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Angelina Trinta Alexandre

Linguagem de Programação PLC

Instituto Industrial e Comercial de Nampula


Nampula
2023
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Angelina Trinta Alexandre

Linguagem de Programação PLC

Instituto Industrial e Comercial de Nampula

Nampula
2023
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Índice

1. Introdução............................................................................................................................. 4

2. Linguagem de programação ................................................................................................. 5

2.1. Gráficas ............................................................................................................................. 5

2.2. Textuais ............................................................................................................................ 5

2.3. Diagrama de blocos de funções (FBD)............................................................................. 5

2.4. Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC) ou GRAFCET ............................................ 5

2.5. Lista de Instruções (IL)..................................................................................................... 6

2.6. Texto Estruturado (ST) ..................................................................................................... 6

2.7. Diagrama Ladder (LD) ..................................................................................................... 6

2.8. Programação PLC ............................................................................................................. 7

3. Controlador Lógico Programável (PLC) .............................................................................. 8

3.1. Funcionamento do PLC .................................................................................................... 9

3.2. Tipos de linguagem de programação do PLC ................................................................ 10

4. Entradas do CLP................................................................................................................. 10

4.1. Exemplos de entradas digitais ........................................................................................ 10

4.2. Exemplos de entradas analógicas ................................................................................... 11

5. Saídas do CLP .................................................................................................................... 11

5.1. Exemplos de saídas digitais ............................................................................................ 11

5.2. Exemplos de saídas analógicas ....................................................................................... 11

6. Ciclo de varredura do CLP ................................................................................................. 11

7. Conclusão ........................................................................................................................... 13

8. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 14


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1. Introdução

O presente trabalho de caracter avaliativo, tem como síntese de abordagem a programação PLC,
entretanto, as linhas de produção exigem o uso de sistemas automatizados, e o PLC está inserido
nessa realidade. É ele que facilita o controle e o monitoramento de processos. Para conseguir
utilizar esse dispositivo, é preciso fazer a sua programação que pode ser simples ou complexa,
dependendo da sua aplicação. Abordarei também nesse trabalho um pouco sobre o uso do PLC,
suas diferentes linguagens e quais caminhos seguir para, efetivamente, fazer a programação
PLC.
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2. Linguagem de programação

Conjunto padronizado de instruções que o sistema operacional é capaz de reconhecer.

2.1.Gráficas

A norma IEC 61131-3 definiu cinco linguagens de programação:

✓ Diagrama de blocos de funções (FBD- Function Block Diagram);


✓ Linguagem Ladder (LD-Ladder Diagram);
✓ Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC- System Function Chart);

2.2.Textuais
✓ Lista de Instruções (IL- Instruction List);
✓ Texto Estruturado (ST-Structured Text).

2.3.Diagrama de blocos de funções (FBD)

É uma das linguagens gráficas de programação, muito popular na Europa, cujos elementos são
expressos por blocos interligados, semelhantes aos utilizados em eletrônica digital.

Este modelo de linguagem gráfica é muito comum na Europa. Seu nome vem do termo em inglês
Function Block Diagram (FBD). Apresenta blocos interligados e é adequado para aplicações
com troca de dados entre elementos de controle.

Esta linguagem é flexível e tem blocos elementares de funções, com entradas e saídas
conectadas no bloco por meio de linhas. Permite o uso de blocos pré-programados, como
contadores, lógicas booleanas e temporizadores. Além disso, blocos podem ser criados da
maneira que o usuário quiser, com a técnica de encapsulamento.

2.4.Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC) ou GRAFCET

É uma linguagem gráfica que permite a descrição de ações sequenciais, paralelas e alternativas
existentes numa aplicação de controle..

Também conhecido como Sequential Function Chart (SFC) ou Grafcet. Esta linguagem gráfica
é indicada para operações sequenciais, descrevendo atividades paralelas e alternativas.
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2.5.Lista de Instruções (IL)

Lista de Instruções: LD I1 AND I2 AND I3 ST L É indicada para pequenos CLPs ou para


controle de processos simples.

Esta linguagem textual, também chamada de Instruction List (IL), tem aspecto sequencial. Ela
atende diretamente aos comandos do computador e é indicada para aplicações de pequeno porte
ou para melhorar partes de um sistema. Sua estrutura contém um acumulador para armazenar
resultados parciais. Neste modelo, cada instrução fica em uma linha e deve ser precedida de um
rótulo (etiqueta) e, depois, devem ser inseridos dois pontos (:).

Aceita a inclusão de modificadores, comentários e/ou linhas em branco.

2.6.Texto Estruturado (ST)

É uma linguagem textual de alto nível, inspirada na linguagem Pascal, contém os elementos
essenciais de uma linguagem de programação moderna. É a mais recomendada para aplicações
complexas que envolvam a descrição de comportamento sequencial

O texto estruturado ou Structured Text (ST) é considerado uma linguagem textual de


programação moderna e robusta, sendo utilizado em aplicações de alto nível. Possibilita a
administração de dados como duração de tempo, datas e horas.

Consegue trabalhar com diferentes tipos de valores digitais e analógicos. Sua estrutura se
apresenta em blocos e contém instruções interacionais (FOR, WHILE e REPEAT) e
condicionais (IF-THEN-ELSE e CASE OF).

2.7.Diagrama Ladder (LD)

É uma linguagem gráfica baseada na lógica de relés e contatos elétricos para a realização de
circuitos de comandos de acionamentos. Por ser a primeira linguagem utilizada pelos
fabricantes, é a mais difundida e encontrada em quase todos os CLPs da atual geração.

Este nome é a tradução para Ladder Diagram (LD). Trata-se do tipo mais popular de linguagem
de programação gráfica. É similar a uma escada, com barras verticais e paralelas.
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A linguagem Ladder é uma linguagem de programação de CLP que representa um programa


por um diagrama gráfico baseado na lógica dos relés, ou seja, parece com o diagrama
esquemático de um painel de relés. O nome é baseado no fato de que a representação gráfica do
programa lembra o formato de uma escada (ladder em inglês).

Enquanto no início da história dos CLPs a linguagem Ladder era a única linguagem disponível
para a programação de CLPs, atualmente outras formas de programação estão padronizadas
dentro da norma IEC-61131-3. Entre as novas opções estão a lista de instruções e o diagrama
de blocos.

2.8.Programação PLC

A Programação de PLC a partir dos sinais de I/O (sensores e atuadores) é a responsável pelo
controle de toda a máquina ou equipamento. Sua programação, além de atender aos requisitos
de produção, também deve ser estruturada e acessível para disponibilizar, de forma rápida e
precisa, diagnósticos de falhas.

Também atuamos na programação de PLC’s de segurança (também chamados de PLC Safety).


Neste caso, utilizamos um equipamento devidamente projetado em atendimento às normas de
segurança, ao invés de vários relés de segurança com complexos intertravamentos e longas
cadeias elétricas o que, consequentemente, tendem a causar várias falhas.

O PLC Safety é devidamente projetado para receber os sinais de segurança, como botões de
emergência, barreiras ópticas e travas de portas. Além disso, possui também as funções de
acionar os circuitos dos contatores do circuito de segurança. Todos estes sinais podem,
inclusive, serem interligados a remotas de rede devidamente habilitadas para este fim.

A programação CLP deve atender aos requisitos da produção, da máquina a que será aplicada.
Existem várias formas de programação CLP.

Para quem está começando a aprender essa atividade, aqui vão algumas dicas:

✓ Domine a estrutura da programação que será usada, para que você consiga, realmente,
colocá-la em prática;
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✓ Conheça bem quais são as interferências da máquina dentro de seu processo de


programação;
✓ Entenda as funções necessárias para a sua aplicação específica.

Essas recomendações são válidas para qualquer CLP, independente de marca, modelo, estrutura
ou fabricante.

A melhor maneira de fazer programação CLP é encontrando um curso que ensine os conceitos
e a composição lógica do dispositivo. Assim, você conseguirá criar seu raciocínio, para realizar
a programação de maneira concisa.

3. Controlador Lógico Programável (PLC)

PLC ou CLP é a sigla para Controlador Lógico Programável, uma unidade eletrônica usada para
a automação de máquinas e processos industriais.

O PLC (sigla proveniente da língua inglesa que se refere a Programmable Logic Controller) ou
CLP (respectiva tradução para o português cujo significado é Controlador Lógico Programável)
trata-se de um equipamento cuja função é essencialmente relacionada ao desempenho de
atividades de comando e monitoramento de outros dispositivos, como máquinas e demais
processos industriais.

Cada PLC possui um software desenvolvido especificamente de acordo com as necessidades


particulares de cada cliente, altamente personalizados e precisamente adaptados à situação em
que serão aplicados. Por essa razão, é absolutamente primordial que seja feito um levantamento
detalhado das reais necessidades atuais e futuras do cliente.

Semelhante aos computadores tradicionais, este equipamento digital realiza funções específicas
a partir de programas realizados. Ele é composto por cartões de entrada e saída, memória,
processador, barramento e fonte de alimentação.

Sua memória é programável e capaz de armazenar comandos e executar tarefas determinadas,


como operações matemáticas envolvendo os dados coletados, controle de motores de passo e
servos motores, entre outras funções.
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Figure 1: Controlador Lógico Programável (PLC)


O controlador recebe informações de sensores e outros dispositivos, faz o processamento dos
dados e controla os dispositivos de saída ou atuadores, de acordo com a programação dada. Faz
leituras em tempo real, começa e pausa operações, sinaliza inconformidades e registra
informações como a temperatura do processo. Adequado para uso em campo por conta de sua
capacidade de atuar sob condições adversas, como temperatura alta e poeira. O CLP tem
proteção contra vibrações, ruídos, impactos e interferências eletromagnéticas.

3.1.Funcionamento do PLC

O controlador lógico programável funciona recebendo informações de sensores e dispositivos


de entrada, processando os dados e controlando atuadores e dispositivos de saída conforme
programas previamente instalados.

Figure 2: Controlador Lógico Programável

Baseado nas leituras das entradas e saídas o CLP pode registrar dados em tempo real, tais como
produtividade de uma máquina ou a temperatura de operação, automaticamente iniciar ou
interromper um processo, gerar alarmes no caso de mal funcionamento e muito mais.
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3.2.Tipos de linguagem de programação do PLC

A programação do CLP é dividida em cinco linguagens diferentes, que se classificam em duas


categorias principais: gráfica e textual.

A linguagem textual possui registros escritos e a gráfica apresenta elementos visuais, na forma
de esquemas elétricos ou de blocos.

São cinco linguagens de programação em conformidade com a norma IEC 61131-3, da


Comissão Eletrotécnica Internacional:

Figure 3: As cinco linguagens de programação

4. Entradas do CLP

Entradas de um CLP são os pontos de conexão onde são ligados os sensores. Podem ser
localizados em módulos, no caso de CLPs modulares, ou estar incorporados no gabinete único,
no caso de CLPs compactos.

Figure 4: Entradas do CLP

4.1.Exemplos de entradas digitais


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• 24 volts CC – tipo P ou N
• 110 volts CA (triac) ou 220 volts CA (triac)
• Encoder ou contador rápido (5Vcc, 10Vcc ou 24Vcc)

4.2.Exemplos de entradas analógicas


• 0 a 5V ou 0 a 10V
• 0 a 20 mA ou 4 a 20mA
• PT100 ou Termopar

5. Saídas do CLP

Saídas de um CLP são os pontos de conexão onde são ligados os atuadores. Podem ser
localizados em módulos, no caso de CLPs modulares, ou estar incorporados no gabinete único,
no caso de CLPs compactos.

5.1.Exemplos de saídas digitais


• 24 VCC (transistor) – tipo P ou N
• 110 VCA ou 220 VCA (triac)
• Relé

5.2.Exemplos de saídas analógicas


• 0 a 5V ou 0 a 10V
• 0 a 20 mA ou 4 a 20mA

6. Ciclo de varredura do CLP

O funcionamento dos CLPs é um processo contínuo chamado de varredura. Em cada ciclo de


varredura, o equipamento realiza as seguintes atividades:

• Leitura das entradas


• Execução das instruções do programa
• Escrita (atualização) das saídas
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Figure 5: Ciclo de varredura do CLP


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7. Conclusão

Feito o trabalho, conclui que qualquer máquina deve estar adequada ao contexto da fábrica onde
a mesma está instalada, ou seja, sua programação deve prever, num aspecto amplo, todas as
funcionalidades necessárias tanto para sua operação, quanto para sua manutenção. Cada PLC
possui um software desenvolvido especificamente de acordo com as necessidades particulares
de cada cliente, altamente personalizados e precisamente adaptados à situação em que serão
aplicados. Por essa razão, é absolutamente primordial que seja feito um levantamento detalhado
das reais necessidades atuais e futuras do cliente.
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8. Referências Bibliográficas

GLADIMIR Pinto da Silva, Curso Técnico de Eletromecânica - CEFET RS - Disciplina de


PLC – Controladores Lógicos Programáveis

Miguel Neto Automação Industrial Professor Miguel Neto Linguagem de programação do CLP

https://blog.kalatec.com.br/programacao-clp/ (Acesso no dia – 19 de Agosto de 2023)

https://siautec.com.br/integracao-de-sistemas-automatizados/programacao-de-plc-e-ihm/
(Acesso no dia – 19 de Agosto de 2023)

https://www.mundodaeletrica.com/aprenda-o-que-e-programacao-de-clp/ (Acesso no dia – 19


de Agosto de 2023)

https://alfacomp.net/2021/03/19/clp-o-que-e-e-como-funciona/ (Acesso no dia – 19 de Agosto


de 2023)

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