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• 5º ANO ESPECIALIZADO E CURSO PREPARATÓRIO •

• 3º SIMULADO/2014 - 2ª ETAPA •
LÍNGUA PORTUGUESA

Nome do(a) Aluno(a): _______________________________________________________________ Turma: _________

RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

01) Verifique o total de folhas (17) deste Simulado. Ele 04) Não será permitido o uso de corretor.
contém 20 (vinte) questões de múltipla escolha. 05) Somente serão tiradas dúvidas de impressão. Para isto
02) Você está recebendo junto com a prova um cartão- chame o fiscal.
-resposta onde deverá assinalar com caneta azul 06) Você terá 2 (duas) horas para fazer esta prova.
suas respostas () das questões objetivas.
07) Aguarde o sinal para início.
• As respostas a lápis NÃO SERÃO CONSIDERADAS!
08) Tire todo o proveito do tempo que lhe é dado.
• Para cada pergunta há somente uma resposta,
pense bem antes de assinalar sua opção porque: 9) Confira suas respostas antes de passar para o cartão-
- as questões rasuradas não serão consideradas; -resposta.
- mais de uma resposta na mesma pergunta invalida 10) Entregue o cartão-resposta ao fiscal da sua sala.
a questão.
03) Não se esqueça de preencher o cabeçalho da pro- Faça tudo com bastante atenção.
va e do cartão-resposta com os dados pedidos.

Coloque o nome completo sem abreviaturas.
Boa Prova!

Você já pensou qual profissão gostaria de exercer? É inevitável, todo mundo pensa sobre isso!
Desde pequenos, somos indagados sobre o que queremos ser quando crescermos. Dizemos diversas
coisas, tais como: bailarina, jogador de futebol, bombeiro, entre outros.
As escolhas têm a ver com o momento em que se está vivendo: uma pessoa serve como exemplo, um
brinquedo, enfim, são diversas as influências as quais sofremos. O importante é se sentir feliz quando a hora
da escolha chegar!
Das mais valorizadas até as “menos importantes”, dá para imaginar um mundo sem profissões?
.2.

No texto que você vai ler agora, um menino de oito anos vai mostrar sua visão sobre o que
significa crescer...

TEXTO I

O QUE LELÊ VAI SER QUANDO CRESCER?

1 Ontem foi o maior chato.


É que eu tive que ir numa festa de adulto porque a minha mãe não tinha com quem me deixar. E festa
de adulto é o maior chato.
É chato porque não tem outras crianças para brincar, porque a tevê fica desligada, porque não tem
5 vídeo game e porque não tem cachorro-quente nem sorvete, só uns pãezinhos pequeninhos com umas
gosmas em cima.
Mas o pior é que em festa de adulto eles falam com a gente como se a gente fosse meio abobado.
Tipo assim, quando eu perguntei onde era o banheiro, a dona da casa respondeu: “O banheiro é ali.
Você já vai sozinho?”. Depois, um cara com cara de velho, mas cabelo bem preto me perguntou: “Quantos
10 anos você tem? Seis ou sete?” E uma mulher com unha comprida falou: “Sabe que você está a cara da
sua mãe?”
Deu vontade de responder: “A cara da minha mãe?! Então eu vou fazer plástica porque eu sou menino e
ela é mulher!”. Para o homem de cabelo preto eu ia dizer: “Eu tenho quase nove, mas um dia vou ter cento e
vinte que nem você!”. E para a dona da casa eu ia falar: “Não, não sei ir ao banheiro sozinho. Eu uso fralda!”
15 Pô, adulto não sabe conversar direito!
Mas o pior mesmo é que todo mundo quer saber o que você vai ser quando crescer. Parece que é
só o que eles sabem falar: “O que você vai ser quando crescer?”, “O que você vai ser quando crescer?”,
“O que você vai blá-blá-blá…”
Teve um casal que chegou perto de mim e aí ela falou assim: “O que você vai ser quando crescer,
20 Leocádio? Acho que você vai ser médico. Aposto que você vai ficar superbem de branco.”
E aí o marido dela disse: “Que nada! Ele vai ser é jogador de futebol.”
— Médico!
— Jogador de futebol!
— Médico!
25 — Jogador de futebol!
— Médico!
— Jogador de futebol!
E aí eles começaram a brigar e eu saí dali porque eu sei que não vou
ser nenhuma dessas coisas porque eu sou grosso no futebol e, quando
30 eu uso roupa branca, eu sempre fico o maior sujo.
Bom, eu ainda não sei o que eu quero ser quando crescer, mas eu já pensei em um monte de coisas:
eu podia ser palhaço porque é legal fazer os outros darem risada; podia ser astronauta porque fazer viagens
espaciais é bacana; podia ser escritor que nem o meu tio porque ele trabalha em casa e sempre dá uma
paradinha para jogar Playstation; e podia ser motorista de táxi porque eles passeiam o dia todo e ainda
35 ganham dinheiro para isso (sem falar que eles devem ser o maior inteligentes porque sempre sabem a
solução para tudo).
Depois eu fiquei pensando que, quando os adultos perguntam o que você vai ser quando crescer,
eles querem saber é “em que você vai trabalhar quando crescer.” Mas isso é esquisito porque a gente não
é um trabalho.
.3.

40 Os adultos não querem saber se eu vou querer morar numa praia ou num morro, se eu vou querer
ter um monte de filho ou nenhum, se eu vou ser engraçado ou sério, se eu vou querer ler muitos livros ou
ver muita tevê, se eu vou ser alegre ou triste, se eu vou ser alto ou baixinho. Eles só querem saber no que
eu vou trabalhar.
Então eles tinham que perguntar: “No que você vai trabalhar?”, e não “O que você vai ser?”.
45 Da próxima vez que um adulto me perguntar o que que eu quero ser quando crescer, eu não vou
responder uma profissão porque eu não quero ser um trabalho, eu quero ser outras coisas também.
Quando eu crescer eu quero ser sabido (que nem motorista de táxi), quero saber fazer piada (que
nem palhaço), viajar muito que nem astronauta (pode ser aqui na Terra mesmo), e jogar Playstation que
nem o meu tio (que nem ele, não, melhor, porque ele é meio ruim).
50 E também quero ser altão, alegre, morar na praia, ler livro e ver tevê ao mesmo tempo.
Ah, e eu quero ser legal. Mesmo que eu não seja palhaço, astronauta, escritor ou motorista de táxi.

JOSÉ ROBERTO TORERO.As primeiras histórias de Lelê. São Paulo: Panda Books, 2007. P.12-14.

1ª QUESTÃO

“E festa de adulto é o maior chato.” (ls. 2 e 3)

Indique a única opção que não apresenta a causa para o fato acima, segundo o narrador:
A - ( ) As comidas servidas não agradam o seu paladar.
B - ( ) Ele fica sozinho sem ninguém da sua idade para brincar.
C - ( ) Ter de assistir à televisão enquanto os adultos se divertem.
D - ( ) A maneira como os adultos falam com ele o incomoda.
E - ( ) A mania que os adultos têm de perguntar que profissão a criança vai seguir quando for mais velha.
.4.

2ª QUESTÃO

A substituição dos vocábulos grifados nos trechos abaixo, pelos que se encontram entre parênteses, altera o
sentido da frase na opção:
A - ( ) “Ontem foi o maior chato." (l. 1) (desagradável)
B - ( ) “... porque eu sou grosso no futebol ...” (l. 29) (habilidoso)
C - ( ) “Sabe que você está a cara da sua mãe?” (ls. 10 e 11) (semelhante à)
D - ( ) “Pô, adulto não sabe conversar direito.” (l. 15) (dialogar)
E - ( ) “... mas eu já pensei em um monte de coisas...” (l. 31) (várias)

3ª QUESTÃO

É incorreto afirmar sobre o Texto I:


A - ( ) É escrito em forma de prosa.
B - ( ) Apresenta ocorrência de discurso direto e indireto.
C - ( ) Possui foco narrativo em 1ª pessoa.
D - ( ) O narrador é uma criança.
E - ( ) Há predominância da linguagem formal.

4ª QUESTÃO

Pode-se afirmar que o narrador do Texto I:


A - ( ) sabe exatamente as vantagens e desvantagens das profissões que o atraem.
B - ( ) não tem ideia das verdadeiras obrigações próprias de cada profissão.
C - ( ) tem uma visão bastante clara do que vai ser quando crescer.
D - ( ) escolhe profissões bem semelhantes, pois conhece suas habilidades.
E - ( ) apesar da idade, já decidiu a profissão que seguirá quando adulto.

Muitas profissões são tão desvalorizadas pela sociedade que até os próprios profissionais acabam achando
que não são tão úteis assim. Esse é o caso do padeiro, personagem do próximo texto...

TEXTO II
O PADEIRO
Rubem Braga
1 Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira
no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento —
mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante
me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera
5 sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma
greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam
o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar
seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei
bem o que do governo.
.5.

10 Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não
é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de
um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha
deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha,
mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
15 — Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar
aquilo?
"Então você não é ninguém?"
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo
20 de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá
de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não
senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para
25 explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também,
como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase
sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros
exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que
30 levava para casa, além de reportagens ou notas que eu havia escrito sem assinar, ia uma crônica ou artigo
com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração
eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; "não é ninguém, é o
padeiro!"
E assobiava pelas escadas.
Ai de ti, Copacabana. 6.ed.Rio de Janeiro, Record, 1981. P. 36-7.

Vocabulário:
• ablução - lavagem de todo o corpo ou de parte dele

5ª QUESTÃO

Assinale a opção correta sobre o Texto II:

A - ( ) O padeiro sentia-se ofendido em saber que as pessoas não o consideravam importante.

B - ( ) No desfecho do texto, o narrador considera-se um profissional mais importante do que o padeiro.

C - ( ) Escrever crônica para os jornais tornava o narrador mais importante profissionalmente que um simples
padeiro.

D - ( ) Naquela manhã, o narrador não encontrou em sua porta o costumeiro pão porque os padeiros estavam
em greve.

E - ( ) A humildade do padeiro colaborou para que o narrador percebesse que o fato de ser jornalista não o
tornava mais importante que os outros profissionais.
.6.

6ª QUESTÃO

“... e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro:” (l. 22)

A que ou a quem se refere o pronome sublinhado?


A - ( ) À empregada que atendeu a porta.
B - ( ) Ao jornalista.
C - ( ) Ao padeiro.
D - ( ) À dona da casa.
E - ( ) Ao leitor.

7ª QUESTÃO

“Eu não quis detê-lo / para explicar que estava falando com um colega...” (ls. 24 e 25)

Entre as orações acima, foi estabelecida a respectiva relação de:


A - ( ) fato / consequência.
B - ( ) finalidade / fato.
C - ( ) fato / causa.
D - ( ) fato / finalidade.
E - ( ) causa / consequência.

8ª QUESTÃO

“... além de reportagens ou notas que eu havia escrito sem assinar...” (l. 30)

A forma verbal simples que substitui corretamente a locução verbal destacada é:
A - ( ) escrevera.
B - ( ) escrevia.
C - ( ) escrevi.
D - ( ) escreveria.
E - ( ) escreverá.
.7.

Outros profissionais são muito temidos...

TEXTO III

9ª QUESTÃO

Leia as afirmativas abaixo e, em seguida, marque a opção correta sobre elas:

I - Os amigos de Hamlet acharam sem graça a profissão escolhida por ele.


II - Hamlet demonstrou conhecer a função de um dentista.
III - A expressão “ Oh, puxa...”, que aparece no último quadrinho transmite sentimento de indignação.

A - ( ) Somente as afirmativas I e II são falsas.


B - ( )Todas as afirmativas são verdadeiras.
C - ( ) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
D - ( ) Somente as afirmativas II e III são falsas
E - ( ) Todas as afirmativas são falsas.
.8.

Mas algumas profissões são verdadeiros sonhos que, muitas vezes, tornam-se realidade...

TEXTO IV
A BAILARINA

Cecilia Meireles

1 Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré


5 mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá


mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,


mas fecha os olhos e sorri.

10 Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar


e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


e diz que caiu do céu.

Esta menina
15 tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


e também quer dormir como as outras crianças.

10ª QUESTÃO

Assinale a única opção que apresenta uma informação equivocada sobre a menina que quer ser bailarina:
A - ( ) Não deseja parar de dançar um momento sequer.
B - ( ) Consegue equilibrar-se.
C - ( ) Enfeita os cabelos para dançar.
D - ( ) Sente-se alegre ao dançar.
E - ( ) Não possui conhecimento das notas musicais.
.9.

11ª QUESTÃO

Em “mas inclina o corpo para cá e para lá.” (v. 7), a palavra destacada expressa uma ideia de:
A - ( ) causa.
B - ( ) modo.
C - ( ) lugar.
D - ( ) tempo.
E - ( ) comparação.

Há pessoas que conseguem unir o útil ao agradável...

TEXTO V

COBRADOR, MAS PODE CHAMAR DE FOTÓGRAFO

Antonio Erivaldo Silva leva sempre a câmera digital


para o trabalho e registra o que dá.

1 Quando sai de casa para o trabalho, às 4h 30min, zonzinho de sono, o cobrador


de ônibus Antonio Erivaldo Silva, de 44 anos, pode esquecer tudo, menos sua câmera
digital. Nunca se sabe em que momento da viagem do Ipiranga ao centro vai aparecer
a imagem que ele não pode deixar de registrar. Parte delas está no fotolog. terra.com.
br/toninho, que criou há quatro meses.
5 [...]
Toninho tinha 10 anos quando deixou Crato, cidade de pouco mais de 100 mil
habitantes, no Ceará, com a mãe, os irmãos e os avós para tentar a vida em São Paulo,
depois que o pai morreu. Estudou até o colegial, trabalhou numa metalúrgica e na
área administrativa de uma empresa. Ficou desempregado. Há três anos conseguiu
10 uma vaga de cobrador. Não reclama: carteira assinada, pagamento no dia certo, horas
extras, tudo direitinho.
Passa oito horas sentadas no banco de um trólebus que faz a linha Gentil de
Moura-Praça da República. Quatro viagens por dia, ida e volta, trânsito, fumaça, congestionamento. Foi então
que Toninho fez do seu limão uma limonada. Ele já fotografava com uma câmera Kodak. “Era simplesinha,
15 não dava para tirar fotos legais. Eu nunca sabia como a foto ia sair. Cortava cabeças e pernas, queimava.
Gastava a maior grana para revelar e, quando via, aquilo não servia. Larguei de
mão´”.
[...] Há um ano, justo quando mudou de linha (antes fazia a Vila Prudente-
Praça Clóvis, sem muita graça) resolveu investir R$400,00 numa câmera digital,
20 comprada em prestações a perder de vista.
É uma Benq DC 1500 pequena, levinha e sem grandes recursos. Não
tem zoom, o visor é mínimo, tem baixa resolução. Para a internet até dá, mas se
ampliadas as fotos perdem qualidade. Seja como for, a câmera virou companheira
inseparável. Carrega-a numa pasta para cima e para baixo. Com aquela camerinha,
25 registra o mundo e mostra o que o seu olhar captou a um monte de gente.
[ ...]
ROSA BASTOS. O Estado de S. Paulo.
.10.

12ª QUESTÃO

Pelo que você leu no Texto V, pode-se afirmar que:


A - ( ) Toninho só saiu de sua cidade natal depois de conseguir um emprego na empresa de ônibus.
B - ( ) Desde o dia em que começou a trabalhar como cobrador até hoje ele nunca ficou nenhum dia sem
tirar fotos durante as viagens.
C - ( ) Toninho largou a profissão de cobrador para se dedicar à fotografia.
D - ( ) Todas as fotos tiradas pelo cobrador são colocadas no fotolog que ele criou.
E - ( ) Apesar das dificuldades, Toninho está contente com sua profissão e faz da fotografia seu passatempo.

13ª QUESTÃO

“Foi então que Toninho fez do seu limão uma limonada” (ls. 13 e 14)

Marque a opção que apresenta a melhor interpretação para o trecho acima:


A - ( ) Toninho soube tirar proveito das vantagens e das desvantagens do seu trabalho.
B - ( ) Ele descobriu que sua vocação era tirar fotos.
C - ( ) O cobrador aprendeu a fotografar paisagens.
D - ( ) Toninho resolveu investir em uma câmera mais moderna.
E - ( ) Ele não conseguiu aliar o seu dever ao que lhe dava prazer.

14ª QUESTÃO

Na nossa língua, o diminutivo desempenha diversas funções. Identifique a opção na qual o vocábulo destacado
não transmite a ideia de superlativo:
A - ( ) “Quando sai de casa para o trabalho, às 4h 30min, zonzinho de sono...” (l. 1)
B - ( ) “...pagamento no dia certo, horas extras, tudo direitinho.” (ls. 10 e 11)
C - ( ) “Era simplesinha, não dava para tirar fotos legais.” (ls. 14 e 15)
D - ( ) “Com aquela camerinha registra o mundo...” (ls. 24 e 25)
E - ( ) “É uma Benq DC 1500 pequena, levinha e sem grandes recursos.” (l. 21)
.11.

Às vezes, a profissão que seguimos é uma vocação que se descobre ainda na infância...

TEXTO VI

RIO DE JANEIRO, 10 DE AGOSTO DE 2014.

Alô, Guilherme, tudo bem?


Você lembra quando a gente conversava do que ia ser quando crescer? Você
sempre sabia o que queria, só que a toda hora mudava. Médico, arquiteto, escritor.
Eu não. Lembra? Eu nunca sentia muita vontade de ser nada. E daquela última vez
que a gente conversou, eu até te disse: acho que eu não vou ser nada de tanto que
eu não sei o que eu quero ser.
Mas agora você vai ficar bobo: essa semana – até que enfim! – eu descobri
o que eu quero!
Adivinha!
Pensa bem!
Resposta lendo de trás para frente: rosseforp.
Isso mesmo! Professor!
Tá duvidando? No princípio eu também duvidei.
Tudo começou por causa do Tuca, aquele bolsista que veio pra escola e que senta no mesmo lugar que
você sentava. Eu comecei dando explicações de Matemática para ele. Mas agora eu estou dando aula de tudo,
pra ver se ele alcança a turma. Senão ele é capaz de perder essa bolsa!
Eu nunca tinha pensado que eu ia gostar de ensinar, mas sabe? Quando
o Tuca saca o que eu explico, me dá uma sensação de... sei lá, isso eu não
sei explicar. Só sei que é bom. Então resolvi que eu vou ser professor.
E você? Continua mudando de profissão toda hora?
Vê se escreve, viu, cara?
Abração
Rodrigo

15ª QUESTÃO

Tendo em vista o contexto da carta lida, podemos afirmar que:


A - ( ) Guilherme tinha certeza de que não seguiria nenhuma profissão no futuro.
B - ( ) se Tuca não se sair bem nas provas, pode perder o direito à bolsa de estudos.
C - ( ) Guilherme e Rodrigo ainda estudam na mesma sala.
D - ( ) Guilherme decidiu ser professor porque gosta da sensação que sente quando entendem o que ele explica.
E - ( ) Rodrigo ainda tem dúvidas sobre a profissão que seguirá no futuro.

16ª QUESTÃO

O ponto de exclamação é um elemento muito expressivo em nossa língua. No trecho: “... até que enfim!...”, ele
colabora para transmitir ideia de:
A - ( ) repreensão.
B - ( ) alívio.
C - ( ) reprovação.
D - ( ) indignação.
E-( ) compreensão.
.12.

E ainda tem gente que pensa cada coisa...

TEXTO VII
CRIATIVIDAR

1 Na aula, Dona Clara, professora de coração bem arrumado, estava


fazendo perguntas. Era uma pessoa cheia de luz azul. Linda. Queria,
sempre, tirar de cada criança o melhor. E conseguia.
Naquela manhã ela estava dando “Profissões”.
— Qual é a profissão de seu pai, Luciano?
5 — Gerente de supermercado.
— E de seu pai?
— Marceneiro — disse, logo, Mariano.
Dona Clara, então, como quem não quer nada, olhou a cara de
Edinho e mandou:
10 — E seu pai faz o quê?
Edinho, sem mudar a cara, e olhando no olho, nem pensou uma vez:
— Astronauta
Dona Clara só não riu porque sabia que não podia ferir alma de criança e quis ouvir de novo:
— Ele é o que, Edinho?
15 O folgado repetiu mais firme ainda:
— Astronauta.
Dona Clara quis dar uma última oportunidade:
— Você não quer dizer, por acaso, astrônomo? Um homem que
se relaciona com os astros?
20 — Não, tia.
E silabou, pra não deixar dúvida:
— As-tro-nau-ta.
Aí ela perdeu a paciência porque, inclusive, alguns garotos da
turma começaram a rir.
25 — Astronauta? Seu pai não pode ser astronauta.
— A senhora é que pensa! É segredo, sabia?
— Segredo, não é?
— Segredo. Pro papai só falta, mesmo, é aquela roupa.
Dona Clara não larga o olho no olho e, desta vez, quer brincar.
30 — E onde é que seu pai faz o treinamento dele?
O cinismo de Edinho é de ninguém botar defeito:
— E a senhora acha que eu vou dizer?
E acrescenta:
— Papai, também, vai correr na Fórmula Um.
35 — Vai, não é? — diz Dona Clara.
— Vai. E ele também é aviador!
A professora, de início, não quer chamar o menino de mentiroso porque é antipsicológico, mas não
pôde deixar aquilo passar em branca nuvem ou nuvem de qualquer cor.
— Você precisa resolver de uma vez. Seu pai é aviador, astronauta ou corredor de Formula Um?
40 Edinho, então, surpreende Dona Clara;
— Ele é tudo o que eu pensar que ele é.
— Ah, quer dizer que ele vai viver todas as suas mentiras.
.13.

— Não é mentira, Dona Clara. A senhora não falou que criança deve incrementar a imaginação?
— E daí?
45 — Daí que eu gosto de inventar.
Tia Clara sorri, sem poder se conter. Está desarmada:
— Quer dizer que mentira, agora, é imaginação, é invenção, não é?
— E não é?
— Claro que não, querido! Uma coisa é você inventar uma história e outra é você mexer com a verdade.
50 Uma coisa é você sonhar e saber que está sonhando e outra coisa é você contar seu sonho como se fosse
realidade.
— Pra mim não dá pra separar. Eu até já sonhei que a senhora era rainha! Só não deu certo porque
a senhora, no sonho, não sabia falar inglês.
— Mas eu sei falar inglês, seu bobinho!
55 Edinho, então desarma:
— Então tudo bem. Rainha. Pouco depois estava reclamando:
— Engraçada, essa tia. Fala, na aula, de criatividade, criatividade. Quando a gente começa a criatividar,
não deixa.
PEDRO BLOCH. Arigatô. São Paulo: Moderna.

Vocabulário:
• cinismo - deboche
• antipsicológico - contrário à maneira de entender a criança
• incrementar - desenvolver

17ª QUESTÃO

No último parágrafo do Texto VII, aparece um termo “inventado”: criatividar. Essa palavra foi formada a partir
do substantivo criatividade, ao qual se acrescentou a terminação ar, o que dá ao vocábulo o sentido de:
A - ( ) ação.
B - ( ) origem.
C - ( ) modo.
D - ( ) estado.
E - ( ) meio.

18ª QUESTÃO

O questionamento que Edinho faz à Dona Clara sobre a imaginação mostra que ele defende que:
A - ( ) o desejo de qualquer um torna-se realidade.
B - ( ) não deveriam existir pessoas que não soubessem falar inglês.
C - ( ) inventar não é o mesmo que ter criatividade.
D - ( ) a professora está correta quando critica a criatividade dos alunos.
E - ( ) realidade e sonho são coisas inseparáveis.
.14.

19ª QUESTÃO

Dentre as profissões citadas no texto, uma não aparece na fala dos personagens, é apenas mencionada pelo
narrador. Trata-se do:
A - ( ) astronauta.
B - ( ) marceneiro.
C - ( ) piloto de corrida.
D - ( ) aviador.
E - ( ) professora.

20ª QUESTÃO

Assinale a opção em que se percebe claramente um tom de ironia:


A - ( ) “— Então tudo bem. Rainha.” (l. 56)
B - ( ) “— Claro que não, querido!” (l. 49)
C - ( ) “— Vai, não é?” (l. 35)
D - ( ) “— Ele é tudo o que eu pensar que ele é.” (l. 41)
E - ( ) “Tia Clara sorri, sem poder se conter.” (l. 46)
Nota • 5º ANO ESPECIALIZADO E CURSO PREPARATÓRIO •
• 3º SIMULADO/2014 - 2ª ETAPA •
LÍNGUA PORTUGUESA
Visto

Nome do(a) Aluno(a): _______________________________________________________________ Turma: _________

PROPOSTA DE REDAÇÃO

O que você vai ser quando crescer?


E se você tivesse de escolher a sua profissão agora, o que gostaria
de fazer? Por quê? Use toda a sua habilidade argumentativa para mostrar
o que pensa!
Redija um texto argumentativo, em torno de 20 linhas, pensando nas
vantagens e desvantagens da sua escolha! Exponha seus argumentos
sobre este tema e justifique sua escolha! Não se esqueça do título de
seu texto.
Nota • 5º ANO ESPECIALIZADO E CURSO PREPARATÓRIO •
• 3º SIMULADO/2014 - 2ª ETAPA •
LÍNGUA PORTUGUESA
Visto

Nome do(a) Aluno(a): _______________________________________________________________ Turma: _________

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Comentário do(a) Professor(a) Corretor(a):


Escreva aqui o seu RASCUNHO.

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