Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
As diatomáceas, um grupo de algas
unicelulares, biomineralizam paredes celulares
Madrepérola (ou nacre) é constituída por de sílica amorfa (SiO2) formando padrões
plaquetas microcristalinas de aragonite (um microestruturais complexos
polimorfo de CaCO3) intercaladas com
cadeias macromoleculares de biopolímeros,
nomeadamente o polissacarídeo quitina.
Exemplos de biomineralização
Materiais funcionais!
O carbonato de cálcio puro (desidratado) ocorre em três fases cristalinas, diz-se que apresenta polimorfismo
Existem ainda três fases cristalinas hidratadas: monohidrocalcita (CaCO3·H2O); ikaita (CaCO3·6H2O) e golmita (CaCO3·0.5H2O) e várias fases amorfas (ACC).
2
A calcita é o polimorfo de CaCO3 termodinamicamente mais estável em condições ambiente e também o mais abundante.
Contudo, dependendo das condições de PT e/ou condições de síntese, é possível obter as outras formas cristalinas
(metaestáveis). Por exemplo, através de processos de biomineralização, o CaCO3 é obtido em diferentes fases cristalinas
consoante o tipo de organismo vivo e local de precipitação.
Ca2+ 2-
O
ião carbonato
estrutura de Lewis de híbrido de ressonância
Célula unitária
3
Cálcio com número de coordenação 6 Cálcio com número de coordenação 9
em ambiente pseudo-octaédrico. Opinion em ambiente hula-hoop distorcido. Trends in Biotechnology September 2014, Vol. 32, No. 9
Amorphous
calcium
carbonate Ac!va!on energy (EA) ACC
EA
with carbonic anhydrase
Free energy G∆
Vaterite
Vaterite EA
Freezing by D/E pep!de
cristalina: energia de rede Figure 3. Calcite and also biocalcite transitions from amorphous to crystalline states. Amorphous CaCO3 (ACC) deposits are initially precipitated. As the reaction
progresses, ACC transforms into the three more stable crystalline CaCO3 (CCC) phases: vaterite, aragonite, and calcite, along the gradient of decrease in Gibbs free energy
(DG negative value in kJ/mol). Under physiological conditions, the transformation of those CCC phases is blocked due to the activation energy barriers (EA). EA is lowered in
the presence of enzymes, here of carbonic anhydrase (CA), and allows the exergonic reaction to proceed. The transition of the phases can be frozen by polypeptides, for
example, the D/E-peptide from Suberites domuncula.
4
Transformação polimórfica
(1 atm, 298 K)
-0,4 kJ/mol
1 atm, 298 K
CaCO3 (s, aragonita) à CaCO3 (s, calcita)
A energia de rede é normalmente o parâmetro que mais contribui para o valor da entalpia de formação de um sólido iónico.
Apesar da transformação da aragonita a calcita ser um processo endotérmico, a fase termodinâmicamente mais estável
é a calcita (ΔGoaragonita-calcite< 0), devido à contribuição entrópica na transição de fase cristalina.
10
5
A precipitação do CaCO3 em meio aquoso é determinada pelos seguintes factors principais:
1) Concentração de Ca2+;
2) Concentração de carbono dissolvido;
3) pH e
4) Existência de centros de nucleação.
Solução sobressaturada Ca2+(aq) + CO32-(aq) óCaCO3 (s) Kps= 3,3x10-9, a 25oC, 1 atm
O meio aquoso alcalino favorece a formação de iões CO32-, induzindo a precipitação de CaCO3, em soluções onde o HCO3- é
a espécie mais abundante (pH 6-10).
Enquanto o CaCO3 é um sal muito insolúvel, já o Ca(HCO3)2 é extensamente solúvel em água.
Efetivamente, quando associado ao Ca2+, o ião HCO3- só existe em solução aquosa.
Precipitação
out
Erosão
CO2(g) + H2O(l) + CaCO3(s) → Ca(HCO3)2(aq)
facilita
12
6
A espontaneidade de dissolução de um sólido iónico em água a partir de um ciclo termodinâmico que envolve
os valores da energia livre Gibbs de rede e da energia livre de Gibbs associada à hidratação dos iões
constituintes
ΔGosol = ΔGohid - ΔGorede
O valor de Kps pode ser estimado tendo presente que em situações de equilíbrio
(Keq=Kps, com a atividade do sólido sendo unitária)
ΔGosol = -RTlnKeq
A solubilidade de um sólido iónico em água pode ser entendida pelo efeito balanceado da variação de
entalpia e da variação de entropia no processo de solubilização
14
7
Energia de rede
Estrutura cristalina
Entalpia de hidratação