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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

CAMPUS ARAPIRACA
EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

DAVID FERREIRA SOARES

EFEITO DA PRÁTICA REGULAR DE JIU-JITSU NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO


MOTORA

ARAPIRACA
2020
David Ferreira Soares

Efeito da prática regular de jiu-jitsu no nível de coordenação motora

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


elaborado, em formato de artigo, apresentado ao
curso de Educação Física - Licenciatura da
Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Campus
Arapiraca.

Orientador: Prof. Me. Bruno Barbosa Giudicelli.

Arapiraca
2020
Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Biblioteca Campus Arapiraca - BCA
Bibliotecário Responsável: Nestor Antonio Alves Junior
CRB - 4 / 1557

S676e Soares, David Ferreira


Efeito da prática regular de jiu-jitsu o nível de coordenação motora / David
Ferreira Soares. – Arapiraca, 2020.

30 f.

Monografia [Graduação] – Curso de Educação Física - Licenciatura, Universidade


Federal de Alagoas – UFAL, Campus Arapiraca, Arapiraca, 2020.

Orientador: Prof. Me. Bruno Barbosa Giudicelli.

Bibliografia: p. 24-26.
Apêndice: p. 27.
Anexos: p. 28-30.

1. Jiu-jitsu. 2.Coordenação motora. 3. Körperkoordinationstest für Kinder (KTK).


I. Giudicelli, Bruno Barbosa. II. Título.

CDU: 796
David Ferreira Soares

Efeito da prática regular de jiu-jitsu no nível de coordenação motora

Trabalho de conclusão de curso (TCC) elaborado


em formato de artigo, apresentado ao curso de
Educação Física Licenciatura da Universidade
Federal de Alagoas - UFAL, Campus Arapiraca,

Data de Defesa: 28 de Fevereiro de 2020

Banca Examinadora

Prof. Me. Bruno Barbosa Giudicelli


Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Campus de Arapiraca
(Orientador)

Prof. Dr. Leonardo Gomes de Oliveira Luz


Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Campus de Arapiraca
(Examinador)

Prof. Me. Douglas Henrique Bezerra Santos


Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Campus de Arapiraca
(Examinador)
RESUMO

A coordenação motora é um elemento importante no desenvolvimento motor, tem


sido um assunto de vários tipos de estudos, uma ferramenta no aumento do nível de
atividade física, que apresenta como opção as artes marciais, incluindo o jiu-jitsu,
que é uma arte marcial com base em técnicas de defesa pessoal. O presente estudo
teve como objetivo verificar se há efeito da prática regular do jiu-jitsu na
coordenação corporal de jovens praticantes do sexo masculinos. A amostra foi
composta por 79 jovens dos municípios de Palmeira dos Índios e de Arapiraca, AL,
Brasil, de 10 a 14 anos de idade, divididos em três grupos: praticantes de jiu-jitsu
(JJ), praticantes de jiu-jitsu associado à outra modalidade (JJ+O) e não praticantes
(NP). Foi aplicado o KTK (Körperkoordinationstest für Kinder), composto por 4
tarefas: equilíbrio a retaguarda, saltos monopedais, saltos laterais e transposição
lateral. Os grupos foram comparados utilizando Anova e teste de Kruskal-Wallis. A
coordenação motora dos grupos JJ e JJ+O foi significativamente maior do que o
grupo NP (p<0.05), mas não entre si. Portanto, a prática regular de jiu-jitsu pode ser
responsável ou ser um dos fatores que gera vantagem referente à coordenação
motora corporal em comparação a indivíduos não praticantes, porém, a prática
regular de jiu-jitsu associada à prática regular de outra modalidade esportiva parece
não impactar a coordenação motora em comparação a atletas apenas de jiu-jitsu.

Palavras-Chave: Jiu-jitsu. Coordenação Motora. Körperkoordinationstest für Kinder


(KTK).
ABSTRACT

Motor coordination is an important element in motor development, it has been the


subject of several types of studies, a tool in increasing the level of physical activity,
which presents martial arts as an option, including jiu-jitsu, which is a martial art
based on self-defense techniques. This study aimed to verify whether there is an
effect of regular jiu-jitsu practice on the body coordination of young male
practitioners. The sample consisted of 79 young malefrom the municipalities of
Palmeira dos Índios and Arapiraca, AL, Brazil, aged 10 to 14 years old, divided into
three groups: jiu-jitsu practitioners (JJ), jiu-jitsu practitioners associated with another
modality (JJ+O) and Non-practitioners (NP). The KTK (Körperkoordinationstest für
Kinder) was applied, composed of 4 tasks: rear balance, single-legged jumps, lateral
jumps and lateral transposition. The groups were compared using Anova and the
Kruskal-Wallis test. Motor coordination in the JJ and JJ+O groups was significantly
greater than the NP group (p <0.05), but not between them. Therefore, the regular
practice of jiu-jitsu can be responsible or be one of the factors that generates an
advantage regarding body motor coordination compared to non-practicing
individuals, however, the regular practice of jiu-jitsu associated with the regular
practice of another sport modality does not seem to impact motor coordination in
comparison to athletes only in jiu-jitsu.

Key words: Jiu-jitsu. Motor coordination. Körperkoordinationstest für Kinder (KTK.)


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 6

1.1 A História do jiu-jitsu ..................................................................................... 8

1.2 Relações jiu-jitsu e saúde............................................................................ 10

2 METODOLOGIA ............................................................................................ 11

2.1 Amostra dos participantes .......................................................................... 11

2.2 Variáveis........................................................................................................ 12

2.3 Procedimentos ............................................................................................. 13

2.4 Análise dos dados. ....................................................................................... 14

3 RESULTADOS ............................................................................................... 16

4 DISCUSSÃO .................................................................................................. 19

5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 23

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 24

APÊNDICE A - Ficha de Coleta dos Dados ................................................ 27

ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)....... 28

ANEXO B - Testes do KTK ........................................................................... 30


6

1 INTRODUÇÃO

A coordenação motora é um elemento importante no desenvolvimento motor


de uma criança (KIPHARD e SCHILLING, 1974). De acordo com Gallahue e Ozmun
(2005), o conceito de coordenação motora seria a capacidade de realizar
movimentos com padrões de eficiência, em que quanto maior o nível de dificuldade
na tarefa realizada, maior o nível de coordenação motora exigida para o
desempenho.
Segundo Graf e colaboradores (2004), crianças com melhores habilidades
motoras são mais fisicamente ativas e têm mais facilidade de se engajarem em
programas de atividade física, quando comparadas às crianças com piores
competências motoras.
Luz (2017) relata que a coordenação motora, no decorrer dos anos, tem sido
um assunto de vários tipos de estudos, tanto para a importância do domínio
psicomotor, quanto para a autonomia do ser humano e pela associação que os
níveis de coordenação motora apresentam com a saúde da criança.
Vários são os instrumentos de avaliação da coordenação motora, em Gorla e
colaboradores (2000), existem diferentes testes para identificar e avaliar o
desempenho motor de crianças, entre eles são: o Movement Assessment Battery for
Children (M-ABC), o Teste de Proficiência Motora, Bruininks-Oseretsky, o
Developmental Test of Visual-Motor Integration (VMI) e o Teste de Coordenação
Corporal para Crianças (Körperkoordinationstest Für Kinder - KTK). Dentre os quais,
utilizaremos o KTK (Körperkoordinationstest für Kinder), criado na Alemanha em
1974 pelos pesquisadores Kiphard e Schilling, o teste foi desenvolvido com o
objetivo de diagnosticar a coordenação motora em crianças com desvios
comportamentais e lesões celebrais. De acordo com Luz (2015), trata-se de um
teste criado para a aplicação apropriada em crianças com desenvolvimento motor
típico padrão, crianças com danos cerebrais, problemas comportamentais ou
dificuldades de aprendizagem. O teste pode ser realizado em crianças e
adolescentes com uma faixa etária de 5 a 14 anos de idade, sendo um teste de fácil
configuração e pouco tempo para sua aplicação, menor custo de execução, um teste
padronizado e considerado confiável.
Segundo Robinson e colaborados (2015), a coordenação motora pode ser
considerada uma importante ferramenta no auxílio da prática de atividade física,
7

crianças que têm práticas esportivas apresentam uma redução nos valores das
taxas de obesidade. A coordenação motora em crianças consideradas de peso
normal é maior, quando comparado às crianças com sobrepeso e obesas, portanto,
crianças que têm um bom nível de coordenação motora, destacam-se mais nas
atividades físicas.
De acordo com Pagani e colaboradores (2012), a prática de atividade física
estimula o desenvolvimento físico com grande eficiência e que as artes marciais
podem se destacar como alternativa para a prática de atividades físicas, as artes
Marciais trabalham vários tipos de exercícios capazes de harmonizar os
movimentos, melhorarem a coordenação motora e desenvolverem consciência
corporal, práticas como: Judô, sumô, karatê, luta greco-romana, capoeira e jiu-jitsu
entre outras lutas, são atividades corporais que fazem parte da cultura corporal de
movimento.
Para Silva (2018), jiu-jitsu é uma arte suave marcial com base em técnicas de
defesa pessoal, onde princípios mecânicos de alavanca são aplicados em pontos
vulneráveis do corpo humano, produzindo ganho em força mecânica, permitindo que
um adversário mais fraco possa levar vantagem em se defender ou atacar um
adversário com mais força e porte físico. Assim, o jiu-jitsu passa a ser conhecido
como a arte suave, no qual o mais fraco pode se defender de oponentes maiores
através de técnicas desenvolvidas e ensinadas ao longo de sua história.
Nas últimas décadas houve um aumento expressivo no Brasil e no exterior do
número de praticantes de jiu-jitsu brasileiro, devido a sua popularização decorrente,
principalmente, dos torneios de artes marciais mistas (MMA1) (PAIVA, 2009).
Diante do exposto, a ideia desta pesquisa surgiu com a experiência do
pesquisador, responsável pela presente pesquisa, de quase 10 anos na modalidade
de jiu-jitsu, chegando à graduação de instrutor faixa marrom, e após conversas com
o professor orientador Bruno Giudicelli, ficou decidido que seria feita a associação
entre a modalidade jiu-jitsu e a coordenação motora dos jovens, acreditando que ele
possa colaborar com o aumento no nível de coordenação motora na prática
esportiva.
A importância da pesquisa é reunir habilidades de conhecimento
planejamento e combinações com as normas cientificas, a fim de investigar e

1
MMA do inglês mixedmartialarts.
8

apresentar para o público que o jiu-jitsu pode ser usado, como uma modalidade de
desempenho que auxilia no nível de coordenação motora e tem como objetivo
verificar se há efeito da prática regular do jiu-jitsu na coordenação corporal de jovens
praticantes do sexo masculino.

1.1 A História do jiu-jitsu

Segundo Gracie (2010), livros japoneses apresentam que o jiu-jitsu surgiu por
volta do século XVII, nascendo na Índia há cerca de 400 anos, conhecido como
jujutsu. O mestre e fundador de judô, Jigoro Kano, fala que o nascimento do jujutsu
foi entre os anos de 1600 e 1650 (COELHO; MILTON, 2016).
De acordo com Mol (1970), o jujutsu é o produto de um longo
desenvolvimento que se deu no Japão em um ambiente de constante mudança, com
a contribuição de muitos mestres e artistas marciais ao longo do tempo.
Em Gracie (2010), o jujutsu normalmente se refere ao estilo japonês, que
passa a ser conhecido como jiu-jitsu, espalhou-se no Japão e logo após na China,
chegando ao Brasil no início do século XX na região amazônica de Belém do Pará,
onde Gastão Gracie acolheu moradia para Mistuyo Maeda, um Mestre do jujutsu
japonês.
Como forma de agradecimento pelo acolhimento, Maeda apresentou as
técnicas do jujutsu e judô a Carlos Gracie, filho mais velho de Gastão, com isso,
observa-se que tem uma grande contribuição do judô de Kano no método ensinado
por Maeda, pois deu à família Gracie ferramentas para experimentar as técnicas que
Carlos Gracie aprendeu em um oponente que resiste a seus movimentos utilizando
toda força quanto quiser. Anos depois Carlos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde
passou por dificuldades financeiras e então começou a ensinar.
Assim, Carlos Gracie passou a ministrar aulas particulares e liderar os irmãos
com seus ensinamentos, destacando-se seu irmão mais novo Hélio Gracie, que por
ter um porte franzino, adaptou as técnicas aprendidas com os movimentos que ele
poderia executar devido a sua condição física, usando o princípio de alavanca para
a necessidade de fazer menos força física em quedas, em combate no chão e nas
finalizações. Com isso, simulando um combate real e realizando desafios foi
possível aos Gracies desenvolverem seus próprios métodos de combate, através da
experimentação prática daquilo que funcionava para eles ou não, criando assim uma
9

arte marcial nacional mais conhecida como brazilian jiu-jitsu, para o método da
família Gracie.
Em Maçaneiro (2012), Maeda serviu de conexão entre o judô desenvolvido
por Jigoro Kano e o jiu-jitsu brasileiro, apontando que, alguns processos evolutivos
na proposta de ensino do judô, implementadas por Jigoro Kano, influenciam a forma
como foi estabelecida a prática do jiu-jitsu no Brasil
Portanto, para Maçaneiro (2012), o jiu-jitsu Brasileiro se forma a partir do judô
Tradicional aprendido por Maeda em seu período na escola de Kano, com fortes
influências dos combates que realizou antes de chegar a Belém, onde ensinou
Carlos Gracie. O que se destacou também para a contribuição da criação do jiu-jitsu
brasileiro foi às técnicas ensinadas por Carlos Gracie, quando se mudou para o Rio
De janeiro, começou a ministrar aulas para os militares e teve como principal aluno
um fuzileiro naval, ainda jovem, chamado Oswaldo Baptista Fadda.
De acordo com Paiva (2019), por volta de 1947, Fadda fundou sua academia
em Bento Ribeiro para uma população mais carente daquele local, enquanto Carlos
e Hélio Gracie tinham academia na região central e nobre da cidade, os estilos de
ambos foram crescendo juntos, cada um de sua maneira, porém com base iguais.
Em 1954 mestre Fadda desafiou os praticantes da academia Gracie para um
combate com seus alunos, tudo de forma respeitosa, Hélio Gracie no princípio sentiu
estranheza por não conhecer outra fonte do mesmo jiu-jitsu que não fosse ensinado
através dos Gracies, mas viu uma oportunidade para seus alunos competissem o jiu-
jitsu sem lutas entre si. Com isso surge à primeira competição do jiu-jitsu brasileiro,
20 alunos Fadda contra 20 alunos Gracie, combateram esportivamente sob a
orientação de Oswaldo Fadda e Hélio Gracie.
Um dos grandes passos para o jiu-jitsu em Alagoas aconteceu no ano de
2018 com o projeto de lei de nº. 7.122, no âmbito da administração pública, com
autoria do vereador Eduardo Canuto, referindo o reconhecimento do jiu-jitsu como
caráter educacional formativo, permitindo o seu ensino nas escolas da rede
municipal, no qual os estabelecimentos de educação básica pública poderão
celebrar parcerias com pessoas físicas, associações, ligas e federações ou outras
entidades que representem e congreguem profissionais de jiu-jitsu. (MACEIÓ, 2018,
p. 1).
10

1.2 Relações jiu-jitsu e saúde.

De acordo com Pacheco (2010), no jiu-jitsu a saúde é trabalhada nos


principias âmbitos físicos, tais como a flexibilidade, força, agilidade, potência,
equilíbrio e noção espaço-temporal. Na pesquisa foram feitas perguntas aos atletas
com pouco tempo de prática, eles responderam que a saúde tornou-se a dimensão
que mais deu motivação para a continuação nos treinos, fazendo com que os
praticantes tornem-se mais focados ao desenvolvimento e manutenção da saúde.
Em seu estudo Silva e Tahara (2003) apontaram que um grupo de 17
praticantes, sua amostra total, indicou que os principais fatores de adesão do jiu-jitsu
são o dinamismo e prazer de praticá-lo, alívio dos níveis de stress, saúde e melhora
no condicionamento físico.
Meireles (2018), em sua pesquisa, concluiu que o jiu-jitsu é uma modalidade
que traz diversos benefícios na esfera motora e social, em que os praticantes podem
sofrer influências positivas no nível de percepção cognitiva, afetiva, motora e de vida
saudável, no qual as maiorias dos professores ensinam não só a parte prática, mas
também uma forma de vivenciar valores, desenvolvendo os princípios éticos e
morais dos alunos, observado a evidência principalmente em crianças, como o
respeito maior um pelos outros, pela hierarquia de graduação da academia,
disciplina, reforços dos princípios morais e autoestima.
De acordo com Oliveira (2008), a prática do jiu-jitsu está vinculada a saúde e
a qualidade de vida, pois a pesquisa aponta, em uma amostra de 50 atletas de jiu-
jitsu, que ocorrem alterações fisiológicas caracterizada por um aumento na
capacidade de resistência e em movimentos de preensão.
Thomas (2000) relata que o jiu-jitsu, assim também como outras artes
marciais estão entre as atividades físicas buscadas por pessoas que procuram vida
saudável e boa forma, visto que a ciência aponta os riscos à saúde do sedentarismo
e do sobrepeso. Do mesmo modo, Rocha (2009) aponta que a melhor forma para
obter saúde é a prevenção de doenças, tendo em vista que o exercício leva á perda
de gordura, ganho de massa magra, melhorias cardiovasculares, cardiopulmonares
e regulação de enzimas.
11

2 METODOLOGIA

2.1 Amostras dos participantes

Trata-se de pesquisa exploratória que, segundo Gil e colaboradores (2002),


buscam se familiarizar com o tema de maneira descritiva tendo como objetivo
primordial a descrição das características de uma determinada população, nesse
caso, as crianças e adolescentes que praticam e não praticam jiu-jitsu, apresentando
as variáveis da pesquisa com fontes de busca primárias, através de questionário,
entrevista e testes realizados com os jovens.
A amostra foi constituída por 79 participantes divididos em três grupos, o
primeiro contendo 50 jovens não praticantes regulares de atividade física, o segundo
contendo 15 jovens praticantes regulares de jiu-jitsu há no mínimo seis meses e o
terceiro com 14 jovens que praticam jiu-jitsu associado com outra modalidade, entre
elas o futsal e judô, todos do sexo masculino com idades entre 10 e 14 anos.
O grupo dos não praticantes regulares de atividade física é composto de
jovens com faixa etária entre 10 a 14 anos de idade, o número de participantes são
50 escolares que fazem parte de escolas da rede municipal de ensino público, da
cidade de Arapiraca – AL. Esses alunos fazem parte de uma pesquisa elaborada
pelo Professor Douglas Henrique Bezerra Santos.
Dos 29 alunos praticantes que foram inclusos nesse critério de seleção, 20
são competidores e 9 nunca participaram de nenhum campeonato, 17 alunos fazem
4 treinos semanais com duração de 120 minutos e 12 alunos fazem 3 treinos
semanais com duração de 60 minutos. Os jovens que praticam o judô fazem mais 3
treinos semanais de 60 minutos e os jovens que praticam futsal fazem mais 2 treinos
semanais nas aulas de Educação Física com duração de 50 minutos.
O primeiro contato com os jovens atletas de jiu-jitsu participantes da pesquisa
foi inicialmente através dos professores em 4 academias de jiu-jitsu, onde foram
coletados os dados, todos nos mesmos horários que aconteciam os treinamentos,
uma academia no horário noturno, duas no horário vespertino e uma no horário
matutino, em diferentes bairros nos municípios de Palmeira dos Índios e Arapiraca,
Alagoas, Brasil.
Critérios de exclusão: não poderiam participar da pesquisa os alunos de jiu-
jitsu que iniciaram as atividades a menos de seis meses de treinamento, os alunos
12

com menos de 10 anos de idade, mais de 14 anos de idade e para os não


praticantes, foi excluído aquele que tem a prática de algum tipo de modalidade
desportiva.
Critérios de inclusão: Poderiam participar da pesquisa os alunos com idades
entre 10 e 14 anos, que tinham um tempo de prática com mais de seis meses de
treinamento, aqueles que responderam a todo o questionário proposto e
participaram de todas as etapas de coletas de dados (Questionário e Bateria de
testes KTK).
O estudo foi conduzido de acordo com a Declaração de Helsinki para Estudos
com Humanos da Associação Médica.
Os pais ou responsáveis dos alunos assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido – TCLE (ANEXO A), autorizando a participação dos menores nos
procedimentos realizados para o estudo.

2.2 Variáveis

Os dados de caracterização dos participantes foram coletados através de


questionário (APÊNDICE A), elaborado para esse fim, nele foram colhidas as
informações como idade, tempo da prática, graduação, participação em
competições, frequência da atividade, dentre outros, facilitando a seleção dos
participantes nos processos de inclusão e exclusão da pesquisa.
Ocorreu à avaliação da coordenação motora das crianças através do KTK
(Körperkoordinationstest für Kinder). De acordo com Gorla (2007), o KTK pode ser
utilizado com crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos e 11 meses de idade, com
uma aplicação que leva em torno de 10 a 15 minutos. O KTK a princípio teve sua
estrutura com 1228 crianças alemãs, o mesmo para ser executado por criança e
podem ser aplicados individualmente.
Assim, para poder avaliar o teste utilizando as tabelas originais do estudo de
Kiphard e Schilling, é o somatório dos quatro quocientes, em que são verificadas as
tabelas de referências dos testes de acordo com sexo e a idade, então, feito o
somatório para obter o QM total que é remetido e permite uma classificação da
coordenação motora em cinco níveis diferentes, nos quais é apresentada a
coordenação global em: Muito boa, Boa, Normal, Insuficiente e perturbada, como é
mostrada em (KIPHARD e SCHILLING, 1974). “Seu nível de desenvolvimento
13

coordenativo: (1) perturbações da coordenação (QM < 70); (2) insuficiência


coordenativa (71≤ QM ≤ 85); (3) coordenação normal (86≤ QM≤ 115); (4)
coordenação boa (116≤ QM ≤ 130); (5) coordenação muito boa (131≤ QM ≤ 145).”
Esse modelo foi utilizado para validar as pesquisas com as crianças alemães
em 1970, nessa pesquisa não serão utilizados os valores originais pelos autores
Kiphard e Schilling (1974), na pesquisa será feita apenas a soma dos resultados do
KTK por provas individuais e não o calculo do coeficiente motor, por não se tratar de
crianças com déficit motor, diferente do estudo original, procedimento este, já
adotado em outros estudos, como foi exemplo em Valdivia (2008), relata que não
existem estudos que mostrem a validade em culturas distintas, comparando as
crianças brasileiras e crianças alemãs pelos autores originais, nem haver
informações concretas sobre a validade dos valores no coeficiente motor em
crianças brasileiras.
Segundo GORLA (2003) são apresentados os procedimentos para a
realização do KTK que se dividem em quatro tarefas: Trave de equilíbrio a
retaguarda, saltos monopedais, saltos laterais e transferência sobre a plataforma.

2.3 Procedimentos

No primeiro momento foi aplicado o questionário para coleta dos dados de


caracterização dos participantes. Nele foram colhidas as informações como idade,
tempo da prática, graduação, participação em competições, Frequência da atividade,
dentre outros. No segundo momento, para mensuração do nível de coordenação
motora dos participantes, foi aplicado o teste do KTK (Körperkoordinationstest Für
Kinder).
A aplicação do KTK ocorreu no decorrer das aulas de jiu-jitsu, um praticante
por vez, executando a prova completa com tempo de duração variando de 15 a 20
minutos. As provas do KTK foram realizadas na seguinte ordem: Equilíbrio a
retaguarda, saltos laterais, transposição lateral e saltos monopedais.
A prova de equilíbrio a retaguarda teve tempo médio de duração de cerca de
5 minutos para cada praticante. O objetivo é avaliar a estabilidade do equilíbrio
andando para trás sobre três traves de madeira, colocadas paralelamente, cada uma
contendo 3 metros de comprimento por três centímetros de altura, variando uma da
outra apenas na largura, que são 6 cm, 4,5 cm e 3 cm. Na parte inferior são fixados
14

travessões entre espaços de 50 em 50 cm, cada travessão do tamanho de


15x15x5cm. O score bruto dessa atividade é feito através da soma dos pontos
alcançados no deslocamento nas 3 traves, podendo o avaliado atingir a pontuação
máxima de 72 pontos.
A segunda prova realizada foi a de saltos laterais, com tempo médio de
realizações de cerca de 2 minutos para cada praticante. Com uso de um cronômetro
para marcar 15 segundos, o participante tem que dar o maior número de saltos
laterais possíveis em uma plataforma de madeira e um sarrafo divisório com
medidas de 60x50x0, oito cm e 60x4x2cm respectivamente. O score bruto dessa
atividade é feito através da soma dos pontos alcançados em 2 tentativas de 15
segundos cada.
A terceira prova a ser realizada foi à transposição lateral, com tempo médio
de cerca de 2 minutos para cada praticante, em que o objetivo é verificar a
lateralidade e a estruturação espaço-temporal. Nessa tarefa usa-se um cronômetro e
duas plataformas de 25x25x5cm que são colocadas com uma distância de 5 cm
entre elas e uma área livre de 5 a 6 metros para a direção de deslocamento, o aluno
tem 20 segundos para deslocar umas das plataformas e se desloca para ela, assim
sucessivamente, o maior número de vezes possíveis. O score bruto dessa atividade
é feito através das somas dos pontos alcançados em 2 tempos de 20 segundos.
A quarta e última prova do teste foi a dos saltos monopedais, com tempo
médio de cerca de 8 minutos para cada praticante. Nela foram usados doze blocos
de espuma, com a medida de 50x20x5cm, o participante terá que pular, com uma
perna de cada vez, o maior número de blocos de espuma possível. O score bruto
dessa atividade é feito através da soma dos pontos alcançados em cada membro
inferior, cada bloco de espuma é somado 3 pontos na primeira tentativa, 2 na
segunda e 1 na primeira, ao termino é somado todos os pontos dos membros
inferiores, que pode ser alcançado até 78 pontos.

2.4 Análises dos dados

Para caracterização dos participantes foi utilizada estatística descritiva


(Quadro 1), indicando os valores mínimo, máximo, média, desvio-padrão e intervalo
de confiança a 95%. Junto à estatística descritiva foi apresentado o teste de
normalidade. Em seguida, foram apresentados os dados descritivos (média e
desvio-padrão) por grupo: jiu-jitsu e outras modalidades (JJ+O), jiu-jitsu (JJ) e Não
15

praticantes (NP) (Quadro 2). Por último, para a estatística inferencial foi utilizada
análise de variância (ANOVA) para comparação entre os grupos na variável que
apresentou normalidade dos dados e o teste Kruskal-Wallis para comparação entre
os grupos nas variáveis que não apresentaram normalidade (Quadro 3). Bonferroni
foi utilizado como teste post-hoc. Foi adotado p<0,05 como valor de significância.
16

3 RESULTADOS

Os dados descritivos e resultado do teste de normalidade estão apresentados


no Quadro 1. Os resultados obtidos nas provas de transposição lateral e saltos
mono pedais falharam no teste de normalidade.

Quadro 1- Estatística descritiva para a amostra total e teste de normalidade (n = 79).

Kolmogorov-
Amplitude Média Desvio
Variáveis Smirnov
padrão
Mín. Máx. Média IC95% Valor P

187,17-
KTK Total 109 280 195,48 37,119 0,092 0,092
203,80

Equilíbrio à 46,98-
15 71 49,98 10,947 0,061 0,200
retaguarda 51,88

Saltos laterais 22 105 59,62 56,58-62,66 13,563 0,076 0,200

Transposição
11 58 28,96 25,74-32,19 14,401 0,230 < 0,01
lateral

Saltos mono
28 72 57,57 54,85-60,29 12,153 0,118 < 0,01
pedais
(KTK = Teste de coordenação motora). (IC = Intervalo de confiança). (p = Nível de significância).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

No Quadro 2 foi apresentado a análise descritiva comparativa por grupos


participantes. Os valores mais altos no KTK total e nas provas individuais foram
evidenciados no grupo dos praticantes de jiu-jitsu e outras modalidades (JJ+O). O
grupo dos não praticantes apresentou os menores valores em todas as variáveis.
17

Quadro 2 - Dados descritivos (média e desvio padrão) por grupos: Não praticantes (n = 50),
praticantes de jiu-jitsu (n = 14) e praticantes de jiu-jitsu mais outra modalidade (n
=15).

(NP) (JJ) (JJ+O)


Variáveis
Média dp Média dp Média Dp

KTK Total 178,96 30,863 221,80 27,844 228,79 26,591

Equilíbrio à
49,42 12,09 47,73 6,51 51,29 10,73
retaguarda

Saltos laterais 55,36 12,29 66,67 14,48 67,29 10,86

Transposição
19,18 4,20 45,07 10,61 46,64 7,26
lateral

Saltos mono
54,30 13,09 62,87 8,04 63,57 7,65
pedais
(NP) = Não praticantes. (JJ) = Praticantes de jiu-jitsu. (JJ+O) = Praticantes de jiu-jitsu mais outra
modalidade. (KTK = Teste de coordenação motora). (IC = Intervalo de confiança). (dp = Desvio
padrão).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

O Quadro 3 apresenta o resultado da Anova para comparação entre os


grupos na variável KTK total, bem como os resultados do teste de Kruskal-Wallis
para comparação entre os grupos nas quatro provas e respectivas comparações
post-hoc (Bonferroni). Os resultados foram significativos para quatro das cinco
variáveis relacionadas ao desempenho motor: KTK total (23,207, p< 0.01), saltos
laterais (13,643 p< 0,01), transposição lateral (53,923 p< 0,01), saltos
monopedais (8,666 p< 0,05) e exceção foi à variável da prova de equilíbrio a
retaguarda (1,155, p= 0,561), onde não houve diferença significativa entre os grupos.
As comparações post hoc indicaram, para todas as variáveis onde houve
diferença significativa, que esta diferença reside entre o grupo de Não Praticantes e
os grupos de Praticantes de jiu-jitsu e Praticantes de jiu-jitsu e outra Modalidade.
Entre estas duas últimas não houve diferença significativa.
18

Quadro 3 - Resultados de análise do Kruskal-Wallis, das Comparações post-hoc e Anova

Análises de variância Comparações post-hoc


Variáveis dependentes

Teste F p

KTK total ANOVA 23,207 < 0,01 NP < JJ =JJ+O

Kruskal-Wallis 1,155 0,561 NP = JJ = JJ+O


Equilíbrio a retaguarda

Saltos laterais Kruskal-Wallis 13,643 < 0,01 NP < JJ = JJ+O

Transposição lateral Kruskal-Wallis 53,923 < 0,01 NP < JJ = JJ+O

Saltos monopedais Kruskal-Wallis 8,666 < 0,05 NP < JJ = JJ+O

(NP) = Não praticantes. (JJ) = Praticantes de jiu-jitsu. (JJ+O) = Praticantes de jiu-itsu mais outra
modalidade. (KTK = Teste de coordenação motora). (F = Valor). (p = Nível de significância).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).


19

4 DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo verificar se há efeito da prática regular


do jiu-jitsu na coordenação motora corporal de jovens praticantes do sexo
masculinos. Foi possível notar que os jovens praticantes de jiu-jitsu apresentaram
tendências maiores com relação aos que não praticam nenhum tipo de atividade
física. Após análise dos dados estatísticos, observa-se que os jovens que têm a
pratica regular do jiu-jitsu associada à outra modalidade esportiva e também os que
somente praticam apenas o jiu-jitsu, apresentaram níveis de coordenação motora
relativamente superior em relação aos jovens não praticantes, obtendo médias mais
altas em todas as tarefas do KTK, com exceção da prova de equilíbrio a retaguarda,
em que a média não houve diferença significativa entre os três grupos. Foram
analisados Jovens de 10 anos a 14,9 anos de idade. Na média do KTK total, o grupo
de jiu-jitsu e outra modalidade (JJ+O), obtiveram a maior média de 228,79 pontos,
em seguida o grupo dos jovens que somente praticam o jiu-jitsu (JJ), com média de
221,80, não tento diferença significativa entre os dois grupos e por último o grupo de
jovens que não praticam atividade física (NP) que obteve uma média de 178,96
pontos, ficando abaixo da média dos outros dois grupos anteriores. Na tarefa
equilíbrio a retaguarda os jovens apresentaram valores diferentes, mas a diferença
entre eles não foi significativa. Já na tarefa de saltos laterais a diferença ficou em
0,62 maior para o grupo JJ+O comparado ao grupo JJ, uma diferença pequena vale
ressaltar, e comparando com o grupo de NP a diferença foi de 11,93 em relação ao
JJ+O e de 11,31 em relação ao grupo JJ. Analisando a tarefa transposição lateral,
foi encontrada a maior diferença entre os praticantes e não praticantes, foi possível
observar que o grupo de JJ+O foi maior 1,57 em relação ao grupo JJ, não tento
diferença significativa, mas em relação ao grupo de NP a diferença foi de 27,46 e de
25,89 para o grupo JJ. Nos saltos monopedais o grupo JJ+O apresentou a diferença
de 0,7 maior em relação ao grupo JJ, e novamente tendo diferença significativa em
relação ao grupo NP, que ficou com valor menor em 9,27 comparado com o grupo
JJ+O e 8,57 em relação a o grupo JJ.
O estudo de Hatori (2015), também apresenta um aumento significativo no
desenvolvimento motor dos praticantes de jiu-jitsu, sua amostra foi uma população
de alunos da educação infantil, na faixa etária de 08 anos de idade, composta por 20
alunos, sendo 10 praticantes de jiu-jitsu e 10 não praticantes, no estudo o
20

desenvolvimento motor dos escolares praticantes de jiu-jitsu encontra-se com um


nível de coordenação motora maior em relação dos não praticantes, evidenciando
que o desempenho motor aumenta significativamente com a prática de atividades
físicas. A linha de argumentação é semelhante ao que foi encontrado com a
pesquisa desse estudo, pois foram observadas diferenças que podem ser
consideradas significativas no nível do desenvolvimento motor dos jovens
praticantes para os não praticantes.
No estudo de Calazans (2018) buscou analisar possíveis benefícios do jiu-
jitsu brasileiro na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, numa amostra
composta por 4 sujeitos, todos do sexo masculino, com deficiência intelectual e que
tinham no mínimo um ano de prática do jiu-jitsu. Observou-se que através da prática
do jiu-jitsu, foram identificadas melhoras, através de observações no comportamento
e no dia a dia familiar, não só no que se refere à coordenação motora, mas também
na organização, concentração, realização de tarefas diárias, comunicação e
cuidados pessoais.
No estudo de Gehre (2011), foram feitas comparações entre três grupos de
25 adolescentes, um composto por praticantes de jiu-jitsu com mais de um ano de
treino, outro grupo com praticantes com de menos de um ano, de 1 a 11 messes, de
experiência e o último grupo composto por não praticantes, foi observado que
praticantes de jiu-jitsu, mais e menos experientes, mostraram-se melhores quando
comparados com alunos não praticantes, afirmando o estudo que isso se deve a
prática regular e orientada dos treinamentos feito pelos praticantes de jiu-jitsu.
A linha de argumentação que diverge na pesquisa é na prova de equilíbrio a
retaguarda, pois os dados apresentados mostraram que, diferente das outras provas
do KTK, a prova de equilíbrio a retaguarda não apresentou diferença significativa em
relação entre aos três grupos avaliados, porém, nos pontos, a diferença encontrada
são que os grupos não apresentaram os mesmos valores, nessa prova o grupo de
não praticantes obteve uma pontuação maior que os grupos de praticantes de jiu-
jitsu.
O fato já foi observado também no estudo de Souza (2008), sua pesquisa se
relacionou com o estudo aqui presente, pois os avaliados tiveram diminuição do
rendimento na tarefa trave de equilíbrio, apesar de não ter sido observada diferença
significativa é provável que esse resultado possa ter ocorrido, porque os
participantes apresentaram alguns aspectos individuais e particulares tais como:
21

dificuldade de concentração e atenção durante a execução da tarefa, impaciência e


nenhuma vivência ou experiência na atividade propostas na prova de equilíbrio a
retaguarda.
O que pode haver ocorrido também para uma diferença menor na pontuação
dos praticantes de jiu-jitsu na prova de equilíbrio a retaguarda é o fato que o jiu-jitsu,
como é apresentado em Fermino e colaboradores (2008), apesar de trabalhar a
coordenação motora, geralmente não são feito treinos específicos para o
desenvolvimento de equilíbrio a retaguarda, pois no aquecimento do jiu-jitsu são
empregados exercícios como; corrida, saltos, exercícios de coordenação, exercícios
de resistência muscular superiores, inferiores, abdominais, equilibro frontal e lateral,
além de exercícios de alongamento e flexibilidade.
Com isso, o jiu-jitsu apresentou vantagem significativa nas outras três provas
do KTK: saltos laterais, transposição lateral e saltos monopedais. A provável razão
para essa vantagem é que o KTK também está relacionado à capacidade física,
pois, Vandorpe e colaboradores (2011) afirmam que as tarefas de saltos
monopedais e saltos laterais, presente no KTK, têm a necessidade que o realizador
da tarefa apresente boas capacidades físicas como: força, resistência e agilidade.
O teste envolve componentes da coordenação corporal, entre eles o equilíbrio,
ritmo, força, lateralidade, velocidade e agilidade, com uma distribuição feita em
quatro tarefas, na trave de equilíbrio verificando o equilíbrio dinâmico, com saltos
monopedais testando a força dos membros inferiores, os saltos laterais para testar a
velocidade e a transferência sobre as plataformas, verificando a lateralidade e a
estruturação espaço-temporal (RIBEIRO, 2012).
Assim, os praticantes de jiu-jitsu apontam ligeiras vantagens na comparação,
pois, como afirma Duarte (2005), o jiu-jitsu é uma das lutas mais dinâmicas que se
têm atualmente, seus atletas trabalham a força, resistência, velocidade, agilidade,
coordenação, flexibilidade, mobilidade e equilíbrio no decorrer da atividade.
Completando a afirmação, Ratamess (1998) destaca o jiu-jitsu em relação às
variáveis físicas como a flexibilidade, força, potência, velocidade, resistência
aeróbica, agilidade, coordenação, resistência muscular localizada e composição
corporal.
Portanto, pode-se deduzir que os praticantes de jiu-jitsu já trabalham exercícios
que ajudam nas realizações das tarefas de saltos laterais, transposição lateral e
saltos monopedais, levando certa vantagem em relação aos não praticantes e
22

possivelmente não é preciso à prática de outra modalidade física para trabalhar


exercícios que auxiliem no nível de coordenação motora, pois, somente a prática do
jiu-jitsu, apontou que não a diferença significativa no KTK em relação ao grupo dos
praticantes de jiu-jitsu associado à outra modalidade.
Este estudo apresenta relevância para o entendimento do efeito da prática de
jiu-jitsu sobre a coordenação motora de jovens praticantes. No entanto, pode-se
notar na presente pesquisa uma amostra composta por uma quantidade
relativamente pequena, principalmente da parte dos praticantes, uma limitação
encontrada foi não poder controlar fatores externos no momento da realização das
provas, entre eles: conversa com outros alunos, desvios de atenção nas tarefas,
vento e até mesmo o controle de ruídos externos, são varáveis que limitaram a
pesquisa, sendo possível em um estudo futuro, uma maior coleta para evidenciar
melhor alguns resultados.
A pesquisa pode influenciar uma maior busca para associar o jiu-jitsu com a
coordenação motora, uma vez que não é um assunto tão frequente em estudos e
com novas pesquisas, pode-se obter maior desenvolvimento nos assuntos que
influenciam nos níveis de coordenação motora e nos dados coletados pelo KTK.
23

5 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o treinamento da


modalidade jiu-jitsu, traz vantagens significativas na coordenação motora corporal de
seus praticantes quando comparados aos não praticantes de atividades físicas.
De acordo com os resultados do estudo, as variáveis analisadas das tarefas
do KTK, mostraram que o grupo dos praticantes do jiu-jitsu e praticantes do jiu-jitsu
associado à outra modalidade, obtiveram médias superiores quando comparado ao
grupo que não praticam atividade física, a modalidade contribuiu no aumento de
coordenação motora, sendo um aumento significativo na maioria das provas do KTK,
entretanto, a escassez de voluntários que se encaixam no critério de inclusão para a
pesquisa, foi um fator limitante para uma melhor apuração de dados.
Assim, recomenda-se a realização de mais estudos, com um quantitativo
maior de praticantes de jiu-jitsu, tanto de academias, quanto em projetos sociais,
para que se possa verificar com mais exatidão se os resultados verificados nesse
estudo fazem parte da realidade da maioria das academias da modalidade.
24

REFERÊNCIAS

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intelectuais. Revista Saúde-UNG-Ser, v. 11, n. 2 (especial), p. 63, 2018.

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em adultos sedentários através de um programa de jiu-jitsu. 2005. 66 f.
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física adaptada: testes KTK para deficientes mentais. 2. ed. São Paulo, SP: Phorte,
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27

APÊNDICE A - Ficha de Coleta dos Dados

Ficha de coleta dos dados

QUESTIONÁRIO
Cód:_________

Nome: _________________________________________________
Data de Nascimento ___/___/______
Cidade: ______________________________________ UF: _______
Tempo de pratica: _______________________ Graduação: _____________________
Duração da atividade: ________________ Frequência da atividade: ________________

Participações em campeonatos:
( ) Sim. Nível de campeonato: ( ) Local ( ) Regional ( ) Nacional Melhor
colocação: _____________
( ) Não

Pratica regularmente outra atividade física:

( ) Sim. Qual: ____________ Frequência semanal:____


( ) Não
28

ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)

(Em 2 vias, firmado por cada participante voluntário(a) da pesquisa e pelo responsável)
“O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após o
consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por
seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”

Eu,.................................................................................................................................,
responsável pelo(a) aluno(a) .............................................................................tendo
sido convidado a participar como voluntário do estudo “EFEITO DA PRÁTICA
REGULAR DE JIU-JITSU NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO MOTORA DE JOVENS
PRATICANTES.”que será realizado no mesmo local de treinamento de jiu-jitsu,
recebi do Sr. David Ferreira Soares, aluno da Universidade Federal de Alagoas,
responsável por sua execução, e orientado pelo Sr. Bruno Barbosa Giudicelli,
professor da Universidade Federal de Alagoas, as seguintes informações que me
fizeram entender sem dificuldades e sem dúvidas os seguintes aspectos referentes a
minha participação e a do(a) meu(minha) filho(a):
1) Que a importância deste estudo é de verificar o nível de coordenação motora nos
jovens praticantes e não praticantes de jiu-jitsu;
2) Que os resultados que se desejam alcançar são de que os fatores da prática
regular do jiu-jitsu influenciam nas características motoras corporais de coordenação
motora das crianças e Jovens;
3) Que este estudo começará em Março de 2019 e terminará em Agosto de 2019,
sendo que cada jovem participante fará o teste em um único momento, no tempo
com cerca de 15 a 20 minutos por participante.
4) Que eu participarei do estudo respondendo ao questionário do tempo de prática e
de atividade física;
5) Que meu(minha) filho(a) participará realizando testes de coordenação motora
Corporal; o KTK que consiste em quatro tarefas, na trave de equilíbrio, saltos mono
pedais, saltos laterais e transferência sobre as plataformas,
6) Que os possíveis riscos à minha saúde física e mental são os mesmos que teria
caso não estivesse participando da pesquisa;
7) Que, sempre que desejar, serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das
etapas do estudo;
8) Que, a qualquer momento, eu ou meu filho(a) poderemos se recusar a continuar
participando do estudo e, também, que eu ou meu filho(a) poderemos retirar este
nosso consentimento, sem que isso nos traga qualquer penalidade ou prejuízo;
9) Que as informações conseguidas através da participação do(a) meu filho(a) não
permitirão a identificação do(a) meu(minha) filho(a), exceto aos responsáveis pelo
estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feita entre os
profissionais estudiosos do assunto;
10) Que eu não serei ressarcido por qualquer despesa que venha a ter com a minha
participação nesse estudo e, também, não serei indenizado por danos que venha a
sofrer pela mesma razão.
29

Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado


sobre a participação do meu filho (a) no mencionado estudo e, estando consciente
dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a
participação dele(a) implica, concordo em deixá-lo(a) participar e, para tanto eu DOU
O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO FORÇADO
OU OBRIGADO.

Endereço do(a) participante voluntário(a):


Domicílio: (rua, conjunto).........................................................................................Bloco: .........
Nº: ............., complemento: .........................................................................Bairro: ......................
Cidade: ..................................................CEP.:......................................Telefone: ..........................
Ponto de referência: .......................................................................................................................

Nome e Endereço do Pesquisador Responsável:


Universidade Federal de Alagoas
Campus Arapiraca - Av. Manoel Severino Barbosa, s/n, Bom Sucesso, Coordenação de Educação
Física - Arapiraca - AL, CEP:57309-005

Instituição:
Universidade Federal de Alagoas
Campus Arapiraca - Av. Manoel Severino Barbosa, s/n, Bom Sucesso - Arapiraca - AL, CEP: 57309-
005

ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas, dirija-se ao Comitê de Ética em


Pesquisa e Ensino (COEPE), pertencente ao Centro Universitário Cesmac – FEJAL: Rua
Cônego Machado, 918. Farol, CEP.: 57021-060. Telefone: 3215-5062. Correio eletrônico:
cepcesmac@gmail.com

Arapiraca, _________ de ______________________ de _________

___________________________________ ________________________________
Assinatura ou impressão datiloscópica Assinatura do responsável pelo Estudo
do(a) voluntário(a) ou responsável legal (rubricar as demais folhas)
(rubricar as demais folhas)
30

ANEXO B – Testes do KTK

KTK (Teste de coordenação corporal) - TOTAL DE PONTOS = ___________


Equilíbrio à retaguarda
Tentativas Barra 1 (6cm) Barra 2 (4,5cm) Barra 3 (3cm)
1
2
3
Total de pontos = soma de todos os passos anotados no quadro acima.
TOTAL = ____________pontos.
Saltos laterais em 15 segundos
Tentativas Total de saltos
1
2
Total de pontos = soma de todos os saltos anotados no quadro acima.
TOTAL = ____________pontos.
Transposição lateral em 20 segundos
Tentativas Total de transposições
1
2
Total de pontos = soma de todos as transposições anotadas no quadro acima.
TOTAL = ____________pontos.
Saltos monopedais
Tentativas perna direita 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Primeira
Segunda
Terceira
Tentativas perna 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
esquerda
Primeira
Segunda
Terceira
Total de pontos = soma de todos os pontos anotados no quadro acima.
TOTAL = ____________pontos.

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