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BIOLOGIA

E
Capítulos de biologia I

1. BIOQUÍMICA………………………………………………………………………………….………….PÁG. 3

2. CITOLOGIA.………………………………………………………………………………………………PÁG. 7

3. CITOPLASMA.……………………………………………………………………………………………PÁG. 8

4. RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.…………………………………………….……PÁG. 9

5. FOTOSSÍNTESE E QUIMIOSSÍNTESE.……………………………………………………...….PÁG. 10

6. O NÚCLEO CELULAR.…………………………………………………………………………..……PÁG. 11

7. MITOSE E MEIOSE.……………………………………………………………………………….……PÁG. 12

8. EMBRIOLOGIA ANIMAL.……………………………………………………………………….……PÁG. 13

9. TECIDO CONJUNTIVO I.……………………………………………………………………….……PÁG. 14

10. TECIDO EPITELIAL.……………………………………………………………………………….……PÁG. 15

11. TECIDO CONJUNTIVO II.……………………………………………………………………………PÁG. 16

12. TECIDO MUSCULAR.…………………………………………………………………………….……PÁG. 17

13. TECIDO NERVOSO.……………………………………………………………………………….……PÁG. 18

14. SISTEMA NERVOSO E SENSORIAL……………………………………………………………..PÁG. 19

15. SISTEMA ENDÓCRINO…………………………………………………………………………..…..PÁG. 20

16. SISTEMA DIGESTÓRIO…………………………………………………………………………..……PÁG. 21

17. SISTEMA RESPIRATÓRIO.……………………………………………………………………………PÁG. 22

18. SISTEMA URINÁRIO……………………………………………………………………………………PÁG. 23

19. SISTEMA CARDIOVASCULAR……………………………………………………………………..PÁG. 24

20.SISTEMA GENITAL……………………………………………………………………………………..PÁG. 25

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BIOQUÍMICA Sódio: possui papel fundamental
no controle hídrico e osmótico do
corpo e auxilia na condução dos
impulsos nervosos.
Potássio: atua, em maior parte, no
Bioquímica Metabolismo do Corpo meio intracelular da manutenção
do controle hídrico e da
Humano condução dos impulsos
A bioquímica divide os
compostos em dois grupos: nervosos.
O conjunto de reações do nosso
inorgânicos (Água e Sais
corpo denomina- se
Minerais) e orgânicos
metabolismo, este decorrente da
(proteínas, carboidratos,
junção do anabolismo e do
lipídeos, ácidos nucleico,
catabolismo. O anabolismo é
vitaminas, aminoácidos e
de inido pelas reações
nucleotídeos).
endotérmicas e “construtivas” do
corpo humano. E o catabolismo
de ine-se pelas reações
exótermicas e “destrutivas” do Ferro: auxilia a hemoglobina no
mesmo. transporte de oxigênio pelas
hemácias. E também constitui os
Sais Minerais citocromos, responsável pelo
transporte de elétrons da cadeia
Os principais sais minerais respiratória. Carência: anemia
encontrados nos seres vivos são: ferropriva.
cálcio, fósforo, sódio, potássio,
ferro, magnésio, iodo, cobre e Magnésio: participa das reações
lúor. de fosforilação de ATP. Nas
plantas, é um dos compostos da
Água Cálcio: formação de ossos,
cloro ila, substância responsável
dentes, cascas de ovo, conchas
de moluscos, etc. A carência pela absorção da luz.
A água como um composto Iodo: participa na composição
inorgânico varia de acordo desse composto gera o
raquitismo (na infância) e a dos hormônios tireoidianos (T3 e
com a idade, taxa metabólica T4). Carência: bócio.
e espécie. Ela possui alto calor osteoporose (idade adulta). O
especí ico, o que permite a cálcio na forma iônica auxilia na
termorregulação. Além disso, coagulação sanguínea e na
auxilia no transporte de contração muscular.
substâncias e de catabólicos
(produtos de excreção). A Fósforo: participa das moléculas
água também possui um de ácido nucleico (DNA e RNA) e
papel lubri icante, o que do ATP. Além de auxiliar o cálcio
diminui o atrito entre diversas na formação das estruturas
estruturas do organismo. esqueléticas do corpo humano.

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Cloro: controle hídrico e


constitui o HCl, molécula
essencial para o estômago.

Flúor: formação de ossos e


dentes e auxilia na
remoção de cáries.
Carência: luorose.

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Bioquímica Reguladora: insultos Soro X Vacina


Aminoácidos, Proteínas e Estrutural: membrana Um exemplo de proteína de
Enzimas plasmática, colágeno defesa são os anticorpos, eles
Defesa: imunoglobina, possuem como função
anticorpos neutralizar o antígeno e
Aminoácidos Catalisador: enzima promover a opsonização
Os aminoácidos são todas Contráteis: actina e miosina (ativação de fagocitos).
moléculas orgânicas que Transporte: hemoglobina A diferença entre soro e vacina: o
possuem em sua composição A salinidade, o pH e a soro possui anticorpos e
o grupo amina + ácido temperatura podem imunização passiva, a vacina tem
carboxílico + radical. A ligação descon igurar as proteínas, antígenos e uma imunização
entre o grupo amina de um resultando na desnaturação ativa.
aminoácido e o ácido das mesmas (processo
carboxílico de um outro irreversível).
aminoácido é denominada Ordem de quebra no ser
ligação peptídica. De ine-se humano: 1° carboidrato; 2°
como aminoácido natural lipídeos; 3° proteínas.
aquele que seu corpo produz e
essencial aquele que só é
adquirido por meio da
alimentação. A junção de vários
aminoácidos é chamado de
polipeptídeos.

Enzimas
As enzimas são
biocatalisadores e elas agem
diminuindo a energia de Carboidratos
ativação. Em diversos casos, Os carboidratos também são
conhecidos como glicídeo ou
Proteínas uma substância de natureza
açúcar, eles podem ser
não proteica deve se ligar a
uma enzima para que esta classi icados em
As proteínas são polipeptídeos, monossacarídeos,
ou seja, são resultado da junção realize sua função
catalisadora, essas oligossacarídeos ou
de vários aminoácidos. De ine- polissacarídeos.
se como proteína simples substâncias são denominadas
aquelas constituídas apenas de cofatores ou coenzimas.
Os monossacarídeos obedecem
aminoácidos e proteína tal fórmula: CnH2nOn, em que
conjugada aquelas que contém Os catalisadores não
participam da reação e o local “n” varia de 3 a 7. Os
outras substâncias além dos mais importantes para os seres
aminoácidos. onde o substrato se encaixa
na enzima é denominado sítio vivos são as pentoses (ribose e
Estrutura das Proteínas desoxirribose) e as hexoses
Primária: linear e ligações ativo.
Deve ser lembrado que (glicose, frutose e galactose).
peptídicas
Secundária: helicoidal e diversas enzimas são
proteínas, logo, elevadas Os oligossacarídeos são a união
ligações de hidrogênio de poucos (2 a 10)
Terciária: dobramento da temperaturas a desnatura, nas
baixas temperaturas apenas monossacarídeos, essa união se
estrutura secundária e pontes faz por meio da ligação
de bissulfeto inativam ou paralisam suas
atividades. glicosídica.
Quartenária: ligação de duas Destacam-se como os principais
ou mais terciárias Funções das oligossacarídeos a maltose
proteínas e exemplos: Bioquímica (glicose + glicose), sacarose
Lipídeos e Carboidratos (glicose + frutose) e lactose
Lipídeos (glicose + galactose).

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Os polissacarídeos são
resultantes da união de milhares Bioquímica O RNA ou ácido ribonucleico ou a
de monossacarídeos, os Nucleotídeos e Ácidos Nucleicos ribose possui uma estrutura de
exemplos são: amido (reserva Nucleotídeos hélice simples, existindo três tipos
vegetal), glicogênio (reserva que participam do processo de
animal e dos fungos), celulose Nucleotídeos síntese de proteínas, são RNAr
(estrutura vegetal) e quitina (ribossômico), RNAm
(estrutura animal). Os nucleotídeos são compostos (mensageiro) e RNAt
orgânicos que possuem em sua (transportador).
formação uma base e o RNA.
nitrogenada, uma pentose e um O RNAr participa da constituição
fosfato. química dos ribossomos, que por
sua vez são constituídos de
A base nitrogenada pode ser proteínas e RNA. O RNAm traz do
púrica (Adenina e Guanina) ou DNA para os ribossomos as
pirimídica (Timina, Citosina e informações codi icadas, a
Uracila). respeito de qual aminoácido irá
compor a molécula proteica. E o
A pentose pode ser a ribose ou a RNAt consiste em transportar
desoxirribose. A ribose pode ser aminoácidos que se encontram
ligada as respectivas bases dispersos no interior da célula
nitrogenadas A, U, C e G e a para o local da síntese proteica.
Lipídeos desoxirribose pode-se ligar com
A, T, C e G. Na síntese de proteínas, o DNA é
Os lipídeos são insolúveis em portador das mensagens
água e solúveis em solutos O fosfato é derivado do ácido genéticas e a função do RNA é
orgânicos. Eles podem ser fosfórico. transcrever a mensagem
divididos em lipídeos simples, genética presente no DNA e
complexos, carotenoides e Ácidos nucleicos traduzi-la em proteínas.
esterídeos.
Existem dois tipos de ácidos
Os lipídeos simples são ésteres nucleicos: o DNA e o RNA.
que resultam da associação de
álcool com ácidos graxos Os ácidos nucleicos são
(naturais ou essenciais) e são formados pela união de vários
divididos em glicerídeos nucleotídeos. Esses compostos
(exemplo: triglicerídeos, banha de orgânicos podem ser
porco, óleos) e cerídeos (ceras de encontrados no citoplasma, ou
origem animal ou vegetal). seja, não são exclusivamente do
núcleo.
Os lipídeos complexos são
formados por ácidos graxos + O DNA ou a desoxirribose é
álcool + outro composto de formado por A ligações de
natureza química diferente, os hidrogênio, para unir uma
fosfolipídeos são um exemplo adenina com uma timina são
dos complexos. necessárias duas ligações de
hidrogênio, e para unir uma
Os carotenoides são lipídeos citosina com uma guanina são
pigmentados e estão presentes necessárias três ligações de Bioquímica
nas células vegetais, onde têm hidrogênio. As ligações de ATP e Vitaminas
papel importante na fotossíntese, DNA sempre ocorrem no
um exemplo é o caroteno sentido 5’-3’ de fosfodiéster (5’ Adenosina Trifosfato (ATP)
abundante na cenoura. não permite ligação a outro
nucleotídeo e 3’ se liga ao grupo O ATP também é de natureza
Os esterídeos tem em seu grupo fosfato do nucleotídeo do lado). nucleotídica, uma vez que é
o colesterol, que é importante A duplicação do DNA ocorre de formado por uma adenina, ligada
para a integridade da membrana forma semiconservativa e exige a pentose ribose e a três grupos
celular, síntese de hormônios presença de enzimas, como a fosfatos.
esteroides e dos sais biliares. DNA helicase, polimerase e
ligase.

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Nos vegetais, o ATP pode ser


produzido a partir da respiração
celular ou da energia obtida a
partir da luz. Essa produção de
ATP com energia obtida
denomina-se fotofosforilação e
ocorre durante a fotossíntese.

Vitaminas
As vitaminas são ativadores
enzimáticas (coenzima) e se
dividem em lipossolúvel A, D, E, K
e hidrossolúvel C e complexo B.
Vitamina A: retinol
(antixeroftálmica)
Vitamina D: ergosterol
(antirraquítica)
Vitamina E: tocoferol (anti-estéril)
Vitamina K: iloquimona (anti-
hemorrágica)
Vitamina C: ácido ascórbico
(antiescorbútica)
Vitamina B1: tiamina
(antiberibérica)
Vitamina B2: ribo lavina (glossite/
estomatite/ queilite)
Vitamina B3: niacina ou ácido
nicoténico (antipelágrica)
Vitamina B9: ácido fólico (espinha
bí ida e anemia megaloblástica)
Vitamina B12: hidroxixobalamina e
cianocobalamina (anti-anêmica)

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Célula
A célula procariota apresenta nucleoide (região
ocupada pelo cromossomo), membrana

CITOLOGIA plasmática, hialoplasma, parede celular e


ribossomos. A célula eucariota animal não
apresenta parede celular e plastos, todas as
outras organelas constituem essa célula. A célula
eucariota vegetal não apresenta lisossomos e
centríolos (apenas vegetais inferiores).
Citologia
Revestimentos Externos da Célula Membrana Plasmática

1. Vilosidades: aumenta a A membrana plasmática é uma película que envolve e protege


superfície de contato a célula. Ela é formada por uma bicamada de fosfolipídeos e
2. Zona de Oclusão: impede que por proteína (composição lipoproteica) e é conhecida como
as substâncias passem pelo modelo mosaico luido. Os fosfolipídeos conferem luidez a
meio intercelular membrana e as proteínas são responsáveis pela maioria das
3. Junção “GAP”: unir o citosol das funções da membrana plasmática.
células vizinhas
4. Hemidesmossomo: unir a Na maioria das células animais, a membrana plasmática possui
célula epitelial com a lâmina também alguns glicídeos ligados a certas proteínas ou a
basal lipídeos, formando moléculas de glicoproteínas ou glicolipídeos
5. Desmossomos e que se entrelaçam formando o glicocálix. O glicocálix possui
Interdigitações: unir as células como função o reconhecimento celular e a inibição por
vizinhas contato.

Parede Celular ou Membrana Para que a célula possa apresentar melhores especializações
Esquelética encontra-se nela:

Serve de reforço e proteção à


célula. Nas clorofíceas (algas Transporte de Membrana
verdes) e plantas a parede celular é O transporte de membrana pode acontecer de forma passiva,
constituída de celulose. Nos ativa ou em bloco.
fungos, de quitina. Nas bactérias e
cianobactérias, de Transporte Passivo: é a passagem de substâncias através da
peptideoglicano. membrana que se faz sem consumo ou gasto de energia (ATP)
por parte da célula, esse luxo é realizado até que haja uma
mesma concentração nas duas regiões. De modo geral, quanto
maior a solubilidade da substância em lipídeos, maior será a
velocidade de difusão das suas moléculas através da
membrana.
Difusão Simples: é um transporte passivo, em que as partículas
atravessam a membrana sem a ajuda de proteínas
“carregadoras”.

Osmose: um caso particular de difusão; difusão apenas do


solvente; nela, a passagem se faz da solução hipotônica (menos
_____________________________________________ concentrada) para a solução hipertônica (mais concentrada), até
que atinjam uma situação de equilíbrio (isotonia).

Quando ocorre perda de água rapidamente:


Meio Hipotônico Plasmoptise/Ruptura
Meio Hipertônico Plasmólise/Murcha

Transporte Ativo: requer gasto de energia (ATP) e é realizado contra o gradiente de concentração e com
participação de proteínas “transportadoras”. Um exemplo desse tipo de transporte é a bomba de sódio e
potássio.

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CITOPLASMA Mitocôndrias

Apenas em eucariotos. Nas cristas


mitocondriais, encontram-se as partículas
elementares, enzimas que têm papel
Citoplasma importante nas reações da cadeia respiratória. O espaço
É a região compreendida entre a interno das mitocôndrias é preenchido por um material de
membrana plasmática e a consistência luida denominado matriz, constituída de água,
membrana nuclear. Também carboidratos, íons minerais, moléculas de DNA e RNA. Imersos
chamado de citosol. nessa matriz também encontram-se ribossomos. Função:
Componentes do citoplasma: produção de ATP.
hialoplasma, retículo
endoplasmático, complexo
golgiense, mitocôndrias, plastos,
lisossomos, peroxissomos,
vacúolos, ribossomos e centríolos.

Plastos

Encontrados em eucariotos vegetais, são divididos em


leucoplastos (incolores e sem pigmento; função -
armazenamento de reservas nutritivas) e cromoplastos
(colorido e com pigmento; função: relacionam-se com a
fotossíntese e a absorção de luz).
Vacúolos Lisossomos
Podem ser vacúolos alimentares,
digestivos, autofágicos, residuais, São pequenas vesículas delimitadas por membrana
contráteis e pulsáteis (equilíbrio do lipoproteica, originárias do sistema golgiense, contendo
meio extracelular com o meio enzimas digestivas (hidrolíticas) que tem atividade máxima em
intracelular) e de suco celular meio ácido. Promovem a digestão heterofágica e autofágica,
(apenas em eucariotos vegetais). em autólise e apoptose.
Centríolos Peroxissomos
Estruturas não membranosas
encontradas em células Pequenas vesículas encontradas em eucariotos de animais e
eucariontes, exceto em células de vegetais. Elas armazenam as oxidases, que catalisam reações
angiospermas e muitas que modi icam substâncias tóxicas. E possui também a enzima
gminospermas, como no pinheiro. catalase, promovendo a água oxigenada.
Função: formação de cílios e
lagelos. Retículo Endoplasmático (RE)
Hialoplasma Apenas em eucariotos e é subdividido em não granuloso (liso)
Está presente em qualquer tipo de e granuloso (rugoso). O primeiro, REL, não possui ribossomos
célula e se constitui numa mistura aderido a suas paredes, e o RER possui ribossomos. Funções
formada por água, proteínas, desempenhadas pelo retículo endoplasmático: transportar ou
aminoácidos, açúcares, ácidos distribuir substâncias, armazenar, neutralizar toxinas facilitar o
nucleicos e íons minerais. É na intercâmbio e sintetizar substâncias.
realidade, um sistema coloidal.
Complexo Golgiense
Ribossomos
Estruturas não membranosas,
Apenas em eucariotos. Essa organela é uma região modi icada
encontrados em procariotos e
do REL, constituída de unidades denominadas sáculos
eucariotos. São pequenos
lameliformes (dictiossomos e golgissomos). É responsável pelo
grânulos, uma vez que são
armazenamento de secreções, pela síntese de
constituídos de RNAr e proteínas.
mucopolissacarídeos, formação da lamela média nos vegetais
Função: síntese de proteínas. Para
e pela formação do acrossomo no espermatozoide.
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RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO

Respiração Celular e
Fermentação Respiração Anaeróbia
Ocorre em três etapas: Glicólise, (ausência de O2 )
Ciclo de Krebs e Cadeia
Respiratória Fermentação Alcoólica:
Possui o álcool etílico como
A obtenção de energia a partir de produto orgânico inal. A
compostos orgânicos consiste glicose sofre glicólise
numa série de reações químicas resultando em ácidos
que visam a “quebra” de pirúvicos. Cada ácido
moléculas orgânicas no interior Cadeia Respiratória (local: cristas pirúvico sofre
da célula com o objetivo de mitocondriais) descarboxilação, originando
liberar a energia nelas contida. moléculas de aldeído acético.
Assim, o objetivo da respiração A oxidação dos NADH2 e a dos FADH Essa fermentação é realizada
celular e da fermentação é a 2 liberam elétrons e prótons. Na por algumas espécies de
síntese de moléculas de ATP. membrana interna da mitocôndria há fungos, bactérias e até por
várias proteínas com átomos de cobre células vegetais superiores e
Respiração Aeróbia (presença ou ferro, que são chamados de é muito utilizada na
de O2 ) citocromos. Esses elétrons liberados fabricação de cerveja, pães,
são atraídos pelo oxigênio molecular, bolos e biscoitos.
Glicólise (local: hialoplasma) porém, para chegarem até ele,
Decompõe a molécula de glicose precisam passar pelas proteínas e Fermentação Láctica:
em duas moléculas menores, citocromos presentes nas
denominadas ácido pirúvico. cristasmitocondriais.Quandoocorreap Possui como produto inal o
Essas reações consomem 2ATP, assagem de um íon hidrogênio pela acido lático. É realizada por
liberam hidrogênio e formam ATPsintase, uma parte dessa enzima bactérias, fungos,
2NADH2 . Após a glicólise, cada gira produzindo energia que é protozoários e por alguns
molécula de ácido pirúvico sofre utilizada para ligar um ADP+ um P, tecidos animais, como o
descarboxilação (saída de CO2) e formando o ATP. O oxigênio estará no tecido muscular. Em nossos
desidrogenação (saída de H2 ), im da cadeia respiratória, recebendo músculos esqueléticos, em
transformando-se no radical acetil os elétrons que passaram pelas situação de intensa atividade,
que possui apenas dois carbonos. proteínas. Assim o oxigênio icará pode não haver uma
Cada molécula de ácido acético instável e reagirá com íons H+, disponibilidade adequada de
liga-se a coenzima A, formando o formando moléculas de água. oxigênio para promover a
acetil-CoA, que irá para o Ciclo de respiração aeróbia. Nesse
Krebs. Saldo energético Glicólise: 2 ATP caso, as células musculares
Saldo energético Ciclo de Krebs: 2 ATP passam a realizar a
Ciclo de Krebs (local: matriz Saldo energético Cadeia Respiratória: fermentação láctica.
mitocondrial) 28 ATP Saldo Total: 32 ATP
O radical acetil desliga-se da
Coenzima A e reage com o ácido
oxalacético, formando o ácido
cítrico. Ocorre a liberação de
6CO2 e de 4H2.Destes, 3H2 são
captados por moléculas de NAD,
formando 3NADH2 e o outro H2
liga- se a uma molécula de FAD,
formando FADH2 . Os NADH2 e o
FADH2 formados, irão para a
Cadeia Respiratória.

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FOTOSSÍNTESE E
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QUIMIOSSÍNTESE Quimiossíntese

É um processo que
acontece a partir da
Fotossíntese e Nas células eucariontes
oxidação de substâncias
Quimiossíntese fotossintetizantes, as moléculas
de cloro ila, os aceptores de inorgânicas em locais
Quando a fonte de energia carentes de luz solar, sendo
utilizada pela reação é a luz, o elétrons e as enzimas que
participam das reações de fase realizada por bactérias
processo é a fotossíntese e autótrofas. Assim, a matéria
quando a energia utilizada é clara encontram-se
organizados nas membranas orgânica é produzida com
proveniente de uma reação de energia obtida por meio de
oxidação, temos a dos cloroplastos, formando
unidades funcionais chamadas reações químicas entre os
quimiossíntese. compostos presentes no
fotossistemas. Existem dois
tipos de fotossistemas, o ambiente.
Fotossíntese
primeiro ocorre no estroma e o
segundo nos tilacoides. As bactérias podem ser
Também chamada de
assimilação cloro iliana; consiste
na fabricação de substâncias Fase Escura: 2° etapa da
orgânicas a partir de substancias fotossíntese e independe da
inorgânicas, utilizando a luz luz para ocorrer, porém
como fonte de energia. A depende da ocorrência da
substância orgânica sintetizada primeira etapa. Principais
é a glicose. fenômenos que ocorrem
são: a ixação do gás
A cloro ila é um pigmento verde carbônico, formação de
dos vegetais que contem PGA, formação de PGAL,
magnésio em sua molécula. formação de agua, ciclo das
Quando a luz solar incide na pentoses, utilização do
planta, as moléculas de cloro ila
não absorvem toda a radiação
presente com a mesma
intensidade. Constatou-se que
os comprimentos de onda
vermelho e azul são absorvidos
pela cloro ila, enquanto os
comprimentos de onda verde e
amarelo são os menos
absorvidos.

A fotossíntese das plantas é


realizada em duas etapas: fase
clara (etapa fotoquímica) e fase
escura (etapa química).
Fase Clara: 1o etapa da
fotossíntese e só acontece com
a presença de luz. Ocorrem
nessa etapa: absorção e
utilização da luz, fotólise da
agua, síntese de ATP e formação
de NADPH2.

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O NÚCLEO CELULAR
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De acordo com a posição do centrômero no ilamento


Componentes do Núcleo cromossômico, os cromossomos serão: metacêntricos,
submetacêntricos, acrocêntricos e telocêntricos.
1. Membrana Nuclear:
denominada carioteca, “n=2" signi ica que em cada célula haploide dessa espécie existem 2
caracteriza-se por ser uma cromossomos.
membrana lipoproteica
constituída por duas lamelas “2n=4" nessa espécie, qualquer célula que tiver 4 cromossomos
simples ou 4 cromossomos duplos será de uma célula diploide.
2. Retículo Nucleoplasmático:
armazenamento e controle de O número de cromossomos não é critério para se identi icar uma
cálcio intracelular espécie, uma vez que espécies diferentes podem apresentar o
mesmo número de cromossomos.
3. Nucleoplasma: constituído
basicamente por água e proteínas Os cromossomos humanos: do sexo feminino é homogamética
(XX) e o masculino heterogamético (XY). Nesse caso, os 22
4. Nucléolo: corpúsculo primeiros pares representam autossomos e o 23° par é dos
constituído pelo acúmulo de cromossomos sexuais.
RNAr associado a algumas
proteínas simples

5. Cromatina: substância
resultante da associação entre
histonas e DNA e representa o
material genético contido no
núcleo; distinguimos regiões
bastantes distendidas e algumas
regiões mais condensadas,
nomeiam-se eucromatina e
heterocromatina,
respectivamente.

Mutações Cromossômicas
Podem ser numéricas e estruturais. As numéricas são alterações no
número normal de cromossomos do cariótipo; quando essa alteração
é de apenas um ou dois cromossomos, trata-se de uma aneuploidia;
quando há alteração de todo um conjunto temos uma euploidia.

1. Aneuploidias: Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter,


Síndrome de Turner, Síndrome do Triplo X e Síndrome do Duplo Y.
2. Euploidias: haploidia (n), triploidia (3n), tetraploidia (4n), etc.
Cada cromossomo é formado por
uma única e longa molécula de
DNA. Em certas regiões, essa As mutações cromossômicas estruturais são modi icações na
molécula enrola-se em volta de estrutura normal dos cromossomos, temos: a deleção, inversão,
proteínas chamadas histonas. Um duplicação, adição e a translocação.
conjunto de oito unidades de Obs.: a cromatina sexual ou corpúsculo de Barr tem grande interesse,
histonas com o DNA em volta é do ponto de vista clínico, tanto para o diagnóstico de algumas
chamado de nucleossoma. síndromes, como também para um diagnóstico precoce do sexo
antes do nascimento.

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MITOSE E MEIOSE
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Divisão II da Meiose:
Proteína p53: a ausência dessa proteína poderá favorecer a
proliferação exagerada, resultando na formação de um tumor. Cada uma das células ilhas
Uma célula eucariota pode passar pelas seguintes fases: intérfase, formadas ao término da divisão
metáfase, anáfase e telófase. I realizará a divisão II, cujas
características são idênticas às
A intérfase apresenta carioteca íntegra, nucléolos visíveis, cromatina da mitose.
organizada formando ilamentos e intensa atividade metabólica
quando se prepara para sofrer um processo de divisão, a célula,
ainda na intérfase, duplica o seu material genético.
1. Subfase G1: algum mecanismo determina se a célula entrará ou
não em um processo de divisão
2. Subfase S: período em que ocorre a duplicação do material
genético (DNA)
3. Subfase G2: período em que todo o material genético já se
encontra duplicado.

Mitose
Ocorre a separação equitativa das cromátides, resultando na
formação de duas células ilhas geneticamente idênticas e com o
mesmo número de cromossomos da célula mãe. Objetivos:
reprodução de seres unicelulares, crescimento dos seres Exercício:
pluricelulares, renovação, regeneração, reposição e cicatrização de
tecidos e formação de gametas e esporos. Questão 1

1. Prófase: inicio da espiralização (condensação) dos cromossomos, O ciclo celular corresponde ao período entre a
desaparecimento do nucléolo, início da formação do fuso e origem de uma célula até a sua divisão, sendo
delimitado em dois momentos: interfase e divisão
desaparecimento da carioteca. celular.

2. Metáfase: máximo desenvolvimento do fuso, máxima


espiralização dos cromossomos e ordenação dos cromossomos no A divisão celular é importante, pois através desse
processo as células eucariontes são capazes de:
plano equatorial.
3. Anáfase: encurtamento das ibras de fuso, ascensão polar dos a) reproduzirem-se e multiplicarem-se
cromossomos ou migração dos cromossomos irmãos para o polo.
4. Telófase: descondensação dos cromossomos, desaparecimento b) replicar o DNA e realizar recombinação genica
das ibras de fuso, reorganização, reaparecimento da carioteca e
dos nucléolos e citocinese. c) transcrever o material genético e produzir
proteínas

Meiose d) produzir energia e transportar nutrientes

Consta de duas divisões sucessivas, divisão I - reducional e divisão II


- equacional.

Divisão I da Meiose:

1. Prófase I: ocorrência de crossing-over, pareamento dos


cromossomos homólogos, visualização dos quiasmas
(cruzamentos) e desaparecimento do nucléolo e da carioteca.
2. Metáfase I: máximo desenvolvimento do fuso, cromossomos
homólogos emparelhados dispostos no plano equatorial e máxima
espiralização dos cromossomos. Alternativa correta: a) reproduzirem-se e multiplicarem-se.

3. Anáfase I: encurtamento das ibras de fuso e separação dos


cromossomos homólogos. Células unicelulares são capazes de se reproduzirem através da mitose

4. Telófase I: desespiralização dos cromossomos, reaparecimento


e células pluricelulares se multiplicam através da mitose ou da meiose.

dos nucléolos e da carioteca, citocinese e formação de duas


células- ilhas haploides (n) com cromossomos duplos.

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EMBRIOLOGIA
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ANIMAL
É o estudo do desenvolvimento do
indivíduo desde a formação do zigoto até
o seu nascimento ou eclosão.
Classi icação dos Ovos
1. Oligolécitos: possuem pouco ou
quase nenhum vitelo, encontra-se em
poríferos, cnidários, equinodermos,
an ioxos e mamíferos.

2. Heterolécitos: possuem uma


quantidade média de vitelo, encontra-se
em platelmintos, nemaltemintos,
moluscos, anelídeos e em algumas
espécies de peixes e anfíbios.

3. Megalécitos: possuem grande


quantidade de vitelo, encontra-se em
moluscos cefalópodes, em várias
espécies de peixes, répteis, aves e
mamíferos ovíparos.

4. Centrolécitos: possuem certa


quantidade de vitelo, acumulada no
centro, encontra- se em artrópodes.
Etapas do Desenvolvimento Embrionário
Fecundação, segmentação, gastrulação,
histogênese e organogênese.

1. Segmentação:
2. Gastrulação: formação dos folhetos embrionários
a) Holoblástica ou total: participa toda a (ectoderma, endoderma e mesoderma). Na maior parte dos
célula-ovo animais forma-se o arquêntero ou gastrocele, que dará
origem a cavidade digestiva do animal. Origem boca -
b) Meroblástica ou parcial: ocorre em protostomados. Origem ânus - deuterostomados. Na
apenas uma parte da célula-ovo maioria dos triblásticos, formam-se o celoma.

3. Histogênese: formação de tecidos. Nela, as células dos


folhetos embrionários sofrem diferenciação, dando origem
aos tecidos dos animais.

4. Organogênese: os tecidos se associam aos outros

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TECIDO Fibras são ilamentos proteicos encontrados


dispersos na substância amorfa (constituída por água,

CONJUNTIVO
sais, proteinas, mucopolissacarídeos produzido pelos
ibroblastos. As ibras podem ser colágenas, elásticas
ou reticulares.

O tecido conjuntivo propriamente dito é subdividido


em tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo
denso.

Tecidos Conjuntivos Tecido Conjuntivo Frouxo: tecido em que não há


Próprio, Adiposo e Hematopoiético predomínio acentuado de algum elemento, sejam
células, ibras ou substância.
Os tecidos conjuntivos se Tecido Conjuntivo Denso: há predomínio de ibras
caracterizam por apresentarem colágenas em relação às células. E é muito resistente,
diversos tipos de células, separadas ele subdivide-se em modelado (tecido que formam
por abundante matriz intercelular, e os tendões e os ligamentos) e o não modelado
(possuem ibras colágenas distribuídas em todas as
por serem vascularizados (com direções).
exceção do tecido cartilaginoso).
Tecido Conjuntivo Adiposo: Predomínio de
1. Tecido Conjuntivo Propriamente adipócitos, essas células se reúnem formando grupos
de células, separados por septos de tecido conjuntivo
Dito: se caracteriza por ter uma frouxo.
grande variedade de células,
separadas por uma substância A) Tecido Adiposo Unilocular: é um tecido de
fundamental amorfa e por ibras reserva, pois armazena gordura.
proteicas. B) Tecido Adiposo Multilocular: produção de
A) Fibroblastos: tem grande atividade calor, predomina em fetos e recém- -nascidos.
na síntese de proteínas, que são
necessárias à formação das ibras da
3. Tecido Conjuntivo Hematopoiético:
substância intercelular. Responsável pela formação de células sanguíneas.
B) Macrófagos: células grandes e Subdivide-se em tecido mieloide e linfoide.
móveis, que se deslocam por
movimentos ameboides. Sua função A) Tecido Mieloide: é responsável pela produção
de hemácias, plaquetas e leucócitos.
é limpar o tecido, fagocitando B) Tecido Linfoide: encontra-se espalhado pelo
agentes infecciosos que penetram o nosso corpo, principalmente no timo, no baço, nos
corpo, e também, restos de células glânglios linfáticos (linfonodos), na adenoide e nas
mortas. amígdalas.
C) Adipócitos: armazenam grande
quantidade de gordura no
citoplasma.
D) Mastócitos: granulações que
acumulam heparina (substância
anticoagulante) e histamina
(substância vasodilatadora), sendo
liberada nos processos in lamatórios
e alérgicos.
E) Plasmócitos: células de defesa

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TECIDO EPITELIAL
Tecido Epitelial
Os animais podem apresentar quatro tecidos
básicos ou fundamentais: epitelial,
conjuntivo, muscular e nervoso.

Epitélios se caracterizam por apresentarem


células justapostas, bem unidas, com
substância intercelular escassa. A união das
células epiteliais é mantida pelos
desmossomos.

Os epitélios são avasculares, isto é, os


vasos sanguíneos não penetram no tecido.
Por isso, a nutrição das células epiteliais se
faz por difusão dos nutrientes a partir de
capilares sanguíneos existentes no tecido
conjuntivo subjacente.

Separando o epitélio do conjunto subjacente,


existe uma camada acelular denominada 2. Tecido Epitelial Secretor ou Glandular:
lâmina basal, responsável pelo suporte e formado por células especializadas em produzir
alimentação do tecido. secreções. Quanto ao modo de eliminação de
suas secreções, as glândulas podem ser
Outra característica dos epitélios é a merócrinas (sem perda de alguma parte do
constante renovação de suas células feita citoplasma celular), apócrinas (eliminam a
por uma atividade mitótica contínua. secreção juntamente com uma parte do seu
citoplasma) e holócrinas (as células morrem e se
1. Tecido Epitelial de Revestimento: fragmentam com a produção de secreção).
recobrem e protegem toda a superfície
externa do nosso corpo, bem como as A) Glândulas Exócrinas: elimina a secreção fora
cavidades do organismo. Pode ser do sangue, exemplo: glândulas sudoríparas e
classi icado como simples ou estrati icado. glândulas salivares.

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TECIDO CONJUNTIVO II
Tecidos Conjuntivos
de Sustentação e de Transporte Enquanto os minerais conferem
dureza, o colágeno dá
1. Tecidos Conjuntivos de lexibilidade e resistência ao
Sustentação: tecido ósseo.
a) Tecido cartilaginoso: suporte e Os osteoblastos são células
modelagem; reveste as jovens. Após serem envolvidos
articulações; facilita os pela matriz óssea que eles
movimentos do osso; contém próprios produzem, os
células (condroblastos e osteoblastos se transformam em
condrócitos) e uma substância osteócitos. Os osteócitos são as
intracelular, chamada de matriz células ósseas adultas. 2. Tecidos Conjuntivos de
cartilaginosa. Transporte:
Por meio da ação de enzimas que
Os condroqlastos são as células produzem e liberam, os a) Tecido sanguíneo: constituído
cartilaginosas jovens com intensa osteoclastos promovem a de plasma, glóbulos
atividade metabólica.Os digestão da matriz óssea e, em vermelhos, glóbulos brancos e
condrócitos são células seguida, reabsorvem a matriz plaquetas.
cartilaginosas adultas, originárias digerida. Essa ação dos
dos condroblastos. osteoclastos é fundamental para Plasma: 90% de água e 10% de
A matriz cartilaginosa é o processo de renovação do substâncias orgânicas e íons
constituída da substância tecido. minerais; proteína mais
fundamental amorfa. Os osteoclastos são responsáveis abundante: albumina.
pela reabsorção e os osteoblastos
O tecido cartilaginoso é pela reconstrução do tecido. Glóbulos Vermelhos
desprovido de vasos sanguíneos, Tecido Ósseo Primário (imaturo): é (hemácias): produzidas na
de vasos linfáticos e de nervos. o primeiro tecido ósseo formado; medula óssea vermelha;
As substâncias se difundem as ibras colágenas formam feixes transporte de gás oxigênio e gás
lentamente do pericôndrio para a dispostos irregularmente e a carbônico.
matriz cartilaginosa, o que matriz apresenta menor
explica o baixo metabolismo da quantidade de minerais. Glóbulos Brancos (leucócitos):
cartilagem e a di iculdade dos formados na medula óssea
processos de regeneração desse Tecido Ósseo Secundário: possui vermelha; combate aos corpos
tecido. osteoplastos dispostos em invasores.
camadas concêntricas em torno
Três variedades de cartilagem: dos canais de Havers e canais de Plaquetas: responsável pela
Cartilagem Hialina: é a mais Volkmann. coagulação sanguínea.
frequente no corpo humano e se Os ossos: em um osso existem
caracteriza por possuir uma vários tipos de tecidos; o processo b) Tecido linfático: é formado pelo
quantidade moderada de ibras de formação tem o nome de plasma linfático e por elementos
colágenas e não ter ibras ossi icação ou osteogênese e igurados, constituídos de células.
elásticas. pode ser intramembranoso ou Hemácias, monócitos e plaquetas
endocondral. normalmente não ocorrem no
Cartilagem Elástica: possui ibras linfa.
colágenas e elásticas.
Cartilagem Fibrosa: constituída
somente de ibras colágenas.

b) Tecido ósseo: é formado pela


substância intercelular,
denominada matriz óssea, e por
três tipos de células,
osteoblastos, osteócitos e
osteoclastos.
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TECIDO MUSCULAR
Classi icação:
Tecido Muscular
1. Estriado esquelético: voluntário, possui
Os animais podem apresentar quatro tecidos estrias, contração rápida, 40% da massa muscular.
básicos ou fundamentais: epitelial, conjuntivo, Fibras lentas: possuem muitas moléculas de
muscular e nervoso. mioglobina, muitas mitocôndrias e são bem
supridas de vasos sanguíneos; são boas para
O tecido muscular é formado por células alongadas, trabalhos aeróbicos de longa duração; tem
fusiformes ou cilíndricas, denominadas miócitos ou coloração vermelho-escura.
ibras musculares, altamente especializadas em
realizar contração, proporcionando os movimentos Fibras rápidas: possuem pouca mioglobina,
corporais. poucas mitocôndrias e poucos vasos sanguíneos;
adaptadas para um trabalho de curta duração que
A membrana plasmática pode ser chamada de requer força máxima; tem coloração vermelho-
sarcolema, o citoplasma de sarcoplasma, o retículo clara.
endoplasmático, de retículo sarcoplasmático e as
mitocôndrias de sarcossomos. 2. Estriado cardíaco: involuntário, possui estrias,
contração vigorosa; esse tecido forma o miocárdio
A célula muscular tem em seu citoplasma (músculo do coração).
ilamentos proteicos, denominados mio ibrilas,
constituídos principalmente de duas variedades de 3. Não estriado (liso): involuntário, lento, sem
proteínas contráteis: actina e miosina. estrias, encontrado nas paredes dos vasos
sanguíneos, do tubo digestório, da bexiga, das
A contração muscular é resultado do deslizamento tubas uterinas, do útero, etc. Os movimentos
dos ilamentos de actina (mais inos) sobre os peristálticos decorrem da atividade da
ilamentos de miosina (mais grossos). musculatura lisa.
No citoplasma celular, encontra-se a mioglobina,
que apresenta estrutura e propriedades parecidas
com a hemoglobina.

Contração Muscular:
O cérebro envia sinais, através do sistema nervoso, para o neurônio motor que está em contato com as ibras
musculares.
Quando próximo da superfície da ibra muscular, o axônio perde bainha de mielina e dilata-se, formando a
placa motora. Os nervos motores se conectam aos músculos através das placas motoras.

Com a chegada do impulso nervoso, as terminações axônicas do nervo motor lançam sobre suas ibras
musculares a acetilcolina, uma substância neurotransmissora.
A acetilcolina liga-se aos receptores da membrana da ibra muscular, desencadeando um potencial de ação.
Nesse momento, os ilamentos de actina e miosina se contraem, levando à diminuição do sarcômero e
consequentemente provocando a contração muscular.
A contração muscular segue a "lei do tudo ou nada". Ou seja: a ibra muscular se contrai totalmente ou não se
contrai. Se o estímulo não for su iciente, nada acontece.

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TECIDO NERVOSO
Tecido
Nervoso O axônio pode ou não estar
envolvido por um invólucro de
Os animais podem apresentar natureza lipoproteica, denominado
quatro tecidos básicos ou bainha de mielina, ela atua como
fundamentais: epitelial, um isolante elétrico e aumenta a
conjuntivo, muscular e nervoso. velocidade de propagação do Sinapses Nervosas
impulso nervoso ao longo do As sinapses podem ser elétricas
O tecido nervoso, especializado axônio. (sem neurotransmissores) ou
na condução dos impulsos
químicas (com
nervosos, é formado por De acordo com o número de suas neurotransmissores e podem
neurônios e células de glia rami icações, os neurônios podem ser interneurais,
(astrócitos, oligodendrócitos, ser de três tipos: multipolares, neuromusculares e
células de microglia e células bipolares e pseudounipolares. neuroglandulares).
ependimárias).
Células de Glia A) sinapse interneural: ocorre
Neurônios (Células Nervosas) São células menores que o entre o axônio de um neurônio
São as células do tecido nervoso neurônio, mas muito numerosas, e os dendritos de outro
especializadas na condução de elas auxiliam e dão suporte ao neurônio.
impulsos nervosos. Possuem funcionamento do tecido nervoso. - mediadores químicos:
três partes: corpo celular, A) Astrócitos: difusão de nutrientes glutamato, GABA,
dendritos e axônio. e cicatrização acetilcolina, adrenalina,
noradrenalina,
1. Corpo celular (pericárdio): B) Oligodendrócitos: formação da dopamina e a serotonina.
onde se localizam o núcleo e bainha de mielina
os organoides comuns às
B) sinapse neuromuscular
células animais. As C) Células da microglia: fagocitar (placa motora): é feita entre as
mitocôndrias são dentritos e restos celulares terminações do axônio de um
numerosas, e o retículo presentes no tecido neurônio e uma ibra muscular
endoplasmático rugoso, nervoso. estriada.
conhecido como
corpúsculo de Nissl é bem D) Células ependimárias: revestem C) sinapse neuroglandular: é
desenvolvido. Em neurônios as cavidades internas feita entre as terminações do
velhos, pode haver um
axônio de um neurônio e uma
pigmento marrom, a
célula glandular.
lipofuscina, que indica o
desgaste da célula.
O impulso nervoso
2. Dendritos: prolongamentos
É uma onda de inversão de
citoplasmáticos que
polaridade que percorre a
apresentam numerosas
membrana plasmática do
rami icações especializadas
neurônio, sempre, ao seguinte
na recepção de estímulos.
sentido de propagação:
3. Axônio: é o maior
prolongamento da célula
nervosa, especializado na
transmissão do impulso
nervoso.

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@vestibularesumido

SISTEMA NERVOSO
E SENSORIAL
As meninges são membranas do tecido
Sistema Nervoso conjuntivo que envolvem e protegem os
órgãos do SNC. Elas são três: pia-máter
O sistema nervoso humano é do tipo cérebro- (mais interna e delgada), aracnoide
espinal e está subdividido em sistema nervoso (intermediária) e dura-máter (mais externa
central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). e grossa).

Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP)


É formado por nervos (impulsos nervosos)
É formado pelo encéfalo e pela medula espinal e gânglios nervosos (interligação entre
(raquidiana). neurônios).

Encéfalo: cérebro (raciocínio, memória, emoções), Sistema Nervoso Autônomo (SNA):


cerebelo (coordenadas motora, equilíbrio), bulbo controla as atividades involuntárias do
(centro cardio), ponte (condução de impulsos), organismo. Divide-se em simpático e
hipotálamo (regulação da temperatura, fome, sede, parassimpático e, geralmente, têm
funções endócrinas, comportamento sexual e atividades antagônicas (contrárias).
respostas do sistema nervoso autônomo). Medula
espinal: raiz dorsal (sensitiva) e raiz ventral (motora). O Arco Re lexo: são ações ou atos
inconscientes, rápidos, realizados em
Todos os órgãos do SNC estão protegidos por um resposta a determinado estímulo.
envoltório ósseo, pelas meninges e pelo líquor
(líquido cefalorraquidiano).

Sistema Sensorial
É responsável pelos nossos sentidos e pelas variadas sensações (táteis, gustativas, olfativas, auditivas e
visuais). Dele fazem parte estruturas receptoras, vias condutoras e alguns centros nervosos do córtex
cerebral.
1. Visão: os receptores são os olhos, também denominados globos oculares. Cada globo ocular possui três
túnicas - esclera (“branco do olho”, sustentação e proteção), coroide (nutrição e oxigenação; íris) e retina
(cones/cores e bastonetes/luz); cristalino - lente biconvexa que dá nitidez e foco.
2. Audição: as orelhas são os nossos fonorreceptores. Cada orelha humana é dividida em três partes: orelha
externa (captar ondas sonoras; tímpano), orelha média (martelo, bigorna a estribo) e orelha interna (cóclea e
vestíbulo).
3. Olfato: os axônios das células sensoriais olfativas se comunicam com o bulbo olfatório do cérebro.
4. Gustação: as papilas linguais são saliências da mucosa que revestem a língua e possuem iletes nervosos
que se relacionam com a percepção tátil do alimento, isto é, se este é duro, pastoso, líquido, gelatinoso, frio
ou quente.
5. Tato: os receptores táteis são encontrados nas vísceras, músculos, ossos e peles.

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SISTEMA Tireoide @vestibularesumido
Produz os hormônios T3 e T4 e calcitonina. T3 e T4: estimulam a
produção de enzimas que atuam nas reações de oxirredução da
ENDÓCRINO respiração celular.
Calcitonina: atua no metabolismo do cálcio, inibindo a retirada desse
mineral dos ossos e diminuindo a concentração de Ca2+ no sangue.
Hipotireiodismo: bradicardia, respiração lenta, sonolência, aumento do
Hormônios são substâncias de peso, movimentos musculares lentos, mixedema, etc.
natureza química variável Hipertireiodismo: taquicardia, insônia, emagrecimento, nervosismo,
(polipeptídeos, esteroides, etc) que bócio exoftálmico.
atuam como mensageiros Tanto no hipotireiodismo quanto no hipertireoidismo também pode
bioquímicos. Os hormônios ocorrer o bócio (papeira).
controlam as atividades de órgãos,
tecidos, células, bem como a taxa A tireocalcitonina é um fator hipocalcêmico (diminui a taxa de cálcio no
de muitas substâncias no sangue).
organismo.

Hipó ise
Está ligada ao hipotálamo.

1. Adeno-hipó ise: produz,


armazena e libera, na corrente
sanguínea, diversos hormônios,
são eles:

Somatotró ico (GH):


crescimento Tireotró ico (TSH):
estimula a tireoide produzir os seus
hormônios Adrenocorticotró ico
(ACTH): estimula o córtex das
glândulas suprarrenais Suprarrenais
Gonadotró icos (FSH): folículos Localizadas sobre os rins, essas glândulas possuem duas regiões
ovarianos e produção de distintas, córtex (parte periférica) e medula (parte central).
estrogénos
Hormônio lactogênico ou 1. Córtex da suprarrenal: funciona sob estimulo do ACTH da adeno-
prolactina: hipó ise e produz hormônios conhecidos como corticoides. Destacam-
glândulas mamárias; leite se a aldosterona, o cortisol e a deidropiandrosterona (andrógeno e
anabolizante).
2. Neuro-hipó ise: não produz 2. Medula da suprarrenal: controlada pelo SNA. Produz adrenalina
hormônios, apenas armazena e (liberada em situações de medo, susto, tensão, emoção) e noradrenalina
libera na corrente sanguínea. (regula a pressão sanguínea).
Hormônios liberados:
Pâncreas
Antidiurético ou Vasopressina É uma glândula anfícrina (mista) localizada na cavidade abdominal,
(ADH): maior reabsorção de água abaixo do estômago e diante do duodeno. Secreções endócrinas do
nos rins pâncreas: insulina e glucagon, esses hormônios regulam a taxa de
Ocitocina: estimula a contração glicose; células-alfa (produtoras de glucagon) e as células-beta
para o parto (produtoras de insulina).
O glucagon contribui para aumentar a glicemia e a insulina favorece a
Paratireoides absorção de glicose.
Produzem o paratormônio (PTH),
que também atua no metabolismo Ovários
do cálcio e estimula o aumento da Além de produzirem os óvulos, eles produzem os hormônios sexuais
calcemia (taxa de cálcio no plasma femininos: o estrógeno (tem papel importante na regulação do ciclo
sanguíneo). menstrual e na ixação de cálcio pelos ossos) e a progesterona
(preparação do útero para a gravidez).
Glândula Pineal
Produz o hormônio melatonina. Timo
Essa glândula sofre o efeito da Produz os hormônios timosina e e timopoietina, que estimulam outros
luminosidade, sendo mais ativa órgãos do sistema linfoide, bem como a maturação dos linfócitos-T.
durante a noite; e ela diminui os
efeitos dos hormônios da adeno-
hipó ise.
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SISTEMA DIGESTÓRIO
Sistema Digestório
O suco gástrico é produzido pelas glândulas gástricas,
O tubo digestório humano compõe-se das que consequentemente são formadas por diferentes
seguintes partes: boca, faringe, esôfago, tipos de células, como as células parietais, as
estômago, intestino e ânus. As glândulas zimogênicas e as mucosas.
salivares, o fígado e o pâncreas são glândulas A) células parietais: produção de HCl. O HCl funciona
anexas ao tubo digestório, uma vez que como ativador da enzima pepsinogênio.
lançam secreções digestivas em seu interior. B) células zimogênicas: produção das enzimas
pepsinogênio e coagulase. O HCl funciona como um
1. Boca ativador enzimático.
É a primeira porção do tubo digestório, em C) células mucosas: produção de mucina (muco), que
que ocorrem a mastigação (cortar, dilacerar e protege as células da própria mucosa gástrica da
triturar os alimentos) e a insalivação ação corrosiva do HCl.
(umedecer e amolecer os alimentos). A
amilase salivar propicia o desdobramento de O bolo alimentar transforma-se em quimo e passa do
moléculas de amido em moléculas de estômago para o duodeno.
maltose.
2. Faringe 5. Intestino
É um órgão comum aos sistemas digestório e Dividido em intestino delgado e intestino grosso.
respiratório, uma vez que dá passagem ao O duodeno é a primeira parte do intestino delgado. Nele,
bolo alimentar e ao ar. Comunica-se com o há uma continuidade do peristaltismo e a ocorrência de
esôfago e a laringe. A epiglote, no momento quili icação.
da deglutição, fecha esse comunicação entre
a faringe e a laringe, impedindo a entrada de A) suco entérico: rico em enzimas
alimento nas vias respiratórias. B) suco pancreático: contém água, íons
bicarbonatos e as enzimas amilase pancreática, lipase,
3. Esôfago tripsinogênio, quimiotripsinogênio e nucleases.
C) suco biliar: produzido no fígado a partir do
Estabelece a comunicação entre a faringe e o colesterol e armazenado na vesícula biliar; bílis:
estômago. Movimentos peristálticos levam o emulsi icação de lipídeos.
alimento em direção ao estômago, esses se Hormônios Gastrointestinais: gastrina, enterogastrona,
de inem como o conjunto de movimentos
ondulatórios resultantes da contração da
musculatura lisa do tubo digestório.

4. Estômago

É uma dilatação do tubo digestório e está


localizado logo abaixo do diafragma. No
estômago ocorre o peristaltismo (conduz o
bolo alimentar) e a quimi icação (mistura do
bolo alimentar com o suco gástrico).
- composição do suco gástrico: secreção
composta por água, HCl, enzimas e mucina.

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SISTEMA RESPIRATÓRIO
Sistema Respiratório

O sistema respiratório humano é formado pelas vias


aéreas e pelos pulmões. Fazem parte das vias aéreas:
fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. Os
brônquios penetram nos pulmões, onde dão origem aos
bronquíolos, que terminam em minúsculas cavidades
chamadas alvéolos pulmonares.

Fossas Nasais: ao passar pelas cavidades nasais, o ar é


então aquecimento e iltrado.
Faringe: é um órgão comum aos sistemas respiratório e
digestório, uma vez que dá passagem ao ar e aos
alimentos; epiglote.
Laringe: órgão de fonação; pregas vocais; a continuação
da laringe é a traqueia.
A traqueia, os brônquios e suas rami icações no interior
dos pulmões formam a chamada árvore respiratória, e as
rami icações dos brônquios, no interior dos pulmões,
formam a árvore brônquica.

Nos alvéolos pulmonares, ocorre a hematose (oxigenação


do sangue), ela ocorre por difusão simples, sem gasto de
energia.

Movimentos Respiratórios

1. Inspiração:
- elevaçãodascostelas
- menorpressão
- volumetorácicoaumenta
- contraçãodosmúsculosrespiratórios - diagramadesce

2. Expiração:
- abaixamentodascostelas
- maiorpressão
- volumetorácicodiminui
- dilataçãodosmúsculosrespiratórios - diafragmalevanta

O ritmo respiratório é in luenciado principalmente pela


variação do CO2 no sangue. Quando essa taxa
aumenta ocorre uma redução no pH sanguíneo, que é
percebida pelo bulbo.

O ritmo respiratório também pode ser acelerado


em resposta a uma baixa concentração de O2 no
sangue, que pode ocorrer, por exemplo, em locais
de grande altitude, onde o ar atmosférico é
rarefeito.

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SISTEMA CARDIOVASCULAR
1. Sistema circulatório sanguíneo Sistema Cardiovascular
A valva atrioventricular direita (tricúspide) localiza- Encarregado de realizar o transporte de substância
se entre o átrio direito e o ventrículo direito. A valva em nosso organismo, esse sistema pode ser
atrioventricular esquerda (bicúspide) ou valva subdividido em sanguíneo e linfático.
mitral localiza-se entre o átrio esquerdo e o
ventrículo esquerdo. 2. Sistema Circulatório Linfático

É formado pelos vasos linfáticos que se distribuem


por todo o corpo. Os capilares linfáticos nascem nos
tecidos, ao longo da sua trajetória, atravessam
nódulos constituídos por tecido linfoide denominados
linfonodos (gânglios linfáticos).

Os linfonodos são órgãos de defesa do ser humano.


O inchaço desses órgãos, em consequência de
algum tipo de infecção, é conhecido como íngua.

A linfa que circula pelo interior dos vasos linfáticos


resulta do plasma sanguíneo acumulado nos tecidos.

A contração da musculatura cardíaca recebe o


nome de sístole, enquanto seu relaxamento
recebe o nome de diástole. Durante as sístoles,
ocorre o esvaziamento das cavidades cardíacas e
nas diástoles, há o enchimento dessas cavidades.

Cada diástole imediatamente seguida por uma sístole


constitui um batimento cardíaco.

Miocárdio: músculo autoestimulável.

Os vasos sanguíneos compreendem as artérias, as


arteríolas, as vênulas, as veias e os capilares sanguíneo.

A) artéria aorta: nasce no ventrículo esquerdo, conduz


sangue arterial (rico em gás oxigênio) do coração para
os diferentes tecidos do corpo. O sangue que sai do
coração através da artéria aorta retorna a esse órgão
pelas veias cavas.
B) veias cavas: desembocam no átrio direito, trazendo
o sangue venoso dos diferentes tecidos para o coração.
C) artéria pulmonar: nasce no ventrículo direito e
conduz sangue venoso do coração para os pulmões.
D) veias pulmonares: desembocam no átrio esquerdo,
trazendo sangue arterial dos pulmões para o coração.

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SISTEMA
URINÁRIO
Sistema Urinário

Auxilia na homeostase do corpo humano


A excreção consiste na eliminação dos
catabólicos (resíduos inúteis e muitas
vezes tóxicos), bem como a eliminação
de substâncias que estejam em excesso
no meio interno.

O Sistema Urinário é composto por dois


rins e pelas vias urinárias, formada por
dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Cada rim humano possui cerca de um


milhão de néfrons. Cada néfron, por sua
vez, é constituído por um glomérulo renal A formação da urina envolve três etapas: iltração,
(glomérulo de Malpighi), pelo túbulo reabsorção e secreção ativa.
contorcido proximal, pela alça néfrica (alça
de Henle) e pelo túbulo contorcido distal. 1. Filtração: consiste na passagem de substâncias do
plasma sanguíneo, que passa pelo glomérulo renal, para o
Os néfrons são unidades isiológicas dos interior da cavidade da cápsula glomerular.
rins, uma vez que nessas estruturas é que 2. Reabsorção Renal: é o retorno para a corrente
ocorre o processo de formação da urina. sanguínea de substâncias do iltrado glomerular.
- hormônio Antidiurético (ADH): na ausência desse
Peptídeo Natriurético Atrial (ANP): hormônio, as paredes do túbulo distal e do tubo coletor
hormônio produzido pelo coração em tornam-se menos permeáveis à água e, desse modo, a
resposta a uma expansão do átrio quando urina eliminada será hipotônica (mais diluída).
a pressão arterial aumenta, promove 3. Secreção: consiste na passagem de substâncias do
aumento da excreção urinária, redução do interior dos capilares peritubulares para o interior dos
volume sanguíneo e redução da pressão túbulos renais. Isso é feito por mecanismo de transporte
arterial. ativo.

Forçado pela pressão sanguínea, parte do


plasma (água e partículas pequenas nela
dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido
úrico, glicose) sai dos capilares que formam
os glomérulos e cai na cápsula glomerular.
Em seguida passa para o túbulo renal.

Substâncias úteis como água, glicose e


sais minerais, contidas nesse líquido,
atravessam a parede do túbulo renal e
retornam à circulação sanguínea. Assim,
o que resta nos túbulos é uma pequena
quantidade de água e resíduos, como a
ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que
segue para as vias urinárias.

Aldosterona: hormônio com a função de


aumentar a reabsorção ativa de Na+ nos
túbulos renais.

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SISTEMA GENITAL
1. Sistema Genital Masculino
Compõe-se dos seguintes órgãos:
testículos, epidídimos, canais deferentes,
canais ejaculadores, glândulas seminais,
próstata de bulbouretrais, uretra e pênis.

A) testículos: em número de dois, os


testículos são as gônodas (glândulas
sexuais) masculinas. Localizam-se no
interior da bolsa escrotal (saco escrotal
ou escroto).
B) epidídimos: armazena os
espermatozoides provenientes do
testículo.
C) canais deferentes: canais que
comunicam os epidídimos com a uretra
no interior da próstata.
D) glândulas seminais: produtoras do
liquido seminal, secreção rica em Função Gametogênica dos Ovários:
proteínas, vitamina C e frutose que tem Ocorre no interior dos folículos ovarianos e corresponde à
função nutritiva para os gametogênese (ovogênese).
erpermatozoides.
E) próstata: liquido prostático, secreção Função Hormonal dos Ovários:
de aspecto leitoso, rica em substâncias Produção de estrógeno (responsável pelas características
alcalinas e que tem como função sexuais secundárias femininas e pelo ciclo menstrual) e de
neutralizar temporariamente a acidez progesterona (produzida pelo corpo lúteo, participa do ciclo
das secreções vaginais. menstrual e atua no endométrio).
F) glândulas de bulbouretrais:
produzem uma secreção de aspecto 2. Sistema Genital Feminino
mucoso. A) ovários: localizam-se um de cada lado do útero, no interior
G) uretra: canal que comunica a bexiga dos ovários existem milhares de vesículas denominadas
com o meio externo. folículos ovarianos, no interior de cada folículo, há uma célula, o
H) pênis: órgão copulador masculino ovócito, que é precursora do gameta feminino.
B) tubas uterinas: são canais musculares e lexíveis; canal onde
Função Gametogênica dos Testículos: normalmente ocorrem os fenômenos da fecundação e da
segmentação.
Trata-se da gametogênese masculina, C) útero: a parede uterina é denominada miométrio e o
também chamada de espermatogênese revestimento da sua cavidade endométrio.
(formação dos espermatozoides). É
realizada no interior dos túbulos Métodos Contraceptivos
seminíferos a partir das células 1. Métodos químicos: substâncias espermicidas e substâncias
germinativas masculinas hormonais (pílula anticoncepcional).
(espermatogônias). 2. Métodos mecânicos: “camisinhas”, “camisinha” feminina,
diafragma e dispositivo intrauterino (DIU).
Função Hormonal dos Testículos: É 3. Metodos cirúrgicos: vasectomia e laqueadura.
realizada pelas células de Leydig; 4. Métodos naturais: método do calendário (“tabelinha”) e
produção de testosterona. método do coito interrompido.

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Capítulos de biologia II

21. VÍRUS…..……………………………………………..…………………………………………………….PÁG. 28

22.VIROSE…………………………………………………………………………………….……………….PÁG. 29

23.TAXONOMIA E SISTEMÁTICA……………………….…………………………….………………PÁG. 30

24.BACTÉRIAS………………..…………………………………………………..………….………………PÁG. 31

25. BACTERIOSE…………………………………………………………….……………….………………PÁG. 32

26.PROTOZOÁRIOS E PROTOZOOSES…………………………………………….………………PÁG. 33

27. FUNGOS………………….………………………………………………….…………….………………PÁG. 34

28.RELAÇÕES ECOLÓGICAS……….………………………………………………….………………PÁG. 35

29.ESTUDO DAS POPULAÇÕES……………………………………………………….………………PÁG. 36

30.CADEIA ALIMENTAR………………………………………………………..…..…….………………PÁG. 37

31. ECOSSISTEMAS I ………………………………………………….…….….………….……………PÁG. 38

32.ECOSSISTEMAS II …………………………………………………….……………….………………PÁG. 39

33.SUCESSÃO ECOLÓGICA E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS………………………………PÁG. 40

34.DESEQUILÍBRIOS AMBIENTAIS…………………………………..……………….………………PÁG. 41

35.PORÍFEROS E CNIDÁRIOS..……………………………………………..………….………………PÁG. 42

36.PLATELMINTOS………..…………………………………………………..…..……….………………PÁG. 43

37. NEMATELMINTOS…….………………………………………………………..……….…………..…PÁG. 44

38.MOLUSCOS E ANELÍDEOS………………………………………………………….………………PÁG. 45

39.ARTRÓPODES………………………………………………………………..…….…….………………PÁG. 46

40.EQUINODERMO E PROTOCORDADOS………………………………….…….………………PÁG. 47

41. VERTEBRADOS: PEIXES…….………………………………………………..….…….…….………PÁG. 48


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@vestibularesumido

42. VERTEBRADOS: ANFÍBIOS……………………………………………………..……………….PÁG. 49

43. VERTEBRADOS: RÉPTEIS…………………………………………………..…………………….PÁG. 50

44.VERTEBRADOS: AVES E MAMÍFEROS……..………………………………….…………….PÁG. 51

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@vestibularesumido

A reprodução do vírus é dada somente quando essa partícula está no interior da


célula hospedeira.

VÍRUS O vírus de DNA pode-se reproduzir em ciclo lítico ou lisogênico.

Ciclo Lítico:

1. Adesão: o vírus adere à célula hospedeira


2. Penetração: o vírion perfura a célula hospedeira e injeta seu DNA
3. Biossíntese: o DNA viral determina a síntese dos componentes
Vírus virais
Vírus é um ser vivo? 4. Maturação: novos vírions são montados na célula hospedeira
Sim, os vírus podem ser 5. Liberação: a célula hospedeira rompe-se e os novos vírions são liberados.
considerado seres vivos
por possuírem material Ciclo Lisogênico:
genético e
apresentarem É semelhante ao ciclo lítico, porém o DNA do fago se insere ao DNA bacteriano e
capacidade de não ocorre lise, o DNA viral integrado ao cromossomo celular é chamado de
evolução. prófago ou provírus. Assim, quando a bactéria realizar sua reprodução, o DNA viral
vai sendo duplicado junto ao DNA bacteriano e transmitidos às novas bactérias.
Não, os vírus não
podem ser
considerados seres
vivos, pois são
acelulares (segundo a
Teoria Celular, todo ser
vivo é constituído de
células) e por não
apresentarem
metabolismo próprio.

Os vírus são parasitas


intracelulares
obrigatórios e
possuem morfologia
diversi icada.

O vírus é formado pelo


ácido nucleico (RNA ou
DNA) e pelo capsídeo,
que é formado por
unidades polipeptídicas
denominadas
capsômeros.
O vírus de RNA Algumas viroses: aids,
DNA -> desoxivírus também se gripe, poliomielite,
RNA -> ribovírus reproduz, pode catapora, hepatite
ser citado infecciosa, rubéola,
Alguns vírus possuem, como vírus de caxumba, herpes
mais externamente ao RNA: o simples, sarampo,
capsídeo, um envoltório retrovírus, o de dengue, raiva
(envelope) de natureza cadeia de ita (hidrofobia), varíola,
glicoproteica ou lipídica. negativa e o de febre amarela,
cadeia de ita hantavirose e verrugas
Quando fora da positiva. genitais.
partícula hospedeira,
o vírus é chamado de
vírion.

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VIROSES
1. Aids - 4. Dengue 7. Raiva (hidrofobia)
HIV(pertenceaogrupodosret - VírusdeRNA
rovírus) - Vírus de RNA Sintomas:atingeosistemanerv
- Sintomas: perda da imunidade - osocentral - Transmissão:
(destrói os Sintomas:dengueclássica(febre, saliva de diversos animais
linfócitos T CD4) prostação, cefaleia, aumento contaminados, como cães e
- Transmissão: relações sexuais, gatos
-
dos gânglios linfáticos, dores
transmissão vertical, transfusões musculares e nas articulações Pro ilaxia: vacinação dos
de sangue cães e gatos
-8. Poliomelite
ósseas) e febre hemorrágica
e uso de instrumentos (mesmos sintomas da dengue
contaminados clássica, somadas às
- Pro ilaxia: uso de preservativos, hemorragias intestinais, - Vírus de RNA
controle de vômitos e in lamação do - Sintomas: ataca a medula
qualidade dos bancos de fígado). nervosa e
sangue, esterilização de objetos - Transmissão: por meio da também outras regiões do
e uso de descartáveis picada dos mosquitos fêmeas SNC
Aedes aegypti contaminados - Transmissão: gotículas de
2. Catapora (varicela)
- Vírus de DNA
- Pro ilaxia: combate aos
vetores
saliva e secreções nasais
- Pro ilaxia: vacinação
- Sintomas: febre, prostação, 9. Condiloma Acuminado
dores de 5. Febre Amarela (Verrugas)
cabeça e aparecimento de Vírus de RNA - Vírus de DNA (HPV)
pequenas manchas vermelhas - Sintomas: comprometimento - Sintomas: HPV é responsável
que se transformam em bolhas do fígado, por 96,5%
com um líquido baço, rins, medula óssea e dos casos de câncer de útero
- Transmissão: gotículas de gânglios linfáticos. Febre alta, - Transmissão: contato sexual -
saliva e contato com lesões da calafrios, dor de cabeça, Pro ilaxia: vacinação
pele do doente ou com objetos vômitos, dores musculares e
contaminados
- bradicardia. 10. Sars ou Pneumonia
Pro ilaxia: vacinação e não - Transmissão: picada dos Asiática
deixar o doente coçar as mosquitos fêmeas dos generos - Vírus de RNA
bolhas. Aedes (urbano) e - Sintomas: febre alta, tosse
Haemogogus/Sabethes (rural) seca, fadiga,
3. Caxumba (parotidite)
- Vírus de RNA
- Pro ilaxia: vacinação e di iculdades respiratórias
- Transmissão: perdigotos
-
combate aos vetores
- Sintomas:in lamação das Pro ilaxia: evitar contato
glândulas 6. Gripe com os doentes
parótidas
- Transmissão:gotículas de
saliva, secreções nasais e
- VírusdeRNA
- 11. Hepatite C
Sintomas:febre,prostração,dord - VírusdeRNA
objetos contaminados. - ecabeça, Sintomas:in lamaçãodofígado,
Pro ilaxia:vacinação(tríplice dores musculares, tosse, cirrose
viral) espirros e hepática e câncer de fígado
obstrução nasal -
Vacina Tríplice Viral: caxumba, - Transmissão:pormeiodosang
rubéola e sarampo. Transmissão:gotículasdesalivae ueecontato
secreções nasais sexual
Outras: chikungunya, zika, - -
resfriado, hepatite A/E, Pro ilaxia:vacinaçãoduranteoss Pro ilaxia:esterilizaçãodosinstr
hepatite B, hepatite D, herpes urtos umentos
simples, rubéola, sarampo, epidêmicos, evitar cirúrgicos, controle do sangue
hantaviroses e ebola. aglomerações humanas e doado e uso de
locais fechados preservativos.
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TAXONOMIA E SISTEMÁTICA

O sistema de classi icação pode


ser natural (baseado em relações
de parentesco) ou arti icial (sem
levar em consideração o grau de
parentesco entre as espécies).

Espécie é um conjunto de
indivíduos com caracteres
morfo isiológicos semelhantes e
que, em condições naturais,
realizam acasalamento e gera
descendência fértil. (Exceção:
vírus, seres de reprodução
assexuada e fósseis).

As categorias taxônomicas é
dada por “ReFiCOFaGE" (reino,
ilo, classe, ordem, família,
4. Reino plantae: agrupa seres eucariontes, pluricelulares e
gênero e espécie).
autótrofos.
5. Reino animalia: seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos
Em 1969, Whittaker distribuiu os
seres vivos em cinco reinos:
Em 1990, Carl Woese criou três domínios, são eles: bacteria (bactérias
monera (bactéria), protista
e cianobactérias), archea (arqueias - extremató itas) e eurakya
(protozoários e algas), fungi
(eucariontes).
(fungos), plantae (plantas) e
animalia (animais).
Numa árvore ilogenética, qualquer agrupamento que inclua um
ancestral comum, representado pelos nós, e todos os seus
1. Reino monera: agrupa seres
descendentes, viventes ou extintos, é denominado clado. Um traço
unicelulares, procariontes,
derivado diferente da condição ancestral é denominado apormo ia.
autótrofos ou heterótrofos.
2. Reino protista: seres
Quando um traço derivado é compartilhado por um grupo, sugerindo
unicelulares, eucariontes,
ancestralidade comum, ele é denominado sinapormo ia. Caso o
heterótrofos e seres unicelulares e
caráter seja herdado sem modi icações, tem-se a pleisomor ia.
multicelulares autótrofos que não
forma tecidos verdadeiros.
Em grupos ilogenéticos encontram-se mono iléticos (representa o
3. Reino fungi: agrupa seres
ancestral comum e todos descendentes do ancestral), para ilético
eucariontes, uni ou pluricelulares,
(representa o ancestral comum e quase todos os descendentes do
sem diferenciação de tecidos, que
ancestral) e o poli ilético (representa os grupos atuais, sem
se assemelham às algas na
representar o ancestral comum).
organização e na reprodução, mas
que diferem delas por ser
heterótrofos.

A taxonomia estuda a
classi icação dos seres vivos

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BACTÉRIA
A reprodução das bactérias acontece de
Bactérias forma assexuada, por cissipariedade,
Reprodução e Características Gerais divisão binária ou bipartição, e sexuada,
As bactérias são seres vivos unicelulares, procariontes, por tradução, transformação ou
que podem ser autótrofas, heterótrofas, aeróbia ou conjugação.
anaeróbia.
Na tradução bacteriana, o material genético
Seu material genético apresenta cromossomo único e de uma bateria é transmitida a outra por meio
celular, plasmídeos (DNA circulares pequenos da ação de um vírus bacteriófago (fago).
extracromossômico que promove variabilidade genética),
ausência de carioteca, histonas e de íntrons e apresenta Na transformação, as bactérias vivas
resistência aos antibióticos e produção de toxinas. absorvem e incorporam o material genético
(DNA) de bactérias mortas em desintegração
Pode apresentar parede celular de composição de no meio ambiente.
peptídeoglicano.
Na conjugação, duas bactérias,
A cápsula que reveste a célula bacteriana é gelatinosa e geneticamente diferentes, aproximam-se e se
tem como função: a proteção mecânica, a adesão a unem por meio de uma ponte citoplasmática,
superfície e inibição à fagocitose. A célula ainda denominada ponte de conjugação.
apresenta: lagelo (locomoção, sem centríolos, lagelina -
proteína), fímbrias ( ixação) e ribossomos (síntese Mecanismos de resistência bacteriana:
proteica). bloqueio de entrada, inativação por enzima,
alteração da molécula alvo e e luxo do
A bactéria apresenta variadas formas, as principais são: antibiótico (origem: mutações aleatórias e
coco, bacilo, vibrião, espiroqueta e espirilo. plasmídeos “R”).
Quanto as formas de nutrição: autótrofa por
quimiossíntese ou fotossíntese.
A cianobactéria é uma bactéria
fotossintetizante. A maior parte do oxigênio
da atmosfera atual da Terra teve origem na
fotossíntese realizada pelas cianobactérias do
passado. A maioria dessas bactérias possui
cor verde-azulada devido a presença de
cloro ila (verde) e icocianina (azul) no
citoplasma. Nos ecossistemas aquáticos, as
cianobactérias são as principais ixadoras de
nitrogênio.

As bactérias atuam como decompositores, na


produção de vinagre, coalhadas, iogurtes; são
utilizados na farmácia, fazem parte da lora
intestinal, são utilizadas no "controle biológico"
e pode produzir certos tipos de substâncias,
como o hormônio de crescimento e insulina
humanos.

Modo de ação dos antibióticos:


1. Inibição da parede celular
2. Inibição da síntese proteica
3. Inibição da replicação e transcrição
dos ácidos nucleicos
4. Danos à membrana plasmática
5. Inibição da síntese de metabólicos
essenciais

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1. Blenorragia (Gonorreia)

- IST(infecçõessexualmentetrasmissíveis)
BACTERIOSES
- Agente etiológico:Neisseria gonorrhoeae
Outras: sí ilis, tifo, tracoma, tuberculose,
psitacose, pneumonia bacteriana e 7. Disenterias Bacterianas
meningite meningocócica.
- Sintomas:sensaçãodeardêncianauretra, - Agente etiológico: Shigella e Salmonella
aumento dos gânglios (íngua) da região da
virilha e corrimento amarelado (pus espesso).
-abdominais e febre
- Sintomas: enterite, diarreia, dores

- Transmissão: relações sexuais


-
- Transmissão: ingestão de água e alimentos
Pro ilaxia: uso de preservativos contaminados
- Pro ilaxia: tratamento da água, saneamento
2. Botulismo básico e uso exclusivo de água iltrada

- Agente etiológico: Clostridium botulinum 8. Febre Maculosa:


- Sintomas: paralisia respiratória
- Transmissão: ingestão de certos tipos de - Agente etiológico: Rickettsia rickettsii
alimentos, geralmente enlatados e - Sintomas: exantema (erupções cutâneas),
conservas febre alta e dor de cabeça
- Pro ilaxia: controlar a esterilização dos
alimentos em conserva e evitar a ingestão de
- Transmissão: picada de carrapatos - Pro ilaxia:
combate aos carrapatos
alimentos enlatados cujas embalagens
estejam “estufadas". 9. Febre Tifoide
- Agente etiológico: Salmonella typhi
3. Coqueluche (“tosse comprida”) - Sintomas: febre alta, falta de apetite, dores musculares,
diarreia, vômitos e manchas vermelhas na pele
- Agente etiológico: Bordetella pertussis - Transmissão: por meio da água e alimentos
- Sintomas: acomete as vias respiratórias; contaminados, especialmente aqueles que são
coriza e tosse seca que deixa a criança consumidos crus
sem fôlego
- Transmissão: inalação do ar contaminado
- Pro ilaxia: vacina antití ica

- Pro ilaxia:vacinação(tríplice bacteriana) 10. Hanseníase (Lepra)


- Agente etiológico: Mycobacterium leprae
4. Peste Bubônica - Sintomas: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas,
que não coçam e tornam o local insensível
- Agente etiológico: Yersinia pestis - Transmissão: gotículas de saliva, secreções nasais e
- Sintomas: inchações ganglionares feridas dos doentes
(“bubões”) localizados na região da virilha
- Transmissão: da pulga do rato ao homem
- Pro ilaxia: a vacina BCG pode ajudar na prevenção

- Pro ilaxia: combate aos ratos e às pulgas 11. Leptospirose

5. Cólera - Agente etiológico: Leptospira icterohaemorrhagiae


- Sintomas: comprometimento renal
- Agente etiológico: Vibrio cholerae - Transmissão: contato com água e com
- Sintomas:infecção intestinal aguda; outros materiais contaminados com fezes e
diarreia intensa urinas de ratos e camundongos
- Transmissão:por meio da água - Pro ilaxia: eliminação da fonte de infecção
contaminada e utilização de vestimentas protetoras
- Pro ilaxia:controledaqualidadedaáguae
destino adequado das fezes 12. Tétano:
6. Difteria (Crupe) - Agente etiológico: Clostridium tetani - Sintomas:
contrações súbitas e
- Agente etiológico: Corynebacterium involuntárias; espasmos
diphtheriae - Transmissão: pregos enferrujados, latas,
- Sintomas: dor de garganta, febre, perda de água suja, galhos e espinhos - Pro ilaxia: vacina
apetite e o aparecimento de uma membrana
branco-amarelada constituída por células
mortas Outras: sí ilis, tifo, tracoma, tuberculose, psitacose,
- Transmissão: contato com secreções do pneumonia bacteriana e meningite meningocócica.
nariz e de garganta da pessoa infectada
- Pro ilaxia: vacina antidiftérica
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Características: Malária: @vestibularesumido
- Agente etiológico: Plamosdium
1. seres eucariontes, unicelulares e - Sintomas: febre, calafrio, calor, suor
heterótrofos;
2. podem ser isolados ou coloniais; a
- Transmissão: picada de mosquitos fêmeas
do gênero Anopheles e por transfusões P
maioria é aquático (marinhos e
dulcículas);
sanguíneas
- Pro ilaxia: tratamento dos doentes e R
3. estabelecem com outros seres vivos o combate às larvas dos mosquitos em
regiões alagadas O
-
comensalismo, mutualismo e podem ser
também parasitas;
4. são aeróbios ou anaeróbicos; -
Hospedeiro de initivo: mosquito anofelino
Hospedeiro intermediário: homem T
5. apresentam morfologia variada, até o
polimor ismo; O
6. podem ter ou não estruturas
locomotivas; Z
7. a excreção é feita por difusão ou por
transporteativo. O
Nutrição: se alimentam de matéria Á
orgânica (bactéria e de outros
protozoários). A captura de alimento se R
dá por fagocitose e a digestão
intracelular é feita pelos lisossomos. O I
citóstoma (entrada de alimento) e o
citoprocto (eliminação de resíduos O
alimentares) estão presentes em
protozoários ciliados e lagelados. S
Reprodução: assexuada por divisão
binária/ bipartição (duplicação do
material genético e formação de
indivíduos geneticamente idênticos),
divisão múltipla ou brotamento.
E
Reprodução sexuada por conjugação de
paramécios (troca de micronúcleos).

Osmorregulação: em protozoários
dulcícolas, os vacúolos contráteis ou
pulsáteis são responsáveis pelo controle
do volume celular, e deixam o meio Doença de Chagas: P
externo com concentração idêntica ao
meio interno do ser vivo, permitindo a
- Agente etiológico:Trypanosoma cruzi - Sintomas:
cardiomegalia, disritmia R
explosão do excesso de água com
excretas tóxicas ao organismo.
cardíaca, insu iciência cardíaca, febre, etc. -
Transmissão: penetração do tripomastigota O
Protozoários marinhos não possuem
vacúolo contrátil (são isotônicos).
metacíclico, presentes nas fezes do
barbeiro, transfusão sanguínea, etc. T
- Pro ilaxia: combate aos insetos vetores,
Classi icação: melhoria das habitações rurais e avaliação O
dos doadores de sangue
1. Rizópodes ou Sarcodíneos: são - Hospedeiro vertebrado: homem/mamíferos - Z
espécies Hospedeiro invertebrado: insetos
de vida livre, mutualísticas e parasitas; hemípteros (barbeiros) O
formam pseudópodos; Leishmaniose:
2. Ciliados: presença de cílios, espécies - Agente etiológico: Leishmania brasilienses O
de e Leishmania chagasi
vida livre, mutualísticas e parasitas (são - Sintomas: lesão na região facial E
os protozoários mais complexos); - Transmissão:picada do mosquito-palha
3. Flagelados: presença de lagelos; vida - Pro ilaxia: trata métodos doentes, S
livre, mutualística e parasita; combater os mosquitos e usar repelentes
4. Esporozoários ou Apicomplexos: - Hospedeiro vertebrado: homem/mamíferos E
ausência de organelas de locomoção e - Hospedeiro invertebrado: mosquito fêmea
todas as espécies são parasitas. do gênero Lutzomya (mosquito-palha) S
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Fungos
FUNGOS @vestibularesumido

Características:

1. seres eucariontes, uni ou pluricelulares;


2. heterótrofos por absorção;
3. não formam tecidos verdadeiros;
4. possui como substância de reserva o
glicogênio e parede celular de quitina
5. são euritérmicos (resistem igualmente a
grandes amplitudes térmicas)
Nutrição: extracorpórea e possui ação
decompositora

Tipos de fungos:

1. sapró itas: vivem sobre a matéria


orgânica morta
2. simbiontes: estabelecem relações com
seres autótrofos, como os líquens
3. parasitas: retiram o alimento do corpo do
hospedeiro, exemplo - a micose
4. predadores: capturam e se alimentam de
pequenos animais vivos, como nematódeos.

Importância: decompositores; participam da


produção de alimentos, como na fabricação de
Reprodução: queijo, produção de bebidas; os líquens (fungos +
algas) são bioindicadores da poluição atmosférica, a
Assexuada: por brotamento, esporulação ou presença de muitos líquens sugere baixo íncide de
regeneração poluição, e assim, vice-versa.
Sexuada: por plasmogamia ou cariogamia

Classi icação:

1. Cetridiomicetos: fungos aquáticos que


apresentam lagelos e possuem como
substância de reserva a micolaminarina 2.
Zigomicetos: formam as micorrizas (fungo
+ raízes de plantas) e são parasitas de
protozoários, vermes e insetos

3. Ascomicetos: representam a metade de


espécies de fungos e se reproduzem por
asco, exemplo - mofos, bolores e leveduras
4. Basiodiomicetos: formam o grupo mais
complexo, cogumelos e orelhas-de-pau são
exemplos desse ilo.

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RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Relações Intraespecí icas Harmônicas:

Sociedade: associação entre indivíduos que


vivem juntos, organizados de modo cooperativo
por meio de uma divisão de trabalho, não
anatomicamente uns aos outros. Ex.: colmeia
(rainha, operárias e zangões - castas)

Colônia: associação entre indivíduos que vivem


juntos e estão ligados anatomicamente uns aos
outros, podendo ou não haver divisão de
trabalho. Ex.: corais, caravelas, etc.

Relações Intraespecí icas Desarmônicas:

Competição Intraespecí ica: consiste em uma


disputa entre os indivíduos por alimentos,
espaço, etc. Ex.: os machos disputam com as
fêmeas.

Canibalismo: relação na qual um indivíduo mata


outro da mesma espécie para dele se alimentar.
Ex.: louva-a-deus. Comensalismo: apenas uma das espécies é bene iciada,
sem, entretanto, haver prejuízos para a outra. Exemplos:
Relações Interespecí icas Harmônicas: alimento - peixes- pilotos e tubarão; moradia - epi itismo e
epizoismo; transporte - forésia.
Mutualismo: associação obrigatória entre
indivíduos de espécies distintas. Exemplos: Relações Interespecí icas Desarmônicas: Amensalismo/
1. Liquens (algas + fungos): as algas sintetizam
matéria orgânica por meio da fotossíntese e Antibiose: um indivíduo inibe o desenvolvimento de outro.
fornecem aos fungos parte do alimento Exemplo: maré- vermelha.
produzido. Os fungos retiram água e sais Parasitismo: relação em que os indivíduos de uma espécie
minerais do substrato, fornecendo-os às algas. vivem às custas de indivíduos de outra espécie, dos quais
Além disso, os fungos envolvem com suas rifas o retiram alimentos, prejudicando-os. Exemplo: carrapato,
grupo de algas, protegendo-as contra a tênia, lombrigas, etc.
desidratação.
Predatismo: relação em que os indivíduos de uma espécie
2. Micorrizas (raízes + fungos): os fungos matam outros de espécies diferentes para usá-los como
degradam substâncias orgânicas do solo, alimento. Quando a presa é vegetal nomeia-se
transformando-as em nutrientes minerais que herbivorismo.
são absorvidos pelas raízes das plantas. As Competição Interespecí ica: é uma disputa entre indivíduos
plantas, fornecem aos fungos parte da matéria de espécies diferentes por alimento, espaço, abrigo, etc.
orgânica produzida por meio da fotossíntese. Exemplo: gaviões que atacam roedores.

3. Rhizobium + plantas leguminosas: essas


bactérias são ixadoras do N2 atmosférico e,
assim, enriquecem o solo com nitratos que serão
absorvidos por leguminosas. As leguminosas
fornecem a essas bactérias parte das substâncias
orgânicas que sintetizam, isto é, fornecem
alimento as bactérias.

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Densidade populacional:
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ESTUDO DAS Taxas de crescimento de uma população permitem

POPULAÇÕES
saber se ela está em expansão, em declínio ou
estável.

1) taxa de crescimento bruto (TCB):

População é um conjunto de indivíduos da mesma


espécie que vivem em uma mesma área em um 2) taxa de crescimento relativo (TCR):
certo intervalo de tempo.

Ao potencial biótico de uma população se opõe


um conjunto de fatores que constituem a resistência
do ambiente ou resistência ambiental. Nf: número de indivíduos ao im do período
considerado
Entre esses fatores, temos, por exemplo, a escassa Ni: número de indivíduos no início do período
disponibilidade de alimentos no meio, as limitações considerado
de espaço, a falta de água, as condições climáticas T: intervalo de tempo considerado
desfavoráveis, as competições, a predação e o
parasitismo.

São esses fatores de resistência ambiental que


impedem uma população de crescer
inde inidamente, obedecendo apenas ao seu
potencial biótico.

Portanto, a curva de crescimento real de uma


população resulta da interação entre o seu potencial
biótico e a resistência que lhe é imposta pelo meio.

O crescimento de uma população resulta da


interação de quatro fatores: natalidade,
mortalidade, imigração e emigração.

Potencial biótico: é a capacidade máxima de


reprodução de uma espécie biológica, determinada
entre outros fatores pela duração do ciclo de vida
dessa espécie e o tamanho de sua prole, sob
condições ambientais ótimas.

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CADEIA
ALIMENTAR
Cadeia Alimentar

Comunidade/Biocenose/Biota: é o
conjunto de populações de espécies
diferentes que vivem em uma mesma área e
em um determinado intervalo de tempo.
Os consumidores podem ser classi icados em:
Ecossistema: meio biótico + meio abiótico/ 1. Fitófagos ou Herbívoros (plantas)
biótopo. 2. Zoófagos (alimento através de animais)
A. hematófagos (sangue)
Biosfera: conjunto de todos ecossistemas; pode B. insetívoros (insetos)
ser subdividido em epinociclo (biociclo terrestre) e C. piscívoros (peixes)
talassociclo (biociclo marinho). D. ornitófagos (larvas)
3. Onívoros (plantas e animais)

Ecótono/Ecótone: regiões de transição. Decompositores/Sapróbios/Sapró itos: “usinas


processadoras de lixo orgânico”; importância -
Habitat: área onde vive uma determinada reciclagem de matéria.
espécie.
Pirâmide de Números: indica a quantidade de
Nicho ecológico: conjunto de atividades de uma indivíduos presentes em cada nível tró ico da cadeia
espécie no ecossistema. alimentar.

Segundo o Princípio de Exclusão Competitiva,


duas ou mais espécies não podem explorar,
por muito tempo, o mesmo nicho ecológico
dentro de um mesmo habitat.

O total de matéria orgânica produzida pelos


produtores por unidade de área e de tempo
constitui a chamada produtividade primária
bruta (PB). Parte dela é consumida pela Pirâmide de Biomassa: representa a massa de
respiração celular do próprio produtor. matéria orgânica dos organismos em cada nível
tró ico; às vezes, a pirâmide de biomassa pode
Produtividade primaria liquida (PL): apresentar invertida, como a dos itoplâncton.

R: respiração

Pirâmide de Energia: indica a quantidade de


energia acumulada em cada nível tró ico da
cadeia alimentar. Essa pirâmide nunca pode ser
invertida; não há lugar adequado para os
decompositores.
Em uma cadeia alimentar, a quantidade de energia
disponível diminui à medida que é transferida de um
nível tró ico para outro. A energia, portanto,
apresenta luxo unidirecional e decrescente ao
longo da cadeia alimentar.

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Floresta de Coníferas ou Taiga: vegetação


ECOSSISTEMAS I constituída, predominantemente, por coníferas,
pinheiros e abetos. Possuem folhas aciculares e os
esquilos e ursos dormem por longos períodos,
embora não hibernem totalmente.

Tundra: localizado no hemisfério norte, abaixo da zona Florestas Temperadas Decíduas: típicas de
de gelo permanente (calota polar). No verão, surgem regiões de clima temperado, com as quatro
áreas onde o solo degela apenas super icialmente e a estações bem de inidas. A lora apresenta uma
camada inferior permanece congelada (permafrost). grande diversidade de espécies, vegetação
Não é a temperatura baixa que diretamente provoca a arbórea e árvores decíduas ou caducas (isto é,
pobreza da vegetação, e sim, a disponibilidade de perdem todas as suas folhas no inal do outono).
água. No inverno, o frio intenso, a escuridão e a Além das árvores de grande porte, aparecem
escassez de alimento limitam a presença de alguns também arbustos, gramíneas e musgos. A fauna é
grupos de seres vivos. Assim, muitos animais migram rica e bastante diversi icada.
para outras regiões em busca de melhores condições
de sobrevivência. Adaptações morfo isiológicas Desertos: são biomas de baixa pluviosidade e
apresentadas pelos animais da tundra: presença de baixa umidade do ar. Não é a areia que caracteriza
pelos longos, hipoderme e extremidades corporais o deserto, e sim, sua aridez. Apresenta vegetação
menores (como orelhas, caudas, patas) para que a xeró ita, gramíneas e plantas arbustivas, como as
perda de calor seja reduzida. cactáceas. Nas cactáceas, por exemplo, os caules
que são verdes e fazem fotossíntese, armazenam
Dica: Tundra!! O “U” da palavra Tundra, você pode fazer água em um tecido especial, o parênquima
referência a palavra última! Assim ica mais fácil de aquífero, enquanto as folhas estão modi icadas em
você lembrar onde ela está localizada no globo, haja espinhos, o que diminui a superfície de perda de
vista que ela é o último bioma do globo. Após ele é só água por meio da transpiração. As raízes de muitas
gelo e neve. plantas desses biomas são profundas.

Florestas Pluviais Tropicais: esse bioma se


localiza na faixa equatorial (baixa latitude) e possui
o índice de precipitação alto, com chuvas
abundantes e regulares. São biomas que
apresentam clima quente e úmido. A vegetação
apresenta folhas largas, ditas latifoliadas, tem
grande superfície transpiratória, o que não traz
problemas de desidratação, essas plantas são
denominadas perenefólias, pois suas folhas caem
gradualmente, sendo logo substituída por outras.
Existem microclimas e um alto número de
parasitas e epí itas. A fauna é rica e diversi icada. E
em geral, as raízes são pouco profundas, logo,
facilmente derrubadas nos desmatamentos.

Campos: encontrado tanto em regiões tropicais


quanto em temperadas. Estepes - onde há nítido
predomínio das gramíneas, encontrado na
América do Norte e os pampas na Argentina,
Uruguai e no sul do Brasil.

Savanas: formações em que estão presentes


arbustos e árvores de pequeno porte, além de
gramíneas; como exemplo as Savanas Africanas e
o Cerrado do Brasil.

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ECOSSISTEMAS II
Campos Cerrados: clima quente, solo arenítico
geralmente muito profundo, vegetação composta de
pequenas árvores esparsas, arbustos e gramíneas. A
de iciência de nutrientes no solo di iculta muito a
síntese de proteínas, e o excesso de carboidratos
produzidos pelas plantas acaba se acumulando em
estruturas que lhes dão aspecto xeromór icos - súber
espesso, cutículas grossas e muito esclerênquima.

Mata de Araucárias: clima subtropical, vegetação Campos: distribuição regular de chuvas,


predominantemente formada pelo pinheiro-do- vegetação formada por gramíneas;
paraná. Possui três estratos de vegetação bem permite a existência da pecuária.
de inidos, o arbóreo, o arbustivo e o herbáceo.
Caatinga: clima semiárido, vegetação
Mata Atlântica: a cadeia de montanhas da serra do xeró ita (plantas adaptadas ao clima
mar atua como uma barreira aos ventos úmidos que seco), representada por cactáceas,
sopram do mar. Assim, tem-se uma região úmida o arbustos e pequenas árvores caducifólia.
su iciente para suportar essa densa mata. Entre os
ecossistemas brasileiros, a mata atlântica é um dos Mata dos Cocais: constitui uma zona
mais devastados. de transição entre a Floresta Amazônica
e a Caatinga, ocupando grande parte do
Floresta Amazônica: loresta pluvial tropical, onde Maranhão e do Piauí.
pode reconhecer a mata dos igapós
(permanentemente alagada), a mata de várzea Pantanal Mato-Grossense: onde os
(inundada apenas durante as épocas de cheias dos rios da bacia do rio Paraguai extravasam
rios) e a mata de terra irme (nunca sofre inundação). suas águas nos meses de cheia,
De um modo geral, a vegetação é higró ita, o solo é inundando extensas áreas. A vegetação
pobre devido à rápida decomposição e ao é heterogênea e diversi icada.
reaproveitamento da matéria orgânica que cai no
solo. Sua fauna é exuberante e diversi icada. Manguezais: localizam às margens dos
oceanos, geralmente em estuários
(locais onde os rios se encontram com o
mar). Possuem um solo lodoso, mal
arejado, salino, periodicamente
inundado por água salobra. Vegetação
arbórea, formada por haló itas. Além de
amortecer os impactos das marés e
reter sedimentos trazidos pelos rios,
evitando o assoreamento das praias, os
manguezais são locais propícios para a
reprodução de um grande número de
animais marinhos.

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SUCESSÃO ECOLÓGICA E CICLOS


BIOGEOQUÍMICOS
Denomina-se sucessão ecológica o processo natural
pelo qual uma comunidade muda gradualmente com o
decorrer do tempo, até atingir uma situação de maior
estabilidade denominada clímax.

Sucessão Primária: ocorre em uma área


anteriormente sem vida, como dunas de areia, rochas
nuas ou derrame de lavas vulcânicas.
Sucessão Secundária: ocorre em uma área
abandonada, onde já havia uma comunidade que, por
algum motivo, foi destruída.

Ecese: espécies pioneiras


Séries: comunidades intermediárias Clímax: estágio
inal
Ciclo do Nitrogênio: a fonte primária de
Sucessão ecológica iniciada a partir da superfície de nitrogênio para os seres vivos é a atmosfera. É
uma rocha nua: preciso que o N2 atmosférico seja convertido
em formas químicas que possam ser
utilizadas pelos seres vivos, como a amônia
(NH3) e os íons nitrato (NO3-), essa
transformação é denominada ixação de
nitrogênio. A ixação pode ser biológica
(bactérias), atmosférica (relâmpagos) ou
Características de uma sucessão ecológica: industrial.
aumento da diversidade de espécies ou diversidade
biológica (biodiversidade), aumento da complexidade A) Amoni icação: a matéria orgânica morta
da teia alimentar, aumento da biomassa e diminuição é transformada no íon de amônio (NH4+) por
da produtividade liquida. intermédio de bactérias aeróbicas,
anaeróbicas e alguns fungos.
Ciclo do Carbono: é no meio abiótico que está a fonte B) Nitri icação: a oxidação do amoníaco
primária desse elemento químico. O CO2 é absorvido produz nitratos. O amoníaco é convertido em
pelos seres fotossintetizantes e é utilizado para a síntese nitritos (NO2-) e depois, os nitritos são
de moléculas orgânicas. Além da fotossíntese, a convertidos em nitratos (NO3-) prontos a ser
nutrição animal, os restos orgânicos dos animais e assimilados pelas plantas.
vegetais podem sofrer decomposição ou se acumular C) Desnitri icação: é o processo pelo qual o
dando origem aos combustíveis fosseis, que retiram nitrogênio volta à atmosfera sob a forma de
carbono do ambiente. O carbono é devolvido à gás quase inerte (N2). Esse processo ocorre
natureza através da respiração animal e vegetal, da através de algumas espécies de bactérias, tais
decomposição e da combustão. como pseudomonas e clostridium.
Ciclo do Fósforo: as plantas obtém o fósforo
Ciclo do Cálcio: a fonte primária de cálcio são as absorvendo fosfatos que se encontram
rochas calcárias, que, ao sofrerem o desgaste pelas dissolvidos na água e no solo. Os animais
águas das chuvas e correntezas, liberam sais de cálcio obtém fosfatos nos alimentos ingeridos e na
para o solo. As plantas absorvem do solo ou da água os água que bebem. A excreção dos animais e a
sais de cálcio e os animais o contém pela cadeia decomposição de plantas e animais são
alimentar. Com a decomposição dos animais e vegetais processos que devolvem para o meio
mortos, o cálcio retorna ao meio abiótico (solo e água). abiótico o fósforo da matéria orgânica.

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DESEQUILÍBRIOS AMBIENTAIS
1. Introdução de novas espécies de seres Inversão Térmica: ocorre em certas épocas do
vivos no ambiente: o homem altera o ano, principalmente no inverno, pode contribuir
equilíbrio dos ecossistemas introduzindo neles ainda mais para agravar a poluição atmosférica.
novas espécies de seres vivos. Espécies que Esse fenômeno consiste em uma inversão de
não são típicas de uma região e que provocam temperatura das camadas de ar superiores e
prejuízos incalculáveis na natureza. inferiores. Normalmente, o ar que ica mais próximo
2. Eliminação de espécies de um ambiente: a da superfície terrestre é o mais quente, enquanto o
eliminação de uma ou mais espécies de um das camadas mais superiores da atmosfera é o
meio onde haja equilíbrio entre todas elas mais frio. Uma medida para conter esse fenômeno
também pode gerar consequências prejudicais é substituir os combustíveis derivados do petróleo
para todo o ecossistema. A destruição de seus por formas alternativas de energia menos
habitat, a caça e a pesca poluentes.
predatóriasporpartedohomemtambém tem
levado inúmeras espécies à extinção. B. Poluição da água: podem ser causadas pelo
3. Poluição ambiental: poluição é qualquer lançamento de dejetos orgânicos (esgotos
alteração desfavorável no ambiente, provocada domésticos e industriais); por inúmeros tipos de
por substâncias químicas ou agentes físicos substâncias químicas que são despejadas por
capazes de prejudicar os organismos que nele diferentes tipos de indústrias; por agrotóxicos
vivem. diversos que são aplicados nas lavouras e por meio
de enxurradas; pelo derramamento de petróleo,
A. Poluição do ar: etc. Um dos tipos de poluição da água é
desencadeado pela eutro ização dos cursos de
•incolor,
Monóxido de carbono (CO):é um gás
inodoro, venenoso, proveniente da
agua, devido ao excesso de dejetos orgânicos. Para
o combate à poluição das águas causada pelo
combustão incompleta de moléculas orgânicas. lançamento de esgotos, uma das medidas mais
Sua maior fonte emissora é o escapamento dos e icientes nesse sentido consiste na construção de
veículos de motor a combustão. estações de tratamento e reciclagem dos esgotos.
• Elevação da taxa de CO2: odióxidode carbono
é uma substância que existe normalmente na
atmosfera e também é dissolvida nas águas de
rios, mares e oceanos. Essa elevação, contribui
para agravar o chamado efeito estufa.

O gás metano (CH4) também contribui para a


elevação do efeito estufa.
• Dióxido de enxofre (SO2): provoca a chuva
ácida, responsável por inúmeros danos
materiais, envenenamento nos rios e danos às
folhas de inúmeras espécies vegetais,
comprometendo a produtividade.
• NO e NO2 (óxidos de nitrogênio): esses gases
além de contribuírem para a destruição da
4. Biorremediação (remediação biológica): é
um processo controlado pela biotecnologia que
utiliza seres vivos especí icos (plantas, micro-
camada de ozônio (O3), também podem organismos) ou suas enzimas para recuperar
provocar ulcerações e irritações na pele e nas ambientes (águas e solos) contaminados com
vias respiratórias, com lesões pulmonares poluentes orgânicos e inorgânicos.
graves.
• CFC(cloro luorcarbonetos): têmsido
empregados largamente como propelentes em
5. Monocultura: o cultivo de um único tipo de
planta em áreas extensas provoca o rápido
vários tipos de aerossóis, como também na esgotamento de certos nutrientes do solo.
indústria de refrigeração. Exercem um efeito
destrutivo sobre a camada de ozônio.
Partículas sólidas em suspensão no ar:
resíduos sólidos prejudiciais, são o chumbo, a
sílica e o amianto.
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PORÍFEROS E CNIDÁRIOS
Poríferos (espongiários, esponjas):

• São metazoários(animais pluricelulares)


• Seres eucariontes e heterótrofos
• Assimétricos ou com simetria radial
• Exclusivamente aquáticos
• Não possuem uma verdadeira
organização histológica, isto é, não
possuem tecidos bem de inidos
• São animais sésseis( ixos) que vivem
a ixados sobre diferentes substratos
(rochas, conchas de moluscos ou solo
marinho)
• Possuemocorpotodoperfuradoporporos
(óstios e ósculo) e comunicam a superfície
externa do corpo com uma cavidade
central, denominada átrio ou espongiocele
• O ósculo é um poro maior, localizado no
ápice do corpo do animal, por onde
permanentemente sai água
• Há partículas de alimento que entram
junto da água, são apanhados e digeridas
por células especiais, os coanócitos,
existentes nas paredes da espongiocele
• A digestão é apenas intracelular
• A respiração é feita por difusão direta dos
gases (O2 e CO2)
• A excreção se faz por difusão direta
• A reprodução pode ser assexuada(por
brotamento, regeneração ou genulação)
ou sexuada (fecundação interna)
• Os coanócitos podem participar da
reprodução assexuada nos poríferos, pois
captam espermatozoides trazidos pela
corrente de água

Cnidários/Celenterados:

• São metazoários (animais pluricelulares) • No cnidários, tem-se a primeira ocorrência


• Seres eucariontes e heterótrofos evolutiva de um tubo digestório e de um sistema
• Desimetria radial nervoso
• Diblásticos • Há um sistema nervoso difuso
• Protostômios • Alguns apresentam gônadas(ovários e
• Exclusivamente aquáticos e testículos)
predominantemente marinhos • A reprodução pode ser assexuada(divisão
• Possuem duas formas básicas: pólipo binária, brotamento ou estrobilização) ou sexuada
(geralmente sésseis) e medusa (de (fecundação externa - água ou fecundação interna)
natação livre) • O desenvolvimento pode ser direto(sem estágios
• Possuem a mesogleia, que dá suporte ao larvais) ou indireto
corpo do cnidário, constituindo um • Apresentam cnidoblastos(células urticantes)
esqueleto elástico e lexível que desempenham papel fundamental na captura
• O sistema digestório é formado por um de alimento e na defesa do animal contra os
tubo digestório incompleto que, por sua vez, é predadores
constituído pela boca e pela cavidade
gastrovascular.
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@vestibularesumido

PLATEL 2. Schistosoma mansoni: agente etiológico da esquistossomose. O


hospedeiro vertebrado pode ser o homem e outros mamíferos
(roedores, gambás, etc); já o hospedeiro invertebrado é o caramujo.

MINTOS A transmissão da esquistossomose ao homem se faz pela


penetração ativas das cercárias através da pele e das mucosas.

Principais platelmintos parasitas do


homem:
1. Tênias: platelmintos que parasitam o
intestino delgado do homem. As tênias
são parasitas heteroxenos que
completam seu ciclo biológico em
dois hospedeiros, sendo ambos
vertebrados. Os hospedeiros da T.
solium são o homem e o porco,
enquanto os da T. saginata são o
homem e o boi. Elas podem ser duas
doenças distintas - a cisticercose e a
teníase.

• São metazoários bilatérios


• Triblásticos
• Acelomados
• Nesses animais, tem-se a primeira ocorrência evolutiva de um
verdadeiro mesoderma embrionário
• Esses são também os primeiros na escala zoológica a apresentar
simetria bilateral.
• Podem ser de vida livre ou parasitas
• Constituem o primeiro grande ilo a apresentar cefalização, isto é,
uma das partes do corpo diferenciada em cabeça.
• O sistema digestório é formado por um tubo digestório incompleto,
constituído por boca, faringe e intestino rami icado.
• O sistema circulatório é ausente, sendo a distribuição de
substâncias pelo corpo do animal feito por difusão.
• A excreção é feita por uma rede de túbulos rami icados
denominados protonefrídeos.
• O sistema nervoso é ganglionar
• A reprodução pode ser sexuada(fecundação interna,
autofecundação - tênias ou fecundação cruzada - planárias e
esquistossomos) ou assexuada (divisão transversal do corpo).

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NEMATEL @vestibularesumido

MINTOS
• São metazoários bilatérios
• Triblásticos
• Pseudocelomados
• Protostômios
• Possuem corpo cilíndrico,
alongado e revestido por
uma cutícula de natureza
proteica
• Não possuem sistema
respiratório, nem sistema
circulatório
• A distribuição de
substâncias pelo corpo do
animal se faz por difusão
• O sistema digestório é
formado por um tubo
completo constituído por
boca, faringe, intestino 1. Ascaris lumbricoides (lombriga): é o agente etiológico (causador) da
retilíneo e ânus ascaridíase. Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem.
• É o primeiro grande ilo O A. lumbricoides é um parasita monoxeno (só um hospedeiro), que
com tubo digestório pode ser o homem ou o porco. A transmissão da ascaridíase se faz pela
completo ingestão de ovos infectados (contendo larvas L3 - ilaróide) do verme. As
• O sistema nervoso dos larvas podem causar lesões hepáticas e pulmonares, subnutrição e
nematelmintos é do tipo hipovitaminoses. A pro ilaxia consiste no tratamento dos doentes,
ganglionar educação sanitária, proteção dos alimentos contra poeiras e insetos.
• A reprodução é sexuada 2. Ancylostoma duodenale e Necator americanus: eles são,
por fecundação interna respectivamente, os agentes etiológicos da ancilostomose e da
• O desenvolvimento pode necatorose, duas verminoses conhecidas popularmente por "amarelão”
ser direto(sem larvas) ou ou “opilação”. Os vermes adultos são encontrados no intestino delgado
indireto (com fase larval) do homem. Os dois agentes etiológicos são parasitas monoxenos que
• Podem ser de vida livre tem como hospedeiro o homem. A transmissão dessas verminoses
ou parasitas pode ser feita por meio da penetração ativa das larvas através da pele e
ingestão de larvas infectantes junto com os alimentos. Essas verminoses
se caracterizam por provocar uma anemia acentuada, fazendo com que
a pessoa se torne fraca, desanimada e pálida. Jeca tatu, de monteiro
lobato. Pro ilaxia: cuidados higiênicos e uso de calçados.
3. Ancylostoma brasilienses: o verme adulto é um parasita típico de cães
e gatos. Esses animais eliminam, junto de suas fezes, os ovos do verme.
À medida que as larvas migram na hipoderme, deixam um rastro
sinuoso, o “bicho geográ ico”. Pro ilaxia: exames de fezes periódicos de
cães e gatos com tratamento dos animais que estejam parasitados e
recolhimento dos animais de rua.
4. Enterobius vermicularis (oxiúros, “largatinha”): agente causador da
enterobiose ou oxiurose. São encontrados no intestino grosso do
homem parasitado, em especial no ceco (porção inicial do intestino
grosso). Trata-se de um parasita monoxeno. Transmissão:
hetoroinfecção, autoinfecção direta e retroinfecção. A enterobiose se
caracteriza principalmente por uma coceira anal. Pro ilaxia: cuidados
higiênicos pessoais e educação sanitária.
5. Wuchereria bancrofti ( ilária): verminose conhecida como ilariose ou
elefantíase, frequente em regiões tropicais. Os vermes adultos vivem
nos vasos linfáticos humanos, principalmente da perna. Trata-se de um
parasita heteroxeno que realiza o seu ciclo biológico em dois
hospedeiros, um vertebrado (o homem) e um invertebrado (mosquito
fêmea do gênero Culex). Pro ilaxia: tratamento dos doentes e combate
ao inseto vetor.
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@vestibularesumido

MOLUSCO E ANELÍDEOS

Moluscos:

• São metazoários de simetria bilateral


• Não segmentados, tiblásticos, celomados e
protostômios
• A massa visceral corresponde ao conjunto de
sistemas de órgãos interno do animal e, em
muitas espécies, está protegida pela concha
• A concha é fabricada pelo manto ou prega
paleal e é uma estrutura calcária resistente que
atua como esqueleto, dando sustentação ao Anelídeos:
corpo do animal
• Os moluscos possuem sistema digestório • Segmentados, triblásticos, celomados e prostostômios.
formado por um tubo digestório completo e • São metazoários bilatérios
uma grande glândula digestiva (fígado) • O corpo é ilamentar, alongado e dividido
• A respiração deles pode ser cutânea, em segmentos ou metâmeros, chamados
branquial ou pulmonar de anéis
• Os moluscos já possuem sistema circulatório, • Podem ser terrestres, marinhos ou
que pode ser aberto (maioria dos moluscos) dulcícolas
ou fechado (moluscos cefalópodes) • Os anelídeos apresentam diferentes
• O coração tem um ventrículo e uma (ou modos de locomoção, por contrações musculares
duas) aurícula(s) e está localizado no interior da (devido à pressão do líquido celomático) e por expansões
cavidade pericárdio. dermomusculares laterais
• A trajetória do sangue na circulação aberta • Possuem sistema digestório completo que se estende
desses animais é: o coração -> artéria -> lacuna por todo o corpo do animal
dos tecidos -> veias -> brânquias • A respiração pode ser cutânea ou branquial
• A trajetória do sangue na circulação
fechada:
• O sistema circulatório é fechado e o pigmento
respiratório mais importante é a hemoglobina, encontrada
• coração -> artérias -> capilares dos tecidos ->
corações branquiais -> brânquias -> veias
dissolvida no plasma
• O sistema excretor é constituído por nefrídeos e o
• Na maioria dos moluscos, o pigmento sistema nervoso é ganglionar
respiratória é a hemocianina, que possui cobre • A reprodução sexuada é feita por fecundação cruzada
(Cu) em sua composição química e apresenta que pode ser interna e externa.
coloração azul.
• O sistema excretor é constituído por um par
de nefrídeos, que retiram as excretas
nitrogenadas da cavidade pericárdica e as
enviam para o meio externo
• O sistema nervoso é ganglionar
• A reprodução é sexuada por fecundação, que
pode ser direta ou indireta
• Quanto ao sexo, a maioria das espécies de
moluscos é dioica (sexos separados), mas
existe algumas espécies monoicas
(hemafroditas)
• Os moluscos têm grande importância
econômica, muitos são fonte de alimento
para o homem, também são responsáveis
pela produção das pérolas, que têm elevado
valor comercial

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• São metazoários bilatérios @vestibularesumido

ARTRÓPODE • Triblásticos, celomados e protostômios


• Primeiros animais providos de apêndices locomotores
articulados
• Apresentamumexoesqueletodequitinae o crescimento se faz por
mudas ou ecdises
• As mudas são estimuladas porum hormônio, o ecdisona
• Os artrópodes são animais segmentados, metâmeros, que formam unidades funcionais denominadas
tagmas
• Possuem sistema digestório constituído por um tubo digestório completo e glândulas anexas
• A respiração pode ser traqueal(mais frequente), ilotraqueal ou pulmotraqueal
• O sistema circulatório é aberto(lacunar).O coração é dorsal e há poucos vasos
• O sistema nervoso é ganglionar
• A excreção pode ser feita através de
túbulos de Malpighi (insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes), de glândulas verdes ou antenais
(crustáceos) e de glândulas coxais ou femurais (aracnídeos)
• Quanto ao sexo, em sua grande maioria, são dióicos com dimor ismo sexual
• A reprodução é sexuada por fecundação cruzada e interna
• O desenvolvimento pode ser direto ou indireto

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@vestibularesumido

EQUINODERMO E
PROTOCORDADO
Equinodermos:

Equinodermos e Protocordados
Cordados: animais bilatérios, triblásticos,
celomados e deuterostômios. Apresentam
notocorda, fendas branquiais, tubo nervoso
dorsal e cauda pós-anal.

Protocordados:
• Constituem uma subdivisão dos cordados
• São pequenos animais marinhos destituídos de
crânio e coluna vertebral, cuja única estrutura
esquelética de sustentação é a notocorda, que
pode ou não persistir em certas espécies adultas.
1. Urocordados ou Tunicados: são animais
iltradores; o sistema digestório desses animais é
formado pelo tubo digestório completo; a
respiração é branquial; e o sistema circulatório é
aberto, normalmente se reproduzem por
fecundação externa e têm desenvolvimento
indireto.
2. Cefalocordados: o representante típico é o
an ioxo, o tubo digestório é completo; a
respiração é branquial, a circulação é aberta e a
excreção é feita por protonefrídeos situados na
região dorsal da faringe. São animais dióicos que
se reproduzem sexualmente por fecundação
externa.
• São metazoários
• Exclusivamente marinhos
• Bilatérios era diados(nafaseadulta)
• Triblásticos
• Celomados e deuterostômios Cordados: animais bilatérios, triblásticos, celomados
• A deuterestomia é uma característica que e deuterostômios. Apresentam notocorda, fendas
aproxima evolutivamente os equinodermos branquiais, tubo nervoso dorsal e cauda pós-anal.
dos cordados Protocordados:
• Possuem um sistema exclusivo, o sistema • Constituem umas ubdivisão dos cordados
ambulacrário (locomoção) • São pequenos animais marinhos
• O sistema digestório é formado por um tubo destituídos de crânio e coluna vertebral, cuja única
digestório completo estrutura esquelética de sustentação é a notocorda, que
• A respiração é feita por brânquias ou por pode ou não persistir em certas espécies adultas.
difusão ao longo de todo o sistema ambulacrário 1. Urocordados ou Tunicados: são animais iltradores;
• A excreção é feita pordifusão o sistema digestório desses animais é formado pelo tubo
• O sistema nervoso é difuso comcordões digestório completo; a respiração é branquial; e o
nervosos sistema circulatório é aberto, normalmente se
• São dioicos reproduzem por fecundação externa e têm
• Sem dimor ismos exual desenvolvimento indireto.
• De fecundação externa e desenvolvimento 2. Cefalocordados: o representante típico é o an ioxo, o
indireto tubo digestório é completo; a respiração é branquial, a
• Os equinodermos possuem elevada circulação é aberta e a excreção é feita por
capacidade de regenaração e são capazes de protonefrídeos situados na região dorsal da faringe.
realizar evisceração (mecanismo de defesa) São animais dióicos que se reproduzem sexualmente
por fecundação externa.

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VERTEBRADOS:
PEIXES
Vertebrados: Peixes

• São animais aquáticos, de corpo geralmente


alongado ou fusiforme dotados de esqueleto
interno, brânquias e nadadeiras
• Alguns são agnatos(sem mandíbulas), mas a
maioria é gnatostomada (com mandíbulas), e
podem ser distribuídos em três classes:
ciclostomados, condríctes e osteíctes.

1. Ciclostomados: são peixes agnatos (sem


mandíbulas), cujos representantes mais
típicos são as lampreias e as feiticeiras
(peixe-bruxa). A respiração é branquial, a
circulação é fechada e a excreção é feita
por meio de rins prônefrons ou rins
mesônefrons. A reprodução é sexuada
por fecundação externa e o
desenvolvimento pode ser direto (feiticeira)
ou indireta (lampreias).
2. Condríctes e Osteíctes: os condríctes
(peixes cartilaginosos) e os osteíctes
(peixes ósseos) são peixes mandibulados.
Nos cartilaginosos (tubarões, arraias e
quimeras), as escamas são do tipo
placoide, de origem dermoepidérmica,
homólogas aos dentes dos demais
vertebrados, o que confere à pele desses
animais textura de lixa. Nos peixes
cartilaginosos, o intestino se abre em uma
cloaca, ao passo que, nos ósseos, termina
em ânus. A presença de uma vesícula cheia
de gases em um peixe permite-lhe reduzir a
densidade de seu corpo até um
determinado nível, fazendo-o permanecer
imóvel e lutuar.

A bexiga natatória tem função hidrostática, uma vez que promove o ajustamento do peso especí ico
do animal em relação ao da água. Condríctes não possuem bexiga natatória, na realidade, esses peixes
conseguem manter baixa sua densidade devido aos altos teores de óleo no fígado. Desse modo, eles
controlam sua lutuabilidade, não precisando nadar o tempo todo para não afundar. A circulação nos
peixes é fechada, simples e completa. O coração dos peixes é bicavitário (uma aurícula e um
ventrículo) e por ele, só passa sangue venoso. Os peixes cartilaginosos são ureotélicos, e os ósseos são
amoniotélicos. Além da eliminação de catabólicos, o sistema excretor também tem importante papel
no mecanismo da osmorregulação ou equilíbrio hidrossalino. Os peixes ósseos marinhos são
hipotônicos em relação à água do mar. Por isso, estão sempre “perdendo" água por osmose para o meio
externo. Os peixes ósseos dulcícolas são hipertônicos em relação à água do meio ambiente e, por isso,
há uma entrada de água no organismo por osmose. Muitas peixes conseguem se adaptar às grandes
variações de salinidade da água e são chamados de eurialinos. Nos peixes cartilaginosos existem
Ampolas de Lorenzini, que são eletrorreceptores (conseguem detectar a presença das presas, que
mostram pequenas variações de campos elétricos ao redor de seus corpos). Durante o desenvolvimento
embrionário dos peixes, o único anexo que se forma é o saco vitelínico.
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VERTEBRADOS: ANFÍBIOS
Os anfíbios foram os
primeiros vertebrados
terrestres, embora não
tenham conseguido
conquistar de initivamente
esse novo ambiente
devido à dependência do
meio aquoso para sua
fecundação e seu
desenvolvimento
embrionário.

A pele ina, úmida e


bastante vascularizada
desses animais permite a
troca de gases tanto com
o ar quanto com a água,
caracterizando a
respiração cutânea.

Quando adultos, os
animais pertencentes à
maioria das espécies
fazem a respiração
cutânea e a respiração
pulmonar.

A circulação é fechada,
dupla e incompleta. O Classi icação:
coração é tricavitário (2 1. Apoda - sem patas, vivem geralmente
átrios e 1 ventrículo). em buracos do solo (ex.: cobra-cega).
2. Urodela - portadora de cauda e quatro patas bem-desenvolvidas (ex.:
Na fase de larva, os salamandra).
anfíbios são animais 3. Anura - quatro patas e desprovidos de cauda na fase adulta (ex.: sapos, rãs e
amoniotélicos e, quando pererecas).
adultos, são ureotélicos.

Os anfíbios são animais A) Sapos: pele rugosa e seca, pulos lentos e pequenos, braços e pernas curtos.
dioicos e a fecundação, B) Rãs: pele lisa e úmida, pulos maiores; ambiente aquático.
na maioria das espécies, é C) Perereca: pele lisa e úmida, pulos amplos e melhores e ótima habilidade de
externa. O escalagem.
desenvolvimento indireto
(com metamorfose),
passando por um estágio
de larva. As larvas de sapos
e rãs são conhecidos por
girinos.

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Vertebrados: Répteis

Os répteis foram os vertebrados que


conquistaram de initivamente o
ambiente terrestre, tornando-se
VERTEBRADOS: RÉPTEIS
independentes do ambiente aquático
para se produzir.
A pele seca é um revestimento altamente
queratinizado e é uma excelente
proteção contra a perda de água na pele.

O intestino dos répteis termina em uma


cloaca. A respiração é pulmonar. Os
pulmões dos répteis possuem um
número maior de dobras internas do
que o pulmão dos anfíbios, o que
aumenta a capacidade de trocas
gasosas.

A circulação dos répteis é fechada,


dupla e incompleta. O coração é
tricavitário (exceto nos répteis
crocodilianos, em que é tetracavitário)
possui dois átrios e um ventrículo, tal
Classi icação:
como o coração dos anfíbios. Entretanto,
1. Rincocéfalos: primitivos e em extinção, estão reduzidos a
o ventrículo apresenta um septo (Septo
uma única espécie, o tatuara.
de Sebatier) que divide parcialmente o
ventrículo. Está ausente nos anfíbios e
2. Quelônios: não possuem dentes, mas lâminas córneas, ex.:
que constitui o primeiro passo evolutivo
tartarugas, jabutis e cágados.
para a formação de um coração
tetracavitário.
3. Crocodilianos: possuem o corpo revestido por uma pele
grossa e coriácea (dura), com placas córneas reforçadas por
Entre as duas artérias que saem dos
ossos dérmicos. Possuem coração tetracavitário, ex.: jacarés e
ventrículos, existe um "shunt" ou ponte,
cobras.
chamado Forâmen de Panizza, em que
existem pequenos orifícios que permitem
4. Escamados: possuem escamas que recobrem o corpo e
uma pequena mistura dos dois tipos de
uma cloaca em posição transversal. Possuem órgãos de
sangue.
Jacobson, de função olfativa, que se abrem no fundo da
cavidade bucal. Esses órgãos são quimiorreceptores que
Os répteis excretam ácido úrico. O
auxiliam na identi icação de alimentos dentro da boca. ex.:
desenvolvimento é direto e durante o
lagartos e cobras.
desenvolvimento embrionário, além de
saco vitelínico, formam-se outros anexos:
âmnio, alantóide e córion.

Características de espécies peçonhentas:


cabeça triangular, olhos pequenos,
presença de fossetas loreais e hábitos
noturnos.

O idismo (envenenamento causado por


picada de cobra) causa ações
neurotóxicos (atuam no sistema nervoso),
proteolíticas (dor intensa no local),
hemolíticas (destruição de hemácias) e
coagulantes (impedem a coagulação do
sangue). Quando ocorrem acidentes
com ofídios (mordidas de cobra), o
tratamento é feito com o uso de sores
antiofídicos.

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Classi icação das aves: @vestibularesumido
A) Carinatas: boas voadoras, possuem osso esterno, no
qual se inserem os potentes músculos peitorais,
responsáveis pelo batimento das asas. A carena auxilia o
deslocamento no voo. AVES E MAMÍFEROS
B) Ratitas: são aves que não voam (ex.: ema, avestruz,
etc)
Aves:

• São vertebrados bípedes.


• Penas: são fundamentais ao voo,
desempenham um papel importante no
mecanismo de termorregulação, pois funcionam
como isolante térmico
• Muita aves têm, na região caudal, uma
glândula uropigiana (uropígea), produtora
de uma secreção oleosa que é espalhada,
com o auxílio do bico, sobre as penas para
impermeabilizá-las. O fato de as penas de um
pato, por exemplo, não se encharcarem, apesar
de estarem em contato com a água, está
relacionado essa secreção
• As aves possuem dois estômagos separados: o
estômago químico (proventrículo) e o
estômago mecânico (moela). Na moela,
encontram-se pequenas pedras ingeridas pelo
animal que contribuem para fazer a trituração do
alimento; o intestino se abre em uma cloaca
• A respiração é pulmonar; na porção inferior
da traqueia, as aves possuem uma estrutura
típica, a siringe, cuja função é a de produzir som,
sendo, portanto, o órgão canoro (do canto).
• Adaptações ao voo: bico sem dentes, penas,
membros anteriores transformados em asas,
corpo aerodinâmico e ausência de bexiga
urinária.
• As aves são animais uricotélicos e apresentam
olhos bem desenvolvidos.
• As aves são animais dioicos, de fecundação
interna, ovíparos com desenvolvimento direto.
Durante o desenvolvimento embrionário,
formam quatro anexos: saco vitelínico, âmnio,
alantoide e cório.

Mamíferos:
Nos mamíferos ruminantes (vaca, cabra, carneiro, girafa, etc), o estômago apresenta quatro câmaras:
rúmen, retículo, omaso e abomaso “RuReOA”. No rúmen e no retículo, vivem micro- organismos
(bactérias e protozoários) que produzem as enzimas necessárias para a digestão da celulose
• Todos os mamíferos, fazem respiração pulmonar. Nos mamíferos, os pulmões atingem um elevado grau
de complexidade
• O sistema circulatório é fechado, duplo e completo. O coração é tetracavitário (2 átrios e 2 ventrículos)
• Em sua maioria, são animais ureotélicos. Os mamíferos ovíparos à semelhança dos répteis e das aves, são
uricotélicos.
• São animais dioicos, de fecundação interna e, em sua maioria, vivíparos.
Obs.: Ovovivíparos - o embrião se alimenta a partir das reservas nutritivas do ovo e não do corpo materno.
Vivíparos - o embrião é alimentado através da placenta e depende da mãe para de desenvolver. Ovíparos -
os ovos garantem a nutrição dos embriões e são depositados no meio externo. Classi icação dos
mamíferos:
A) Prototérios: o leite escorre pelos pelos da barriga da mãe (ornitorrinco e equidina)
B) Metamérios: são portadores de marsúpio (canguru, coala e gambá)
C) Utérios: constituem a maioria das espécies (homem, boi, baleia, etc)
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@vestibularesumido

CAPÍTULOS DE BIOLOGIA III


45. GENÉTICA: CÓDIGO GENÉTICO……………………..…………………….……….PÁG. 54

46. GENÉTICA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS…..………………………………….PÁG. 55

47. GENÉTICA: 1º LEI DE MENDEL……………………………………………….……….PÁG. 56

48. GENÉTICA: 2º LEI DE MENDEL……………………………………………………….PÁG. 57

49. GENÉTICA: INTERAÇÃO GÊNICA……………………………………..…………….PÁG. 58

50. GENÉTICA: HERANÇA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS………………………..PÁG. 59

51. GENÉTICA: HERANÇA LIGADA AOS CROMOSSOMOS SEXUAIS……….PÁG. 60

52. GENÉTICA: LINKAGE………………………………………………………………..…….PÁG. 61

53. NOÇÕES DE ENGENHARIA GENÉTICA……………………………………..…….PÁG. 62

54. ORIGEM DA VIDA……………………………………………………………………….….PÁG. 63

55. TEORIAS EVOLUCIONISTAS …………………………………………………….…….PÁG. 64

56. EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO…………………………………………….…………….PÁG. 65

57. MECANISMOS DE ESPECIAÇÃO…………………………………………..………….PÁG. 66

58. GENÉTICA DE POPULAÇÕES……………………………………………….………….PÁG. 67

59. EVOLUÇÃO DOS VERTEBRADOS ……………………………………..…………….PÁG. 68

60. EVOLUÇÃO DOS HUMANOS ……………………………………………..………….PÁG. 69

61. ALGAS………………………………………………………………………………..………….PÁG. 70

62. PTERIDÓFITAS E BRIÓFITAS…………………………………………………………….PÁG. 71

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@vestibularesumido

63. GIMNOSPERMAS……………………………………………………………………….PÁG. 72

64. ANGIOSPERMAS……………………………………………………………….……….PÁG. 73

65. HISTOLOGIA VEGETAL …………………………………………………………..….PÁG. 74

66. ORGANOLOGIA VEGETAL…………………………………………………….…….PÁG. 75

67. FISIOLOGIA VEGETAL ………………………………………………………..……….PÁG. 76

68. HORMÔNIOS E MOVIMENTOS VEGETAIS…………………………………….PÁG. 77

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Herança genética: possui envolvimento do @vestibularesumido

GENÉTICA: CÓDIGO
DNA

1) Adquirida: atinge células somáticas; ocorre


mutações no DNA. Ex.: melanoma (exposição
excessiva aos raios ultravioletas) GENÉTICO
2) Hereditária: atinge células somáticas e
gaméticas; é transmitida de uma geração para
outra. Ex.: retinoblastoma (câncer na retina - • O código genético é universal, pois, é o mesmo em
cegueira) diferentes espécies de seres vivos.
• O código genético não pode ser alterado, ele
é universal e corresponde aos 64 códons
• Cada trinca de bases do RNAm transcrita do gene
recebe o nome de códon. O RNAm transcrito do gene
(trincas de bases nitrogenadas) determinando liga-se ao ribossomo, estrutura formada de RNAr e
os 20 aminoácidos. proteínas, o qual tem a função de unir os aminoácidos,
• Herança Hereditária: é uma herança segundo a sequência estabelecida pelos códons, do
genética transmissível aos descendentes (toda RNAm para a forma de cadeia polipeptídica. Os
herança hereditária é genética) aminoácidos encontram-se dispersos no interior da
• Herança Congênita: se manifesta logo no célula, assim, é necessário que eles sejam trazidos para o
nascimento. local da síntese proteica, isso é realizado por moléculas
• Ideias de hereditariedade na antiguidade: de RNAt.
pangênese, pré-formação e epigênese.
• Segundo a Teoria Cromossômica da Herança, DNA -> RNA-> Proteína -> Manifestação da
os fatores hereditários de Mendel, agora
denominados genes, estão localizados nos Característica
cromossomos. • As sequências de nucleotídeos que são
• A informação codi icada em um gene refere- codi icados recebem o nome de éxons, enquanto as
se à estrutura primaria (sequência de sequências não codi icados recebem o nome de íntrons.
aminoácidos) de um polipeptídeo. Esse • Splicing alternativo pode ocorrer antes ou após a
polipeptídeo, que pode ser uma proteína transcrição do pré RNAm (possui íntrons e éxons), ou seja,
estrutural ou uma proteína catalisadora o splicing consiste na retirada de íntrons( DICA para
(enzima), é o responsável pela manifestação de decorar: lembrar que o “i” do íntrons é o “i” de intruso,
uma característica. logo os íntrons que saem no splicing) de um RNA
• Um gene é um segmento de DNA precursor de forma a produzir um RNAm maduro funcional.
• Existem tríades que codi icam um Ele é responsável pela diversidade proteica dos organismos.
determinado tipo de aminoácido e tríades que • O nucleotídeo é formado por um grupo fosfato +
codi icam o término da síntese do polipeptídeo. pentose + base nitrogenada. A ligação entre uma hidroxila
• O código genético é degenerado, pois, do grupo fosfato e duas hidroxilas de outras duas moléculas
uma mesma informação pode ser por meio de uma dupla ligação éster é denominada ligação
codi icada por diferentes tríades. fosfodiéster.

O DNA é formado por nucleossomos, que


dentro destes, encontra-se histonas (proteínas). Obs.: códons diferentes podem originar o mesmo
Mutação Gênica: mutação que ocorre no aminoácido, um códon nunca origina 2 tipos de
material genético; as mutações, sejam elas aminoácidos.
espontâneas ou induzidas, podem fazer surgir • Mudanças pós-tradução: ganha ou perde, aminoácidos,
novas características nos indivíduos. clivagem, glicolisação, fosforilação, acetilação, etc.

Dogma Central: consiste na a irmação que o


DNA codi ica a produção de RNA por
transcrição, o RNA codi ica a produção de
proteínas por tradução e as proteínas não
codi icam a produção nem de proteínas nem
de RNA ou DNA. Logo, uma vez que a
informação tenha passado para a proteína ja
não torna a sair.

Códon de Parada: determina a hora de parar a


tradução.
O ribossomo é responsável pela leitura dos
códons; comanda a chegada do RNAt com o
aminoácido e realiza a ligação peptídica.

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@vestibularesumido

GENÉTICA: CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
• Haplóides (n): são células onde os • Herança Genética: pode ser autossômica ou
heterossômica. A herança autossômica acontece
cromossomos se encontram isolados, um de
cada tipo, diferentes no tamanho, na forma e nas quando os genes estão localizados em
características que determinam. autossomos. Quando localizados nos
• Diplóides (2n):são células que possuem pares heterossomos, a herança pode ser parcialmente
de cromossomos do mesmo tipo, ou seja, ligada ao sexo, ligada ao sexo ou ainda, restrita ao
semelhantes no tamanho, forma e características sexo.
que manifestam.
• Lócus Gênico: é a provável localização dos Obs.: 1º ao 22º par de cromossomos ->
genes, nos cromossomos da espécie. autossômica
• Genes Alelos: são genes que determinam a
mesma característica, situados na mesma • Fenocópia:é a cópia de um fenótipo
posição, em cromossomos homólogos, podendo geneticamente determinado.
ter variação igual ou diferente. • Polialelia (Alelos Múltiplos): para
• Dominância Completa ou Absoluta: quando algumas características, existem mais de dois genes
um alelo manifesta sua ação em homozigose ou alelos diferentes que podem ocupar os mesmos loci
heterozigose. num par de cromossomos homólogos.
• Ausência de Dominância: o indivíduo
heterozigoto apresenta uma manifestação • Pleiotropia: fenômeno em que um mesmo
intermediária entre os dois homozigotos. genótipo é responsável por mais de uma
• Codominância: no individuo heterozigoto, os manifestação fenotípica. Ex.: anemia falciforme.
dois alelos manifestam suas ações • Genes Letais: são aqueles que, ao manifestarem
• Genótipo: material genético sua ação, acarretam a morte do indivíduo. Pode
• Fenótipo: genótipo + meio ambiente ocorrer durante a vida embrionária ou na vida após o
• Genoma: é a totalidade de informação nascimento.
genética contida no DNA da célula (RNA, • Genes Holândricos: são aqueles que têm seus
em alguns vírus). locus no segmento diferencial do cromossomo
• Proteoma: conjunto de todos os tipos de sexual y.
proteínas da espécie que determinam • Heredogramas: representações grá icas da
características herança.

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@vestibularesumido

Já a herança intermediária são dois genótipos


diferentes que se cruzam, originando um novo fenótipo,
GENÉTICA: 1° LEI no entanto, ele não expressa os genótipos parentais.

Ex.: preta (PP) x branca (BB) = cinza (PB - 100%).


DE MENDEL Proporção genotípica e fenotípica para a ausência de
dominância:

“Cada caráter é determinado por um par de


fatores que se segregam durante a formação
dos gametas. Assim, cada gameta tem
apenas um fator para cada característica”.

“O alelo letal é dominante, no entanto, se comporta


Sempre existe uma variação dominante e uma como recessivo para letalidade”.
recessiva para cada característica.

Todas as proporções são entre heterozigotos:


- Proporção fenotípica em F2:3:1
- Proporção genotípica em F2: 1:2:1

Casos Especiais: aqueles que não obedecem a


proporção supracitada, mas segue a Primeira Lei:
genes letais e ausência de dominância.

Os genes letais ou letalidade é aquele que


provoca a morte do indivíduo que, geralmente, se
expressa em homozigose dominante.

Obs.: os genes deletérios que causam as


doenças se expressam, geralmente, em
homozigose recessiva, logo, a proporção
genotípica e fenotípica será 2:1.

A ausência de dominância não possui gene


dominante, nem recessivo (representa-se tudo
maiúsculo ou tudo minúsculo), podendo ser
codominância ou herança intermediária.

A codominância são dois genótipos diferentes


que se cruzam, originando um novo fenótipo, que
expressa simultaneamente os genótipos
parentais. Ex.: preta (PP) x branca (BB) = malhado
(PB - 100%).

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@vestibularesumido

GENÉTICA:
2° LEI DE
MENDEL
“Cada característica deve estar situada em
um par de cromossomos homólogos
diferentes, pois dessa forma, segregam-se de
maneira independente”.

Encontrando gametas na segregação


independente: aabb = ab/ AABb = AB e Ab n
Número de tipos diferentes de gametas = 2n

N = número de gametas heterozigotos. Mendel então realizou o cruzamento entre indivíduos


da geração F1, obtendo sua geração F2. Nessa
geração, o biológo obteve quatro categorias
A segunda lei de Mendel, também conhecida fenotípicas com uma proporção de 9:3:3:1 (nove
como lei da segregação independente, sementes amarelas lisas, para três verdes lisas, para
estabelece que cada par de alelos segrega-se de três amarelas rugosas, para uma verde rugosa).
maneira independente de outros pares de alelos,
durante a formação dos gametas. Ela foi Mendel fez então a análise das diferentes
formulada com base em análises da herança de características das ervilhas combinando-as de forma
duas ou mais características acompanhadas ao di-híbrida. Seus resultados sempre demonstraram a
mesmo tempo.

Em seu experimento, Mendel sempre utilizava


como geração parental progenitores puros, ou
seja, que, após várias gerações de
autopolinização, geram descendentes com a
mesma característica. Desse cruzamento, Mendel
obteve 100% de ervilhas com semente lisa e
amarela (geração F1). As plantas dessa geração
são dí-hibridas, pois são heterozigotas para as
duas características (RrVv).

Quando analisar um tri-hibridismo (3 pares de genes


alelos), pode-se veri icar separadamente as três
características em questão e juntá-las ao im.
57
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@vestibularesumido

GENÉTICA: INTERAÇÃO GÊNICA

A interação gênica entre genes não alelos


consiste no fenômeno em que dois ou mais
pares de genes agem conjuntamente para
determinar uma única característica.

Herança Quantitativa: também chamada de


herança poligênica, poligamia ou herança
multifatorial, é uma modalidade de interação
entre genes não alelos, em que o fenótipo
depende da quantidade de certos tipos de
genes presentes no fenótipo. Ex.:
determinação genética da coloração ou
intensidade de pigmentação da pele na
espécie humana.

Epistasia: um gene inibe ou oculta o efeito de outro


gene que não seja seu alelo. O gene que inibe é
chamado de epistático e o inibido é denominado
hipostático.
- Epistasia Dominante: o alelo dominante de um
par inibe o efeito de genes alelos de um outro par, ou
seja, o gene epistático é dominante no seu par de
alelos.
- Epistasia Recessiva: um pardegenes alelos
recessivos inibe o efeito de genes de outro par de
alelos.

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@vestibularesumido

• Sistema ABO:A, B, AB e O
• Antígeno:presentenamembrana
plasmática das hemácias
GENÉTICA: HERANÇA DOS
• Aglutininas(anticorpos):presentesno GRUPOS SANGUÍNEOS
plasma
• SistemaRh(sistemaD):baseia-sena presença
ou não na membrana das hemácias do
aglutinogênio (antígeno).
Rh+:pode receber Rh+ e Rh-
Rh-:pode receber apenas de Rh-

Efeito Bombaim: esse fenômeno faz com


que indivíduos com o genótipo dos
grupos sanguíneos “A" “B" e “AB”
expressam o fenótipo do grupo
sanguíneo “O" -> falso “O"

Caso de Polialelia

Eritroblastose Fetal: é uma doença hemolítica causada pela


incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal.
Ela se manifesta, quando há incompatibilidade sanguínea
referente ao Rh entre a mãe e o feto, ou seja, quando o fator Rh
da mãe é negativo e o do feto, positivo.

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@vestibularesumido

GENÉTICA: HERANÇA LIGADA AOS


CROMOSSÔMICA SEXUAIS

• Heterossomos, Alossomos= cromossomos


sexuais
• Herança Parcialmente Ligada ao Sexo: os genes
se localizam nas partes homólogas (regiões
pseuautossômicas) dos cromossomos X e Y. Ex.:
retinite pigmentar
• Herança Ligada ao Sexo: os genes se localizam
no segmento X especí ico, isso é, na parte do
cromossomo X que não tem parte homóloga
correspondente ao cromossomo Y. Ex.: daltonismo e
hemo ilia.
Obs.: não existem homens normais portadores ou
heterozigotos para as características ligadas ao sexo.

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GENÉTICA: LINKAGE

• Di-hibridismo com Linkage: consiste na análise simultânea das características determinadas por dois
pares de genes alelos localizados em um mesmo par de cromossomos homólogos.
• Heterozigoto Cis: dois genes dominantes em um mesmo cromossomo e os dois genes recessivos em
outro.
• Heterozigoto Trans: tem um gene dominante e um recessivo em cada um dos cromossomos.
• É necessário saber se na gametogênese houve ou não ocorrência do crossing-over, além de conhecer
qual é a sua taxa de ocorrência e o percentual de células em que esse fenômeno ocorre. Assim, conforme
ocorra ou não o fenômeno do crossing-over, costuma-se dizer que o linkage pode ser total (completo) ou
parcial (incompleto).

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@vestibularesumido

NOÇÕES DE
ENGENHARIA
As bactérias transgênicas, isto é, portadoras de
GENÉTICA DNA recombinante, abrigam em si todas as
informações necessárias para
ocumprimentodastarefasrapidamente, funcionando
• A Engenharia Genética é um conjunto de técnicas como pequenas fábricas biológicas, capazes de
que tem por objetivo a manipulação do material produzir, em larga escala e com custos mais baratos,
genético. O que permite produzir diferentes DNA’s as proteínas desejadas.
constituídos por segmentos originários de diferentes
espécies de seres vivos.
• DNA recombinante: tem como principal objetivo
a construção de moléculas de DNA não existentes
na natureza, constituídas por segmentos
provenientes de diferentes fontes. Assim, foi
preciso o desenvolvimento de “ferramentas"
básicas para a Engenharia Genética, como por
exemplo as endonucleases/enzimas de restrição.
As sequências de bases nitrogenadas
reconhecidas pelas enzimas de restrição são
palíndromos, isto é, iguais nos dois ilamentos da
molécula de DNA, seja a leitura desses ilamentos
feita no sentido 5’ -> 3’ ou no sentido 3’ -> 5’.

• Clonagem de genes: com utilização de


bactérias e por meio da técnica do PCR.
• Animais transgênicos: é aquele que possui, no
seu material genético, um ou mais genes
originários de outra espécie.
• Plantas transgênicas: se faz introduzindo em
uma planta genes de uma outra espécie de
vegetal ou até de um animal. Um dos mais
famosos associou ao material genético da planta
do fumo o gene do vaga-lume responsável pela
sua bioluminescência - enzima luciferase.
Portanto, sabe-se que um dos fatores limitantes
ao crescimento das plantas e à produção, têm
como principal objetivo aumentar a quantidade de
nitrogênio disponível às plantas.

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ORIGEM • Hipótese Heterotró ica: Oparin procurou mostrar a provável


origem da vida a partir de compostos orgânicos que teriam se
DA VIDA formado no ambiente primitivo da Terra. A formação dessas
moléculas orgânicas, antes mesmo do surgimento dos primeiros
seres vivos, é o que denomina evolução pré-biológica. Oparin
imaginou que a alta temperatura do planeta e a ocorrência de
Teoria da Abiogênese: acreditou-se descargas elétricas na atmosfera pudessem ter provocado reações
que os seres vivos poderiam surgir da químicas entre os gases (amônia, metano, hidrogênio e vapor
matéria bruta. Essa ideia de que a vida d’água); fazendo surgir compostos orgânicos como aminoácidos,
pode surgir da matéria sem vida icou monossacarídeos, ácidos graxos, etc.
conhecida com abiogênese. • Experimento de Miller: comprovou que é possível, sob certas
condições especiais, formar aminoácidos abiogeneticamente,
• Os adeptos da abiogênese isto é, sem a participação de seres vivos.
acreditavam que tais seres, por serem
tão simples e de dimensões tão • Da aglomeração e da interpenetração dos coloides teriam
surgido os coacervados. O coacervado é um sistema coloidal
pequenas, não possuíam qualquer mais complexo, em que um aglomerado de moléculas proteicas
mecanismo de reprodução, devendo, ica envolvido por uma mesma camada de água. Com o passar
portanto, surgir no próprio meio por do tempo, poderiam ir englobando partículas orgânicas e
geração espontânea. inorgânicas, que iriam se aderindo a eles, transformando-os em
• Experimento de Redi: demonstrou grandes complexos químicos que abrigavam inúmeras
que os pequenos “vermes" que substâncias.
apareciam na carne em putrefação não
eram gerados pela própria carne, e sim, • • Hipótese Autotró ica: os primeiros seres vivos da Terra seriam
autótrofos. Essa hipótese passou a ganhar mais adeptos quando
por ovos depositados por moscas ocorreu a descoberta das camadas fontes termais (submarinas).
adultas. Assim a quimiossíntese teria surgido primeiro, depois a
• Teoria da Biogênese: os seres vivos fermentação, fotossíntese e, inalmente, a respiração aeróbia.
se originam somente de outros seres
vivos preexistentes por meio da
reprodução.
• Experimento de Pasteur: foram
realizados com quatro frascos de vidro,
cujos gargalos foram esticados e
curvados no fogo após todos terem
sido enchidos com caldos nutritivos.
Logo, em seguida, Pasteur ferveu o
caldo de cada um dos quatro frascos,
até que saísse vapor dos gargalos
longos e curvos e deixou-os esfriar.
Depois de um tempo, Pasteur observou
que, embora todos os frascos
estivessem em contato direto com o ar,
nenhum dele apresentou micro-
organismos. Pasteur então quebrou os
gargalos de alguns dos frascos e
observou que, em poucos dias, seus
caldos já estavam repletos de micro-
organismos.

• Criacionismo: concepção religiosa;


criador de todas as coisas do universo,
inclusive dos seres vivos.
• Panspermia: supõe que micro-
organismos oriundos de outros pontos
do espaço, transportados por
meteoros ou por meteoritos, teriam
chegado no nosso planeta e
encontrado condições favoráveis de
sobrevivência, teriam se proliferado,
começando o povoamento da Terra.

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TEORIAS EVOLUCIONISTAS
Neodarwinismo: mutações e a recombinação
Lamarckismo: Lamarck foi um dos primeiros gênica; a evolução, portanto, pode ser
defensores do transformismo, isto é, um dos considerada como resultado da seleção
primeiros a admitir que os seres vivos se natural, atuando sobre a variabilidade genética.
modi icam com o passar do tempo. Essa teoria se Considerando os tipos selecionados de acordo
baseia em dois pontos básicos, lei do uso e desuso com a curva de distribuição normal dos
e lei da transmissão das características adquiridas. diferentes fenótipos, a seleção pode ser:
Além disso, o meio ambiente atua como um direcional (favorece apenas um dos tipos
fator que “exige" modi icações nos seres vivos, extremos da curva de distribuição normal),
para que eles possam se tornar adaptados às estabilizadora (favorece os fenótipos médios
circunstâncias existentes. da curva de distribuição normal, em detrimento
dos genótipos extremos) e disruptiva
(favorece os indivíduos com fenótipos de
ambos os extremos da curva de distribuição
normal).

Darwinismo: Charles Darwin expôs suas ideias


que se baseiam na seleção natural, as populações
crescem numa progressão geométrica, enquanto
as reservas alimentares crescem apenas numa
progressão aritmética e o meio ambiente
preservaria os indivíduos portadores de variações
desfavoráveis.
Lamarck defendia que o meio é causador das
variações, enquanto para Darwin, ele as
seleciona.

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EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
• Para explicar o desaparecimento de algumas
espécies que viveram em épocas passadas e hoje
não são mais encontradas, os ixistas recorrem ao
catastro ismo (o criador submete o mundo a
determinadas catástrofes).
• Entre as evidências, destacam-se as
anatômicas, embriológicas, bioquímicas,
paleontológicas e zoogeográ icas.
• Evidências Anatômicas: mostra que espécies
muito diferentes revelam estruturas com grandes
semelhanças, apresentando um mesmo plano
básico de organização. Órgãos homólogos: são
aqueles que em espécies diferentes podem ter Órgãos Vestigiais: tais órgãos são poucos
aspecto, nome e função diferentes, mas desenvolvidos (atro iados) em determinados
internamente, apresentam a mesma estrutura e têm grupos, mas muito desenvolvidos e funcionais
a mesma origem embrionária. Ex.: asas de uma ave em outros. Ex.: apêndice.
e os membros superiores do homem. Órgãos
análogos: são aqueles que, em espécies diferentes • Evidências Embriológicas: isso sugere que
têm o mesmo nome e a mesma função, mas tais espécies tiveram no passado um ancestral
possuem estruturas totalmente diferentes, uma comum do qual herdaram um mesmo padrão
vez que a formam embrionariamente por processos de desenvolvimento nos estágios iniciais. Além
diversos. Ex.: asas de insetos e asas de aves disso, a embriologia também mostra que essas
(ambas servem para voar, porém suas origens diferentes espécies de vertebrados, em
embrionárias são totalmente distintas). determinados estágios, possuem certas
características em comum, como por exemplo
as fendas branquiais e a notocorda.
• Evidências Bioquímicas: certas substâncias
são fabricadas igualmente por células de
diferentes espécies.
• Evidências Paleontológicas: essas
evidências estão representadas pelos fósseis.
Os fósseis constituem uma prova evidente de
que nosso planeta já foi habitado por seres
diferentes dos atuais. Um fóssil se forma
quando os restos mortais de um organismo
não sofrem ação tanto dos agentes
decompositores, como das intempéries
naturais. A idade de um fóssil pode ser
estimada por meio da medição de elementos
radioativos presentes nele ou na rocha em
que ele se encontra.

Evidências Zoogeográ icas: a observação


cientí ica comprovou que as faunas dos
continentes do hemisfério norte (América do
norte, Europa e Ásia) são profundamente
semelhantes entre si. Segundo pesquisas
geológicas, todos os continentes da Terra
tiveram, há milhões de anos, fundidos em um
só.

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MECANISMOS
DE ESPECIAÇÃO
Denomina-se especiação o processo de formação
de novas espécies ocorrido a partir de uma espécie
ancestral. Podendo ser alopátrica ou simpátrica.

Especiação Alopátrica: as novas espécies se


formam quando uma população é dividida em dois
ou mais grupos por uma barreira geográ ica, ou
seja, quando entre os diferentes grupos se
estabelece um isolante geográ ico.

Para que haja esse tipo de especiação, alguns


eventos precisam ocorrer em etapas sequenciais.
São eles: isolamento geográ ico, diversi icação
gênica e isolamento reprodutivo.

Mecanismos pré- copulatórios:


inviabilidade do híbrido,
esterilidade do híbrido e
deterioração da geração F2.

Irradiação Adaptativa: quando


diferentes espécies, adaptadas a
condições ambientais diferentes,
tiveram a origem a partir de uma
população ancestral comum por
processos de especiação geográ ica.

Convergência Evolutiva: seres de


espécies totalmente diferentes podem
evoluir no sentido da aquisição de
adaptações semelhantes para a vida
em um mesmo meio.

Especiação Simpátrica: não exige


isolamento geográ ico.

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GENÉTICA DE POPULAÇÕES
• Estudo do poolgênico, ou seja, o conjunto de genes característicos de uma certa população. À partir disso,
pode ser calculado a frequência gênica, a frequência genotípica e a frequência fenotípica.
• Principio de Hardy-Weinberg: em uma população em que não atuam fatores evolutivos (mutações, seleção
natural, migrações, etc) e os cruzamentos são aleatórios, as frequências gênicas e genotípicas permanecem
constantes ao logo das gerações.
• Para calcular, numa população, a frequência do genótipo AA, usamos o termo p2, se quisermos
calcular a frequência do genótipo Aa, usamos o termo 2pq e, para calcularmos a frequência do
genótipo aa, o termo usado
• Entre os fatores que alteram o equilíbrio gênico de uma população, podemos citar: mutações, seleção
natural, luxo gênico (migrações), endogamia (consanguinidade) e oscilação genética (deriva genética,
desvio genético).

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EVOLUÇÃO DOS VERTEBRADOS


• A passagem evolutiva dos peixes para os anfíbios
envolveu algumas modi icações que permitiram
adaptar a vida dos vertebrados ao ambiente
terrestre, são elas: surgimento das patas em
substituição às nadadeiras, desenvolvimento dos
pulmões e modi icações no sistema circulatório.
• Os répteis foram os vertebrados que
conquistaram de initivamente o ambiente terrestre,
uma vez que se libertaram da dependência do
meio aquoso para a reprodução e para o
desenvolvimento embrionário, por meio da
fecundação interna e do ovo terrestre. Possuem
maior desenvolvimento dos pulmões, casca
relativamente impermeável e tiveram o surgimento
de outros anexos embrionários (cório, âmnio e
alantoide).
• Uma das aquisições e volutivas mais importantes
dos mamíferos em relação aos répteis foi a
endotermia (capacidade de gerar internamente, o
próprio calor). A viviparidade e o cuidado com a
prole também contribuíram para aumentar a
sobrevida dos indivíduos e as chances de
sobrevivência das espécies.
• Aves: animais endotérmicos, presença de
escamas epidérmicas que recobrem as patas e
ovo terrestre.

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EVOLUÇÃO HUMANA
Graças a algumas características importantes, os O Homo sapiens fabricavam ferramentas mais
primatas puderam explorar melhor o ambiente à so isticadas; além de pedras utilizavam ossos e mar im
procura de alimento e escapar com e iciência do para confeccionar pontas de lanças, arpões e anzóis
ataque dos predadores. São elas: cintura para a pesca.
escapular (ampla rotação e liberdade dos Habitando diferentes regiões do planeta e sendo
movimentos), mão com dedo polegar submetidos a diferentes pressões de seleção, as
oponível, olhos na posição frontal, presença populações humanas se diversi icaram
de vários tipos de dentes, vida familiar e geneticamente e morfologicamente, dando origem
cuidado parental. às diferentes etnias.

Em oposição ao Criacionismo, teoria que explica O Darwinismo, como também é conhecido a teoria
a origem humana através de uma entidade divina, evolucionista, acredita que o ser humano, assim como
a teoria evolucionista baseia- se fortemente nos outras espécies, evoluiu gradativamente ao longo do
estudos desenvolvidos por Chales Darwin. tempo, conforme sofriam pequenas alterações como
forma de se adaptar ao ambiente.

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Algas
ALGAS
• Participam do Reino Protista
• Existem várias espécies unicelulares e
pluricelulares

Pirró itas:
- São unicelulares
- Eucariontes
- Autótrofos
- Aeróbios
- De vida livre
- Predominantemente marinhos e
planctônicos
- Os principais representantes desse grupo
são os dino lagelados
- A reprodução se faz assexuadamente, por Rodó itas ou Algas Vermelhas:
divisão binária - São pluricelulares
- Algumas espécies são bioluminescentes e - Predominantemente marinhas
são responsáveis pelo fenômeno das “marés - A reprodução se faz por metagênese, isto
vermelhas” é, alternância de gerações, assexuada e sexuada

Cloró itas ou Algas Verdes: Feó itas ou Algas Pardas:


- Constituem o grupo mais numeroso de - São pluricelulares
algas - Macroscópicas
- Encontradas predominantemente no - Marinhas
ambiente aquático - São as algas que atingem maiores
- Realizam intensa atividade de fotossíntese dimensões
- A reprodução pode ser assexuada ou - É consumida na alimentação humana
sexuada.

Eugenó itas:
- São algas unicelulares
- Eucariontes
- Aeróbias
- De vida livre
- Encontradas principalmente na água doce,
fazendo parte do itoplâncton
- O citoplasma é rico em cloroplastose possui
vacúolo contrátil (pulsátil), que
elimina o excesso de água que entra na
célula por osmose
- São capazes de realizar a nutrição
autotró ica e heterotró ica

Crisólogas ou Algas Douradas:


- São unicelulares
- Eucariontes
- Aeróbias
- Autótrofas
- Podem viver associadas ou isoladas,
formando colônias, tanto na água doce
como na água salgada, fazendo parte do
itoplâncton
- As diatomáceas são as principais
representantes desse grupo
- Utilizadas comercialmente, nos iltros de
piscina, creme dental e na construção de
casas

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BRIÓFITA E
PTERIDÓFITA

Brió itas e Pteridó itas

Dependem da água para reprodução,


portanto, não formam tubo polínico

Brió itas:
• São plantas terrestres que evoluíram das
algas verdes
• São seres pluricelulares, eucariontes,
autótrofos fotossintetizantes e aeróbios
• Criptógamos (suas estruturas produtoras
de gametas não são aparentes)
• Não formam lores, nem sementes
• Não apresentam tecidos ou vasos
condutores
• O transporte é feito por difusão de célula a
célula
• Pequeno porte = avasculares
• Reprodução: normalmente se faz. por
metagênese, isto é, alternância de gerações
sexuada e assexuada. Dependem de um
meio líquido para sua locomoção. Esse é
mais um fator que limita o desenvolvimento
dessas plantas a ambientes úmidos

Gametângios masculinos: anterídeos


Gameta masculino: anterozoides
Gametângios femininos: arquegônios
Gameta feminino: oosfera

• Turfeiras: são formadas por matéria


vegetal parcialmente decomposta,
encontradas em terrenos alagadiços e que
podem formar camadas de vários metros de
espessura e quilômetros de extensão.

Pteridó itas:

• São as primeiras traqueó itas(possuem vasos condutores de seiva)


• A presença de vasos lenhosos (xilemáticos) e vasos liberianos
( loemáticos) possibilitou um desenvolvimento maior no porte dessas
plantas no ambiente terrestre
• Possuem órgãos diferenciados e especializados em determinadas
funções
• As pteridó itas podem ser subdivididas em licopodíneas,
equisitíneas e ilicíneas.
• Muitas ilicíneas são epí itas, isto é, crescem sobre o tronco de
outras plantas sem prejudicá-las.
• Reprodução:se faz por metagênese (alternância de gerações)
Obs.: as pteridó itas que possuem caule do tipo rizoma (samambaias)
podem apresentar reprodução vegetativa (assexuada) em função do
tipo de caule que possuem.
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GIMNOSPERMA
• São as primeiras espermató itas
(produtoras de sementes não envolvidas • Semente: é formada pelasseguintes partes - embrião,
por frutos) endosperma primário, núcleo e casca (tegumento). Além
• São pluricelulares, eucariontes, autótrofas, de conter reservas nutritivas, as sementes conferem ao
traqueó itas e cormó itas (possuem embrião proteção contra desidratação, calor, frio e ação
órgãos diferenciados) de parasitas. Constituem uma importante aquisição
• Seus órgãos são raízes, caule e folhas evolutiva que muito contribui para a adaptação das
gminospermas à vida terrestre.
• Gametas masculino: núcleo • A independência da água do meio externo para a
espermático ou célula espermática fecundação foi uma aquisição evolutiva importante
• Gameta feminino: oosfera para a adaptação das plantas ao meio terrestre e a
• O tubo polínico desempenha o encontro sua conquista em de initivo. O grande responsável
dos gametas por essa independência foi o tubo polínico, estrutura
• Microstróbilo (estróbilo masculino): a que leva os gametas masculinos ao encontro do
partir gameta feminino.
do desenvolvimento dos microsporos que
se formam os grãos de pólen. Assim, dentro
de cada microsporângios, formam- se
vários grãos de pólen. Por isso, os
microsporângios são conhecidos como
sacos polínicos
• Megastróbilo (estróbilo feminino): é a
partir de um megásporo que se forma o
gametó ito feminino (megaprotalo, saco
embrionário)
• Polinização:consistenatransferênciados
grãos de pólen do microsporângio para o
megasporângio (óvulo). Essa transferência é
feita por ação do vento
• Germinação do grão de pólen:
consiste no desenvolvimento do grão de
pólen sobre o óvulo (megasporângio),
com a consequente formação de uma
estrutura denominada tubo polínico ou
microprotalo.
• Fecundação: consiste na união dos
gametas masculino e feminino (união do
núcleo espermático com a oosfera. Para
isso, o tubo polínico se alonga como
um sifão. Esse zigoto se desenvolve por
mitoses sucessivas, dando origem a um
embrião (2n). Após a fecundação, o
óvulo hipertro ia-se, originando a
semente.

• Reprodução: se faz por meio da


metagênese (alternância de gerações), em
que ocorre o ciclo haplôntico-diplôntico

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ANGIOSPERMA

• São as plantas mais complexas e derivadas na


linhagem evolutiva. Também são as que
apresentam a maior variedade de espécies.
• São pluricelulares, eucariontes, autótrofas,
traqueó itas, fanerógamas, espermató itas,
cormó itas e sifonógamas.
Além de lores e sementes, as angiospermas
também formam frutos, órgãos que envolvem e
protegem as sementes • A disseminação ou dispersão das sementes e de frutos
• As lores: são os órgãos de reprodução dessas é o transporte desses órgãos no meio ambiente.
plantas. O androceu é o aparelho reprodutor
masculino da lor, constituído por um conjunto
de folhas modi icadas denominadas estames,
que são os esporó itos masculinos. Assim
como acontece nas gminospermas, o grau de
pólen das angiospemas é o gametó ito masculino
jovem. O gineceu é o aparelho reprodutor
feminino, constituído por um conjunto de folhas
modi icadas, denominadas carpelos ou pistilos,
que são esporó ilos femininos.

• Reprodução: é realizada em três etapas


1. Polinização: consiste na transferência do
grão de pólen das anteras dos estames
para o estigma do carpelo

2. Germinação do grão de pólen: consiste


no desenvolvimento do grão de pólen com a
consequente formação do tubo polínico
(microprotalo). O tubo polínico é o gametó ito
masculino maduro

3. Fecundação: ao penetrar no óvulo através da


micropila, o tubo polínico se funde ao saco
embrionário. A fecundação das angiopermas é
chamada de fecundação dupla, pois envolve a
participação das duas células espermáticas do
tubo polínico.
• As sementes resultam do desenvolvimento
dos óvulos após a fecundação. São constituídas
pelo endosperma secundário e pelo embrião
• Quando o embrião da semente existe só um
cotilédone, a angiosperma é classi icada como
monocotiledônea, quando existem dois
cotilédones, ela é dita dicotiledônea
(eudicotiledônea e dicotideledônea basais).
Exemplos de monocotiledônias: milho,
arrozinho, trigo, cevada, cana-de-açucar, bambu,
coqueiro-da-baía, abacaxi, cebola, alho,
orquídeas, etc.
Exemplos de dicotiledôneas: feijão, ervilha,
soja, café, laranjeira, mamona, eucalipto, batata-
inglesa, abóbora, girassol, etc.

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HISTOLOGIA VEGETAL

• TecidosPermanentes(adultos): originam-se de
um processo de diferenciação dos tecidos
meristemáticos. Suas células são especializadas em
realizar determinadas funções. A classi icação
desses tecidos está baseada na função principal
que realizam.

Os tecidos de revestimento (tecidos de proteção,


tecidos tegumentares) estão representados pela
epiderme e pelo súber.

Os tecidos de sustentação que têm origem no


meristema fundamental estão representados pelo
colênquima (formado por células vivas) e o
esclerênquima, tecido morto devido à intensa • Tecidos Meristemáticos: possuem
grande capacidade proliferativa, isto é,
ligni icação das células.
Os tecidos de condução (transporte) estão reproduzem-se rápida e intensamente
representados pelo xilema (lenho) e pelo loema por mitose, promovendo o crescimento
(líber). O xilema e o loema constituem o chamado da planta. Também produzem alguns
sistema de transporte da planta. hormônios ( itormônios) que
Os tecidos de reserva (armazenamento) são promovem o alongamento (distenção)
formados por células sem cloroplastos, sendo, por das células vegetais. À medida que a
isso, também denominados parênquimas incolores. célula meristemática se desenvolve,
ela passa por um processo de
diferenciação, tornando-se, assim, uma
célula adulta e especializada em
determinada função (proteção,
fotossíntese, sustentação,
armazenamento, etc).

Os tecidos meristemáticos podem


serprimáriosousecundários.Os
meristemas primários têm origem a
partir de células do embrião contido nas
sementes, enquanto os secundários se
originam de células já adultas, que, após
certo tempo, sofrem uma
desdiferenciação, ou seja, voltam a ter
características de células embrionárias.
Esses tecidos são os principais
responsáveis pelo crescimento
secundário (crescimento em espessura)
dos caules e das raízes.

O quadro relaciona os tecidos vegetais,


subdividido em dois grupos: tecidos
meristemáticos (meristemas) e tecidos
permanentes (adultos).

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• Caule: é o órgão que faz ligação entre as raízes


ORGANOLOGIA e as folhas. Pelos feixes líbero- lenhosos
existentes em seu interior, circulam substâncias

VEGETAL
entre as folhas e as raízes, em ambos os
sentidos. Em um caule típico, distinguimos as
seguintes regiões - gemas (apicais e axilares),
nós e entrenós. As gemas são estruturas
constituídas por meristemas primários,
• Raízes: existem dois tipos de raízes - pivotante responsáveis pelo crescimento do órgão.
(axial) e fasciculada (cabeleira). A zona de transição Podem ser axilares (laterais) e terminais
entre a raíz e o caule denomina-se colo ou coleto. (apicais).
Quanto à origem, as raízes podem ser classi icadas Quanto ao meio onde crescem e se desenvolvem,
em: os caules podem ser:
- raízes primárias: originam-se diretamente - caules subterrâneos:desenvolvem-seno
da radícula interior do solo; podem ser rizomas, bulbos
- raízes laterais ou secundárias: são as ou tubérculos
rami icações originárias do periciclo da - caules aquáticos: desenvolvem no interior
raíz primária da água; são tenros, acloro ilados e contém
- raízes adventícias: originam-se do caule parênquima aerífero, que facilita a respiração e a
ou das folhas lutuação
Quanto ao meio que crescem e se desenvolvem:
- caules aéreos: desenvolvem em contato com o
ar atmosférico e constituem a maioria dos
- raízes terrestres: são subterrâneas, caules - tronco, haste, estipe, colmo, cladódio,
desenvolvem-se dentro do solo; raízes estolho, volúvel e sarmentoso.
tuberosas
- raízes aquáticas: possuem parênquima
aerífero abundante para permitir a
lutuação da planta
- raízes aéreas: desenvolvem-se em contato
direto com o ar atmosférico. Essas raízes podem ser
encontradas no milho e em plantas de pântanos e de
mangues.
obs.: as raizes respiratórias crescem
verticalmente em direção à superfície da água
em busca de gás oxigênio atmosférico.

• Folhas: originam-se de protuberâncias laterais do


caule denominadas primórdios foliares.

Folhas modi icadas, adaptadas para realização de


diferentes funções (nutrição, proteção, ixação):
- escamas: cebolaealho
- brácteas: lores do copo-de-leite e do
antúrio
- espinhos: cactáceas
- gavinhas: chuchu e ervilha
• Flores: são formadas por um conjunto de folhas
modi icadas e especializadas na reprodução
• Frutos: os óvulos resultam em sementes e o ovário dá
origem aos frutos, que são constituídos basicamente
pelo pericarpo e pela semente
- frutos carnosos: laranja, limão, mamão, melancia,
tomate, goiaba, uva, etc.
- frutos secos: feijão, ervilha, milho, trigo, arroz,
castanha-de-caju, girassol, etc
- frutos deiscentes: feijão, soja, arroz, ervilha.
75 - frutos indeiscentes: laranja, melancia, tomate.
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Condução da seiva elaborada: a seiva


elaborada, produzida por meio da fotossíntese,
é transportada para os outros órgãos da planta
pelos vasos liberianos ( loema e líber).

FISIOLOGIA
A seiva bruta tem um sentido de condução
ascendente(dasraízesparaasfolhas),jáo sentido
de condução da seiva elaborada é
normalmente descendente (das folhas para as

VEGETAL
raízes). Entretanto, quando substâncias
nutritivas de reservas são mobilizadas nos
órgãos de reserva (raízes, por exemplo), o luxo
torna-se ascendente.

Segundo a teoria de Ernest Münch, o


transporte da seiva elaborada resulta da
diferença de pressão osmótica entre os
órgãos produtores da planta e os órgãos que Por meio da fotossíntese, as plantas sintetizam glicose
são apenas consumidores. a partir de substâncias inorgânicas (água e gás
carbônico).
Caso cheguem açúcares solúveis em
quantidade maior do que os órgãos são • No caso das plantas terrestres, o gás carbônico é
absorvido da atmosfera, entrando no corpo da planta
capazes de consumir, o excesso é
armazenado em sua forma insolúvel (amido) através dos estômatos, existentes na superfície das
e as concentrações são mantidas baixas. folhas. Pelos estômatos, a planta também pode
absorver gás oxigênio da atmosfera.

Transpiração: consiste na perda de água sob • Essa solução aquosa(água e sais minerais), chamada de
seiva bruta (seiva mineral, seiva inorgânica), precisa
a forma de vapor e pode ser cuticular ou
estomático. A cuticular acontece através da chegar ao lenho, pois é através dos vasos lenhosos que
cutícula (cada de cutina situada sobre a ele alcançará outras partes da planta (caule, folhas,
epiderme da folha exposto ao ar atmosférico), e lores), que também necessitam da água e dos
a estimativa é realizada através dos estômatos. nutrientes minerais.

A maior parte das plantas abre os estômatos Condução da seiva bruta: três fenômenos distintos
assim que o Sol nasce, fechando-os ao estão envolvidos na subida da seiva bruta das raízes
anoitecer. Dessa forma, as folhas permite a até as folhas: pressão positiva da raiz, capilaridade,
entradadogáscarbônicoparaarealização da coesão entre as moléculas de água e transpiração
fotossíntese. O suprimento de gás oxigênio foliar.
para a respiração, acumulado no interior da
folha, dura, geralmente, a noite inteira.

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Entre os hormônios vegetais, destacam-se HORMÔNIOS


as auxinas, as giberelinas, as citocininas, o
ácido abscísico e o etileno. VEGETAIS
Auxinas: têm como principal efeito o
crescimento de raízes e de caules, que
ocorre por meio do alongamento das
células recém-originadas dos
meristemas, uma vez que facilitam a Ácido Abscísico: é um itormônio produzido nas folhas,
distensão das paredes celulósicas das na coifa e no caule sendo transportado por meio do
células vegetais. sistema de condução da planta. O ácido abscísico atua
As auxinas sofrem in luência da luz. Por como antagonista de outros hormônios vegetais, inibindo
um processo ainda não totalmente o crescimento e o desenvolvimento das plantas, uma vez
esclarecido, a luz determina uma que induz a dormência de gemas e de semente.
redistribuição desigual de auxina,
fazendo com que essa substância passe Em certas situações, ele também atua no mecanismo de
para o lado menos exposto à luz, fechamento dos estômatos. Etileno: é um hormônio de
promovendo um maior crescimento natureza gasosa produzido em diversas partes da planta.
desse lado. Uma de suas principais funções é a de estimular o
amadurecimento de frutos (mudança na coloração devido
Giberelinas: são substâncias normalmente à degradação de cloro ila), conversão de amido e de
produzidas em pequenas quantidades no diversos ácidos estocados no fruto em açúcares (frutose e
embrião das sementes, no meristema apical glicose), que lhe dão sabor adocicado. Se estiverem em
do caule e em folhas jovens. Assim como as ambiente fechado, atingirão maturação mais rapidamente.
auxinas, as giberelinas promovem o
crescimento e a distensão celular de caules e Os frutos devem ser transportados e mantidos em
de folhas, mas têm pouco efeito sobre o câmaras com altas taxas de gás carbônico, pois esse
crescimento das raízes. gás inibe a ação do etileno.

Citocininas: itormônios que têm como Movimentos Vegetais: podem ser tropismos,
principal ação estimular a divisão celular tactismos e nastismos.
(mitoses). São produzidas nas raízes e 1. Tropismos: são movimentos de
transportadas, através do xilema, para todas crescimento ou curvatura orientados em
as partes da planta. relação a um estímulo externo
a) fototropismo: quando o crescimento se
dá em direção à fonte de luz, tem-se um fototropismo
positivo; quando o crescimento se dá ao contrário, tem-se
o fototropismo negativo.
b) geotropismo: orientado segundo o centro de
gravidade
c) quimiotropismo: orientado segundo uma substância
química
d) tigmotropismo: orientado segundo um estímulo
mecânico de contato
2. Tactismos: são movimentos de deslocamento
orientados em relação a um estímulo ou excitante externo
a) fototactismo: orientado segundo uma fonte de luz
b) quimiotactismo: orientado segundo uma substância
química
3. Nastismos: são movimentos não orientados, isto é,
independentemente do sentido e da direção de incidência
do estímulo ou agente excitante, o movimento sempre
ocorrerá segundo um determinado padrão.
a) fotonastismo: provocado pelas variações de luz nos
períodos dia-noite
b) termonastismo: desencadeado por variações de
temperatura
c) tigmonastismo: observado em plantas insetívoras
d) seismonastismo: alterações rápidas
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