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CAMPUS ARAPIRACA
EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA
ARAPIRACA
2020
David Ferreira Soares
Arapiraca
2020
Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Biblioteca Campus Arapiraca - BCA
Bibliotecário Responsável: Nestor Antonio Alves Junior
CRB - 4 / 1557
30 f.
Bibliografia: p. 24-26.
Apêndice: p. 27.
Anexos: p. 28-30.
CDU: 796
David Ferreira Soares
Banca Examinadora
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 6
2 METODOLOGIA ............................................................................................ 11
2.2 Variáveis........................................................................................................ 12
3 RESULTADOS ............................................................................................... 16
4 DISCUSSÃO .................................................................................................. 19
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 23
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 24
1 INTRODUÇÃO
crianças que têm práticas esportivas apresentam uma redução nos valores das
taxas de obesidade. A coordenação motora em crianças consideradas de peso
normal é maior, quando comparado às crianças com sobrepeso e obesas, portanto,
crianças que têm um bom nível de coordenação motora, destacam-se mais nas
atividades físicas.
De acordo com Pagani e colaboradores (2012), a prática de atividade física
estimula o desenvolvimento físico com grande eficiência e que as artes marciais
podem se destacar como alternativa para a prática de atividades físicas, as artes
Marciais trabalham vários tipos de exercícios capazes de harmonizar os
movimentos, melhorarem a coordenação motora e desenvolverem consciência
corporal, práticas como: Judô, sumô, karatê, luta greco-romana, capoeira e jiu-jitsu
entre outras lutas, são atividades corporais que fazem parte da cultura corporal de
movimento.
Para Silva (2018), jiu-jitsu é uma arte suave marcial com base em técnicas de
defesa pessoal, onde princípios mecânicos de alavanca são aplicados em pontos
vulneráveis do corpo humano, produzindo ganho em força mecânica, permitindo que
um adversário mais fraco possa levar vantagem em se defender ou atacar um
adversário com mais força e porte físico. Assim, o jiu-jitsu passa a ser conhecido
como a arte suave, no qual o mais fraco pode se defender de oponentes maiores
através de técnicas desenvolvidas e ensinadas ao longo de sua história.
Nas últimas décadas houve um aumento expressivo no Brasil e no exterior do
número de praticantes de jiu-jitsu brasileiro, devido a sua popularização decorrente,
principalmente, dos torneios de artes marciais mistas (MMA1) (PAIVA, 2009).
Diante do exposto, a ideia desta pesquisa surgiu com a experiência do
pesquisador, responsável pela presente pesquisa, de quase 10 anos na modalidade
de jiu-jitsu, chegando à graduação de instrutor faixa marrom, e após conversas com
o professor orientador Bruno Giudicelli, ficou decidido que seria feita a associação
entre a modalidade jiu-jitsu e a coordenação motora dos jovens, acreditando que ele
possa colaborar com o aumento no nível de coordenação motora na prática
esportiva.
A importância da pesquisa é reunir habilidades de conhecimento
planejamento e combinações com as normas cientificas, a fim de investigar e
1
MMA do inglês mixedmartialarts.
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apresentar para o público que o jiu-jitsu pode ser usado, como uma modalidade de
desempenho que auxilia no nível de coordenação motora e tem como objetivo
verificar se há efeito da prática regular do jiu-jitsu na coordenação corporal de jovens
praticantes do sexo masculino.
Segundo Gracie (2010), livros japoneses apresentam que o jiu-jitsu surgiu por
volta do século XVII, nascendo na Índia há cerca de 400 anos, conhecido como
jujutsu. O mestre e fundador de judô, Jigoro Kano, fala que o nascimento do jujutsu
foi entre os anos de 1600 e 1650 (COELHO; MILTON, 2016).
De acordo com Mol (1970), o jujutsu é o produto de um longo
desenvolvimento que se deu no Japão em um ambiente de constante mudança, com
a contribuição de muitos mestres e artistas marciais ao longo do tempo.
Em Gracie (2010), o jujutsu normalmente se refere ao estilo japonês, que
passa a ser conhecido como jiu-jitsu, espalhou-se no Japão e logo após na China,
chegando ao Brasil no início do século XX na região amazônica de Belém do Pará,
onde Gastão Gracie acolheu moradia para Mistuyo Maeda, um Mestre do jujutsu
japonês.
Como forma de agradecimento pelo acolhimento, Maeda apresentou as
técnicas do jujutsu e judô a Carlos Gracie, filho mais velho de Gastão, com isso,
observa-se que tem uma grande contribuição do judô de Kano no método ensinado
por Maeda, pois deu à família Gracie ferramentas para experimentar as técnicas que
Carlos Gracie aprendeu em um oponente que resiste a seus movimentos utilizando
toda força quanto quiser. Anos depois Carlos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde
passou por dificuldades financeiras e então começou a ensinar.
Assim, Carlos Gracie passou a ministrar aulas particulares e liderar os irmãos
com seus ensinamentos, destacando-se seu irmão mais novo Hélio Gracie, que por
ter um porte franzino, adaptou as técnicas aprendidas com os movimentos que ele
poderia executar devido a sua condição física, usando o princípio de alavanca para
a necessidade de fazer menos força física em quedas, em combate no chão e nas
finalizações. Com isso, simulando um combate real e realizando desafios foi
possível aos Gracies desenvolverem seus próprios métodos de combate, através da
experimentação prática daquilo que funcionava para eles ou não, criando assim uma
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arte marcial nacional mais conhecida como brazilian jiu-jitsu, para o método da
família Gracie.
Em Maçaneiro (2012), Maeda serviu de conexão entre o judô desenvolvido
por Jigoro Kano e o jiu-jitsu brasileiro, apontando que, alguns processos evolutivos
na proposta de ensino do judô, implementadas por Jigoro Kano, influenciam a forma
como foi estabelecida a prática do jiu-jitsu no Brasil
Portanto, para Maçaneiro (2012), o jiu-jitsu Brasileiro se forma a partir do judô
Tradicional aprendido por Maeda em seu período na escola de Kano, com fortes
influências dos combates que realizou antes de chegar a Belém, onde ensinou
Carlos Gracie. O que se destacou também para a contribuição da criação do jiu-jitsu
brasileiro foi às técnicas ensinadas por Carlos Gracie, quando se mudou para o Rio
De janeiro, começou a ministrar aulas para os militares e teve como principal aluno
um fuzileiro naval, ainda jovem, chamado Oswaldo Baptista Fadda.
De acordo com Paiva (2019), por volta de 1947, Fadda fundou sua academia
em Bento Ribeiro para uma população mais carente daquele local, enquanto Carlos
e Hélio Gracie tinham academia na região central e nobre da cidade, os estilos de
ambos foram crescendo juntos, cada um de sua maneira, porém com base iguais.
Em 1954 mestre Fadda desafiou os praticantes da academia Gracie para um
combate com seus alunos, tudo de forma respeitosa, Hélio Gracie no princípio sentiu
estranheza por não conhecer outra fonte do mesmo jiu-jitsu que não fosse ensinado
através dos Gracies, mas viu uma oportunidade para seus alunos competissem o jiu-
jitsu sem lutas entre si. Com isso surge à primeira competição do jiu-jitsu brasileiro,
20 alunos Fadda contra 20 alunos Gracie, combateram esportivamente sob a
orientação de Oswaldo Fadda e Hélio Gracie.
Um dos grandes passos para o jiu-jitsu em Alagoas aconteceu no ano de
2018 com o projeto de lei de nº. 7.122, no âmbito da administração pública, com
autoria do vereador Eduardo Canuto, referindo o reconhecimento do jiu-jitsu como
caráter educacional formativo, permitindo o seu ensino nas escolas da rede
municipal, no qual os estabelecimentos de educação básica pública poderão
celebrar parcerias com pessoas físicas, associações, ligas e federações ou outras
entidades que representem e congreguem profissionais de jiu-jitsu. (MACEIÓ, 2018,
p. 1).
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2 METODOLOGIA
2.2 Variáveis
2.3 Procedimentos
praticantes (NP) (Quadro 2). Por último, para a estatística inferencial foi utilizada
análise de variância (ANOVA) para comparação entre os grupos na variável que
apresentou normalidade dos dados e o teste Kruskal-Wallis para comparação entre
os grupos nas variáveis que não apresentaram normalidade (Quadro 3). Bonferroni
foi utilizado como teste post-hoc. Foi adotado p<0,05 como valor de significância.
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3 RESULTADOS
Kolmogorov-
Amplitude Média Desvio
Variáveis Smirnov
padrão
Mín. Máx. Média IC95% Valor P
187,17-
KTK Total 109 280 195,48 37,119 0,092 0,092
203,80
Equilíbrio à 46,98-
15 71 49,98 10,947 0,061 0,200
retaguarda 51,88
Transposição
11 58 28,96 25,74-32,19 14,401 0,230 < 0,01
lateral
Saltos mono
28 72 57,57 54,85-60,29 12,153 0,118 < 0,01
pedais
(KTK = Teste de coordenação motora). (IC = Intervalo de confiança). (p = Nível de significância).
Quadro 2 - Dados descritivos (média e desvio padrão) por grupos: Não praticantes (n = 50),
praticantes de jiu-jitsu (n = 14) e praticantes de jiu-jitsu mais outra modalidade (n
=15).
Equilíbrio à
49,42 12,09 47,73 6,51 51,29 10,73
retaguarda
Transposição
19,18 4,20 45,07 10,61 46,64 7,26
lateral
Saltos mono
54,30 13,09 62,87 8,04 63,57 7,65
pedais
(NP) = Não praticantes. (JJ) = Praticantes de jiu-jitsu. (JJ+O) = Praticantes de jiu-jitsu mais outra
modalidade. (KTK = Teste de coordenação motora). (IC = Intervalo de confiança). (dp = Desvio
padrão).
Teste F p
(NP) = Não praticantes. (JJ) = Praticantes de jiu-jitsu. (JJ+O) = Praticantes de jiu-itsu mais outra
modalidade. (KTK = Teste de coordenação motora). (F = Valor). (p = Nível de significância).
4 DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GEHRE, José Augusto Vieira et al. Aptidão física de alunos do ensino médio
praticantes e não praticantes de Jiu-jitsu. Revista Brasileira de Ciência e
Movimento, v. 18, n. 2, p. 76-83, 2011.
GIL, Antonio Carlos et al. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
2002.
GORLA, José Irineu et al. Testes de avaliação para pessoas com deficiência mental:
identificando o KTK. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 4, n. 2, p. 10-
11, 2000.
MOL, Serge. Artes de luta clássica do Japão: um guia completo para o koryu
jujutsu. Tóquio: Kodansha International, 1970. 242 p.
PAGANI, Mario Mecenas; ANDREOLA, Remi; SOUZA, Francisco Tadeu Reis. Lutas
na escola: judô como opção de educação fisica para o Ensino Fundamental no
municipio de Sorriso-MT. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente, v. 3, n. 2, p. 40-56, 2012
PAIVA, Leandro. Pronto pra guerra: preparação física específica para luta &
superação.v.1. Manaus, AM: OMP, 2009.
QUESTIONÁRIO
Cód:_________
Nome: _________________________________________________
Data de Nascimento ___/___/______
Cidade: ______________________________________ UF: _______
Tempo de pratica: _______________________ Graduação: _____________________
Duração da atividade: ________________ Frequência da atividade: ________________
Participações em campeonatos:
( ) Sim. Nível de campeonato: ( ) Local ( ) Regional ( ) Nacional Melhor
colocação: _____________
( ) Não
(Em 2 vias, firmado por cada participante voluntário(a) da pesquisa e pelo responsável)
“O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após o
consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por
seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”
Eu,.................................................................................................................................,
responsável pelo(a) aluno(a) .............................................................................tendo
sido convidado a participar como voluntário do estudo “EFEITO DA PRÁTICA
REGULAR DE JIU-JITSU NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO MOTORA DE JOVENS
PRATICANTES.”que será realizado no mesmo local de treinamento de jiu-jitsu,
recebi do Sr. David Ferreira Soares, aluno da Universidade Federal de Alagoas,
responsável por sua execução, e orientado pelo Sr. Bruno Barbosa Giudicelli,
professor da Universidade Federal de Alagoas, as seguintes informações que me
fizeram entender sem dificuldades e sem dúvidas os seguintes aspectos referentes a
minha participação e a do(a) meu(minha) filho(a):
1) Que a importância deste estudo é de verificar o nível de coordenação motora nos
jovens praticantes e não praticantes de jiu-jitsu;
2) Que os resultados que se desejam alcançar são de que os fatores da prática
regular do jiu-jitsu influenciam nas características motoras corporais de coordenação
motora das crianças e Jovens;
3) Que este estudo começará em Março de 2019 e terminará em Agosto de 2019,
sendo que cada jovem participante fará o teste em um único momento, no tempo
com cerca de 15 a 20 minutos por participante.
4) Que eu participarei do estudo respondendo ao questionário do tempo de prática e
de atividade física;
5) Que meu(minha) filho(a) participará realizando testes de coordenação motora
Corporal; o KTK que consiste em quatro tarefas, na trave de equilíbrio, saltos mono
pedais, saltos laterais e transferência sobre as plataformas,
6) Que os possíveis riscos à minha saúde física e mental são os mesmos que teria
caso não estivesse participando da pesquisa;
7) Que, sempre que desejar, serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das
etapas do estudo;
8) Que, a qualquer momento, eu ou meu filho(a) poderemos se recusar a continuar
participando do estudo e, também, que eu ou meu filho(a) poderemos retirar este
nosso consentimento, sem que isso nos traga qualquer penalidade ou prejuízo;
9) Que as informações conseguidas através da participação do(a) meu filho(a) não
permitirão a identificação do(a) meu(minha) filho(a), exceto aos responsáveis pelo
estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feita entre os
profissionais estudiosos do assunto;
10) Que eu não serei ressarcido por qualquer despesa que venha a ter com a minha
participação nesse estudo e, também, não serei indenizado por danos que venha a
sofrer pela mesma razão.
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Instituição:
Universidade Federal de Alagoas
Campus Arapiraca - Av. Manoel Severino Barbosa, s/n, Bom Sucesso - Arapiraca - AL, CEP: 57309-
005
___________________________________ ________________________________
Assinatura ou impressão datiloscópica Assinatura do responsável pelo Estudo
do(a) voluntário(a) ou responsável legal (rubricar as demais folhas)
(rubricar as demais folhas)
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