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Slide 1: Introdução

[Sabrina]

Bem-vindo à nossa apresentação sobre o projeto de conclusão de curso na área da eletrônica. A


seguir, iremos expor o projeto no qual estamos trabalhando ao longo do ano e ao qual
denominamos de Tecnogirassol.

Antes de iniciarmos, é preciso ressaltar que não é segredo pra ninguém que nosso mundo se
tornou dependente da energia elétrica. Basta imaginar o quanto somos inviabilizados de fazer a
grande maioria das coisas quando há um apagão em nossa residência. Neste contexto, qualquer
forma de otimizar a geração de energia se torna uma medida produtiva. Assim sendo, nosso
projeto atua justamente neste ponto, como um aliado na produção energética.

Slide 2: O que é o projeto?

[Vinicius]

De maneira análoga à natureza que inspira seu nome, o Tecnogirassol busca aperfeiçoar a
eficiência da captação de energia solar. Ao rastrear continuamente a posição do Sol, as placas
fotovoltaicas são mantidas sempre voltadas para ele, aproveitando ao máximo a luminosidade
disponível. Esse processo não apenas aumenta a eficiência da geração de energia, mas também
demonstra o potencial da tecnologia para se alinhar de maneira inteligente com os recursos
naturais.

Slide 3: Como o projeto funciona?

[Vinicius]

Em relação ao funcionamento desse sistema, aqui entra o conceito da biomimética. A natureza


é fruto de anos de evolução e muitos problemas no qual temos dificuldades em resolver já possui
uma solução, bastando olhar para ela. Ao observar a forma como a natureza se adapta e otimiza
suas estruturas e processos, encontramos ideias valiosas que podem ser aplicadas à nossa
tecnologia. O nosso projeto, portanto, se inspira nessa abordagem, buscando aprimorar o
posicionamento das placas fotovoltaicas por meio da aprendizagem a partir das estratégias
adotadas pela natureza. Mais especificamente pelos girassóis em período de amadurecimento,
daí vem o nome do sistema.

Para determinar com precisão o foco da luz ambiente, empregamos um conjunto de sensores de
luminosidade, estrategicamente posicionados em uma estrutura em forma de X. Essa estrutura
possui paredes projetadas especificamente para maximizar a sensibilidade do sistema às
variações na posição solar, garantindo que, quando o Sol se desloca, sombras sejam projetadas
nos sensores opostos ao seu movimento.
Cada sensor envia os dados de luminosidade detectada para o núcleo do circuito, um
microcontrolador Atmega328P, o mesmo presente nas populares placas Arduino. Esses dados
são então processados e analisados para determinar quais áreas do ambiente estão mais ou
menos iluminadas. Com base nessas leituras, o microcontrolador coordena o ajuste das posições
dos eixos.

Com precisão milimétrica, dois servos entram em ação, cada um responsável por um eixo:
horizontal e vertical. Essa abordagem possibilita o direcionamento para o foco luminoso.

[Sara]

Além do sistema principal de rastreamento, implementamos um recurso adicional de notável


eficácia: um mecanismo de retração. Em situações de ausência de luz ambiente, como durante
a noite, todas as placas são automaticamente movidas para uma posição específica.

Esse mecanismo serve a um propósito valioso: evita que as placas permaneçam expostas
desnecessariamente durante os períodos noturnos. Essa ação não apenas resguarda a
integridade das placas, mas também tem o efeito secundário de prevenir o acúmulo indesejado
de sujeira, que poderia comprometer a eficiência da captação solar.

Através dessa abordagem, estamos garantindo que as placas fotovoltaicas mantenham sua
funcionalidade ótima ao minimizar fatores prejudiciais. A inovação se manifesta não apenas nas
soluções proativas para a captura solar, mas também nos detalhes que asseguram a
sustentabilidade e longevidade do sistema.

Para alcançar esse objetivo, empregamos um pequeno motor de engrenagem em conjunto com
um circuito de ponte H. A integração desses componentes proporciona duas funcionalidades
cruciais para nosso projeto.

Primeiramente, o circuito de ponte H desempenha um papel vital ao permitir a externalização


da alimentação do motor. Essa abordagem é essencial, uma vez que o microcontrolador não é
capaz de fornecer energia ao motor de maneira sustentável por longos períodos. Isso garante
tanto a eficácia operacional quanto a proteção dos componentes envolvidos.

Além disso, o circuito de ponte H viabiliza o controle do sentido de rotação do motor. Quando
desejamos abrir ou fechar as pétalas do sistema, o microcontrolador assume o controle,
gerenciando o chaveamento dos transistores internos no circuito. Esse processo engenhoso
permite que as operações de expansão e retração ocorram de maneira suave e precisa

Slide 4: Justificativa

[Marcos]

Um dos principais fatores que motiva esse projeto tem sido citado várias vezes até aqui: o
aumento de eficiência. Para alcançar o máximo de aproveitamento dos raios solares, é essencial
que eles incidam perpendicularmente nas células solares, ou seja, formando um ângulo de 90
graus com a superfície da estrutura. Entretanto, ao longo do dia, o Sol constantemente muda de
posição, alterando o ângulo de irradiação. Nesse contexto, o projeto do Tecnogirassol atua como
solução para esse problema, assegurando que as placas permaneçam sempre direcionadas ao
astro.

Outro fator de extrema relevância é que o Brasil se posiciona como o terceiro país com maior
incorporação de energia limpa e renovável em sua matriz energética, sendo que 13,1% provêm
diretamente da energia solar. Esse número abre caminho para um aumento ainda mais
expressivo, especialmente à luz da crescente demanda por fontes energéticas ecologicamente
responsáveis, em contrapartida às alternativas poluentes.

Além disso, o Brasil detém diversas vantagens notáveis nesse setor. Seu vasto território de
dimensões continentais, aliado à sua localização geográfica próxima à linha do Equador, resulta
em condições de irradiância solar excepcionais. Esse cenário propício favorece não apenas a
expansão da capacidade fotovoltaica, mas também consolida o país como um cenário favorável
para investimentos em tecnologias solares. Prova disso é que o Brasil apresenta uma parcela
regional denominada de cinturão solar, se caracterizando como uma região do país capaz de se
destacar na produção de energia advinda do Sol, devido aos altos índices de irradiação solar.
Sendo assim, a área abrange desde o Nordeste até o Pantanal, incluindo o norte de Minas Gerais,
o sul da Bahia e o norte e nordeste de São Paulo.

Slide 5: Viabilidade

[Sara]

É importante ressaltar que o projeto atual está na fase de protótipo, representando uma versão
em miniatura de uma concepção original projetada para operar em uma escala maior. No
entanto, é crucial notar que, apesar das dimensões diferentes, os princípios aplicados
permanecem os mesmos em ambos os contextos.

Essa abordagem tem o mérito de empregar mecanismos idênticos, possibilitando que os


aprendizados obtidos no protótipo se traduzam diretamente para a versão em escala maior. O
uso de recursos e componentes básicos também contribui para a viabilidade do sistema,
especialmente a longo prazo, quando os benefícios do investimento se tornam mais notáveis.

Nessa trajetória, o desenvolvimento gradual do protótipo representa um passo fundamental


rumo à concretização da ideia original. Ao consolidar a eficácia dos mecanismos usados, estamos
construindo as bases para um sistema robusto, promissor e financeiramente sustentável.

Slide 6: Primeiros esboços

[Victor]

Agora colocando as ideias no papel, temos alguns esboços para a estrutura do protótipo.
Basicamente, ela é dividida em três partes principais: a base, os eixos e as pétalas. A base é
simplesmente o apoio de todo o sistema. Como seu interior é oco, ela também serve como
encapsulamento dos circuitos. A proposta é que haja uma tampa destacável na parte inferior
para facilitar o acesso a parte eletrônica, possibilitando uma possível manutenção.
Já os eixos são compostos primordialmente pelos dois servos motores e uma pequena estrutura
que faz o encaixe de ambos. O servo responsável pelo eixo horizontal fica preso ao topo da base.
Preso a rotação do servo, fica uma estrutura em formato de U, com o servo motor responsável
pelo movimento vertical preso entre as hastes.

Por fim, temos a configuração das pétalas, sendo a parte mais complexa da estrutura. Nela, há o
encaixe do motor de engrenagem, responsável pelo movimento das pétalas. Na ponta do motor,
serão encaixadas pequenas peças que darão suporte para as placas fotovoltaicas. Cada peça terá
um pequeno dente que serve para empurrar a peça subsequente. Desta forma, basta fazer o
controle da peça da ponta, que ela sairá empurrando as outras.

Slide 7: Resultados esperados

[Marcos]

O projeto possui um potencial enorme, principalmente no Brasil, devido aos aspectos citados
anteriormente. Este é um sistema que foi projetado para ser de fácil utilização, propiciando o
uso desde empresas privadas e estatais, a cidadãos comuns.

Além disso, esta é uma ideia que não possui tanto desenvolvimento no cenário nacional. No
mercado, por exemplo, há alguns sistemas de rastreamento solar, entretanto, são sistemas com
poucos eixos, o que afeta diretamente o rendimento, ou que permitem o acoplamento de poucas
placas.

Com isso, esperamos que o Tecnogirassol impulsione o uso de placas fotovoltaicas em larga
escala, uma vez que ele otimiza os ganhos obtidos em relação a um sistema fixo. Desta forma,
caminharemos a uma matriz energética mais limpa e sustentável, principalmente em períodos
de degradação ambiental.

Agradecemos a sua atenção.

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