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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL,


ARQUITETURA E URBANISMO

Disciplinas:
CV 632 - Hidrologia Básica
CV 60 – Simulação Hidrológica
IC 114 - Complementos de Hidrologia

ESCOAMENTO EM RIOS E
RESERVATÓRIO - ROUTING

Eng. Marco Antonio Jacomazzi


JULHO / 2016
CONCEITOS
•O trânsporte da água (proveniente do escoamento
superficial) na superfície da bacia, nos rios, canais e
reservatórios é uma parcela importante do ciclo
hidrológico;
•RUN-OFF Escoamento Sup., proporciona
um hidrograma cuja forma modifica enquanto
“TRANSLADADO PELA REDE HIDROGRÁFICA DA
BACIA”;
•Trânsito da água ao longo do canal através de
reservatórios, bueiros, canalizações, reservatórios;
CONCEITOS
Translação:
•Movimento paralelo ao leito do calha;
•Progressão longitudinal do hidrograma;
•Tempo de translação percurso na calha

Armazenamento:
•Movimento perpendicular ao leito do calha;
•Parcela da PE (mm) retida na bacia
chegando no exutório com certo atraso;
•Efeito considerado como amortecimento;
Translação VS Armazenamento:
Translação:

Armazenamento:
Translação VS Armazenamento:

TRANSLAÇÃO ARMAZENAMENTO

RESERVATÓRIO DESPREZÍVEL DOMINANTE

CANAL DOMINANTE POUCO IMPORTANTE A MENOS DE


GRANDES VÁRZEAS E PLANÍCIES DE
INUNDAÇÃO
BACIA IMPORTANTE IMPORTANTE A MENOS DE PEQUENAS
BACIAS URBANAS

Fonte: Tucci et ali (1995) Drenagem Urbana


Formação do Hidrograma Superficial:

Bacia “Virgem”
“Alteração” do Hidrograma Superficial:
Modelos Distribuídos Por Bacias ou
Pseudo Distribuídos

90
Sobreposição:
80
70
Vazão - m3s-1
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Tempo - minutos

H.C3 H.SM4B H.SM4 H.SUP3

Bacia “Urbanizada” Interferências


no escoamento
APLICAÇÕES EM ENGENHARIA
HIDROLÓGICA
✓ Dimensionamento hidráulico e hidrológico dos
dispositivos das barragens ...
i. Estruturas de segurança de barragens e bacias de
amortecimento. Exemplo: largura minima dos vertedores de
superfície;

ii. Volume de espera (S) e máxima sobre elevação;

✓ Reservatórios para controle de inundações, visando


atenuação do pico da vazão de escoamento superficial;
✓ Simulação da atenuação do hidrograma devido efeito de
várzeas “desenvolvidas”; e
✓ Simulação em modelos pseudo-distribuídos.
MODELOS DE ARMAZENAMENTO
MODELAGEM HIDRÁULICA E HIDRODINÂMICA
• Algoritmo de propagação:
• Equações da continuidade e quantidade de movimento:

MODELAGEM HIDRODINÂMICA HEC-RAS

A H Q
Equações de + = qL
Saint-Venant t x
v v h
GEOAMBIENTES DE +v* + g* = g(SF − SG )
INUNDAÇÃO t x x
AMORTECIMENTO EM RESERVATÓRIOS
OU “RESERVOIR ROUTING”
• Partem da Equação da Continuidade:

AH Q AH Q
+ =0 =−
t x t x
AH S
 − Q = * x  = I −O
t t

O – OutFlow (m3/s)
Q = O − I I – InFlow (m3/s)

S = A H * x S – Variação Armazenamento (m3)


t – Discretização do tempo (s)
MODELOS DE AMORTECIMENTO

Utiliza-se o modelo modificado de armazenamento de Pulz, descrito em


Tucci (1993; cap. 12, pág. 451 a 458). Essa metodologia consiste na
aplicação de uma expressão discretizada da equação da continuidade e na
relação entre armazenamento e vazão do reservatório:
Volumes de Espera em Barragens
➢DEFINIÇÕES: SOBRE-ELEVAÇÃO: H

S H=NAMAX-NANORMAL
Volumes de Espera em Hidrogramas

S
QSM Vazão de Projeto Bacia de Dissipação

Fonte: Manual de Pequenas Obras Hidráulicas – DAEE (2005)


AMORTECIMENTO EM RESERVATÓRIOS
OU “RESERVOIR ROUTING”

S S 2 − S1 1 I1 + I 2 O1 + O2
= I (t ) − O(t )  = −
t t 2 2
S2 S1
O2 + 2 * = I1 + I 2 + 2 * − O1
t t
S2
X 2 = O2 + 2 *
t Definição da Variável auxiliar

▪I2 e I1 - vazões de entrada (INFLOW), a partir do hidrograma de cheia;


▪O2 e O1 - vazões de saída (OUTFLOW);
▪2*S/Δt – volume de espera dividido pelo intervalo de tempo (t), duração unitária
da chuva
AMORTECIMENTO EM RESERVATÓRIOS
OU “RESERVOIR ROUTING”
EXTRAVASOR DE SUPERFÍCIE LIVRE:

O = Cd * L * H
Coeficientes em
▪Cd – Coeficiente de Descarga do Vertedor; função do Tipo de
Vertedor/Estrutura
▪L – Largura/Comprimento Útil do Vertedor;
Hidráulica
▪H – Sobre-Elevação (metros);

VOLUME DE ESPERA:

S = f (H ; S ) SUPERFÍCIE
INUNDADA
EXTRAVASORES DE SUPERFÍCIE:
EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE EXTRAVASOR
DE SUPERFÍCIE

Fonte: Internet
EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE EXTRAVASOR
DE SUPERFÍCIE
ESTRUTURAS DE EXTRAVASOR DE SUPERFÍCIE
RESERVATÓRIO SÃO LUIZ DAE-SBO

b) Vista por cima


Da estrutura
Do extravasor

c) …Soleira vertedor
Creager
ORIFÍCIO, VERTEDORES E CURVA
COTA-VOLUME
Tipo de Vertedor: Circular de Parede Vertical


O = CD * L * H

O = 1,518 *  0,693
*H 1,807
ORIFÍCIO, VERTEDORES E CURVA
COTA-VOLUME
Tipo de Vertedor: Circular de Parede Vertical

H
ORIFÍCIO, VERTEDORES E CURVA
COTA-VOLUME – Retangular
H – Altura de Escoamento no canal secundário

O = CD * L * H
0,5
Q = CD * SH * (2g) *  
0,5 yT
 H 
ORIFÍCIO:
yT = h − H
L 2

H VERTEDOR:

Q = CD * L * h 1,5
ORIFÍCIO, VERTEDORES E CURVA
COTA-VOLUME
Tipo de Vertedor: Retangular de Parede Espessa
Algoritmo para Reservor Routing
Cadastro do Levante C, Final da Norte Sul,
nó B.7
Estrutura de Saída
Bueiro
Vertedor

Relação Auxiliar
Vazão de Saída vs Vol. Espera
1.000
B.7

Vazão de Saída O (m3.s-1) 800

600

400

200

0
0 20 40 60 80 100
Volume de Espera VLE (10 .m3)
3
ORIFÍCIO, VERTEDORES E CURVA
COTA-VOLUME
Tipo de Vertedor: Retangular de Parede “Delgada”
ALGORITMO PARA MODELO DE PULS

1. Relação do Volume de
Espera S vs H; Levantamento
Planialtimétrico Cadastral

2. Tabela Auxiliar das variáveis: Tipo e dimensões do


Vertedor
X2 ; 2.S/t ; O

Determinação das Funções:


O = f(X2)
H=w(2.VLE/t)
3. Método Iterativo de Puls;
ALGORITMO PARA MODELO DE PULS

Ii (m3/s) Ii+1 (m3/s) Oi (m3/s) 2.Si /t(m3/s)

Si
X 2 = I i +1 + I i + 2. − Oi
t
i=i+1
Oi +1 = f ( X 2 )
Si +1
X 2 = Oi +1 + 2.
t

 Si +1 
= g ( X 2)
Si +1
2. H i +1 = w 2. 
t  t 
EXEMPLO DIMENSIONAMENTO
HIDROLÓGICO BARRAGENS
CÓRREGO DOS TOLEDOS Santa Alice

4 barragens: 7,73 Hm3


Parque
Sistema Produtor de Água das Águas
São Luiz

Principal manancial do
Areia Branca
abastecimento público
de SANTA BÁRBARA
D’OESTE (DAE-SOB)

Área de Drenagem (Ad) =188 km2, na barr. Pq. Das Águas


Levantamento Planialtimétrico
Cadastral da Barragem Areia Branca
Volume de Espera (S) X Sobre-Elevação (H)
Volume de Espera vs H
1.6
Volume Amortecido (hm3)
Milhões

1.4
VLE = 704361*H
R² = 1
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0

S (H )
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9
Sobre elevação à partir do N.A.normal - H (m)
( 3
)
S H , hm  2.
t
2.S/t vs H
2.5
2.S/t (m3/s)
Milhares

VLE = 704361*H
2.0 R² = 1

1.5
t = 20 minutos
1.0 Ou 1200 seg
0.5

0.0
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9

Sobre elevação à partir do N.A.normal - H (m)


Estimativa das Variáveis Auxiliares
X2=2*S/t + X2
Critérios para dimensionamento hidráulico do vertedor:

▪ Tipo de vertedor: rectangular de soleira normal;

▪ Coeficiente de descarga – Cd = 2,2;

▪ Largura da soleira rectangular – L=16,42 metros;

▪ Cota da Soleira do vertedor, ou NA normal = 547,35m

▪ Equação do vertedor:
𝑂 = 2,2 ∗ 16,42 ∗ 𝐻1,5 → 𝑂 = 36,124 ∗ 𝐻1,5
▪ Intervalo de tempo para discretização hidrogramas – t=1.200seg;

▪ Tabela auxilar para estimative da variável auxiliary: X2 – Próximos


Slides
Estimativa das Variáveis Auxiliares
2*S/t + X2
Tabela para estimative das variáveis auxiliares
Volume de Vazão vertida
NA H Espera pelo sistema S
S extravasor 2*S/t X 2 = OT + 2 *
t
(metros) (m) (m3) OTOTAL
547.40 0.05 35,218.0 0.40 58.70 59.10
547.65 0.30 211,308.0 5.94 352.18 358.12
547.90 0.55 387,398.2 14.73 645.66 660.40
548.15 0.80 563,488.5 25.85 939.15 965.00
548.40 1.05 739,578.8 38.87 1,232.63 1,271.50
548.65 1.30 915,669.1 53.54 1,526.12 1,579.66
548.90 1.55 1,091,759.5 69.71 1,819.60 1,889.31
549.15 1.80 1,267,849.9 87.24 2,113.08 2,200.32
549.40 2.05 1,443,940.3 106.03 2,406.57 2,512.60
549.65 2.30 1,620,030.7 126.00 2,700.05 2,826.06
549.90 2.55 1,796,121.1 147.10 2,993.54 3,140.63
550.15 2.80 1,972,211.6 169.25 3,287.02 3,456.27
550.40 3.05 2,148,302.0 192.42 3,580.50 3,772.92
Estimativa das Relações Auxiliares
2*S/t & X2
Relação Armazenamento vs H Relação Vazão vertida vs H
300 4,500
250 4,000
3,500
200 3,000
O (m3.s-1)

2.S/t (m3.s-1)
150 2,500
2,000
100 1,500
50 1,000
500
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
Sobre elevação à partir do N.A.normal - H (m) Sobre elevação à partir do N.A.normal - H (m)

Oi = f (H ); = g (H )  X 2 = Oi + 2.
2Si Si
t t
𝑆1 300
𝑂1 + 2. ; 𝑂1 250 O = 0.00097*X21.48179
∆𝑡 R² = 0.99999
𝑆2 200
O (m3.s-1)

𝑂2 + 2. ; 𝑂2 150
∆𝑡
100
50
….
0
𝑆𝑖 0 1,000 2,000 3,000 4,000
𝑂𝑖 + 2. ; 𝑂𝑖
∆𝑡 X2 = [O+2*S/t]
Elaboração do Hidrograma de Vazões
Amortecidas
NA H Tempo INFLOW – I 2*S/Dt X2 OUT FLOW – O
(m) (m) (min) (m3.s-1) (m3.s-1) (m3.s-1) (m3.s-1)
547.35 0.00 20 9.40 0.0 9.4 0.00
547.37 0.02 40 18.80 28.1 28.2 0.14
547.41 0.06 60 28.20 74.3 74.9 0.58
... ... ... ... ... ... ...
548.70 1.35 300 119.84 1581.4 1637.6 56.17
548.80 1.45 320 115.14 1697.7 1760.2 62.51
548.88 1.53 340 110.44 1792.9 1860.8 67.87
548.94 1.59 360 105.74 1868.9 1941.2 72.27
548.99 1.64 380 101.04 1927.7 2003.5 75.73
549.03 1.68 400 96.34 1971.1 2049.4 78.31
549.05 1.70 420 91.64 2000.7 2080.8 80.10
549.07 1.72 440 86.94 2018.0 2099.2 81.15
549.07 1.72 460 82.24 2024.5 2106.0 81.54
549.07 1.72 480 77.54 2021.4 2102.7 81.35
549.06 1.71 500 72.84 2009.8 2090.4 80.65
549.05 1.70 520 68.15 1990.6 2070.1 79.49
Demonstrativo do Processo Iterativo de Puls

Considerando o amortecimento para tempo de duração = 460 min:


Dados:
I1=86,94m3.s-1 ; I2=82,24m3.s-1; O1=81,15 m3.s-1; 2.S1/t=2018m3.s-1

Variável Cálculo

1 – Determinação X2: 𝑋2 = 86,94 + 82,24 + 2018 − 81,15


→ 2.106,03
2 – Vazão de saída O2: 3
𝑂2 = 0,00097 ∗ 2106,031,48179 → 81,55 𝑚 ൗ𝑠
3 – Volume Amortecido 2.S2/t: 2. 𝑆2
= 2.024,5
∆𝑡
(𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑂 𝑣𝑠 2𝑆/∆𝑡
4 – Sobre elevação H: 𝐻 = 1,72 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
(𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝐻 𝑣𝑠 2𝑆/∆𝑡

Processo de Diferenças Finitas ► Iterações Sucessivas;


Hidrograma das Vazões Amortecidas -
HSM.4
Hidrogramas de entrada (INFLOW ou H.4) e saída
(OUTFLOW ou HSM.4).
QP=124,54m3.s-1
140.00 2.00
I (H.1) 1.80
120.00
O (H.SM.1) 1.60
100.00 Sobre Elevação H(m)

Sobre Elevação
1.40
Vazaõ (m3/s)

80.00 1.20
1.00
60.00 0.80
40.00 0.60
0.40
20.00
0.20
0.00 0.00
0 500 1000 1500
Tempo (min)
QSM=81,55m3.s-1
Redução:35%
Dimensionamento Hidrológico
“Amortecimento da Vazão”
REGRA GERAL:

SUPERFÍCIE INUNDADA
NO NORMAL

VOLUME DE ESPERA
VLE

SOBRE-ELEVAÇÃO VAZÃO NO VERTEDOR


NAMAX - H (O) - QSM
Dimensionamento Hidrológico
“Amortecimento da Vazão”
O QUE ACONTECE COM AMORTECIMENTO DA
VAZÃO EM BARRAGENS COM PEQUENAS
SUPERFÍCIES MOLHADAS?
14

12

10 I

O
8
m3/s

0
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo (min)
MODELOS DE AMORTECIMENTO NA
CALHA – CHANNEL ROUTING
Escoamento
Planícies de “Confinado” Planícies de
Inundação na Calha Inundação
TR=100 anos

TR=10 anos
TR<=5 anos
Capacidade
Descarga
Limitada

•Escoamento em canais naturais ao longo de seções


“estreitas”;
•Escoamento altas velocidades e baixa profundidade;
•Ao atravessar planícies de inundação podem ou não ocorrer
efeitos de amortecimento do hidrograma;
CHANNEL ROUTING
Translação do Hidrograma
Hidrograma na Entrada no Trecho Hidrograma na Saída no Trecho

inflow

Outflow (m3/s)
Outflow - X=0.2
Inflow (m3/s)

Tempo (minutos) Tempo (minutos)

X ∆𝑍
𝐼=
∆𝐿
t - Tempo de trânsito
do hidrograma
CHANNEL ROUTING
Ocupação das Planícies de Inundação
Representação esquemática de uma seção transversal da planície fluvial.
(Fonte: CRHISTOFOLETTI, 1980)

Projeto de
Projeto de Aproveitamento das Planícies Renaturalização
de Inundação para Controle de Enchentes
MUSKINGUM MODEL (MacCarthy 1939)
Equações básicas
Conceito da 𝐼 = 𝑎 ∗ 𝑌1𝑛
1- 𝑄 = 𝑎 ∗ 𝑌 𝑛 Curva-Chave
𝑂 = 𝑎 ∗ 𝑌2𝑛
2- 𝑉 = 𝑆 = 𝑏 ∗ 𝑌𝑚
Fazendo:
m m
I  n
O  b
− (1 − X ).b. 
n
3 - S = X .b.  k= & m =1
m n
a a a n

A equação de armazenamento (4)


4 - S = X .I + (1 − X ).O pondera o efeito da vazão de entrada e
de saída no trecho;

X – Fator de ponderação, sendo X<=1


CHANNEL ROUTING
MUSKINGUM MODEL (MacCarthy 1939)
Equações Básicas: Conservação da Massa:

S = X .I + (1 − X ).O S 2 S1 (I2 + I1 ) (O 2 + O1 )
− = −
t t 2 2

I2 + I1 +
2.K
X.I1 + (1 − X).O1  − O2 = 2.K X.I2 + (1 − X).O2  − O2
t t
0,5.t − K . X
C1 =
K .(1 − X ) + 0,5.t
0,5.t + K . X
C2 = Equação Simplificada
K .(1 − X ) + 0,5.t Modelo Iterativo:

− 0,5.t + K .(1 − X ) O2 = C1.I 2 + C 2.I1 + C 3.O1


C3 =
K .(1 − X ) + 0,5.t
C1 + C 2 + C 3 = 1
MUSKINGUM MODEL (MacCarthy 1939)
Limites utilização dos parâmetros X e k/2
∆𝑡
1 - C1,C3 > 0 2. 𝑋 ≤ ≤ 2. 1 − 𝑋
𝑘

t – tempo de trânsito entre os centros de


massa dos hidrogramas I(t) e O(t)/

Tempo de percurso da onda de cheia

Por razões de estabilidade numérica no processo de


2 - 0 ≤ 𝑋 ≤0,5 discretização de cálculo, os valores do coeficiente de
ponderação deve estar entre 0 e 0,5.

Geralmente para calhas naturais 0,2<X<0,3


MUSKINGUM MODEL (MacCarthy 1939)
Limites utilização dos parâmetros X e k/2

3 - Regiões de validade dos parâmetros do Modelo


Muskingum
2.5
C3<0

t/k
2

1.5
Valores
Região de 1 Região de
Viáveis de
X<0 instabilidade
X
0.5
C1<0
0
-1 -0.5 0 0.5 1

∆𝑡 X
2. 𝑋 ≤ ≤ 2. 1 − 𝑋 Dt/K>2X Dt/K<2(1-X)
𝑘
ALGORITMO PARA MODELO DE
MUSKINGUN

Ii (m3/s) Ii+1 (m3/s) Oi (m3/s) C1,C2,C3

i=i+1

Oi = Oi +1
Oi +1 = C1* I i +1 + C 2 * I i + C 3 * Oi
I i = I i +1
CHANNEL ROUTING
EXEMPLO
Tabela dos Dados Critérios e Hidrograma: Tabela Resultados:
C0 C1 C2
Tempo Inflow 0.130435 0.304348 0.565217
K= 12 horas;
(horas) (m3/s) C0*I2 C1*I1 C2*O1 O2
0 28 t = 6 horas; 28.0
7.434783 8.521739 15.82609 31.8
6 57 X=0.1 27.65217 17.34783 17.96408 63.0
12 212 36.52174 64.52174 35.58839 136.6
18 280 28.82609 85.21739 77.22671 191.3
24 221 22.04348 67.26087 108.1092 197.4
30 169 17.34783 51.43478 111.5816 180.4
36 133 13.30435 40.47826 101.945 155.7
42 102 9.913043 31.04348 88.01994 129.0
7.304348 23.13043 72.89974 103.3
48 76
3.26087 17.04348 58.40647 78.7
54 56 1.630435 7.608696 44.48872 53.7
60 25 0.652174 3.804348 30.36792 34.8
66 12.5 0.130435 1.521739 19.68338 21.3
72 5 0 0.304348 12.05923 12.4
78 1 0 0 6.988107 7.0
84 0 0 0 3.949799 3.9
0 0 2.232495 2.2
0 0 1.261845 1.3
CHANNEL ROUTING
EXEMPLO
Hidrogramas Estimados por Channel Routing
300

250
inflow
O - X=0.1
200 O - X=0.2
Vazoes (m3/s)

150

100

50

0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (minutos)
Determinação dos Coeficientes de trânsito
K e X – Método da Laçada
A partir de dois fluviogramas (i) montante e (ii) jusante do
trecho analisado:
1. Determina-se a Vazão média Q e o Armazenamento
esperado na calha S;
2. Atribui-se diferentes valores de X: 0.1 a 0.5 para
determinação de Q;
3. De forma gráfica plota-se a relação entre S e Q;
4. Atribui-se o valor de X para a relação mais próxima da
biunivícula – “laçada menos aberta”;
5. A partir da “laçada” selecionada (associado ao X) ajusta-
se a regressão linear, sendo o valor de K = coeficiente
angular.
Determinação dos Coeficientes de trânsito
K e X – Método da Laçada
Equações de Armazenamento:
 (I2 +I1 ) (O2 +O1 )
S =  − .t  S = Q.t
 2 2 
n
S =  S
1
S = K * X.I + (1 − X).O

Coeficiente Angular da Regressão Linear:


S
K=
X.I + (1− X).O
Determinação dos Coeficientes de trânsito
K e X – Método da Laçada
Elaboração da Planilha Auxiliar na Determinação do K e X:
t I (m3/s) O (m3/s) X

(
IM = Ii + Ii−1
) (
OM = Oi + Oi−1
)
2 2

Q = X.Ii + (1− X).Oi  i=i+1


S = (IM − OM ).t

Si = Si−1 + Si

Relação S vs Q
CHANNEL ROUTING
DETERMINAÇ AO DOS PARÂMETROS K e X
K= ? horas;
Hidrogramas Medidos
t = 6 horas;
X=0.1 – 0.2 & 0.3
Tempo Inflow OutFlow Q (m3/s) = X*I+(1-X)*O Armazenamento (m3)
(horas) (m3/s) (m3/s) X=0.1 X=0.2 X=0.25 X=0.3 S=(I-O)*t S=SS
0 30 30 30 30 30 30 0 0
6 120 39 47.1 55.2 59.25 63.3 243 243
12 286 45 69.1 93.2 105.25 117.3 966 1209
18 412 93 124.9 156.8 172.75 188.7 1680 2889
24 373 181 200.2 219.4 229 238.6 1533 4422
30 306 237 243.9 250.8 254.25 257.7 783 5205
36 246 264 262.2 260.4 259.5 258.6 153 5358
42 198 261 254.7 248.4 245.25 242.1 -243 5115
48 165 246 237.9 229.8 225.75 221.7 -432 4683
54 141 225 216.6 208.2 204 199.8 -495 4188
60 123 202 194.1 186.2 182.25 178.3 -489 3699
66 108 184 176.4 168.8 165 161.2 -465 3234
72 93 174 165.9 157.8 153.75 149.7 -471 2763
78 81 153 145.8 138.6 135 131.4 -459 2304
84 72 135 128.7 122.4 119.25 116.1 -405 1899
90 63 117 111.6 106.2 103.5 100.8 -351 1548
CHANNEL ROUTING
DETERMINAÇ AO DOS PARÂMETROS K e X
K e X metodo de Muskingum
6000

5000

X=0.1
Armazenamento - S = SS (m3/s).hora

4000 X=0.2
X=0.3
3000 Linear (X=0.2)
K=S/Q
2000
y = 24.64x - 1006.
1000
R² = 0.996

0
0 50 100 150 200 250 300

-1000
Q = [X*I+(1-X)*O] - (m3/s)

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