POLÍGRAFO DE AULA
INTRODUÇÃO À ATUÁRIA
ECO 03020
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALBA, Ubaldo Nieto; ASENSIO, Jesús Vegas. Matemática actuarial. Madrid: Editorial
Mapfre, 1993.
FERREIRA, Weber José. Coleção introdução à ciência atuarial. Rio de Janeiro: IRB,
4v., 1985.
HUEBNER, S.S.; BLACK, Kenneth Jr. El seguro de vida. Madrid: Editorial MAPFRE,
1976.
LÓPEZ, M.; LÓPEZ, J. Estatística para actuarios. Madrid: Editorial Mapfre, 1996.
MENDES, João José de Souza. Bases técnicas do seguro. São Paulo: Editora
Manuais Técnicos de Seguros Ltda, 1977.
7.6 Relações......................................................................................................... 78
1.1 O Risco
Como dominar o risco? Conforme Bernstein (1997), a idéia revolucionária que define a
fronteira entre os tempos modernos e o passado se baseia no domínio do risco, na noção de
que o futuro é mais do que um capricho dos deuses e de que os homens não são passivos
perante a natureza. “Até os seres humanos descobrirem como transpor essa fronteira, o
futuro era um espelho do passado ou o domínio obscuro de oráculos e adivinhos que
detinham o monopólio sobre os eventos previstos”.
A gestão do risco tornou-se uma importante ferramenta para a ampla gama de tomada de
decisões: da alocação de riquezas à salvaguarda dos regimes previdenciários, do
planejamento familiar ao cultivo de uma determinada cultura, do lançamento de um satélite à
contratação de um seguro vida. “O risco acompanha o homem e é inerente à sua natureza”
(LARRAMENDI, 1982, p.9).
Mendes (1977) considera evento aleatório todo evento capaz de, em determinada
experiência ou observação, ocorrer ou não ocorrer. Um evento aleatório cuja ocorrência
implica prejuízos econômicos é denominado risco. Já Simonsen (1994) identifica o risco
como sendo uma variável aleatória cuja distribuição de probabilidade é conhecida. Incerteza
seria lidar com outra variável cuja distribuição de probabilidade é desconhecida.
Também coube aos romanos, no tempo de Júlio César, congregarem-se para formar
sociedades, com intuito de protegerem-se mutuamente contra prejuízos monetários
advindos de dias chuvosos, pragas e casos de morte. O imperador Cláudio (10 a.C. - 54
d.C.), interessado em estimular o plantio e comércio de grãos, criou um seguro gratuito para
todos os agricultores e mercadores romanos ao tomar para si a responsabilidade sobre
qualquer perda do cereal decorrente do mau tempo.
Em 1310 surgiu em Bruges, na Bélgica, uma Câmara de Seguros que efetuava o registro de
todos os contratos de seguro negociados e arbitrava entre as partes em caso de litígio. A
maior parte dos contratos era de seguros mútuos realizados por corporações e sindicatos de
navegação em benefício dos seus associados, cobrindo não só os riscos materiais, mas
também prevendo auxílio em caso de doença ou morte.
No século XVII surgiram algumas instituições conhecidas como “Tontinas”, nome originado
do seu idealizador, o banqueiro de nacionalidade italiana Lourenço Tonti. As Tontinas
tinham por objetivo inicial facilitar ao Estado o levantamento de empréstimos públicos. Na
sua concepção, a operacionalidade de tais instituições baseava-se no princípio da reunião
de pessoas que colocavam em comum certa quantia em dinheiro para constituir um fundo
destinado a ser repartido em determinada época entre os sobreviventes do grupo
(FERREIRA, 1985). As Tontinas tornaram-se a antítese do seguro de vida e, como
conseqüência, trouxeram muitas práticas amorais e anti-sociais, como fraudes, seqüestros e
assassinatos. Entretanto, no estudo do desenvolvimento científico e prático do seguro de
vida, as Tontinas não deixaram de ser uma semente lançada, embora mal concebida e com
finalidade nebulosa. Como era de se esperar, o desaparecimento de tais instituições veio a
ocorrer no século seguinte.
Bernstein (1997) relata que, com o aparecimento de John Graunt (1620-1674), o seguro
começou a tomar um maior impulso como instituição calcada em bases científicas. Graunt
realizou seu trabalho em uma época em que a sociedade, essencialmente agrícola da
Inglaterra, estava se tornando cada vez mais sofisticada, com possessões e
empreendimentos comerciais ultramarinos. Foi Graunt quem projetou os primeiros raios de
luz sobre o obscuro ramo e fez despertar o mundo científico com as suas especulações
sobre as vicissitudes da vida, iniciando assim a era do moderno seguro de vida.
As observações de John Graunt, publicadas em 1662 no seu livro Natural and Political
Observations made upon the Bills of Mortality (ORTEGA, 1987), constituíram o primeiro
exemplo de método estatístico aplicado. Foi ao longo deste período que se observou um
grande esforço para a obtenção de dados referentes à mortalidade de pessoas. Mesmo
percebendo que as estatísticas disponíveis representavam uma mera fração de todos os
nascimentos e mortes já ocorridos em Londres, Graunt não se absteve de elaborar amplas
conclusões sobre os dados disponíveis. Sua linha de análise é conhecida atualmente como
9
No século XVII, surgiram novos tipos de seguro por influência do grande incêndio de
Londres de 1666, que destruiu 25% da cidade e obrigou a reforma dos sistemas de seguro
de incêndio (LARRAMENDI, 1982). Foram destruídas 13.200 casas e 89 igrejas, deixando
20 mil pessoas desabrigadas. Essa tragédia despertou a atenção das pessoas para os
riscos de incêndio e estimulou a criação das primeiras Companhias de Seguros destinadas
à sua cobertura: a Fire Office, em 1680; a Friendly Society, em 1684; e a Hand in Hand, em
1696. O advento dessas empresas marcou o início de uma nova etapa na evolução dos
seguros, que passaram a interessar-se, também, pelos riscos terrestres.
de Seguros de Vida, que viria a garantir a sua existência e estabilidade num futuro próximo.
Wolthuis (2002) enaltece os trabalhos de Zillmer, Meikle, Woolhouse e Lexis pelo
desenvolvimento das questões técnicas, mais precisamente na área probabilística e
demográfica, importantes à fundamentação da ciência atuarial. No século XIX, os estudos
sobre a mortalidade efetuados pelos eminentes atuários Benjamin Gompertz e William
Makeham foram de vital importância para a estruturação do seguro moderno.
Ferreira (1985) relata que o seguro de vida teve a sua prática protelada no Brasil por ter sido
considerado, durante longo tempo, como uma especulação imoral. O Código Comercial
brasileiro de 1850, tratando das coisas que podem ser objeto de seguro marítimo, assim
determinava: “Art. 686 - É proibido o seguro (...) 2) - Sobre a vida de alguma pessoa livre".
Proibindo-o, a referida lei fulminava de nulidade absoluta qualquer contrato de tal espécie.
Porém, permitia a realização de seguros sobre a vida de escravos por considerá-los como
"coisas" e não "pessoas". Somente após alguns anos, este ramo começou a se desenvolver,
quando em 1855 surgiu a Companhia de Seguros Tranqüilidade, primeira sociedade
fundada no Brasil para operar em seguros sobre a vida de pessoas livres.
Segundo Ferreira (1985), a primeira Companhia de Seguros no Brasil a emitir uma apólice
de Seguro de Vida em Grupo foi a Sul América - Companhia Nacional de Seguros de Vida,
no ano de 1929. Tratava-se de uma nova modalidade de seguro que se instalava no país,
diferente, em vários aspectos, do Seguro de Vida Individual clássico.
Em 1939, o presidente Getúlio Vargas deu o maior passo para o progresso do seguro no
país, criando o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Esta instituição foi fundada com o
objetivo de regular o resseguro no país e desenvolver as operações de seguros em geral.
As Companhias de Seguros ficaram obrigadas, desde então, a ressegurar no IRB as
responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção. Com esta medida, o
12
Governo Federal procurou evitar que grande parte das divisas nacionais fosse consumida
com a remessa de prêmios ao exterior.
Em 1966, através do Decreto-lei n.° 73/66, foram re guladas todas as operações de seguros
e resseguros. Além disso, também foi instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados,
assim constituído:
Corretores habilitados.
O Brasil tem uma longa história previdenciária que começa ainda nos tempos coloniais, com
a concessão de auxílio às viúvas e aos órfãos dos oficiais da Marinha. Essa tênue medida
começa a ser enriquecida no Império: de um lado, por iniciativa do governo, protegendo
13
algumas classes mais sujeitas a riscos, como a dos ferroviários e marítimos, ou as elites do
funcionalismo público, os artífices provenientes da antiga metrópole; de outro, por iniciativa
particular, no seio das forças armadas e mesmo do funcionalismo civil ainda não
contemplado. O exemplo é seguido por outras classes. No final do século passado e no
início do presente, surgem várias instituições previdenciárias entre comerciantes e viajantes
autônomos.
ii) a seguridade supletiva, facultativa, desenvolvida pela iniciativa privada para atender
aos anseios individuais de preservação do modo de vida. Através dela é possível ao
trabalhador, seja assalariado ou autônomo, integralizar a renda familiar na inatividade
quando, por doença, idade ou morte, a família não disporia mais do que os proventos
da Previdência Social, insuficientes para a manutenção dos mesmos padrões.
Os ativos das Entidades Abertas de Previdência Privada constituem-se num dos mais
expressivos mecanismos de formação de poupança interna, assim como o segmento das
Entidades Fechadas que acumulam patrimônios significativos. A Previdência Privada é hoje
o maior investidor institucional no Brasil. Seus ativos financeiros estão a serviço da
economia nacional, fortalecendo as atividades produtivas e servindo à política econômica,
direcionadas que são suas aplicações pelos órgãos governamentais.
15
1.3.3 Capitalização
Objetivando proporcionar auxílio financeiro aos sócios através de suas próprias poupanças,
Paul Viget, diretor de uma cooperativa de minérios da França, idealizou, em 1850, a
Capitalização. O sistema era baseado em contribuições mensais, visando à constituição de
um capital garantido, pago no final de prazo previamente estipulado ou, antecipadamente,
através de sorteio. No início do século XX, a Capitalização tomou um grande impulso na
França e de lá se difundiu através dos países de origem latina.
Sob o aspecto jurídico, segundo o art. 757 do Código Civil Brasileiro, “pelo contrato de
seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse
legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados”. Assim, o
contrato de seguro é um acordo pelo qual o segurado, mediante pagamento de um prêmio
ao segurador, garante para si ou para seus beneficiários, indenizações de prejuízos que
venha a sofrer em conseqüência da realização de um dos eventos previstos no contrato.
São dois os principais elementos do contrato de seguro – proposta e apólice –
indispensáveis ao estabelecimento do compromisso entre as partes.
Assim, uma vez que esta oferta seja definitivamente aceita, é emitida a apólice de seguro,
documento que determina e regula as relações entre o segurado e o segurador. Segundo o
art. 758 do Código Civil Brasileiro, “o contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice
ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do
respectivo prêmio.”
De forma geral, em todo contrato de seguro existe uma prestação e uma contraprestação
em que está, de um lado, o segurado que paga o prêmio pela cobertura do risco e, de outro,
a Companhia de Seguros que toma o encargo das perdas que este risco ocasione.
O Decreto Lei 73/66 regulamentou no Brasil a toda a atividade econômica relacionada com
o Seguro Privado. Conforme a referida norma o Seguro é um contrato bilateral e oneroso,
através do qual uma das partes (segurador), recebendo uma remuneração (prêmio), obriga-
17
Dentro deste contexto, ao Banco Central do Brasil (B.C) delegou-se a responsabilidade pela
normatização e fiscalização das aplicações dos recursos oriundos dos planos de seguros e
títulos de capitalização operados pelas Sociedades, segundo as diretrizes estabelecidas
pelo Conselho Monetário Nacional (C.M.N.).
Prêmio: é o valor devido pelo Segurado ao Segurador, para que este assuma os
riscos previstos no contrato de seguro; a cobrança do Prêmio deverá ser feita,
obrigatoriamente, pela rede bancária.
Acidentes Pessoais - tem por objetivo garantir uma indenização ao próprio segurado ou a
seus beneficiários, em caso de acidente pessoal ocorrido com o mesmo; as cláusulas
acessórias são as seguintes: Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA),
Diárias de Incapacidade Temporária (DIT) e Despesas Médicas Hospitalares (DMH).
Vida em Grupo - tem por objetivo garantir uma indenização aos beneficiários do segurado,
em caso de sua morte, qualquer que for a causa. O Seguro de Vida em Grupo é um contrato
temporário, com prazo de um ano, renovável a critério do estipulante ou da seguradora,
através do qual são garantidas várias pessoas unidas entre si por interesses comuns. A
figura do estipulante é obrigatória na contratação deste seguro. Existem ainda as cobertura
19
adicionais de invalidez permanente total por doença (IPD) e parcial ou total por acidente
(IPA), bem como a indenização especial para casos de morte acidental.
Vidros - cobre prejuízos causados por quebra de vidros, causados por imprudência ou culpa
de terceiros, ou por ato involuntário do segurado, familiares, empregados e prepostos;
resultantes de calor artificial ou chuva de granizo.
Habitacional - cobre os danos físicos causados aos imóveis vinculados ou não aos planos
habitacionais do estipulante; Morte e Invalidez Permanente das pessoas definidas nas
Condições Especiais e Particulares; Responsabilidade Civil do Construtor.
Roubo - cobre os prejuízos materiais que o segurado venha a sofrer em seu patrimônio,
resultantes dos riscos cobertos, tais como: Roubo - cometido mediante uso ou ameaça de
uso de violência; Furto Qualificado - quando praticado mediante destruição ou rompimento
de obstáculos, chave falsa ou utilização de meios que deixem vestígios materiais
inequívocos.
Fidelidade - tem por objetivo reembolsar o segurado de prejuízos que venha a sofrer em
conseqüência de roubo, furto, apropriação indébita ou qualquer outros delitos cometidos
contra seu patrimônio, por seus empregados.
Riscos Diversos (RD) - este ramo contempla todas as modalidades de seguros que ainda,
em virtude do baixo volume de prêmios, não foram desdobrados para um ramo isolado de
seguro; os principais tipos de seguros são os seguintes: anúncios luminosos,
desmoronamento, deterioração de mercadorias em ambientes frigoríficos, equipamentos
estacionários, equipamentos de operações sobre água, instrumentos musicais, valores,
inundações, terremotos e maremotos; existe também os planos conjugados, que
condensam as diversas coberturas em um só produto (Residencial).
21
4 Cascos 33 Marítimos
4 Cascos 35 Aeronáuticos
4 Cascos 37 Responsabilidade Civil Hangar
4 Cascos 57 DPEM
22
5 Automóvel 31 Automóvel
5 Automóvel 44 R.C.Transp.em Viag.Internacional-
Pessoas transportaveis ou não
5 Automóvel 53 Responsabilidade Civil Facultativa
5 Automóvel 88 DPVAT (Cat. 1, 2, 9 e 10)
5 Automóvel 89 DPVAT (Cat. 3 e 4)
5 Automóvel 20 Acidentes Pessoais de Passageiros
5 Automóvel 23 Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e
Internacional
5 Automóvel 24 Garantia Estendida / Garantia
Mecânica
5 Automóvel 25 Carta Verde
9 Pessoas 69 Turístico
9 Pessoas 90 Renda de Eventos Aleatórios
9 Pessoas 91 Vida Individual
9 Pessoas 93 Vida em Grupo
9 Pessoas 82 Acidentes Pessoais Coletivo
9 Pessoas 81 Acidentes Pessoais Individual
9 Pessoas 80 Seguro Educacional
9 Pessoas 92 VGBL/VAGP/VRGP individual
9 Pessoas 94 VGBL/VAGP/VRGP coletivo
9 Pessoas 77 Prestamista
No tocante à Seguridade Básica Social, compulsória e gerida pelo Estado, fica assegurado
aos segurados os benefícios mínimos destinados à garantia dos direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Essas atividades são, no Brasil, operadas pelo Estado:
Sistema Nacional de Previdência Social - SINPAS - e incluem assistência médica,
aposentadoria, pensão, acidentes do trabalho e outros benefícios.
CCap
apitalização
italização
DDec.
ec.LLeieinºnº 261/77
261/77 P revidência
Previdên cia
F enaseg C om plem en tar
w wFwenaseg
.fenaseg.org.br C om plem en tar
w w w .fenase g.org.br
OOperadoras
peradorasde de
Privad a F echad aa
Privad a F echad
Seguro
Segu roPPrivado
rivado P lan os de Saú de (EFFPPP)
P)
P lan os d e Saú de (E
Instituto de R esseguros do
DDec.
ec.LLeieinºnº73/66
73/66
LLeiein nº º9.656/98
9.656/98 LLeis
eisCCom
ompl.
pl.nºnº109
109
B rasil (IR B B rasil R E )
PPrevidên
revidência
ciaCCom
omplem
plemenentar
tar C om F ins L ucrativos (S.A .)
Sem F ins L ucrativos
PPrivada
rivad aAAberta
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(EAAPPP
P) )
L ei C om pl. nº 109/01
L ei C om pl. n º 109/01
A bram ge
Sem F ins L ucrativos
w wA bram
w .abra ge om .br
m ge.c AAbrapp
brapp
w w w .abrapp.org.br
(só as existentes ) w w w .abra m ge.c om .br w w w .abrapp.org.br
AAnapp
napp
w w w .anapp.com .br
w w w .anapp.com .br
26
1.5 O Atuário
A palavra atuário, ao longo do tempo, adquiriu significados diversos até chegar no atual
estágio. O termo é bastante antigo; vem da grafia "Actuarius" na língua Latina, assim temos:
Não obstante a conceituação oficial descrita no próprio Decreto Lei 806, atualmente, o
Atuário é o profissional que se ocupa da aplicação do instrumental matemático probabilístico
para a análise dos fenômenos financeiros aleatórios; muito ampla, a classe desses
fenômenos abrange a generalidade dos fatos econômicos, nos quais raramente deixam de
coexistir o dinheiro e o risco. A incerteza que caracteriza a vida humana em termos de
espaço e tempo, estabelece a razão de ser do Atuário e, em conseqüência, da matemática
atuarial, que se iniciou, conforme vimos, com o estudo dos fenômenos da mortalidade.
Dentro deste contexto histórico, a "Ciência Atuarial" visa, por intermédio de fatias diversas
de conhecimento humano, estabelecer em bases técnicas sólidas e solventes, as atividades
de Seguros Privados em geral, dos Seguros Sociais, da Previdência Privada e
Capitalização.
27
a) a elaboração dos planos técnicos e a avaliação das reservas matemáticas das empresas
privadas de seguros e de capitalização, das instituições de Previdência Social, das
Associações ou Caixas Mutuárias de pecúlios ou sorteios e dos órgãos oficiais de seguros e
resseguros;
c) a análise atuarial dos lucros dos seguros e das formas de sua distribuição entre os
segurados e entre portadores dos títulos de capitalização;
g) na elaboração das cláusulas e condições gerais das apólices de todos os ramos, seus
aditivos e anexos, dos títulos de capitalização; dos planos técnicos de seguros e resseguros;
das formas de participação dos segurados nos lucros; da cobertura ou exclusão de riscos
especiais;
O menor valor que um enunciado de probabilidade pode ter é Zero (indicando que o evento
é impossível). E o maior valor é 1 (indicando que o evento é certo, ou seja, certamente irá
ocorrer).
0 ≤ P(A) ≤ 1
Assim temos:
P(A) + P( A ) = 1
30
De uma forma geral, a Teoria das Probabilidades busca definir um modelo matemático
estocástico que seja conveniente à descrição e a interpretação de fenômenos aleatórios. Os
fenômenos aleatórios ou experimentos aleatórios são aqueles onde os processos de
experimentação estão sujeitos a influências de fatores e conduzem a resultados incertos.
ε = experimento aleatório
2.1.2 Espaço-Amostra
S = espaço-amostra
Exemplos:
ε = Lançamento de uma moeda e observar a face voltada para cima ⇒ S = {Cara, Coroa} ;
1
2.1.3 Eventos
Como exemplos de eventos mutuamente excludentes, temos: o evento “ás” e “rei” com
relação a uma carta retirada de um baralho (estes dois eventos são mutuamente exclusivos
porque qualquer carta não pode ser ao mesmo tempo um “ás” e um “rei”); os eventos
masculino ou feminino; os eventos vivo ou morto ao final de um ano são mutuamente
exclusivos, pois uma pessoa chega com vida ao final do ano ou morre ao longo do referido
ano.
Existem, em linhas gerais, três diferentes abordagens para definir probabilidade: o enfoque
clássico (ou a priori), o da freqüência (ou a posteriori) e o subjetivo (baseado no grau de
crença do indivíduo).
EXEMPLO
i) Sair o número 3;
P(S) = 1
P(φ) = Zero
A B
A B A
P( A ∩ B)
P(B / A ) =
P( A )
P(B-A)= P(B)-P(A ∩ B)
Existe alguma confusão com respeito à distinção entre eventos mutuamente exclusivos e
eventos independentes. A exclusão mútua indica que dois eventos não podem ocorrem
conjuntamente, enquanto independência indica que a probabilidade de ocorrência de um
evento não é afetada.
P( A ∪ B) = P( A ) + P(B)
ii) Se Se A e B não são dois eventos mutuamente exclusivos, então devemos subtrair da
soma a probabilidade de ocorrência conjunta dos dois eventos [ P(A ∩ B) ]. Então temos:
P( A ∪ B) = P( A ) + P(B ) − P( A ∩ B)
EXEMPLO
Uma urna contém quatro bolas azuis, três vermelhas e duas brancas. Se retirarmos uma
bola ao acaso, calcule a probabilidade de:
Sabendo que:
Respostas:
3 6
P( V ) = 1 – P(V) = 1 − =
9 9
c) ser uma bola vermelha ou branca
3 2 5
P(V ∪ B) = P(V) + P(B) = + =
9 9 9
d) ser uma bola azul
4
P(A) =
9
35
Por este enfoque a probabilidade é determinada com base na proporção de vezes que
ocorre um resultado favorável em certo número de observações ou experimentos. Uma vez
que a determinação dos valores da probabilidade está baseada na observação e na coleta
de dados, este enforque é também chamando de enfoque a posteriori.
EXEMPLO
Em uma certa carteira segurada de veículos observou-se que, durante um ano, o número de
veículos roubados foi de 200. A carteira de seguros era composta de 10.000 veículos
segurados. A probabilidade anual de roubo é, portanto:
200
P( A ) = = 0,02 ou 2%
10.000
n na fa
1 1 1/01
2 1 1/02
3 2 2/03
4 3 3/04
5 3 3/05
6 3 3/06
7 3 3/07
8 4 4/08
9 5 5/09
10 5 5/10
11 6 6/11
12 7 7/12
13 7 7/13
14 8 8/14
15 8 8/15
16 8 8/16
17 8 8/17
18 8 8/18
19 9 9/19
20 9 9/20
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
n (n°de experim entos / tentativas)
Pode-se observar que a medida que aumenta o número de lances da moeda a freqüência
relativa de caras se aproxima de 0,5.
3 ESPERANÇA MATEMÁTICA
E = Q × p × vn
Onde,
Q = Ganho esperado;
n° de casos favoráveis
p = Probabilidade de ganho, ou seja: p =
n° de casos possíveis
v = Fator de desconto;
n = Prazo.
EXEMPLO
E = $ 2.000 x 0,20
Assim temos,
S = Montante
P = Principal
i = Taxa de juros
n = número de períodos
i = 6% ao mês
CAPITALIZAÇÃO ------------------------------------------------------------->
S = P (1 + i)n
S = 10 (1,06)4 = 12,625
Onde,
S = P (r)n
E, por consequência:
v=1/(1+i)
Ou,
v = ( 1 + i )-1
39
EXEMPLO
Resposta:
E=?
Q = $ 24.000,00
p = 1 / 10.000
E = $ 24.000,00 x 1 / 10.000
2. No caso anterior, calcular a esperança matemática sabendo que a venda das rifas será
feita hoje e o sorteio / entrega do veículo ocorrerá daqui há três meses (utilizar uma taxa
de juros de 3% a.m.).
Resposta:
Fluxo de Caixa:
Sabe-se que,
40
π = Preço Comercial
C = Carregamento, expresso em $
β = Carregamento, expresso em %
Assim temos
π= E + C
Onde,
Substituindo na equação,
π= E + (Ex β )
E finalmente,
π= E x (1+ β )
Sabe-se que,
π = E + C
Onde,
Substituindo na equação,
π = E + (π x β )
E =π - (π xβ )
E = π (1- β )
Assim temos,
π = E / (1- β )
41
EXEMPLO
π= E (1+ β )
onde,
π= ?
E = $ 100,00
β = 30%
Assim temos,
π = $ 100,00 x ( 1 + 0,30 )
π = E / (1- β )
onde,
π= ?
E = $ 100,00
β = 30%
Assim temos,
π = $ 100,00 / ( 1 - 0,30 )
3. Uma rifa que levará 4 meses para o seu sorteio apresenta como premiação um
caminhão valor de $ 29.000,00. O instituidor da rifa deseja obter um lucro de 10%.
Calcular o valor de venda de cada bilhete, utilizando os métodos de agregação do
carregamento. Utilize uma taxa mensal de juros equivalente a 8% a.a. para o cálculo do
valor do bilhete. Serão comercializados 7.000 bilhetes.
Resposta:
1 12
( 1 + ia ) = ( 1 + im )
onde,
assim,
1 12
( 1 + 0,08 ) = ( 1 + im )
im = ( 1,08 ) 1/12 - 1
im = 1,006434 - 1
E = $ 4,04
π = $ 4,04 x ( 1 + 0,10 )
π = $ 4,44
π = $ 4,04 / ( 1 - 0,10 )
π = $ 4,49
EXERCÍCIOS
a) Qual o preço a ser cobrado por bilhete? (aplicado o carregamento sobre o preço de
custo)
b) Qual o preço a ser cobrado por bilhete? (aplicado o carregamento sobre o preço de
venda)
Respostas:
E = $ 2,84
Respostas:
44
b) Percentuais de Carregamento
β = $ 1.050,00 / $ 10.500,00
β = 0,10 ou 10%
β = $ 1.050 / $ 11.550
β = 0,0909 ou 9,09%
4. Uma nova raspadinha será lançada. No total serão comercializados, na primeira série,
50.000 raspadinhas (bilhetes). A premiação prevista será a seguinte:
As premiações serão entregues daqui a três meses (utilizar uma taxa de juros mensal
equivalente a 12% a.a.). A Entidade instituidora adicionará uma margem de 30% sobre
o valor comercial de cada raspadinha para atender as despesas e o lucro. Calcule o
valor comercial de venda de uma raspadinha.
Pergunta-se:
7. Uma extração lotérica oferece como premiação o valor de $ 20.000,00. Serão colocados
à venda 1.000 bilhetes. Considere:
Resposta: $ 25,40
46
Ressalta-se que o cenário proposto por uma tábua é estacionário, ou seja, não se registram
nascimentos nem outras formas de entrada de novos indivíduos. Assim, são registrados
apenas os óbitos de indivíduos pertencentes ao grupo inicial (coorte). Este grupo inicial
reflete um contingente de indivíduos, todos nascidos vivos dentro de um mesmo espaço
geográfico, num mesmo intervalo de tempo, fechado a migrações, que tem a sua trajetória
de vida analisada por intermédio de indicadores demográficos, até que o mais longevo
venha a falecer (CAPELO, 1986).
somente no ano de 1815, Milne conseguiu elaborar uma tábua de mortalidade por meio de
técnicas estatísticas e demográficas muito similares às atuais, tomando-se em conta a
informação populacional de expostos ao risco de morte observados na cidade inglesa de
Carlisle (ORTEGA, 1987). A referida tábua registrou uma esperança de vida ao nascer de
38,7 anos para os sexos combinados. Desde então, um grande número de tábuas foi
publicado em todo o mundo.
4.1.1 Características
Uma tábua de mortalidade consiste em uma tabela contendo em sua estrutura seis colunas
e que, considerando o ambiente unidecremental (uma variável de eliminação, qual seja, a
morte), apresenta o seguinte formato:
x lx dx qx px ex0
0 10.000.000,00 40.400,00 0,004040 0,995960 73,18
1 9.959.600,00 15.736,17 0,001580 0,998420 72,47
2 9.943.863,83 8.820,21 0,000887 0,999113 71,59
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
55 8.921.444,67 94.255,06 0,010565 0,98944 22,20
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
109 3,93 3,93 1,000000 0,000000 0,50
Fonte: Superintendência de Seguros Privados – SUSEP/MF/BRASIL (Tábua AT49 Male).
A idade inicial da tábua é identificada tecnicamente como “raiz” da mesma e, por outro lado,
denomina-se ω (ômega) como sendo a idade extrema da tábua. Na tabela anterior, a “raiz”
da tábua é a idade zero (x=0) e a idade ômega é igual a 109 ( ω = 109 ). A primeira coluna
da tábua representa, portanto, as respectivas idades dos indivíduos em anos inteiros.
Gráfico lx.
lo ≥ l1 ≥ l 2 ≥ l 3 L ≥ l x ≥ l x +1 ≥ l x +2 L ≥ lω −1 ≥ lω > 0
Vale a relação
dx = l − l
x x +1
Se as mortes são calculadas para um intervalo de idade n anos, pode-se escrever uma
fórmula genérica:
n dx = lx − lx + n
l x = l x + 1 + dx
onde,
l 0 = d + d + d + .... d
0 1 2 ω
ou seja,
ω
l0 = ∑ d
x
x = 0
sendo,
lx = d + d + d x + 2 + .... dω
x x +1
E sabendo-se que
lω = d
ω
logo,
l x − l x +n = d + d +d + ... + d = d
x x +1 x+2 x + n -1 n x
Gráfico dx.
Representa a probabilidade que tem um indivíduo qualquer, de idade exata x, de vir a morrer
ao longo dessa mesma idade. Trata-se, neste caso, de uma probabilidade anual, que pode
ser calculada com base na relação entre os casos favoráveis e os casos possíveis, em que
os casos favoráveis são parte dos casos possíveis. Esta probabilidade pode ser expressa da
seguinte forma:
l x - l x +1 d x
qx = =
lx lx
l x +1
px =
lx
p x = 1− q x
De uma forma geral, dentro de um intervalo de n anos, a probabilidade acima pode ser
ampliada para:
l x +n
npx =
lx
Representa o número de anos que, em média, sobrevive um indivíduo de idade x, até o final
de sua vida. Esta função também é conhecida por “Vida Média”, sendo apurada por
intermédio da seguinte forma:
51
Tx
eox =
lx
Onde Tx significa a quantidade de existência, função que tem por objetivo apurar o tempo
vivido, em anos, pela coorte entre as idades x e ω. A função Tx pode ser apurada com base
na função Lx, considerando, para tanto, uma distribuição uniforme das mortes ao longo do
ano. A equação que segue reflete esta situação:
Tx = L x + L x +1 + L x +2 + L x + 3 + ... + L ω
Onde,
A função L x possui dois significados: o tempo vivido entre as idades x e x+1 e, também, a
quantidade de sobreviventes na metade da idade x, ou seja, na idade x+0,5.
Assim,
1 1
L x = l x − x dx ; L x = l x − x (l x − l x +1 )
2 2
Finalmente,
l x + l x +1
Lx =
2
Tx = L x + L x +1 + L x + 2 + L x + 3 + ... + L ω
1 1 1
Tx = x (lx + lx +1) + x (lx +1 + lx + 2 ) + x (lx + 2 + lx +3 ) + Kω
2 2 2
Chega-se, então, a formulação simplificada de Tx :
1
Tx = l x + l x +1 + l x + 2 + l x + 3 + ... + l ω
2
a) Probabilidade de um indivíduo qualquer com idade exata x, sobreviver até alcançar com
vida a idade x+n e, nessa mesma idade x+n, vir a morrer. A equação que segue reflete
esta situação:
dx + n
n /q x =
lx
l x − l x +n
/ Qx =
n lx
c) Probabilidade de um indivíduo qualquer com idade exata x, vir a morrer entre as idades
x+n e x+n+m. Pode-se utilizar duas equações para o cálculo da referida probabilidade:
l x + n − l x + n+ m
n / mQ x = ; e
lx
dx d dx = 2q x
mx = = x =
L x l x + 0,5 d 2 - qx
lx − x
2
EXERCÍCIOS
1. Qual a probabilidade de uma pessoa com 50 anos atingir com vida a idade 55. Dados:
d50 = 1.108 ; d51 = 1.156 ; d52 = 1.207 ; d53 = 1.261 ; d54 = 1.316 ; d55 = 1.375 ; l50 = 69.517
Resposta: 0,91300
53
2. Qual a probabilidade, pela Tábua CSO-58, de uma pessoa com 25 anos falecer antes de
atingir a idade 70?
Resposta: 0,41602
3. Antônio tem 40 anos. Calcule a probabilidade de Antônio chegar com vida aos 65 anos
(utilizar a Tábua CSO-58).
Resposta: 0,73588
4. Qual a probabilidade de uma pessoa com 35 anos falecer com 36 anos (utilizar a Tábua
CSO-58).?
Resposta: 0,00263
Resposta: 0,62645
Resposta: 15,51
Resposta: 4.986
Resposta: 553
Resposta: 3.589
54
Resposta: 3.631
l x +n l y +n
n p xy = n p x ×n p y = ×
lx ly
n p xy = n p x + n p y − n p xy
/ n Q xy = / n Q x × / n Q y = 1− n p xy
55
/ n Q xy = / n Q x + / n Q y − / n Q xy = 1− n p xy
1. Antônio tem 40 anos e Maria, 20 anos. Calcule a probabilidade de ambos estarem vivos
daqui a 40 anos.
Resposta: 0,2264
Resposta: 0,99157
Resposta: 0,02705
Resposta: 0,5086
5. Maria tem 35 anos e José, 83. Determine a probabilidade de ao menos um dos dois
estar vivo depois de 15 anos.
Resposta: 0,93546
6. Andréia tem 30 anos e Jorge, 70. O que é mais provável: Andréia sobreviver mais 40
anos ou Jorge vir a morrer dentro dos próximos 12 anos.
Denomina-se vida provável para uma idade x o nº de anos que faltam para o grupo inicial lx
ficar reduzido a metade. Representa o número de anos para se alcançar a idade em que a
probabilidade de chegar vivo nesta idade, como a de morrer antes, seja igual a 0,5. O ponto
de vida provável é a idade na qual a número de indivíduos do grupo inical está reduzido a
metade:
lx
VPx =
2
Sade-se que, / n Qx = 1− n px e n
px = 1 − /n Qx
Assim temos,
1,00
0,75
Probabilidades
0,50
0,25
0,00
30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Vida Provável Idades
nP30 /nQ30
EXEMPLO
1. Calcular a vida provável e o ponto de vida provável, pela Tábua CSO-58, para a idade x
= 30.
l 30
VP30 = = 47.401,779 Está entre l72 e l73
2
Temos que:
l72 = 50.258,5381
57
l72+∆ = 47.401,779
l73 = 47.310,8748
Logo,
365 → l 72 − l 73
∆ → l 72 − l 72+ ∆
E, ∆ = 354 dias.
Então, a vida provável será de 42 anos e 354 dias e o ponto de vida provável é 72
anos e 354 dias.
2. Calcular a vida provável e o ponto de vida provável pelas Tábuas CSO-58 e GKM-95
para a idade x= 65.
Respostas:
Dx = lx × vx
onde,
v = (1+ i )
−1
sendo,
v= fator de desconto;
ω
Nx = ∑ D x
x=x
Temos ainda:
ω
S x = ∑ Nx
x =x
C x = dx × v x +1
ω
Mx = ∑ Cx
x =x
Temos ainda:
ω
Rx = ∑ Mx
x =x
O cálculo do prêmio obedece à lógica elementar de que o valor cobrado deve cobrir os
custos inerentes à operação. Assim, o estudo atuarial para o cálculo do prêmio requer a
aplicação de algum princípio de equivalência entre as obrigações das partes indicadas no
contrato de seguro. Esta disciplina aborda o estudo do chamado “princípio da equivalência
atuarial” (FANA, MARTÍNEZ e ZANÓN, 1999), pela sua simplicidade e efetiva aplicação
prática, muito embora a literatura atuarial faça referência a outros princípios e métodos.
R = VAP – VAB
60
E(R) = Zero
VAP = VAB
A obra clássica de Galé (1977) traz este princípio, em que os compromissos do segurado
são equalizados, na mesma data focal, com os compromissos da Companhia de Seguros.
Este método de avaliação, conforme o mesmo autor, também é denominado como método
EULERIANO. Tem por objeto estabelecer o equilíbrio técnico e econômico da operação
securitária, preservando o “Jogo Honesto” (BRASIL, 1985).
É importante ressaltar que a visão dos respectivos fluxos de caixa é direcionada sob o
prisma do segurador, em que as setas apontadas para cima representam entrada de
recursos (receitas) e, para baixo, saída de recursos (despesas). Outro aspecto importante
está relacionado à data focal do valor do fluxo que, nos casos estudados, sempre estará
situada na data zero, ou seja, na idade x.
Conforme Fana, Martínez e Zanón (1999), o prêmio é o preço do serviço prestado pelo
segurador. Este preço é fixado de forma antecipada, partindo da perspectiva de se fazer
frente aos custos que derivam das obrigações contratuais, bem como aos correspondentes
da gestão, captação e manutenção do negócio.
Outra forma de classificação dos prêmios é dada em função da composição dos seus
custos, que podem ser desdobrados em: de risco, puro, comercial e bruto. O prêmio de risco
indica, na sua essência, a esperança matemática dos sinistros futuros. O prêmio puro é uma
resultante do prêmio de risco, onde é agregado uma margem ou carregamento técnico de
segurança para cobrir possíveis flutuações estatísticas do risco (FERREIRA, 2002). O
carregamento técnico de segurança pode ser avaliado de forma explícita ou, em certos
casos, de forma implícita1. O prêmio comercial traz consigo os demais custos da operação,
ou seja, os carregamentos necessários para fazer frente às despesas administrativas, de
corretagem e de colocação do seguro, bem como o lucro esperado com o negócio. Alguns
autores também fazem referência ao prêmio bruto, que é uma resultante do prêmio
comercial, sendo acrescido a este os impostos que incidem diretamente sobre ele e,
também, o custo da apólice. A figura a seguir apresenta a composição do prêmio do seguro,
considerando a sua classificação em prêmio de risco, puro, comercial e bruto.
Impostos e
custo da apólice
Carregamentos:
administração
corretagem
colocação
lucro Prêmio
Carregamento: Prêmio Bruto
segurança
técnica
Prêmio Comercial
Prêmio
Puro
de
Risco
1
Mediante a adoção de uma tábua de mortalidade mais forte, considerando o risco de morte.
62
Nesta disciplina será abordado o cálculo dos prêmios únicos e puros para os seguintes
riscos e modalidades:
Risco Modalidade
Antecipadas
Vitalícias
Postecipadas
Imediatas
Sobrevivência
Antecipadas
Temporárias
Postecipadas
Rendas Aleatórias
Antecipadas
Vitalícias
Postecipadas
Diferidas
Antecipadas
Temporárias
Postecipadas
Vitalício
Imediatos
Temporário
Morte
Seguros
Vitalício
Diferidos
Temporário
Mistos
6 RISCO DE SOBREVIVÊNCIA
Supondo que um grupo bastante grande, todos com idade x, decida constituir um fundo
através de uma única e igual contribuição nEx de cada participante, capaz de gerar o
pagamento de Q unidades monetárias a cada um dos que estiverem vivos após o período
de n anos. Nenhuma devolução é devida aos que falecerem no intervalo de entre x e x+n.Os
recursos do fundo serão permanentemente aplicados a uma taxa de juros pré-fixada. Qual o
prêmio individual que caberá a cada indivíduo para a constituição do fundo?
n
Ex
risco de sobrevivência
~
1
D x +n
nEx = ×Q
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
64
EXEMPLO
Um indivíduo com 25 anos deseja receber $ 10.000,00 quando completar 55 anos de idade.
Calcule o prêmio único e puro para a operação utilizando a tábua CSO-58 a 6%a.a.
D 55
30 E 25 = × 10.000 = $1.514,85
D 25
EXERCÍCIO
äx
ris co d e so b re vivê n c ia
x x+ 1 x+ 2 ω −1 ω id a d e
~ ~ ~ ~
1 1 1 1 1
Nx
äx = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
65
EXEMPLO
N35
ä 35 = × 1.000 = $14.935,42
D 35
ax
ris c o d e s o b re v iv ê n c ia
x x+ 1 x+2 ω −1 ω id a d e
~ ~ ~ ~
1 1 1 1
N x +1
ax = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
66
EXEMPLO
Um indivíduo de 35 anos deseja receber a partir deste ano e ao final de cada ano uma renda
de $ 1.000,00 enquanto viver. Calcule o prêmio único e puro necessário para o
financiamento desta operação utilizando a CSO-58 a 6%a.a.
N36
a 35 = × 1.000 = $13.935,42
D 35
n
/ä x
risco de sobrevivência
~ ~ ~ ~
1 1 1 1
N x +n
n /ä x = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
67
EXEMPLO
Um indivíduo de 40 anos deseja receber uma renda anual de $ 1.000,00, no início de cada
ano, vitaliciamente, após atingir a idade 65 anos. Calcule o prêmio único e puro utilizando a
CSO-58 a 6%a.a.
N65
25 /ä 40 = × 1.000 = $1.506,96
D 40
n
/a x
risco d e so b re vivê n cia
x x+ 1 x+ 2 x+ n x+ n + 1 ω −1 ω id a d e
~ ~ ~
1 1 1
Sendo R=1, temos
N x +n+1
n /a x = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
68
EXEMPLO
Calcule o prêmio único e puro do exemplo anterior considerando que o indivíduo deseja
receber a renda anual ao final de cada ano.
N66
25 /a 40 = × 1.000 = $1.335,50
D 40
/näx
risco de sobrevivência
~ ~ ~
1 1 1 1
N x − N x +n
/ n äx = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
69
EXEMPLO
N 45 − N 60
/ 15 ä 45 = × 1.000 = 9.827,07
D 45
/na x
ris c o d e s o b re v iv ê n c ia
x x+1 x+ 2 x + n -1 x+ n ω id a d e
~ ~ ~ ~
1 1 1 1
Nx +1 − Nx +n+1
/ n ax = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
70
EXEMPLO
Um indivíduo de 60 anos deseja receber ao final de cada ano uma renda de $ 1.000,00. A
referida renda será paga pela seguradora a partir deste ano e até quando o segurado
completar 80 anos. Calcule o prêmio único e puro utilizando a CSO-58 a 6%a.a.
N61 − N81
/ 20 a60 = × 1.000 = $8.647,12
D 60
n
/ ä
m x
risco de sobrevivência
x x+ 1 ω id ad e
x+ n x+ n + 1 x+ n +m -1 x+ n +m
~ ~ ~
1 1 1
Sendo R=1, temos
N x +n − N x + n +m
n / m äx = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
71
EXEMPLO
Um indivíduo de 45 anos deseja receber, após completar 60 anos e até os seus 70 anos,
uma aposentadoria anual, que será recebida no início de cada ano, no valor de $ 10.000,00.
Calcule o prêmio único e puro utilizando a CSO-58 a 6%a.a.
N60 − N70
15
/ 10ä45 = × $10.000 = $25.002,13
D45
n
/ a
m x
risco de sobrevivência
x x+1 ω idade
x+n x+n+1 x+n+m-1 x+n+m
~ ~ ~
1 1 1
Sendo R=1, temos
N x +n+1 − N x +n+m+1
n / m ax = ×R
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
72
É um arranjo atuarial concebido no séc XVII pelo banqueiro Lourenzo Tonti, conforme
abordado anteriormente, que prevê a constituição de um grupo de lx pessoas para
contribuírem, se vivas estiverem, no início dos n próximos anos, para formação de um fundo
que manterá todos os seus recursos permanentemente aplicados a uma taxa de juros i, para
que, ao final do prazo, o total acumulado seja distribuído entre os sobreviventes. Indaga-se,
nesse caso, o quanto caberá a cada um dos sobreviventes e este será o único exemplo,
nesta disciplina, em que o valor presente estará posicionado no instante x+n, e não no
instante x. É importante ressaltar que a anuidade tontineira representa um benefício
individual, não devendo ser confundido, conseqüentemente, com o prêmio a ser cobrado.
risco de sobrevivência
~ ~ ~
1 1 1 1
..
/n S x
Nx −Nx + n
&& =
/n S ×P
x
Dx+n
Dedução da equação:
(P r l ) + (P r l ) + (P r l )K (P r l ) = (l
x
n
x
x
x
n −1
x
x +1
x
n−2
x
x+ 2
x x
x + n −1 x +n
&& x )
x /n S
EXEMPLO
Qual o valor a ser recebido após 20 anos de prêmios anuais, feitos no início de cada ano,
por uma pessoa que tem atualmente 40 anos de idade? Sabe-se que os valores dos
prêmios anuais são constantes e fixados no valor de $ 10.000. Utilizar a tábua CSO-58 a
6%a.a
7 RISCO DE MORTE
Nos seguros que serão vistos a seguir, o risco em questão é a morte, um risco certo, cuja
incerteza decorre da imprevisibilidade do momento de sua ocorrência. No entanto, é a
capacidade da previsão científica, baseada na reunião de grandes grupos, no princípio da lei
dos grandes números e da mutualidade, que torna o comportamento decremental previsível
através das leis de mortalidade, possibilitando o domínio desta incerteza.
Ax
risco de morte
Mx
Ax = ×Q
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
74
EXEMPLO
Um indivíduo de 25 anos deseja contratar um seguro contra morte com vigência imediata e
com capital segurado de $ 10.000,00. O capital segurado será pago quando ocorrer a morte
do segurado. Calcular o prêmio único e puro utilizando a CSO-58 a 6%a.a.
M 25
A 25 = × 10.000 = $998,57
D 25
n
/A x
risco de morte
Mx + n
n /A x = ×Q
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
EXEMPLO
Um indivíduo de 40 anos deseja contratar hoje um seguro que lhe garanta uma cobertura
vitalícia, em caso de morte, a partir dos seus 65 anos. O capital segurado desejado é de $
30.000,00. Calcular o prêmio único e puro utilizando a CSO-58 a 6%a.a.
M65
25 /A40 = × 30.000 = $2.584,78
D40
75
/n A x
risco de morte
M x − M x +n
/n A x = ×Q
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
EXEMPLO
M 48 − M 65
/ 17 A 48 = × 10.000 = 1.307,79
D 48
76
/ Ax
n m
risco de morte
M x +n − M x +n+m
n /m Ax = ×Q
Dx
Dedução da equação:
VAP = VAB
EXEMPLO
M55 − M75
/ A 30 =
25 20 × 800.000 = $42.612,51
D30
77
A 1x 1
:n
~
1
M −M +D
x+n x+n
Ax = x
×Q
:n D
x
Dedução da equação:
VAP = VAB
EXEMPLO
M −M +D
A35 = 35 55 55
× 100.000 = $33.201,19
: 20 D
35
78
7.6 Relações
1. 1 A x = v −1E x 6. n Ax = 1 − d *n / äx
2. M x = Dx − d * N x 7. Ax:n = 1 − d * n äx
3. Ax = 1 − d * äx 1 − A x:n
8. n äx =
d
1− A x
4. ä x =
d
9. n /äx = äx + n * n E x
5. n Ax = 1− n Ex − d * n äx
10. n äx = n
&& * E
S x n x
79
8 DIAGRAMA DE LEXIS
O eixo horizontal representa o tempo t dentro da ótica do calendário civil e o eixo vertical, a
idade x desde o nascimento. Cada indivíduo é representado por uma linha que situa-se a
45º de cada um dos eixos, partindo da idade x0 e do instante t0. O diagrama de Lexis é
representado por segmentos e superfícies. Os segmentos indicam o número de pessoas
vivas e as superfícies o número de pessoas mortas.
DIAGRAMA DE LEXIS
26411
26066
26132
21 24 15 12
4 26435 26081 26144 4
33 35 26 20
26470
26107
26164
25606
41 33 35 27 20
I 3 26142 26191 25626 3
I
D 79 43 53 33 23 D
26195
26224
25649
A 26416 A
88 79 43 53 33 23
D D
2 26277 25682 26439 2
E 191 165 138 129 93 47 E
26406
25775
26486
24954
169 191 165 138 129 93 48
1 25904 26579 25002 1
464 559 488 383 386 282 193
26290
26861
25195
26992
1441 1321 1400 1287 1192 1119 895 678
0 30181 28861 28429 28214 27482 27980 26090 27670 0
EXERCÍCIOS
1. Calcule o valor do prêmio único e puro referente a um seguro imediato vitalício contra
morte contratado por uma pessoa que possui 38 anos de idade. Dados: C38 =
2.884,627031; l38 = 9.299.482,00; N38 = 14.767.881,235061; Q = $ 25.000,00 e d38 =
27.991,00.
Resposta: $ 4.428,42
Resposta: x = 50
3. Determine a “Taxa de Mortalidade” para a idade x=26. Dados: D26 = 5.200,0057; D27 =
5.069,1381; D25 = 5.334,0491 e i = 2 % a.a.
4. Determinar o valor do prêmio único e puro que deverá ser pago por uma pessoa com 31
anos de idade, para a contratação da seguinte modalidade de seguro contra morte:
Resposta: $ 1.893,62
a) Antônio tem 23 anos de idade e deseja pagar o prêmio anual de $ 10.000 a uma
Seguradora; os prêmios anuais serão pagos por Antônio enquanto ele estiver vivo,
com os recolhimentos feitos no início de cada ano e durante o prazo contratual de 20
anos. Calcule o valor que caberá a Antônio ao final do prazo contratual.
Resposta: $ 403.736,80
Resposta: $ 3.142,96
81
c) Marcelo tem 43 anos de idade e deseja receber $ 200.000 de uma Seguradora caso
esteja vivo ao completar os 65 anos de idade; A Seguradora cobrará de Marcelo, no
início de cada ano e durante os próximos 22 anos, um determinado prêmio de seguro;
Qual prêmio anual de seguro que a seguradora deverá cobrar para assumir a
operação?
Resposta: $ 3.459,56
d) Maria tem 45 anos de idade e deseja receber uma renda anual no valor de 80% do
seu salário atual; a referida renda desejada por Maria teria inicio quando completados
os seus 65 anos de idade, com recebimentos no início de cada ano e em caráter
vitalício. Calcule o prêmio único e puro devido sabendo que o salário atual de Maria é
de $ 1.200,00.
Resposta: $ 1.977,14
Resposta: $ 2.496,25
6. Calcule o valor do prêmio único e puro de um seguro Dotal para o prazo contratual de 25
anos, sendo que a idade do segurado é de 30 anos e o Capital Segurado é de $ 1,00.
Dados: M30 - M54 = 4.267,53681; C54 = 337,637089; C55 = 357,311723; C56 = 377,933137;
d54 = 1.003,36649; d28 = 193,24464; d29 = 197,60241; l30 = 94.803,5584; l29 =
95.001,1608; l54 = 77.182,03.
Resposta: $ 0,57777
7. Calcule o prêmio único e puro que deverá ser pago por uma pessoa de 30 anos de idade
para receber $ 1.000,00, imediatamente e no início de cada ano, até completar os seus
50 anos de idade. Dados: 20E30 = 0,495069513; /20A30 = 0,073504668; i = 3% a.a.
Resposta: $ 14.812,30
8. Determinar o valor do prêmio único e puro a ser pago por uma pessoa com 40 anos de
idade, para a contratação da seguinte modalidade de seguro contra morte:
- Carências: 1o ano = cobertura de 10% do C.S.; 2o ano = não existe cobertura; 3o ano
= cobertura de 50% da I.S.; 4o ano = não existe cobertura; 5o ano em diante =
cobertura de 100% do C.S.
Resposta: $ 18.212,40
9. Calcule a “Taxa de Mortalidade” para a idade x=35. Dados: D34 = 1.880,80004; /1A35 =
0,054; l33 = 9.890,17182; d33 = 9,6725979.
82
Resposta: 0,0567
10. João tem 25 anos de idade e deseja deixar para a sua família, quando falecer, a
Importância de $ 100.000. Calcule o valor do prêmio único e puro que uma determinada
Seguradora deverá cobrar de João para assumir a operação descrita. Dados: M27 =
285,485; l24 = 959.395,946; l25 = 957.563,50; l26 = 955.715,402; l27 = 953.845,20; D27 =
153.502,6584.
Resposta: $ 512,77
11. Calcule o prêmio único e puro que deverá ser pago por uma pessoa de 30 anos de
idade, para receber $ 1.000,00 caso atinja com vida a idade de 50 anos. Dados: 20p30 =
0,4550; /1 A30 = 0,00138889; q30 = 0,0015
Resposta: $ 97,62
12. Calcule o valor atual ou prêmio único e puro decorrente de uma renda unitária, anual,
imediata vitalícia antecipada para uma pessoa com 30 anos. Dados: M30 = 116,17786;
N31 = 9.566,6579; l30 = 987,0777; d30 = 0,991; C30 = 0,39639
Resposta: $ 24,5246
13. A probabilidade de João, que atualmente tem 35 anos de idade, de chegar com vida
aos 45 é de 0,899. Tomando-se i = 8,5 %a.a., calcule o valor do prêmio único e puro a
ser pago por João para a efetivação de um seguro de lhe garanta a quantia de $
100.000,00 caso venha a chegar com vida aos 45 anos. Utilizar somente estas
informações para a resolução do problema.
Resposta: $ 39.761,46
14. Uma pessoa com 50 anos deseja contratar um seguro imediato temporário contra
morte, colocando a disposição dos beneficiários o Capital Segurado de $ 10.000,00,
caso venha a falecer dentro dos próximos 3 anos. Qual o valor do prêmio único e puro?
Dados: C50 = 1.313,66834; l50 = 8.688.153,00; l51 = 8.585.554,00; l52 = 8.474.792,00; l53 =
8.354.442,00; l54 = 8.086.718,00.
Resposta: $ 323,07
15. Calcular o valor do prêmio único e puro referente a um seguro imediato temporário
contra morte, pelo período de 10 anos, para uma pessoa de 50 anos de idade, sabendo
que: 10E50 = 0,490619; N50 = 6.066.253,56; N60 = 2.415.349,80; l50 = 8.993.273,81; l60 =
7.901.710,02 e D60 = 239.535,10.
Resposta: $ 0,08611
16. Desejando uma pessoa com 38 anos fazer um seguro imediato vitalício contra morte,
dispondo de $ 5.000,00 para pagar como prêmio único e puro, qual deverá o valor do
Capital Segurado? Utilizar a Tábua CSO-58 a 6 % a.a.
Resposta: $ 28.226,79
83
17. Calcular o valor do prêmio único e puro decorrente de um seguro sobrevivência capital
referente a uma pessoa com 40 anos de idade que deseja receber $1,00 de benefício
aos 55 anos de idade, se vivo estiver. Dados: 15/ä40 = 7,0741272; a55= 11,781583; a56=
11,36354683.
Resposta: $ 0,55346
18. Uma pessoa com 50 anos deseja receber imediatamente e no início de cada ano uma
renda imediata e vitalícia da seguinte forma: 1o ano = $ 60.000; 2o ano = $ 70.000,00; 3o
ano = $ 80.000,00; 4o ano = seguindo vitalíciamente a progressão dada. Calcular o valor
do prêmio único e puro da referida operação, utilizando a Tábua CSO-58 a 6% a.a.
Dados adicionais: S50= 6.045.163,47 ; S51= 5.454122,97
Resposta: $ 1.892.061,01
19. João tem 25 anos de idade e deseja se aposentar quando chegar aos 65. Sabe-se que
João possui $ 10.000 e deseja comprar, com este recurso, uma aposentadoria anual a
ser recebida a partir dos seus 65 anos (com recebimentos no início de cada ano).
Calcule o valor da aposentadoria anual que deverá ser oferecido para João. Dados: /40
Q25 = 0,2414637; N66 = 551.342,508; D65 = 57.269,275; i = 4% a.a.
Resposta: $ 5.955,78
20. Calcule o prêmio único e puro que deverá ser pago para subscrição da seguinte
modalidade de seguro: Cobertura contra morte, imediata e temporária por 3 anos; Idade
atual do proponente = 35 anos; Capital Segurado de $ 100.000. Dados: l34 = 979.665,40;
q34 = 0,000791; d35 = 775,281; d36 = 776,623; C34 = 140,4846; C37 = 125,9655.
Resposta: $ 218,37
21. Godofredo tem 30 anos de idade e possui $ 1.000,00 para contratar um seguro contra
morte. A cobertura desejada terá início quando Godofredo atingir 50 anos de idade e, a
partir de então, se manterá em caráter vitalício. Tendo em vista estes aspectos,
considerando que o pagamento do prêmio único e puro será feito neste instante, calcule
qual deverá ser o valor do Capital Segurado. Utilizar somente os dados abaixo para a
resolução da questão. Dados: l29 = 959.641,002; q29 = 0,00171; l49 = 902.265,141; d49 =
5.603,067; d50 = 6.016,603; N49 = 2.111.720,58; d = 0,038461538,
Resposta: $ 5.903,84
22. Elaborar a equação de equilíbrio e determinar o valor do Prêmio único e puro a ser
pago, por uma pessoa com 40 anos de idade, para a contratação da seguinte
modalidade de seguro contra morte:
- Carências: 1o ano - sem cobertura ; 2o ano - cobertura de 50% da I.S. ; 3o ano - sem
cobertura ; 4o ano - cobertura de 80% da I.S. ; 5o ano em diante, até o final do prazo
de vigência - 100% da I.S.
Resposta: $ 2.750,36
23. Ricardo tem 30 anos e deseja receber no início de cada ano, após completar 65 anos
de idade, uma aposentadoria vitalícia no valor de $ 10.000. Qual o valor do prêmio único
e puro que Ricardo deverá pagar hoje para ter direito à referida cobertura? Dados: l30 =
98.707,76956; l29 = 98.801,3311; C29 = 24,98093263; N65 - N70 = 19.304,804; N70 =
28.143,143.
Resposta: $ 18.003,41
24. Everaldo tem 25 anos de idade e deseja deixar para a sua família, quando falecer, uma
certa importância em dinheiro. Ele possui $ 1.000,00 para utilizar na compra de um
seguro imediato vitalício contra morte. Qual será o valor da Capital Segurado que uma
determinada Cia Seguradora poderá oferecer a Everaldo para a efetivação do referido
seguro. Dados: M27 = 11.328,679; l24 = 99.207,876; l25 = 99.093,126; q25 = 0,000619; l27 =
98.967,417; D26 = 31.531,96718.
Resposta: $ 2.900,41
25. Eduardo tem 30 anos de idade e pretende se aposentar quando completar 65 anos.
Hoje ele possui $ 10.841,83 e pretende utilizar todo este montante, como prêmio único e
puro, para comprar a referida aposentadoria. Sabe-se que o benefício desejado por
Eduardo é uma renda (aposentadoria) anual, a ser recebida no final de cada ano,
vitaliciamente, após o mesmo atingir com vida 65 anos de idade. Com base nos dados
abaixo calcule o valor da aposentadoria / renda que Eduardo terá direito: a65 = 8,337; l31
= 94.601,627; L30 = 94.702,5925; C30 = 44,497536; l66 = 65.846,126; d65 = 2.159,168; m30
= 0,002132275.
Resposta: $ 10.000,00
26. Maria tem 40 anos e pretende comprar hoje um plano de aposentadoria. Ela gostaria de
receber uma renda anual, ao final de cada ano, a partir dos seus 65 anos de idade. A
aposentadoria, depois de iniciada, seria recebida anualmente e sucessivamente
enquanto Maria estivesse viva (vitalícia). Sabe-se que Maria dispõe, no dia de hoje, de $
100.000,00 para comprar a referida aposentadoria. Calcule o valor da aposentadoria que
uma Entidade de Previdência poderá oferecer para Maria. Dados: l39 = 977.807,003; l65 =
773.626,387; q39 = 0,001872; N65 = 44.656,79; i = 8% a.a.;
Resposta: $ 113.858,46
27. Marcelo possui 30 anos de idade. Ele contratou hoje um “Seguro Contra Morte
Imediato Vitalício”, com um Capital Segurado de $ 10.000,00. O prêmio único e puro
cobrado pela Seguradora foi de $ 1.925,07. Com base nas funções biométricas e de
comutação que seguem, indique qual foi a taxa real de juros (i) utilizada pela Seguradora
para calcular o valor do prêmio único e puro do seguro. Dados: M30 = 5.825,752 ; l31 =
98.045,717 ; d30 = 109,05 ; d31 = 111,87
Resposta: 4%
85
28. Uma pessoa com 30 anos deseja contratar um seguro, a prêmio único e puro, que lhe
garanta uma cobertura de $ 100.000,00 caso chegue com vida aos 60 anos. Qual o
prêmio único e puro que a Cia. Seguradora deverá cobrar para celebrar a referida
operação? Dados: i = 5% a.a. e lx = 20.000 - 2X2.
Resposta: $ 16.272,70
29. Uma pessoa com 40 anos deseja contratar um seguro temporário contra morte pelo
período de 1 ano. O Capital Segurado desejado é de $ 200.000,00. Qual o valor do
prêmio único e puro? Dados: l40 = 96.784,33 ; l41 = 96.332,49 ; D40 = 20.159,12.
Resposta: $ 897,79
30. Calcule a “Taxa de Mortalidade” para a idade x=50. Dados: M51 = 27.008,6015 ; C50 =
480,92778 ; A50 = 0,33705737 ; i = 5%
Resposta: 0,00619
31. Aos 65 anos de idade Nelson comprou, à vista, uma aposentadoria de $ 12.000,00, a
ser recebida por imediatamente e no início de cada ano, enquanto vivo estiver. A
Entidade gestora cobrou de Nelson o prêmio único e puro de $ 123.510,32. Qual foi a
taxa anual de juros empregada pela Entidade gestora no cálculo atuarial que ensejou no
prêmio único e puro cobrado de Nelson? Dados: N65 = 748.069,613 ; l63 = 719.509,712
; q63 = 0,02657 ; d64 = 20.339,39 ; d65 = 21.591,68
Resposta: 3,5%
32. Carlos Eduardo tem 25 anos de idade e deseja se aposentar quando chegar aos 65
anos. Sabe-se que Carlos Eduardo possui $200.000 e deseja comprar, com a totalidade
deste recurso, uma aposentadoria anual a ser recebida vitalíciamente a partir dos seus
65 anos (com recebimentos no início de cada ano). Calcule o valor da aposentadoria
anual de Carlos Eduardo utilizando as seguintes informações: 40p25 = 0,75853 ; N65 =
551.342,508; D65 = 57.269,275 ; i = 4% a.a.
Resposta: $131.489,48
33. Determinar o valor do prêmio único e puro a ser pago por uma pessoa com 53 anos de
idade, para a contratação da seguinte modalidade de seguro contra morte: Cobertura
imediata e pelo prazo (vigência) de 15 anos; Capital Segurado (C.S.): $ 500.000 ;
Carências: 1o ano = sem cobertura ; 2o ano = 50 % de cobertura do C.S. ; 3o ano =
80% de cobertura do C.S. ; 4º ano em diante (até o final do prazo de vigência) = 100%
do C.S. ; Informações para a resolução da questão: D53 = 4.247,29 ; C53 = 28,557 ;
C54 = 29,297 ; C55 = 29,928 ; C56 = 30,475 ; C57 = 30,832 ; M57 = 1.084,409 ; M68
= 706,725
Resposta: $52.592,35
a) Ax = NX /Dx .................................................................................................. ( )
b) lx < lx+n ................................................................................................................... ( )
35. Calcule a “Taxa Central de Mortalidade” para a idade x=21. Dados: T20 = 105.340.300 ;
T22 = 98.322.400 ; L20 = 3.810.300 ; d21 = 6.525 ;
Resposta: 0,002034
a) Qual o número de crianças, das nascidas ao longo de 1970, que morrem no ano de 1974
com 4 anos completos de idade?
Resposta: 12
Resposta: 26.435 e 68
Resposta: 0,98267
Resposta: 0,01507
Resposta: 0,001017
87
f) Calcular a Taxa Central de Mortalidade para idade x=3 utilizando a população nascida
em 1968.
Resposta: 0,00257
g) Calcular a probabilidade de uma criança nascida em 1968 vir a falecer entre as idades
de 3 e 4 anos.
Resposta: 0,00236
88
o
Idade qx lx dx ex Dx Nx Cx Mx
o
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o
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o
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o
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