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Material de apoio ao
encarroçamento chassis VW Euro VI
Resende, 11/05/2022
Resumo:
O Manual de Diretrizes de Encarroçamento base ainda é o das versões Euro 5, este material informativo serve para
expor as particularidades do Euro 6, evitar erros no processo e projeto identificados nos protótipos.
O sistema Euro 6 é definido como um conjunto de normas que regulamentam a emissão de poluentes para
motores diesel.
Após a realização de testes com veículos que atendiam ao padrão Euro 5, foi constatado que a emissão de
poluentes ainda não estava no nível esperado, por isso surgiu a necessidade de maior rigidez.
Manual dedicado aos modelos:
•15.200OD
•15.200ODS
•17.230OD
•17.230ODS
•17.260OD
•17.260ODS
A distribuição das placas para ancoragem das carrocerias seguem as mesmas premissas das versões Euro 5, porém, os chassis
Euro 6 possuem novos componentes que necessitam de atenção para a distribuição e posicionamento das placas nas longarinas:
• Catalisador Euro 6 (Gás Box)
• Tanque de Arla.
• Novo roteiro do tubo do escapamento.
• Roteiros elétricos, pneumáticos e válvulas do sistema Door Brake.
• Novo suporte fundido da caixa de direção.
• Novo cockpit.
• Nova proposta de ancoragem do cockpit na carroceria.
Devem-se usar sempre arruelas de aço sob as porcas e recomenda-se o uso de porcas autotravantes.
O aperto final, com o valor de torque recomendado deve sempre ser aplicado na porca e não na cabeça do
parafuso.
Para estas fixações, a estrutura base da carroceria deve ser provida de uma série de placas de fixação,
que devem possuir no mínimo 3 parafusos próximos a linha neutra da longarina.
As placas de amarração da carroceria deverão ser fixadas com parafuso M12, respeitando a furação original do chassi, com torque de
100±10Nm
Deverão ser usados no mínimo três parafusos para a fixação de cada placa.
Não é recomenda do que as placas sejam fixadas juntos aos componentes originais do chassis.
As premissas para novas furações nas longarinas mantem-se as utilizadas nas versões Euro 5.
Alguns componentes liberados de fabrica como por exemplo os reservatórios dos fluídos de embreagem,
direção e freios, devem ter acessibilidade garantida, todos projetos devem prever uma janela de inspeção dedicada,
um reposicionamento efetivo é permitido para que a manutenção e reabastecimento não sejam prejudicados.
Analisar regras de reposicionamento destes componentes no Manual Euro 5 ou diretamente com a engenharia VWCO.
Abastecimento OK.
Abastecimento comprometido.
Os chassis possuem um catalisador (gasbox) localizado na longarina direita (para detalhes de posicionamento, ver Bodybuilder).
O reposicionamento do gasbox ou qualquer componente do sistema de tratamento de gases é PROIBIDO!
Todo o sistema deverá ser protegido durante o processo de encarroçamento.
É de responsabilidade do implementador executar o isolamento adequado a fim de garantir o nível de conforto térmico adequado.
O isolamento térmico pode ser feito por meio do uso de superfícies refletivas como alumínio laminado e material de absorção de calor,
como fibras de vidro.
As peças devem ser laváveis, resistir ao contato com óleos e detergentes desengraxantes e resistir a temperaturas entre -40°C e 200°C.
A inflamabilidade dos materiais isolantes devem responder a resolução Contran 675/86 que estabelece os limites máximos permitidos.
Material sugerido: Tecido de fibra de vidro com revestimento de alumínio laminado.
Na região do catalisador, entre a caixa de rodas e Gás box, o para barros deverá ser removível para possibilitar a substituição
do elemento filtrante, e o entorno do componente revestido com manta térmica impedindo passagem de calor para os
passageiros.
780mm
530mm
A fixação destas ancoragens fora das especificações das peças e materiais afeta diretamente no comportamento da direção, podendo causar uma
vibração excessiva após o encarroçamento.
Metalon 40 x 40 esp. 2,65 mm (2x) Chapa 148 x 125 esp. 4mm (2x)
Cantoneiras (2x)
Reforço na estrutura
Este material tem por finalidade ilustrar a comunização dos roteiros dos tubos do escapamento nos Ônibus dianteiros Euro 6.
Anteriormente tínhamos diferença na liberação do roteiro do escapamento entre os veículos com feixe de molas e pneumáticos.
Agora, para TODOS os chassis com motorização dianteira este roteiro seguirá o liberado conforme é para os pneumáticos, com uma saliência de
60mm acimada longarina na região do eixo traseiro.
Para evitar atritos com a estrutura do assoalho da carroceria, deve-se garantir 30mm de área livre da estrutura para assim termos uma distancia
segura entre os componentes, pois a janela de inspeção geralmente fica nesta região.
Modelos afetados:
•15.200OD
•15.200ODS
•17.230OD
•17.230ODS
•17.260OD
•17.260ODS
Por isso, é necessário o prolongamento do escapamento para que os gases não saiam sob a carroceria.
Este prolongamento deverá partir sempre do bocal de saída do mesmo e prosseguir até o final da
carroceria, preferencialmente com saída horizontal (favor verificar legislação local).
• O diâmetro interno do prolongamento não poderá ser inferior ao diâmetro do tubo original;
• O prolongamento não deve possuir emendas soldadas (a união deve ser feita com auxílio de
abraçadeiras);
• O prolongamento deve ser fixado no chassis com a utilização de coxins, para redução de vibração;
• O alongamento deverá ser feito sempre no bocal de saída, e o tubo que passa sobre o eixo não
deverá ser substituído ou alterado.
Originalmente, a válvula de freio de estacionamento está fixada em um suporte provisório, junto ao cockpit.
Deve-se trocar o suporte original e reposicionar a válvula.
A nova posição deve proporcionar um acionamento facilitado.
Deve-se verificar necessidade de trocar os tubos originais por outros mais longos (o material deve ser igual ao do
original).
Não são permitidas emendas na tubulação.
O roteiro final deve estar livre de regiões vincadas/dobradas.
Para o pedal do acelerador, deverá ser respeitado uma distância mínima de 50 mm entre a extremidade do pedal
até a estrutura da carroceria.
Essa distância é necessária para se ter uma boa operação do ônibus.
Já ao lado do pedal de embreagem, deverá ser previsto um “descansa pés” com largura mínima de 100 mm.
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3 4
É proibido qualquer tipo de intervenção nos cabos de engate das marchas (fig.1),
pois a ação desregula o funcionamento da peça que causa falhas e danos no
sistema.
Figura 1
IMPORTANTE:
É necessária uma distância mínima de 100 mm entre a
superfície superior do motor e qualquer estrutura da carroceria
para
garantir espaço suficiente para a retirada deste componente.
IMPORTANTE:
O dimensionamento do capuz e da borda de assentamento deste deve permitir a desmontagem dos componentes da parte
superior do motor – tampa de válvulas, cabeçote, etc.
Mangueira do radiador (em laranja) atrita com travessa Alivio na estrutura para eliminar interferência deve-se
dianteira da carroceria. considerar esta mangueira no projeto.
Incluir nos bocais de abastecimento adesivos com diferentes cores para evitar erros no abastecimento.
Arla: Azul
Diesel: Vermelho
Diesel Arla
Para os chassis que serão submetidos ao encarroçamento nas versões Euro 6, a engenharia Volkswagen recomenda que todas as
estruturas da carrocerias estejam numa distancia mínima de 200mm dos cardans do veiculo.
Em alguns testes dinâmicos a que foram submetidos houve atrito entre os componentes
Evitar que travessas da carroceria fiquem posicionadas sobre as travessas do chassi que alocam suportes de válvulas pois numa
manutenção pode-se gerar uma dificuldade de acesso por estarem muito próximas.
A captação de ar para serviços auxiliares (tal como para o acionamento das portas, e outros acessórios) deve ser feita
exclusivamente no circuito 24 da válvula de quatro vias, e nunca realizada diretamente nos reservatórios de ar ou ainda em
outros componentes do sistema de freio.
Se for necessário efetuar emendas ou instalar tubulações adicionais devem ser utilizados conectores de engate rápido RAUFOSS
nas conexões das válvulas da linha de alta pressão e nas interligações da tubulação, assegurando perfeita vedação na união
desses componentes.
Os chassis VW possuem o cluster fornecido de fábrica em uma fixação provisória, porém na sua posição e concepção definitivas.
No desenvolvimento do painel de instrumentos, esta posição do cluster deve ser respeitada.
Na fixação do cluster no painel de instrumentos do veículo é necessária a colocação de uma moldura de acabamento.
É de responsabilidade do fabricante de carroceria garantir que esta moldura não obstrua total ou parcialmente a visibilidade
de qualquer informação fornecida pelo cluster.
Importante!
Importante!
Atrito da estrutura
com pneu.
Retrabalho necessário
para não avariar o pneu.
A retirada do ponto de água para calefação mantem-se como é feita nas versões atuais Euro 5.
Alimentação
Retorno Ações
do sistema de aquecimento .
23F.121.102.A
Cooling System
Defrost – Micro-Bus
Retorno
2RD.121.255 (2X)
MA = 3,5Nm
Comprimento desenvolvido:
255mm
20
VISTA SUPERIOR
IMAGEM 02
Cooling System
Defrost – Micro-Bus
Instalação Finalizada
Cooling System
Defrost – Micro-Bus
Interface Elétrica
Resende, 11/05/2022
Introdução:
PREPARAÇÃO DO CHASSI:
• As baterias e todos os módulos eletrônicos deverão ser desmontados e acondicionados em local protegido de
poeira, alta temperatura e líquidos antes do processo da montagem da carroceria e suas conexões dever ser
protegidas durante todo o processo que envolva solda elétrica.
Antes de realizar a desconexão ou conexão dos módulos ou dispositivos elétricos / eletrônicos, certificar-se que a
bateria do veículo esteja desconectada.
•Devido a parametrizações específicas, vinculadas à identidade única de cada veículo, os módulos eletrônicos
nunca devem ser trocados.
•Os chicotes elétricos devem ser protegidos para evitar respingo de solda, água, corte ou esmagamento. Nenhum
chicote deverá ser seccionado, devido ao projeto do chassi considerar comprimento suficiente para a montagem
da carroceria.
IMPORTANTE:
Na fixação do cluster no painel de instrument9os do
veículo é necessária a colocação de uma moldura de
acabamento.
Os módulos eletrônicos são produtos de última geração que contam com componentes sofisticados e devem ser manuseados com cuidado,
evitando danos ao produto. Evidentemente, danos causados por manuseio impróprio ou falta de aplicação das recomendações contidas neste
manual durante a montagem da carroceria implicam automaticamente em perda de garantia do produto.
Os módulos eletrônicos dos chassis VOLKSBUS devem ser instalados na central elétrica com bom acesso para eventual manutenção, de forma a
mantê-los abrigados contra intempéries e afastá-los de fontes de interferência eletromagnética.
Deve-se evitar a todo custo expor os módulos a soldas, tintas, produtos anticorrosivos ou líquidos de qualquer natureza assim com o a ambientes
sujos ou que contenham muitas partículas em suspensão (poeira, fibra de vidro, limalha de ferro etc.). É ainda expressamente proibido a aplicação
de cola ou qualquer outro agente químico no aparelho. Além disso, quedas, choques e manuseio inadequado danificam o aparelho definitivamente.
Os módulos devem ser removidos antes de serem executados os processos de soldagem e montagem da carroceria e armazenados em local limpo,
seco e seguro. Devem ser montados apenas quando o veículo estiver totalmente pronto (encaroçado e cockpitfinalizado).
O fabricante de carroceria é responsável por desenvolver processos e logística confiáveis que assegurem que os módulos não sejam trocados no
momento de sua instalação definitiva. Sua configurações contém dados específicos de cada veículo e impossibilita o intercâmbio sem problemas de
funcionamento ou perda de funções.
Quando o processo não exigir que a peça seja removida para execução de montagem da carroceria, recomenda-se o uso de proteções adequadas
resistentes o suficiente para absorver impactos mecânicos, tais como capas de material resistente e/ou anteparos moldados em fibra ou chapa.
1 2
1
3
1
BSG Side view BSG Front view
1
1
Parallel
1
Ground
On axis X: Required BSG bottom (3) be parallel with ground
BSG Front view
1 ⱷ
1
X axis –
Parallel
1
Ground
Módulos eletrônicos: Y axis
Parallel
1
Parallel
1
ⱷ
BSG Horizontal Position (Y axis)
Os chassis VOLKSBUS possuem teclas com conceito de acionamento que facilita a montagem no painel. Todas as
teclas possuem o mesmo dimensional e o corte no painel para seu encaixe deve seguir as mesmas dimensões.
A espessura da chapa utilizada na confecção do painel deve ser de 2,0 a 2,5 mm para a perfeita fixação das teclas.
Espessuras maiores que 2,5 mm podem danificar as travas e menores que 2,0 mm pode ser insuficientes para
fixação firme.
Os cabos e fusíveis foram dimensionados conforme sua aplicação sendo de extrema importância que os mesmos
sejam religados como fornecido..
Posição 1 (F1)–VAZIO (Espera PÓS chave geral)
PRÉ FUSE BOX - (APENAS PARA OS MODELOS 15-190 OD, 17-230 OD E 17-260 OD).
Chave geral:
Em situações de emergência e/ou manutenção do veículo,
a chave geral deve ser acionada. Ela é responsável pelo
desligamento do sistema elétrico, exceto LU, ECM e tacógrafo.
Caso seja necessária a retirada da chave geral para montagem
da carroceria do veículo, a remontagem deve respeitar a ligação
original e os torques aplicados.
A pré fusebox foi desenvolvida de forma a tornar possível a
instalação de chave geral eletromagnética, caso seja desejável,
em substituição da chave mecânica.
Basta instalá-la entre os bornes 5 e 6 da pre fusebox..
KL 15.
KL 31 -Pontos de aterramento.
• KL 54 –Freio.
• RF –Reverse.
• L –Seta à esquerda.
• R –seta à direita.
IMPORTANTE:
Quando o sinal EngineRunning (D+ do alternador) for utilizado, deve-se utilizar um relé para evitar interferências com outros
componentes do chassi.
Os chassis VOLKSBUS possuem um sensor de temperatura ambiente. Este sensor tem como função medir e
informar ao veículo a temperatura ambiente no local. Ele está conectado módulo de controle do motor. Para que o
sistema opere corretamente, as diretrizes contidas neste documento devem ser rigorosamente seguidas.
As peças necessárias à montagem do sensor são fornecidas fixadas no chicote da lanterna, próximo à interface
com o chicote do painel dos chassis de ônibus em posições provisórias, para que os fabricantes de carroceria
realoquem o conjunto para o posicionamento definitivo..
As baterias devem ser posicionadas o mais próximo possível do motor de partida e em local protegido e ventilado.
Sua posição deve permitir acesso suficiente para manutenção e/ou substituição das baterias sempre que
necessário.
As bitolas e comprimentos dos cabos devem ser dimensionados em função da distância entre o motor de partida e a
caixa de baterias devendo se evitar excesso de cabo para não prejudicar os roteiros definidos e possíveis interferências
com outros componentes.
As buzinas utilizadas nos chassis VOLKSBUS são dispositivos testados e homologados de acordo com os mais
rigorosos padrões de qualidade. Porém, certos cuidados devem ser tomados para que não ocorram falhas.
A buzina deve ser posicionada de forma a atender legislação vigente, atendendo os níveis de sonoridade exigidos à
legislação local de operação do veículo.
Falhas ocorridas devido ao processo de encarroçamento não são comtempladas em garantia.
Sempre que equipamentos 12V forem instalados no veículo, se fará necessária a instalação também de um
transformador de tensão 24V/12V.
A utilização de 12V retirados individualmente das baterias do veículo não é permitida. Caso algum dano ocorra
devido essa má prática, os equipamentos danificados não serão cobertos em garantia..
Nos casos em que o tanque de combustível do veículo é fornecido pelo fabricante de carroceria, a calibração do o
sensor de nível de combustível deve atender as características elétricas de acordo com a tabela.