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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA


NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

BRAYNNER EZEQUYEL AGUIAR SILVA

PROPOSTA DE ENSINO DO JIU-JITSU PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


MOTORA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE


2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

BRAYNNER EZEQUYEL AGUIAR SILVA

PROPOSTA DE ENSINO DO JIU-JITSU PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


MOTORA

TCC apresentado ao Curso de


Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal de Pernambuco,
Centro Acadêmico de Vitória, como
requisito para a obtenção do título de
Licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Ms. Saulo Fernandes


Melo de Oliveira

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE


2017
Catalogação na Fonte
Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.
Bibliotecária Ana Ligia F. dos Santos, CRB4/2005

S586p Silva, Braynner Ezequyel Aguiar.


Proposta de ensino do jiu-jitsu para estudantes com deficiência motora./
Braynner Ezequyel Aguiar Silva. - Vitória de Santo Antão, 2017.
50 folhas; il.

Orientador: Saulo Fernandes Melo de Oliveira.


TCC (Graduaçãp) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Licenciatura
em Educação Física, 2017.
Inclui referências e apêndice.

1. Pessoas com Deficiência. 2. Artes Marciais. 3. Educação Física e


Treinamento. I. Oliveira, Saulo Fernandes Melo de (Orientador). II. Título.

796.0196 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-183/2017


BRAYNNER EZEQUYEL AGUIAR SILVA

PROPOSTA DO ENSINO DO JIU-JITSU PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


MOTORA

TCC apresentado ao Curso de


Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal de Pernambuco,
Centro Acadêmico de Vitória, como
requisito para a obtenção do título de
Licenciado em Educação Física.

Aprovado em: 04/12/2017.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Profº. Ms. Saulo Fernandes Melo de Oliveira (Orientador)
Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________
Profº. Ms. Daniel da Rocha Queiroz (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________
Profº. Ms. Ernani Ribeiro (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pelo apoio em entrar e me manter na graduação. À grande


amiga e irmã de longa data Débora Clara pela insistência em que este ser imaturo
fizesse o vestibular mesmo desenganado. À grande parceira Karolayne Gomes pela
força nas dificuldades e por ter me presenteado com uma linda princesa, Lara
Aguiar.

Ao excelente professor Adilson Higa pela força no desenvolvimento do


trabalho, e pela propagação da arte. Ao orientador Saulo Fernandes que aguentou
todas as mensagens mesmo sempre atarefado

Aos verdadeiros amigos de turma que após altos e baixos sempre se


mantiveram presentes em minha vida. À André Pedroso e Paulo Albuquerque pelo
tempo e dedicação em ajudar na realização e evolução do trabalho.
“Lutar pelos direitos dos deficientes é uma
forma de superar as nossas próprias
deficiências.”
(J.F.Kennedy)
RESUMO

O objetivo deste projeto é trazer algumas alternativas à golpes já existentes na


modalidade de luta denominada Jiu-Jitsu brasileiro para pessoas com deficiência
motora, utilizando como ferramenta metodológica a revisão bibliográfica com
natureza aplicada, do tipo exploratória e abordagem qualitativa. O presente estudo
se dá a partir de uma revisão da literatura prévia e analise dos golpes já existentes
para em sequência obter como resultado a proposição dos movimentos modificados,
pensando especificamente na mobilidade do acometido com a deficiência motora e
sua inclusão no meio esportivo pelas artes marciais.

Palavras-chave: Deficiente Motor. Lutas. Jiu-Jitsu. Abordagem Desenvolvimentista.


Proposta Pedagógica.
ABSTRACT

The objective of this project is to bring some alternatives to blows already existing in
the fight mode denominated Brazilian Jiu-Jitsu for people with motor deficiency, to
use as a methodological tool a bibliographic review with applied nature, of the
exploratory type and qualitative approach. The present study is presented from a
review of the previous literature and analysis of the already existing blows in
sequence as a result of a proposal of modified movements, specifically thinking
about the mobility of the affected person with a motor deficiency and their inclusion in
the sporting environment by the martial arts .

Keywords: Motor deficient. Fights. Jiu-Jitsu. Developmental Approach. Pedagogical


Proposal.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 13
3 PERGUNTA CONDUTORA ................................................................................... 14
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 14
4.1 LUTAS ............................................................................................................. 14
4.2 DEFICIÊNCIA MOTORA .................................................................................. 15
5 HIPÓTESE ............................................................................................................. 17
6 OBJETIVO.............................................................................................................. 18
7 METODOLOGIA..................................................................................................... 19
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................. 20
8.1 MONTADA: ...................................................................................................... 21
8.2 GUARDA FECHADA: ....................................................................................... 22
8.3 TRIÂNGULO: ................................................................................................... 23
8.4 CHAVE DE BRAÇO (DA GUARDA): ............................................................... 24
8.5 OMOPLATA: .................................................................................................... 25
8.6 CONTRA ENFORCAMENTO:.......................................................................... 26
8.7 CONTRA ENFORCAMENTO COM A VÍTIMA ENCOSTADA NA PAREDE: ... 27
8.8 CONTRA ENFORCAMENTO COM UMA MÃO E VÍTIMA ENCOSTADA NA
PAREDE: ............................................................................................................... 28
8.9 CONTRA EMPURRÃO EM DIREÇÃO À PAREDE: ......................................... 29
8.10 CONTRA UMA PEGADA DE GOLA: ............................................................. 30
8.11 CONTRA EMPURRÃO NO PEITO COM UMA MÃO SÓ: .............................. 31
8.12 CONTRA UMA PEGADA DE GOLA COM AS DUAS MÃOS JUNTAS: ......... 32
8.13 CONTRA UMA PEGADA DE OMBRO COM O BRAÇO DOBRADO: ............ 33
8.14 CONTRA GRAVATA DE LADO COM PRESSÃO NO NARIZ:....................... 34
8.15 CONTRA A BAIANA (ENTRADA DE QUEDA) COM COTOVELADA: ........... 35
8.16 CONTRA A BAIANA (ENTRADA DE QUEDA) COM JOELHADA: ................ 36
8.17 CONTRA AGARRAMENTO POR BAIXO DOS BRAÇOS EMPURRANDO O
QUEIXO/PRESSÃO NO NARIZ: ............................................................................ 37
8.18 CONTRA AGARRAMENTO POR TRÁS: ....................................................... 38
8.19 CEM QUILOS:................................................................................................ 39
8.21 ESTRANGULAMENTO COM LAPELA: ......................................................... 41
8.22 ESTRANGULAMENTO COM A PRÓPRIA LAPELA: ..................................... 42
8.23 ESTRANGULAMENTO COM A MANGA: ...................................................... 43
8.24 GRAVATA TÉCNICA: .................................................................................... 44
8.25 AMERICANA COM LAPELA: ......................................................................... 45
8.26 AMERICANA: ................................................................................................. 46
9 CONCLUSÃO......................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48
APÊNDICE - TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM ........................... 50
11

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa trata do conteúdo luta nas aulas de educação física escolar com
foco em alunos com deficiência motora, tendo como motivação a falta de aporte
teórico para este fim. Considera-se desafiador para professores de alunos com este
tipo de deficiência, planejar uma aula de lutas levando-se em consideração as
dificuldades motoras congênitas ou adquiridas dadas pelo empecilho no repertório
motor e bloqueio de algumas capacidades físicas, que culminam na não execução
de ações motoras simples como correr, saltar ou andar.
A luta existe enquanto conteúdo de acordo com as orientações curriculares
nacionais, embora na literatura, docentes tenham dificuldade em oferta-la, tornando-
o pouco trabalhado na escola, assim como as danças, ginásticas ou jogos se
comparado aos esportes coletivos como futsal, handebol e vôlei. A luta é bastante
discriminada na educação física escolar por vários motivos, entre eles a comparação
da luta com briga de rua ou até pelos próprios professores acharem que precisam
dominar algum tipo de arte marcial para poder repassar o conteúdo aos seus alunos.
Segundo Darido (2003, p. 26), existe a dicotomia entre “teoria e prática, que dá
ênfase ao esporte, aos gestos técnicos, ao „saber fazer para ensinar‟ e que está
presente, principalmente, nas instituições de ensino privadas”. No caso do estudante
com deficiência, há também o preconceito de que eles podem se machucar ou
dependendo da deficiência, achar que o mesmo está impossibilitado de vivenciar a
aula, não sabendo que mesmo com algumas dificuldades motoras, pessoas com
deficiência podem participar ativamente da maioria das atividades promovidas pelo
educador, levando-se em consideração a intensidade, individualidade e
acometimento da deficiência de cada aluno.
Existem três pontos principais ligados ao desenvolvimento e aprendizagem do
jovem aluno, seriam eles:
Em primeiro lugar, o estabelecimento de objetivos, conteúdos e
métodos de ensino coerentes com as características de cada
criança; em segundo lugar, a observação e a avaliação mais
apropriada dos comportamentos de cada indivíduo, permitindo um
melhor acompanhamento das mudanças que ocorrem e, finalmente,
a interpretação do real significado do movimento dentro do ciclo de
vida do ser humano. (GO TANI, 1988 apud SOUZA, 2014, p.2)
12

Um estudo de Melo (2015) afirma que a prática desportiva nas aulas de


educação física aumenta a qualidade de vida do estudante com deficiência, sendo
comparado até o nível de felicidade da data de seu aniversário, o que acaba sendo
um excelente meio de socialização e promoção a cultura e lazer, proporcionando
felicidade aos alunos praticantes da disciplina, como a luta é um esporte individual,
reforça-se também a autonomia do aluno em escolher entre o leque de opções
disponíveis na finita, porém não pequenas opções dos mais variados golpes.

A população estudada se mostrou homogênea, retratando a


tendência histórica da Educação Física voltada para o
desenvolvimento de capacidades físicas e de rendimento esportivo.
Além disso, identificou-se que os professores permanecem
desinteressados dos avanços que se fazem na Universidade e
desconhecem novas tendências ou abordagens para a Educação
Física escolar. Os professores mostraram-se presos às atividades
ligadas à sua formação, o que restringe os objetivos da Educação
Física à visão esportivista, higienista e a divisão por gênero, sem se
aterem às diferenças individuais. (DARIDO, 2003, p. 27 apud
TORRES, 2010, p.2).

Ou seja, o discurso se repete em relação a pesquisas de campo que indagam o


professor sobre o porquê de ele não trabalhar o esporte com o estudante com
deficiência, mais precisamente a luta, e a resposta sempre vem como “eu não tive
isso na minha formação”.

As lutas/artes marciais representam um dos conteúdos que


possivelmente encontram maior resistência de utilização nas aulas
de educação física escolar. Em função deste contexto, as lutas têm
sido pouco exploradas, tanto no que diz respeito às possibilidades de
sua aplicação quanto à seleção de seus conteúdos. Assim, é
necessário ressignificar as lutas/artes marciais para que elas possam
contribuir de forma efetiva na construção da Cultura Corporal de
Movimento das crianças em idade escolar. (ALENCAR et al, 2015,
p.54).

Neste sentido, este trabalho tem como proposta, ampliar em meio a


insuficiência de bibliografias, os professores de educação física escolar a
trabalharem alguns tipos de luta com estudantes com deficiência motora,
promovendo inclusão, lazer, cultura e adicionando ao acervo da pessoa com
deficiência, conteúdos antes excluídos, mas que tem a mesma relevância dos
demais saberes que a educação física proporciona.
13

2 JUSTIFICATIVA

O presente estudo tem como foco adaptar movimentos já existentes e usados


no dia a dia de praticantes de lutas para o estudante com deficiência motora,
sanando por momento a lacuna de orientações curriculares e documentos faltantes
das federações, lhe dando como proposta uma sequência lógica inicial de
aprendizado de maneira prática, disponibilizando ao professor mais um material para
execução de uma aula prática metodologicamente desenvolvimentista,
sistematicamente planejada e atraente ao aluno acometido com a deficiência, com a
finalidade de vivenciar atividades motoras que tragam melhoria no seu quadro de
movimento.
14

3 PERGUNTA CONDUTORA

A realidade escolar da educação física permite uma prática participativa,


envolvente e didática ao aluno com deficiência motora? Existe suporte teórico para o
professor trabalhar o conteúdo luta em uma turma onde há pessoas com deficiência
inseridos?

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 LUTAS

Desde questões filosóficas, autodefesa ou até como atração midiática, as


lutas chamam atenção de cada vez mais pessoas, o que também inclui a parcela da
população acometida com deficiência motora. Seus praticantes se tornam
conhecedores por amigos, mídia e muitas vezes sua iniciação à alguma modalidade
é dada pela escola nas aulas de educação física ao abordar o conteúdo luta, além
das questões históricas, de maneira ativa com aulas práticas. Mas, como inserir o
aluno com deficiência motora em uma aula primordialmente prática, sem discriminá-
lo por possuir limitações motoras que ditos saudáveis não tem?

As lutas e artes marciais estão cada vez mais presentes na


atualidade por meio da mídia, dos próprios praticantes, entre
outros meios de informação. Devido a essa importância e
grande presença das lutas e artes marciais na atualidade, se
torna necessário seu estudo e a discussão dessa manifestação
cultural de forma organizada e sistematizada dentro da escola.
(COSTA e GOMES, 2010, p.1)

Segundo Gomes (2010), as lutas podem ser caracterizadas como de curta


distância onde o meio é o contato para se chegar à um fim específico (Judô, Jiu-
Jitsu, Luta Greco-Romana, Sumô), de média distância onde o contato seria o fim
(Karatê, Capoeira, Boxe) e de longa distância onde o contato também seria o fim,
com o adicional de algum implemento como extensão do corpo (Esgrima, Kendo,
Jodô, Naguinata-dô) e dispõem de princípios condicionais (contato proposital, fusão
ataque/defesa, oponente/alvo, imprevisibilidade e regras) determinantes para a
compreensão e leitura de sua dinâmica interna.
15

4.2 DEFICIÊNCIA MOTORA

De acordo com o Decreto Nº3.298 de 1999, é considerada deficiência física a


alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de
membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
adquirida, tendo garantidos o direito ao estudo, lazer, cultura e desporto, propiciando
seu bem estar pessoal e social, assegurando plena integração da pessoa deficiente,
recebendo igualdade de oportunidade e incentivo a prática do desporto.

Ainda mais especificamente, seus tipos e definições são:

Paraplegia Perda total das funções motoras dos membros inferiores.


Paraparesia Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores.
Monoplegia Perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou
posterior)
Monoparesia Perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou
posterior)
Tetraplegia Perda total das funções motoras dos membros inferiores e
superiores.
Tetraparesia Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e
superiores.
Triplegia Perda total das funções motoras em três membros.
Triparesia Perda parcial das funções motoras em três membros.
Hemiplegia Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito
ou esquerdo)
Hemiparesia Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo
(direito ou esquerdo)
Amputação Perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de
membro.
Paralisia Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo
Cerebral como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não
causar deficiência mental.
Ostomia Intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na
parede abdominal para adaptação de bolsa de coleta; processo
cirúrgico que visa à construção de um caminho alternativo e novo
na eliminação de fezes e urina para o exterior do corpo humano
(colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário).
Fonte: GUGEL, M. A. et al. 2001.
16

Segundo Bueno e Resa (1995), a educação física adaptada para pessoas com
deficiência não se diferencia da educação física em seus conteúdos, mas
compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados
ao indivíduo com deficiência.
17

5 HIPÓTESE

Acreditamos que um dos pontos que leva o professor de educação física a


não trabalhar o conteúdo lutas com seu aluno com deficiência motora, é a
dificuldade em encontrar propostas de ensino práticas para esses indivíduos e uma
sequência pré planejada e organizada com um fim facilitador ao trabalho do
professor. Espera-se que a construção da proposta o estimule a fazer uso do
material, tendo assim uma participação ativa do estudante com deficiência motora.
18

6 OBJETIVO

Analisar e adaptar atividades e instrumentos para ensino das lutas a


estudantes com deficiência motora, com o intuito de apresentar um roteiro
pedagógico.
19

7 METODOLOGIA

Segundo Fonseca (2002) apud Gerhardt (2009), metodologia é o estudo da


organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou
um estudo e dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

Quanto ao objetivo, o referente estudo se dá como sendo uma revisão de


literatura com experimentação prática das proposições, de natureza aplicada, do tipo
exploratória, com abordagem qualitativa e sua metodologia dividida em algumas
fases principais, sendo elas:

 Pesquisa bibliográfica de artigos, realizada a partir da base de dados Scielo


(Scientific Eletronic Library Online), usando como critério de buscas as
palavras chave: Deficiente motor, lutas, jiu-jitsu, abordagem
desenvolvimentista, proposta pedagógica. Documentos sobre regras e golpes
junto às federações esportivas (respectiva ao ano da apresentação deste pré-
projeto) e livros que abordem o conteúdo luta. Revisão bibliográfica feita pelo
pesquisador para determinar as bases do trabalho, entendimento do caso e
aprofundamento do conhecimento sobre pessoas com deficiência motora e
lutas.

 Determinar os conteúdos dentre a grande variedade de golpes já existentes e


os meios mais adequados para seu ensino.

 Proposição de exercícios e atividades adaptadas para o ensino do Jiu-Jitsu à


estudantes com deficiência motora através de fotografia das posições.

Os materiais utilizados no processo de pesquisa foram um Notebook


Gateway, modelo NE56R22b e Smartphone Lenovo Vibe K5.
20

8 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Correia e Franchini (2010) ainda é muito escassa a produção


acadêmica voltada para este tema, sendo em sua pesquisa, apurada que apenas
2,93% do material de educação física nacional é voltada para área de lutas.
Levando-se em consideração que tanto as lutas quanto as artes marciais são
parte da cultura do movimento humano (CORRÊA; QUEIROZ; PEREIRA, 2010) e
que esse fenômeno abrange uma série de modalidades institucionalizadas que
passaram pelo processo de criação de técnicas, além de que seu ensino agrega
valores filosóficos, místicos, relacionados à tradição e à origem de cada modalidade
(GOMES, 2010), sabe-se que os alunos devem aprender através da disciplina que
as lutas impõem a controlar sua agressividade e a seguir valores éticos impostos
pelas regras (CORRÊA; QUEIROZ; PEREIRA, 2010) e que mais do que repetição
de gestos técnicos, visa ao desenvolvimento global do aluno, com ênfase no
processo cognitivo de leitura da luta e a consequente elaboração de estratégias
táticas para a resolução de problemas surgidos em sua dinâmica (GOMES, 2010).
De maneira geral, temos em mente que deve ser condicionada a postura,
equilíbrio, pressão, transmissão, movimentação, domínios e progressão, pensando
no desenvolvimento motor e consequentemente cognitivo e social, já que para Tani
(2008) existe também a aprendizagem através do movimento, além do movimento
propriamente dito, já que aprender a mover-se envolve atividades como tentar,
praticar, pensar, tomar decisões, avaliar, ousar e persistir. Tendo em vista a
necessidade e capacidade específica de cada aluno e estando o jiu-jitsu dentro do
grupamento de lutas de curta distância, para Gomes (2010) deve-se trabalhar o
pegar, projetar, rolar, cair e desequilibrar e excluir, que demonstram a necessidade
do contato direto entre os oponentes na prática dessas modalidades, além de
alavancas e pressões para derrubar, dominar e submeter o oponente,
tradicionalmente sem usar golpes traumáticos, possibilitando que um lutador,
mesmo sendo menor que o oponente, consiga vencer usando as técnicas de
estrangulamento e pressão sobre articulações (CORRÊA; QUEIROZ; PEREIRA,
2010).
Pensando nisso, formulou-se a ideia de utilizar nessa proposta o Jiu-Jitsu
(curta distância) com aspectos de defesa pessoal e suas posições básicas, baseado
em Gracie (2010) como exemplo prático, registrado em fotografia, já que as
21

modalidades de média distância em suma predominância utilizam tanto membros


superiores quanto inferiores para deferir golpes aos adversários (ressalva-se alguns
tipos de lutas de média distância que utilizam apenas os membros superiores, como
o boxe e apenas os inferiores, como taekwondo) e como proposta de maneira
explicitamente teórica, teria sua resolução e aplicabilidade usar o membro que
possui capacidade motora para inclusão do aluno acometido com deficiência motora
na aula prática.
Adiante segue a proposição de algumas posições técnicas que podem ser
usadas durante a aula por um estudante que por exemplo só possui mobilidade em
um dos membros superiores:

8.1 MONTADA:

Uma das posições básicas do Jiu-Jitsu. A partir dela, o dominante (que está
por cima) tentará algum tipo de submissão, estrangulamento ou pressão em
articulações, fazendo com que o que está em desvantagem, busque alguma
raspagem (reverter a posição) para voltar a atacar.
22

8.2 GUARDA FECHADA:

A guarda fechada é um dos casos técnicos onde o que está por baixo tem
vantagem. Este pode partir para alguma finalização enquanto o que está por cima
tem a opção de também atacar mas estará vulnerável (vide as penas entrelaçadas
em seu tronco) ou o recomendável, que é tentar sair da guarda e passá-la (reverter
a posição).
23

8.3 TRIÂNGULO:

O aluno que aplicará o golpe, estará com as costas viradas para o solo, na
posição de guarda. Uma coxa passará em baixo da axila e outra rente ao pescoço,
sendo esta segunda perna que fará a flexão, encaixando o pé atrás do joelho
oposto.
24

8.4 CHAVE DE BRAÇO (DA GUARDA):

Mais uma vez partindo da guarda, o aluno dominará um dos braços do


oponente, e movimentará seu quadril em direção ao ombro do braço dominado,
mantendo sua perna em contato com a axila, enquanto a outra se movimenta em
direção ao pescoço do oponente. Lentamente ele puxará o braço dominado em
encontro ao seu peito, enquanto movimenta o quadril para cima, fazendo pressão no
cotovelo.
25

8.5 OMOPLATA:

Partindo da guarda, o aluno manterá um dos braços do oponente na lateral do


corpo, e movimentando o quadril, fará um giro de 180 graus, onde a perna que
estava por baixo da axila, agora permanecerá sobre o braço do aluno e o movimento
de subida do tronco, empurrando automaticamente o braço flexionado do aluno o
submeterá.
26

8.6 CONTRA ENFORCAMENTO:

De pé, tendo seu pescoço agarrado, a “vítima” se descola para trás enquanto
movimenta sua cabeça para baixo e rotaciona o tronco para o lado. Para finalizar o
movimento, pode ser dada a cotovelada como encerramento.
27

8.7 CONTRA ENFORCAMENTO COM A VÍTIMA ENCOSTADA NA PAREDE:

Com a “vítima” sendo empurrada contra a parede e o “agressor” segurando o


seu pescoço, ela deve segurar um dos dedos e o entortar para trás (contra o
movimento natural da articulação).
28

8.8 CONTRA ENFORCAMENTO COM UMA MÃO E VÍTIMA ENCOSTADA NA


PAREDE:

O atacado deve empurrar a parte interna do pulso se livrando da pressão


contra a parede e em contragolpe, pode-se finalizar com a cotovelada.
29

8.9 CONTRA EMPURRÃO EM DIREÇÃO À PAREDE:

A pessoa que está sendo empurrada, segura o cotovelo do atacante e o puxa


para o lado equivalente, dando um passo lateral contrário ao cotovelo. Pode ser
finalizada com a joelhada.
30

8.10 CONTRA UMA PEGADA DE GOLA:

A “vítima” prende o pulso do atacante contra seu peito e desloca uma de suas
pernas para trás do atacante, o impulsiona para trás, derrubando, enquanto continua
a segurar sua mão.
31

8.11 CONTRA EMPURRÃO NO PEITO COM UMA MÃO SÓ:

Segurando a mão do oponente contra seu peito, este se curva para a frente,
ocasionando uma chave de pulso.
32

8.12 CONTRA UMA PEGADA DE GOLA COM AS DUAS MÃOS JUNTAS:

Enrijecendo o antebraço e o colocando junto à pegada do agressor, ele vira-


se de costas para o mesmo e coloca uma perna na lateral do oponente o
desequilibrando.
33

8.13 CONTRA UMA PEGADA DE OMBRO COM O BRAÇO DOBRADO:

Enquanto é agarrado pelo ombro, a “vítima” levanta e gira seu braço em torno
do cotovelo do adversário, dobrando o braço do atacante, indo contra o movimento
natural.
34

8.14 CONTRA GRAVATA DE LADO COM PRESSÃO NO NARIZ:

Enquanto leva uma gravata, a “vítima” coloca a mão no nariz do agressor, o


fazendo desistir da gravata.
35

8.15 CONTRA A BAIANA (ENTRADA DE QUEDA) COM COTOVELADA:

Enquanto arma e aplica a entrada da queda (baiana), o oponente abre a base


e aplica uma cotovelada, frustrando a queda.
36

8.16 CONTRA A BAIANA (ENTRADA DE QUEDA) COM JOELHADA:

O atacante tenta aplicar a queda e o defensor o impede colocando sua mão no


ombro do mesmo o impedindo de avançar. Para completar a posição, usou-se a
joelhada como método de defesa.
37

8.17 CONTRA AGARRAMENTO POR BAIXO DOS BRAÇOS EMPURRANDO O


QUEIXO/PRESSÃO NO NARIZ:

Enquanto é segurada, a “vítima” movimenta seu braço, levando sua mão até o
queixo/nariz do oponente, forçando-o a soltar.
38

8.18 CONTRA AGARRAMENTO POR TRÁS:

Quando é agarrado por trás, a “vítima” flexiona um pouco o joelho e desloca


seu tronco para a frente, forçando que o outro o solte, em caso de resistência, ele é
suspenso e arremessado para frente.
39

Adiante seguem golpes que podem ser utilizados por pessoas com algum tipo
de deficiência que impede sua mobilidade nos membros inferiores:

8.19 CEM QUILOS:

Uma das posições básicas, assim como a montada, e norte sul, são delas que
surgem os principais ataques da modalidade. Um aluno estará deitado sobre o solo
com as costas em contato com o mesmo, enquanto o outro, deitado em um eixo
transversal e seu peito em contato com o peito do oponente. Seu braço passará
abaixo do pescoço e o segundo passando lateralmente ao corpo do aluno dominado,
fazendo com que suas mãos entrem em contato para finalizar a posição.
40

8.20 NORTE SUL:

Um aluno estará deitado sobre o solo com as costas ou peito em contato com
o mesmo, enquanto o outro estará deitado em um eixo longitudinal com sua cabeça
tocando o tronco do oponente, podendo segurar nas calças ou mãos dadas abaixo
do corpo do outro para garantir a posição.
41

8.21 ESTRANGULAMENTO COM LAPELA:

Partindo dos cem quilos, o atacante envolve a lapela do adversário em seu


antebraço e a segura com a mão contrária. A mão do braço envolvido fará pressão,
estrangulando o outro.
42

8.22 ESTRANGULAMENTO COM A PRÓPRIA LAPELA:

Enquanto segura sua própria lapela, o atacante se vira na posição contrária,


fazendo com que a lapela aperte e estrangule o adversário.
43

8.23 ESTRANGULAMENTO COM A MANGA:

Mais uma vez partindo dos cem quilos, o atacante segura a própria manga e
usa seu antebraço como alavanca para baixo, estrangulando o adversário.
44

8.24 GRAVATA TÉCNICA:

Nesta posição o indivíduo segura a lapela contrária a sua mão, fazendo com
que o kimono e mão exerçam pressão sobre o pescoço.
45

8.25 AMERICANA COM LAPELA:

Com uma mão, leva-se a lapela do adversário a mão contrária, fazendo com
que ela passe pelo antebraço do atacado. Após envolver o antebraço com a lapela,
devolve-se a mesma a mão inicial, deixando o braço preso e com a outra mão o
força pra baixo, causando desconforto e fazendo o oponente desistir.
46

8.26 AMERICANA:

Partindo do princípio da imagem anterior, desta vez a pegada se faz no


punho, mas o eixo de pressão continua sendo o cotovelo em pressão ascendente,
enquanto o punho faz movimento descendente.
Os participantes das fotos não eram acometidos com nenhuma deficiência,
mas todas as posições podem ser feitas pelo público citado. Ainda quanto proposta,
temos várias outras opções de adaptações que não foram apresentadas no trabalho,
muitas delas populares como o “mata-leão”, diversos tipos de guardas e posições
fáceis que podem ser facilmente trabalhadas nas escolas em diferentes séries e que
dependem apenas do esforço do professor para sua inserção.
Foi escolhida a abordagem desenvolvimentista pois segundo Tani (2008) ela
possui a preocupação de possibilitar aos escolares o desenvolvimento ótimo de suas
potencialidades, particularmente as motoras, respeitando-se suas características
peculiares de crescimento, desenvolvimento e aprendizagem.
Sendo aprendizagem motora entendida como um processo de
solução de problemas motores, isto implica um esforço consciente de
elaboração, execução, avaliação e modificação de ações motoras a
cada tentativa, onde não só se conhece melhor o corpo, mas
sobretudo o que o corpo pode ou não pode fazer (TANI, 2008,
p.317).
47

9 CONCLUSÃO

Considerando que a finalidade da escola é, não só transmitir, mas também


praticar e reinventar dados da cultura (CARVALHO, 2015) e da insistência dos
alunos em aprender técnicas da luta e realizar “combates” (THOMAZINE, 2012),
deve-se atentar que o principal objetivo é proporcionar vivências práticas e não um
treino de artes marciais. Deve ser encorajada a prática, sem fixar-se ao gesto e
técnica propriamente dita, sabendo ainda que o avanço instigará o aluno a buscar tal
aspecto, pois com diz Carreiro (2015), não existe a exigência de formarmos
lutadores, não é este o objetivo. Construir alguns conhecimentos básicos, diante das
questões conceituais, procedimentais e atitudinais seria um bom começo.
Como são raros os cursos de graduação em educação física que possuam
em sua grade curricular alguma disciplina relacionada às lutas (GONÇALVES
JUNIOR; DRIGO, 2011), pode se fazer uso do recurso audiovisual para suprir a falta
de contato com a habilidade por parte do professor (ALENCAR et al, 2015) para que
não haja prejuízo no processo de ensino-aprendizagem deste conteúdo de
relevância igualitária aos demais.
48

REFERÊNCIAS

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qualidade de vida dos deficientes físicos. Kinesis, Santa Maria, n. 26, 2003.
50

APÊNDICE A - TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM

Eu___________________________________________,CPF____________,
RG______________________, estou ciente do objetivo da pesquisa intitulada
“Proposta de Ensino do Jiu-Jitsu Para Estudantes com Deficiência Motora”. Desta
forma, entendo seu objetivo geral, procedimentos metodológicos e estou ciente que
seus riscos são mínimos, embora a necessidade de aviso aos pesquisadores
responsáveis a respeito de qualquer dano ou desconforto para solução. Assim,
declaro estar ciente da necessidade da cessão do uso de minhas imagens
especificadas neste Termo de Autorização de Uso de Imagem e AUTORIZO o
graduando Braynner Ezequyel Aguiar Silva, orientado pelo professor Saulo
Fernandes Melo de Oliveira, a utilizar imagens que se façam necessárias sem
quaisquer ônus financeiros a nenhuma das partes.

Ao mesmo tempo, autorizo a utilização destas imagens para fins científicos,


em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima especificados, obedecendo ao que
está previsto nas Leis que resguardam os direitos das crianças e adolescentes
(Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Nº 8.069/1990) dos idosos
(Estatuto do Idoso, Lei Nº 10.741/2003) e das pessoas com deficiência (Decreto nº
3.298/1999, alterado pelo Decreto Nº 5.296/2004).

Para qualquer esclarecimento em relação ao estudo, poderei contatar os


pesquisadores, inclusive com ligação a cobrar, conforme estas informações:
Graduando: e-mail: ebraynner@gmail.com; telefone: (81) 998860345; residência:
Rua Primitivo de Miranda, nº 10. Orientador: e-mail: saulofmoliveira@gmail.com;
telefone: (81) 992386030. Do mesmo modo, está garantido o retorno social dos
produtos desta investigação e o arquivamento dos materiais coletados no intervalo
de 5 anos em computador pessoal, sob a responsabilidade dos pesquisadores.

Por fim, há ciência que a desistência da pesquisa pode ser apresentada a


qualquer tempo sem ônus ao participante e compromisso que toda a resolução ética
vigente em relação a pesquisas com seres humanos será respeitada.

Vitória de Santo Antão, ______, de _____________ de ____________.

___________________________________________________
Assinatura do Voluntário da Pesquisa

___________________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável

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