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Química Geral II
Fernando Furtado
2a Edição
Fortaleza
2017
Ciências Artes
Geografia Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Apresentação.....................................................................................................7
Capítulo 1 – Estudo das Reações Químicas.................................................9
Introdução...............................................................................................................11
Reação química......................................................................................................11
Como representar a reação química?..................................................................12
Principais tipos de reações químicas....................................................................21
Capítulo 2 – Cálculos estequiométricos......................................................29
Introdução...............................................................................................................31
Conceitos e definições...........................................................................................31
Estudo das leis experimentais envolvendo massas e volumes...........................32
A. Leis das massas.................................................................................................32
B. Leis volumétricas................................................................................................35
Organização da Matéria.........................................................................................36
I. Dados sobre o elemento químico.......................................................................36
Determinação da unidade de massa atômica (u):................................................38
II. Dados sobre as substâncias simples e compostas.........................................38
III. Cálculo do volume molar...................................................................................40
IV. Cálculo estequiométrico ou cálculo com a equação química........................40
Recomendações no uso da equação química.....................................................41
Capítulo 3 – Soluções.....................................................................................49
Introdução...............................................................................................................51
Natureza da solução...............................................................................................51
Como duas substâncias formam uma mistura homogênea?..............................52
Qual a definição de solubilidade?..........................................................................53
O balanço energético no processo de dissolução...............................................53
O balanço da espontaneidade e da desordem....................................................55
Como podemos classificar as soluções?.............................................................56
Efeito da temperatura sobre a solubilidade...........................................................57
Efeito da pressão sobre a solubilidade..................................................................59
Formas de expressar a concentração..................................................................59
Como preparar uma solução com determinada concentração?........................61
Como proceder a diluição de uma solução?........................................................62
As propriedades físicas da substância pura.........................................................63
Histórico.................................................................................................................167
Estudo dos conceitos de oxidação e redução....................................................169
Construção de pilhas e baterias..........................................................................169
Reações espontâneas e equação de Nernst.....................................................175
Como calcular o trabalho da pilha?.....................................................................177
Como mudar a carga da pilha?...........................................................................177
Como aumentar a diferença de potencial?.........................................................177
Como calcular o tempo de funcionamento?.......................................................178
Quais os tipos especiais de pilhas?.....................................................................178
Como aproveitar a reação de oxidação e redução não
espontânea inversa da reação da pilha?............................................................181
Eletrodo inerte.......................................................................................................184
Eletrodo ativo.........................................................................................................185
Eletrodeposição metálica.....................................................................................186
Exercício complementar......................................................................................187
Estudo da célula de combustível.........................................................................187
Exercícios complementares.................................................................................188
Aulas práticas.................................................................................................193
Uab/uece - 1ª aula prática de química geral.......................................................195
UAB/UECE - 2ª AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL...................................199
UAB / UECE - 3ª AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL.................................202
Pressão de vapor d’água e a lei de dalton das pressões parciais....................202
Questionário...................................................................................................205
Questionário da 1ª aula prática de química geral...............................................207
TITULO: ANÁLISE DE RESULTADOS EXPERIMENTAIS................................207
QUESTIONÁRIO DA 2ª AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL......................208
TÍTULO: Espectro de um salto eletrônico...........................................................208
QUESTIONÁRIO DA 3ª AULA PRÁTICA...........................................................209
Título: reação química e cálculo estequiométrico..............................................209
Objetivos
Conhecer, neste capítulo, as transformações químicas da matéria, que são as
reações químicas, no que se refere aos seguintes aspectos:
• a maneira de representar as reações químicas;
• as condições em que as reações acontecem;
• o balanceamento da equação com determinação de seus coeficientes;
• os principais tipos de reações químicas.
Introdução
No manual de Química Geral I, estudamos o átomo e as ligações quími-
cas visando entender a estrutura da matéria.
Reação química
Mergulhando uma lâmina de zinco em uma solução de sulfato de cobre,
observamos que, após o tempo de dez a quinze minutos, existe um material es-
curo depositado sobre a lâmina de zinco e parte dele já sedimentada no fundo do
recipiente. O fenômeno observado é uma reação química. Os materiais iniciais
- zinco e sulfato de cobre - reagem e se transformam em cobre e sulfato de zinco.
Figura 01. Reação do zinco com o sulfato de cobre. O zinco, mais reativo que o cobre,
desloca-o do sulfato, ficando o zinco combinado e o cobre na forma de metal. O fenô-
meno é uma reação química, pois a matéria muda em sua estrutura.
dois elétrons ficou com duas cargas positivas em excesso; logo seu número
de oxidação é +2;
Oxidante é o elemento ou substância que provoca oxidações através
de sua redução;
Redutor é o elemento ou substância que provoca reduções através de
sua oxidação.
Regras para o cálculo do número de oxidação
exotérmica e indica que o calor foi liberado ou, ainda, que a energia dos
produtos é menor que a energia dos reagentes. Quando o calor é positivo,
a reação é endotérmica (necessita de calor para ocorrer) e indica que o
calor foi absorvido ou, ainda, que a energia dos produtos é maior que a
energia dos reagentes. Essa informação é vital para decidir se o reator,
onde a reação vai ocorrer, deve ser refrigerado ou aquecido. A variação é
expressa em KJ (quilo joule) ou Kcal (quilo caloria) logo após a equação;
• A reação reversível: na realização da reação, medimos o seu rendimento;
quando esse é muito baixo, em torno de 50%, já temos um indicativo de que
a reação não se completa, ou seja, produtos são formados e reagem entre
si retornando à situação de reagentes, até que seja atingido um equilíbrio
em que a velocidade de formação dos produtos se torna igual à velocidade
de formação dos reagentes. Na equação, esse equilíbrio é representado
por dupla seta;
• A reação fotoquímica: certas reações são aceleradas ou promovidas pela
ação da luz. A fotossíntese, que é uma importante reação, necessita de luz
e clorofila para ocorrer. Para representar, usamos o símbolo λ em cima da
seta da equação química.
Exemplo de reação química e a representação por sua equação química:
CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(l); ∆H = -890 KJ
T = 298K
P = 1atm
Principais tipos de reações químicas
Como existem milhões de substâncias conhecidas, elas podem reagir
entre si em milhões de reações químicas. Nesse momento, seria conveniente
organizar as reações em seus tipos principais para facilitar o entendimento
dos que iniciam o estudo das reações químicas.
Vamos dividir as reações em tipos do seguinte modo:
• reações de síntese ou combinação: quando duas substâncias se
combinam para formar uma terceira, o produto é uma única substância.
Ex: CaO(s) + H2O(l) Ca(OH)2(s)
Observação: Algumas reações podem pertencer a mais de um tipo
descrito, como é o caso a seguir: 2 Na(s) + Cl2(g) 2 NaCl(s),
que é uma reação de síntese e também de oxidação e redução, como vamos
ver em seguida. O fato não torna inválido o estudo por tipo, pois o objetivo
de facilitar o entendimento continua válido, e podemos dizer que o enquadra-
mento ocorre no tipo principal.
• reações de análise ou decomposição: quando um único reagente
dá origem a dois ou mais produtos.
A reação ocorre com a neutralização do ácido pela base e pode ser chamada de
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Verifique seu entendimento do assunto, observando os exercícios resol-
vidos. Em seguida, resolva os que agora são propostos:
EXERCÍCIO 01
Dada a equação qualitativa da reação do Cr2O72- com o Fe2+ em meio
ácido:
H2Cr2O7 (aq) + FeCl2 (aq) + HCl (aq) CrCl3 (aq) + FeCl3
(aq), determine os coeficientes pelo método do íon – elétron.
Solução: Os íons Cl – e H + são espectadores, logo a equação iônica fica:
Cr2O72- + Fe 2+ Cr3+ + Fe3+
1º passo: Identificar as semirreações de oxidação e redução e igualar
os átomos envolvidos.
Redução: Cr2O72- 2 Cr3+ (dois átomos de cromo em cada
lado);
Oxidação: Fe2+ Fe3+
2º passo: Balancear o oxigênio de cada semirreação, adicionando H2O.
Cr2O72- 2 Cr 3+ + 7 H2O;
Fe2+ Fe 3+
3º passo: Balancear o hidrogênio, adicionando H +.
Cr2O72- + 14 H+ 2 Cr3+ + 7 H2O;
Fe2+ Fe3+
KMnO4 (aq) + K2SO3 (aq) + H2O(l) MnO2 (s) + K2SO4 (aq) + KOH (aq)
O NOX do Mn passou de +7 para +4, ocorrendo redução, e o NOX do
S passou de +4 para +6, ocorrendo oxidação.
2º passo: Calcular a oxidação e a redução ocorrida. A oxidação é cal-
culada multiplicando-se a variação do NOX pelo número de átomos. Do mes-
mo modo, calculamos a redução.
Oxidação: 2x1=2
Redução: 3x1=3
3º passo: Para que o número de cargas ganhas seja igual ao número
de cargas perdidas, devemos achar o mínimo múltiplo comum de 2 e 3. No
caso, o número de cargas perdidas 2 (oxidação) será usado como coeficiente
da substância onde ocorreu redução (cargas ganhas), e o 3 será usado como
coeficiente da substância onde ocorreu oxidação (cargas perdidas).
2 KMnO4 (aq) + 3 K2SO3 (aq) + H2O(l) MnO2 (s) + K2SO4 (aq) + KOH (aq)
Devemos terminar o balanceamento pelo método das tentativas, que é
baseado na lei da conservação da matéria. Como nos reagentes temos dois
Mn, devemos ter dois Mn também nos produtos; logo o coeficiente do MnO2 é
2. O mesmo raciocínio deve ser usado para o enxofre, que leva o coeficiente 3
para o sulfato de potássio. Resta usar o potássio para concluirmos que o coe-
ficiente do KOH é 2, e usar o número de hidrogênio nos produtos para concluir
que o coeficiente da água é 1. A equação balanceada fica:
2 KMnO4 (aq)+ 3 K2SO3 (aq)+ H2O(l) 2 MnO2 (s)+ 3 K2SO4 (aq)+ 2 KOH (aq)
Qual foi a melhor opção de método?
Cada método tem suas vantagens e desvantagens, por isso devemos
limitar nossas conclusões aos seguintes pontos:
a) Quando a reação é iônica, o método mais indicado é do íon-elétron,
que, como o próprio nome indica, envolve íons e elétrons;
b) O método do íon-elétron é apropriado na Eletroquímica, disciplina na
qual vamos estudar as semirreações de eletrodo;
c) O método da oxidação e redução mostrou ser mais abrangente, pois
pode ser usado nos dois casos, desde que tenhamos todas as informações
necessárias, como o meio ácido ou básico;
d) Quando os reagentes são gases, líquidos ou sólidos, o método mais
indicado é o da oxidação e redução.
Atividades de avaliação
1. Dada a equação qualitativa abaixo
Cl2 (g) + NaOH (aq) NaCl (aq) + NaClO3 (s) + H2O (l), atenda ao
que se pede:
a) Em qual tipo principal a reação se enquadra?
b) Determine seus coeficientes, transformando-a em equação quantitativa.
2. Dada a equação qualitativa abaixo
AgNO3 (aq) + KBr (aq) AgBr (s) + KNO3 (aq), atenda ao
que se pede:
a) Em qual tipo principal a equação se enquadra?
b) Verifique a possibilidade de representar a equação simplificada.
c) Quais são os íons espectadores?
d) Determine seus coeficientes, transformando-a em equação quantitativa.
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001. 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene; BURSTEN, Bruce Ed-
ward. Química. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall,
2005. 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1, 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005.; 671 p.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 1, 2ª ed. São Paulo: Makron
Books, 1994; 621 p.
Objetivos
Neste capítulo, nosso estudo visa atingir os seguintes objetivos:
• Conhecer as leis ponderais como as primeiras leis científicas da Química;
• Entender a representação da substância usando a fórmula química;
• Conhecer a massa molar como unidade de matéria, o número de Avogadro
e o volume molar;
• Aprender a usar a equação química para realizar os cálculos estequiomé-
tricos.
Introdução
Na primeira unidade, estudamos a reação química, a maneira de represen-
tar a reação química através da equação química, que deve informar as
substâncias envolvidas, seus estados físicos, as quantidades de cada subs-
tância e as condições em que a reação ocorre. Devido ao grande número de
reações, organizamos o estudo em tipos principais de reações químicas
para facilitar nosso entendimento.
Conceitos e definições
A Química é uma ciência; logo seu estudo e seu desenvolvimento de-
vem ser feitos através do método apropriado, o método cientifico.
O método científico é a metodologia de estudo e pesquisa dos fe-
nômenos da natureza, visando obter o conhecimento de forma organizada
e sistemática.
O método é realizado em etapas:
Observação do fenômeno;
Experiências e medidas;
Leis experimentais;
Hipóteses sobre o fenômeno;
Teoria e modelos matemáticos.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Verifique a combinação do carbono e do oxigênio que forma o CO e o
CO2, utilizando as seguintes massas: CO, 0,30g de C com 0,40g de O; CO2,
0,24g de C com 0,64g de O.
Responda: A combinação está de acordo com a lei das proporções
múltiplas?
4) Lei das proporções recíprocas (Richter – 1792): quando uma mas-
sa fixa de um dado elemento químico reage com outros elementos químicos
para formar diversas substâncias, se esses últimos elementos químicos reagi-
rem entre si, eles o farão na mesma proporção de massas ou numa proporção
formada por múltiplos ou submúltiplos dos valores iniciais.
1º Exemplo:
Uma massa fixa de um grama de oxigênio se combina com 1,0021g de
enxofre e forma o SO2, combina-se com 2,5050g de cálcio e forma o CaO.
Quando o Ca se combina com o S, o faz na proporção de massa de 2,5050g
para 2,0041g.
Verifique a lei das proporções recíprocas.
Solução:
Aplicando a fórmula m’Ca/m’S = (mCa x p)/(mSxq), temos:
2,5050g/2,0041g = (2,5050g x p)/(1,0021g x q).
Calculando p e q fica p = 1 e q = 2.
O cálculo mostra a variação da massa equivalente e, em consequência,
a variação de valência ou número de oxidação (NOX). É fácil observar que no
CaS o NOX do S é dois; e no SO2, o NOX do S é quatro.
2º Exemplo:
Uma massa de 0,30g de C se combina com 0,10g de H, formando o
CH4, uma massa de 0,03g de C se combina com 0,16g de S, formando o CS2,
uma massa de 0,06g de H se combina com 0,96g de S, formando o H2S.
Verifique a lei das proporções recíprocas e a variação do NOX.
Solução:
Primeiro devemos fixar uma massa, conforme o enunciado da lei.
3º Exemplo:
Uma massa fixa de 7g de Fe reage com 4g de S e forma o FeS, reage
com 2g de O e forma o FeO. 8g de S reage com 12g de O e forma o SO3.
Verifique a lei das proporções recíprocas e a variação de NOX.
Solução:
Aplicando a fórmula m’O/m’S = (mO x p)/(mS x q), temos: 12g/8g = (2g x
p)/(4g x q). Calculando p e q, temos p = 6 e q = 2, o que evidencia a mudança
do NOX do S, que era 2 no FeS e passou para 6 no SO3.
B. Leis volumétricas
1) Lei dos volumes gasosos de combinação (Gay Lussac – 1808)
- os volumes de gases que participam de uma reação química, medidos na
mesma temperatura e pressão, guardam entre si uma relação constante de
números inteiros e pequenos.
Exemplo: hidrogênio + cloro gás clorídrico,
1 volume 1 volume = 2 volumes.
No mesmo ano, Dalton publicou sua teoria atômica baseada em mas-
sas, e não em volumes. A crença na época era que os gases eram monoatô-
micos. Como então justificar que 1 átomo de H, reagindo com 1 átomo de Cl,
produza dois átomos de gás clorídrico? A conciliação veio com a segunda lei
dos volumes gasosos.
2) Lei de Avogadro dos volumes gasosos (Amedeo Avogadro –
1811) – os volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura e
pressão, contêm o mesmo número de partículas.
Pela lei de Avogadro, os dois volumes de gás clorídrico obtidos deve-
riam corresponder a duas partículas de gás. Para conciliar os resultados, sur-
giu a hipótese de Avogadro de que o hidrogênio não era monoatômico, e sim
formado por dois átomos em forma de molécula (molécula = pequena massa),
sendo o conceito de molécula estendido para todas as substâncias.
Organização da Matéria
b) Existência:
Temos 88 elementos naturais e 23 artificiais. Considerando todo o pla-
neta, o mais abundante é o ferro, em seguida o oxigênio, o silício, o magné-
sio, o níquel e outros.
c) Classificação:
Os elementos químicos foram classificados em metais, não metais, se-
mimetais e gases inertes. O critério tomou por base a condutividade e a reati-
vidade dos elementos químicos.
d) Massa atômica:
Com as leis ponderais, foi possível estabelecer uma sequência de nú-
meros proporcionais às massas trabalhadas nos experimentos. Inicialmente
foi fixada como massa unitária a do hidrogênio. Com a descoberta dos isóto-
pos, o número fixado para referência foi o número 12, considerada a massa
do isótopo mais abundante do carbono; logo a nova unidade passou a ser
1/12 da massa do carbono. A massa atômica é um número adimensional.
e) Mol do elemento químico:
É o número que expressa a massa atômica com a unidade de massa
grama. Ex: carbono: 1 mol = 12 g.
Obs: O mol é também conhecido como massa molar, com representa-
ção MM.
f) Número de mols do elemento químico (n):
É calculado com a massa utilizada dividida pelo mol do elemento. Ex:
n = m/mol ou n = m/(MM).
g) Número de Avogrado:
É o número de átomos do elemento químico contido em um mol do
elemento. A determinação experimental do número de Avogadro, foi feita de
acordo com a tecnologia de cada época: análise de lâminas, movimento Bro-
wniano, eletrólise, condutividade elétrica dos gases e, modernamente, o uso
da difração de raios X. O valor usado é de 6,0235 x 1023 átomos em um mol.
h) Determinação experimental da massa atômica:
Além da comprovação através das leis ponderais, novos métodos ex-
perimentais foram adotados:
Para elementos sólidos: (massa atômica) x calor específico = 6,4 (co-
nhecida como lei experimental de Dulong e Petit);
Para elementos gasosos ou líquidos voláteis, usa-se a equação dos
gases ideais, onde MM = (m x R x T) / (p x V). MM é o mol, a massa atômica
ou a massa molar.
1º Exemplo:
Calcule a fórmula química da substância que apresentou a seguinte aná-
lise química: 20,2% de ferro; 11,5% de enxofre; 23,0% de oxigênio; e 45,3% de
água de cristalização. A massa molar foi determinada como sendo 278g.
Solução:
Inicialmente, vamos calcular a fórmula mínima encontrando o número
de mols de cada elemento químico na fórmula mínima. Em estudos posterio-
res, vamos abordar a posição dos elementos na fórmula química.
Fe n=m/mol = 20,2g/56g = 0,36;
S n=m/mol = 11,5g/32g = 0,36;
O n=m/mol = 23,0g/16g = 1,437;
H2O n=m/mol = 45,3g/18g = 2,5167.
Dividindo todos por 0,36, ficamos com a seguinte sequência de núme-
ros 1, 1, 4, 7; logo a fórmula mínima será (FeSO4. 7H2O)x.
O x pode ser calculado usando-se a relação x = massa molar da fórmu-
la química / massa molar da fórmula mínima, donde x = 278g/278g = 1.
A fórmula química é FeSO4. 7H2O.
2º Exemplo:
A análise química de 3,7g de uma substância resultou em 1,8g de car-
bono, 0,3g de hidrogênio e 1,6g de oxigênio. A massa molar foi determinada
como 148g. Calcule a fórmula química.
Solução:
Cálculo do número de mols de cada elemento:
C n = m/MM = 1,8g/12g = 0,15
H n = m/MM = 0,3g/1g = 0,30
O n = m/MM = 1,6g/16g = 0,10
Dividindo por 0,10 fica 1,5: 3: 1, multiplicando-se por 2, temos 3: 6: 2. A
fórmula mínima fica (C3H6O2) x. O x pode ser calculado através da fórmula: x
= massa molar fórmula química / massa molar fórmula mínima. = 148/74 = 2.
A fórmula química é (C3H6O2)2 = C6H12O4.
Com a descoberta dos isômeros, a fórmula química por si só não es-
clarece qual é a substância. Atualmente, a análise instrumental é utilizada
para esclarecer a fórmula estrutural. Uma mesma fórmula química pode in-
dicar varias substâncias.
Calcule e verifique:
a) a existência de reagente limitante;
b) a quantidade de prata produzida.
Solução: Vamos usar a equação química para os cálculos necessários.
cálculos químicos:
CO (g) + 2 H2 (g) CH3OH (l)
28 g 4g 32g
356g X
X = (356 x 4)/28 = 50,86g, que é a massa necessária de hidrogênio para
reagir com 356g de monóxido de carbono. Colocamos 65,0g de hidrogênio;
logo sobra hidrogênio e falta monóxido de carbono.
a) Como falta CO, podemos dizer que ele é o reagente limitante;
b) Identificado o reagente limitante, podemos verificar o rendimento
com os dados fornecidos.
Usando a equação química, tiramos a proporção teórica entre o CO e o
CH3OH:
28g 2g;
356g X;
Calculando X, temos X = (356 x 32)/28 = 406,86g, que é a massa te-
órica de metanol. Como a massa obtida foi 332g, o rendimento percentual é
então calculado: R = (332g/406,86g) x 100 = 81,6%.
EXERCÍCIO 03: Colocamos 0,8 g de sulfito de sódio sólido para reagir
com 10 mL de HCl 3,0 M e obtivemos 100 mL de SO2 na pressão de 1 atm e
temperatura de 25° C.
Calcule e verifique:
a) o cálculo da existência de reagente limitante;
b) o rendimento da reação.
A equação química balanceada é dada:
Na2SO3 (s) + 2 HCl (aq) 2 NaCl (aq) + H2O (l) + SO2 (g);
Solução: Este exercício envolve o cálculo do rendimento através do
volume gasoso. Como a pressão é baixa, podemos considerar o gás como
gás ideal e aplicar a equação dos gases ideais, que é: pV = nRT.
Usando a equação, temos as massas teóricas envolvidas na reação:
Atividades de avaliação
1. Um engenheiro mecânico analisa a combustão de um automóvel que
queima octano como combustível. A equação química balanceada é
dada como:
2 C8H18 (L) + 25 O2 (g) 16 CO2 (g) + 18 H2O (L).
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técni-
cos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quími-
cas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 12ª ed. São Paulo: Editora Makron
Books, 1994, 621 p.
Objetivos
Neste capítulo, vamos realizar um estudo mais detalhado sobre as soluções,
visando atingir os seguintes objetivos:
• Conhecer a natureza das soluções;
• Conhecer o processo de solubilização e solubilidade;
• Conhecer os efeitos da temperatura e da pressão sobre a solubilidade;
• Definir novas unidades de concentração;
• Conhecer as propriedades coligativas das soluções.
Introdução
Nas unidades anteriores, estudamos, além das leis ponderais e volumé-
tricas da Química, as substâncias e suas fórmulas químicas, a reação quími-
ca e como representá-la através da equação química, e o uso dessa equação
para realizar os cálculos estequiométricos. Nos cálculos estequiométricos, es-
tudamos as soluções aquosas, como aquelas em que o soluto é um reagente
e o solvente é a água e suas principais concentrações.
Natureza da solução
Como já estudamos, a matéria pode ser encontrada na natureza em
forma de substância pura ou mistura. Sendo mistura, podemos ter duas op-
ções: a mistura homogênea ou a heterogênea.
A mistura homogênea consiste em uma mistura em que existe uma
única fase. Entendendo por fase uma porção contínua da matéria em que
não se consegue enxergar separação entre as substâncias que compõem a
mistura, podemos dizer que a composição química e as propriedades físicas
da mistura homogênea são uniformes.
Nosso estudo focalizará as misturas homogêneas, aquelas cujo tama-
nho das partículas das substâncias não ultrapassa o diâmetro de 1 nm. Po-
demos chamar essa mistura de solução verdadeira. Supondo a formação da
solução, vamos chamar de solvente a substância que estiver em maior quan-
Seja um grande volume de água pura a 25°C, cuja densidade foi me-
dida como 1g/cm³. A esse volume se adiciona 18g de água, ou seja, um mol
de água. Verifica-se que o volume aumenta em 18 cm³, sendo este o volume
molar da água. Vamos supor agora um grande volume de etanol puro em que
juntamos 18g de água (um mol de água). Qual será o novo aumento de vo-
lume? O novo aumento de volume será 14 cm³. O motivo da diferença entre
os dois aumentos de volume é que, no segundo caso, as moléculas de água
estão envolvidas por moléculas de etanol em que as interações são diferen-
tes e mais próximas. O volume ocupado depende do número de moléculas
que estão ao redor de cada molécula e da natureza dessas moléculas. Agora
cada molécula de água está envolvida por moléculas de etanol e não de
água e em proporção diferente (número de coordenação diferente).
não devemos usar apenas o fator ∆H > 0 como determinante para a conclusão
de que um aumento de temperatura resulta em aumento de solubilidade.
2ª análise – processo exotérmico: é o processo que libera calor; logo
temos: soluto + solvente solução + calor; no caso, ∆H < 0, um aumento
de temperatura leva o equilíbrio para a esquerda favorecendo a separação
do soluto e do solvente e diminuindo a solubilidade. Esta é a nova regra geral,
mas, como no caso da 1ª análise, devemos utilizar a expressão ∆G = ∆H -
T∆S para explicar as exceções. Sendo ∆H negativo, poderemos ter duas
hipóteses para o valor de -T∆S ligados ao aumento ou diminuição da entropia
global. O ponto principal é que, no processo exotérmico, a saída de calor
sempre resulta em diminuição de entropia, pela menor desordem do soluto
e do solvente, que pode ser compensada pelo aumento de entropia, ocasio-
nado pelo aumento de temperatura. Em destaque, neste caso, a solubilidade
dos gases que é um processo exotérmico e sempre diminui com o aumento
da temperatura. Pela característica apolar da maioria das partículas gasosas,
o aumento de temperatura sempre ocasiona um aumento de entropia.
O estudo permite concluir que cada caso deve ser estudado em parti-
cular, mas sendo ∆H < 0, temos uma diretriz geral: o aumento de temperatura
resulta em diminuição de solubilidade.
Vamos visualizar, no gráfico nº. 02, a variação da solubilidade de cinco
substâncias em água, em função da temperatura. Verificamos que três delas
apresentam aumento da solubilidade com a temperatura, uma, no caso, o clo-
reto de sódio, mantém a solubilidade praticamente constante com o aumento
da temperatura, e a última, no caso, o sulfato de cério, apresenta diminuição
da solubilidade com o aumento da temperatura.
Na maioria dos trabalhos de Química, vamos ter como regra que a solu-
bilidade de sólidos e líquidos aumenta com o aumento de temperatura e que a
solubilidade dos gases diminui com o aumento da temperatura.
Gráfico nº. 04 – Superfície termodinâmica de uma substância pura e sua projeção no plano
P x T. Dependendo dos valores de pressão, temperatura e volume, a substância estará no
estado sólido, líquido ou gasoso.
Gráfico nº. 06 – Medida da pressão de vapor de duas soluções com o mesmo solven-
te e o mesmo soluto não volátil, todavia com as concentrações diferentes. A de maior
concentração apresenta maior abaixamento da pressão de vapor.
estado de vapor. Estando presente o soluto não volátil, vamos supor que, de-
pendendo da concentração, podemos ter 100 moléculas na superfície, sendo
90 do solvente e 10 do soluto. Fica fácil entender que um número menor
de moléculas vai passar para o estado de vapor. No exemplo, podemos de
modo simplificado dizer que a pressão de vapor da solução é 90% da pres-
são de vapor do solvente puro.
Gráfico nº. 09 – Diagrama de fases no gráfico P x T para o solvente puro (linha cheia)
e para a solução (linha tracejada).
Na horizontal, marcamos a pressão ambiente de uma atmosfera e observamos o abai-
xamento da temperatura de congelamento e a elevação da temperatura de ebulição.
Para estudar essas duas alterações, abaixamento da temperatura de
congelamento e elevação da temperatura de ebulição, não se pode esquecer
a observação de que a presença do soluto também baixa a energia disponí-
vel ou energia livre do sistema solvente–soluto, pois a formação da solução é
um fenômeno espontâneo.
Na Físico-Química, vamos demonstrar o fato matematicamente.
d) Osmose
Pela definição, osmose é a passagem de um solvente através de uma
membrana que é impermeável ao soluto. O estudo das propriedades coli-
gativas levou à observação de que, ao confinar em ambiente fechado dois
recipientes - um contendo o solvente puro e o outro, a solução -, ocorria
transferência do solvente puro para a solução devido à maior pressão de va-
por do solvente puro. A transferência via gasosa do solvente para a solução
foi o passo inicial para o uso das membranas semipermeáveis. Observe o
fenômeno na figura nº. 03.
Figura nº. 03 – Transferência de solvente devido à maior pressão de vapor do solvente puro.
A experiência mostra que as propriedades coligativas todas são decorrentes do abai-
xamento da pressão de vapor da solução.
A observação dos sistemas biológicos, em que membranas semiper-
meáveis possibilitam a chegada de água em plantas de até 50 metros de al-
tura, motivou o estudo da chamada pressão osmótica. A pressão osmótica é
usualmente representada pela letra grega π. O valor dela é conhecido como a
pressão que evita a passagem do solvente puro para a solução. Na figura nº.
04, observamos sua medida.
Figura nº. 04 – Medida da pressão osmótica de uma solução. Assim como as outras
propriedades coligativas, a pressão osmótica depende da concentração da solução,
quanto mais concentrada, maior é a pressão osmótica.
Uma das aplicações da osmose é a dessalinização da água pela osmo-
se reversa. Na osmose reversa, se aplica uma pressão maior que a pressão
osmótica, forçando o solvente passar da solução para o solvente puro.
Figura nº. 05 – Célula de osmose reversa. O objetivo é retirar sais da água para obter
água potável. Aplicamos uma pressão P maior que a pressão osmótica π e forçamos
o solvente passar através da membrana semipermeável produzindo água pura.
Usando a energia livre ou energia disponível, chegamos à fórmula
quantitativa da pressão osmótica que é:
π = M x R x T x i.
Na fórmula, M é a concentração molar da solução; R é a constante
dos gases ideais; T é a temperatura absoluta; e i é o fator de correção de
Van’T Hoff.
Vejamos um exemplo de cálculo da pressão osmótica.
Exemplo: Calcule a pressão osmótica de uma solução molecular com
concentração de 1,0 mol/litro na temperatura de 0°C.
Solução: π = M x R x T x i = 1,0 mol/litro x 0,082 (atm x litro)/(mol x K)
x 273 K.
Efetuando, fica: π = 22,4 atm. Essa pressão corresponde a 230 metros
de coluna de água ou 17 metros de uma coluna de mercúrio, o que justifica a
elevação da água nas plantas de grande altura.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Exercício 01: Calcule a molaridade de uma solução de ácido sulfúrico,
cuja densidade é de 1,984 g/cm³ e tem 98% em massa de ácido sulfúrico.
Atividades de avaliação
1. Efetue os cálculos para preparar 425g de solução aquosa com 2,40 % de
acetato de sódio, NaC2H3O2.
Resposta: Dissolver 10,2 g de acetato de sódio em 414,8 g de água.
2. Uma solução aquosa é 0,907 M de nitrato de chumbo Pb (NO3) e tem
densidade igual a 1,252 g / ml. Calcule a molalidade dessa solução.
Resposta: A solução é 0,953 molal ou W = 0,953.
3. Uma solução aquosa de glicose molecular é 0,0222W. Qual a temperatura
de ebulição e a temperatura de congelamento dessa solução? Sabemos
que a constante de elevação da temperatura de ebulição molal da água é
igual a 0,512 °C/W e a constante de abaixamento da temperatura de con-
gelamento molal da água é igual a 1,86 °C/W.
Resposta: A temperatura de ebulição é 100,011°C e a temperatura de con-
gelamento é – 0,041°C.
4. Prepara–se uma solução aquosa pela dissolução de 0,131g de uma subs-
tância molecular em 25,4g de água. A molalidade determinada pelo método
do abaixamento da temperatura de congelamento é de 0,056W. Calcule a
massa molar da substância usada como soluto molecular.
Resposta: MM1 = 92,3g / mol.
5. Muitos consideram a molaridade e a molalidade de soluções diluídas pra-
ticamente iguais. Para verificar tal fato, considere uma solução aquosa de
ácido oxálico H2C2O4 com concentração 0,585 W. Sabendo que a densida-
de da solução é de 1,022 g/ml, calcule a concentração molar da solução.
Resposta: M = 0,568.
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 12ª ed. São Paulo: Editora
Makron Books, 1994, 621 p.
Objetivos
Nosso curso não tem como objetivo formar o químico industrial; logo nossos
objetivos, nesta unidade, não vão além da reação química. São eles:
• Determinar a equação da velocidade da reação ou lei de ação das massas;
• Conhecer e entender os métodos de determinação da ordem da reação;
• Conhecer a teoria das colisões e elaborar uma proposta de mecanismo;
• Conhecer a equação de Arrhenius para cálculo da energia de ativação;
• Propor o uso de um catalisador, visando tornar a reação mais rápida.
Introdução
Nesta unidade, vamos voltar ao estudo da reação química. Nesse es-
tudo, devemos olhar a reação química como a etapa principal de um pro-
cesso químico utilizado para produzir novas substâncias, quase sempre não
naturais e necessárias ao nosso bem-estar. Definidos os produtos, devemos
conhecer a reação química em seus parâmetros necessários ao dimensio-
namento da instalação industrial, como reatores, equipamentos, acessórios,
quantidade de matéria prima e tempo de produção.
A+ B C+D
Admita que A e B são misturados no tempo t = 0 e que a concentração
inicial de A é 10,00 mol/L. Adotando métodos de medida adequados, deter-
minamos, em intervalos de tempo, a concentração de A, produzindo a tabela
a seguir:
2) Quanto ao mecanismo:
a) Elementares – são reações que ocorrem em uma só etapa. Por
exemplo:
H2 (g) + I2 (g) 2 HI (g).
As reações elementares apresentam uma particularidade muito im-
portante: os coeficientes estequiométricos dos reagentes são iguais aos ex-
poentes das concentrações que representam a ordem de cada reagente.
No exemplo, teríamos: v = K [H2].[I2], o que resulta uma reação de 2ª
ordem; no caso, expoente um em cada concentração. Para melhor entender
a cinética da reação foi criada a molecularidade, que representa o número
de moléculas envolvidas na etapa determinante da velocidade da reação.
No caso, como temos etapa única, nela há duas moléculas envolvidas; logo
essa reação é de ordem 2 e molecularidade 2.
b) Complexas – são reações que ocorrem em duas ou mais etapas. Por
exemplo:
2 NO (g) + O2 (g) 2 NO2 (g).
As reações complexas apresentam a particularidade de ocorrer em
duas ou mais etapas, sendo a etapa lenta a que determina a velocidade da
reação. Vamos observar, na figura nº. 01, uma reação que ocorre em duas
etapas - uma rápida e outra lenta. A curva representa o perfil da reação em
cada etapa. Não ocorre sempre nessa ordem, podendo ser primeiro a etapa
lenta, como é possível observar.
Figura nº. 01 – Reação em duas etapas: uma rápida, com formação de intermediários;
e outra lenta, determinante da velocidade da reação.
H+
Figura nº. 04 – Usando a teoria dos choques, temos dois casos de choques entre
moléculas dos reagentes.
Para aumentar o número de choques com energia mínima necessária à
reação, a solução é aumentar a temperatura para aumentar a quantidade de
partículas com energia superior à energia mínima.
Vamos observar, no gráfico nº. 04, a modificação do perfil de energia
das partículas com o aumento de temperatura.
A energia mínima que as moléculas devem ter para que o choque re-
sulte em reação é chamada de energia de ativação = Ea.
Vamos entender melhor observando o gráfico nº. 05.
Figura nº. 05 – Na reação A2 (g) + B2 (g) 2AB, temos dois casos - (a) e (b) - em
que a orientação relativa não é favorável à reação, e um caso (c), em que a orientação
relativa favorece a formação das moléculas AB.
O fator p, por vezes chamado de fator de probabilidade, será contem-
plado na equação da velocidade.
f) A ação de catalisadores para diminuir a energia de ativação. O ca-
talisador é um recurso utilizado para reduzir o tempo de produção e facilitar o
andamento da reação. Como sua presença é opcional, não será contemplado
na equação da velocidade.
–ln{[A]/[A]o} = K(t - to), fazendo to = zero teremos: ln[A] = ln [A]o – Kt, que é
equação da linha reta do tipo: y = b + mx, em que, por comparação, podemos
fazer: m = - K. Usando a equação do ln[A] e o tempo para calcular o tempo
de meia vida, fica: t ½ = ln 2/K = 0,693/K.
A conclusão mais importante é a de que o gráfico ln[A] com o tempo é
uma função linear para a reação de primeira ordem.
Supondo que a reação seja de segunda ordem: A equação é do tipo:
v = K[A]2. Podemos do mesmo modo fazer: -d[A]/dt = K[A]2, arrumando os
termos para a integração, fica: - d [A]/[A]2 = Kdt. Integrando entre os pontos 1
e 2, temos:
2 2
∫ – [A] d[A] = ∫ K dt, que fica: - {([A] -1 – [A]o-1)}/–1 = Kt.
-2
1 1
Colocando de modo mais adequado, temos:
{1/[A]} – {1/[A] o} = Kt, que é uma equação da linha reta do tipo: y = b +
mx, que pode ser arrumada para: {1/[A]} = {1/[A] o} + Kt, por comparação m = K.
O tempo de meia vida pode ser calculado como: t ½ = 1 / (K[A]o). A
conclusão mais importante é que o gráfico do inverso da concentração 1 / [A]
com o tempo é uma função linear para a reação de segunda ordem.
Podemos visualizar, na tabela nº. 03, um resumo sobre dos três casos
estudados:
Tabela nº. 03 – Resumo dos casos estudados no método das velocidades integradas.
Um recurso que pode dar um indicativo sobre a ordem da reação é o
gráfico da concentração com o tempo, sua curvatura fica mais acentuada
com o crescimento da ordem. Podemos visualizar no gráfico nº. 07.
Gráfico nº. 07 – Indicativo da ordem pela curvatura da curva concentração com o tempo.
Devemos tomar apenas como indicativos, pois, na maioria dos casos,
o caimento rápido está associado ao valor de K e indica uma meia vida mais
curta. Podemos observar no gráfico nº. 08.
Gráfico nº. 08 – As duas curvas são de uma reação de primeira ordem, uma apresenta
meia vida menor, pois o valor de K é maior.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Seja a reação: NO2 (g) + CO (g) NO (g) + CO2 (g), onde a equa-
ção da velocidade foi determinada como: v = K[NO2]². Faça uma proposta de
mecanismo para a reação.
Esse é um exemplo interessante, pois a reação a 25ºC é uma reação
complexa. Já a acima de 225ºC é uma reação elementar, fato comprovado
pela nova equação da velocidade. Devemos atentar para o fato de que a
equação química da reação indica ser uma reação elementar, mas a equa-
ção da velocidade indica ser uma reação complexa.
Observando a equação da velocidade, verificamos que o NO2 participa
da etapa lenta, e o CO não participa da lenta; logo deve participar da rápida,
pois não aparece na equação da velocidade. Na etapa lenta, teremos o cho-
que de duas moléculas de NO2; logo a proposta de mecanismo não pode ser
diferente:
1ª proposta: 1ª etapa – etapa lenta;
NO2 (g) + NO2 (g) NO3 (g) + NO (g)
A única dificuldade é fazer a previsão dos intermediários, que é facilita-
da pela observação dos produtos finais.
A presença do NO3 é tida como certa para fornecer um oxigênio ao CO.
2ª etapa – etapa rápida;
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
A constante de velocidade da reação: H2 + I2 2HI, é 0,0234 mol-1x
L x s-1 a 400°C e 0,750 mols-1x L x s-1 a 500°C. Calcule a energia de ativação
da reação.
Solução: Vamos usar as temperaturas absolutas; logo: T1 = 500 + 273
= 773K e T2 = 400 + 273 = 673K. Substituindo na fórmula, temos:
ln (0,750/0,0234) = (–Ea/8,314) [(1/773) – (1/673)];
ln 32,05 = (–Ea/8,314)(0,001294 – 0,001486);
3,4673 = (–Ea/8,314)(–0,000192); e Ea = (8,314 x 3,4673)/0,000192;
Ea = 28,827/0,000192 = 1,5 x 105 joule/mol, (valor alto de energia).
Como chegamos a um valor elevado de energia, estamos motivados
para estudar o uso do catalisador a fim de diminuir essa barreira energética.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARes
Exercício 01: Os seguintes dados cinéticos foram obtidos para a reação:
A (g) + 2 B (g) Produtos;
Atividades de avaliação
1º Exercício: A velocidade de uma reação aumenta por um fator 1.000
na presença de um catalisador a 25°C. A energia de ativação do caminho ori-
ginal é de 98 KJ/mol. Qual a energia de ativação do novo mecanismo, sendo
todos os outros fatores iguais?
Resposta: 81 KJ/mol.
2º Exercício: Uma reação de decomposição em fase gasosa é dada pela
equação: N2O3 NO2 + NO. Ela é uma reação de primeira ordem com K =
3,2 x 10 s . Sendo a concentração inicial do N2O3 igual 1,00 mols / L, quanto
-4 -1
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E.
Química. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005,
972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 12ª ed. São Paulo: Editora
Makron Books, 1994, 621 p.
Objetivos
Nesta unidade, nosso estudo visa atingir os seguintes objetivos, relacionados
ao conhecimento sobre o equilíbrio químico:
• Interpretar qualitativamente o equilíbrio químico;
• Conhecer o quociente reacional e a constante de equilíbrio;
• Conhecer o equilíbrio em solução aquosa;
• Conhecer o deslocamento do equilíbrio e o princípio de Henri Lê Châtelier;
• Conhecer o equilíbrio ácido e a base em solução aquosa.
Introdução
Muitas reações não se completam, pois, ao formar os produtos, esses
reagem entre si e retornam à situação inicial de reagentes. Essa situação
estabiliza no ponto onde o sistema reagente possui a menor energia. Nesse
ponto, chamado equilíbrio químico, a velocidade de formação dos produtos
é igual à velocidade de formação dos reagentes. Essas reações são cha-
madas de reversíveis e são identificadas pelo baixo rendimento de formação
dos produtos.
Figura nº. 01 – Equilíbrio atingido pela reação direta e pela reação inversa.
O quinto passo é explicar o motivo do equilíbrio químico usando os
conhecimentos da termoquímica, que também serão utilizados para quantifi-
car o equilíbrio químico.
Estudo dos motivos do equilíbrio químico, definição do quociente
reacional e da constante de equilíbrio
Antes de iniciar o estudo dos motivos do equilíbrio químico, devemos
recordar as grandezas que medem a energia e as transformações da matéria.
Sabemos que o conteúdo total de energia é expresso pelo valor da en-
talpia, designada por H e expressa por H = E + PV, em que E é a energia, e
o produto PV é o trabalho associado à transformação em estudo. A esponta-
neidade está ligada à energia livre ou à energia disponível, designada por G e
expressa por G = H – TS, em que S é a entropia, grandeza associada à expan-
são do Universo, e T é a temperatura absoluta. Para uma reação química, o
estudo termoquímico conclui que, com pressão e temperatura constante, ela
será espontânea quando ∆G < 0. Se ∆G = 0, os estados inicial e final estão em
equilíbrio. Se ∆G > 0, a reação não acontecerá espontaneamente.
Nas reações com equilíbrio químico, a energia livre muda com o curso
da reação. Isto ocorre motivado pela variação da entropia e variação dos po-
tenciais químicos de produtos e reagentes. Tudo devido à variação da com-
posição da mistura reacional.
Figura nº. 02 - Variação da energia livre de uma mistura reacional com a compo-
sição. A mistura reacional tem uma tendência espontânea para mudar na direção
da diminuição da energia livre.
Explicado o motivo da espontaneidade da reação inversa até o equilí-
brio, devemos estudar quantitativamente o equilíbrio.
Vamos usar como exemplo uma reação genérica, no estado gasoso,
do tipo:
aA (g) + bB(g) cC (g) + dD (g)
Na Termoquímica, já estudamos que a variação da entalpia na reação
é calculada pela fórmula ∆Ho = ∑ Ho formação produtos - ∑ Ho formação
reagentes, onde Ho é a entalpia de formação por mol da substância no es-
tado padrão. O estado padrão utilizado é a pressão atmosférica e a tempe-
ratura ambiente tomada como 25°C ou 298K.
Após o estudo da entropia, uma propriedade decorrente da constata-
ção da expansão do Universo, os estudos termoquímicos levaram à utiliza-
ção da energia livre ou energia disponível, como a energia, que realmente
pode ser utilizada na transformação da matéria.
Para a mesma reação, podemos calcular a variação da energia livre:
∆Go = ∑Go formação produtos –∑Go formação reagentes, onde Go é a
energia livre de formação por mol da substância no estado padrão.
Para aplicar a fórmula da variação da energia livre com a reação quí-
mica, devemos achar a energia livre de cada substância no estado padrão.
Tabela 1
Compostos Inorgânicos
Elementos
gases líquidos sólidos
H2O –228,588 SO –19,837 H2O –237,178 CaOgrafite –604,05
H2O2 –105,60 SO2 –300,194 H2H2 –120,42 Ca(OH)2, cristal –898,56
NH3 –16,48 SO3 –371,076 SO3 –373,80 CaCO3, calcita –1128,84
HCl –95,299 ClO 98,11 CaCO3, aragonita –1127,80
Hl 1,72 ClO2, 120,5 BaCO4, whiterita –1137,6
CO –137,152 CaSO4, cristal –1362,2
CO2 –394,359 Fe2O3 –742,2
NO 86,55 CuOcristal –129,7
NO2 51,29 ZnOcristal –318,32
N2O 104,18 AgClcristal –109,805
Compostos Orgânicos
gases líquidos
CH4 (metano) –50,82 CH3OH(metanol) –166,35
C2H6 (etano) –31,95 C2H6OH(etanol) –174,89
C2H4 (etileno) 68,43 CH3OH(ác. acético) –390,0
C2H2 (acetinelo) 209,97 C2H6(benzeno) 124,42
C3H86 (propano) –24,40
C3H6 (propileno) 62,14
C4H10 (n-butano) –16,56
C4H10 (isobutano) –20,76
C4H8 (1-buteno) 70,24
C4H8 (cis-2-buteno) 65,5
C4H8 (trans-2-buteno) 63,4
C6H6 (benzeno) 129,65
Fonte: Mahan e Myers - Química um curso universitário – Edgard Blucher
Tabela 2
Compostos Inorgânicos
Elementos
gases líquidos sólidos
H2O–241,818 SO –6,259 H2O –285,830 CaOgrafite –635,09
H2O2–136,31 SO2 –296,830 H2H2 –187,78 Ca(OH)2, cristal –986,09
NH3 –46,11 SO3 –395,72 SO3 –441,04 CaCO3, calcita –1206,92
HCl –92,307 ClO 101,84 CaCO3, aragonita –1207,13
Hl 26,48 ClO2, 102,5 BaCO4, whiterita –1216,3
CO –110,52 CaSO4, cristal –1473,2
CO2 –393,509 Fe2O3 –824,2
NO 90,25 CuOcristal –157,3
NO2 33,18 ZnOcristal –348,28
N2O 82,05 AgClcristal –127,065
Compostos Orgânicos
gases líquidos
CH4 (metano) –74,85 CH3OH(metanol) –238,66
C2H6 (etano) –83,85 C2H6OH(etanol) –227,69
C2H4 (etileno) 52,51 CH3OH(ác. acético) –484,5
C2H2 (acetinelo) 227,48 C2H6(benzeno) 49,08
C3H86 (propano) –104,68
C3H6 (propileno) 19,71
C4H10 (n-butano) –125,65
C4H10 (isobutano) –134,18
C4H8 (1-buteno) –0,54
C4H8 (cis-2-buteno) –7,4
C4H8 (trans-2-buteno) 11,0
C6H6 (benzeno) –82,93
Fonte: Mahan e Myers - Química um curso universitário – Edgard Blucher
Entalpia e energia livre de moléculas e íons em solução aquosa. Valores em KJ por mol.
Espécie em solução DHfo DGof (kj mol-1)
neutros
He (aq) –1,7 19,7
O2 (aq) –11,7 16,4
CO2(aq) –473,80 –386,01
NH3(aq) –80,29 –26,57
CH3COOH(aq) –485,76 –396,56
dissociados
H (aq) + Cl
+
–167,159 –131,261
Na (aq) + Cl- (aq)
+
–407,27 –393,149
íon simples
H+ (aq) 0 0
Cl-(aq) –167,159 –131,261
Na+ (aq) –240,12 –261,889
OH-(aq) –229,994 –157,293
NH4+ (aq) –132,51 –79,38
HCO3+ (aq) –691,99 –586,85
SO42-(aq) –909,27 –744,63
Cu2+ (aq) 64,77 65,52
Zn42+ (aq) –153,89 –147,03
Ag+ (aq) 105,579 77,123
Fonte: Mahan e Myers – Química um curso universitário – Edgard Blucher Ltda.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Exercicio 1: A reação 3 H2 (g) + N2 (g) 2 NH3 (g) é realizada na
temperatura de 472ºC. O equilíbrio é atingido e a mistura de gases foi analisa-
da, apresentando o seguinte resultado: 7,38 atm de H2, 2,46 atm de N2 e 0,166
atm de NH3. Com os dados, calcule a constante de equilíbrio.
Solução: Como a equação química está balanceada, podemos escre-
ver a fórmula da constante: Keq = (pNH3)²/[(pN2)(pH2)³] = (0,166)²/[(2,46)(7,38)³].
Operando, fica Keq = 2,79 x 10-5. Caso a pressão seja medida em mmHg, de-
vemos usar um fator de transformação. Para o caso do presente exercício fica
KeqmmHg = Keq atm {[(760 mmHg/1atm)²]/[(760 mmHg/1 atm)(760 mmHg/1
atm)³]} = (Keqatm)/(760)² = 2,79 x 10-5/577600 = 4,8 x 10-11.
Exercicio 02: Seja o equilíbrio: 2 NOCl (g) 2 NO (g) + Cl2 (g),
onde a constante foi calculada como Kc = 3,75 x 10 -6 na temperatura de
796°C. Calcule a Keq para esta reação nesta temperatura.
Solução: Sabemos que: ∆n = n (produtos) – n (reagentes) = (2 + 1)
–2 = 1, logo Keq = Kc (RT)∆n = (3,75 x 10-6)[(0,0821)(1069)] = 3,29 x 10-4. O
valor de R é tomado em atmosferas, pois o estado padrão foi definido como
uma atmosfera.
como solvente. Para o caso de duas bases fortes, a troca de solvente pode ser
feita pela amônia líquida, que também é anfótera e realiza a auto ionização.
• No caso de dois ácidos fortes, veremos que o mais forte deles, no ácido
acético, é o que tem ionização completa.
• No caso de duas bases fortes, veremos que a mais forte, na amônia líqui-
da, é a que tem ionização completa.
A conduta de troca do solvente permite experimentalmente definir que
o ácido perclórico é mais forte que o ácido clorídrico.
A maioria dos ácidos e bases está classificada como fraca e está na
faixa da auto ionização da água: H2O + H2O H3O + + OH -.
A constante é calculada como Kc = {[H3O+][OH-]}/{[H2O][H2O]}.
A concentração da água é um valor constante, logo o produto de duas
constantes fica: Kc [H2O]² =Kw = [H3O+][OH-] = 10–14; ou Kw = [H+][OH–] = 10-14.
Tabela 4
O intervalo que mais nos interessa vai de [H+] = 1 até 10-14 (ver tabela).
Como é desconfortável trabalhar com números tão pequenos, foi usado um
operador matemático, no caso, o logaritmo, para facilitar os cálculos.
A definição de pH evita o sinal negativo daí: pH = –log[H+] e pOH = –
log[OH–].
Os sistemas aquosos são abundantes e de grande importância para
as diversas atividades do ser humano. O pH pode ser medido através do
pHmetro ou através do conhecimento da constante ácida ou da constante
básica. Ver figura nº. 07.
EXERCÍCIOs COMPLEMENTARes
Exercício 01: O ácido iodídrico se decompõe a 458ºC, conforme a re-
ação reversível: 2 HI (g) H2 (g) + I2 (g). A quantidade de I2 é determinada
experimentalmente pela variação da cor. Colocamos 4,0 mols de HI em um
recipiente de 5,0 litros de volume na temperatura de 458ºC. No equilíbrio, a
presença de I2 foi determinada como sendo 0,442 mols. Calcule a constante
do equilíbrio químico.
Solução: Com as quantidades e o volume, podemos calcular as concen-
trações; logo temos [HI] = 4,0/5,0 = 0,8 (no início) e [I2] = 0,442/5,0 = 0,0884 (no
equilíbrio).
Para facilitar o entendimento, vamos organizar os dados, usando a
equação:
2 HI (g) H2 (g) + I2 (g);
No início: 0,8 0 0
Reação: –2x x x
No equilíbrio: 0,8 – 2x 0,0884 0,0884;
O cálculo das concentrações no equilíbrio fica mais fácil com os dados
organizados na tabela: [HI] = (0,8 – 2 x 0,0884) = 0,623; [H2] = 0,0884; [I2] =
0,0884. Com as concentrações, podemos calcular a constante com a fórmu-
la: Kc = {[H2][I2]}/[HI]² = [(0,0884)(0,0884)]/(0,623)² = 0,0201.
Atividades de avaliação
1º Exercício: Uma solução 0,20 mol / L de metilamina (CH3NH2) tem
sua constante básica determinada como 3,6 x 10 -4. Calcule o pH da solu-
ção. Dados:
a) Equação: H2O (l) + CH3NH2 (aq) CH3NH3+ (aq) + OH– (aq);
b) Fórmula da constante: Kb = {[CH3NH3+][OH–]}/[CH3NH2].
Resposta: pH = 11,9.
2º Exercício: O pH é medido como rotina em laboratório; logo podemos
sempre ter o pH e a concentração como dados de um problema a ser resolvi-
do. O ácido lático é encontrado no leite azedo e tem fórmula CH3CHOHCO2H.
Uma solução com concentração 0,10 molar de ácido lático teve seu pH medi-
do como 2,43. Calcule a constante do ácido. Dados:
a) CH3CHOHCO2H (aq) + H2O (l) CH3CHOHCO2– (aq) + H3O+ (aq);
b) Ka = {[ H3O +] [CH3CHOHCO2 -]}/[CH3CHOHCO2H];
c) Cada molécula que ioniza produz um íon de cada espécie.
Resposta: Ka = 1,4 x 10–4.
3º Exercício: Seja o equilíbrio O2 (g) + N2 (g) 2 NO (g), a 2.000K.
Sua constante foi calculada como sendo 4,0 x 10–4, que vamos chamar de Kc.
A concentração de nitrogênio é 0,50 mol / L, a de oxigênio é 0,25 mol / L, e a
de NO é de 4,2 x 10–3 mol/L.
Responda:
a) O sistema está em equilíbrio?
b) Caso não esteja em equilíbrio, em que sentido vai se movimentar a
reação?
Resposta: A constante deve ser calculada pela fórmula: Kc = [NO]²/
{[O2][N2]}. Se o valor encontrado não for 4,0 x 10–4, o sistema não está em
equilíbrio e calculamos Q cujo valor deve ser comparado com Kc.
Com Q < Kc, a reação se movimenta no sentido direto ou no da forma-
ção dos produtos. Com Q > Kc, a reação se movimenta no sentido inverso ou
no da formação dos reagentes.
4º Exercício: Use o equilíbrio do exercício anterior cuja constante é 4,0
x 10 , divida os coeficientes estequiométricos da equação por dois e calcule:
-4
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário Tra-
dução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 12ª ed. São Paulo: Editora
Makron Books, 1994, 621 p.
Objetivos
Vamos estudar o estado gasoso, usando modelos experimentais, e quantificar
os valores por meio de equações matemáticas:
• Conhecer as variáveis usadas para descrever o comportamento de gases;
• Conhecer as leis empíricas dos gases;
• Estabelecer um modelo de gás ideal, com as simplificações adotadas;
• Conhecer a mistura gasosa e a teoria cinética dos gases;
• Conhecer a difusão e a efusão dos gases;
• Conhecer os desvios dos gases reais e a equação de estado para os
gases reais.
Introdução
As substâncias podem ser encontradas em três estados físicos: o gaso-
so, o líquido e o sólido. Algumas variáveis são responsáveis pela mudança de
estado físico das substâncias. As principais variáveis são: pressão, temperatu-
ra, volume, massa ou número de mols.
Para representar as variáveis usando os três eixos coordenados, divi-
dimos o volume, que é uma variável extensiva (depende da extensão do sis-
tema), pela massa também extensiva, obtendo uma variável intensiva (tem o
mesmo valor em todos os pontos do sistema), que é o volume específico. No
lugar da massa, pode ser usado o número de mols e teremos o volume molar.
O estado gasoso tem como principal característica a compressibilidade.
As características estão ligadas às forças entre as moléculas, ao tama-
nho das moléculas, à energia e ao choque das moléculas.
O gás não tem volume nem forma própria, mas tem alta fluidez e alta
difusão.
Estado gasoso
Para conhecer o estado gasoso, devemos entender inicialmente que a
substância, quando muda de estado físico, não muda quimicamente, sendo a
será a pressão, bem como quanto maior for a velocidade das moléculas,
maior será a pressão.
Vamos observar, na figura nº. 03, o choque das moléculas com a su-
perfície.
Lei de Boyle
Em 1662, o irlandês Robert Boyle observou que o volume de uma quan-
tidade fixa de um gás a uma determinada temperatura é inversamente propor-
cional à pressão exercida pelo gás.
Na 3ª unidade, no estudo das soluções, utilizamos o gráfico nº. 04
para estudar a superfície termodinâmica de uma substância pura em que,
acima da temperatura crítica, encontramos o estado gasoso. Essa parte da
superfície termodinâmica pode ser visualizada com a ajuda do gráfico nº. 01.
Lei de Charles
Em 1787, o francês Jacques Charles verificou que o volume de uma
quantidade fixa de gás, à pressão constante, diminui com a diminuição da
temperatura e que essa relação indicava ser uma proporção direta.
Visando representar em gráfico esse resultado experimental, verificou-
-se que o volume não se torna zero com a temperatura de zero grau centígra-
do, o que evitaria a representação como uma proporção direta nos moldes da
encontrada para a lei de Boyle, no gráfico P x 1/V.
A solução foi encontrada no próprio gráfico, pois, representando os re-
sultados e realizando uma extrapolação, atingimos o ponto zero de volume e
uma temperatura negativa em grau centígrado. Para evitar valores negativos,
foi definida uma nova temperatura chamada de temperatura absoluta T, em
grau Kelvin, conforme já foi antecipado. Vamos observar o gráfico nº. 03
para melhor entendimento.
Lei de Avogrado
Na 2ª unidade, foram estudadas as leis volumétricas das reações quími-
cas. A primeira, de autoria de Gay-Lussac, em 1808, concluía que os volumes
gasosos de uma reação química formam uma proporção de números intei-
ros e pequenos. Os gases eram estudados como átomos, o que dificultava a
explicação da reação: H2(g) + Cl2(g) 2. HCl (g). Como aceitar que um
átomo de hidrogênio, reagindo com um átomo de cloro, produzisse dois áto-
mos de gás clorídrico? A explicação foi dada por Avogrado ao afirmar que a
partícula do gás é formada por dois átomos. A lei de Avogrado foi então aceita
EXERCICIO COMPLEMENTAR
Qual a massa de oxigênio que está contida em um tanque de 50,0 litros,
na temperatura de 21ºC e na pressão de 15,7 atm?
Solução: Para calcular a massa, devemos calcular o número de mols
n. Sabemos que n = (P x V)/(R x T) = (15,7 atm x 50,0 L)/{[0,082 (atm x L)/
(mol x K)] x [(21 + 273)K]} = 32,5 mol. Usando n = m/MM, temos m = n x MM
= 32,5 mol x 32,0 g/mol = 1.040 g = 1,04 Kg.
c) A pressão total também pode ser calculada pela equação dos gases
ideais, pois a premissa é a de que a mistura se comporta como um único
gás. Neste caso, o número de mols da equação é o número total de mols da
mistura.
Seja a pressão parcial do oxigênio P1, do nitrogênio P2, a pressão total
da mistura de PT e o número total de mols de n T, podemos então concluir que:
P1 + P2 = PT;
PT x V = n T x R x T.
O resultado para dois gases pode ser estendido para vários gases. Um
modo de relacionar a pressão parcial com a pressão total pode ser calculado
usando-se as equações já conhecidas:
a) Da definição de pressão parcial, podemos fazer: P1 = n1 x [(RT)/V];
b) Usando a equação dos gases ideais para a mistura:
PT = (n1 + n2) x [(RT)/V]; tirando o valor do termo [(RT)/V]; na segunda
expressão e substituindo na primeira, fica:
P1 = [n1/(n1 + n2)] x PT.
Como a expressão [n1/(n1 + n2)] é a fração molar do gás 1, po-
demos fazer: P1 = x1. PT.
EXERCÍCIOs COMPLEMENTARes
Exercício 01: Uma mistura gasosa é preparada usando 6,0 g de oxi-
gênio e 9,0 g de metano misturados em um recipiente de 15,0 litros, na tem-
peratura de 0°C. Qual é a pressão parcial de cada gás e a pressão total da
mistura no recipiente?
Solução: Vamos calcular as pressões parciais de cada gás, usando a
equação dos gases ideais:
n oxigênio = 6,0 g x (1 mol/32,0 g) = 0,188 mols de oxigênio;
n metano = 9,0 g x (1 mol/16,0 g) = 0,563 mols de metano;
P oxigênio = {(0,188 mol)[0,082(atm x L)/(mol x K)](273K)}/15,0 L =
0,281 atm
P metano = {(0,563 mol) [0,082 (atm x L)/(mol x K)] (273K)}/15,0 L =
0,841 atm. Usando a lei de Dalton das pressões parciais, fica:
PT = 0,281 atm + 0,841 atm = 1,122 atm.
A equação geral dos gases ideais apresenta várias utilidades. Vamos
estudar o cálculo da densidade de um gás ideal. A equação de estado, como
já sabemos, relaciona as variáveis a que o gás está sujeito em determinada
situação; logo a densidade calculada se refere ao estado estudado.
Figura nº. 04- Colisão elástica entre esferas de aço, a energia da colisão é transmitida.
Gráfico nº. 05 – Distribuição das velocidades das moléculas de vários gases que es-
tão na mesma temperatura absoluta, mas possuem massas moleculares diferentes.
Devemos observar que a fórmula da pressão está coerente com os fa-
tores citados na figura nº. 03. A pressão é diretamente proporcional ao núme-
ro de moléculas N, à energia cinética m x <c²> e é inversamente proporcional
ao volume V. A energia cinética é diretamente proporcional à temperatura ab-
soluta T em uma função linear, tendo energia zero na temperatura zero.
EXERCÍCIOs COMPLEMENTARES
Exercicio 01: Compare a velocidade média quadrática do hidrogênio
com a do oxigênio.
Solução: c vmqH 2 / c vmq
=O2 32=
/2 16 4 .
=
Conclusão: A velocidade média quadrática do hidrogênio é quatro vezes
maior que a do oxigênio.
Exercício 02: Calcule a velocidade média quadrática para o oxigênio
a 20°C.
Solução: Calculando T = 293K, e temos MM = 0,032 Kg /mol, logo:
Figura nº. 05 – Dois gases N2 e He contidos em dois balões com paredes porosas.
Em (a), no tempo inicial, ambos cheios. Em (b), decorridas 48 horas, o balão com
hélio está menor, porque o He escapa mais rápido que o N2.
A fórmula de Grahan permite quantificar o fenômeno.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Calcule em quanto o Hélio vai escapar mais rápido que o nitrogênio na
situação (a) da figura nº. 05.
Solução: Usando a fórmula de Grahan, temos: (velocidade de He)/(ve-
locidade de N2) = = = 2,6458.
Conclusão: O He escapa 2,6458 vezes mais rápido que o N2.
A fórmula também pode ser usada para determinar a massa molar de
um gás desconhecido, desde que seja determinada experimentalmente a ve-
locidade de efusão do gás.
Estudo dos gases sem as simplificações estabelecidas para o
modelo de gás ideal.
Em pressões elevadas ou temperatura muito baixa, os desvios da lei
dos gases ideais se tornam muito grandes e colocam em risco os trabalhos
em que há necessidade de valores reais para dimensionar os materiais que
vão resistir aos esforços decorrentes dos processos envolvendo gases.
As duas principais simplificações tratam do volume desprezível e do
fato de as interações entre as moléculas serem desprezíveis.
É fácil entender que, ao considerar o volume das moléculas, o volume
real será menor que o volume ideal. A diferença entre o volume real e o volu-
me ideal foi objeto das primeiras correções efetuadas nos gases ideais.
Os resultados experimentais mostram as diferenças entre os gases
ideais e os reais. Vamos observar o gráfico nº. 06.
Gráfico nº. 07 - Fator Z versus Pressão para vários gases, o eixo horizontalestá no
valor 1, marcando o gás ideal. Para Z > 1, o volume real é maior que o ideal. Isto ocor-
re em pressões altas devido às forças de repulsão; ou em pressões baixas, em gases
com pequenas forças de atração, com dispersão alta. Observar o exemplo do H2.
Figura nº. 06 – Efeito da atração entre as moléculas sobre a pressão do gás. Já está
consolidado o estudo cinético, pois sabemos que a pressão do gás é decorrente do
choque com transferência de quantidade de movimento para a parede do recipiente
que contém o gás. A atração de outras moléculas diminui a velocidade de choque da
molécula que está prestes a se chocar com a parede; logo a pressão real é menor que
a pressão ideal, ocasionando grande desvio no comportamento do gás.
O estudo levou o cientista, em 1873, a publicar um trabalho sobre uma
equação empírica nos moldes da equação do gás ideal. Isto significa uma
equação também baseada em dados experimentais, com o uso de dois fato-
res para compensar os desvios observados.
O fator a corrige as interações entre as moléculas; o fator b corrige a
consideração do volume das moléculas.
A nova equação, escrita com base na equação dos gases ideais, tomou
a forma mostrada abaixo.
EXERCÍCIOs COMPLEMENTARes
Exercício 01:
O tetrafluoroetileno, C2F4, efunde-se por um orifício com taxa de 4,6 x
10 mol/h. Um gás desconhecido, composto de boro e hidrogênio, efunde-se
-6
pelo mesmo orifício com taxa de 5,8 x 10-6 mol/h nas mesmas condições de
pressão e temperatura. Calcule a massa molar do gás desconhecido.
Solução: Aplicando a lei de efusão de Grahan, temos:
Taxa de efusão do gás desconhecido/taxa de efusão do
MM C2 F4
C2 F4 =
MM desconhecida
Como 1 J = 1 Kg x (m/s)².
Velocidade média quadrática = 2,32 x105 Kg x m 2 x Kg −1 x S −2
= .
Velocidade média quadrática = 482 m/s.
Exercício 03
Um tubo de televisão contém 0,010 mg de nitrogênio gasoso, conside-
rado gás ideal. O tubo opera na temperatura de 25°C e seu volume é de 5,0
litros. Calcule a pressão em atmosfera dentro do tubo.
Solução: Aplicando a equação dos gases ideais, temos:
PxV = n x R x T, com os dados do exercício, temos: n = m/MM = 10 x
10 g/28 g/mol = 0,357 x 10-6 mols. V = 5,0 litros, T = 298K e R = 0,082 (atm
-6
x L)/(mol x K).
Substituindo na equação, fica:
P = {3,57 x 10-7 mol x 0,082 [(atm x L)/(mol x K)] x 298K}/(5,0 L).
P = 1, 75 x 10 -6 atm. O cálculo mostra que a pressão no tubo é menor
que a pressão atmosférica.
Exercício 04
Um tanque com hélio fica externo ao edifício de uma empresa. A tem-
peratura durante o dia é de 35°C e, durante a noite, 5°C. O volume fixo do
tanque é de 20 m³ e ele resiste à pressão absoluta de 20 atm. Considere o
hélio um gás ideal e calcule a maior quantidade de massa de hélio que pode-
mos armazenar no tanque.
Solução: Usando a equação do gás ideal, temos: P x V = n x R x T.
Para que o produto P x V fique fixo, devemos observar a variação da tempe-
ratura e do número de mols. Se a temperatura sobe, o número de mols deve
diminuir; então vamos usar a maior temperatura para calcular o número de
mols máximo.
Com os dados temos: p = 20 atm; V = 20 dm³ = 20.000 litros; T = 308K.
Aplicando na equação, temos: 20 x 20.000 = (m/4) x 0,082 x 308. Operando,
fica: m = 63, 35 Kg.
Exercício 05
Uma mistura de gases ideais, composta de N2 e O2, tem densidade de
1,0g/dm³ na temperatura de 27°C e pressão de 600 mmHg. Calcule a fração
molar de cada gás.
Solução: Usando a equação dos gases ideais, temos: P x V = n x R x T,
sendo n o número total de moles, que pode ser calculado, fazendo:
n = (P x V)/(R x T) = (600 x 1)/(62,3 x 300) = 600/18.690 = 0,032.
Sabemos que a soma das massas é 1, logo: mO2 + mN2 = 1 e 0,032 = nO2 + nN2.
Resolvendo o sistema de duas equações com duas incógnitas, temos:
mO2 = 0,832g e mN2 = 0,168g.
Calculando os números de mols: nO2 = 0,026 e nN2 = 0,006, o que permi-
te calcular: xO2 = 0,81 e xN2 = 0,19.
Atividades de avaliação
1º exercício
Um tanque com volume fixo de 30 m³, contendo gás hélio na tempe-
ratura de 22°C e na pressão de 960 mmHg, apresentou vazamento de gás.
Durante o vazamento, a temperatura permaneceu constante, mas a pressão
caiu para 850 mmHg. Supondo o hélio gás ideal, calcule a massa de hélio
perdida durante o vazamento.
Resposta: massa perdida = 718, 24 g.
2º exercício
Sabendo-se que 10 mols de metano ocupam 1.756 cm³ na temperatura
de 0°C, pede-se o cálculo da pressão, usando:
a) a equação dos gases ideais;
b) a equação dos gases reais de Van der Waals, sabendo-se que as
constantes da equação são: a = 2,25 (atm x L²)/mol² e b = 0,0428 L / mol.
Resposta: a) 127,5 atm; b) 95,5 atm.
3º exercício
Calcule a pressão total de uma mistura de 2g de eteno e 3g de dióxido
de carbono contidos em um recipiente de 5 litros na temperatura de 50ºC.
Resposta: p = 0,74 atm.
4º exercício
O oxigênio tem fator de compressibilidade Z = 0,927, na temperatura de
0ºC, pressão de 100 atm e volume de 100 litros. Calcule a massa de oxigênio
existente no recipiente.
Resposta: m = 15,4 Kg.
5º exercício
O tempo requerido para um dado volume de nitrogênio se difundir atra-
vés de um orifício é de 35 segundos. Calcular a massa molar de um gás que
requer 50 segundos para difundir do mesmo orifício, nas mesmas condições.
Resposta: MM = 57,2 g/mol.
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E.
Química. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005,
972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5 ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário
Tradução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda,
1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 12 ed. São Paulo: Editora
Makron Books, 1994, 621 p.
Objetivos
Nesta unidade vamos estudar a eletroquímica, procurando atingir os seguin-
tes objetivos:
• Conhecer os conceitos básicos de oxidação e redução;
• Entender como a reação de oxidação e redução pode ser aproveitada para
produzir eletricidade em um dispositivo chamado pilha ou bateria;
• Verificar que apenas as reações espontâneas podem ser usadas em uma pilha;
• Deduzir a equação de Nernst para cálculo da diferença de potencial de
uma pilha e conhecer as principais pilhas e baterias comerciais;
• Conhecer a reação de oxidação e redução não espontânea, para execução
de uma eletrólise; as leis de Faraday e as aplicações da eletrólise.
Introdução
A eletroquímica é o estudo das reações químicas que ocorrem com a
produção ou o consumo de trabalho elétrico. As reações que envolvem troca de
cargas elétricas são as reações de oxidação e redução, daí o título eletroquí-
mica, que significa obter eletricidade com a realização de uma reação química.
Histórico
A eletroquímica teve início em 1780, com os estudos do italiano Luigi
Galvani sobre a anatomia dos sapos. Em seus experimentos, o cientista ob-
teve corrente elétrica no tecido muscular desses anfíbios. Em 1800, o físico
italiano Alessandro Volta discordou de Galvani, afirmando que a eletricidade
tinha como fonte os metais. Volta construiu um equipamento capaz de pro-
duzir eletricidade de um modo constante, que foi chamado pilha de Volta.
Podemos ver o equipamento na figura nº. 01.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Calcule a diferença de potencial em uma pilha formada por eletrodos de
alumínio e cobre no estado padrão.
Solução: Vamos trabalhar com potenciais de redução. Na tabe-
la, encontramos:
para o alumínio: Al3+ + 3e Al (s). Eo = –1,66V
para o cobre: Cu + 2e
2+
Cu (s). Eo = + 0,34V
Com os dados retirados da tabela, verificamos que o cobre tem maior po-
tencial de redução que o alumínio; logo o cobre vai reduzir, e o alumínio vai oxidar.
Devemos então corrigir a semirreação do alumínio de redução para oxidação.
Para o alumínio: Al (s) Al3+ + 3e. Eo = + 1,66V
Para o cobre: Cu 2+ + 2e Cu (s). Eo = + 0,34V
Observando as duas semirreações, verificamos que o número de car-
gas perdidas é diferente do número de cargas ganhas. Estamos diante de
Tabela 1
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Calcule a diferença de potencial existente em uma pilha formada por
eletrodo de zinco imerso em solução 1,0 M de Zn 2+ e eletrodo de cobre imerso
em solução 0,1 M de Cu2+.
Solução: Na tabela de potenciais de redução, encontramos:
para o cobre: Cu2+ + 2e Cu (s). Eo = +0,34 V.
para o zinco: Zn 2+ + 2e Zn (s). Eo = –0,76 V.
Com os dados da tabela, verificamos que o cobre tem maior potencial
de redução que o zinco; logo o cobre vai reduzir, e o zinco vai oxidar. Deve-
mos então inverter a semirreação do zinco para oxidação e o Eo fica positivo.
As cargas ganhas já estão iguais às cargas perdidas, logo não há necessida-
de de balanceamento.
Para o cobre: Cu2+ (aq) + 2e Cu (s). Eo = +0,34V.
Para o zinco: Zn (s) Zn (aq) +2e. Eo = +0,76V.
2+
Somando, fica: Zn (s) + Cu2+ (aq) Zn2+ (aq) + Cu (s). ∆Eo = 1,10V.
Esse valor é o mesmo medido na experiência de construção da pilha.
Temos então a equação da pilha, com diferença de potencial positiva e
com quantidade de carga dois mols de elétrons. Já calculamos o ∆Eo e o n;
vamos calcular o Q que é o quociente reacional. Sabendo a equação, é fácil
calcular o Q.
Q = {[Cu(s)][Zn2+]}/{[Zn(s)][Cu2+]}. As concentrações do cobre no pró-
prio cobre e do zinco no próprio zinco, como já estudamos no equlíbrio quí-
mico, é igual a 1. Então, substituindo, teremos: Q = 1,0/0,1 = 10. Na equação
de Nernst, fica:
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Calcular a diferença de potencial de uma pilha com eletrodos de níquel
mergulhados um em solução de [Ni2+] = 1,0 x 10-3 mol/L, e o outro, em solu-
ção [Ni2+] = 1,0 mol/L.
Solução: Vamos supor a solução diluída na esquerda e a concentrada
na direita.
Sabemos que, no anodo, ocorre oxidação, e no catodo, redução. As
semirreações podem ser representadas:
Oxidação no anodo: Ni (s) Ni2+ (0,001M) + 2e. Eo = +0,23 V.
Redução no catodo: Ni2+ (1,0M) +2e Ni (s). Eo = –0,23 V.
Somando, fica: Ni (s) + Ni (concentrada)
2+
Ni2+ (diluída) + Ni
(s). ∆Eo = 0,0 V.
Aplicando a equação de Nernst, temos: ∆E = 0,0 – (0,0592/2) x log
[(1,0 x 10-3)/1,0] = 0,0888 V ou 89 mV, voltagem compativel com os medi-
dores de pH.
2) Pilha seca. A pilha seca foi desenvolvida pelo francês George Le-
clanché, tentando resolver os inconvenientes de transporte e uso das pilhas.
Ver figura nº. 05.
Figura nº. 06 – Uma bateria automotiva de chumbo e ácido de 12 V. Cada pilha fornece
2,0 V; logo devemos ter seis pilhas em série para obter os 12 V. A carga em AH, vai
determinar a massa das placas e tamanho da bateria. Em automóveis, a carga oscila
entre 30 a 50 AH. A partida é o ponto principal, pois é solicitada amperagem muito alta.
A grande vantagem da bateria chumbo e ácido está no fato de que ela
é recarregável. Como o ácido sulfúrico toma parte na reação, a solução deve
ser objeto de cálculo, sendo fator determinante no volume da bateria; e seu
controle é feito através da densidade. O sulfato de chumbo é insolúvel e adere
aos eletrodos, sendo aproveitado na reação de carga.
EXERCÍCIO COMPLEMeNTAR
Calcule a massa em gramas do alumínio produzido em uma hora pela
eletrólise do AlCl3 fundido, usando uma corrente de 10,0 A.
Solução: Usando a expressão de Faraday:
m = [(MM/nox) x i x t x R]/(96.485) = [(27/3) x 10,0 x 3600 x 1]/96485 =
3,358 g.
Podemos usar a relação entre as cargas e a massa da substância para
os cálculos.
Quantidade de eletricidade = 10,0 (C / s) x 3.600 s = 36.000 C.
Número de mols de elétrons = (36.000 C)/(96485 C/mol de e) = 0,373
mol de e.
Mols de produto = (0,373 mol de e) x [(1 mol de Al)/(3 mols de e)] = 0,124
mol de Al.
Massa do produto = (0,124 mol de Al) x [(27,0g de Al)/(1 mol de
Al)] = 3,358 g de Al.
Usando os dois caminhos, o resultado é o mesmo. Com esse conheci-
mento, podemos abordar as pilhas de combustível que são abastecidas com
Eletrodo ativo
O eletrodo ativo pode participar da reação da eletrólise desde que te-
nha prioridade em oxidar. O exemplo nos eletrodos inertes foi de produção de
substâncias por meio de eletrólise. Vamos usar um exemplo de refino de me-
tais. O eletrodo metálico que funciona como catodo não sofre desgaste, pois,
ocorrendo redução, ele recebe os íons que se depositam.
No anodo deve existir uma competição entre os íons que desejam oxi-
dar, ganha o que tiver maior potencial de oxidação. Nosso exemplo é a eletró-
lise de uma solução de ácido sulfúrico com eletrodos de cobre. Propositada-
mente, colocamos um eletrodo com pouco cobre, mas de alto grau de pureza
no catodo, e um eletrodo com cobre impuro no anodo. No início da operação,
para redução no catodo, temos apenas o íon H+ proveniente do ácido e da
água. Então, no início, no catodo acontece:
Catodo (–): 2H+ (aq) + 2e H2 (g).
Vamos estudar a disputa no anodo pela oxidação. Temos o íon OH-, o
íon sulfato e o cobre, todos com tendência a oxidar. Na lista de descarga, veri-
ficamos que o OH- ganha do sulfato; logo vamos analisar agora entre o cobre
e o OH-. Da tabela (tabela de redução), obtemos:
oxidação: Cu (s) Cu2+ (aq) + 2e. Eo = -0,34V.
oxidação: 2OH– H2O (l) + ½ O2 (g) + 2e. Eo = -0,40V.
Como os dois são negativos, o que tem maior potencial de oxidação é o cobre.
Vamos observar a figura nº. 08.
Figura nº. 08 – Eletrólise de uma solução de ácido sulfúrico com eletrodos de cobre.
No catodo (-), colocamos um eletrodo com cobre puro; e no anodo. um eletrodo com
cobre impuro. Desejamos obter no catodo mais cobre puro pelo processo eletrolítico.
No início, no catodo, apenas o íon H+ disputa a redução e forma H2 (g). No anodo,
temos uma disputa dos íons SO4 2-, OH – e o cobre pela oxidação. O estudo do texto
mostra que o cobre vai oxidar, produzindo íons Cu2+. Os íons produzidos no anodo
migram para o catodo e ganham na disputa por redução do H+.
A oxidação do cobre no anodo produz íons Cu2+, que migram para o
catodo e ganham a disputa por redução com os íons H+. Após certo tempo,
Eletrodeposição metálica
Na eletrodeposição, a peça que vai receber a camada de metal será usa-
da como catodo (polo negativo). A aderência do metal sobre a peça é obtida
com o controle do pH, da concentração, da temperatura, da intensidade de cor-
rente e do uso de aditivos. O banho eletrolítico, assim chamado a solução ele-
trolítica, tem composição determinada de modo experimental. O uso do cianeto
de sódio, no banho eletrolítico, foi descartado pelos riscos decorrentes.
A peça a ser revestida passa por várias etapas que podem ser resumi-
das em três: limpeza, banho eletrolítico e acabamento.
A etapa da limpeza se constitui de:
a) limpeza mecânica, com lixa ou jato especial;
b) desengraxe a quente, com material detergente;
c) decapagem com ácido para retirada de restos de oxidação.
No banho eletrolítico, devemos controlar a corrente, a voltagem e o
tempo. Antes e depois do banho, a peça deve ser pesada para controle da
massa depositada.
No acabamento, devemos utilizar um metal que associe proteção com
embelezamento. Em geral, a solução de cromo é a mais utilizada.
Antes da solução de cromo, colocamos a peça, em imersão rápida, em solu-
ção ácida para produzir pontos na superfície que garanta boa aderência do cromo.
Vejamos a figura nº. 09.
Exercício complementar
Uma peça de aço foi submetida ao banho eletrolítico de zinco. Os da-
dos levantados sobre o processo estão anotados como:
Massa antes do banho = 19,256g,
Massa depois do banho = 19,786g,
Voltagem = 12 V,
Amperagem = 1,35 A,
Tempo de eletrólise = 45 minutos,
Banho eletrolítico = Zn2+,
Custo do kWh = R$ 0,80.
Calcule:
a) o rendimento do processo de eletrodeposição.
b) o custo com energia elétrica.
Solução
a) Vamos calcular o rendimento pela fórmula que aprendemos no cál-
culo estequiométrico.
Massa observada = 19,786g – 19,256g = 0,53g,
Massa teórica = [(MM / nox) x i x t] / 96485 = [(65,37 / 2) x 1,35 x 45 x
60] / 96485 = 119.136,8 / 96485 = 1,235g,
Rendimento = (0,530g / 1,235g) x 100 = 42,9 %
b) Aprendemos que P = V x i = 12 x 1,35 = 16,2 W = 0,0162 kW.
O tempo é de 0,75 horas, o trabalho = 0,0162 x 0,75 = 0,0122kWh.
Com uma regra de três, resolvemos o cálculo que resta:
1kWh R$ 0,80
0,0122kWh X
Calculando, fica: X = R$ 0,01.
Atividades de avaliação
1. Uma pilha foi montada para usar as seguintes semirreações:
Oxidação: Fe2+ Fe3+ + 1e.
Redução: ½ Br2 + 1e Br1-.
Verifique se o projeto da piha está correto.
Resposta
Na tabela nº. 01, para a 1ª semirreação, temos Eo = –0,77V; e para a 2ª, te-
mos Eo = + 1,09V. O ∆Eo = +0,32V. Como é positivo, o projeto está correto.
2. Níquel pulverizado é adicionado a uma solução de íons Sn2+ com concen-
tração 0,1 M. Quando o equilíbrio é atingido, calcule as concentrações dos
íons Ni2+ e Sn2+.
Resposta
Devemos inicialmente calcular ∆Eo = 0,09V. Com esse valor, calculamos
∆Go= –17.367,3 J. Usando a fórmula ∆Go= –R x T x ln K, calculamos K.
Com K, calculamos as concentrações.
3. Uma pilha usa uma peça de cobre em solução 0,025M de Cu2+ e uma
peça de prata em solução 0,015 M de Ag1+. Calcule:
a) a diferença de potencial da pilha.
b) a carga da pilha em AH.
c) o tempo de funcionamento da pilha quando mantém em funcionamento
um computador de 100W.
Resposta
a) ∆E = 0,40 V,
b) carga = 53,6 AH,
c) tempo = 1,28 horas.
4. Uma pilha de concentração com dois eletrodos de hidrogênio foi construída
para medir o pH. O eletrodo padrão tem p = 1atm e [H+] = 1,0M o outro ele-
trodo tem p = 1atm e [H+] =? O eletrodo medidor foi mergulhado em solução
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. Volume 1. 5 ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S. A., 1998, 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário Tra-
dução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 1. 2 ed. São Paulo: Editora
Makron Books, 1994, 621 p.
4) MATERIAL NECESSÁRIO
a) Suporte universal, argola, triângulo (ou tela com amianto), bico de
gás, pinça com revestimento isolante, cadinho de porcelana, balança analítica
e espátula;
b) Sulfato de cobre pentahidratado (hidrato). O material deve ser multi-
plicado por três, pois teremos três equipes de alunos.
5) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Pese o cadinho e anote;
b) Coloque com a espátula aproximadamente 1g de hidrato no cadi-
nho e anote o peso do cadinho mais o hidrato. Calcule o peso do hidrato por
diferença;
c) Leve o cadinho ao fogo por oito minutos, até a mudança de cor do
hidrato de azul para branco (não vamos obter o branco completo, pois o
cadinho é aberto);
d) Pese o cadinho mais o anidro;
e) Calcule o peso do anidro por diferença;
f) Calcule o peso da água por diferença entre o peso do hidrato e do
anidro.
g) Calcule a porcentagem de água no hidrato, usando a fórmula: (massa
de água/ massa do hidrato) x 100.
h) Calcule a exatidão (erro percentual). Guarde os resultados.
Ver na figura nº. 01 a montagem experimental.
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. 5ª Edição. Rio de Janeiro. Livros Técni-
cos e Científicos Editores S. A., 1998. Volume 1; 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário Tra-
dução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2ª Edição. São Paulo. Editora Makron
Books, 1994. Volume 1; 621 p.
Figura nº. 02 – Montagem experimental para o ensaio de chama. A cor amarela indica
a presença do sódio.
A montagem foi realizada em aula da UECE.
6) RESULTADOS:
Preencha as tabelas abaixo:
Experiência A
Amostra Coloração da Chama Identificação do Metal
1
2
3
4
5
Experiência B
Amostra Coloração da Chama Identificação do Metal
1
2
3
4
5
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Quí-
mica. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. 5ª Edição. Rio de Janeiro. Livros Técni-
cos e Científicos Editores S. A., 1998. Volume 1; 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações
químicas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário
Tradução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda,
1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2ª Edição. São Paulo. Editora Makron
Books, 1994. Volume 1; 621 p.
Figura nº. 03 – Montagem experimental para a reação do zinco com ácido clorídrico e
coleta em água do gás hidrogênio.
A equação da reação é:
Zn + 2HCl ZnCl2 + H2.
A montagem foi realizada em aula da UECE.
6) OBSERVAÇÕES E RESULTADOS
Massa de zinco (g).
Volume de gás coletado (mL)
Temperatura do Laboratório (ºC)
Pressão atmosférica (mmHg)
7) QUESTIONÁRIO: O professor apresentará um questionário a ser
respondido.
8) CONCLUSÕES: O aluno apresentará no questionário conclusões e
comentará os objetivos atingidos.
Referências
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a
vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p.
BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E.
Química. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005,
972 p.
EBBING, Darrell D. Química Geral. 5ª Edição. Rio de Janeiro. Livros Técni-
cos e Científicos Editores S. A., 1998. Volume 1; 569 p.
KOTZ, John C.; TREICHEL JÚNIOR, Paul M. Química Geral e reações quí-
micas. Volume 1. São Paulo: Editora Thomson, 2005, 671 p.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química um curso universitário
Tradução da 4ª edição americana. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda,
1997.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2ª Edição. São Paulo. Editora Makron
Books, 1994. Volume 1; 621 p.