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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

FACULDADE DE ENGENHARIA

PROPAGAÇÃO DE ONDAS DE
CHEIAS
Importância

Compreender e fazer predições de inundações e enchentes assumiu


um papel de grande importância à medida que a sociedade foi se
desenvolvendo ao longo das margens de rios.

A importância do conhecimento do tempo de propagação de ondas de


cheia tem caráter social, econômico e até mesmo ecológico. Tão
importante quanto saber a magnitude é saber a velocidade de
deslocamento sendo fundamental para a criação de sistemas de alerta
contra inundações e enchentes que visem prevenir ou minimizar danos
pessoais e materiais.

Onde o problema é relevante?


- Reservatórios e Rios – inundações ribeirinhas
- Ambientes urbanos – cheias urbanas

2
Fonte: Jardim et al. (2017)
Importância

Onde o problema é relevante?


- Reservatórios e Rios – inundações ribeirinhas
- Ambientes urbanos – cheias urbanas

Ferramentas
- Quantificação de impactos
- Medidas estruturais e não estruturais

3
Fonte: Santos (2016)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO
FACULDADE DE ENGENHARIA

PROPAGAÇÃO DE CHEIAS EM
RESERVATÓRIOS
Propagação de vazão em reservatórios
Q
(m3 s-1)
qI
Volume
qI armazenado

qO

qO
Volume
libertado

Tempo (h)
• Reservatórios podem ser utilizados para diminuir os impactos das
cheias, reduzindo as vazões máximas;

• O efeito de redução de intensidade das cheias por reservatórios é


chamado amortecimento de cheias, ou, eventualmente,
laminação de cheias;

• Reservatórios são relativamente curtos e profundos, em que a


velocidade da água é baixa, pode-se considerar que a superfície
da água ao longo do reservatório é horizontal.
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Dimensionamento de Reservatório

Captação

Evaporação
Comporta

Nmax-maxmorum Q vertedor
Nmax-op Volume de amortecimento

Q-afluente

Volume útil

Volume morto Descarregador


Nmín-op

Infiltração
Descarga de fundo
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Propagação de vazão em reservatórios

A equação de continuidade aplicada a um


reservatório é dada por:

Onde:
– S: volume armazenado (m³);
– t : tempo (s);
– I: vazão afluente (m³.s-1);
– Q : vazão de saída do reservatório (m³.s-1).

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Propagação de vazão em reservatórios

Reescrevendo a equação em intervalos discretos e


considerando uma variação linear de I e Q ao longo
de Δt, a equação pode ser reescrita como:

Onde:
– S: volume (m³);
– t : tempo (s);
– Δt : intervalo de tempo (s);
– I: vazão afluente (m³.s-1);
– Q : vazão de saída do reservatório (m³.s-1).

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Propagação de vazão em reservatórios

• Nesta equação, em cada intervalo de tempo não são


conhecidas os termos St+Δt e Qt+Δt, e ambos dependem do
nível da água;

• Como esses termos são funções não lineares de ht+Δt, a


equação de balanço pode ser resolvida utilizando a técnica
iterativa de Newton-Raphson, ou o método de bissecção, a
cada intervalo de tempo;

Método simplificado: Puls modificado

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Propagação de vazão em reservatórios

PULS MODIFICADO

Necessário:
– O hidrograma na seção do rio onde se encontra o
vertedouro do reservatório (ou pretende instalar);

– Determinar a relação entre a altura do nível de água e o


volume armazenado

– Decidir qual vertedouro será usado, a fim de se, obter a


vazão de saída do reservatório de acordo com o nível de
água

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EXEMPLO
Calcule o hidrograma de saída de um reservatório com um vertedor de 25 m de
comprimento de soleira, coeficiente de 1,5, com a soleira na cota 120 m,
considerando a seguinte tabela cota–volume para o reservatório e o hidrograma
de entrada apresentados abaixo, e considerando que nível da água no
reservatório está inicialmente na cota 120 m.

Tempo Vazão
K = 1,5 (h) (m³ s-1)
L = 25 m 0 0
1 350
hs = 120 m 2 720
3 940
COTA - h Volume - S 4 1090
(m) (104 m3) 5 1060
115 1900 6 930
120 2000 7 750
121 2008 8 580
122 2038 9 470
123 2102 10 380
124 2208 11 310
125 2362 12 270
126 2569 13 220
127 2834 14 200
128 3163 15 180
129 3560 16 150
130 4029 17 120
18 100
19 80
20 70 11
EXEMPLO
Descobrir a vazão no vertedor em função da cota K = 1,5
L = 25 m
hs = 120 m
COTA - h Volume - S Qs
(m) (104 m3) (m3 s-1)
Qs = K L H3/2
120 2000 0
121 2008 37,50
Qs-121 = 1,5 . 25 . (121-120) 3/2 = 37,50 m³ s-1
122 2038 106,07
123 2102 194,86
Qs-122 = 1,5 . 25 . (122-120) 3/2 = 106,07 m³ s-1
124 2208 300,00
125 2362 419,26
126 2569 551,14
127 2834 694,51
128 3163 848,53
129 3560 1012,50
130 4029 1185,85

12
EXEMPLO
Descobrir o termo 2.S/t + Q, considerando o intervalo de tempo igual a 1 hora:

COTA - h Volume - S Qs 2 S/t + Q


(m) (104 m3) (m3 s-1) (m3 s-1)
120 2000 0 11111,11
121 2008 37,50 11193,06
122 2038 106,07 11428,29
123 2102 194,86 11872,63
124 2208 300,00 12566,67
125 2362 419,26 13541,48
126 2569 551,14 14823,36
127 2834 694,51 16438,95
128 3163 848,53 18420,75
129 3560 1012,50 20790,28
130 4029 1185,85 23569,19

p/ h120 => 2.S/t + Q = 2.2000.104 / 3600 s + 0 = 11111,11 m³/s


p/ h121 => 2.S/t + Q = 2.2008.104 / 3600 s + 37,5 = 11193,06 m³/s

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EXEMPLO
Descobrir Qt Tempo (h)
I
(m3 s-1)
It+It+1
2S/t-Q
(m³/s)
2S/t+Q
(m³/s)
Qt
(m3.s-1)
0 0 350 11111,11 11111,11 0
1 350 1070 11461,11 109,52
2 720
3 940
4 1090
p/ t0 => It + It+t = 0 + 350 = 350 m³/s
5 1060
p/ t0 => 2S/t+Q = 11111,11 m³/s 6 930
p/ t0 => 2S/t-Q = 11111,11 m³/s 7 750
8 580
9 470
10 380
p/ t1 => It + It+t = 350 + 720 = 1070 m³/s
11 310
p/ t1 => 2St+t /t+Qt+t = It+It+1 + 2.St/t-Qt 12 270
13 220
350 + 11111,11 = 11461,11 m³/s 14 200
15 180
16 150
COTA - h Volume - S Qs 2 S/t + Q 17 120
(m) (104 m3) (m3 s-1) (m3 s-1) 18 100
120 2000 0 11111,11 19 80
121 2008 37,50 11193,06 20 70
122 2038 106,07 11428,29 Interpolar ou fazer uma regressão
123 2102 194,86 11872,63 Qt = 112,66 ou 109,52
124 2208 300,00 12566,67
125 2362 419,26 13541,48 1500
R² = 0,99993174
126 2569 551,14 14823,36
1000
127 2834 694,51 16438,95
128 3163 848,53 18420,75 500
129 3560 1012,50 20790,28
130 4029 1185,85 23569,19 0 14
4 4.1 4.2 4.3 4.4
EXEMPLO
Descobrir Qt Tempo (h)
I
(m3 s-1)
It+It+1
2S/t-Q
(m³/s)
2S/t+Q
(m³/s)
Qt
(m3.s-1)
0 0 350 11111,11 11111,11 0
1 350 1070 11242,07 11461,11 109,52
2 720 1660 11775,47 12312,08 268,31
3 940 2030 12625,31 13435,47 405,08
4 1090 2150 13588,95 14655,31 533,18
p/ t0 => It + It+t = 0 + 350 = 350 m³/s
5 1060 1990 14465,40 15738,95 636,78
p/ t0 => 2S/t+Q = 11111,11 m³/s 6 930 1680 15057,89 16455,40 698,75
p/ t0 => 2S/t-Q = 11111,11 m³/s 7 750 1330 15294,36 16737,89 721,77
8 580 1050 15199,14 16624,36 712,61
9 470 850 14886,23 16249,14 681,45
10 380 690 14463,17 15736,23 636,53
p/ t1 => It + It+t = 350 + 720 = 1070 m³/s
11 310 580 13988,85 15153,17 582,16
p/ t1 => 2St+t /t+Qt+t = It+It+1 + 2.St/t-Qt 12 270 490 13519,92 14568,85 524,46
13 220 420 13076,38 14009,92 466,77
350 + 11111,11 = 11461,11 m³/s 14 200 380 12672,87 13496,38 411,75
15 180 330 12328,76 13052,87 362,06
16 150 270 12029,38 12658,76 314,69
17 120 220 11766,41 12299,38 266,48
18 100 180 11551,07 11986,41 217,67
p/ t1 => 2St+t /t-Qt+t = (2St+t /t+Qt+t) – 2 Qt+t 19 80 150 11390,31 11731,07 170,38
20 70 70 11282,74 11540,31 128,78
(11461,11) – 2 . 109,52 = 11242,07 m³/s

15
EXEMPLO

1200

Tempo I Qt 1000
It+It+1
2S/t-Q 2S/t+Q Qe (m3.s-1)
(h) (m3 s-1) (m³/s) (m³/s) (m3.s-1)
800 Qs (m3.s-1)
0 0 350 11111,11 11111,11 0,00

Q (m³/s)
1 350 1070 11242,08 11461,11 109,52
2 720 1660 11775,47 12312,08 268,31 600
3 940 2030 12625,31 13435,47 405,08
4 1090 2150 13588,95 14655,31 533,18 400
5 1060 1990 14465,40 15738,95 636,78
6 930 1680 15057,89 16455,40 698,75 200
7 750 1330 15294,36 16737,89 721,77
8 580 1050 15199,14 16624,36 712,61 0
9 470 850 14886,23 16249,14 681,45 0 5 10 15 20
10 380 690 14463,17 15736,23 636,53 Tempo (h)
11 310 580 13988,85 15153,17 582,16
12 270 490 13519,92 14568,85 524,46
13 220 420 13076,38 14009,92 466,77
14 200 380 12672,87 13496,38 411,75
15 180 330 12328,76 13052,87 362,06
16 150 270 12029,38 12658,76 314,69
17 120 220 11766,41 12299,38 266,48
18 100 180 11551,07 11986,41 217,67
19 80 150 11390,31 11731,07 170,38
20 70 70 11282,74 11540,31 128,78

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO
FACULDADE DE ENGENHARIA

PROPAGAÇÃO DE CHEIAS EM
RIOS
Propagação de vazão em rios

É importante para determinar o comportamento de


uma onde de cheia ao longo de um rio ou de um
canal artificial

Os principais efeitos que ocorrem na propagação de


cheias de um rio é a translação e o amortecimento.

• Outros dois efeitos:


– Contribuição de afluentes;
– Efeitos a jusante.

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Translação

Considerando um canal ideal e que a água não possui


viscosidade, uma onde de cheia poderia se propagar sem
alteração na sua forma do hidrograma, ou seja, haveria apenas
uma translação da onde de cheia. Desse modo, o pico de vazão
a jusante seria exatamente igual ao pico a montante.

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Amortecimento
Efeito causado devido ao contato e ao atrito com o fundo e com as margens do
rio. Além disso, como os canais dos rios não são perfeitamente regulares, a
água pode ser retida em áreas mais largas do rio ou até mesmo em áreas mais
inundáveis, sendo posteriormente devolvida. Em resultado, a onda de cheia é
amortecida gradualmente ao longo da sua propagação.

• Intensidade do amortecimento
– Rugosidade do leito e das margens do rio;
– Presença de vegetação;
– Ilhas, planícies;
– Quantidade de obstáculos (pilares de pontes, aterros).

20
Efeitos a jusante e contribuição de afluentes

• Além da translação e do amortecimento a onda de cheia em


geral cresce de montante para jusante em função da
contribuição que recebe dos afluentes.

• Em rios em regiões muito planas podem ocorrer ainda efeitos


de jusante, afetando a vazão e o nível da água em função do
que ocorre a jusante de um determinado local, como no caso
de trechos de rio próximo ao mar, que sofrem o efeito da
maré.

21
Velocidade de propagação

• A velocidade de propagação de uma onda de cheia é maior


que a velocidade média da água do rio.

• Essa velocidade é importante para se determinar o momento


em que o pico de cheia ocorre a jusante.

• Essa velocidade é estimada através da celeridade


cinemática, obtida através das características médias das
seções transversais do rio e de sua declividade.

22
Velocidade de propagação
A celeridade cinemática é definida como:

Pode ser estimada através da equação de Manning,


considerando que o escoamento é permanente e uniforme.

A: a área molhada da seção transversal;


u: a velocidade média da água em m.s-1;
Rh: o raio hidráulico da seção transversal;
S: a declividade (metros por metro);
n: coeficiente empírico, denominado coeficiente de Manning. 23
Velocidade de propagação
Combinando as equações anteriores e levando em conta que
um rio largo, onde o raio hidráulico pode ser aproximado pela
profundidade média do rio, a celeridade cinemática da onda de
cheia é:

c: a velocidade de propagação da onda de cheia (celeridade cinemática - m.s-1);


u: a velocidade média da água (m.s-1).

- Velocidade de propagação de ondas é superior que a própria


velocidade média do rio;

- A velocidade tende a ser maior para cheias maiores, já que o nível de


água e a velocidade média da água se torna maior;

- No entanto, rios com grandes planícies, essa velocidade tende a


diminuir drasticamente assim que o rio começa a transbordar.

24
Cálculo da propagação de cheias
O cálculo da propagação de cheias foi elaborado com o intuito
de prever a magnitude e o tempo de recorrência de vazões para
que pudessem ser realizadas ações para proteger a vida de
pessoas e minimizar prejuízos materiais.
permitem representar os efeitos de translação,
Equações de Saint-Venant amortecimento e também os efeitos de jusante
sobre o escoamento a montante
equação de continuidade aplicada
a um trecho infinitesimal do rio

obtida a partir da equação de conservação de


quantidade de movimento para o mesmo trecho
infinitesimal

25
Cálculo da propagação de cheias

Métodos simplificados:
– Método Muskingum rio Muskingum, nos EUA na década de 1930

Combina a equação da continuidade


Em diferenças =>
finitas
a uma equação simplificada que relaciona o armazenamento
em um trecho de rio às vazões de entrada e saída do trecho

X é um ponderador adimensional 0,1 e 0,3


K é considerado tempo de viagem do pico da cheia Dist/celeridade
do início ao final do trecho de rio

26
Método Muskingum

Onde:
– I: vazão de entrada (m3.s-1);
– Q: vazão de saída (m3.s-1);
– Δt: intervalo de tempo entre as medições de vazão;
– C: coeficientes adimensionais.
27
Método Muskingum-Cunge

Um problema do método Muskingum para


propagação de vazões é que para definir os valores
dos parâmetros K e de X é necessário dispor de
dados observados de vazão nos extremos de
montante e jusante do trecho de rio

O método de Muskingum-Cunge apresentou formas


de estimar os valores de K e X a partir de
características físicas do rio.

28
Método Muskingum-Cunge

Q: vazão de referência, 70% da vazão de pico (m3.s-1);


u: a velocidade média da água (m.s-1);
A: área da seção transversal do rio (m²);
c: a velocidade de propagação da onda de cheia (celeridade cinemática - m.s-1);
Tr: tempo de ascensão do hidrograma (s);
Δt: intervalo de tempo entre as medições de vazão (s)

Δx :comprimento do trecho de rio (m).


B: largura do rio (m);
S0: declividade de fundo do rio (m.m-1);
c: celeridade da onda de cheia (m.s-1);
Q: vazão de referência (m3.s-1);

L: comprimento total do rio (m);


Δx :comprimento do trecho de rio (m);
B: largura do rio (m);
S0: declividade de fundo do rio (m.m-1);
c: celeridade da onda de cheia (m.s-1);
Q: vazão de referência (m3.s-1).

29
EXEMPLO
Determine o hidrograma 18 km a jusante de uma seção de um rio de 30
m de largura, declividade de 70 cm por km, coeficiente de Manning
n=0,045. Os dados do hidrograma de entrada são dados na tabela.

Intervalo
Tempo Vazão
de
(min) (m³/s)
Dist = 18 km tempo
1 40 20
L = 30 m 2 80 30
I = 70 cm/km 3 120 60
4 160 90
n = 0,045 5 200 100
6 240 130
7 280 115
8 320 95
9 360 80
10 400 60
11 440 40
12 480 20
13 520 20
14 560 20
15 600 20

30
EXEMPLO
Começamos definindo uma Qref
Intervalo
Tempo Vazão
de
tempo
(min) (m³/s) Qref = 0,7 . Qpico = 0,7 . 130 = 91 m³ s-1
1 40 20
2 80 30
3 120 60
4 160 90 Considerando a calha do rio próximo a retangular,
5 200 100
6 240 130 Podemos adotar h = Rh.
7 280 115
8 320 95 𝐴 ∙ 𝑅𝐻2/3 ∙ 𝐼1/2 => A = L . RH
9 360 80 𝑄=
10 400 60 𝑛
11 440 40
12 480 20 𝐿 ∙ 𝑅𝐻 ∙ 𝑅𝐻2/3 ∙ 𝐼1/2 𝐿 ∙ 𝑅𝐻5/3 ∙ 𝐼1/2
13 520 20 𝑄= =
14 560 20
𝑛 𝑛
15 600 20 3/5 3/5
𝑄∙𝑛 91 ∙ 0,045
𝑅𝐻 = = = 𝟐, 𝟔𝟖 𝒎
𝐿 ∙ 𝐼1/2 30 ∙ 0,00071/2

31
EXEMPLO
Calcular a velocidade
Intervalo
Tempo Vazão
de
(min) (m³/s)
tempo
1 40 20
Q = v A => v = Q / A = 91 / (2,68 . 30) = 1,13 m s-1
2 80 30
3 120 60
4 160 90 Calcular a celeridade
5 200 100
6 240 130
5 5
7 280 115
𝑐= ∙ 𝑣 = ∙ 1,13 = 𝟏, 𝟖𝟖 𝒎 𝒔−𝟏
8 320 95 3 3
9 360 80
10 400 60
11 440 40 Intervalo de tempo
12 480 20
13 520 20
14 560 20 ∆𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 = 80 − 40 = 𝟒𝟎 𝒎𝒊𝒏 = 𝟐𝟒𝟎𝟎 𝒔
15 600 20

Tempo até Qpico

𝑡𝑝𝑖𝑐𝑜 = 𝟐𝟒𝟎 𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟒𝟒𝟎𝟎 𝒔

𝑡𝑝𝑖𝑐𝑜 14400
∆𝑡 ≤ ∆𝑡 ≤ 𝟐𝟒𝟎𝟎 ≤ 𝟐𝟖𝟖𝟎 𝑶𝑲‼‼!
5 5
32
EXEMPLO
Calcular o comprimento do trecho do rio
Intervalo 1/2
Tempo Vazão 𝑐. ∆𝑡 𝑄
de
tempo
(min) (m³/s) ∆𝑥 ≅ 1 + 1 + 1,5. ≅
2 𝐿. 𝐼. ∆𝑡. 𝑐 2
1 40 20
2 80 30 1/2
3 120 60 1,88.2400 91
4 160 90 1 + 1 + 1,5. ≅ 𝟓𝟐𝟓𝟒, 𝟐𝟔 𝒎
2 30.0,0007.2400.1,88
5 200 100
6 240 130
7 280 115
8 320 95
9 360 80
10 400 60 Em quantos intervalos vamos dividir
11 440 40
12 480 20
13 520 20
𝐷𝑖𝑠𝑡 18000
𝑁= = = 𝟑, 𝟒𝟑 = 𝟑
14 560 20 ∆𝑥 5254,26
15 600 20

Novo comprimento de trecho de rio

𝐷𝑖𝑠𝑡 18000
∆𝑥 = = = 𝟔𝟎𝟎𝟎 𝒎
𝑁 3

33
EXEMPLO
t de viagem do pico da cheia do início ao final do trecho de rio
Intervalo ∆𝑥 6000
Tempo Vazão
de
(min) (m³/s) 𝐾= = = 𝟑𝟏𝟗𝟏, 𝟒𝟗 𝒔
tempo 𝑐 1,88
1 40 20
2 80 30
3 120 60 Obter o ponderador adimensional X
4 160 90
5 200 100
6 240 130 1 𝑄 1 91
7 280 115
𝑋= 1− = 1− = 𝟎, 𝟑𝟏
2 𝐿. 𝑐. 𝐼. ∆𝑥 2 30.1,88.0,0007.6000
8 320 95
9 360 80 X >= 0,5 não ocorre amortecimento
10 400 60
11 440 40 X = 0 amortecimento é máximo
12 480 20
13 520 20 Verificação de X e K
14 560 20
15 600 20 ∆𝑡
𝑋≤ ≤ (1 − 𝑋)
2. 𝐾
2400
0,31 ≤ ≤ 1 − 0,31
2 . 3191,49
0,31 ≤ 𝟎, 𝟑𝟕𝟔 ≤ 0,69 𝑶𝑲‼‼‼

34
EXEMPLO
Obter os coeficientes C1, C2 e C3
Intervalo
Tempo Vazão
de
(min) (m³/s)
∆𝑡 − 2 𝐾 𝑋 2400 − 2.3191,49.0,31
tempo 𝐶1 = = = 𝟎, 𝟎𝟔𝟏𝟗
1 40 20
2 𝐾 1 − 𝑋 + ∆𝑡 2.3191,49. 1 − 0,31 + 2400
2 80 30
3 120 60 ∆𝑡 + 2 𝐾 𝑋 2400 + 2.3191,49.0,31
4 160 90
𝐶2 = = = 𝟎, 𝟔𝟒𝟑𝟓
2 𝐾 1 − 𝑋 + ∆𝑡 2.3191,49. 1 − 0,31 + 2400
5 200 100
6 240 130
7 280 115
2 𝐾 1 − 𝑋 − ∆𝑡 2.3191,49. 1 − 0,31 − 2400
𝐶3 = = = 𝟎, 𝟐𝟗𝟒𝟔
8 320 95 2 𝐾 1 − 𝑋 + ∆𝑡 2.3191,49. 1 − 0,31 + 2400
9 360 80
10 400 60
11 440 40 Verificação dos Cs
12 480 20
13 520 20
14 560 20
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 = 1
15 600 20
0,0619 + 0,6435 + 0,2946 = 1 𝑶𝑲‼‼‼

35
EXEMPLO
t Q
No primeiro instante, ainda não houve propagação int
(min) (m³/s)
Qs1 Qs2 Qs3

1 40 20 20,00 20,00 20,00


Todos subtrechos Qsn = Qm 2 80 30 20,62
3 120 60
4 160 90
5 200 100
6 240 130
7 280 115
Para inst 2 – Qs1 8 320 95
9 360 80
10 400 60
𝑄𝑠𝑡+∆𝑡 = 𝐶1. 𝑄𝑚𝑡+∆𝑡 + 𝐶2. 𝑄𝑚𝑡 + 𝐶3. 𝑄𝑠𝑡 11 440 40
12 480 20
𝑄𝑠(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠(1) 13 520 20
14 560 20
𝑄𝑠1(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠1(1) 15 600 20

𝑄𝑠1(2) = 0,0619. 𝑸𝒎(𝟐) + 0,3465. 𝑸𝒎(𝟏) + 0,2946. 𝑸𝒔𝟏(𝟏)


𝑄𝑠1(2) = 0,0619. 𝟑𝟎 + 0,3465. 𝟐𝟎 + 0,2946. 𝟐𝟎 = 20,62 m³s-1

36
EXEMPLO
t Q
No primeiro instante, ainda não houve propagação int
(min) (m³/s)
Qs1 Qs2 Qs3

1 40 20 20,00 20,00 20,00


Todos subtrechos Qsn = Qm 2 80 30 20,62 20,04
3 120 60
4 160 90
5 200 100
6 240 130
7 280 115
Para inst 2 – Qs2 8 320 95
9 360 80
10 400 60
𝑄𝑠𝑡+∆𝑡 = 𝐶1. 𝑄𝑚𝑡+∆𝑡 + 𝐶2. 𝑄𝑚𝑡 + 𝐶3. 𝑄𝑠𝑡 11 440 40
12 480 20
𝑄𝑠(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠(1) 13 520 20
14 560 20
𝑄𝑠2(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠1(1) 15 600 20

𝑄𝑠2(2) = 0,0619. 𝑸𝒎(𝟐) + 0,3465. 𝑸𝒎(𝟏) + 0,2946. 𝑸𝒔𝟐(𝟏)


𝑄𝑠2(2) = 0,0619. 𝟐𝟎, 𝟔𝟐 + 0,3465. 𝟐𝟎 + 0,2946. 𝟐𝟎 = 20,04 m³s-1

37
EXEMPLO
t Q
No primeiro instante, ainda não houve propagação int
(min) (m³/s)
Qs1 Qs2 Qs3

1 40 20 20,00 20,00 20,00


Todos subtrechos Qsn = Qm 2 80 30 20,62 20,04 20,00
3 120 60
4 160 90
5 200 100
6 240 130
7 280 115
Para inst 2 – Qs3 8 320 95
9 360 80
10 400 60
𝑄𝑠𝑡+∆𝑡 = 𝐶1. 𝑄𝑚𝑡+∆𝑡 + 𝐶2. 𝑄𝑚𝑡 + 𝐶3. 𝑄𝑠𝑡 11 440 40
12 480 20
𝑄𝑠(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠(1) 13 520 20
14 560 20
𝑄𝑠3(2) = 𝐶1. 𝑄𝑚(2) + 𝐶2. 𝑄𝑚(1) + 𝐶3. 𝑄𝑠1(1) 15 600 20

𝑄𝑠3(2) = 0,0619. 𝑸𝒎(𝟐) + 0,3465. 𝑸𝒎(𝟏) + 0,2946. 𝑸𝒔𝟑(𝟏)


𝑄𝑠3(2) = 0,0619. 𝟐𝟎, 𝟎𝟒 + 0,3465. 𝟐𝟎 + 0,2946. 𝟐𝟎 = 20,00 m³s-1

38
EXEMPLO
Vazão montante (m3/s)
130 Qs1
Qpico = 130 m³s-1 Qs2
Qs3
t = 240 min 110

90
Qs3pico = 109,03 m³s-1

Q (m³/s)
t = 400 min 70

Atraso no pico de 160 min 50

30
t Q
int Qs1 Qs2 Qs3
(min) (m³/s)
10
1 40 20 20,00 20,00 20,00 30 80 130 180 230 280 330 380 430 480 530 580
2 80 30 20,62 20,04 20 Tempo (min)
3 120 60 29,09 20,97 20,09
4 160 90 52,75 28,16 21,16
5 200 100 79,65 47,17 27,27
6 240 130 95,86 71,08 42,79
7 280 115 119,01 89,99 63,92
8 320 95 114,94 110,21 83,56
9 360 80 99,95 112,62 102,51
10 400 60 84,64 102,73 109,03
11 440 40 66,02 88,82 103,72
12 480 20 46,43 71,52 92,14
13 520 20 27,79 52,67 76,43
14 560 20 22,29 34,78 58,56
15 600 20 20,67 25,87 41,23

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