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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) justifica remoção de calçada por causa do tsunami
demográfico que aí vem”. A estratégia da CML foi explicada na conferência "O fado da calçada
portuguesa”
Pedro Homem de Gouveia, um dos arquitetos da CML, afirmou, no debate posterior à conferência, que
“a cidade não está preparada para o tsunami que está a acontecer – o envelhecimento da população” e
garantiu que nas intenções da Câmara não está acabar com o histórico chão português. Porém, entre o
público pró-calçada houve quem não tivesse ficado convencido. Pedro H. Gouveia frisou que o Plano de
Acessibilidade previsto para os próximos quatro anos é uma estratégia que partiu do princípio de que
Lisboa não parece uma capital europeia. “Estacionamento selvagem, passeios desmontados, ruas
apertadas sem espaços para os peões. Uma cidade para quem? Por isso”, diz, “pretendem requalificá-la
para os idosos e pessoas com mobilidade reduzida”. Um estudo sobre as vantagens e desvantagens da
calçada concluiu que é causa de quedas, requer uma manutenção cara e mão de obra especializada
inexistente. A CML propõe-se combater a calçada sem qualidade, não removê-la indiscriminadamente,
asseverou.
Contrapondo-o, Luís Marques da Silva, membro do Fórum Cidadania Lisboa, disse que “aos bocadinhos
ou de uma só vez, vão acabar com a calçada”. Contou que já teve acidentes em pisos que não eram de
pequenas pedras de calcário e argumentou que o problema não é a calçada, mas sim a falta de
manutenção e de fiscalização. “Não existe uma entidade competente que responsabilize quem não faz o
seu trabalho como deveria fazer. A calçada está mal colocada e por isso gera tantos problemas.”
Por seu lado, Carina Brandão, membro da Lisboa (In)Acessível, explica que para os cidadãos com
mobilidade reduzida, existe um grande desconforto em cima da calçada. A oradora explicou que “as
pedras mesmo quando estão bem colocadas dificultam a circulação”. E sugere: “Se não acreditam,
podemos organizar uma gincana de cadeira de rodas e no final digam-me se a vossa opinião se mantém”.
Outro membro desta organização reiterou que a calçada provoca um grande desconforto para cadeira de
rodas devido à inevitável trepidação. Acrescentou ainda que só quem a usa 24h por dia compreende
aquilo com que tem de se deparar. E deixou uma pergunta no ar, a que ninguém deu uma resposta
concreta. “O que é mais importante: o património ou o cidadão?”
Por sua vez, um membro do público, Sofia Silveira, interveio a favor da calçada, defendendo que “o
problema é a não manutenção daquilo que temos, da nossa cultura”. Justifica a sua posição dizendo que
se o calcetamento fosse bem aplicado e a manutenção regular, não existiam tantos problemas. “Se as
pedras estivessem sob terra e bem unidas, as pessoas com mobilidade reduzida já não sentiriam tantas
dificuldades”, argumenta. Diz ainda que a calçada é um símbolo do País e “uma atração turística à qual
não podemos virar costas. Se acabarmos com ela, corremos o risco de perder turistas”, conclui.
Já um membro do Plano de Acessibilidade da CML explicou que, não havendo produtos mágicos no
mercado, a solução tem de passar obrigatoriamente pela oferta disponível. Depende dos fornecedores e
dos materiais que estes têm e criam. “Agora vamos experimentar um líquido antiderrapante para colocar
sobre a calçada”, mesmo sabendo que a longo prazo não resulta porque sai e a manutenção é dispendiosa.
(Nota: Este exercício é quase igual à primeira tarefa do modelo de exame DIPLE (B2), que está disponível na página web do
CAPLE, https://caple.letras.ulisboa.pt/files/exemplos/DIPLE_CL.pdf
Apesar de os exames do Instituto de Idiomas e os do CAPLE não serem iguais, têm algumas semelhanças, motivo pelo qual se
recomenda aos alunos que vejam o modelo de exame completo aí publicado)
Vocabulário - das três opções dadas, escolha a que melhor completa cada frase:
1- Quando dizemos que alguém é “como um espeto” estamos a dizer que essa pessoa é ....
A) chata B) esperta C) magra
2 – Ela ficou .... me ligar assim que tivesse alguma novidade. Ainda não se deve saber nada.
A) de B) em C) por
3- Para ela o projeto foi facílimo de elaborar. Fê-lo com uma perna __________________ !
A) às costas B) só C) no ar
4 – Dizem que houve um pequeno tornado aqui, que durante meia hora batiam portas, janelas e voava tudo pelos
ares. Mas eu confesso que não dei ..... nada. Estava em casa e não notei nada.
A) em B) para C) por
5- Vou ligar para lá para ver se me podem dar a informação pelo telefone. ....., tu vai procurando aí na net a
página web deles, pode ser que até encontremos aí a informação que queremos.
A) entretanto B) enquanto C) enquanto que
6 – O condutor que provocou o acidente dirigia ____ influência de álcool em nível muito superior ao
permitido.
A) sobre B) sob C) trás
7 - Ele é mesmo um apaixonado .... Porto. Conhece a cidade de lés a lés.
A) do B) pelo C) por
8 – Para entrar no país, é preciso ter .... de entrada.
A) visto B) vindo C) visa
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