reservatório, ao longo do curso do rio Estige, cujas nascentes encontram-se
naquele país.
O Estige nasce na RC e adentra o território de Zenda, correndo no sentido
Oeste/Leste. Depois, curva-se para o sul e forma a fronteira com a RC. Este rio
é de grande importância para Zenda, sendo responsável pela irrigação de
extensa área agrícola, além de abastecer duas grandes cidades: Sulta e Corinto,
região portuária, que se vale da hidrovia principalmente para o transporte de
grãos da produção agrícola de Zenda e da RC.
A República Central é um país mediterrâneo, com superfície de cerca de
650.000 km2, montanhoso ao norte e plano em sua porção Sul. As principais
cidades da RC localizam-se a Sudeste do país. A fronteira entre Zenda e a RC
é pouco povoada ao norte do Estige.
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A presença do Estige, além de atrair a formação de aglomerações
humanas, responde pela agricultura irrigada, voltada principalmente para a
produção de frutas e verduras, em que se destacam a produção de azeite de
oliva e vinho.
Ao sul, Zenda limita-se com os Estados Unidos do Sul (EUS), ao longo de
uma fronteira esboçada, vazia e com problemas de demarcação e litígio, próxima
à costa leste. A superfície total dos EUS é de 2.350.000 km 2 e sua população,
de 28,4 milhões de habitantes, encontra-se dispersa pelo seu extenso território.
Suas principais cidades, inclusive sua capital e principal porto, Hazuz, ao sul,
estão localizadas junto à costa, cerca de 1.400 km ao sul da foz do Estige. O
porto de Hazuz é o principal escoadouro do comércio exterior da República
Central.
A região norte de Zenda, formada pelos estados da Nórcia e de Sagres é
predominante montanhosa, com altitude média de 1.000m e máxima de 2.400m
no cume do monte Atlas, na região Noroeste, junto à fronteira com a Nortlândia.
O clima da região é tropical de montanha.

Fig 1 – Mapa da Situação Geral

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Por ocasião do inverno, são observadas temperaturas negativas e a
ocorrência de nevascas nos picos das montanhas mais altas, que representam
um atrativo turístico, por conta da prática de esportes radicais.
Historicamente, a região tem boa precipitação pluviométrica e é cortada por
numerosos rios, encachoeirados, típicos de montanha, com boas possibilidades
de aproveitamento hidrelétrico, embora, a maioria seja de reduzido potencial.
Os dois maiores rios da região são o Uno e o Tapi, sendo este o principal
afluente do rio Aqueronte.
Nas montanhas de Nórcia e Sagres encontram-se os principais recursos
minerais não-combustíveis do País e a quase totalidade de seus recursos
florestais, intensamente aproveitados. A fim de preservar a cobertura florestal
nativa, um programa de reflorestamento foi iniciado, há alguns anos. Hoje, parte
do território de Nórcia é ocupada por florestas cultivadas, utilizadas para prover
matéria-prima para a produção de papel e celulose, além de carvão vegetal.
Mesmo assim, Zenda tem sido alvo de críticas feitas por organismos
internacionais, preocupados com os aspectos ecológicos resultantes da
eliminação de florestas naturais.
Nos últimos anos, modificações climáticas vem sendo sentidas em maior
escala, o que começa a afetar os hábitos da população, e preocupar a indústria.
Não obstante, apesar de uma crescente parcela da população mostrar-se
preocupada com a possível piora no aumento da temperatura e com a
possibilidade de escassez de água e energia, tal fato vem sendo minimizado em
importância pelas autoridades de Zenda, a despeito de o país participar de
maneira constante das cimeiras internacionais dedicadas a debates sobre clima
e meio ambiente. Em que pesem essas alterações, pouco tem sido feito quanto
ao reflorestamento da mata ciliar e à interrupção das queimadas.
Em adição, Zenda conta com uma extensa área demarcada de reservas
indígenas, onde o desmatamento é mais acentuado, por conta de acordos entre
tribos e pecuaristas que arrendam seu território para atividades do ramo que
requerem extensos espaços para a formação de pasto.
A costa da região norte é recortada e possui elevado gradiente na
plataforma continental, o que resulta em áreas de grande profundidade junto à
costa. A sudeste do estado de Sagres, situa-se a maior baía do País: a baía de
Útica.
Útica, além de capital, é a maior cidade e a maior zona portuária de Zenda,
com portos de grande calado, onde operam navios de grande porte,
principalmente porta-contentores e navios de carga geral. Na região norte
concentra-se a maior parte da população do País.
A região central é formada pelos estados de Mércia e Ulano, tem cerca de
370.000 km2 e uma conformação típica de transição. Sua parte noroeste tem
altitude média de 500 m, clima temperado, e conforma um extenso planalto de

11
suave declividade que, juntamente com a parte norte do estado de Pártia, abriga
a maior parte do rebanho bovino de Zenda.
A zona costeira da região é baixa e tem praias de areias brancas e mar
calmo. Ao longo dessa costa, especialmente na região de Lérida, situam-se os
principais balneários do País. A cidade de Bactriana, capital do Estado de Ulano,
é dominada pela única elevação significativa ao longo de toda a costa, o monte
de San Benedictus.
A região sul, a de maior extensão territorial, tem 530.000 km 2, divididos
entre os estados de Pártia e Cítia. O clima é temperado na parte oeste, tornando-
se seco e quente nas proximidades da costa.
O estado da Pártia, de topografia suave e clima ameno é o principal
produtor agrícola de Zenda. Nos estados de Pártia e Mércia encontram-se as
maiores propriedades rurais do País. A concentração de grandes propriedades
rurais em poucas mãos, ao contrário do que acontece nas outras regiões, tem
sido a causa de frequentes atritos no campo e demandas por uma melhor
distribuição das terras agriculturáveis.
A região sul é cortada pelo rio Estige que a divide em duas partes, correndo
no sentido oeste-leste.
O Estige nasce na região planaltina da República Central, corre para leste
penetrando o território de Zenda na região de Troiana e, cerca de 120 km
adiante, curva-se para o sul demarcando a fronteira entre os dois países por
cerca de 180km. Ao longo de seu curso norte-sul, inclusive na parte fronteiriça,
o rio apresenta acentuado declive, correndo entre gargantas e prestando-se ao
aproveitamento para a geração de eletricidade. O potencial estimado é superior
a 12.000 MW de potência útil, dos quais cerca de 5.000 MW poderão ser
produzidos pela usina hidrelétrica (UHE) de Itamonte, em início de construção.
A construção da UHE vem sofrendo atrasos, em função da ação de ONGs
e grupos de pressão que consideram que a usina provocará elevado impacto
ambiental na região, o que levou à mudança do projeto, em que foi abandonada
a proposta inicial de formação de um lago de acumulação, passando a UHE a
ser uma usina a fio d'água. Deste modo, a produção tende a ser
significativamente inferior àquela originalmente prevista, além do fato de que a
produção de energia deverá ser suspensa em parte do ano, em decorrência do
regime do fluxo de águas.
As modificações promovidas no projeto original provocaram um acentuado
aumento no custo do projeto e da execução da UHE, havendo ainda suspeita de
superfaturamento.
No território da RC, o Estige é a principal fonte de abastecimento de água
não só potável, mas, especialmente para irrigação. Seu curso entre as cidades
de Sulta e Corinto é quase todo navegável, especialmente depois de receber as
águas do Aqueronte.

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A costa de Cítia é baixa, com pequeno gradiente em sua plataforma
continental.
Em Corinto, na foz do Estige, situa-se o segundo porto de Zenda, este,
porém de pouca profundidade - máximo de 8m - servindo, principalmente, à
navegação de cabotagem, turística, à graneleiros de médio porte, até 60.000
TDW e à frota pesqueira, atividade econômica importante para o estado de Cítia.
O território de Cítia, ao sul do Estige, é baixo, arenoso e coberto de dunas,
com características desérticas, aspectos que ultrapassam a fronteira e se
estendem pelas áreas vizinhas dos EUS. A fronteira nesta região, praticamente
desabitada em ambos os lados, era mal demarcada até a descoberta de
extensos reservatórios de gás natural em território dos EUS, que se prolongam
pelo território de Zenda e hoje são intensamente explorados em ambos os
países.
A indefinição da fronteira e a existência do gás geraram uma disputa
territorial que já provocou incidentes fronteiriços com mobilização de tropas de
ambos os lados e está pendente de arbitragem internacional. Boa parte das
forças terrestres dos EUS está desdobrada na região norte daquele país.
A disputa se agravou, recentemente, depois que perfurações na plataforma
marinha, ao sul da foz do Estige, revelaram reservas ponderáveis de petróleo.
Os EUS reivindicam um limite terrestre cujo acréscimo de litoral diminui as
reservas petrolíferas da plataforma continental que, de acordo com os limites
atuais, pertencem a Zenda, que investiu na prospecção e tem investido na
implantação de dutos e termelétricas para o aproveitamento do gás e planeja a
construção de uma refinaria.
1.2 - FORMAÇÃO HISTÓRICA
A República de Zenda comemora, no próximo ano (A+1)2, 194 anos de sua
constituição.
Sua colonização foi realizada por imigrantes de origem ural que,
rapidamente, se mesclaram, absorvendo a escassa população autóctone.
A colonização de Zenda se deu no mesmo período histórico que seus
vizinhos, mas com algumas diferenças étnicas e culturais.
A Nortlândia, em função de suas características climáticas, atraiu
imigrantes do norte de Euroma, do Basáltico e Fiordlândia. Em função da
elevada serra que a separa de Zenda e da RC, Nortlândia teve pouca influência
no processo de formação histórica destas últimas, entretanto, a vocação
industrial de Nortlândia e a dificuldade da produção de grãos e oleaginosas, em
virtude de sua topografia e solos, tornaram sua economia complementar à de

2
A+1 = Ano corrente +1
A = ano corrente
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Zenda, propiciando um intenso intercâmbio comercial que tem aproximado
política e diplomaticamente os dois países.
Os Estados Unidos do Sul recebeu um fluxo substancial de imigrantes da
Península Heládica e de outros países da bacia do Mediterrâneo. A aridez de
suas terras do norte, na fronteira com Zenda, foi sempre um óbice a um
intercâmbio maior entre os dois países.
A República Central recebeu um fluxo migratório semelhante ao de Zenda.
Foi formada por pioneiros que se embrenharam pelo interior, em direção ao
oeste, seguindo a pata do boi, e apostando na sorte, em busca de ouro de aluvião
e pedras preciosas. Sua economia é, ainda hoje, predominantemente
agropastoril. Ambos os países falam a mesma língua, com ligeiras diferenças.
Suas orientações religiosas são semelhantes, embora nenhum dos dois adote
uma religião oficial. Na fronteira sul, mais vivificada, pode-se observar a
semelhança de costumes e tradições, ligadas, quase sempre, às atividades
pastoris.
Ao tempo em que os povoados de Zenda decidiram pela organização de
uma federação, os habitantes da atual RC não quiseram aderir, demonstrando
certa hostilidade ao processo de industrialização e urbanização que começava
a emergir na região norte de Zenda.
A atual RC manteve, por muitas décadas, seu território sem um poder
central definido. Somente ao organizar-se como república, estabeleceu vínculos
comerciais mais fortes com os EUS, apesar da diferença étnica existente entre
seus habitantes. É através dos EUS que a RC escoa a quase totalidade de sua
produção agropastoril e importa a maior parte dos produtos industrializados.
A crescente industrialização de Zenda e a possibilidade da oferta de seus
produtos à RC bem como os elevados custos de transporte via EUS têm,
recentemente, favorecido a maior aproximação entre a RC e Zenda. O elevado
custo do escoamento da produção via EUS é fator de preocupação para a RC,
que está interessada em outra via, mais econômica, diante da possibilidade de
uso do porto de Corinto. Há, porém, avaliações feitas por especialistas em
geopolítica que apontam para o risco de acirramento dos conflitos de interesse
entre os EUS e Zenda, dada a redução de receita, em caso de alteração da via
de escoamento pela RC.
A República de Zenda nasceu inspirada nos ideais libertários das
revoluções eoliana e dórica, fontes de preceitos constitucionais que guarda até
hoje. Em seu processo de desenvolvimento político e cultural, são marcantes as
influências do racionalismo iluminista e do pensamento cristão.
As primeiras aglomerações urbanas surgiram no entorno da baía de Útica,
e se desenvolveram a partir do aproveitamento industrial das riquezas florestais
e minerais, especialmente minério de ferro, das montanhas nortistas. O norte,
em contato mais íntimo com o exterior, industrializou-se e urbanizou-se mais

14
rapidamente que o centro e o sul do País. Hoje, concentra o maior contingente
populacional e a maior parte da riqueza de Zenda.
Em contraste, o Centro-Sul é predominantemente agrário e pastoril, com
exceção da faixa marinha entre Bactriana e Lérida. Esta microrregião se
desenvolveu, mais recentemente, apoiada em cidades de pequeno porte, com
economia baseada na pequena indústria, no artesanato, em serviços e em
atividades ligadas à educação e à cultura. São famosas as escolas de arquitetura
e de música de Bactriana. Esta última funciona num antigo mosteiro beneditino,
único exemplar de arquitetura gótica do País, onde se realiza o festival anual de
música sacra, famoso em todo o mundo.
O planalto central, maior polo de produção pastoril, formou-se a partir de
médias propriedades, mas, o Sul, especialmente o estado de Pártia, teve seu
processo de evolução lastreado na grande propriedade rural.
A consolidação da união política de Zenda foi grandemente facilitada pelo
eixo formado pelas cidades de Útica e Mesus, os dois primeiros centros de
aglutinação urbana nos tempos coloniais. Estes núcleos foram fundados por dois
primos que mantiveram, por longo tempo, uma união de interesses entre os clãs
por eles formados.
O povo de Zenda tem uma marcante consciência de sua individualidade
nacional e de sua participação na comunidade das nações. Foi signatária de
primeira hora da Liga das Nações e da ONU e apoiou incondicionalmente o
processo de descolonização da Árida e do Assuwa, defendendo em todos os
foros internacionais os princípios de soberania nacional.
Embora de vocação marcadamente pacífica, a população de Zenda
participou dos dois últimos conflitos mundiais, ombreando-se aos aliados, em
defesa dos ideais democráticos, contra o totalitarismo defendido pelas potências
do Eixo. Suas Forças Armadas mantiveram, desde então, um razoável grau de
modernização que vem se deteriorando, por falta atualização tecnológica. A
participação das Forças Armadas de Zenda nos dois conflitos mundiais é, até
hoje, motivo de orgulho nacional.
2 - ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL
2.1- SITUAÇÃO POLÍTICA
A coligação vitoriosa, em A-2, formada pelos democratas-cristãos (PDC),
democratas-sociais (PDS) e ruralistas (PR), encontra dificuldades em se manter
unida. O presidente Antônio Galba, apesar de ter cumprido as promessas de
redução do endividamento público e da taxa de inflação, não conseguiu aglutinar
o poder necessário para atender as diferentes demandas da população. A última
pesquisa eleitoral mostra um enfraquecimento do Partido Democrata Social
como um todo e de sua principal figura, o presidente Galba. O índice de rejeição
chegou a 65%.

15
O Partido Ruralista (PR), fiel da balança nas últimas eleições, está
profundamente insatisfeito com a lentidão com que o Plano Nacional de
Transportes vem sendo executado. A redução do custo do transporte das safras
agrícolas é item fundamental na agenda do eleitorado da região Sul, suporte
maior do partido. O governador do Estado de Pártia, eleito pelo Partido Ruralista,
Péricles Agrícola, tem feito uma campanha sistemática em favor dos projetos de
melhoria do porto de Corinto, e de ligação ferroviária entre Ulm e Sulta com sua
extensão até o porto de Corinto, projetos incluídos no Plano Nacional de
Transportes e Desenvolvimento Portuário, que conta com amplo apoio popular
na região.
Os governadores dos Estados de Mércia e Ulano, Giácomo Graco e
Ephraim Menés, ambos do Partido Socialista (PS), estão articulando uma frente
política em defesa dos interesses da região, procurando atrair para ela o
Governador Péricles Agrícola, em função de suas reivindicações na área dos
transportes e de programas que gerem oportunidades de novos empregos. Com
o avanço tecnológico da agricultura, o desemprego em populações de baixa
renda atinge principalmente os Estados de Pártia e de Cítia. Já são sensíveis os
reflexos do agravamento das condições econômicas os quais se fazem sentir no
aumento da criminalidade e na intensificação da migração campo-cidade.
Os programas de desenvolvimento de infraestrutura nas áreas de
transportes e energia, grandes geradores de emprego, são uma alternativa
valiosa para resolver o problema dos vastos contingentes de mão-de-obra ociosa
existentes na região.
A lentidão do governo na condução do processo de desenvolvimento
encontra críticos também na região norte, principal reduto dos democratas-
cristãos e sociais-democratas, interessados na ampliação da oferta de energia.
Toda essa oferta virá da conclusão da hidrelétrica de Itamonte, cujas obras
arrastam-se em ritmo lento em face das ações de grupos ambientalistas que
influenciaram a revisão do projeto que resultou na não formação de um lago,
que asseguraria o abastecimento da UHE em tempos de estiagem, havendo sido
substituído por uma usina a fio d’água.
Analistas especulam que, com o enfraquecimento político do Presidente
Galba, parece provável que o Partido Ruralista rompa a atual aliança com os
democratas e se alie ao Partido Desenvolvimentista de Zenda (PDZ) e aos
socialistas para o pleito de A+2.
O governador José Cirino, de Cítia, provável candidato da coligação
PDS/PDC às eleições presidenciais de A+2, tem pouco carisma para unir a
população do país em torno de seu nome. O Presidente Galba, que contou com
o maior número de eleitores na última eleição, parece desmotivado para
enfrentar uma nova campanha presidencial, sobretudo porque não teve forças
para suplantar as pressões e impulsionar o programa de desenvolvimento que
todo o País ainda deseja. Pressionado por interesses externos, realiza uma

16
administração extremamente conservadora, voltada para o controle das contas
públicas e o pagamento das dívidas de governos anteriores.
A degradação das condições de mobilidade social é preocupação
fundamental do eleitorado jovem e do feminino. Ambos apoiaram Galba nas
últimas eleições, mas, agora, têm manifestado seu descontentamento com a
política do governo. A Associação Feminina de Zenda (AFZ) apóia
decididamente uma maior participação da mulher no processo político, sendo a
responsável maior pela eleição das 16 deputadas que integram a Câmara dos
Deputados, que agora alcançam a proporção de quase 25% do total de
congressistas.
Recentemente, a AFZ realizou uma série de manifestações em favor de
uma política mais agressiva na busca de objetivos de desenvolvimento, isto é,
adotou posições mais afinadas com o discurso oposicionista.
O eleitorado jovem sente-se pressionado pela falta de oportunidades.
Apesar do aumento de 28% do número de vagas nas universidades públicas,
faltam professores em quantidade e preparo para o ensino superior,
notadamente diante da necessidade de uma mudança de postura acadêmica,
que precisa migrar da condição de repassadora de informações e de técnicas
para geradora de conhecimento. Em razão disso, verifica-se a evasão de alunos,
desmotivados com a falta de oportunidades pós-formatura e com a falta de
professores, o que retarda a conclusão dos cursos, por falta de vagas nas turmas
disponíveis.
O nível de oferta de emprego para egressos das universidades caiu
drasticamente nos últimos anos, quer no setor público, quer no setor privado, o
que acentua o interesse dos jovens por um discurso político que evidencie a
vontade política de assumir como prioritária, a pauta do desenvolvimento.
Dada a estrutura da legislação tributária, o governo central dispõe de
recursos limitados para comandar o processo de investimentos que o
desenvolvimento do País requer. Os conflitos de interesse entre os estados não
permitiram que prioridades corretas fossem definidas, resultando com isso
considerável demora na execução dos investimentos planejados. A proposta de
reforma tributária, nos termos em que foi formulada pelo Presidente Galba,
desgostou Estados e Municípios e não foi aprovado na Câmara. A opinião
pública, estimulada pela mídia, esquece este fato e critica o presidente pelo
atraso no programa de obras.
Marcelo Petrônio, candidato da coligação Partido Desenvolvimentista de
Zenda/Partido Socialista, derrotado nas últimas eleições, surge agora como
principal força eleitoral. Seu comportamento como líder oposicionista, poupando
a figura do Presidente Galba e atacando a raiz dos problemas do País, tem sido
elogiado até mesmo por adversários políticos.
Intelectual respeitado, Marcelo Petrônio mantém grande penetração no
eleitorado jovem, desde os tempos em que, professor universitário, comandou o
17
amplo movimento de reformulação e modernização do ensino no País. Sua
gestão à frente da Universidade Federal de Mércia constituiu-se num marco do
sistema de ensino de Zenda e um formidável impulso às atividades de pesquisa
no País.
Comentaristas políticos especulam que uma chapa que reúna Marcelo
Petrônio e Giácomo Graco, se conseguir o apoio do PR, será imbatível nas
próximas eleições.
O apoio do PR pode ser também decisivo para a aprovação do projeto de
lei apresentado pelo deputado Ezequiel Saint-Just do PDZ de Pártia, que trata
da regulamentação das concessões de rádio e televisão. A legislação atual
privilegia os grandes grupos econômicos que detêm a maior parte das
concessões. A rede estatal, principalmente a rede estatal de televisão, dedica-
se em grande parte a programas educativos, culturais e esportivos, não
oferecendo espaço de divulgação política que possa permitir o acesso dos
partidos de oposição ao grande público. As duas redes de televisão privadas
existentes em Zenda mantêm vínculos muito estreitos com chefes políticos do
PDS e do PDC, situação que se repete no campo dos jornais e revistas.
Pesquisas de opinião recentemente realizadas apontam elevada aceitação
da oposição, em face de denúncias de corrupção perpetradas por membros do
primeiro escalão do governo, bem como por parlamentares de sua base de
sustentação política. Preocupado com o rumo político que aponta um
significativo avanço da oposição, o atual governo decidiu elaborar planos para
que consiga reverter o quadro atual, de modo a chegar às eleições de A+2 em
condições reais de vitória e, assim, dar continuidade ao ambicioso projeto do
Partido Democrata Social de manter-se no poder.
Por outro lado, a direção nacional do PDZ, animada com as reais
possibilidades de alcançar o poder, decidiu reestudar seu programa de governo,
segundo um planejamento mais pragmático e realista, se comparado às
campanhas anteriores.
2.2- SITUAÇÃO ECONÔMICA
A política econômica praticada pelo governo do Presidente Galba
concentra-se nas suas promessas eleitorais de estabilização, em detrimento dos
programas de desenvolvimento.
No primeiro ano de seu mandato, o Presidente Galba executou fielmente
as diretrizes do Plano Nacional de Estabilização Financeira, embora a Câmara
dos Deputados não tenha aprovado, por pressão de estados e municípios, a
reforma da legislação tributária.
Como resultado das ações do Governo Central, a taxa de inflação caiu
substancialmente; o ritmo de crescimento dos débitos internacionais foi
estancado; e a dívida interna trazida para limites confortáveis.

18
A fim de melhorar o caixa do governo federal e limitar as importações, as
alíquotas do imposto de renda e do imposto de importação foram, em A-1,
aumentadas, provisoriamente, medidas que foram muito criticadas, inclusive no
exterior. A elevação de tarifas, realizada pontualmente, foi alvo de protestos na
Organização Mundial do Comércio (OMC) e provocou preocupação nos países
vizinhos com que Zenda mantém importantes relações de comércio.
O ministro das Relações Exteriores vem desenvolvendo a ideia da
formação de uma Zona de Livre Comércio (ZLC) entre os países da região e com
este propósito realizou visitas à Nortlândia e à República Central. O
estabelecimento de uma Zona de Livre Comércio seria a única forma de manter
tarifas baixas entre os países da região, estimulando o mútuo comércio e
mantendo-os a salvo de críticas e retaliações por parte de outros países e da
OMC. A iniciativa de Zenda foi muito bem recebida pela Nortlândia, interessada
em manter o fluxo de exportações de manufaturados para Zenda. A República
Central vincula seus interesses à possibilidade de exportar seus produtos
agrícolas via Zenda, mas tem também preocupações de manter o importante
mercado de couros, do qual Zenda é seu maior comprador.
A taxa interna de juros, mantida alta, entre A-1 e A, foi finalmente agravada
pelo Banco Central, aumentando as críticas das classes produtoras. A medida,
contudo, teve como principal fato motivador a crise da baixa do petróleo, cujos
efeitos são refletidos no comportamento da economia de Zenda.
As limitadas mudanças na estrutura tributária não são suficientes para dar
ao governo central a autonomia financeira para realizar as obras de infraestrutura
que o País carece. O volume de investimentos contemplado no planejamento
existente necessita do aporte de recursos dos estados e da obtenção de capitais
externos.
Os estados têm dificuldades de estabelecer um esquema de prioridades e
o País enfrenta problemas para obter financiamentos externos destinados a
investimentos produtivos e de infraestrutura, com prazos longos de retorno. Tais
dificuldades começam a se acentuar, em razão da divulgação de informações
sobre gastos secretos por parte do governo, aplicados em países dentro e fora
do entorno de Zenda.
Além disso, a mídia internacional divulgou diversas matérias que re velam
a ocorrência de casos de corrupção nos segundo e terceiros escalões de Zenda,
cuja monta jamais fora testemunhada em qualquer outro país. Uma vez
espalhadas as notícias, particularmente por intermédio da Internet, a imprensa
local se viu obrigada a assumir o encargo de dar continuidade às investigações,
e mais revelações bombásticas têm vindo a público, que, no entanto, permanece
em clima de ordem e tranquilidade.
O lento crescimento do PIB nacional tem sido impulsionado pelo setor de
serviços, ante o decréscimo das rendas do setor primário e a virtual estagnação
do PIB industrial, em face dos problemas ambientais que vem se agravando.
19
O setor industrial tem sido prejudicado pela forte limitação do suprimento
de energia elétrica. O atual sistema de geração e distribuição está esgotado
tendo, inclusive, provocado quedas nos momentos de pico de demanda.
Tentativas de aumentar a oferta de energia da matriz elétrica nacional têm
esbarrado em entraves ambientalistas.
Porém, diante da possibilidade de colapso no fornecimento de energia e
água, nas regiões mais desenvolvidas e populosas, tem levado os ambientalistas
ao silêncio, uma vez que, a despeito da necessidade de preservação do meio
ambiente ser evidente, não parece ser possível fazê-lo na forma pretendida por
tais grupos, a um custo social que leve à paralisia da economia, aspecto que
parece começar a apresentar a conta aos contribuintes.
O uso de termelétricas, construídas para produzir energia em situações
excepcionais, como reserva estratégica, vem sendo feito, em regime integral, o
que eleva os custos de produção e de emissão de gases na atmosfera, podendo
agravar as consequências do efeito estufa.
Meteorologistas vêm alertando o governo para a possibilidade de
agravamento de danos econômicos e ambientais diante da possibilidade de
ocorrência do "el diablillo" (o diabinho) na costa oeste do continente, o que
resulta em intensa redução no regime de chuvas na estação, acentuada por
alterações nos regimes de ventos da região, que deverá prejudicar não apenas
Zenda, mas, de modo semelhante, os países do entorno.
A importação de derivados de petróleo tem pressionado fortemente o
balanço de pagamentos. A única refinaria do País, localizada junto ao porto de
Útica, tem capacidade para apenas 50.000 B/d ante um consumo nacional que
chega próximo dos 230.000 B/d.
A Companhia Nacional de Petróleo (CNP) tem um projeto para construção
de uma nova refinaria com capacidade para 150.000 B/d, em andamento, mas
desde o início das obras ocorreram embargos, em razão de denúncias de
superfaturamento, e do aumento extraordinário das estimativas do custo total
dessa refinaria, o que deverá afetar não apenas a reputação da petrolífera, mas
afastar investidores internacionais ciosos por lucros, numa indústria
extremamente rentável. Os setores industriais há muito advogam a localização
junto à antiga refinaria, fazendo uso do terminal petrolífero do porto de Útica,
argumentando que os investimentos em infraestrutura seriam menores e
também os custos de distribuição de derivados.
O Governador de Cítia defende a instalação da nova refinaria junto ao porto
de Corinto, o que reforçaria a necessidade de modernização e ampliação do
calado daquele porto. A posição do governador Cirino foi muito reforçada pela
recente descoberta de petróleo, de boa qualidade e amplas reservas, na
plataforma continental, defrontando a costa da Cítia.
A descoberta de petróleo na plataforma foi feita por um consórcio de
empresas independentes do cartel internacional - Consórcio ENERPRIME - que
20
atua sob contrato de risco com a CNP, contrato esse assinado sob forte pressão
contrária das companhias multinacionais desejosas de manter o lucrativo
fornecimento de derivados, num ambiente internacional em que há ampla oferta
e capacidade ociosa de refino.
O consórcio ENERPRIME tem se aproximado da CNP com a oferta de
capital e tecnologia para a construção da nova refinaria, em troca da garantia da
concessão de novas áreas de exploração na plataforma continental. A decisão
governamental sobre estes temas tem sido postergada não só em função das
pressões do cartel internacional, mas, também, em função do litígio fronteiriço
com os EUS.
A escassez na oferta de energia elétrica tem sido o principal fator de
estagnação do setor industrial. No norte, o desenvolvimento da indústria
metalúrgica tem sido obstado pela carência deste insumo. O País conta com
excelentes reservas de pentlandita minério que é obrigado a exportar com
beneficiamento primário, por não dispor da energia necessária à produção de
níquel metálico. A conclusão do projeto da hidrelétrica de Itamonte é vista, pelos
industriais de Sagres e da Nórcia, como passo vital para permitir a retomada do
crescimento econômico da região. Além das necessidades da indústria
metalúrgica, a expansão do parque produtor de papel tem sido limitada pela
escassez de energia.
Recentemente, em razão das decisões da OPEP, os preços do barril de
óleo Brent vêm sofrendo acentuada redução no mercado internacional, o que
pode inviabilizar economicamente a explotação do petróleo extraído a
profundidades abissais. De modo inverso ao que se poderia esperar, o elevado
preço dos combustíveis em Zenda ainda assim vem aumentando, o que pode
provocar a carestia, dada a elevação dos custos de frete, em razão da
dependência de transportes rodoviários.
A Federação Industrial de Zenda, cuja base política se concentra nos
estados da região norte, pressiona por uma maior alocação de verbas ao projeto
da hidrelétrica de Itamonte, em detrimento do programa de ferrovias, o que lhe
tem provocado fortes críticas da Associação Rural.
Para os ruralistas, a ligação ferroviária entre as cidades de Sulta e Corinto
e a modernização do porto de Corinto são essenciais para baixar os custos da
produção agrícola destinada à exportação.
O Deputado Ernest Poilú apresentou um projeto modificando o atual
programa ferroviário para incluir a ligação entre as cidades de Sulta e Ulm e entre
esta última e a fronteira com a República Central. Segundo o deputado, a
disponibilidade de uma ligação ferroviária com saída para um porto moderno
seria fundamental para resolver o problema econômico da República Central e
facilitar a solução do contencioso com aquele país, relativo ao aproveitamento
do potencial hídrico do Estige.

21
A República Central manifesta interesse em iniciar o aproveitamento do
potencial do Estige ao longo de seu curso fronteiriço, dividindo com Zenda a
energia gerada. A localização de Itamonte, dentro do território de Zenda, frustrou
as expectativas da RC e provocou ressentimentos naquele país.
O pleno aproveitamento do potencial de Itamonte está ameaçado pelo
controvertido projeto de utilização de parte substancial das águas do Estige, para
irrigação, na República Central. Nos meios diplomáticos, comenta-se que este
projeto foi lançado como forma de pressionar Zenda para conceder maiores
vantagens à República Central nos projetos de aproveitamento do potencial
hidrelétrico do rio. Apesar disso, o projeto foi muito bem recebido pelos
agricultores do país vizinho e seu cancelamento provocaria dificuldades políticas
para o governo, a menos que algumas vantagens significativas fossem
oferecidas em troca. Uma saída para o mar em melhores condições financeiras
poderia ser uma alternativa vantajosa.
As exigências sanitárias aos produtos agropastoris, criadas por uma série
de países desenvolvidos, têm irritado a classe ruralista. Os produtores rurais
vêem nas exigências daqueles países uma forma disfarçada de protecionismo e
de provocar a redução de preços dos produtos, embora as opções existentes
não ofereçam gêneros com a mesma qualidade, tampouco orgânicos, forma de
produção em que Zenda vem investindo em pesquisas para a produção de
alimentos protegidos por agentes biológicos naturais.
A possibilidade de que exigências fundadas em razões ecológicas possam
vir a prejudicar as exportações de celulose e papel, atraiu industriais de Nórcia
e Sagres para o coro dos descontentes com as pressões protecionistas externas.
Parlamentares mais exaltados do Partido Ruralista e do Partido
Desenvolvimentista de Zenda têm incitado o governo a retaliar, redirecionando
as importações e deixando de comprar os produtos de que o país necessita,
especialmente automóveis, dos países que adotarem tais práticas
protecionistas.
O ministro das Relações Exteriores tem feito a defesa de uma atitude não
agressiva, argumentando que o País dispõe de mecanismos de defesa, devendo
levar suas reclamações relativas ao protecionismo comercial para a Organização
Mundial do Comércio, antes da tomada de qualquer decisão unilateral.
2.3 - SITUAÇÃO PSICOSSOCIAL
A situação psicossocial de Zenda apresenta um quadro evolutivo
inquietante, com um acelerado processo de urbanização e um aumento do
desemprego, no campo e na cidade.
O ritmo de crescimento total da população, apurado pelo Instituto Nacional
de Estatística, tem estado abaixo de 1,5%.
O problema que se apresenta não é o crescimento populacional, mas a
oferta insuficiente de empregos, em face do baixo crescimento do PIB nos
22
últimos três anos. Além disso, constata-se a aceleração do processo de
migração populacional para as cidades, cuja infraestrutura de apoio social é
inadequada para atender as necessidades crescentes de migrantes, cada vez
em maior número.
É notória a escassez de salas de aula e de professores no interior e na
periferia das maiores cidades. Seis e meio por cento, ou cerca de 400.000
crianças, entre 7 e 14 anos, não estão frequentando regularmente as escolas
por falta de vagas. Estima-se que, pelo menos, 8.000 novas salas de aula, ou
800 escolas-padrão terão que ser construídas apenas para atender o déficit
atual. O ensino de primeiro grau, responsabilidade dos municípios, tem
apresentado resultados insatisfatórios. O país conta com um índice de
analfabetismo de 12,8% entre a população acima de dez anos de idade.
Os baixos salários oferecidos aos professores do primeiro e do segundo
graus têm contribuído para significativa perda de sua posição social, fomentando
uma insatisfação generalizada na classe dos professores, levando-os a procurar
outras profissões capazes de lhes proporcionar o sustento. Dos cerca de 80.000
professores de 1º grau com os quais contava o País em A-8, nada menos de
que 17.000 se afastaram, nos últimos anos, sem que houvesse reposição
compatível, especialmente nas zonas rurais.
Em cada 100 alunos matriculados no primeiro grau, 11 não concluem a 4ª
série, e o índice de repetência tem crescido, havendo atingido 11%, em A-2.
Acresce o fato de que a necessidade de aumentar a renda familiar estimula o
emprego juvenil, afastando prematuramente as crianças e jovens das atividades
escolares. O analfabetismo que era a maior preocupação das regiões Centro e
Sul, especialmente nas zonas rurais, passa a ser preocupante também nas
zonas urbanas, inclusive da região norte.
Como forma de combater as desigualdades e fomentar a fixação dos
alunos em sala de aula, programas de apoio às famílias de baixa renda e
incentivo aos estudos têm sido realizados, porém desconectados de um plano
abrangente que assegure o retorno sobre o investimento feito e estabeleça
prazos para sua revisão e eliminação, de modo a não ser criada dependência do
Estado.
A oferta de vagas no segundo grau, nível educacional de responsabilidade
dos estados, é de 2,1 milhões, sendo as regiões norte e centro as de maior
concentração.
No ensino superior, de responsabilidade federal, a oferta de vagas nas
universidades é de cerca de 500.000 em todos os cursos. A região centro
destaca-se no cenário universitário de Zenda, depois da administração do sr.
Petrônio na Universidade Federal de Mércia.
O Plano Federal de Educação e Pesquisa previa a ampliação do número
de vagas nas universidades, especialmente nas áreas técnicas e nos programas

23
de mestrado e doutorado, mas as preocupações federais com o desempenho
dos municípios na área do ensino básico fizeram com que a atenção do ministro
se desviasse dos objetivos fundamentais do plano federal. O ministro procurou
incentivar a criação de novas salas de aula e o aumento do quadro de
professores do ensino básico, inclusive patrocinando uma extensa campanha
publicitária por todos os meios de divulgação.
A ingerência do Governo Federal em área de responsabilidade de Estados
e Municípios, apesar das boas intenções, teve o efeito negativo de diluir
responsabilidades, prejudicando a eficácia da administração do sistema. Os
diretores de escola, antes participantes ativos da administração, com elevado
grau de responsabilidade no planejamento didático, na administração e alocação
de recursos e nos resultados, tiveram sua importância diminuída, nos últimos
anos.
Os índices de repetência e o desempenho dos alunos que, ultimamente,
vêm chegando às universidades têm trazido às autoridades federais uma clara
visão da necessidade de melhorar o currículo do segundo grau, de modo a
adequá-lo às exigências da universidade contemporânea. A inclusão de uma
maior carga de ensino na área de tecnologia da informação, o uso de novas
mídias e a intensificação do ensino na capacitação da leitura e escrita e de
ciências exatas tem sido sugerida às autoridades estaduais, responsáveis pelo
ensino de 2° grau.
O problema dos desequilíbrios sociais vem se agravando paulatinamente,
na esteira de um empobrecimento crescente, motivado, inclusive, pelo
desemprego, rural e urbano. A fim de corrigir tais desequilíbrios, políticas de
cotas recentemente aprovadas estão em implantação, mas sofrem severas
críticas de diversos setores da sociedade. Os mecanismos de acesso às
universidades, a partir da reserva de vagas para atender a diversas minorias,
começa a criar um fosso no relacionamento entre os diferentes segmentos da
sociedade, à medida que dificulta o acesso da maioria relativa, segundo os
críticos.
Alguns especialistas em Sociologia chegam a advertir sobre a possibilidade
de ser criado um regime de apartheid no campo da educação, que poderá se
estender aos empregos públicos e empresas, sem que o foco seja direcionado
a atacar o problema original: o ensino universal de qualidade.
A pressão crescente e a insatisfação geral poderiam ser diluídas, se a
política tributária reconhecesse os esforços das famílias em investir
pessoalmente na educação de seus filhos, possibilitando a redução de impostos,
em função do grau de investimento promovido no aperfeiçoamento de crianças
e jovens, o que faria reduzir a demanda sobre as escolas dos governos locais e
universidades federais.
Neste sentido, a classe média se sente cada vez mais estrangulada, uma
vez que canaliza seus recursos à educação e renuncia ao atendimento de outras
24
necessidades, e, ao final, seus filhos, qualificados, são discriminados com a
redução das vagas pelas quais podem disputar. Assim, a reivindicação pela
adoção da meritocracia e da igualdade de oportunidades, a partir de um ensino
qualificado para todos, começa a tornar-se uma plataforma política dos partidos
mais orientados ao desenvolvimento econômico.
O Plano de Reforma Agrária e Aprimoramento Agrícola, especialmente
direcionado para as vastas extensões rurais de Mércia e de Pártia, vem sendo
implementado com extrema lentidão, em face da intensa oposição que lhe move
o Partido Ruralista.
O governo federal, na tentativa de manter a coalizão política que lhe deu a
vitória nas últimas eleições, procura atender aos reclamos dos ruralistas, no que
concerne à desapropriação de terras não cultivadas. A fixação de elevadas
indenizações esgota os recursos disponíveis, ocorrendo também frequente
busca pelo Judiciário para discussão dos valores de desapropriação. Estas são
as principais causas do baixo desempenho do programa.
A escassez de empregos tem proporcionado aos empregadores a oferta de
salários mais baixos. O resultado já pode ser medido pelas estatísticas
nacionais: a renda média do trabalho diminuiu nos últimos três anos. O salário
médio do trabalhador, no ano retrasado, foi cerca de 5% inferior ao do ano
anterior e para o ano passado as apurações iniciais apontam para queda mais
acentuada, não havendo nenhuma perspectiva quanto à inflexão do
comportamento ainda este ano.
Como resultado da deterioração da renda média do trabalhador, é
crescente a concentração da renda e a piora em vários indicadores sociais.
A criminalidade, cujos índices foram sempre significativos em todas as
regiões de Zenda, quer no campo, quer na cidade, começa a apresentar níveis
alarmantes de crescimento. O número diário de homicídios nas grandes cidades
que era inferior a 10 por milhão de habitantes, saltou para 18 na região de Útica,
há dois anos. Numa pesquisa recente realizada pelo diário A RAZÃO, foi
constatado o aumento expressivo do consumo de álcool, especialmente por
jovens, e o agravamento do consumo de drogas sintéticas, mais pesadas,
especialmente nas grandes cidades.
A polícia tem reivindicado o aumento das dotações e do efetivo para que
possa intensificar o trabalho de prevenção e combate, demanda difícil de ser
atendida, na atual conjuntura econômica do País.
Na área da saúde, o governo continuou a não atender as metas de
ampliação da oferta de leitos, constantes do Plano Nacional de Saúde. A região
sul permanece com apenas 2,4 leitos por mil habitantes, contra uma média
nacional de 3,8. Também o número de médicos e paramédicos da região sul é
inferior à média nacional.

25
O desequilíbrio na oferta de assistência à saúde tem sido um fator indutor
da migração urbana em direção às cidades do norte.
Os gastos gerais da União com saúde têm se situado na faixa dos 120 a
130 dólares per capita nos últimos quatro anos, bem abaixo do valor de US$
200/per capita recomendado pela OMS. A estagnação nos dispêndios torna-se
mais grave, ao serem analisados os gastos governamentais com medicamentos,
que evoluíram de cerca de 500 milhões de dólares, há três anos, para quase 700
milhões, no ano seguinte. O aspecto mais relevante ao ser considerada esta
evolução, é que ela foi ditada pelo aumento de preços unitários dos
medicamentos e não pelo aumento da abrangência no consumo dos mesmos.
Zenda é quase que totalmente dependente de medicamentos importados e
as autoridades governamentais não têm poder para coibir os abusos praticados
por um setor tipicamente oligopolista que apóia suas ações na essencialidade
dos produtos que fabrica. As poucas iniciativas para a fabricação local, única
alternativa para estancar a elevação abusiva dos preços, careceram de apoio
governamental e sofreram forte oposição das companhias internacionais.
Outro problema que vem se agravando, em função do crescimento
populacional e do processo migratório é o da moradia. Zenda contava ao final do
ano retrasado, com um déficit habitacional estimado em 1,5 milhão de moradias.
O atual sistema de financiamento à construção é gerido pela rede bancária
particular e é baseado na concessão de empréstimos com garantia hipotecária,
com juros baixos e 30 anos de prazo para pagamento.
A política governamental, indutora de juros elevados, pressionou o custo
das hipotecas. O custo da construção, depois do início das obras civis de
Itamonte, elevou-se acima da inflação, num período em que os salários foram
achatados e que os níveis de desemprego aumentaram. Todos estes fatores
contribuíram, em maior ou menor medida, para reduzir o ritmo da construção civil
residencial e, assim, agravar o déficit de moradias. O aspecto visível do problema
surge na periferia das grandes cidades, onde favelas e mocambos começam a
ser notados e crescem com rapidez. A fim de mitigar o complexo problema do
déficit habitacional vivenciado, o governo tem proporcionado facilidades para a
obtenção do crédito imobiliário, o que, por sua vez, tem pressionado a elevação
dos preços dos imóveis.
Somente a partir do ano passado, com a modernização dos processos de
gestão de projetos e com a redução da demanda do governo por crédito foi
possível contar com uma pequena queda nos juros, e o ritmo da construção civil
começou a ganhar um novo impulso. Ao setor financeiro interessa a manutenção
dos juros altos, a fim de obter elevados lucros financeiros, mesmo que em
detrimento dos resultados finais da economia do país. Porém, em função do
início do processo recessivo neste ano, as taxas de juros voltaram a subir
significativamente, e a inflação poderá mesmo superar o teto estipulado pelas
autoridades econômicas.

26
Apesar da pequena expansão populacional, o governo pouco investiu em
saneamento básico no último ano, razão pela qual 65% da população de Zenda
ainda não são servidas por esgotos, apesar de 95% dos núcleos urbanos,
mesmo aqueles de pequena dimensão, situados em regiões rurais, já serem
abastecidos com água tratada. Além disso, mais de 80% destas comunidades
urbanas têm coleta adequada de lixo.
A grande carência a ser atendida é o tratamento dos esgotos, que requer
da população e do governo um nível mais elevado de conscientização para arcar
com os custos elevados dos sistemas de tratamento.
2.4 – SITUAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Com o fortalecimento, em todo o mundo, do novo paradigma científico e
tecnológico, a necessidade de desenvolvimento passou a ser vista em Zenda
sob uma nova ótica.
As restrições ao desenvolvimento do País deixaram de ser encaradas
apenas a partir da perspectiva da falta de capital para investimentos. Tornou-se
claro que, além da necessidade de poupança, é essencial o acesso ao
conhecimento e a novos recursos tecnológicos que permitam que os
investimentos tornem a agropecuária e a indústria competitivas
internacionalmente.
A economia de Zenda, baseada largamente em commodities, encontra
dificuldades, em função do protecionismo dos países ricos, incidente também
sobre a área do conhecimento científico e tecnológico.
O ensino tradicional de Zenda percebeu esta mudança e, há dez anos,
durante a gestão do Reitor Petrônio, da Universidade de Mércia, houve um
grande impulso às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no País.
Foram criados cursos stricto sensu nos níveis de mestrado e de doutorado; foram
contratados professores e pesquisadores na área das ciências da natureza,
instalado o Instituto Tecnológico de Zenda e criados novos programas no Centro
de Desenvolvimento Mineral, da Universidade de Útica.
O Centro destacou-se pela adaptação inovadora de um processo para
obtenção de níquel por via eletrolítica. Uma planta experimental está em
funcionamento, há dois anos, com excelentes resultados, e a construção de uma
planta industrial de grande capacidade está pendente, por conta da falta de
disponibilidade de energia elétrica.
A fim de fazer convergir as políticas industrial e educacional, voltadas à
ciência, tecnologia e inovação, o governo ofereceu à iniciativa privada terrenos,
benefícios creditícios e renúncia fiscal para as empresas que se dispuserem a
comprovar, anualmente, a contratação de trabalhadores, na proporção de pelo
menos, 50% (cinqüenta por cento) da mão de obra qualificada nos últimos dois
anos.

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Outra iniciativa destacada da Universidade de Mércia, há dois anos foi a
criação de um Centro de Pesquisas Médico-Farmacêuticas, anexo ao Hospital
Universitário. Este Centro contou, inicialmente, com apoio de verbas da OMS e
assistência técnica de experientes pesquisadores de uma renomada
universidade estrangeira, que transferiram o know-how necessário aos
pesquisadores locais.
Apesar de pouco tempo passado desde a sua criação, o Centro conduziu
um programa de cobertura vacinal contra doenças infectocontagiosas, com
moderna tecnologia, que recebeu um prêmio da OMS e ajudou a reduzir os
elevados índices de infecção, resultando na redução significativa da mortalidade
infantil. Concomitantemente, pesquisas realizadas, nas últimas duas décadas,
com o aporte financeiro da OMS proporcionaram ao Centro a produção de
medicamentos genéricos, o que não tem sido do agrado das indústrias
farmacêuticas internacionais instaladas no país e no exterior.
Todavia, com a posse do atual governo e o corte de verbas para a pesquisa,
a OMS suspendeu a sua ajuda, causa maior da prolongada greve estudantil que
o governo enfrentou, logo ao início de sua gestão.
A dimensão do quadro de cientistas e pesquisadores ainda é pequena em
Zenda.
O interesse por investimentos em P&D vem crescendo na iniciativa privada,
despertado pelo fato de que a competitividade de seus produtos, interna e
externamente, vem sendo ameaçada. Os investimentos totais do País em CT&I
ainda são modestos, cerca de 1% do PIB, com mais de 70% oriundos de verbas
governamentais.
A Associação Industrial de Zenda, em convênio com o Instituto de
Tecnologia vem, há cerca de um ano e meio, investindo em certificação, com
base nas Normas ISO 9.000. Mais de 350 empresas aderiram ao programa,
sendo que 122 já foram certificadas.
2.5- SITUAÇÃO MILITAR
As Forças Armadas de Zenda compõem-se de três forças singulares -
Marinha, Exército e Aeronáutica, sob o comando do Ministério da Defesa. Em
consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END) recentemente
aprovada, constata-se que: (a) a composição dos efetivos das Forças Armadas
tem aumentado, mesmo que de modo parcimonioso; (b) está em andamento a
reorganização das Forças Armadas; e (c) estão sendo envidados esforços para
reestruturação da Indústria de Material de Defesa de Zenda.
Naquilo que concerne ao armamento e às dotações logísticas, é notório
que as Forças permaneceram por décadas com baixa taxa de modernização, em
função das preocupações do governo com os seus gastos e com o controle do
processo inflacionário.

28
As Forças Armadas de Zenda gozam de prestígio popular e suas fileiras de
oficiais são preenchidas por jovens de boa escolaridade, pertencentes aos
estratos médios da população. As perdas salariais da classe militar acumuladas
nas últimas três décadas vêm sendo aos poucos recompostas, mas não atendem
a todas as formações, pois os oficiais das áreas de tecnologia e medicina têm
encontrado oportunidades mais vantajosas, em termos de remuneração. A
carreira militar é vista como uma boa perspectiva de vida e o ensino nas
academias militares é considerado de muito bom nível.
O serviço militar é obrigatório e todos os jovens se alistam para o
treinamento nas forças armadas, ao atingirem a idade de 17 anos. A maior parte
é dispensada. Pequena parcela dos alistados é treinada durante um período
contínuo, de seis meses, ao fim dos quais se engajam profissionalmente ou
passam a constituir a reserva das Forças. Outra pequena parcela dos alistados
é treinada durante 8 meses, apenas durante os fins de semana. Ao término deste
período, participam de manobras durante uma semana. Este contingente forma
a Guarda Territorial de Zenda, força auxiliar comandada por oficiais da reserva
das Forças Armadas, convocada em casos de calamidade pública ou conflito
armado.
A doutrina militar de Zenda vem sendo permanentemente atualizada e os
programas de treinamento são considerados eficazes. O grau de aprestamento
é tido como bom, notadamente nas tropas de elite entre as quais se destacam o
Corpo de Fuzileiros Navais e o Batalhão Eolo, da Brigada de Montanha.
A Marinha de Guerra tem um efetivo de 26.500 homens e conta com 47
navios de diversos tipos, sendo que o grosso da esquadra está estacionado na
Base Naval de Útica.
O programa de modernização da Marinha está nucleado numa força de
fragatas, de concepção atualizada, equipadas com mísseis e dispositivos para
guerra eletrônica. Das quatro fragatas encomendadas, três foram recebidas.
Atualmente, a Marinha moderniza o velho navio aeródromo “Agamenon",
capitania da esquadra. Seu sistema de propulsão foi repotencializado,
aumentando consideravelmente sua velocidade e raio de ação.
O sistema de armas do NAE passou a contar com novos canhões rotativos,
com orientação eletrônica de tiro, além de mísseis superfície-ar e superfície-
superfície.
O convés de voo foi reformado, e sua estrutura é compatível com a
operação de aeronaves de asa rotativa, enquanto os problemas do sistema de
catapulta não são superados para o embarque dos esquadrões de aviões a jato
que deverão equipar o navio.
A Marinha conta com quatro submarinos convencionais, dois dos quais
bastante atualizados. Sabe-se haver estudos da Marinha propondo a criação de
uma base de submarinos em local não divulgado.

29
A Base Naval de Corinto abriga três corvetas, dois rebocadores de alto-
mar, três navios-patrulha fluviais, dois navios-patrulha oceânicos, um navio-
tanque e um navio hidrográfico.
O Exército conta com um efetivo com cerca de 60.000 homens, composto
por uma Divisão de Exército desdobrada no ecúmeno estatal, com sede em
Útica, uma Divisão Blindada, a mais poderosa do País, desdobrada ao Sul, com
sede em Sulta e uma Brigada de Montanha, com sede em Útica. No total, o
exército de Zenda possui 156 carros de combate operacionais, a maior parte dos
quais pertencentes à Divisão Blindada.
A Força Aérea dispõe, para a consecução de suas missões, de 142
aeronaves, entre as quais, caças F-5 em processo de substituição ou
modernização, operando a partir das bases aéreas de Sulta, Ática e de Útica, a
maior do País.
Após a instalação dos últimos postos de radar no sul do país, todo o
território de Zenda está coberto por um sistema moderno e eficiente de proteção
e orientação de voo. Este sistema é utilizado também pelas forças militares para
a detecção de aeronaves não autorizadas e orientação para a interceptação, o
que confere um elevado grau de eficácia, mesmo aos F-5 que ainda constituem
a espinha dorsal da força de defesa.
Durante a década de 90, a fronteira com os Estados Unidos do Sul passou
a causar maiores preocupações ao País, em razão da exploração dos campos
de gás na região. A fronteira com os EUS, que ficou apenas esboçada por mais
de um século, sem um tratado formal que regulasse os seus limites, passou a
ter importância crescente, o que culminou com as desavenças dos últimos anos
em relação à demarcação terrestre próxima à linha da costa e ao seu
prolongamento marítimo.
O desdobramento de forças dos EUS, reforçando suas guarnições ao longo
da fronteira com Zenda, exigiu contramedidas que ainda estão em fase de
implantação.
O Plano Nacional de Modernização das Forças Armadas de Zenda prevê
para a região Sul:
Na esfera da Força Naval:
 Modernização da Base do 2º Distrito Naval de Corinto;
(parcialmente realizada).
 Aquisição de duas Corvetas novas e um Rebocador de alto-mar
(parcialmente realizada - Rebocador já adquirido, entregue e operante).
 Modernização de um Cruzador (em andamento).
 Deslocamento para a área do 2º DN de um Batalhão de Fuzileiros,
com capacidade de pronto emprego (parcialmente realizada).

30
 Deslocamento para a área do 2º DN de um Esquadrão de
Helicópteros (parcialmente realizada).
 Modernização de dois submarinos.
Na esfera da Força Terrestre:
 Substituição dos velhos carros de combate M-41(não realizada).
 Criação de seis postos de fronteira, no nível de companhia
(realizada).
 Motorização da 27ª Brigada, estacionada em Corinto (realizada).
 Modernização de um Esquadrão de Helicópteros (parcialmente
realizada).
Na esfera da Força Aérea:
 Instalação de cobertura radar para interceptação; (já realizado).
 Modernização da Base Aérea de Sulta; (já realizada).
 Ampliação das pistas dos aeroportos de Corinto, Ulm e Mesus; (só
a de Corinto foi ampliada).
 Substituição/modernização dos atuais F-5 (não realizada).
 Instalação de um grupo de caças tipo C-1 (não realizada).
O Ministério da Defesa tem sido um grande incentivador dos programas de
melhorias de estradas na região sul. A falta de estradas em bom estado é um
fator limitante ao deslocamento e, portanto, de redução do potencial da Força
Terrestre na região.
O programa da Força Terrestre inclui, ainda, a modernização do
equipamento da Brigada de Montanha, desdobrada a oeste, e guardiã de toda a
fronteira ao norte da entrada do Estige em território de Zenda. A dotação de
helicópteros, prevista há longo tempo e ainda não integralmente realizada, é um
entrave ponderável à atuação da Brigada no monitoramento da fronteira, em uma
região particularmente acidentada e com vasta cobertura florestal. As Forças
Armadas de Zenda enfrentam atualmente, as seguintes questões:
 Limitação de recursos orçamentários.
 Inexistência de um Plano Nacional de Mobilização.
 Dependência de fornecedores externos.
 Baixa capacidade da indústria local em atender às demandas por
materiais de defesa.
 Equipamentos operacionais com vida útil ultrapassada.
 Atraso na execução do Plano Nacional de Modernização.

31
ANEXO B – REPÚBLICA FEDERATIVA DE ZENDA

EXPRESSÃO PSICOSSOCIAL
A = Ano corrente
Dados populacionais em milhões de habitantes
Regiões A-4 A-3 A-2 A-1
Norte 14,2 14,4 14,6 14,9
Centro 11,1 11,3 11,5 11,7
Sul 8,3 8,5 8,8 8,9
Urbana 21,8 22,9 24,1 24,8
Rural 11,8 11,4 10,8 10,7

População Total 33,6 34,3 34,9 35,5

População das principais cidades em Milhões de habitantes, em


A-1
Útica( R. Norte) 5,5
Atica( R, Norte) 2,1
Mesus( R. Central) 3,5
Corinto(R. Sul) 1,5
Sulta(R. Sul) 2,6

Perfil Etário da População em A-1 % % acum.

0 a 5 anos 15,9 15,9


6 a 14 anos 16,9 32,8
15 a 23 anos 15,7 48,5
24 a 32 anos 15,6 64,1
33 a 51 anos 14,1 78,2
51 a 59 anos 12,3 90,5
60 e mais 9,5 100

Densidade Populacional em A-1


Área Popul.
Cidades Hab/km2
Km2 milhões
Nórcia 160 6.1 38,1

Sagres 140 9.1 65,1

Mércia 250 6.3 25,2

Ulano 120 5.6 46,6

Cítia 140 5.3 37,8


Pártia 390 3.8 9,7

TOTAL 1200 36.2 30,1

32
Renda Média Familiar
Extratos de Renda %
Classe A (20% mais ricos) 11
Classe B 14
Classe C 21
Classe D 24
Classe E (20% mais pobres) 30

Situação Educacional
Matrículas ano A-1 (Milhões) Total Norte Centro Sul
Ensino Básico 5,1 2,3 1,7 1,1
Ensino Médio 2,1 0,8 0,92 0,38
Ensino Superior 0,5 0,2 0,22 0,08

População acima de 10 anos de idade: 12,8% de analfabetos


Pop. entre 7 e 14 anos de idade: 6,5% dos jovens fora da escola
Em cada 100 alunos matriculados: 11 não concluem o 1º grau
A repetência média no primeiro grau é de 11%.

Custo de Construção de Escola Padrão para


Gastos com Educação Bilhões de US$
500 alunos: US$ 550,000.00
Federal 1,3
Estadual 0,9
Municipal 1,1
Total 3,3

Situação do Setor de Saúde


Mortalidade ano A-1 ( % ) Norte Centro Sul
Causas externas 13,1 14,0 15,7
Neoplasias malignas 11,9 8,8 6,5
Ap. digestivo 4,7 4,9 3,6
Ap. respiratório 10,3 10,1 14,1
Ap. circulatório 33,2 23,8 16,5
Infecções parasitárias 11,2 22,3 26,2
Outras causas 15,6 16,1 17,4
Mortalidade infantil
Óbitos/1.000 nascimentos 36,5 41,4 76,2

Rede Hospitalar e Pessoal Norte Centro Sul Total


Especializado
Número de hospitais 326 281 148 755
Leitos/1000 hab. 5,1 3,8 2,4 4,0
Médicos/10.000 hab. 13,2 10,8 8,4 11,2
Paramédicos / 10.000 hab. 18,9 17,5 13,6 17,1

33
Gastos Gerais da União com o A-4 A-3 A-2 A-1
custeio da Saúde
US$/hab./ano 131 122 120 127
Pessoal 2,43 2,55 2,71 2,81
Medicamentos 0,39 0,39 0,51 0,68
Outros 1,58 1,26 0,98 1,04
Gasto global (M US$) 4,4 4,2 4,2 4,5

34
EXPRESSÃO POLÍTICA

Câmara dos Deputados


Partidos Norte Sul
PDS 64 15
PDC 12 18
PDZ 25 18
PR 7 14
PS 18 7
Total 126 72

Eleitorado (milhões de hab em A-1


Total do País 21,1
Urbano 15,8
Rural 5,3
Menor de 25 anos 3,1
Maior de 55 anos 2,3
Masculino 10,5
Feminino 10,6

Eleitorado por Partido e por Região –Câmara


Eleições de 2014, milhões de votos
Partidos Total Urbano Rural Norte Sul
P. Democrata Social 5,9 5,2 0,7 3,8 0,9
P. Democrata Cristão 2,7 2,1 0,6 0,7 1,1
P. Desenvolvimentista de Zenda 3,9 2,8 1,1 1,5 1,1
P.Ruralista 1,8 0,6 1,2 0,4 0,8
P. Socialista 3,6 2,9 0,7 1,1 0,4
Subtotal 17,9 13,6 4,3 7,5 4,3
Votos brancos/nulos 1,8 1,3 0,6 1,1 0,3
Ausentes 1,4 0,9 0,4 0,7 0,3
Total 21,1 15,8 5,3 9,3 4,9

Eleições Presidenciais (Milhões de votos A-3)


Candidatos Total
Sr. A Galba(eleito)- Colig.-PDS/PDC/PR 11,2

Sr. M. Petrônio - Coligação PDZ/PS 7,4

Subtotal 18,6
Votos brancos/nulos 1,1
Ausentes 1,4
Total 21,1

35
Câmara dos Deputados
Partidos Norte Sul
PDS 64 15
PDC 12 18
PDZ 25 18
PR 7 14
PS 18 7
Total 126 72

Governos Eleitos-Coligação Estado Região Partido

J. Esteban-PDS/PDC/PR Norcia Norte PDS


M.Slaviero-PDS/PDC/PR Sagres Norte PDS
G. Graco-PS/PDZ Mércia Centro PS
E.Menés-PS/PDZ Ulano Centro PS
A.Agrícola-PDZ/PS/PR Pártia Sul PR
J. Aquino-PDS/PDC/PR Cítia Sul PDC

Deputados mais votados Estado Partido

A. Bolchini Sagres PDS

S. Hermes Mércia PS

M. Stagirita Sagres PDC

E. Poilú Pártia PR

D. Robertson Sagres PDZ

36
EXPRESSÃO ECONÔMICA

Evolução do PIB
A-4 A-3 A-2 A-1
(bilhões de US$)
Global 97,2 101,2 104,1 107,2
Setor Primário 22,4 23,7 23,1 22,3
Setor Secundário 31,1 32,1 32,8 33,8
Setor Terciário 43,7 45,4 48,2 51,1
Pib Per capita: US$ 2,893 2,951 2,982 3,019

Em Bilhões de US$ A-4 A-3 A-2 A-1


Balança Comercial 3,4 3,4 4,3 3,4
Exportações 10,5 10,6 11,8 11,5
Importações 7,1 7,2 8,5 9,1
Serviços ( líquido) -2,1 -2,1 -1,8 -1,6
Transf.Unil.(líquido) 0,3 0,4 0,3 0,5
Transações Correntes 1,6 1,7 1,8 1,3
Capital 0,9 0,9 0,6 -1,9
Investimento - líquido 0,9 1,3 1,2 - 0,7
Financiamento 2,4 2,4 1,8 1,2
Amortizações -2,4 -2,8 -2,7 -2,4
Empréstimos/moeda * * 0,3 *
Estoque (Bilhões de US$) A-4 A-3 A-2 A-1
Dívida Externa Total 16,6 16,2 15,3 14,0
Reservas Internacionais 4,5 7,1 9,5 8,9
Dívida Interna Total 15,1 15,3 13,5 12,2

Indicadores Financeiros A-4 A-3 A-2 A-1


Taxa de Inflação 33,2 38,5 38,1 26,2
Taxa Interna de Juros 48,2 53,5 58,1 56,2

37
Orçamento da União em A
Despesas (bilhões de US$) Federal Estadual Municipal Total
Custeio 6,2 7,1 4,7 18,0
Pessoal 2,8 3,2 1,9 7,9
Saúde 1,4 1,6 1,4 4,4
Educação 1,3 0,9 1,1 3,3
Outros 0,7 1,4 0,3 2,4
Investimentos 3,9 4,2 0,6 8,7
Educação 0,2 0,4 0,2 0,8
Saúde 0,3 0,6 0,1 1,0
Energia 1,7 0,5 zero 2,2
Transportes 0,9 1,1 zero 2,0
Defesa 0,3 zero zero 0,3
Saneamento/Habitação 0,2 0,5 0,2 0,9
Outros 0,3 1,1 0,1 1,5
Previdência Social 2,1 1,7 2,1 5,9
Amortização e juros 4,2 1,2 0,3 5,7
Transferências Const. 1,8 zero zero 1,8
Total 18,2 14,2 7,7 40,1

Receitas Federal Estadual Munic. Total


Arrecadação tributos 16,1 13,7 5,3 35,1
Transferências const. zero zero 1,8 1,8
Financiamentos 2,1 0,5 0,6 3,2
Total 18,2 14,2 7,7 40,1

Principais Produtos de Principais Produtos de


Exportação Importação
Complexo soja Petróleo e combustíveis
Carnes e aves industrializadas Equipamento de transporte
Minerais não-ferrosos Produtos químicos e farmacêuticos
Minério de ferro Fertilizantes e Defensivos Agrículas
Chapas e fertis de aço Alimentos
Madeira e polpa de madeira Vestuário
Sapatos e artigos de couro

38
Perfil do Comércio Exterior em A-1 (%)

Exportações
Prod. primários 40,1

Prod. semimanufaturados 21,3

Prod. industrializados 38,6


Importações
Bens de Consumo 25,1

Matérias - Primas 17,2

Combustíveis 27,1

Bens de Capital 18,4

Máq. e Mat. Elétrico 12,2

Receitas Tributárias
A-4 A-3 A-2 A-1
(bilhões de US$)
Federais 12,7 13,1 13,3 15,1
I. Renda 5,8 6,1 6,2 7,4
I. Importação 0,8 0,8 1,1 1,1
I. Consumo Energia 0,2 0,2 0,2 0,4
Taxas Diversas 0,7 0,7 0,7 0,8
Contribuição Social 5,2 5,3 5,1 5,4
Estaduais 12,6 13,1 13,2 13,9
I. Valor Adicionado 12,6 13,1 13,2 13,9

Municipais 4,8 5,1 5,2 5,3

I. Bens Imóveis 4,1 4,3 4,5 4,5

Taxas Diversas 0,7 0,8 0,7 0,8

Total 30,1 31,3 31,7 34,3

39
EXPRESSÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Consumo de Petróleo e derivados


50.000B/dia de petróleo e 177.000 b/d de derivados

Gás Natural
Produção Interna: 3 milhões de m 3/d (52% do consumo)
Reservas de Gás Natural: 100 bilhões de metros cúbicos

Preços de Importação (US/bbl) A-4 A-3 A-2 A-1

Petróleo 15,1 15,3 15,3 14,8

Derivados 28,2 29,1 30,3 31,5

Geração de Energia Elétrica

Potência Instalada MW Proj. Itamonte: 5.000 MW de potência


Hidrelétrica Uno 3.500 Equiv. à 37 bilhões de kwh de geração
Hidrelétrica Tapi 2.100 Cerca de 40% da atual oferta de E.E.
Outras Hidrelétricas 2.345 Cerca de 15% da oferta total de energia
Termelétricas a gás 4.240 Custo Total estimado 6.6 Bilhões US$
Total 12.185

Energia elétrica total consumida no país: 90.8 bilhões de kWh

Custo de Construção de Hidrelétrica de grande porte:


US 1.330/kw instalado, completa, ex-transmissão.

Consumo em A-1: 0.7 tep/ hab/ ano


Obs.: Tep = tonelada
Matriz Energética (milhões de % equivalente de petróleo
TEP/ano)
Petróleo 11,3 45
Gás Natural 3,1 12
Carvão Mineral 1,8 7
Lenha e Carvão Vegetal 3,2 13
Hidráulica 5,8 23
Total 25,2 100

40
Setor Metalúrgico
Reservas e Produções Reservas(t) Produção (t)
Mais Importantes

Minério de Ferro 1 Bilhão 21,3 M


Minério de Níquel 150,5 M 5,500/a
Minério de Cromo 12,2M 2,500/a
Rocha Fosfática 200 Bilhões zero
Calcário 19 Bilhões

Produção Metalúrgica
Produção de Aço A-4 A-3 A-2 A-1
(Milhões de ton.)

Planos 4,1 4 4,1 3,8


Semi-acabados 1,1 1,1 1,3 1,4
Total 5,2 5,1 5,4 5,2

Produção de aços especiais:


0.5 milhões de ton /ano (Cromo Níquel Cr Ni)

Setor Agropastoril Agrícola Pastoril Número Ha por


Distribuição de Terras
Milh. ha Milh.ha Estabel. Estabel.
Nórcia 0,6 1 39.020 41
Sagres 0,4 0,3 17.950 39
Mércia 5,1 8,7 157.471 87
Ulano 0,5 2,5 54.545 55
Cítia 1,4 4,5 82.190 73
Pártia 10 1,3 86.600 300
TOTAL 18 18,3 _ _

A-2 A-1
Produção Agrícola
Grãos Área Produção Área Produção
mil ha mil t mil ha mil t
Milho 4.000 12.100 3.600 10.800
Soja 4.100 9.200 3.900 8.900
Trigo 1.000 2.500 600 1.700
Arroz 800 4.500 850 4.700
Sorgo 500 1.500 500 1.300
Feijão 200 450 230 500

41
Indicadores da atividade
agrícola A-4 A-3 A-2 A-1
(2000 = 100, deflator IGP)

Preços médios
102 105 104 102
exportação

Custo Fertilizantes 104 105 107 112

Custo Defensivos 99 103 106 110

Número de tratores vendidos 1,655 1,735 1,433 1,378

EXPRESSÃO MILITAR

FORÇA TERRESTRE
Efetivo: 59.500 homens
- 1ª Divisão de Exército, sediada em Útica
 13ª Brigada de Infantaria Motorizada - Brigada Escola - Útica, desdobrada
entre Niquelândia e Queda Grande;
 14ª Brigada de Infantaria Motorizada - Lérida, desdobrada entre Prana, Kós
e Massa;
 15ª Brigada de Infantaria - apenas dois batalhões - Bactriana - Prada;
 17ª Brigada Aero Transportada - apenas dois batalhões - Útica.
- 2ª Divisão de Exército, sediada em Sulta
 21ª Brigada de Cavalaria Motorizada - Sulta - desdobrada entre Ribeira,
Ulm, Tirana e Astra;
 22ª Brigada Blindada, Mesus;

 27ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Corinto - desdobrada entre Dunas,


Mirene e Beira;
 Brigada de Montanha - sediada em Ática - desdobrada entre Picos,
MontMor, Cerrada e Troiana.

42
FORÇA NAVAL

Efetivo global de 26.500 homens


Corpo de Fuzileiros Navais com efetivo de 4.600 homens

- Base Naval de Útica


 1 Cruzador classe Sverdlov, repontecializado, canhão principal 152mm,
mísseis AA/AS.
 6 Fragata classe FFG7, 2 helicópteros, mísseis SA/SS, torpedeira.
 3 Destroyers classe Gearing, canhões 127mmm/1 helicóptero;
 5 corvetas classe HDP-1.000, 6 torpedos, canhão 76mm;
 4 navios varredores costeiros classe " Adjutant", met. 20mm " twin";
 2 navios varredores classe MSC 268;
 1 navio recuperador de torpedos;
 4 lanchas de desembarque;
 4 rebocadores sendo 1 de alto mar e três de porto;
 1 navio-tanque 3.500t, 10 tanques, 2.200t de combustíveis diversos;
 1 navio transporte de tropas, classe "Paul Revere" (1.600homens);
 1 navio oceanográfico;
 1 navio-escola;
 4 submarinos classe IKL 209 (1.400t);

Junto à base naval de Útica encontram-se localizados o Comando do


Corpo de Fuzileiros Navais, a base de submarinos e a maior parte dos
estaleiros e oficinas que dão suporte a Armada.

43
- Base Naval de Corinto
 3 corvetas classe Thetis, tipo 420;
 2 lanchas fluviais;
 2 rebocadores de alto mar;
 1 navio tanque, 1.100, capacidade para 800t de combustíveis diversos;
 1 navio hidrográfico/balizador.

FORÇA AÉREA

Bases principais: Útica e Sulta


Aeroportos de desdobramento: Corinto, Ática (pista longa) Ulm, Mesus, (pista
curta).
Aeronaves:
 46 F5-E
 08 F4-G
 18 F4-J
 21 MB 339-A
 22 BA HAWK 100
 05 LC 130-H
 02 KC 130-H
 05 KC 137
 03 Beachcraft Baron
 12 UH-1H
Distribuídas conforme quadro a seguir:

Base Base Base Base Base


Base Aérea
Aérea Aérea Aérea de Aérea Aérea
de Corinto
de Sulta de Utica Mesus de Ulm de Ática
22 BA
02 KC 130- 21 MB
16 F 5-E 12 F 5-E Hawk 18 F 5-E
H 339-A
100
08 F 4-G 02 KC 137 03 KC 137 12 UH-1H
03
05 LC 130-
18 F 4-J Beachcraft
H
Baron

44
45
ANEXO C – CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA DE
ZENDA

PREÂMBULO
Os representantes do povo de Zenda, reunidos em Convenção
Nacional Constituinte, afirmam, em seu nome, o seu apego aos
Direitos Fundamentais do Homem e aos princípios da soberania
nacional. Inspirados nos mais puros sentimentos de amor à Nação
declaram-se conscientes do dever de manter a integridade territorial
e patrimonial da Nação e de assegurar a todos os cidadãos a liberdade,
a igualdade básica de oportunidades, a justiça, a paz social e o
progresso. Sob a proteção de Deus e baseados nos princípios acima,
proclamam esta Constituição para a República de Zenda.
Título I
DA REPÚBLICA
Artigo 1º - Zenda é uma República Federativa, democrática,
laica, constituída sob regime representativo, pela união indissolúvel de
seus estados membros.
A soberania pertence ao povo que a exercerá na forma e nos
limites desta Constituição. O povo tem, a qualquer tempo, o
inalienável direito de modificar a sua forma de governo.
Artigo 2º - Todos os cidadãos têm a mesma dignidade
reconhecida socialmente e são iguais perante a lei, sem discriminação
de gênero, raça, religião, opinião política ou de condições pessoais ou
sociais.
................................................................................................
Artigo 4º O território nacional se divide, para fins de
organização política da República, em estados.
O território nacional não poderá, jamais, ser cedido,
transferido, arrendado, nem de modo algum cedido, mesmo
temporária ou parcialmente a potência estrangeira, salvo a área
necessária para a instalação de representação diplomática.

46
A lei regulará a exploração de recursos naturais de Zenda por
companhias cujo controle acionário pertença a não-nacionais.
................................................................................................
Artigo 7º - É dever fundamental da União a promoção da justiça
e da paz social e a garantia dos direitos individuais dos cidadãos.

47
ANEXO D – ESTADOS UNIDOS DO SUL

SITUAÇÃO

Os Estados Unidos do Sul (EUS), país que passou por um


processo de democratização no final dos anos 90, é administrado por
uma coligação composta pelos três maiores partidos nacionais: Partido
Republicano (PR), Partido Nacional Democrata (PND) e União
Trabalhista Estadunidense (UTE) que governa o país desde a metade
da década passada, com amplo apoio popular. O Presidente João
Menezes, prosseguindo com a política de seus antecessores, vem
cumprindo as metas proposta no V Plano Nacional de Desenvolvimento
(V PND) com relativo sucesso.
O V PND tem contemplado, com maciços investimentos, as áreas
de educação, saúde, transportes e de ciência e tecnologia. Um
ambicioso projeto de industrialização vem sendo executado de forma
a diminuir a dependência do mercado externo.
Com crescimento médio anual de 5,6% do PIB, o país conseguiu
um acordo muito vantajoso com o FMI, referente ao parcelamento de
sua dívida externa. Entretanto, os objetivos propostos pelo Governo
Menezes vêm sendo ameaçados pela variação nos preços do petróleo
no mercado mundial, sendo total a dependência dos EUS dessa fonte
de energia e, mais recentemente, pelos efeitos da crise econômica
mundial. Tal situação tem levado setores da oposição, com forte apoio
das elites, a cobrar atitude mais dura do presidente Menezes com
referência às questões fronteiriças com a República Federativa de
ZENDA, de maneira que o país possa ter acesso às reservas petrolíferas
existentes ao sul da foz do Rio Estige.
No campo militar, a criação do Ministério da Defesa, no final da
década passada, contribuiu substancialmente para a integração das
Forças Armadas dos EUS, que vêm passando por processo de
reaparelhamento. A realização anual, desde 2005, de operações
combinadas na Região de Dunas, Granadina e Fez tem demonstrado o
alto grau de aprestamento de suas Forças Armadas, que vêm
substituindo parte de seu contingente de conscritos por militares
profissionais de modo a atingir, até A+2, um índice de
profissionalização de cinquenta por cento no Exército. Entretanto, as
Forças Armadas dos EUS ainda continuam muito dependentes de
importações, particularmente quanto a itens como munição, peças de
reposição para aeronaves e equipamentos para guerra eletrônica.
Dentro do projeto de modernização das Forças Armadas, os EUS
procuram parceiros para o desenvolvimento de um veículo blindado
leve de reconhecimento e um veículo blindado para o transporte de
pessoal, ambos sobre rodas.
No âmbito internacional, os EUS mantêm boas relações com a
República Central tendo acenado recentemente com a possibilidade de
48
investimento na melhoria da rodovia que liga TURIS ao porto de
HAZUZ, a fim de diminuir os custos de transporte da REPÚBLICA
CENTRAL, além de conceder empréstimos para serem aplicados no
Plano de Irrigação Nacional do país vizinho. Suas ligações com a
NORTLÂNDIA são cordiais, havendo o interesse de maior participação
comercial com aquele país, através do aumento da exportação de seus
grãos, cuja safra vem batendo recordes de produção a cada ano.
Os EUS receberam no início do ano uma missão diplomática do
país AZUL, potência mundial, com o objetivo de iniciar conversações
para o ingresso daquele país em uma área de livre comércio.
Recentemente os EUS ofereceram ajuda militar à REPÚBLICA
CENTRAL, a ser concretizada com a participação de assessores
militares dos EUS nas Forças Armadas da RC.
Em seu último pronunciamento a Nação, quando fez um balanço
de seu governo, o presidente Menezes, ressaltou seu desejo de manter
boas relações com ZENDA e integrar a Zona de Livre Comércio (ZLC),
idealizada por ZENDA, a ser formada pelos países da região.

49
INDICADORES - EUS
(A-1)

 PIB CRESCIMENTO (VARIAÇÃO %) 5,6%


 PIB (US$ bilhões - preços correntes) 87,4
 POPULAÇÃO (milhões/habitantes) 27,9
 RENDA "PER CAPITA" (US$ ) 3.132,61
 SETOR INDUSTRIAL (Variação). 8,0%
 Participação no PIB 26,0%
 SETOR AGROPECUÁRIO (Variação) 4,6%
 Participação no PIB 46,0%
 SETOR DE SERVIÇOS (Variação) 7,8%
 Participação no PIB 28,0%
 INFLAÇÃO 3,4%

FORÇAS ARMADAS

FORÇA NAVAL

Efetivo global de 18.500 homens


Corpo de Fuzileiros Navais com o efetivo de 3.500 homens
- Base Naval de ALMOVAR
 04 Fragatas classe Lupo, mísseis SS, canhão 127 mm, ASTT, 01
helicóptero);
 03 Destroyers classe Gearing, canhões 127 mm, 01 helicóptero;
 03 Corvetas HDP 1000, 06 (seis) torpedos, canhão 76 mm;
 03 Corvetas classe Thetis, tipo 420;
 04 Navios Varredores Costeiros classe Adjutant;
 01 Navio Transporte de Tropas (1.500 homens);
 01 Navio Tanque 3.000 Ton;
 04 Embarcações de Desembarque;
 02 Navios Hidrográficos/Balizadores;
 01 Navio Escola;
- Base Naval de HAZUZ
 01 Navio Oceanográfico;
 03 Submarinos classe Oberon;
 02 Navios Patrulha (1.200 ton);
 01 Rebocador de porto;
 01 Rebocador de alto mar.

50
FORÇA TERRESTRE

Efetivo: 48.000 homens

- 1ª Divisão de Exército (UMBROSA)


 16ª Brigada de Infantaria Motorizada (PERUZ)
 17ª Brigada de Infantaria de Montanha (UMBROSA)

- 2ª Divisão de Exército (MERCATO)


 11ª Brigada de Cavalaria Motorizada (MERCATO)
 19ª Brigada de Infantaria Motorizada (HAZUZ)

- 3ª Divisão de Exército (ALMOVAR)


 32ª Brigada Mecanizada (ALMOVAR)
 35ª Brigada Blindada (CERES)

51
FORÇA AÉREA

Efetivo: 8.500 homens

Aeronaves:

 49 F5E;
 18 Lockeed T-33;
 23 C 130 – H;
 02 Cesna 550 Citation II;
 03 Beechcraft Baron;
 10 Jet Ranger III.

52
Distribuídas conforme quadro a seguir:

Base Aérea Base Aérea Base Aérea Base Aérea de Base Aérea
de HAZUZ de MERCATO de CERES UMBROSA de TUPIM
14 F5-E 18 Locked T 33 15 F5-E 03 C 130-H 20 F5-E
05 Jet Ranger
10 C 130-H 10 C 130-H
III
02 Cesna 550
Citation II
03 Beechcraft
Baron
05 Jet Ranger
III

53
ANEXO E – REPÚBLICA CENTRAL

SITUAÇÃO

A República Central (RC) vive num processo de instabilidade


política com sucessivas alternâncias no poder. O presidente Brece
Arcondes vem governando o país com algumas restrições individuais.
O Partido Democrático Central (PDC), no poder desde o início da
década de oitenta, apesar de possuir maioria na Câmara e no Senado,
não goza de amplo apoio popular, servindo mais aos anseios das
camadas mais privilegiadas da população, em detrimento das causas
sociais.
Os grandes produtores rurais da RC, diante da elevação dos custos
no transporte de grãos, escoados pelo Porto de Hazuz, que tem
provocado reflexos na competitividade de seus produtos no mercado
mundial, vem pressionando o presidente Brece a negociar condições
mais vantajosas para o escoamento da safra agrícola com os EUS ou
em um futuro próximo, com a República de Zenda.
A situação interna da RC também é preocupante em face da
queda, por dois anos seguidos, do PIB, cuja tendência se acentua, face
à crise econômica na região.
A população anseia por reformas sociais e econômicas que possam
trazer mais desenvolvimento ao país e que permitam a melhor
distribuição da terra, hoje nas mãos de grandes proprietários rurais.
O Movimento Revolucionário pela Terra (MRT), atuante na Região
Noroeste do país, há cerca de três décadas, tenta a implantação de um
novo regime político. Mais recentemente a união do MRT com o
narcotráfico tem sido motivo de preocupação, não só para o governo
da RC, como também, dos países vizinhos. No momento, a situação
permanece indefinida, sofrendo o MRT fortes revezes diante das Forças
Legais.
As Forças Armadas da RC possuem equipamentos obsoletos e
desgastados, entretanto as Unidades que atuam contra o MRT,

54
principalmente, as da Brigada de Infantaria Leve, estão bem equipadas
e receberam, recentemente, meios modernos de combate e de apoio
ao combate. Porém, de uma maneira geral, as Forças Armadas da RC
são bem treinadas e conscientes de sua missão. A RC é totalmente
dependente do mercado externo para aquisição de material de
emprego militar.
O Plano de Irrigação Nacional (PIN), lançado pelo governo, com a
utilização das águas do Rio Estige, foi a forma encontrada pelo
presidente Brece para acalmar os ânimos dos produtores rurais, porém
este ainda carece de aporte financeiro para a sua plena execução.
INDICADORES – RC (A-1)

 PIB CRESCIMENTO (VARIAÇÃO %) 2,8%


 PIB (US$ bilhões) - preços correntes 37,4
 POPULAÇÃO (milhões/habitantes) 10,4
 RENDA "PER CAPITA" - US$ - 3.596,15
 SETOR INDUSTRIAL (Variação). 1,0%
 Participação no PIB 15,0%
 SETOR AGROPECUÁRIO (Variação) 3,8%
 Participação no PIB 61,0%
 SETOR DE SERVIÇOS (Variação) 3,6%
 Participação no PIB 24,0%
 INFLAÇÃO 6,1%

55
56
ANEXO F – REPÚBLICA PARLAMENTARISTA DA NORTLÂNDIA

SITUAÇÃO
A Nortlândia é um país de regime parlamentar cuja estabilidade
política vem desde o tempo de sua independência. Os dois maiores
partidos do país, o Partido Democrático (PD) e o Partido Conservador
(PC), alternam-se no poder de maneira equilibrada e democrática.
Atualmente no poder, o PD mantém relações fraternas com todos
os países da região; ZENDA, REPÚBLICA CENTRAL e ESTADOS UNIDOS
DO SUL, apesar de suas fortes ligações com os antigos colonizadores
e sua política reconhecidamente isolacionista.
Seus sistemas de educação e de saúde atendem favoravelmente
a população, cuja renda per capita é a maior da região.
País altamente industrializado, sem grandes espaços
agricultáveis, tem em ZENDA seu grande parceiro comercial no
fornecimento de produtos agropecuários.
Recentemente, alguns setores de sua economia estabeleceram,
também, laços comerciais com os EUS, na busca de novos mercados.
Os fundamentos econômicos apresentam já alguns anos os melhores
índices alcançados da região. O IDH já aproxima o país dos vinte mais
elevados no mundo.
Suas Forças de Auto Defesa são totalmente profissionais e de
excelente nível de aprestamento. A grande parte dos materiais e
equipamentos de sua dotação é produzida no próprio país.
INDICADORES – NORTLÂNDIA em A-1
 PIB CRESCIMENTO (Variação) 4,3%
 PIB (US$ bilhões - preços correntes) 76,4
 POPULAÇÃO (milhões/habitantes) 4,3
 RENDA "PER CAPITA" (US$) 17.813,95
 SETOR INDUSTRIAL ‘(Variação). 3,9%
 Participação no PIB 4,1%
 SETOR AGROPECUÁRIO (Variação) 3,0%
 Participação no PIB 13,0%

57
 SETOR DE SERVIÇOS (Variação) 35,0%
 Participação no PIB 52,0%
 INFLAÇÃO 0,3%

FORÇAS ARMADAS

FORÇA NAVAL

Efetivo global de 18.000 homens


Corpo de Fuzileiros Navais com efetivo de 5.000 homens

- Base Naval de DAZEN


 07 Fragatas classe Lupo, mísseis SS, canhão 127mm, ASTT, 01
helicóptero;
 03 Destroyers classe Gearing, canhão 127 mm, 01 helicóptero;
 03 Corvetas classe HDP-1000, 06 torpedos, canhão 76 mm;
 01 Navio Transporte (1.200 homens);
 01 Navio Tanque 4.000 Ton;

58
 08 Embarcações de Desembarque;
 05 Submarinos classe IKL 209 (1400 Ton).

- Base Naval de GERBER


 03 Corvetas classe Thetis - 420
 04 Navios Varredores Costeiros classe Adjutant;
 01 Navio Escola e;
 04 Rebocadores;
 02 Navios Patrulha de 1.500 Ton.

- Base Naval de STAVAGI


 02 Navios Oceanográfico;
 03 Navios Hidrográficos/Balizadores;
 02 Navios Patrulha de 500 Ton

FORÇA TERRESTRE

Efetivo: 28.000 homens

- Comando da Montanha (SHARGER)


21ª Brigada de Infantaria de Montanha (KIEN)
22ª Brigada de Infantaria de Montanha (SUNDY)

- Comando do Altiplano (KSTAO)


Brigada de Infantaria Aeroterrestre (KSTAO)
Brigada de Forças Especiais (KSTAO)

- Comando do Litoral (DAZEN)


5ª Brigada Blindada (GERBER)
6ª Brigada Mecanizada (STAVAGI)
7ª Brigada Mecanizada (DAZEN)

FORÇA AÉREA

- Efetivo: 14.000 (quatorze mil) homens


Aeronaves:
- 35 A4
- 21 F16-A
- 17 Antonov Na-32B
- 22 Boeing 757-225
- 09 Lockeed 1.188 Electra
- 01 Boeing 737-58N
- 03 Beechcraft Baron
- 12 BA Hawk 570 A
Distribuídas conforme quadro a seguir:

59
Base Aérea de Base Aérea de Base Aérea de
DAZEN KSTAO SARGER

35 A4 10 Antonov Na-32B 21 F16-A


03 Antonov Na-32B 12 Boeing 757-225 04 Antonov NA-32 B
22 Boeing 757-225 09 Lockeed 1-188 Electra 05 Boeing 757-225
09 Lockeed 1.188 Electra 12 BA Hawk 570 A 03 Beechcraft Baron
01 Boeing 737-58N
03 Beechcraft Baron
12 BA Hawk 570 A

60
ANEXO G – MODELO DE RELATÓRIO

MINISTÉRIO DA DEFESA
ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS Ano

ESTUDO DE CASO

ZENDA

RELATÓRIO DO GRUPO ________

Ano

Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia


(DFPG)

61
TÍTULO: Planejamento Estratégico da República de Zenda para o ano A+10

GRUPO:

RELAÇÃO DOS COMPONENTES:

1 OBJETIVO DO TRABALHO

2 INTRODUÇÃO

3 OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

4 FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.1 FASE DO DIAGNÓSTICO

4.1.1 Análise do Ambiente

4.1.1.1 Antecedentes

4.1.1.2 Tendências de Peso

4.1.1.3 Megatendências

4.1.1.4 Principais Atores Sociais

4.1.1.2 Ambiente Externo – Oportunidades e Ameaças

4.1.1.3 Ambiente Interno – Pontos Fortes e Pontos Fracos

4.1.1.4 Matriz SWOT entrecruzada

4.1.1.5 Análise de Riscos das Ameaças

4.1.2 Análise do Poder

4.1.2.1 Planos Nacionais em Vigor

4.1.2.2 Necessidades

4.1.2.3 Meios Disponíveis e Potenciais

4.2 FASE POLÍTICA

4.2.1 Elaboração de Cenários

4.2.1.1 Fatos Portadores de Futuro

62
4.2.1.2 Eventos Futuros Preliminares

4.2.1.3 Análise Estrutural

4.2.1.3.1 Reavaliação das Tendências

4.2.1.3.2 Impactos Cruzados

4.2.1.3.3 Estratégia dos Atores

4.2.1.3.4 Interesse dos Atores

4.2.1.4 Cenários Extremos (Cenários Mais Favorável, Mais Desfavorável e Mais


Provável)

4.2.1.5 Descrição do Cenário Mais Provável

4.2.2 Concepção Política

4.2.2.1 Objetivos de Estado por Expressão do Poder Nacional

4.2.2.2 Objetivos de Governo por Expressão do Poder Nacional

4.2.2.3 Fatores Críticos de Sucesso

4.3 FASE ESTRATÉGICA

4.3.1 Concepção Estratégica

4.3.1.1 Objetivo de Governo a ser estudado

4.3.1.2 Óbices

4.3.1.3 Definir 03 (três) Linhas de Ações Estratégicas

4.3.1.4 Teste AEA

4.3.1.5 Opção Estratégica

4.3.1.6 Diretriz Estratégica

5 CONCLUSÃO

63

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